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Esforço trator em locomotivas diesel- lét i E t lét i d t ã t lét i d d elétricas Em um motor elétrico de tração, a corrente elétrica na armadura do motor é inversamente proporcional à velocidade de rotação e diretamente proporcional ao torque produzido no eixo motor A velocidade de rotação do motor determina a velocidade da locomotiva e o torque, a força motriz produzida para mover o trem No diagrama torque vs. corrente, observa-se que o torque – e, por conseqüência, o esforço trator – é diretamente proporcional à corrente elétrica: quanto maior a corrente,proporcional à corrente elétrica: quanto maior a corrente, maior o torque e, por conseguinte, maior o esforço trator produzido No diagrama rotação vs. corrente, observa-se que a velocidade de rotação do motor é inversamente proporcional à corrente elétrica: uma corrente elétrica elevada implica em baixa velocidade de rotação do eixoelevada implica em baixa velocidade de rotação do eixo motor e, por conseqüência, em baixa velocidade da locomotiva Limites de operação das locomotivas di l lét i O d ã d l i di l lé i diesel-elétricas Os motores de tração usados em locomotivas diesel-elétricas são projetados para operar abaixo de uma corrente elétrica máxima e abaixo de uma voltagem máxima Na prática, os limites determinam o intervalo de velocidades em que a locomotiva pode ser operada sem que seus motores de tração sejamoperada sem que seus motores de tração sejam danificados Estabelecido um limite máximo para a corrente elétrica; este limite estabelece a menor velocidadeelétrica; este limite estabelece a menor velocidade admissível de rotação do eixo motor e, por conseqüência, a menor velocidade que a locomotiva pode manter sem que seus motoresp q sejam prejudicados Assim, o limite de voltagem determina a maior velocidade de rotação do eixo motor e, por êP conseqüência, a maior velocidade em que a locomotiva pode ser operada sem danos aos seus motores 2175t PF v = ⋅ T ã d ê i N í l d ã dá Tração por aderência Nos veículos terrestres que usam rodas, a tração dá-se em função do atrito entre as rodas e a via Sem esse atrito o movimento não é possívelSem esse atrito, o movimento não é possível Seja uma roda de locomotiva, com raio r e que suporta um peso P.suporta um peso P. O torque T, aplicado ao eixo conectado à roda corresponde a T = Ft·rt Na zona de contato da roda com o trilho, surge uma força Fa = N ·f, que se opõe ao deslizamento d d é h d d d ê i E t f éda roda e é chamada de aderência. Esta força é dada pelo produto da normal ao peso N e o coeficiente de atrito estático f, chamado de êcoeficiente de aderência. O peso P é denominado de peso aderente T ã d ê i é Tração por aderência Quando uma roda motriz é submetida a um torque T aplicado na roda motriz, existem duas possibilidades Ft > Fat a O torque é tal que a força de atrito é insuficiente e a roda fica patinando, sem que a locomotiva saia do lugar Nesse caso, o atrito passará a ser um atrito de deslizamento, menor que o atrito estático Ft ≤Fa A força de atrito é suficiente para impedir que a roda ã épatine e então a locomotiva é capaz de se movimentar, sendo propelida por uma força Ft T ã d ê i ê Tração por aderência A aderência, portanto, determina qual a maior força motriz que pode ser utilizada para movimentar o veículoveículo A limitação pela aderência é mais notada nas velocidades baixas, quando a locomotiva está iniciando o movimento Em locomotivas modernas, existem sensores que monitoram as rodas motrizes e, se alguma delas começa a patinar, um di iti d j t ti t i i t f ddispositivo despeja automaticamente areia na interface de contato para, aumentando o coeficiente de aderência, impedir a patinagem T ã d ê iTração por aderência ê ãO coeficiente de aderência f não um valor constante, mas varia com as condições da superfície do