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broncoaspiração tutoria 12

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,J 
 
 
INTRODUÇÃO 
O sistema respiratório é constituído pelo nariz, pela 
faringe, pela laringe, pela traqueia, pelos brônquios e pelos 
pulmões. (TORTORA) 
Suas partes podem ser classificadas de acordo com sua 
estrutura ou função. (TORTORA) 
Estruturalmente, o aparelho respiratório é constituído por 
duas partes: (TORTORA) 
1) O sistema respiratório superior inclui o nariz, a 
cavidade nasal, a faringe e estruturas associadas; 
2) O sistema respiratório inferior inclui a laringe, a 
traqueia, os brônquios e os pulmões. 
Funcionalmente, o sistema respiratório também é 
formado por duas partes: (TORTORA) 
1) A zona condutora consiste em várias cavidades 
e tubos interconectados (intrapulmonares e 
extrapulmonares). Estes incluem o nariz, a 
cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os 
brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos 
terminais; sua função é filtrar, aquecer e 
umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões. 
2) A zona respiratória consiste em tubos e tecidos 
nos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas. 
Estes incluem os bronquíolos respiratórios, os 
ductos alveolares, os sacos alveolares e os 
alvéolos e são os principais locais de trocas 
gasosas entre o ar e o sangue. 
 
 
 
 
 
Laringe 
 
A laringe é uma pequena conexão entre a parte laríngea 
da faringe e a traqueia. Encontra-se na linha média do 
pescoço anteriormente ao esôfago e às vértebras 
cervicais IV a VI (C IV a C VI). (TORTORA) 
A parede da laringe é composta por nove fragmentos 
de cartilagem. (TORTORA) 
Três ocorrem isoladamente (cartilagem tireóidea, 
epiglote e cartilagem cricóidea) e três ocorrem em pares 
(cartilagens aritenóidea, cuneiforme e corniculada). 
(TORTORA) 
Das cartilagens pares, as cartilagens aritenóideas são as 
mais importantes, porque influenciam as mudanças na 
posição e na tensão das pregas vocais (cordas vocais 
verdadeiras para a fala). (TORTORA) 
Os músculos extrínsecos da laringe conectam as 
cartilagens a outras estruturas na garganta; os músculos 
intrínsecos conectam as cartilagens entre si. (TORTORA) 
A cavidade da laringe é o espaço que se estende desde 
a entrada da laringe até a margem inferior da cartilagem 
cricóidea. (TORTORA) 
A parte da cavidade da laringe acima das pregas 
vestibulares (cordas vocais falsas) é chamada de vestíbulo 
da laringe. (TORTORA) 
A parte da cavidade da laringe abaixo das pregas vocais 
é chamada de cavidade infraglótica(TORTORA) 
A cartilagem tireóidea (pomo de Adão) consiste em duas 
lâminas fundidas de cartilagem hialina que formam a 
parede anterior da laringe e conferem a ela um formato 
triangular. (TORTORA) 
Ela é encontrada tanto em homens quanto em mulheres, 
mas geralmente é maior no sexo masculino em 
decorrência da influência dos hormônios sexuais 
Broncoaspiração 
TUTORIA 12 
@juliaasoare_ 
3º período de Medicina 
masculinos em seu crescimento durante a puberdade. O 
ligamento que liga a cartilagem tireóidea ao hioide é 
chamado membrana tíreo-hióidea. (TORTORA) 
A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica 
em forma de folha que é recoberta por epitélio. 
(TORTORA) 
Existe uma parte inferior afilada (pecíolo epiglótico) que 
está conectada à margem anterior da cartilagem 
tireóidea. A parte superior ampla em forma de “folha” da 
epiglote (cartilagem epiglótica) não está presa a nenhuma 
estrutura e se move para cima e para baixo como um 
alçapão. (TORTORA) 
Durante a deglutição, a faringe e a laringe se movem 
para cima. A elevação da faringe amplia-a para receber 
alimentos ou bebidas; a elevação da laringe faz com que 
a epiglote se mova para baixo e cubra a glote, fechando-
a. (TORTORA) 
A glote é composta por um par de pregas de túnica 
mucosa, as pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) na 
laringe, e o espaço entre elas é chamado de rima da 
glote. (TORTORA) 
O fechamento da laringe desta maneira durante a 
deglutição desvia líquidos e alimentos para o esôfago e 
os mantêm fora da laringe e das vias respiratórias. 
(TORTORA) 
Quando pequenas partículas de poeira, fumaça, alimentos 
ou líquidos passam para a laringe, ocorre um reflexo de 
tosse, geralmente expelindo o material. (TORTORA) 
A cartilagem cricóidea é um anel de cartilagem hialina que 
forma a parede inferior da laringe. Ela se insere ao 
primeiro anel de cartilagem da traqueia pelo ligamento 
cricotraqueal. A cartilagem tireóidea está ligada à 
cartilagem cricóidea pelo ligamento cricotireóideo. 
(TORTORA) 
A cartilagem cricóidea é o marco para fazer um acesso 
de emergência às vias respiratórias chamado de 
traqueotomia. (TORTORA) 
O par de cartilagens aritenóideas são segmentos 
triangulares formados principalmente por cartilagem 
hialina localizados na margem posterior superior da 
cartilagem cricóidea. Eles formam articulações sinoviais 
com a cartilagem cricóidea e têm uma ampla gama de 
mobilidade. (TORTORA) 
O par de cartilagens corniculadas, peças em forma de 
chifre de cartilagem elástica, está localizado no ápice de 
cada cartilagem aritenóidea. (TORTORA) 
O par de cartilagens cuneiformes, cartilagens elásticas em 
forma de taco anteriores às cartilagens corniculadas, 
apoia as pregas vocais e as faces laterais da epiglote. 
(TORTORA) 
O revestimento da laringe superiormente às pregas 
vocais é de epitélio escamoso estratificado não 
queratinizado. (TORTORA) 
O revestimento da laringe inferiormente às pregas vocais 
é de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado, 
constituído por células colunares ciliadas, células 
caliciformes e células basais. (TORTORA) 
O muco produzido pelas células caliciformes ajuda a reter 
a poeira que não foi removida nas vias superiores. 
(TORTORA) 
Os cílios da parte superior do sistema respiratório 
movem o muco e as partículas aprisionadas para baixo 
em direção à faringe; os cílios da parte inferior do 
sistema respiratório os movem para cima em direção à 
faringe. (TORTORA) 
 
