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● Introdução: Enfermidade autolimitante in- fectocontagiosa de animais imunossuprimidos. Es- tá correlacionada à evolução para algumas for- mas de câncer. É comumente ignorada e costuma afetar pele, mucosas e alguns órgãos de mamífe- ros e aves. ● Importância: Diminui o valor do animal e preço do couro, provoca debilitações e perdas produtivas, pode facilitar mastites caso se desen- volvam no esfíncter do úbere. ● Etiologia: Causada pelos vírus do gênero Pa- pillomavirus. São icosaédricos, com DNA fita dupla circular, e envelope ausente. Possui 2 subgrupos e 14 espécies, cada um possuindo um sítio alvo específico. Não provoca viremia. Subgrupo A - Fibropapilomas Tipo 1 Teto e pênis Regride em até 1 ano Tipo 2 Cutâneo de cabeça e pescoço Regride em até 1 ano Tipo 5 Teto e úbere Não regride Subgrupo B - Epiteliais Tipo 3 Cutâneo Não regride Tipo 4 Mucosa do trato digestivo - Tipo 6 Tetos - ➤ Resistência: Apresentam termo-estabilida- de e são resistentes ao pH ácido, éter e solventes lipídicos. São destruídos em solução formalina 10% e temperatura de 60°C durante 30 minutos. ● Epidemiologia: É amplamente difundida nos rebanhos brasileiros, acometendo principalmente populações confinadas, jovens e Holandês preto e branco. Os principais fatores associados à doença são: nutrição inadequada, faixa etária, carrapatos, e utilização de instrumentais contaminados. ➤ Transmissão: Pode ser feita por contato direto com feridas na pele ou de maneira indireta por meio de tabanídeos e carrapatos. O animal doente atua como reservatório, e o período de incubação varia de 2 a 6 meses. ● Patogenia: Replicação viral nas células basais do epitélio, promovendo crescimento excessivos dessas células e expondo-se como verrugas. ➤ Subgrupo A: Proliferação de fibroblastos se- gue para aumento de tamanho e replicação excessiva gera massas com núcleo de tecido conectivo. A regressão é por meio de ataque de linfócitos e macrófagos. ➤ Subgrupo B: Proliferação com formação de tubos queratinócitos seguindo por uma alta taxa de replicação viral e finalizando por baixa replica- ção. Desenvolve quadro de câncer ou segue para regressão. ● Sinais Clínicos: Massas escamosas na pele, mucosos, planos ou pediculares; sendo benignos ou malignos. Em alguns casos aparecem em pequenos números ou tomam grande parte do corpo. ● Diagnóstico: É clínico pela visualização das lesões. A identificação viral pode ser por micros- copia eletrônica, PCR, imunofluorescência ou cul- tivo de células. ● Tratamento: É empírico, com várias pro- postas. Pode ser feita a retirada com cauterização das lesões, ou então uso de carbonato de cálcio, e imunoestimulantes. A vacina autógena pode ser realizada, macerando o papiloma e aplicando no animal para indução de resposta imune específica. ● Profilaxia e Controle: Manejo nutricional, espaço adequado e utilização de instrumentais de- sinfetados
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