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FISIOLOGIA CAMILA SANTIAGO FISIOLOGIA | MEDICINA Fisiologia 06: tireoide e metabolismo ósseo Glândula tireoide: situada na parte inferior do pescoço, abaixo da cartilagem laríngea. Envolve a traqueia e tem forma semelh ante a borboleta Os hormônios da tireoide são sintetizados a partir do iodo e da tirosina Iodo é necessário para a formação da tiroxina Mecanismos celulares para transporte de iodo, formação de T3 e T4 e liberação dos hormônios no sangue 1. A célula folicular sintetiza enzimas e tireoglobulina e libera para o coloide 2. O simporte Na+/I- leva o I- para dentro da célula. O transportador pendrina leva o I- para o coloide 3. Enzimas adicionam iodo à tirosina para sintetizar T3 e T4 4. A tireoglobulina é capturada de volta para dentro da célula em vesículas 5. As enzimas intracelulares separam T3 e T4 da proteína (tireoglobulina) 6. T3 e T4 livres entram na circulação Circulação dos hormônios foliculares tireoidianos nas células alvo T3 e T4 são moléculas lipofílicas (pouca solubilidade no plasma) Maior parte se liga a proteínas plasmáticas, como a globulina ligadora de tiroxina Isso assegura a distribuição regular do hormônio nos tecidos alvo (lenta: 1 a 6 dias) Mecanismo de ação dos hormônios foliculares tireoidianos nas células alvo Receptores T3 e T4 (TRs) estão localizados no núcleo das células alvo TRs são membros de uma superfamília de fatores de transcrição sensíveis a hormônios T3 se liga a proteínas intracelulares: é armazenado e usado lentamente ao longo de dias e semanas Ativação das células alvo pelos hormônios tireoidianos Figura 77-5. Ativação de células-alvo por hormônios tireoidianos. A tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) entram na membrana celular através de um processo de transporte mediado por carregador, dependente de adenosina trifosfato. Uma grande parte de T4 é deiodada para formar T3, que interage com o receptor de hormônio tireoidiano, ligado como um heterodímero ao receptor de retinoide X, do elemento genético de resposta ao hormônio tireoidiano. Essa ação aumenta ou reduz a transcrição de genes que levam à formação de proteínas, produzindo, assim, a resposta celular ao hormônio tireoidiano. São demonstradas as ações dos hormônios tireoidianos nas células de diferentes sistemas. Na+-K +-ATPase, adenosina trifosfatase de sódio- potássio; mRNA, ácido ribonucleico mensageiro; SNC, sistema nervoso central; TMB, taxa metabólica basal FISIOLOGIA CAMILA SANTIAGO FISIOLOGIA | MEDICINA Efeitos dos hormônios tireoidianos: Aumentam o metabolismo basal – efeito termogênico ✓ Induzem a síntese de Na+-K+ ATPase ✓ ↑ consumo de O2 ✓ ↑ produção de calor T4 e T3 aumentam o consumo de O2 em quase todos os tecidos metabolicamente ativos Exceções: encéfalo, testículos, útero, linfonodos, baço e hipófise anterior No metabolismo de carboidratos: ✓ ↑ absorção de glicose no TGI ✓ ↑ captação celular de glicose ✓ ↑ glicólise ✓ ↑ gliconeogênese ✓ ↑ secreção de insulina No metabolismo de proteínas: ✓ ↑ proteólise No metabolismo de lipídeos ✓ ↑ lipólise ✓ ↑ concentração dos ácidos graxos livres no sangue ✓ ↓ colesterolemia (↑ receptores de LDL no fígado) Estimulam o sistema cardiovascular: ✓ ↑ FC e contratilidade ✓ ↑ na expressão de receptores β-adrenérgicos, ↑ da síntese de catecolaminas ✓ ↑ na expressão do gene da α-MHC, responsável pelo aumento da velocidade de contração no m. cardíaco Estimulam o funcionamento do SNC Obs: não induz aumento no consumo de O2 e glicose no SNC, bem como fluxo sanguíneo Nas crianças: o T3 ativa a taxa de transcrição do gene do GH, mecanismo pelo qual participa ativamente do processo de crescimento Período embrionário e primeiros anos de vida: ativam a transcrição do gene que codifica o NGF (fator de crescimento neuronal), o que leva à proliferação neuronal, mielinização, sinaptogênese e vascularização Regulação da secreção tireoidiana Via hipotálamo, hipófise, tireoide TRH no hipotálamo atua estimulando a liberação de TSH que atua na glândula tireoide, fazendo com que aja a liberação de T3 e T4 nos tecidos FISIOLOGIA CAMILA SANTIAGO FISIOLOGIA | MEDICINA Tireoide em repouso: possui coloide abundante, folículos largos e células foliculares achatadas Tireoide estimulada pelo TSH (pode estar ocorrendo a síntese do T3 e T4): coloide reduzido, folículos pequenos, células cuboides, lacunas de absorção receptando coloide Outros reguladores Estresse inibe a secreção de TRH Secreção de TRH aumenta com o frio e diminui com calor Dopamina e somatostatina inibem a secreção de TSH Glicocorticoides inibem a secreção de TSH Alterações na secreção tireoidiana : Hipertireoidismo: Resulta, geralmente de autoanticorpos anormais estimulando em excesso os receptores de TSH na glândula tireoide, ou de tumor que secrete hormônio da tireoide Quantidade excessiva de hormônio tireoidiano livre Intolerância ao calor, nervosismo, aumento da irritabilidade, palpitações, perda de peso mesmo com ingestão de alimentos e aumento da frequência de defecação Aumenta o metabolismo basal e a frequência cardíaca, diminuindo a tolerância ao calor Aumenta a reabsorção óssea e, portanto, a incidência de fraturas Altera o sistema cardiovascular por modificações hemodinâmicas e dos receptores no músculo card íaco: batimento cardíaco rápido e aumento da força de contração SNC: reflexos hiperexcitáveis e distúrbios psicológicos que variam de irritabilidade e insônia até psicose Hipotireoidismo Primário: defeito do suprimento de iodo ou do funcionamento da glândula Secundário: deficiência de TSH ou da doença autoimune (doença de Hashimoto) Produz redução do metabolismo basal, da frequência cardíaca, da motilidade intestinal e do funcionamento me ntal O creatinismo é a deficiência mental irreversível, resultante do hipotireoidismo congênito Deficiência de iodo na dieta resulta em bócio endêmico FISIOLOGIA CAMILA SANTIAGO FISIOLOGIA | MEDICINA Cretinismo: Hipotireoidismo congênito: relativamente comum; Os HT são necessários para o desenvolvimento do cérebro, nos dois primeiros anos de vida. Se não estiver presente em quantidades suficientes durante esse período, lesão cerebral permanente vai ocorrer (retardo mental). Como os HT são necessários para o crescimento linear, grave retardo do crescimen to ocorre quando ela está ausente durante a infância (nanismo)
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