 
 
@juliaasoare_ 
3º período de Medicina 
Produção da voz: A fala ocorre por meio da liberação 
intermitente do ar expirado e da abertura e fechamento da 
glote. (MARIEB) 
Nesse processo, o comprimento das pregas vocais e o 
tamanho da rima da glote variam de acordo com os músculos 
intrínsecos da laringe, a maioria deles movimentando as 
cartilagens aritenóideas. (MARIEB) 
À medida que o comprimento e a tensão das pregas vocais 
se modificam, a altura do som produzido também se altera. 
Geralmente, quanto mais tensas as pregas vocais, mais rápido 
o ar expirado as faz vibrar e maior é a altura do som. (MARIEB) 
À medida que a laringe dos meninos aumenta durante a 
puberdade, a proeminência laríngea cresce na direção anterior 
e se transforma em um grande pomo de Adão, tornando as 
pregas vocais mais longas. (MARIEB) 
Como as pregas vocais longas vibram mais lentamente do que 
as pregas curtas, a voz fica mais profunda, assim como um 
violoncelo tem um tom mais baixo do que um violino. (MARIEB) 
Por essa razão, a maioria dos homens tem a voz mais baixa 
do que as mulheres ou os meninos. (MARIEB) 
A voz dos meninos adolescentes quase sempre “racha”, 
alternando- -se entre sons de alta e baixa frequência, já que 
eles ainda não aprenderam a controlar a ação de suas pregas 
vocais mais longas. (MARIEB) 
A intensidade da voz depende da força com que o ar passa 
pelas pregas vocais. (MARIEB) 
Quanto maior a força, mais fortes as vibrações e mais intenso 
o som. As pregas vocais não se movem quando sussurramos, 
mas vibram vigorosamente quando gritamos. (MARIEB) 
Embora as pregas vocais produzam os sons básicos da fala, 
toda a extensão da faringe age na amplificação da qualidade 
do som. (MARIEB) 
A cavidade oral, a cavidade nasal e os seios paranasais também 
contribuem para a ressonância vocal. Além disso, a fala normal 
e a boa enunciação dependem da “formatação” dos sons em 
consoantes e vogais reconhecíveis pela faringe, língua, palato 
mole e lábios. (MARIEB) 
 