trilho: seca molhada limpa suja de óleo ou com geloseca, molhada, limpa, suja de óleo ou com gelo (geada) êEstado do trilho Aderência Totalmente seco e limpo 0,33 Lavado pela chuva 0 33Lavado pela chuva 0,33 Seco e limpo 0,22 Seco 0,20 Molhado pela chuva 0,14 Úmido de orvalho 0,125 ÚÚmido e sujo 0,11 Sujo com óleo 0,10 T ã d ê i é Tração por aderência No Brasil, um valor médio comumente usado nos cálculos de tração é 0,22 Sendo Td o peso aderente total da locomotiva e f o coeficiente de aderência entre as rodas motrizes e os trilhos, a maior força motriz Ftmax que pode ser exercida sem que as rodas motrizes patinem pode ser determinado por:ser determinado por: t dF f T= ⋅ Onde: Ftmax = força motriz máxima [N] f = coeficiente de aderência; e maxt d f coeficiente de aderência; e Td = peso aderente da locomotiva T ã d ê i é Tração por aderência O peso aderente é o peso que atua sobre as rodas motrizes da locomotiva O peso total de um veículo é a soma do peso aderente e do peso morto O peso morto é o peso que atua sobre as rodas não acopladas aos eixos tratoresp Por isso, para melhor aproveitamento do peso aderente, é interessante que todos os eixos das locomotivas sejam eixosinteressante que todos os eixos das locomotivas sejam eixos motrizes, já que quanto maior o peso morto, menor a força motriz máxima que pode ser desenvolvida pela locomotiva Nas locomotivas modernas, todos os eixos são motrizes T ã d ê i A li i ã d ê i é li i ã l Tração por aderência A limitação por aderência é sempre menor que a limitação pela corrente elétrica máxima, como forma de prevenir a queima dos motores de tração por descuido do operador da máquina A área interna à curva representa todas as combinações de força motriz e velocidade possíveis de serem obtidas com uma locomotivacom uma locomotiva A envoltória representa a curva de isopotência obtida com a potência máxima da locomotiva O limite da aderência é sempre menor que o limite da corrente máxima, para maior proteção do equipamento A velocidade máxima que pode ser alcançada pela locomotiva é determinada pelo limite de voltagem, mas regras de operação (determinadas pelo projeto é ãgeométrico e pelo estado de conservação da via) normalmente fazem com que a velocidade máxima seja menor que esse limite R i tê i i t í Resistência ao movimento Quando um veículo terrestre encontra-se em movimento, surgem diversas forças que se opõem ao movimentomovimento A este conjunto de forças, dá-se o nome de resistência ao movimento (R)movimento (R) ê éA resistência ao movimento é contrabalançada pela força motriz produzida pelo motor R i tê i i tResistência ao movimento Podem ocorrer 3 situações Ft > RFt > R O veículo é submetido a uma aceleração Ft < R O veículo está desacelerando Ft = RFt = R O veículo mantém uma velocidade constante R i tê i i t ê Resistência ao movimento A resistência ao movimento de um trem possui 4 componentes principais Resistência ao rolamento Resistência aerodinâmica Resistência de rampa Resistência de curva R i tê i l tResistência ao rolamento Causada pela deformação da roda e do trilho no seu ponto de contato Pelo atrito interno do motor Pelo atrito entre eixos e mancais, rodas e trilhos Pelo balanço das rodas Pelos choques entre as flanges das rodas e os trilhos Etc. R i tê i d é ê â Resistência do ar Também chamada de resistência aerodinâmica ou arrasto ã ãSurge em função do deslocamento da composição na atmosfera terrestre Depende de fatores tais como: A seção transversal frontal O comprimento A forma e rugosidade da superfície externa das locomotivas e vagõese vagões A velocidade de deslocamento da composição A elocidade e di eção do entoA velocidade e direção do vento Etc. R i tê i dResistência de rampa Causada pela ação da gravidade terrestre sobre o trem É positiva numa subida Isto é, atua no sentido contrário ao do movimento É negativa numa descidaÉ negativa numa descida Isto é, atua no sentido do movimento R i tê i dResistência de curva Causada tanto pela força centrífuga que a menta o at ito ent e a oda do t em e oaumenta o atrito entre a roda do trem e o trilho,como pelo fato de que as rodas, p q externas do truque são arrastadas numa curva R i tê i t t l i t ê Resistência total ao movimento Assim, a resistência total ao movimento, R, de uma composição ferroviária é dada pela soma: r a g cR R R R R= + + + Onde: R = resistência total ao movimento [N];R i tê i d l t [N] t r a g c R 14243 Rr = resistência de rolamento [N]; Ra = resistência aerodinâmica [N]; Rt = resistência inerente ao movimento [N]; Rg = resistência de rampa [N]; e O d i últi t d ã ó i t g p [ ]; Rc = resistência de curva [N]. Os dois últimos termos da equação só existem, respectivamente, em trechos inclinados e em curvas ê á áA resistência inerente ao movimento, ou básica, está presente toda vez que um trem está em movimento R i tê i d l t (R ) á à ã í Resistência de rolamento (Rr) Está ligada à tecnologia de construção dos veículos ferroviários A resistência de rolamento pode ser calculada por: 2 1 3r c x R c c v G G ⋅⎛ ⎞= + + ⋅ ⋅⎜ ⎟ ⎝ ⎠ Onde: Rr = resistência de rolamento [N]; x número de eixos da locomotiva ou vagão;x = número de eixos da locomotiva ou vagão; G = peso da locomotiva ou vagão [kN]; v = velocidade de operação [km/h]; c1 = constante que incorpora o efeito da deformação da roda e do trilho;1 q p ç ; c2 = constante que incorpora o efeito do atrito nos mancais; e c3 = constante que incorpora o efeito do atrito entre o friso das rodas e o trilhos R i tê i d l t (R ) O i i d fó l ( G) i ê i Resistência de rolamento (Rr) O primeiro termo da fórmula (c1·G) representa a resistência gerada pela deformação da roda e do trilho, que é proporcional ao peso do veículo Valor típico da constante c1 é 0,65 O segundo termo da fórmula representa a resistência geradaO segundo termo da fórmula representa a resistência gerada pelo atrito nos mancais, que é função do número de eixos, x Valor típico da constante c2 é 125p 2 O terceiro termo da fórmula reflete o efeito do balanço, choques e atrito nos frisos das rodas, e varia com a velocidade do trem Quanto maior a velocidade, maior a resistência gerada por esses fatores Os valores típicos de c3 adotados são 0,009, para vagões de passageiros e locomotivas, e 0,013 para vagões de carga R i tê i di â i (R ) ê â Resistência aerodinâmica (Ra) A resistência aerodinâmica individual de um vagão ou locomotiva de um trem é estimado ãpela expressão 2 a aR c A v= ⋅ ⋅ Onde: Ra = resistência aerodinâmica [N]; ca = constante que reflete as características aerodinâmicas do vagão ou locomotiva A = área frontal do veículo; eA = área frontal do veículo; e V = velocidade de operação [km/h] R i tê i di â i (R )Resistência aerodinâmica (Ra) Á í í áÁrea frontal e ca típicos para veículos ferroviários Veículo Área (m2) ca Locomotivas Aerodinâmicas 9 - 11 0,031 Normais 9- 11 0,046 V õVagões Carga 7,5 – 8,5 0,009 Passageiros 10 – 11 0 006Passageiros 10 11 0,006 R i tê i i t i t é ê á Resistência inerente ao movimento Também chamada de resistência básica É a soma das parcelas da resistência total quep q correspondem à resistência de rolamento (Rr) e à resistência aerodinâmica (Ra) Exemplo: Qual a resistência inerente ao movimento de um vagão de carga cuja massa bruta é de 100 toneladas, possui 4 i á f t l d 8 2 60 k /h?eixos, área frontal de 8m2, que se move a 60 km/h? = + ⇒t r aR R R ⋅⎛ ⎞ + + ⋅ ⋅ +⎜ ⎟ ⎝ ⎠ 2 1 3 c x c c v G G 2 a aR c A v= ⋅ ⋅ ⎛ ⎞⋅⎛ ⎞= + + ⋅ ⋅⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎝ ⎠⎝ ⎠ 125 4 0,65 0,013 60 980,6 980 6t R ⎝ ⎠G ( )+ ⋅ ⋅ 20,009 8 60 ⎝ ⎠⎝ ⎠980,6 ( ) = + =1902 259 2161 N R i tê i i t i tResistência inerente ao movimento O exemplo mostra que a maior componente da Rt é a resistência de rolamento A resistência aerodinâmica