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SABÃO E SABONETES DERMOCOSMÉTICOS Professor: Vinícius Viana Email: vianavncs@gmail.com CONCEITO Formulações para higiene e limpeza da pele, função desempenhada por tensoativos. Formas de Apresentação Líquido Cremoso Pastoso Barra SABÃO Apesar do sabão não ser encontrado espontaneamente na natureza, sua fabricação é muito antiga e simples Na verdade, nunca foi descoberto, mas surgiu gradualmente de misturas de materiais alcalinos e matérias graxas. Ao longo dos anos a indústria cosmética se desenvolveu, purificando os ácidos graxos para a obtenção de sabões mais claros. SABÃO São tensoativos aniônicos alcalinos Diminuem a tensão interfacial, permitindo a eliminação de impurezas (gorduras) da pele, a partir da lavagem desta com sabão e água Baseia-se na formação de emulsões com água Obtidos a partir do processo de Saponificação SAPONIFICAÇÃO Ocorre a partir da hidrólise de uma gordura animal ou vegetal, com a adição de uma base forte Os detergentes sintéticos não são obtidos a partir desta técnica COMO O SABÃO LIMPA PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE SABÃO Saponificação à frio Pouco usual, sabão mais escuros e de baixa qualidade Gordura + Lixivia Alcalina (NaOH, KOH) = Sabão Saponificação à quente Obtenção de Sabão e Glicerina Gordura (Aquecida até 150 °C) + Líxivia Alcalina Aquecida = Sabão e Glicerina SABONETE Cosméticos com ação detergente acentuada, utilizados para higiene pessoal (corpo, rosto e mãos). São mais suaves que os sabões Preparados a partir de gorduras refinadas Apresentação solubilidade, poder espumante e detergente balanceados São alcalinos - Indivíduos de pele sensível devem atentar ao uso Não possui poder espumante em água dura CARACTERÍSTICAS Conter mínimo de álcali livre Facilmente solúvel e produzir espuma abundante Boa limpeza, sem desengordurar demasiadamente a pele Não ser irritante, nem sensibilizante Ter perfumes e corantes atóxicos Ser eliminado totalmente e facilmente da pele CLASSIFICAÇÃO Origem Sabonetes Clássicos: • Processo de saponificação Sabonetes de Detergentes Sintéticos: • Sem saponificação Forma Barra: • Opacos ou Transparentes Gel Pasta: • Saponificado com KOH Cremoso Líquido MATERIAL GRAXO MATERIAL ALCALINO Material Alcalino • Hidróxido ou Carbonato de Sódio: Sabonete Sólido • Hidróxido de Potássio: Sabonete Pastoso ou Líquido Índice de Saponificação • Número de miligramas de KOH necessários para saponificar totalmente 1,0 grama de material graxo (ISO 1067) A quantidade de NaOH ( o qual irá fornecer um sabão duro) é determinado com o auxílio da Expressão: % NaOH = IS/14 MATÉRIAS- PRIMAS ACESSÓRIAS Material de Recheio • Da consistência ao sabonete, evita o amolecimento • Talcol, dióxido de Titânio, açúcar e resinas Essências Corantes Solventes • álcool, água Sobreengordurantes • Derviados de Lanolina, óleo de amendoas doce, leite de aveia Opacificantes • Talco, Dióxido de Titânio Umectantes • Glicierina, propilenoglicol Conservantes • Nipagin SABONETES SINTÉTICOS Se parecem com sabões e são utilizados como tais, mas não são sabões no sentido químico do termo Apresentam maior poder de limpeza, porém sabonetes clássicos apresentam melhor poder de remoção de maquiagem frente aos sintéticos Estão disponíveis na forma sólida e líquida FORMULAÇÃO BASE Tensoativo primário (4- 15%) Tensoativo secundário (1-6%) Sobrengordurantes Princípios ativos Água Aditivos •Acidificante •Quelante •Conservante •Essência •Doador de viscosidade •Perolizante •Corante TENSOATIVOS Tensoativo Primário (Aniônicos) • Funcionais na tensão superficial, maior poder de espuma e limpeza; podem estar presentes mais de um Tensoativo Secundário (Não-Iônicos; Anfóteros) • Responsáveis pela viscosidade e qualidade da espuma; reduzem irritabilidade; podem estar presentes mais de um TENSOATIVOS Catiônicos: • Sais de amônio quaternário. Somente associados aos aniônicos na forma polimérica. • Goma Guar quaternizada (Guar Hydroxypropyl Trimonium Chloride); Proteína de Trigo Quaternizada (Laurdimonium Hydroxypropyl Hydrolyzed Wheat Protein) Não iônicos: • Alquil poliglicosídeos. Boa atividade desengordurante, espumante e condicionadora, apresentando baixa irritabilidade. • Lauril Glucosídeo (Lauryl Glucoside); Decil Glucosídeo (Decyl Glucoside) Anfóteros: • Reduzem a irritabilidade dos aniônicos, melhoram a viscosidade e estabilizam a espuma. • Cocoanofiacetato de Sódio (Sodium Cocoamphoacetate); Cocoamido propil Betaína (Cocoamidopropyl Betaine) TENSOATIVOS Excelente atividade desengordurante, espumante e limpeza, apresentando baixa custo e maior irritabilidade. Tipo Propriedade Exemplos Sais de sódio Boa relação custo- benefício; qualidade de espuma, detergência e viscosidade; mais irritantes Lauril sulfato de sódio, lauril éter sulfato de sódio Sais de trietanolamina Pouca espuma e dificuldade de espessamento; elevada suavidade Lauril éter sulfato de trietanolamina Sais de amônia Suavidade e spessamento intermediário; bom poder detergente Lauril éter sulfato de amônio CONTROLE DE QUALIDADE Avaliação organoléptica Tempo de utilização (amolecimento) Solubilidade, deslipidação e poder molhante Determinação do pH em água Avaliação de espuma Irritabilidade dérmica