Funções deesfíncter da laringe 
Em certas condições, as pregas vocais agem como um 
esfíncter que impede a passagem do ar. (MARIEB) 
Durante o esforço abdominal, como acontece quando 
fazemos força para defecar, os músculos abdominais 
contraem e a glote se fecha para impedir a expiração, 
elevando a pressão intratorácica e intra-abdominal. 
(MARIEB) 
Esses eventos, chamados coletivamente manobra de 
Valsalva, ajudam a evacuar o reto; eles também 
estabilizam o tronco quando erguemos uma carga 
pesada. (MARIEB) 
Inervação da Laringe 
A laringe recebe sua inervação sensitiva e motora de um 
ramo laríngeo superior do nervo vago e do nervo 
laríngeo recorrente, ramo do vago na região superior do 
tórax que, em curva ascendente, dirige-se para o 
pescoço. (MARIEB) 
Como esses nervos fornecem inervação para a maioria 
dos músculos da laringe, o dano a esses nervos, como 
pode ocorrer durante uma cirurgia nessa região, 
promove perturbações da fala. (MARIEB) 
A transecção de um nervo laríngeo recorrente imobiliza 
uma prega vocal, produzindo um grau de rouquidão. Em 
tais casos, a outra prega vocal consegue compensar e a 
fala continua quase normal. (MARIEB) 
No entanto, se ambos os nervos laríngeos recorrentes 
forem cortados, perde-se completamente a fala (exceto 
o sussurro). (MARIEB) 
Traqueia 
A traqueia é uma via tubular para o ar com 
aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 cm de 
diâmetro. (TORTORA) 
Está localizada anteriormente ao esôfago e se estende 
desde a laringe até a margem superior da vértebra T V, 
onde se divide em brônquios primários direito e esquerdo 
(TORTORA) 
As camadas da parede da traqueia, da profunda à 
superficial, são: (TORTORA) 
1) túnica mucosa, 
2) tela submucosa, 
3) cartilagem hialina e 
4) túnica adventícia (composta de tecido conjuntivo 
areolar). 
Túnica Mucosa: A túnica mucosa da traqueia consiste em 
uma camada de epitélio colunar pseudoestratificado 
@juliaasoare_ 
3º período de Medicina 
ciliado e uma camada subjacente de lâmina própria que 
contém fibras elásticas e reticulares. (TORTORA) 
Ela oferece a mesma proteção contra poeira que a 
túnica que reveste a cavidade nasal e a laringe. 
(TORTORA) 
Tela Submucosa: A tela submucosa consiste em tecido 
conjuntivo areolar que contém glândulas seromucosas e 
seus ductos. (TORTORA) 
Cartilagem hialina: Os 16 a 20 anéis horizontais 
incompletos de cartilagem hialina se assemelham à letra 
C, estão empilhados uns sobre os outros e estão ligados 
por tecido conjuntivo denso. (TORTORA) 
Podem ser palpados através da pele inferiormente à 
laringe. (TORTORA) 
A parte aberta de cada anel de cartilagem em formato 
de C está voltada posteriormente em direção ao esôfago 
e é cruzada por uma membrana fibromuscular. 
(TORTORA) 
Nessa membrana estão fibras musculares lisas 
transversais – chamadas músculo traqueal – e tecido 
conjuntivo elástico, que possibilita que o diâmetro da 
traqueia mude sutilmente durante a inspiração e a 
expiração; isso é importante para manter o fluxo de ar 
eficiente. (TORTORA) 
Os sólidos anéis de cartilagem em formato de C 
fornecem um suporte semirrígido para manter a 
desobstrução de modo que a parede traqueal não 
colapse para dentro (especialmente durante a inspiração) 
obstruindo a passagem de ar. (TORTORA) 
Túnica adventícia: A túnica adventícia da traqueia é 
composta por tecido conjuntivo areolar que une a 
traqueia aos tecidos circunvizinhos. (TORTORA) 
 
Árvore Bronquial 
Na margem superior da vértebra T V, a traqueia se divide 
em um brônquio principal direito, que vai para o pulmão 
direito, e um brônquio principal esquerdo, que vai para o 
pulmão esquerdo. (TORTORA) 
 
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e 
mais largo do que o esquerdo. (TORTORA) 
Como resultado, um objeto aspirado tem maior 
probabilidade de entrar e se alojar no brônquio principal 
direito do que no esquerdo. (TORTORA) 
Tal como a traqueia, os brônquios principais contêm anéis 
incompletos de cartilagem e são revestidos por epitélio 
colunar pseudoestratificado ciliado. (TORTORA) 
No ponto em que a traqueia se divide em brônquios 
principais direito e esquerdo, uma crista interna chamada 
de carina é formada por uma projeção posterior e um 
pouco inferior da última cartilagem traqueal. (TORTORA) 
A túnica mucosa da carina é uma das áreas mais 
sensíveis de toda a laringe e traqueia para desencadear 
um reflexo da tosse. (TORTORA) 
O alargamento e distorção da carina é um sinal grave, 
pois geralmente indica um carcinoma dos linfonodos ao 
redor da região onde a traqueia se divide. (TORTORA) 
Ao entrar nos pulmões, o brônquio principal se divide 
formando brônquios menores – os brônquios lobares, 
uma para cada lobo do pulmão. (O pulmão direito tem 
três lobos, o pulmão esquerdo tem dois.) (TORTORA) 
Os brônquios lobares continuam ramificando-se, 
formando brônquios ainda menores, chamados brônquios 
segmentares, que irrigam segmentos broncopulmonares 
específicos dentro dos lobos. (TORTORA) 
Os brônquios segmentares então se dividem em 
bronquíolos. Os bronquíolos também se ramificam 
repetidamente e o menor dos ramos ramifica-se em 
tubos ainda menores chamados bronquíolos terminais. 
(TORTORA) 
@juliaasoare_ 
3º período de Medicina 
Estes bronquíolos contêm células exócrinas 
bronquiolares, células colunares não ciliadas intercaladas 
entre as células epiteliais. (TORTORA) 
As células exócrinas bronquiolares podem proteger 
contra os efeitos nocivos de toxinas inaladas e 
substâncias cancerígenas, produzem surfactante 
(discutido em breve) e funcionam como células tronco 
(células estaminais), que dão origem a várias células do 
epitélio. (TORTORA) 
Os bronquíolos terminais representam o fim da zona de 
condução do sistema respiratório. (TORTORA) 
Esta extensa ramificação da traqueia até os bronquíolos 
terminais se assemelha a uma árvore invertida e é 
comumente chamada árvore bronquial. (TORTORA) 
 
