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Abdome agudo na infância

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CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
Abdome agudo na infância 
ABOME AGUDO: Síndrome clinica caracterizada por 
dor abdominal aguda, normalmente de forte 
intensidade, que demanda diagnostico rápido e muitas 
vezes necessita de intervenção cirúrgica 
TIPOS: 
 Obstrutivo 
 Inflamatório 
 Hemorrágico 
 Vascular (isquemia) 
 Perfurativo 
 
DADOS IMPORTANTES: 
 Idade x prevalência da doença 
 História de trauma e corpo estranho 
 Irritação peritoneal  sinal de extravasamento 
de conteúdo na cavidade abdominal 
 Distensão abdominal? Hipertimpanismo, 
 Características dos vômitos e fezes  ajuda a 
definir o nível da obstrução (ângulo de treizt), 
se alto vomito, se baixo distensão e depois 
vomito. As características do sangue pode ser 
melena ou hematoquezia 
 Perfurativo: dor aguda/súbita, sinal de 
peritonite 
 Obstrutivo: RHA+ presente, s/ obstrução, 
distinção abdominal, parede de fezes e flatos 
 Inflamatório: febre, dor abdominal mal 
delimitada 
 Hemorrágico: sangue 
 Isquêmico: dor lancinante, quadro de 
trombose, não é comum em criança, dor e 
distensão abd 
 
CAUSAS MAIS COMUNS 
LACTENTES (ATÉ 2 ANOS ) 
 Hernias inguinais encarceradas (mais 
prevalente do 1ºtrimestre) 
 Invaginação intestinal (mais prevalente no 2º 
trimestre) 
 Estenose hipertrófica de piloro 
 Bridas e Obstruções intestinais congênitas 
 Volvos intestinais- Vicios de rotações 
intestinais 
 Enterocolite necrozante 
 Doença de Hirschprung 
PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR 
 Apendicite aguda 
 Pancreatite 
 PBE- nos pacientes renais 
 Colecistite ou celelitiase 
 Bridas pos-operatoria ou congênitas 
 Invaginação intestinal 
 Neoplasias (linfoma de hodking) 
 Hérnias 
 Bolo de ascaris 
 Corpo estranho (a bateria é o pior) 
 Perfurado e hemorrágico- trauma 
ADOLESCENTE 
 Torção de ovário 
 Gravidez ectópica 
 Escroto agudo 
 Aumento da incidência de trauma 
 
HERNIA INGUINAL CONGÊNITA 
 É a patologia cirúrgica eletiva mais frequente 
na criança e a principal causa de obstrução 
intestinal no lactente 
 80% dos encarceramentos ocorrem nos 
primeiros anos 
 Decorre do desenvolvimento embriológico 
incompleto da região 
 Conforme o testículo vai descendo ele trás 
consigo membrana no peritônio (conduto 
peritoniovaginal). Esse conduto, quando o 
testículo chegar no escroto ele deveria involuir, 
ficando só a túnica vaginal revestindo o 
testículo. Mas, em algumas pessoas o conduto 
não fecha 
 
