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Avaliação de Sociedade e Organizações

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação Presencial – AP1
Período - 2010/2º
Disciplina: Sociedade e Organizações
Coordenador da Disciplina: Antonio M. Fandiño
Aluno (a): ............................................................................................................................
Pólo: ....................................................................................................................................
Só será aceitas respostas feitas a caneta esferográfica azul ou preta;
Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis.
Boa sorte!
1ª Questão:
Explique segundo Tofler o sistema econômico da Terceira Onda e qual o papel do trabalhador dentre deste sistema?
Comentar:
Para Toffler, no sistema da Terceira Onda, economias de escala são freqüentemente esmagadas por deseconomias de complexidade. Quanto mais complexas forem as atividades da empresa, mais difícil se torna o encadeamento das rotinas e consequentemente da “rotinização” dos processos. Os problemas proliferam, anulando qualquer possível vantagem da massificação. A idéia de que o maior é necessariamente o melhor torna-se cada vez mais uma falácia. Procuram-se modalidades inteiramente novas de organização. 'Estruturas relativamente padronizadas dão lugar a organizações matriciais, equipes de projetos específicos, centros de lucro, bem como a uma crescente diversidade de alianças estratégicas, muitas delas para além das fronteiras nacionais.
Uma vez que os mercados mudam constantemente, a posição é menos importante do que a flexibilidade e a capacidade de manobra da empresa. As vias eletrônicas formam a infra-estrutura da economia da Terceira Onda, unindo companhias inteiras, muitas vezes, ligando-as igualmente aos computadores e redes de fornecedores e fregueses O tempo torna-se uma variável crítica traduzida nas entregas just-in-time e na pressão para reduzir as 'decisões em processo'. A engenharia lenta, seqüencial, passo a passo, está sendo substituída pela 'engenharia simultânea'. Assim, a aceleração dos negócios aproxima cada vez mais as companhias da Terceira Onda do tempo real.
As economias da Terceira Onda requerem um tipo de trabalhador que raciocina, pergunta, inova e assume riscos. Trabalhadores que não são facilmente intercambiáveis. Em outras palavras, ela favorece a individualidade - que não é o mesmo que individualismo. Não há apenas mais qualidades diferentes de trabalho, também há mais qualidades diferentes de lazer, estilos de arte, movimentos políticos, mais credos religiosos e mais grupos raciais e lingüísticos reconhecidos. As organizações desviam o maior volume possível de decisões da cúpula para a periferia. As companhias apressam-se em transferir poder aos empregados, não por altruísmos, mas porque as pessoas nos escalões inferiores freqüentemente possuem melhor informação e são capazes de reagir mais rapidamente tanto às crises quanto às oportunidades do que os chefões da alta administração.
2ª Questão:
Relacione as principais estratégias de mudança do processo de Desenvolvimento Organizacional (DO), bem como as principais fases da organização e ferramentas de desenvolvimento organizacional com seus respectivos conceitos na coluna abaixo, atribuindo os números entre parênteses. Observe que há mais conceitos que suas respectivas descrições. 
(1) Análise Transacional (2) Desenvolvimento sistemático (3) Desenvolvimento de Equipes (4) Fase de expansão (5) Fase de regulamentação (6) Fase de burocratização (7) Fase de reflexibilização.
	( 2 ) os responsáveis pela mudança delineiam modelos explícitos do que a organização deveria ser em comparação com o que é, enquanto aqueles cujas ações serão afetadas pelo desenvolvimento sistemático estudam, avaliam, e criticam o modelo de mudança, para recomendar alterações nele, baseados em seu próprio discernimento e compreensão. Assim as mudanças resultantes traduzem-se por apoio e não por resistências ou ressentimentos.
	( 1 ) é uma técnica destinada a indivíduos e não a grupos, pois analisa as transações e o conteúdo das comunicações entre as pessoas. Ela ensina as pessoas a enviar mensagens claras e ágeis e dar respostas naturais e razoáveis, reduzindo os hábitos destrutivos de comunicação – os chamados “jogos”
	( )é uma técnica de alteração comportamental a partir da atuação de um consultor interno ou externo (chamado terceira parte), como moderador. Dois grupos antagônicos em conflito (por desconfiança recíproca, discordância, antagonismo, etc.) podem ser tratados através de reuniões de confrontação, nas quais cada grupo se auto-avalia, bem como avalia o comportamento do outro, como que se colocado frente a um espelho
	( 3 ) é uma técnica de alteração comportamental na qual grupos de pessoas de vários níveis e áreas reúnem-se sob a coordenação de um consultor e criticam-se mutuamente, procurando um ponto de encontro em que a colaboração seja mais frutífera, eliminado-se as barreiras interpessoais de comunicação através do esclarecimento e compreensão das suas causas.
	( 5 ) com o crescimento das atividades da organização, esta é obrigada a estabelecer normas de coordenação entre os diversos departamentos ou setores que vão surgindo, bem como definir rotinas e processos de trabalho.