À medida que a ramificação se torna mais extensa na 
árvore bronquial, várias mudanças estruturais podem ser 
observadas. (TORTORA) 
1. A túnica mucosa na árvore bronquial muda de 
epitélio colunar pseudoestratificado ciliado nos 
brônquios principais, brônquios lobares e 
brônquios segmentares para epitélio colunar 
simples ciliado com algumas células caliciformes 
nos bronquíolos maiores, para principalmente 
epitélio cúbico simples ciliado sem células 
caliciformes nos bronquíolos menores, para 
principalmente epitélio cúbico simples não ciliado 
nos bronquíolos terminais. Recorde-se que o 
epitélio ciliado da membrana respiratória remove 
as partículas inaladas de duas maneiras. O muco 
produzido pelas células caliciformes retém as 
partículas, e os cílios movem o muco e as 
partículas retidas para a faringe para serem 
removidos. Em regiões com epitélio cúbico 
simples não ciliado, as partículas inaladas são 
removidas por macrófagos. 
 
2. As lâminas de cartilagem gradualmente 
substituem os anéis incompletos de cartilagem 
nos brônquios principais e por fim desaparecem 
nos bronquíolos distais. 
 
 
3. À medida que a quantidade de cartilagem diminui, 
a quantidade de músculo liso aumenta. O 
músculo liso circunda o lúmen em faixas 
espiraladas e ajuda a manter a permeabilidade. 
No entanto, como não há cartilagem de suporte, 
espasmos musculares podem fechar as vias 
respiratórias. Isto é o que acontece durante uma 
crise de asma brônquica, uma situação 
potencialmente fatal. 
Durante o exercício, a atividade na parte simpática da 
divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) aumenta e 
a medula da glândula suprarrenal libera os hormônios 
epinefrina e norepinefrina; estes dois eventos causam o 
relaxamento do músculo liso nos bronquíolos, que dilata 
as vias respiratórias. Como o ar chega aos alvéolos mais 
rapidamente, a ventilação pulmonar melhora. (TORTORA) 
A parte parassimpática do SNA e os mediadores de 
reações alérgicas, como ahistamina, têm efeito oposto, 
causando contração do músculo liso brônquico, o que 
resulta em constrição dos brônquios distais. (TORTORA) 
Broncoaspiração 
Epidemiologia 
Antes do século 20, a ACE apresentava uma taxa de 
mortalidade alta, entre 24% e 50%. (GOLÇALVES, 2011) 
O corpo estranho (CE) não era removido, sendo o único 
tratamento a traqueostomia paliativa. Ao paciente restava 
todas as complicações relacionadas à presença do objeto 
na via aérea. (GOLÇALVES, 2011) 
Com o desenvolvimento da broncoscopia, a mortalidade 
diminuiu dramaticamente para menos de 1%. 
(GOLÇALVES, 2011) 
No entanto, nos Estados Unidos, a ACE foi responsável 
por mais de 3.500 mortes por ano entre 2005 e 2007, 
incluindo mais de 3.700 episódios fatais em 2007. 
(GOLÇALVES, 2011) 
Nos Estados Unidos, a morte causada por asfixia após a 
ACE é a quinta causa mais comum de mortalidade e a 
principal causa de mortalidade por lesão acidental em 
crianças menores de 01 ano. (GOLÇALVES, 2011) 
@juliaasoare_ 
3º período de Medicina 
A ACE pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é 
um evento muito mais frequente em crianças e idosos. 
Nesses últimos, é muitas vezes decorrente de 
mastigação ineficiente pelo uso de próteses dentárias 
inadequadas. (GOLÇALVES, 2011) 
Quanto ao estado físico dos corpos estranhos, os mais 
comumente aspirados são sólidos, como brinquedos de 
materiais plásticos e metálicos, assim como substâncias 
alimentícias, especialmente vegetais oleosos como 
amendoim e não oleosos como feijão e milho. Como 
material liquido são citados leite, material gástrico, 
mecônio e água doce ou salgada em casos de 
afogamento; como material gasoso, observa-se 
principalmente a inalação de fumaça. (RUBENICH, 2013) 
O grão de amendoim é o corpo estranho encontrado 