é significativamente menor que a Rmenor que a Rr Ra ≅ 14%Rt Se a velocidade aumenta 100 km/h → Ra ≅ 30%Rr 140 km/h → Ra ≅ 48%Rr/ r R i tê i i t i t ã ê ã Resistência inerente ao movimento Variação da resistência total de um vagão de carga em função da velocidade e da sua massa bruta A inclinação das curvas aumenta com a velocidade, refletindo o aumento não linear da resistência do ar, que érefletindo o aumento não linear da resistência do ar, que é função do quadrado da velocidade A resistência também cresce se o peso bruto total do vagão crescer R i tê i i t i t V i ã d i ê i bá i ífi (R /G) d ã d Resistência inerente ao movimento Variação da resistência básica específica (Rt/G) de um vagão de carga em função da velocidade e da sua massa bruta O aumento da velocidade produz um aumento não linear da Rt Aumento no PBT do vagão implica em uma redução da resistência básica específica, o que demonstra a existência de uma i d l A utilização de vagões de PBT maior é vantajosa, do ponto de vista da economia de escala A utilização de vagões de PBT maior é vantajosa, do ponto de vista da resistência básica Os operadores têm procurado utilizar vagões de maior PBT visando a obtenção de ganhos de produtividade R i tê i i t i t é Resistência inerente ao movimento Além das equações apresentadas para Rr e Ra, existem outras fórmulas para estimar a ê áresistência básica Usualmente estabelecidas com base em mediçõesUsualmente estabelecidas com base em medições experimentais São aplicadas às particularidades da frota (vagõesSão aplicadas às particularidades da frota (vagões e locomotivas) de cada empresa ôMetrô de Londres +⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ 22 7 0 88 /R N G kN v km h= +⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ 22,7 0,88 /tR N G kN v km h E í iExercício Reconstruir o gráfico velocidade versus resistência básica. Determinar os valores de Rt, Rr e Ra para ot, r a p vagão de carga do exemplo anterior, considerando as velocidades de 40 60 e 100 km/h e para massasvelocidades de 40, 60 e 100 km/h e para massas brutas de 60 t, 80 t e 120 t. Compare e analise os valores de Rt para as diferentes velocidades e massas brutas. Para as mesmas velocidades e massas brutas, determine os valores de resistência básica específica. Compare e analise os resultados obtidosCompare e analise os resultados obtidos. R i tê i d (R )Resistência de rampa (Rg) Causada pela componente da força peso que atua na direção do movimento Numa subida, a componente do peso atua no sentido contrário do movimento sendo portantosentido contrário do movimento, sendo, portanto, uma resistência d d d dNuma descida, por atuar no mesmo sentido do movimento, ela não é uma resistência ao movimento na acepção mais estrita do termomovimento na acepção mais estrita do termo A força de frenagem deve ser capaz de contrabalançar t d it tessa componente do peso, para evitar que o trem acelere descontroladamente R i tê i d (R )Resistência de rampa (Rg) As rampas de ferrovias e rodovias são normalmente expressas em porcentagem, oup p g , seja, o aumento em elevação em metros por cem metroscem metros Corresponde à tangente do ângulo que a rampaCorresponde à tangente do ângulo que a rampa faz com a horizontal As rampas em ferrovias são sempre bem suaves R i tê i d (R )Resistência de rampa (Rg) Forças que atuam numa locomotiva em uma rampa Seja P [N] o peso total da locomotivaSeja P [N] o peso total da locomotiva A componente do peso que atua na direção do movimento é P·sen αç Sendo α o ângulo que a rampa faz com a horizontal Para ângulos pequenos, o seno e a tangente são praticamente iguais e, admitindo se que sen tani admitindo-se que sen α = tan α tan [ ] 100g i R P P Nα= ⋅ = ⋅ Onde: i é a declividade da rampa [%] Rg e G são dados em Newtows [N] R i tê i d (R ) é Resistência de rampa (Rg) No entanto, é mais usual que o peso