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IESC III - ABORDAGEM FAMILIAR

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IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
❖ CONCEITO DE FAMÍLIA: 
→ Família é um tipo especial de sistema, com estrutura, padrões 
e propriedades que organizam a estabilidade e a mudança. 
→ É também uma pequena sociedade humana cujos membros 
tem contato direto, laços emocionais e uma história 
compartilhada. 
→ Família é um grupamento humano formado por indivíduos que 
tenham ancestrais em monumentos ou que são ligados por 
laços afetivos, podendo ou não morar na mesma casa. 
→ É um sistema aberto em complexo e dinâmico, cujos membros 
pertencem a um meso complexo social, compartilhando lugar, 
reconhecimento de diferença e do aprendizado, quanto a unir-
se ou separar-se e sede das primeiras trocas afetoemocionais 
e da construção da identidade. 
→ É o primeiro grupo social do qual fazemos parte e pelo qual 
deixamos de ser influenciados. 
❖ TIPOS DE FAMÍLIA: 
→ FAMÍLIA NUCLEAR: mãe, pai e filho. O pai é o provedor da 
casa (única renda) e a mãe é dona de casa, quem cuida dos 
filhos; 
→ FAMÍLIA HOMOSSEXUAL: 2 pais/mães e (ou sem) filho(s); 
→ FAMÍLIA UNIPARENTAL: mãe ou pai com filho(s), onde as 
funções materna e paterna são de responsabilidade de uma 
só pessoa; 
→ FAMÍLIA RECOMPOSTA: pai e/ou mãe separadas formando 
nova família com filhos; 
→ FAMÍLIA UNITÁRIA (sozinho) / FAMÍLIA COM FANTASMA 
(alguém faleceu, mas continua agindo como se a pessoa 
estivesse presente) / FAMÍLIA DESCONTROLADA (algo 
descontrola essa família, como vícios, etc). 
❖ CICLO DE VIDA 
→ Chama-se ciclo de vida ou ciclo vital o processo evolutivo pelo 
qual a família passa ao longo da vida (nascimento até a morte). 
→ São etapas com problemas previsíveis e tarefas específicas 
a serem cumpridas. 
→ Essas etapas também chamadas de crises evolutivas, exigem 
mudanças na organização familiar e requem múltiplos ajustes 
de seus membros ao longo do tempo. 
→ O profissional de saúde deverá estar apto para se atentar a 
novos tipos de família (mães solteiras, casal que trabalha 
durante o dia, casais homossexuais, avós que cuidam dos netos, 
pais divorciados, recasamentos e famílias ampliadas), e assim 
identificar em qual tipo essa família se encaixa. 
→ Cabe destacar alguns conflitos e crises que podem aparecer 
no ciclo dessa família e causar demanda de atendimentos de 
saúde pela evolução do problema da vida dos envolvidos, como 
o divórcio, famílias ampliadas, problemas de saúde e deficiência 
e até mesmo o desemprego 
TAREFAS DE DESENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA NAS FASES 
CRÍTICAS DURANTE O CILO DE VIDA DAMILIAR DE DURVALL 
Estágio do ciclo de 
vida da família 
Tarefas a serem cumpridas Tópicos de prevenção/promoção 
Iniciando a vida a 
dois 
- Estabelecer um relacionamento 
mutuamente satisfatório; 
- Aumentar a autonomia em 
relação à família de origem e 
desenvolver novas relações 
familiares; 
- Tomar decisões sobre filhos, 
educação e gravidez; 
- Desenvolver novas amizades. 
- Discutir a importância da 
comunicação; 
- Fornecer informação sobre 
planejamento familiar. 
 
Família com filhos 
pequenos 
- Ajustar-se e encorajar o 
desenvolvimento da criança; 
- Estabelecer uma vida 
satisfatória a todos os membros; 
- Reorganizar a unidade familiar 
de dois para três ou mais 
membros. 
- Fornecer informações; 
- Envolver o pai na gestação e 
parto; 
- Discutir desenvolvimento infantil, 
papel de pais e relacionamento pais 
e filhos; 
- Encorajar um tempo para o 
casal; 
- Discutir rivalidade entre irmãos; 
- Discutir o sentimento de 
“afastamento” dos pais perante o 
surgimento dos filhos. 
Famílias com 
adolescentes 
- Equilibrar liberdade com 
responsabilidade à medida que os 
adolescentes vão adquirindo 
individualidade; 
- Estabelecer fundamentos para 
atividades dos pais após a saída 
dos filhos. 
- Estabelecer relação com o 
adolescente que reflita aumento 
de autonomia; 
- Fornecer informação aos pais 
sobre desenvolvimento de 
adolescentes; 
- Conversar com os adolescentes 
sobre drogas e sexo; 
- Discutir com o adolescente o 
estabelecimento de relações ao 
longo da vida. 
Casais de meia 
idade 
- Prover conforto, saúde e bem 
estar enquanto casal; 
- Planejar futuro financeiro; 
- Crescimento e significado do 
individuo e do casal; 
- Ser avós. 
- Encorajar o casal a fazer planos 
para aposentadoria; 
- Independência dos filhos 
- Eleição vocacional e do 
companheiro pelos mesmos; 
- Tolerância à partida dos filhos; 
- Explorar o papel de avós; 
- Discutir sexualidade e os 
processos ligados ao 
envelhecimento. 
Abordagem familiar 
IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
❖ PARTICULARIDADES DAS FAMÍLIAS DE CLASSE POPULAR 
→ A infância é um período relativamente curto, sem rito de 
passagem pela vida adulta e desta para fase dos filhos adultos 
e ninho que, nunca fica vazio. 
→ As crianças assumem precocemente papéis de adulto, como 
cuidar de irmãos menores, cuidar dos idosos, compras, inserção 
digital. 
→ A fase adulta costuma iniciar-se aos 13-14 anos com o primeiro 
relacionamento amoroso. *gravidez na adolescência 
→ Segue a formação de casal e a vida adulta se prolonga por 
muito tempo que termina em geral com fim do período 
reprodutivo da mulher. 
❖ POR QUE ESTUDAR FAMÍLIA? 
→ A doença ocorre e é resolvida nesse contexto; 
→ Família ajuda a definir o comportamento da doença. 
→ A família pode influenciar: 
✓ Decisão na procura de cuidados; 
✓ Aceitação do quadro, tratamento e reabilitação; 
✓ A família opera como uma unidade emocional; 
✓ A família pode contribuir positivamente ou negativamente, 
para a preservação da saúde de seus membros. 
➢ GENOGRAMA 
→ É um instrumento utilizado no atendimento aos indivíduos de uma 
família de suma importância para a obtenção e armazenamento 
de informações sobre os mesmos. 
→ Diagrama que detalha a estrutura e o histórico familiar, 
fornece informações sobre os vários papéis de seus membros 
e das diferentes gerações. Fornece as bases para a discussão 
e análise das interações familiares. 
✓ Ajuda no fortalecimento do vínculo com a equipe; 
✓ Permite uma avaliação rápida e global da família: 
composição, relações e problemas; 
✓ Viabiliza a identificação rápida dos fatores de risco; 
✓ Identifica a necessidade de promover mudanças no estilo 
de vida do indivíduo e da família; 
✓ Demonstra que relações familiares podem influir na saúde 
de cada um dos seus membros; 
✓ Utilizado no atendimento aos indivíduos de uma família; 
✓ Fornece o histórico familiar, os papéis dos membros, 
padrão de relacionamento, doenças, conflitos; 
✓ É indicado: visitas frequentes, problemas 
comportamentais, problemas genéticos e conjugais, 
dependentes químicos. 
• Leitura sempre da esquerda para direita; 
• 3 ou mais gerações; 
• Nome de todos os membros; 
• Idade ou ano de nascimento; 
• Mortes, incluindo idade ou ano em que ocorreu e a causa; 
• Doenças ou problemas significativos; 
• Indicação dos membros que vivem juntos na mesma casa; 
• Primeiros nascimentos de cada família à esquerda, com irmãos 
relacionamentos sequencialmente à direita; *mais 
velhos/homem (marido) à esquerda 
• Anos de casamentos e divórcios. 
• Um código explicando todos os símbolos utilizados; 
• Símbolos selecionados por sua simplicidade e visibilidade máxima. 
 