com mais frequência em diversos estudos em varias 
partes do mundo. (RUBENICH, 2013) 
Crianças: Cerca de 80% dos casos de ACE ocorrem em 
crianças, com um pico de incidência entre 01 e 3 anos. 
(GOLÇALVES, 2011) 
Nessa faixa etária, as crianças exploram o mundo através 
da via oral; possuem coordenação motora fina para 
colocar um pequeno objeto na boca, mas não possuem 
dentes molares e mastigam os alimentos de forma 
incompleta, com os dentes incisivos, o que predispõe à 
ACE. (GOLÇALVES, 2011) 
Outros fatores que também predispõem à ACE nessa 
faixa etária incluem o acesso a alimentos impróprios ou 
a pequenos objetos, realização de outras atividades 
concomitantes com a alimentação e o fato de irmãos 
mais velhos oferecerem alimentos ou objetos para bebês 
e crianças pequenas. (GOLÇALVES, 2011) 
A prevalência é maior em meninos do que em meninas, 
numa proporção de 2:1. (GOLÇALVES, 2011) 
As sementes, principalmente amendoim, milho e feijão, 
são os principais CEs aspirados por crianças em nosso 
meio, correspondendo a 40% das ocorrências. 
(GOLÇALVES, 2011) 
No entanto, fragmentos de brinquedos, brincos, tampas 
de canetas, entre outros, são relatados. (GOLÇALVES, 
2011) 
A aspiração de bexigas e balões vazios é grave e muitas 
vezes fatal. (GOLÇALVES, 2011) 
Associam-se CEs laringotraqueais com o aumento da 
morbidade e mortalidade. Isso é particularmente comum 
em crianças menores de 1 ano. (GOLÇALVES, 2011) 
Um outro aspecto deve ser considerado, como a 
aspiração do talco usado em lactentes que desenvolve 
um quadro respiratório agudo e febril que pode evoluir 
para o óbito, assim como o afogamento que constitui 
uma das causas mais freqüentes de morte acidental 
infantil. (RUBENICH, 2013) 
Adultos: Os casos sobre corpo estranho em via aérea 
ACE em adultos é limitada, com faixa etária variando 
entre 18 e 88 anos e idade média de 60 anos. 
(GOLÇALVES, 2011) 
Adultos raramente aspiram CEs, ocorrendo geralmente 
quando são submetidos a procedimentos em orofaringe, 
estão inconscientes por diferentes motivos (medicação, 
intoxicação ou politraumatizados) ou apresentam 
problemas neurológicos e psiquiátricos. (GOLÇALVES, 
2011) 
Nesses, a natureza do CE é altamente variável e muito 
relacionada aos hábitos (GOLÇALVES, 2011) 
Próteses dentárias, pregos, clips, estilhaços de acidentes 
e fragmentos de ossos são os CEs mais encontrados em 
adultos, sendo principalmente relacionados a atividades 
profissionais. (GOLÇALVES, 2011) 
Procedimentos dentários em que se utilizam pequenos 
instrumentos na cavidade oral aberta, em pacientes com 
extensão cervical e com a via aérea “desprotegida”, são 
especialmente mais perigosos. (GOLÇALVES, 2011) 
A aspiração de fragmentos de dentes e minibrocas é 
relatada na literatura. (GOLÇALVES, 2011) 
Etiologia 
A broncoaspiração consiste na entrada de substâncias 
estranhas nas vias aéreas inferiores. (GOLÇALVES, 2011) 
A aspiração de corpo estranho (ACE) é um acidente 
grave e potencialmente fatal, com gravidade dependente 
principalmente do grau de obstrução da via aérea. 
(GOLÇALVES, 2011) 
Caso ocorra uma obstrução total ou subtotal, 
especialmente de laringe ou traqueia, a asfixia pode 
rapidamente causar a morte. (GOLÇALVES, 2011) 
Menores graus de obstrução ou a passagem do objeto 
obstrutivo para regiões mais distais da árvore brônquica 
@juliaasoare_ 
3º período de Medicina 
geralmente provocam sintomas mais brandos. 
(GOLÇALVES, 2011) 
A aspiração pulmonar pode ser aguda (acidental) ou 
crônica (habitual). (NEVES, 2009) 
Aguda: A aspiração aguda pode ocorrer desde o período 
neonatal até a adolescência. A granulação e a 
composição do material aspirado são elementos 
importantes em função das reações orgânicas que 
ocasionam. (NEVES, 2009) 