dos trens seja dado em [kN], neste caso P = 1000G 1000 10 i R G G i1000 10 100g R G G i= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ Onde: G é o peso da locomotiva ou vagão em [kN] [%] i é a declividade da rampa A resistência de rampa costuma ser a maior parcela d i tê i i tda resistência ao movimento E l S j ã d 100 (G 100 980 6 kN) i j 60 Exemplo Seja o vagão de 100t (G = 100.g = 980,6 kN), que viaja a 60 km/h, usado para estudar a resistência básica. Numa rampa de 0,5%, qual é a resistênciatotal 2161 10 980,6 0,5 2161 4903 7064 Nt gR R R= + = + ⋅ ⋅ = + = Ou seja, a resistência de rampa (Rg) é mais que o dobro da resistência inerente ao movimento (Rt) Rg ≅ 69%RRg ≅ 69%R Se a rampa fosse de 2%, qual seria a resistência de rampa e seu impacto na resistência total (R) Rg ≅ 90%R 2161 10 980,6 2 2161 19612 21773 Nt gR R R= + = + ⋅ ⋅ = + = O que mostra claramente porque rampas íngremes devem ser evitadas em ferrovias R i tê i d (R ) í Resistência de curva (Rc) Forças que atuam em um veículo que faz uma curva com superelevação e A resultante U da força centrífuga Fc e do peso G pode ser decomposta em duas forçasç A força T, que atua na direção perpendicular à via A força Frc, que atua na direção do eixo Idealmente, a superelevação e é tal que a componente F é nulaa componente Frc é nula Mas, nas curvas nas quais a superelevação não é a ideal, o efeito da ação da força centrífuga serve para aumentar a resistência ao movimento R i tê i d (R )Resistência de curva (Rc) Nas ferrovias, a Frc comprime o friso das rodas contra a lateral do trilho, causando uma componente de atrito adicional Além disso, os eixos aos quais as rodas de um truque ferroviáriorodas de um truque ferroviário conectam-se são fixos (isto é, não se movem em curvas) existe umase movem em curvas), existe uma tendência de arrasto das rodas externas quando o trem se moveexternas quando o trem se move em uma curva R i tê i d (R )Resistência de curva (Rc) Nas ferrovias, a estimativa da resistência de curva é normalmente feita através de fórmulas empíricas, já que sua determinação teórica depende de diversos parâmetros cuja influência ainda não é muito bemparâmetros cuja influência ainda não é muito bem compreendida A AREA (American Railway Engineering Association) recomenda que a resistência de curva seja calculadarecomenda que a resistência de curva seja calculada de forma a ser inversamente proporcional ao raio da curva R i tê i d (R ) ã Resistência de curva (Rc) Equação recomendada pela AREA G Onde: Rc é a resistência de curva [N]; 698c G R r = Onde: Rc é a resistência de curva [N]; G é o peso da locomotiva ou vagão em [kN]; r é o raio da curva [m]. Exemplo: Determinar a resistência adicional que atua b ã d d b l dsobre um vagão de carga de massa bruta total de 100t, ao entrar numa curva cujo raio é 250m 980,6 698 698 2738 N 250c G R = = ⋅ = 250c r C ã d ê í ã Compensação de rampas em curvas Ainda que a resistência específica de curva não seja muito grande, a resistência de curva pode prejudicar a operação de composições em rampas íngremesa operação de composições em rampas íngremes Normalmente as composições são dimensionadas para explorar ao máximo a potência das locomotivasexplorar ao máximo a potência das locomotivas Usualmente, projetam-se ferrovias de tal forma que a inclinação da rampa é reduzida nas curvas de forma ainclinação da rampa é reduzida nas curvas de forma a compensar a resistência adicional causada pela curva Assim, garante-se que a soma da resistência de curva e dag q resistência de rampa é menor ou igual à resistência de rampa encontrada na rampa máxima do trecho ( ) ( )maxg g cR i R i R≥ + C ã d A d ili ã i fi i d Compensação de rampas em curvas As rampas compensadas garantem uma utilização mais eficiente da potência disponível das locomotivas Evitam a necessidade de dar ao trem capacidade adicional de traçãoEvitam