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TDAH INTRODUÇÃO A TADH também chamado de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade foi descrita durante o século XX principalmente em crianças. Atualmente sabe-se que esse transtorno pode perdurar por toda a vida do paciente, inclusive na vida adulta, chegando a 50% dos casos em pacientes que tiveram TADH na infância. Em crianças, é uma desordem neuropsiquiátrica mais comum com base em predisposição genética e também em uma desregulação neurobiológica da via dopamina e da noradrenalina. Para um transtorno psiquiátrico ser considerado um TADH deve-se apresentar três critérios clínicos essenciais: dificuldades de atenção, agitação e impulsividade. EPIDEMIOLOGIA A ocorrência de TDAH em estudos recentes indicam a prevalência em crianças, sendo 5,3% em indivíduos que são menores que 18 anos, 6,5% em crianças em idade escolar e 2,7% em adolescente, sendo que os últimos dados evidenciaram a ocorrência de TDAH em até 20% das crianças menores de 16 anos de idade. Os estudos foram baseados essencialmente em vários aspectos como critérios diagnósticos como o CID 10, a exigência de prejuízo funcional que aquela desordem provocava e também em fontes de informação como os pais, escolas, professores e familiares. Lembrando que o TDAH é um transtorno de controle dos impulsos como é o caso da bulimia, do transtorno de conduta e TOD. Como já dito cerca de 50% dos pacientes que tiveram o diagnóstico de TDAH na infância permaneceram com a doença durante a vida adulta por dois motivos: quanto maior for a gravidade dos sintomas na infância, maior é a probabilidade da persistência desses sintomas e do distúrbio na vida adulta, principalmente naqueles que o tratamento não foi realizado de maneira contínua e o segundo motivo está relacionado com a presença dos sintomas combinados, pacientes que possuem mais de um sintoma combinado na infância possuem maiores chances da ocorrência deles na vida adulta do que os que apresentaram sintomas isolados. ETIOLOGIA As causas da ocorrência do TDAH é multifatorial, ou seja envolve diversos fatores em diversos âmbitos, sendo os fatores genéticos, ambientais e biológicos necessários para ocorrência do TDAH obrigatoriamente. Os fatores genéticos estão relacionados principalmente aos genes que regulam e se relacionam com o sistema das catecolaminas, especialmente aqueles ligado tanto a dopamina quanto a noradrenalina. Alguns exemplos de genes monitorados são DAT1, DRD4, DRD5, 5HTT, HTR1B e SNAP25 indicando associação significativa de polimorfismos nos genes. Lembrando que a ocorrência de TDAH depende de alterações genéticas, mas não são apenas fundamentais para ocorrência de TDAH, tendo coeficiente alto de herdabilidade. Esse coeficiente alto de herdabilidade indica que pais ou mães com TDAH não necessariamente terão filhos com a doença, no entanto, pesquisas recentes indicam que filhos com TDAH na maioria das vezes possuem os pais com algum tipo de distúrbio na infância associado ao TDAH. Atualmente, estuda-se também a hipótese de que deleções ou duplicações de DNA esteja envolvidas no TDAH já que crianças com deficiência intelectual tem mais frequentemente o TDAH, especialmente aquelas com alterações de duplicação no cromossomo 16p.13.11 causador da esquizofrenia. Os fatores ambientais relacionados são aqueles com as evidencias com relação temporal, principalmente casos de prematuridade que são indicativos de certeza para a ocorrência de TDAH. Fatores que apresentam evidencia limitadas ou sugestivas como a exposição intrautero ao tabaco e baixo peso ao nascer – PIG e fatores que não possuem uma comprovação conclusiva como casos de uso de álcool e drogas na gestação, condições maternas patológicas, complicações pré-natal e perinatal, além de TCE grave, aditivos alimentares e diets e casos mais raros de intoxicações por chumbo ou poluentes. FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia do TDAH é caracterizada pelo modelo de dupla via: as funções executivas são mediadas pela via mesocortical do sistema dopaminérgico que são as áreas relacionados ao centro de controle