Crônica: Os casos de aspiração crônica podem ocorrer 
devido a refluxo gastroesofágico (RGE) com aspiração 
do conteúdo gástrico e alimentos, em função de 
distúrbios da deglutição com predomínio de alimentos, 
saliva e secreções brônquicas. (NEVES, 2009) 
Além disso, doenças neurológicas - coma e epilepsia - 
onde são aspirados saliva e conteúdo gástrico podem 
ocasionar casos de aspiração crônica. Outra causa é a 
síndrome adeno-tonsilo-sinusal, com aspiração de 
secreções infectadas. (NEVES, 2009) 
A síndrome da aspiração também pode ser classificada 
de acordo com o tipo de matéria, que foi aspirado: 
(NEVES, 2009) 
• Irritativa (pneumonites químicas por ácido, 
hidrocarbonetos, óleo vegetal e álcool). 
• Infecciosa (aspiração de saliva e secreções 
contaminadas). 
• Obstrutiva (causadas por afogamento e 
aspiração de corpo estranho). 
Fatores de risco 
Algumas situações ou condições clínicas comprometem 
a proteção fisiológica das vias aéreas inferiores: 
(RUBENICH, 2013) 
• Lesão mecânica na glote ou no esfíncter 
esofágico; 
• Distúrbios de deglutição; 
• Déficit neurológico; 
• Doença do refluxo gastroesofágico; 
• Gestantes; 
• Obesos; 
• Alimentação por sonda nasogástrica; 
• Disfagia mecânica; 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica 
descompensada; 
• Intubação orotraqueal. 
Fisiopatologia 
As vias aéreas superiores apresentam como mecanismo 
de defesa, o movimento coordenado entre respiração e 
a deglutição. (RUBENICH, 2013) 
A coordenação entre o fechamento laríngeo, a 
deglutição e o espasmo da laringe ou tosse responde à 
estimulação da faringe ou laringe. (RUBENICH, 2013) 
Na aspiração direta, durante o ato de deglutição, o 
conteúdo do orofaringe atinge as vias aéreas inferiores, 
promovendo obstrução laríngea ou brônquica e 
sufocação ou atelectasia maciça. (RUBENICH, 2013) 
Geralmente, a criança pequena tem tendência a colocar 
objetos na boca e por vezes, acidentalmente, aspirar 
objetos, podendo ocorrer episódio de engasgo, até 
mesmo a obstrução aguda e fatal das vias aéreas. 
(RUBENICH, 2013) 
Após a aspiração, ocorre a tosse paroxística e apneia em 
grau variável, podendo levar a morte, a depender das 
características do material que foi aspirado, como: 
volume, capacidade de lesar os tecidos e tamanho das 
partículas. (RUBENICH, 2013) 
A presença de corpos estranhos no esôfago podecausar sintomas respiratórios, pelo fato de que a laringe, 
traquéia e esôfago constituem uma unidade embriológica 
e funcional. (RUBENICH, 2013) 
Quando o corpo estranho ultrapassa o esfíncter 
esofágico superior, pode ficar retido por estenose 
esofágica ou por características do próprio corpo 
estranho, tais como tamanho e forma. (RUBENICH, 2013) 
Manifestações Clínicas 
Quando se dá a aspiração acidental de um corpo 
estranho, a manifestação clássica é a tosse paroxística, 
mecanismo de defesa natural de eliminação do objeto 
aspirado. (BITTENCOURT, 2002) 
Dependendo da idade do paciente, do tipo de corpo 
estranho aspirado e de sua localização nas vias aéreas, 
pode haver obstrução parcial ou total à passagem de ar. 
(BITTENCOURT, 2002) 
Superado o quadro inicial, segue-se um período oligo ou 
mesmo assintomático, que pode variar de horas a dias 
ou mesmo semanas, até o reaparecimento dos sintomas. 
(BITTENCOURT, 2002) 
• Um corpo estranho alojado na laringe pode 
ocasionar a obstrução completa do trato 
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3º período de Medicina 
respiratório e, consequentemente, a morte da 
criança, em 45% dos casos. (BITTENCOURT, 
2002) 
Se a obstrução é parcial, pode ocasionar roncos, 
rouquidão, afonia, odinofagia, hemoptise e 
dispneia de intensidade variável, sendo que esses 
objetos podem permanecer impactados por 
períodos prolongados. (BITTENCOURT, 2002) 
 