a necessidade de dar ao trem capacidade adicional de tração que só seria utilizada em algumas curvas Exemplo: Determinar qual a redução na rampa necessária para compensar ão efeito da curva de 250 m de raio. Considerar um vagão de carga de massa bruta total de 100 t. Solução: Para calcular a rampa compensada do trecho em curva, deve-seSolução: Para calcular a rampa compensada do trecho em curva, deve se determinar a rampa que provocaria uma resistência equivalente à causada pela curva ⇒R R 980,6698 10 980 6 i698 10 G G i 2738 0 28%i i Assim, se a rampa ao longo de uma curva de 250 m de raio for reduzida em = ⇒c gR R , 698 10 980,6 250 = ⋅ ⋅ ⇒i698 10= ⋅ ⋅ ⇒G i r 0,28% 9806 = ⇒ =i i p g 0,28%, o trem pode operar sem necessidade de aumentar sua capacidade de tração C ã d ó Compensação de rampas em curvas Só existe a necessidade de compensar a rampa se Rgmax < Rg(i) + Rc Seja imax a rampa máxima no trecho, pode-se determinar a rampa limite ilim, que é a maior rampa que não precisa ser compensada ( ) ( ) maxli li li 10 10 10 c G i R R i R i R G i G i R i ⋅ ⋅ − = + ⇒ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ + ⇒ = ⇒( ) ( ) max max lim max lim lim 10 10 10 698 69,8 g g c cR i R i R G i G i R i G G ri i i i + ⇒ + ⇒ ⇒ ⋅ ⋅ Portanto, se a rampa i em uma curva for maior que lim max lim max , 10 ri i i i G r ⇒ = − ⇒ = − ⋅ Portanto, se a rampa i em uma curva for maior que ilim, deve-se rebaixá-la para ilim C ã d á Compensação de rampas em curvas Exemplo: Supondo-se que a rampa máxima num trecho seja de 1,2%, determinar qual a rampa limite d 250 d ipara curvas de 250 m de raio lim max lim lim 69,8 69,8 1,2 0,92% 250 i i i i r = − ⇒ = − ⇒ = Ou seja, para não ser necessário aumentar a capacidade deOu seja, para não ser necessário aumentar a capacidade de tração da composição, todas as curvas de 250 m de raio devem ter compensação de rampa se estiverem em trechosp ç p onde a inclinação for maior que 0,92% ã íDeterminação da velocidade de equilíbrio Considere um trem que viaja ao longo de um trecho . Esse trem locomove-se sob a ação de uma força motriz F e de uma força R que éde uma força motriz Ft e de uma força Rt que é resultante das forças que resistem ao movimento S t h é t lSe o trecho é reto e plano => Rt = Rr + Ra F e R atuam na mesmaFt e Rt atuam na mesma direção mas sentidos contrários O movimento depende da resultante dessas duas forças Se F R ≠ 0 a composição está acelerando ou desacelerandoSe Ft – Rt ≠ 0, a composição está acelerando ou desacelerando Se Ft – Rt = 0, a velocidade do trem mantém-se constante ã íDeterminação da velocidade de equilíbrio Quando , a velocidade à qual o trem viaja é chamada de velocidade de equilíbrioj q Uma vez alcançada a velocidade de equilíbrio, a velocidade em que o trem movimenta-se mantém-se constante se a potência domantém se constante se a potência do motor for mantida constante e se não i t t d i tê isurgirem outras componentes da resistência – que podem ser geradas por uma curva ou uma rampa ã í ê Determinação da velocidade de equilíbrio A resistência inerente ao movimento deve ser calculada em função do número de locomotivas e de vagões que formam o tremvagões que formam o trem R R R= + L v L v t r a t L r v r L a v a R R R R n R n R n R n R = + = + + + Onde Rt: resistência básica total; RrL: resistência de rolamento de uma locomotiva;rL Rrv: resistência de rolamento de um vagão; RaL: resistência do ar de uma locomotiva; Rav: resistência do ar de um vagão; únL: número de locomotivas; e nL: número de vagões. ã í C l id d d ilíb i f i é i l à Determinação da velocidade de equilíbrio Como na velocidade de equilíbrio, a força motriz é igual à resistência total ao movimento, a velocidade de equilíbrio pode ser determinada por 2175 L v L vL r v r L a v a P n R n R n R n R V = + + + Esta equação é um polinômio do terceiro grau que pode ser resolvido com uma