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Preparos Cavitários Classe II para Amálgama

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Maria Eduarda de Alencar – Odontologia 2019.2 
Preparos Cavitários Classe II para Amálgama 
Introdução 
- O objetivo do preparo cavitário é remover 
uma cavidade patológica, transformando-a em 
uma cavidade terapêutica, pronta para receber o 
material restaurador, que por sua vez tem a função 
de repor os tecidos removidos, receber as cargas 
mastigatórias e distribuir elas ao longo eixo do 
dente; 
→ Princípios do Preparo para Amálgama 
- Forma de Contorno: Área a ser incluída no 
preparo cavitário; 
- Forma de Resistência: Forma que vai se dar ao 
remanescente dentário para que ele resista as 
cargas mastigatórias que o dente será exposto. É 
importante preservar as estruturas de reforço 
sempre que possível; 
- Forma de Retenção: Forma que vai se dar a 
cavidade para que ela comporte bem o material 
restaurador; 
- Forma de Conveniência: Forma a ser dada ao 
preparo para que ele possa ser trabalhado; 
→ Tipos de Preparo Cavitário 
- Cavidades Complexas ou Compostas: MO, 
OD, MOD; 
- Cavidades Interproximais: Slot horizontal e slot 
vertical. 
Cavidades Complexas ou Compostas 
- São preparos decorrentes de lesões 
oclusoproximais, envolvendo uma ou as duas 
faces proximais, neles, remove-se as estruturas 
de reforço – como as cristas marginais – e o ponto 
de contato; 
→ Cavidade DO no Dente 35 
- Os passos usados nessa confecção também são 
usados para cavidades do tipo MO; 
!!! Confecção da Caixa Oclusal 
- Primeiramente faz-se a delimitação da forma 
de contorno, abrangendo áreas susceptíveis à 
cárie – sistema de cicatrículas e fissuras – quando 
possível, deve-se preservar as estruturas de 
reforço e englobar parcialmente o sulco lingual 
– se todo ele estiver acometido pela cárie, remove-
se todo; 
- Penetração inicial com a broca 56, ligeiramente 
inclinada, paralela ao plano que passa pelo vértice 
das cúspides, na fossa central da caixa oclusal; 
- Movimentos de mesial para distal, construindo 
uma canaleta no sulco central; 
- Profundidade = metade da ponta ativa da broca; 
- No mesmo movimento de mesial para distal, 
inclina-se mais para a proximal que se vai remover 
– no caso do exemplo é a distal – e começa-se a 
afinar a crista marginal, facilitando a confecção da 
caixa proximal; 
!!! Confecção da Caixa Proximal 
- Penetração da broca em direção proximal, 
abaixo do ponto de contato com movimentos 
pendulares, perfurando a face proximal; 
- Romper o remanescente da crista marginal com 
a broca ou colher de dentina; 
- Remover remanescentes de esmalte com auxílio 
do recortador de margem gengival; 
- As paredes circundantes da caixa proximal 
devem ser separadas do dente vizinho por uma 
distância de 0,25 a 0,50 mm; 
- A largura da parede gengival é = 1 ½ o diâmetro 
da ponta ativa da broca; 
!!! Características Finais da Caixa Oclusal 
- Parede pulpar plana e paralela ao plano que 
passa no vértice das cúspides; 
- Paredes V e L formando um ângulo de 70°; 
!!! Características Finais da Caixa Proximal 
- Paredes V e L devem estar convergentes para 
oclusal e formar um ângulo reto com a superfície 
externa do dente – curva reversa de Hollenback, 
tem a função de promover retenção do material na 
região interproximal; 
- Parede gengival plana e perpendicular ao eixo 
longitudinal do dente; 
- Parede axial ligeiramente expulsiva no sentido de 
gêngivo-oclusal; 
- Ângulo áxio-pulpar arredondado; 
→ Cavidade MOD 
- É o tipo de preparo mais utilizado/ visto na prática 
clínica diária, em dentes molares – portanto, não 
possui a inclinação da caixa oclusal observada 
nos pré-molares; 
!!! Confecção da Caixa Oclusal 
- Primeiramente faz-se a delimitação da forma 
de contorno, abrangendo áreas susceptíveis à 
cárie – sistema de cicatrículas e fissuras – quando 
possível, deve-se preservar as estruturas de 
reforço e englobar parcialmente o sulco lingual 
– se todo ele estiver acometido pela cárie, remove-
se todo; 
- Penetração inicial com a broca 56, ligeiramente 
inclinada, paralela ao plano que passa pelo vértice 
das cúspides, na fossa central da caixa oclusal; 
- Movimentos de mesial para distal, construindo 
uma canaleta no sulco central; 
- No mesmo movimento de mesial para distal, 
inclina-se mais para as proximais, para afinar a 
crista marginal, facilitando a confecção das caixas 
proximais – uma proximal por vez; 
!!! Confecção da Caixa Proximal 
- Penetração da broca em direção proximal, 
abaixo do ponto de contato com movimentos 
pendulares, perfurando a face proximal; 
- Romper o remanescente da crista marginal com 
a broca ou colher de dentina; 
- Remover remanescentes de esmalte com auxílio 
do recortador de margem gengival; 
- Se necessário, realizar retenções adicionas com 
a broca 699 nas paredes V e L da caixa proximal; 
!!! Características Finais 
- Paredes V e L da caixa proximal devem estar 
convergentes para oclusal e formar um ângulo reto 
com a superfície externa do dente – curva reversa 
de Hollenback, tem a função de promover 
retenção do material na região interproximal; 
- Parede gengival plana e perpendicular ao eixo 
longitudinal do dente; 
- Paredes circundantes da caixa proximal 
convergentes para a oclusal; 
- Parede pulpar plana e perpendicular ao longo 
eixo do dente; 
- Parede axial plana no sentido V-L, mas 
ligeiramente inclinada no sentido de gêngivo-
oclusal; 
- Ângulo áxio-pulpar arredondado. 
Slot Horizontal 
- Usado para preparar cavidades em situação de 
lesões nas faces proximais de dentes 
posteriores, sendo indicado quando se tem um 
remanescente maior ou igual a 2 mm da crista 
marginal, tendo-se então a possibilidade de 
preservação dessa crista marginal; 
- Para esse tipo de preparo, muitas vezes é 
necessário abrir mão de um afastamento 
mecânico para realização do trabalho, de modo 
que não se prejudique o dente vizinho; 
 