• A instalação na traqueia também é 
potencialmente fatal, sobretudo nas crianças 
menores de um ano, dependendo, 
evidentemente, do grau de obstrução. Pode-se 
auscultar o choque do mesmo contra a parede 
da região subglótica e carina principal durante 
sua movimentação, ou mesmo sentir seu 
impacto na palpação do tórax. (BITTENCOURT, 
2002) 
A presença de sibilos difusos é percebida na 
maioria dos casos. (BITTENCOURT, 2002) 
 
• Quando de sua impactação na árvore brônquica, 
os principais sinais e sintomas são a tosse e os 
sibilos, estes frequentemente unilaterais, além da 
diminuição dos ruídos respiratórios localizados, 
dispneia de intensidade variável e cianose 
também podem acompanhá-los. 
(BITTENCOURT, 2002) 
A diversidade de manifestações clínicas também está 
relacionada à natureza, orgânica ou inorgânica, do corpo 
estranho aspirado. (BITTENCOURT, 2002) 
Como os objetos orgânicos desencadeiam com mais 
frequência reações inflamatórias, podem elas acelerar o 
grau de obstrução ao fluxo de ar e, assim, encurtar a 
duração da fase assintomática. (BITTENCOURT, 2002) 
Losek, em 1990, constatou que 40% dos seus pacientes 
com aspiração de corpos estranhos inorgânicos 
apresentavam exame físico normal, enquanto nas 
crianças que aspiraram material orgânico, o exame físico 
era normal em apenas 13% dos casos. (BITTENCOURT, 
2002) 
Importante constatação também deste autor foi a de que 
57% de seus pacientes apresentou um período 
assintomático, e que 19% tinha o exame físico normal. 
(BITTENCOURT, 2002) 
O quadro clinico é variado com manifestações como 
broncopneumonia, atelectasia ,bronquiectasia, 
insuficiência respiratória e morte. (RUBENICH, 2013) 
• Broncopneumonia: inflamação que atinge o 
pulmão, mais especificamente, os brônquios e 
alvéolos pulmonares. 
• Atelectasia: os alvéolos pulmonares sofrem um 
colapso, se fechando e ficando sem ar em seu 
interior. 
• Bronquiectasia: é uma dilatação irreversível nos 
brônquios resultante de lesão na parede das vias 
aéreas. 
• Insuficiência respiratória: os pulmões estão 
incapazes de realizar as trocas gasosas. 
Outros sintomas na criança: dificuldade no ato da 
alimentação, presença de leite na boca ou narinas nos 
intervalos das mamadas, engasgo, vômitos, regurgitações 
habituais, tosse noturna, cianose e apneia. (RUBENICH, 
2013) 
Diagnóstico 
A anamnese é de extrema importância de vez que em 
95% dos casos, a tríade engasgo sufocação e tosse, está 
presente. (RUBENICH, 2013) 
Radiografia do tórax: geralmente está alterado em 80 % 
dos casos. (GOLÇALVES, 2011) 
A maioria dos CEs aspirados não é radiopaca, sendo que 
aproximadamente 20% das radiografias em pacientes 
com ACE confirmada são normais. (GOLÇALVES, 2011) 
Portanto, uma radiografia normal não exclui a presença 
de CE em via aérea. (GOLÇALVES, 2011) 
O diagnóstico de ACE é facilmente estabelecido com 
radiografias simples quando o objeto é 
radiopaco(GOLÇALVES, 2011) 
A radiografia de tórax póstero-anterior inspiratória e 
expiratória deve ser realizada sempre que possível, com 
especial atenção para áreas de hiperinsuflação 
decorrentes de aprisionamento aéreo, atelectasias 
lobares ou segmentares, desvia de mediastino, 
pneumomediastino, pneumotórax e enfisema 
subcutâneo. (GOLÇALVES, 2011) 
Em pacientes que não colaboram, a radiografia em 
decúbito lateral pode ajudar na visualização de 
aprisionamento de ar em alguns casos. (GOLÇALVES, 
2011) 
Endoscopia respiratória ou broncoscopia: A broncoscopia 
deve ser realizada em todos os casos de suspeita de 
ACE. (GOLÇALVES, 2011) 
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Conclui-se que o passo mais importante no diagnóstico é 
levantar a hipótese diagnóstica de ACE, sendo a 
broncoscopia considerada o procedimento padrão ouro 
no diagnóstico e tratamento da ACE. (GOLÇALVES, 2011) 
Quase todos os CEs aspirados podem ser extraídos pela 
broncoscopia. As taxas de sucesso para a extração de 
CEs são acima de 98%. (GOLÇALVES, 2011) 
Nos casos de falha, broncotomia cirúrgica ou ressecção 
segmentar podem ser necessárias, sendo consideradas 
de exceção. (GOLÇALVES, 2011) 
A obstrução crônica dos brônquios, com formação de 
bronquiectasias e com destruição do parênquima 
pulmonar, pode exigir ressecção segmentar ou lobar. 
(GOLÇALVES, 2011) 
O procedimento deve ser realizado por um 
broncoscopista e equipe com experiência em extração 
de CEs, em local apropriado, onde existam todos os 
equipamentos necessários para a sedação ou a anestesia 
do paciente, extração do CE e manobras de 
ressuscitação quando necessárias. (GOLÇALVES, 2011) 
 