cortical que são responsáveis por exemplo pelos déficits executivos ou inibitórios frios e a de gratificação modulada pelo mesmo sistema dopaminérgico só que mesolimbico com projeções do córtex orbitomedial responsável pelo aspectos afetivos quentes. A fisiopatologia da TDAH está intimamente relacionada com os valores de dopamina e noradrenalina sendo que ambas são produzidas por dois aminoácidos específicos que são a fenilalanina e a tirosina. As vias tanto noradrenérgica como as dopaminérgicas são responsáveis pelo controle da atenção assim como da vigília e da resposta de trabalho verbal e visual. A via noradrenérgica é responsável pela vigília e pelo alerta do indivíduo, sendo que a vigília pode se apresentar de duas maneiras: o despertar comportamental que pode ser tônico ou fásico, o despertar comportamental tipo tônico é aquela vigília do dia a dia como assistir aula ou ler determinadas letras e palavras que não precisam de uma maior atenção e a fase fásica é aquela situação de risco famosa com a liberação de neurotransmissor em um momento de fuga por exemplo, ou quando precisa memorizar algo rapidamente, alguma tarefa que exige níveis elevados de vigília. Em outras palavras, a via noradrenérgica depende das situações em que aquele indivíduo está exposto para variar as respostas neurológicas. Assim sendo, todos os indivíduos que não apresentam TDAH possuem um tipo de ativação continua basal da via noradrenérgica, por meio de fases tônicas para realização de atividades do dia a dia, podendo variar conforme a necessidade e o mesmo ocorre com as descargas fásicas que podem ser elevadas ou não dependendo da necessidade que essa pessoa apresenta de ter ou não uma resposta, alerta ou vigília aumentada por meio do aumento da síntese de neurotransmissores. Em situações de estresse apresenta-se um desbalanço ou um desiquilíbrio nessas descargas, ou seja, as do tipo tônicas podem apresentar-se muito elevadas e as tipo fásicas praticamente ausentes ou quase inexistentes e isso prejudica a resposta do paciente. É nesse momento que a dopamina e a noradrenalina atuam de maneiras diferentes já que em pacientes com TDAH possuem a resposta prejudica como já dito, isso faz com que tenha dificuldade de focar em algo ou em alguém chamado de elemento alfa, que é aquele alvo que o paciente precisa dar atenção e focar. No entanto, exista o ruído que aquele elemento em que se chama de elemento distrator, ou seja, responsável por provocar a perda de atenção do paciente naquele elemento alfa. É nesse contexto que a noradrenalina e a dopamina atuam, enquanto a noradrenalina diminui o ruído a dopamina suprime ou extingue o ruído com maior eficácia do que a noradrenalina. É por isso que o tratamento é focado essencialmente na dopamina e não tanto na noradrenalina. Dentro da via dopaminérgica existem outras três vias que são responsáveis pelas respostas neurológicas aos estímulos: a primeira via é a via pré frontal dorsolateral responsável por controle da memória operacional, pelo planejamento, organização e ainda pela capacidade de mudança de plano ou estratégia A segunda região é a região dorsal anterior que aquela responsável pela atenção, memória operacional, além de ser responsável pela redução de conflitos e é ainda uma região muito importante na redução de ruído, em que é essencial para o tratamento do TDAH. E a terceira região denominada de região frontal é responsável pelo controle dos impulsos e reatividade. E duas projeções especificas pelos gânglios da base e as para o Núcleo Accumbens são regiões mediadas por um Sistema de Recompensas. É muito comum identificar que pacientes com TDAH possuem um desempenho ruim na escola, mas em vídeo games possuem elevado desempenho, o que mostra que para situações que dão recompensas a curto prazo, sentimentosde alegria, os pacientes com TDAH possuem elevada concentração. Outras disfunções além da atenção, vigília e resposta ao estímulo, que podem muitas vezes serem muito lentas ou extremamente rápidas dependendo da situação, a aversão à espera é muito comum já que provoca reação emocional negativa à imposição em aguardar