certa facilidade No entanto, a solução gráfica para determinação da velocidade de equilíbrio é mais interessante Permite observar o comportamento do trem sob diversas situaçõesPermite observar o comportamento do trem sob diversas situações Facilita a determinação de novas velocidades de equilíbrio em rampas ou em curvas Determinar o ponto em que a função força motriz intercepta a função resistência inerente ao movimento Exemplo 1 Seja um trem que viaja num trecho reto e plano e é composto por 3 locomotivas de 3000 hp, com pesop p p, p de 1300 kN cada, e 80 vagões de minério, com peso de 1100 kN cada Sabe se que a área frontal dasde 1100 kN cada. Sabe-se que a área frontal daslocomotivas é de 10 m2, e a dos vagões, 8,5 m2; tanto os vagões como as locomotivas têm 4 eixos, sendo que nas locomotivas todos os eixos são motrizes. A velocidade máxima das locomotivas é de 105 km/h; a mínima 15 km/h; e a aderência 0 2105 km/h; a mínima, 15 km/h; e a aderência, 0,2. Determinar a velocidade de equilíbrio desse trem. S l ã á Solução [ ] [ ]⋅Ln P hpCálculo da força motriz: [ ] [ ]2175= ⋅ ⎡ ⎤ ⎣ ⎦ L t n P hp F kN kmV h 3 3000 19575000 19575 2175 2175Lt n P F N kN V V V V ⋅ ⋅ = ⋅ = ⋅ = = No entanto, a força motriz não pode ser maior que o limite da aderência. No caso, max (0,2 1300) 3 780t dF f T kN= ⋅ = ⋅ ⋅ = No caso se a força motriz for maior que 780 kN as rodas max No caso, se a força motriz for maior que 780 kN, as rodas derrapam e o trem não se move S l ã Cálculo da resistência inerente (R R + R ) Solução Cálculo da resistência inerente (Rt = Rr + Ra) Requer a determinação das várias parcelas da resistência para as locomotivas (RrL) e para os vagões (Rrv)p ( rL) p g ( rv) A resistência total de rolamento é calculada a partir da soma das resistências de rolamento das locomotivas e dos vagões (R = R + R )(Rr = RrL + Rrv) Locomotivas 2 1 3 125 0,65 0,009 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⋅ ⋅ = ⋅ + + ⋅ ⋅ = ⋅ + + ⋅⎜ ⎟ ⎜ ⎟ L L r L L L L c x x R n c c V G n V G1 3 , ,⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Lr L L L L L LG G 125 4 3 0,65 0,009 1300 4035 35,1 [N] 1300 ⋅⎛ ⎞⇒ ⋅ + + ⋅ ⇒ = +⎜ ⎟ ⎝ ⎠ L rV R V Vagões 2 1 3 125 0,65 0,013 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⋅ ⋅ = ⋅ + + ⋅ ⋅ = ⋅ + + ⋅⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ v v v r v v v v c x x R n c c V G n V G G G ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠v vG G 125 4 80 0,65 0,013 1100 97200 1144 [ ] 1100 ⋅⎛ ⎞⇒ ⋅ + + ⋅ ⇒ = +⎜ ⎟ ⎝ ⎠ L rV R V N S l ã A i ê i l d l Solução A resistência total de rolamento: (4035 35,1 ) (97200 1144 ) 101235 1179,1 L vr r r R R R V V V= + = + + + = + A resistência aerodinâmica também deve ser calculada para locomotivas e vagões Locomotivas ( ) ( )2 20,046= = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ Lr a L a L L L R R n c A V n A V ( )2 23 0,046 10 1,38 [N]= ⋅ ⋅ ⋅ =V V Vagões ( ) ( )2 20,009= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ va v a v v v R n c A V n A V ( )2 280 0,009 8,5 6,12 [N]= ⋅ ⋅ ⋅ =V V Resistência aerodinâmica total ( ) ( ) v 2 2 21 38 6 12 7 5 [N]R R R V V V ( ) 2 2 21,38 6,12 7,5 [N] L va a a R R R V V V= + = + = S l ã ê é Solução A resistência inerente ao movimento total é a soma das resistências totais de rolamento e do ar C l id d d ilíb i F R [ ]2101235 1179,1 7,5t r aR R R V V N= + = + + Como na velocidade de equilíbrio Ft = Rt F R ⇒ 219575000 101235 1179,1 7,5 t tF R V V V = ⇒ = + + ⇒ 3 27,5 1179,1 101235 19575000 0 80 2 km/h V V V V + + − = ∴ = 80,2 km/hV∴ = E í i á Exercício Construir a solução gráfica do exemplo anterior Utilizando a mesma construção gráfica, d t i l id d d ilíb idetermine a velocidade de equilíbrio, se utilizássemos a potência equivalente a 2 l ti 1 l ti (R 64locomotivas e 1 locomotiva. (Resp.: ≅ 64 km/h e ≅ 41 km/h, respectivamente)
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