→ Preparo 
- Pode-se utilizar pontas diamantadas 1090 – em 
alta rotação – ou brocas carbide cilíndricas n° 
245, 2 ou 2/5 – baixa rotação – e enxadas 
monoanguladas para complementar o preparo; 
- As paredes oclusal e gengival da cavidade 
devem ficar abaixo do ponto de contato e acima 
da gengiva marginal livre num tamanho de 1 
mm; 
 
- É necessário proteger o dente vizinho com 
matriz, com penetração inicial por vestibular, 
usando a broca com ligeira inclinação em relação 
a parede gengival, e indo no sentido lingual. 
Constrói-se então uma espécie de túnel com 
movimentos de oclusal para gengival; 
- O acabamento pode ser feito com enxada 
monoangulada, recortador de margem gengival ou 
formador de ângulo; 
→ Características da Cavidade 
- Paredes circundantes – oclusal, gengival e axial 
– formando ângulos retos com a superfície externa 
do dente; 
- Parade axial paralela ao plano da superfície 
mesial; 
- Ângulos internos arredondados; 
- Ângulo cavo-superficial nítido e sem bisel. 
Slot Vertical 
- Indicado em casos onde a lesão de cárie está 
localizada estritamente por proximal, próximo a 
crista marginal sem possibilidade de manutenção 
dessa estrutura, pois tem-se uma espessura < 2 
mm; 
 
- Nessas situações obrigatoriamente remove-se a 
crista marginal e o ponto de contato; 
→ Preparo 
- Pode-se utilizar pontas diamantadas 1090 – em 
alta rotação – ou brocas carbide cilíndricas n° 
245 ou 699 – baixa rotação – e colher de dentina 
ou recortador de margem gengival para 
complementar o preparo; 
- Deve-se envolver toda a crista marginal, 
englobando o ponto de contato; 
- A penetração inicial – com a broca 245 ou 699 – 
é feita na crista marginal, com ligeira inclinação 
para a vestibular. A broca deve ser posicionada 
paralela ao longo eixo do dente, com pressão 
para a gengival, perfurando abaixo do ponto de 
contato e realizando movimentos pendulares – 
construindo a caixa proximal; 
- Deve-se utilizar a matriz e a cunha para proteger 
o dente vizinho; 
- O acabamento pode ser feito com recortador de 
margem gengival; 
→ Características da Cavidade 
- Parede gengival maior que a oclusal – paredes V 
e L convergentespara oclusal; 
- Paredes V e L formando um ângulo de 90° com 
a superfície externa do dente; 
- Parede axial plana vestibulolingualmente e 
ligeiramente expulsiva no sentido gêngivo-oclusal; 
- Parede gengival plana e perpendicular ao eixo 
longitudinal do dente; 
- Ângulo cavo-superficial deve ser definido; 
- É necessário devem ser feitas retenções 
adicionais em forma de canaleta nas caixas 
proximais utilizando a broca 699. 
Preparo para Amálgama Adesivo 
→ Características da Cavidade 
!!! Caixa Oclusal 
- Semelhante à do preparo para a técnica 
convencional; 
!!! Caixa Proximal 
- Paredes V e L convergentes para a oclusal; 
- Parede axial plana no sentido V-L e ligeiramente 
expulsiva no sentido gengivo-oclusal; 
- Parede gengival plana e paralela a parede 
pulpar; 
- Ângulos diedros do segundo grupo arredondados 
– utiliza-se broca carbide cilíndrica de ponta 
arredondada n° 330 para obter isso; 
- Ângulo axio-pulpar arredondado; 
- Ângulo cavo-superficial nítido e sem bisel; 
→ Vantagens 
- Preparo mais conservador; 
- Redução da microinfiltração; 
- Melhor adaptação marginal → amálgama + 
material adesivo; 
- Evita pigmentação do tecido dentinário por 
produtos de corrosão do amálgama.

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