Ressonância magnética: tem se mostrado de grande 
precisão, principalmente, na localização de vegetais 
fragmentados. (NEVES, 2009) 
Quando a ACE é parcial, a criança pode tossir e esboçar 
sons. Nesta situação, o melhor procedimento é a não 
intervenção no ambiente doméstico e encaminhamento 
a um serviço de saúde, para o tratamento definitivo. 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA) 
Quando a ACE é total, a criança não consegue esboçar 
qualquer som, está com asfixia, falta de ar importante e 
até com os lábios arroxeados. Nesta situação, deve-se 
proceder da seguinte maneira: (SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE PEDIATRIA) 
Maiores de um ano: manobra de Heimlich, que consiste 
em compressões abaixo das costelas, com sentido para 
cima, abraçando a criança por trás, até que o CE seja 
deslocado da via aérea para a boca e expelido. 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA) 
 
Menores de um ano: 5 percussões com a mão na região 
das costas, a criança com a cabeça virada para baixo, 
seguida de 5 compressões na frente, até que o CE seja 
expelido ou a criança torne-se responsiva e reaja. 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA) 
 
OBS: Se você conseguir visualizar o CE na boca, retire-
o com cuidado, mas não tente ir às cegas com o dedo 
na boca, pois pode provocar lesões na região ou 
empurrar o corpo estranho para regiões mais baixas, e 
piorar o quadro de obstrução. (SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE PEDIATRIA) 
Medidas preventivas para broncoaspiração em criança 
Para prevenir o engasgo e aspiração é necessário: 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA) 
• Não ofereçer alimentos a crianças menores de 
4 anos, sem amassar e desfiar as fibras. 
• Não deixar pedaços de alimentos no prato, 
principalmente os arredondados. 
• Os seguintes alimentos são de risco potencial 
para a aspiração: sementes, amendoim, 
castanha, nozes, milho, feijão, pedaços de carne 
e queijo, uvas inteiras, salsicha, balas duras, 
pipoca, chicletes.• Mantenha os seguintes itens da casa, longe do 
alcance de crianças menores de 4 anos: balões, 
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moedas, bolinha de gude, brinquedos com peças 
pequenas, bolas pequenas, botões, baterias 
esféricas de aparelhos eletrônicos, canetas com 
tampa removível 
• Estar ciente das manobras de desobstrução que 
você pode fazer em casa, citadas acima. 
• Insistir para que as crianças comam à mesa, 
sentadas. Evite alimentá-las enquanto correm, 
andam, brincam, estão rindo e não deixá-las 
deitar com alimento na boca. 
• Corte os alimentos em pedaços bem finos e 
ensine a criança a mastigá-los. 
• Supervisione sempre a alimentação de crianças 
pequenas. 
• Fique atento às crianças mais velhas. Muitos 
acidentes ocorrem quando irmãos ou irmãs mais 
velhas oferecem objetos ou alimentos perigosos 
para os menores. 
• Evite comprar brinquedos com partes pequenas 
e mantenha objetos pequenos da casa fora do 
alcance das crianças. 
• Siga a recomendação da embalagem dos 
brinquedos, com relação à idade ideal para 
aquisição. 
• Não deixe crianças pequenas brincarem com 
moedas. 
Referências: 
Tortora, Gerard, J. e Bryan Derrickson. Princípios de Anatomia 
e Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (14ª edição). Grupo 
GEN, 2016. 
BITTENCOURT, Paulo FS; CAMARGOS, Paulo AM. Aspiração 
de corpos estranhos. Jornal de Pediatria, v. 78, p. 09-18, 2002. 
GONÇALVES, Manoel EP; CARDOSO, Silvia R.; RODRIGUES, 
Ascedio J. Corpo estranho em via aérea. Pulmão RJ, v. 20, n. 
2, p. 54-8, 2011. 
RUBENICH, Rosana et al. Broncoaspiração no perioperatório e 
na emergência: diagnóstico e manejo. Acta méd. Porto Alegre 
[Internet], v. 34, n. 1, p. 18, 2013. 
NEVES, Olga Maria Domingues; BRASIL, Laélia Maria Barra 
Feio; AMORIM, Cláudio Sérgio Carvalho de. Processos 
aspirativos pulmonares em crianças. Rev. para. med, 2009. 
Aspiração de corpo estranho. Sociedade Brasileira de Pediatria. 
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia E Fisiologia. 3ª Ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009 
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