	( 4 ) é a fase em que a organização cresce e expande suas atividades, intensificando suas operações e aumentando o número de seus participantes. A preocupação básica é o aproveitamento das oportunidades que surgem e o nivelamento entre a produção da organização e as necessidades ambientais.
	( 7 ) é uma fase de readaptação à flexibilidade, de reencontro com a capacidade inovadora perdida, através da introdução consciente de sistemas organizacionais flexíveis. O Desenvolvimento Organizacional é exatamente um esforço de reflexibilização.
	( 6 ) com o desenvolvimento das operações e de acordo com a sua dimensão, a organização passa a necessitar de uma verdadeira rede de regulamentação burocrática, preestabelecendo todo o comportamento organizacional dentro de padrões rígidos e de um sistema de regras e procedimentos para lidar com todas as contingências possíveis relacionadas com as atividades do trabalho.
3ª Questão:
Comente sobre a oferta de serviços públicos por parte do governo brasileiro e as políticas neoliberais que vem sendo praticadas. 
R: Num país desigual e desintegrado socialmente como o Brasil não é tarefa fácil o estabelecimento de uma luta unitária em defesa das políticas sociais. Aqui não se consolidou um Estado do Bem Estar Social que atendesse, com um mínimo de qualidade, as demandas em termos de serviços públicos dos segmentos mais pobres e das classes médias. Muitos dos direitos foram implantados através de um viés corporativista, visando atender as demandas dos segmentos mais organizados dos trabalhadores e com maior capacidade de pressão política, e, portanto, não se tornaram universais.
Quando não conseguiram que o Estado atendesse às suas demandas, como no caso da saúde, previdência e educação, por exemplo, diversos segmentos dos trabalhadores passaram a pleitear, de forma prioritária, a concessão de incentivos fiscais para que pudessem comprar serviços privados. E nessa perspectiva, a crítica aos impostos é menos porque não existe uma contrapartida em termos de serviços públicos, mas porque o Estado retira recursos que seriam necessários para a ampliação da compra de serviços privados. Assim, grande parte dos serviços públicos passaram a ter como clientela somente as camadas mais pobres da população, que encontram-se desorganizadas e possuem uma pequena capacidade de pressão política. 
Consolidou-se, portanto, uma cultura no Brasil de que os serviços públicos são para gente pobre. E isso têm conseqüências políticas muito graves, pois favorece a estratégia neoliberal que busca empurraruma parte expressiva da população para os serviços privados, tornando os serviços públicos cada vez mais seletivos e precários e voltados somente para as parcelas mais miseráveis da população. Pode-se dizer que a linha de corte estabelecida no Brasil (serviços públicos para os pobres e serviços privados subsidiados para as classes médias) é inteiramente compatível com o neoliberalismo, que trabalha pela radicalização dessa política.
4ª Questão:
Comente sobre as diferenças entre Brasil e paises como Índia e China em termos de desenvolvimento econômico e inovação tecnológica, assim como que atuação o governo brasileiro deve realizar no sentido de incrementar o desenvolvimento tanto econômico quanto tecnológico.
R: O diferencial do Brasil em relação a países em desenvolvimento como China e Índia, que vêm apresentando taxas bastante elevadas de crescimento econômico e de projetos de inovação, é que o Brasil encontra-se num patamar diferenciado dessas economias em termos de estrutura industrial instalada, inclusive com participação intensa de empresas multinacionais, presentes no país a quase 100 anos. O Brasil já possui uma estrutura industrial diversificada e consolidada, que certamente precisa de modernização e mais dinamismo, porém que não gerará um efeito no crescimento econômico tão forte quanto o gerado na China e Índia. 
Esses dois países estão passando por um estágio inicial de desenvolvimento que permite taxas de crescimento de quase 10% ao ano. Isso não significa que o Brasil não possa alcançar patamares de crescimento mais elevados do que os dos últimos anos, porém possivelmente não se igualará a China e Índia. 
Cabe ressaltar que com a globalização do processo de pesquisa e desenvolvimento, Índia e China possuidores de uma base forte de técnicos qualificados, engenheiros e cientistas tornaram-se locais atraentes para investimento direto estrangeiro (IED) e centros regionais de P&D de empresas globais. Esta mudança dinâmica levou os dois países a desenvolver estratégias inovadoras ousadas, especialmente relacionadas à educação e qualificação da força de trabalho.
Outro grande fator de vantagem de China e Índia são a consistência e coordenação de suas políticas direcionadas ao desenvolvimento industrial. Diferentemente do Brasil que durante mais de 10 anos limitou-se a políticas horizontais, de privatização e liberalização comercial, sem o adequado apoio às empresas nacionais. O governo brasileiro retomou o interesse no desenvolvimento industrial, mas ainda falta uma coordenação efetiva das políticas e programas de apoio.
O aspeto critico para o Brasil alavancar sua capacidade competitiva é que as políticas industriais e de inovação do país sejam mantidas no longo prazo e que possam ser aplicadas em conjunto com as políticas para estabilização da economia, sem que as últimas criem fatores impeditivos às primeiras.

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