algo, e resulta no surgimento de impulsividade, desatenção e hiperatividade. Em crianças com TDAH apresentam uma redução de 3% a 4% do volume total cerebral, sendo todos os lobos, o cerebelo, substancia branca e cinzenta, principalmente o cerebelo, corpo caloso e lado direito do cérebro. Há um aumento do hipocampo, com irregularidade format da amigdala. Crianças com desenvolvimento típico alcançam o pico da espessura cortical por volta dos 7,5 anos de idade já as crianças com TDAH alcançam esse pico por volta dos 10,5 anos de idade. Esse atraso é mais proeminente no córtex pré-frontal lateral responsável pelo controle da atenção. No entanto, crianças com TDAH possuem um desenvolvimento motor mais precoce, atingindo pico antes do período ideal, andando precocemente por exemplo. QUADRO CLÍNICO Os sintomas comuns de um quadro clínico de TDAH são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade forma isolada ou de forma combinada. Lembrando que aquele que possui os sintomas de forma combinada possuem maior probabilidade de permanecer com TDAH durante a vida adulta. E é obrigatório que o quadro de TDAH se manifeste inicialmente na infância. A desatenção inclui dificuldades em iniciar uma tarefa em manter-se engajado com aquela tarefa e atento ao concluir a tarefa, dificuldade em escutar, esquecer os compromissos, execução de atividades e alterações na noção de tempo. Percebe-se que é uma desatenção que prejudica a funcionalidade do indivíduo podendo ocorrer até a vida adulta, extremamente prejudicial. A hiperatividade é caracterizada pelo excesso atividade física e sentimento de inquietude, ou seja, a pessoa com TDAH não para de se mexer o tempo todo, está sempre inquieta, não consegue esperar. Essas ações estão relacionados a determinadas tarefas e não possui um proposito, ou seja, a pessoa não está daquele jeito ou fazendo aqueles movimentos visando algo. E a impulsividade é outro sinal clinico que é dificuldade de adiar uma ação ou uma resposta, mesmo que isso seja algo negativo ou traga consequências negativas ao indivíduo ou à pessoas ao seu redor. Exemplos como interromper constantemente a fala, responder forma impulsiva, xingar impulsivamente. Lembrando que todas essas manifestações estão ainda relacionados ao ambiente em que o indivíduo esteja ou permaneça, assim como o nível de motivação daquela pessoa, a saliência da tarefa e também os estágios de desenvolvimento. A TDAH está relacionada de maneira intima com o ambiente frequentado. COMORBIDADES Cerca de 50% dos pacientes com TDAH possuem ainda outros transtornos psiquiátricos associados como casos de Transtornos de Personalidade ou ainda Transtornos de Conduta que contribuem para gravidade dos casos e pioras na adesão do tratamento e prognostico. Principalmente se não tratados, esses pacientes tende a durante a vida adulta a apresentar comportamento antissocial, de exclusão, de dificuldade de relação, além de chances aumentadas para consumo abusivo álcool drogas e tabaco mais precocemente. Cerca de 30% tem transtorno de ansiedade e 10 a 20% possuem quadros de depressão, motivados também pela exclusão e por comportamento antissocial ou comportamentos que são reprimidos por conta da hiperatividade, agitação, desatenção e impulsividade. Lembrando ainda que o transtorno bipolar e distúrbio de humor não fazem de maneira alguma parte do quadro de TDAH assim como não apresentam nenhuma relação com TDAH seja de melhora ou piora do quadro sendo o diagnóstico extremamente importante já que os quadros de TDAH são completamente ao contrário dos quadros de transtorno bipolar, assim como toda a fisiopatologia e tratamento, podendo em casos errados de piorar drasticamente a situação. 