➢ ECOMAPA 
→ Desenho complementar ao genograma na compreensão da 
composição e estrutura relacional da família. 
→ Consiste na representação gráfica dos contatos dos membros 
da família com os outros sistemas sociais, incluindo a rede de 
suporto sócio-sanitário. 
→ Deve-se incluir no ecomapa: 
✓ Serviços da comunidade (creche, escolas, unidade de saúde, 
etc); 
✓ Grupos sociais (igrejas, associação de moradores do bairro, etc); 
✓ Relações significativas (amigos, vizinhos, família, etc) 
✓ Trabalho 
✓ Outras(lazer, etc) 
IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
→ Formas de representação: a família apresenta-se dentro de 
um círculo, os contatos com a comunidade e as pessoas estarão 
no círculo externo. 
 
➢ F.I.R.O 
→ O objetivo é auxiliar a compreensão das relações interpessoais 
entre os membros da família em momentos de significativas 
mudanças, ou seja, estudar a família quanto às suas relações 
de poder, comunicação e afeto. 
✓ INCLUSÃO: é a interação dentro da família para sua 
vinculação e organização, ou seja, os que estão dentro e 
fora do contexto familiar. 
• ESTRUTURA: papéis dos indivíduos nesta família, 
padrões de repetição; 
• UNIÃO: percebe a conectividade, ou seja, a interação 
entre os familiares buscando clarear os 
comportamentos; 
• MODO DE COMPARTILHAR: valores e rituais. 
✓ CONTROLE: são as interações do exercício de poder 
dentro da família, podendo ser identificado em situações 
de: 
• CONTROLE DOMMINANTE: quando exerce influência 
sobre os demais, caracterizando um controle 
unilateral; *quem manda 
• CONTROLE REATIVO: quando se estabelece relações 
contrarias, ou seja, uma relação influência que deseja 
se tornar dominante; *quem é do contra 
• CONTROLE COLABORATIVO: quando se estabelece 
uma divisão de influência entre os familiares. *tanto 
faz 
✓ INTIMIDADE: 
• refere-se às interações familiares correlatadas às 
trocas interpessoais; 
• modo de compartilhar sentimentos, frustrações e 
esperanças; 
• aproximação ou distanciamento entre os familiares; 
• como a família se unem para compartilhar entre si os 
sentimentos. 
→ Esse modelo F.I.R.O é muito útil quando nos deparamos com 
situações de doenças agudas, de hospitalizações ou 
acompanhamento de doenças crônicas, pois a família irá 
negociar, entre os seus membros, possíveis alterações de 
papéis dentro da família. Também pode ser utilizado para 
entender como a família está lidando com alterações no ciclo 
de vida, ou na avaliação de disfunções conjugais ou familiares. 
➢ P.R.A.C.T.I.C.E 
→ O modelo PRACTICE, facilita o desenvolvimento da avaliação 
familiar fornecendo as informações sobre que intervenções 
podem ser utilizadas para planejar aquele caso específico. 
→ Foi desenvolvido para o manejo de situações mais difíceis. É 
focado na resolução de problemas, o que permite aproximação 
com várias comunicações que criam problemas para as famílias 
analisadas. 
→ Este modelo pode ser usado para itens da ordem médica, 
comportamental e de relacionamentos. 
✓ P – Problema: compreender o significado daquele problema, 
como a família vê e enfrenta aquela situação; 
✓ R – Papéis e estrutura: aprofundar aspectos da identificação 
e desempenho dos papéis de cada um dos membros da família. 
✓ A – Afeto: como se estabelece as relações de afeto entre os 
familiares e como esta troca de afeto pode interferir 
positivamente ou negativamente no problema. 
✓ C – Comunicação: comunicação verbal e não verbal. 
✓ T – Tempo no ciclo de vida: correlacionar o problema com a 
etapa do ciclo de vida, identificando as tarefas esperadas de 
cada membro. 
✓ I – Doença na família: experiências vividas da família – suporte 
familiar. 
✓ C – Lidando com o estresse: a partir de experiências descritas 
anteriormente, o momento deseja identificar fontes de 
recursos internos à própria família que possam ser mobilizados 
para enfrentamento da crise atual. 
✓ E – Ecologia: recursos externos podem ajudar a família.

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