50% possuem algum tipo de transtorno motor ou casos de Síndrome de Tourette e 25% possuem transtorno de aprendizado, principalmente casos de dislexia. Suspeita se quando mesmo com o tratamento de TDAH não há melhora no aprendizado, lembrando que são tipos de transtornos diferentes, mas que podem apresentar-se de maneira simultânea. DIAGNÓSTICO O CID 10 é um parâmetro classificatório que exige que para um paciente ser diagnosticado com TDAH ele tem que apresentar 3 sintomas que são a desatenção, além da hiperatividade e a impulsividade. Enquanto o DSM IV considera apenas 2 dimensões: paciente apresente um quadro de desatenção e quadro de hiperatividade associado com impulsividade, sendo necessário apenas um dos critérios para que seja diagnosticado com TDAH sendo de certa forma, mais abrangente que o CID 10. Existem ainda 3 subtipos de TDAH conforme esse sinais ou sintomas que venham a aparecer: o primeiro subtipo é o subtipo com predomínio de desatenção no qual é o mais comum em pacientes de sexo feminino, o segundo subtipo é o com predomínio de hiperatividade ou com impulsividade mais comum em idade pré-escolar e por fim o terceiro subtipo é denominado combinado que se tem a mistura de ambos sintomas, sendo aqueles com o maior número de diagnósticos e que aumentam as chances de prevalecerem na vida adulta. O subtipo combinado apresenta sintomas mais graves e um quadro clinico de difícil tratamento, sendo aquela criança que incomoda, não para quieta, não presta nem atenção em nada, tem péssimo desempenho escolar e em outras atividades que exigem recompensas ao um longo prazo. Além dos sintomas e prejuízos funcionais o DSM IV exige que eles estejam presentes em 02 tipos de ambientes diferentes. Lembrando que realizar um exame mental na criança com TDAH é OBRIGATÓRIO já que a TDAH pode ser indicativo de uma comorbidades e não o problema central e exames de neuroimagem não apresentam propriedades diagnósticas. Em geral, utiliza-se o DSM IV para diagnosticar casos de TDAH, partindo do pressuposto que é um critério mais abrangente e amplo do que o CID 10. Sendo que DSM IV exige que o paciente apresente princípios tanto de desatenção como de hiperatividade/impulsividade por 06 meses e possuindo cerca de 06 sinais ou sintomas para ser diagnosticado. Além da necessidade de possuir 06 ou mais sintomas para cada item citado anteriormente, é preciso possuir ainda: algum sintoma de hiperatividade/impulsividade ou desatenção que causaram prejuízos presentes antes dos 07 anos de idade, algum prejuízo causado presente está em dois ou mais ambientes, deve haver evidencias claras de prejuízo funcional, social ou acadêmico e os sintomas não devem estar associados a outras doenças ou distúrbios como esquizofrenia ou algum outro tipo de transtorno psicológico. No DSM V publicado no ano de 2018 apresentou algum diferença em relação ao DSM IV: os critérios ainda sim permanecem os mesmos, no entanto, no adulto é agora preciso apenas de 5 sintomas ou sinais, o tempo com que o sintomas aparecem também foram alterados de 07 para 12 anos e pode-se agora fazer diagnóstico de TDAH juntamente com o autismo e em relação a outras enfermidades permanece o mesmo. No DSM V agora também não existem mais os subtipos de TDAH, mas sim apresentações, que permanecem as mesmas: apresentações predomínio de desatenção e apresentações com predomínio de hiperatividade ou de impulsividade e apresentações combinadas. É ainda possível TDAH com remissão parcial e caracterizar o TDAH como leve, moderado ou grave. TRATAMENTO O tratamento da TDAH apresenta um caráter amplo e multifatorial com múltiplas abordagens já que a doença envolve não apenas a apresentação dos sintomas, mas todo um aspecto psicossocial. É necessário no primeiro momento realizar uma psicoeducação com todos os que estão envolvidosno meio daquela criança, a fim de mostrar como TDAH funcional, quais os planejamentos, as dificuldades e o tratamento que será realizado, além de identificar possíveis barreira que dificultem também a adesão ao tratamento e engajar a família e escolas a entenderem aquela criança e ajudarem durante todo o processo terapêutico. Lembrando que as condições do meio em que a criança está inserida é fundamental não só para a piora no quadro de TDAH como para que o tratamento ocorra da melhor maneira possível. Outro fator é a psicoterapia ou intervenção cognitiva comportamental com o objetivo de auxiliar o paciente a controlar seus pensamentos, sentimentos, ações e os planejamentos a fim de conseguir ajudar na realização de atividades diárias, de conseguir ter mais controle sob si mesmo e sob suas ações, assim como adquirir mais atenção e buscar alternativas que facilitem isso. E por fim o tratamento farmacológico que visa atuar no sintomas e sinais da TDAH em específico, podendo ser dividido em estimulantes e não estimulantes atuando no SNC e nas vias dopaminérgica e noradrenérgica. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO O tratamento farmacológico estimulante é feito com o uso de Metilfenidato também chamado de Ritalina que atua diminuindo o transporte de dopamina em direção aos neurônios pré-sinápticos e mantendo a dopamina por mais tempo na fenda sináptica. O uso desse fármaco é feito apenas em casos de TDAH sem comorbidades associadas já que apresenta vários efeitos colaterais extremamente indesejáveis como a ocorrência de insônia, cefaleia, irritabilidade, redução do apetite, náuseas. Pode ainda exacerbar os tiques e precipitar sintomas maníacos, psicóticos e convulsões nesses pacientes. É por esse motivo que o diagnóstico para TDAH deve ser o mais exato possível já que o uso de medicações podem vir a prejudicar ainda mais esse quadro em casos de diagnóstico errado, sendo preciso uma abordagem multidisciplinar por vários tipos de profissionais para diagnosticar o TDAH com exatidão. E é contraindicado em casos de glaucoma, gestação, HAS não controlada, psicoses e inibidores da MAO. Sendo a Ritalina de 10 mg a mais comum que dura cerca de 04 horas, liberando 5 mg após passado as 04 horas. Outros efeitos colaterais menos comuns como efeitos adversos cardiovasculares (é por esse motivo que em todos os casos de prescrever essa medicação é feita a avaliação da pressão arterial e da frequência cardíaca) crescimento estatural desacelerado e possível abuso dessa medicação como droga recreativa, sendo o uso liberado pela ANVISA apenas com crianças acima de 06 anos. Outra classe de farmacos estimulantes são anfetaminas denominadas de dextroanfetaminas em que se tem o principal fármaco é a Lisdexanfetamina que atua na conversão de l-lisina em d-anfetamina atuando cascata da dopamina. É uma medicação mais nova, com bem menos efeito colateral que age estimulando a produção de dopamina, produzindo a quantidade que precisa. A Atomoxetina é um fármaco da classe dos farmacos não estimulantes que atua aumentando recapturarão de noradrenalina principalmente e também dopamina em menores quantidades. Não é um fármaco utilizado no Brasil, apenas nos EUA e demora cerca de 6 semanas para o efeito terapêutico. Outros farmacos não estimulantes e muito utilizados são os antidepressivos que apesar de possuírem menor efeito do que a Ritalina e as anfetaminas, ainda sim são bastante utilizados no âmbito terapêutico. Um exemplo de antidepressivo é a IMIPRAMINA que é um antidepressivo que apresenta menor efeito do que os outros fármacos, apresenta alguns colaterais como a taquicardia, constipação e boca seca. Sendo necessário realizar sempre um ECG para a prescrição desse tipo de fármaco principalmente por conta do efeito cardíaco. Outro exemplo é BUPROPIONA que é um fármaco da classe dos agonistas noradrenérgica e dopaminérgico atuando aumentando a disponibilidade e quantidade desses fármacos na fenda sináptica tendo uma eficácia moderada, mas efeito inferior aos psicoestimulantes já citados. Alguns dos efeitos colaterais incluem insônia, perda de apetite, ansiedade, agitação, boca seca, além de diminuição do limiar convulsivo. Existem ainda os farmacos agonistas alfa adrenérgicos não estimulantes como principal representante dessa classe a CLONIDINA tendo maior eficácia em pacientes que possuem casos graves de TDAH com situações de hiperatividade e impulsividade incontroláveis, com um pouco efeito atencional. Possuem colaterais como caso de sonolência, vertigem, boca seca, hipotensão, além de casos de morte súbita em uso concomitante ao MFD que é a Ritalina. É contraindicado em pacientes com arritmias, síncope ou depressão e a suspensão abrupta desse fármaco pode levar ao risco de desenvolver os quadros de hipertensão arterial.
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