B hernia inguinoescrotal 
C Liquido da lubrificação das alças 
 
 
CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
 
 
 Criança tem hernia indireta. Pois, hernia se 
refere a fragilidade da parede 
 Consiste na passagem de estruturas intra-
abdominais para a região inguinal através do 
conduto peritoneovaginal patente = hernia 
indireta 
 Maior incidência no sexo masculino 10:1 
 Maior acometimento do lado direito 60%, 
esquerdo 30% e bilateral 10% 
 A incidência nos prematuros (não tiveram 
tempo de maturar) chega a 30% e 1-4% a termo 
 Comuns em crianças com ascite (renal) , DVP 
(derivação ventrículo peritoneal) e em dialise 
peritoneal 
Abaulamento da região suprapubica  hernia inguinal 
DIAGNOSTICO 
 CLINICA: Aumento do volume da bolsa escrotal 
ou abaulamento da região inguinal relacionados 
a manobras de aumento da pressão intra-
abdominal (choro, tosse) 
 Pode ser redutível espontaneamente ou não: 
encarcerada/ estrangulada 
 EF: Inspeção do paciente de pé, sob valsava (se 
possível); palpação das estruturas do cordão 
sobre o púbis, com testículo sob leve tração e 
mãos aquecidas 
 Não há investigação no canal como nos adultos, 
nem necessidade de exame diagnostico 
complementares 
 No caso em encarceramento a criança 
apresentará choro continuo, vômitos, dor e 
tumoração fixa na região inguinal ou inguino-
escrotal 
TRATAMENTO 
 Eletivo: cirurgia assim que possível, devido alto 
risco de encarceramento 
 Hernias encarceradas: sempre tentar redução 
incruenta ambulatorial, com sedação em posição 
de Trendelenburg ou manual com fixação do anel 
inguinal interno  correção cirúrgica eletiva 
 Na redução um dedo está pressionando o 
canal inguinal contra a púbis e com a outra 
mão enfia para dentro a hernia 
 Tentar 3x por até 10 min. Se a alça volta 
então a chance de está com alças 
isquemiadas é baixa 
 Se não conseguiu reduzir encaminha para 
cirurgia urgência, se conseguir reduzir 
encaminha para cirurgia eletiva 
 Herniorrafia inguinal (tto cirúrgico)  
cirurgia para hernia. Quando está sob 
anestesia não pode mais tentar técnica de 
redução, pois pode colocar para dentro alças 
inviáveis (sepse e láparo). Na criança não usa 
tela. 
 Cirurgia eletiva com exploração 
contralateral? meninos menores de 1 
anos, todas as meninas, meninos menores 
de 2 anos com hernia a esquerda ou 
quando há patologia que aumentem o 
risco de hernias (DVP, ascite) 
 Cirurgia de urgência para hernia 
encarcerada ou estrangulada: após 
indução anestésica não se deve mais 
tentar a redução. O conteúdo herniado 
deve ser diretamente inspecionado para 
ter certeza da vitalidade da alça. 
 Em caso de necrose, o segmento de alça 
deve ser ressecado, seguida de 
anastomose, limpeza, drenagem da ferida 
inguinal e introdução de ATB 
 Lembrar de avaliar a vitalidade testicular, 
devido o risco de atrofia pós isquemia do 
estrangulamento ou iatrogenia 
 
 
 
 
 
 
INTUSSUSCEPÇÃO OU INVAGINAÇÃO 
INTESTINAL 
 É a invaginação de um segmento proximal de 
alça intestinal para dentro de um segmento 
distal, causando compressão vascular, com 
consequente edema, isquemia, necrose e 
perfuração com peritonite 
 Maior incidência em lactentes eutroficos no 2º 
semestre de vida (devido a introdução 
alimentar) 
 Mais prevalente nos meninos (60-70%) 
CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
 Etiologia desconhecida, entretanto, há maior 
incidência sazonal coincidente com as 
infecções respiratórias e do TGI 
 80% dos casos ileocecais 
 Em 90% dos casos onde a etiologia é 
desconhecida há a ocorrência de hiperplasia 
linfoide do íleo terminal ou adenite 
mesentérica, o que serviria como ponto de 
apoio para a invaginação 
 Apenas 10% são secundárias a patologias 
conhecidas, normalmente acima dos 2 anos de 
idade, com maior incidência de recorrência 
 Diverticulo de Meckel, pâncreas ectópico, 
cisto ou duplicação entérica, pólipos, 
lipomas ou hemangiomas 
 Em crianças maiores, atentar para 
possibilidade de linfoma 
CLINICA 
 Dor abdominal aguda intensa e intermitente 
(entra e sai a intussuscepção) em lactentes 
entre 4 e 12 meses, acompanhadas de 
palidez e contrações do MMII. Os surtos se 
intensificam, acompanhadas de sudorese, 
vômitos, agitação e fezes com muco e 
sangue (geleia de morango) 
 Segue-se apatia, desidratação, palidez 
permanente, seguida de quadro de AA 
obstrutivo franco que pode culminar em 
necrose, perfuração de alça e choque 
séptico 
 EF: A principio bom estado geral, sem febre 
ou baixa, com abd flácido e pouco 
distendido entre as crises de dor: momento 
de palpar a massa da invaginação (FID-
princp)! Realizar toque retal (avaliar muco e 
sangue e presença do intussesceptum). 
 Casos avançados: distensão, sinal de 
defesa abdominal, torpor, toxemia, vômitos, 
fecaloides e choque séptico 
DIAGNOSTICO: 
 RX de abd: sinais inespecíficos 
 USG  imagem em alvo (muito usado) 
 Enema opaco  imagem em casca de 
cebola 
TRATAMENTO 
 CLINICO: Enema baritado via retal (com ar 
tem risco de perfuração). Sempre deve ser 
tentando. Deve ser realizado sob 
monitorização por USG ou fluoroscopia e 
apenas em centros onde haja pronta 
disposição cirúrgica (risco de perfuração de 
apenas 3%) 
 CIRURGICO: Redução manual e ressecção 
de alças através de pequena laparotomia 
transversa sobre FID (pois, valva íleo cecal 
é mais acometida) 
Sinais de perfuração (não faz enema) 
ou peritonite (dor a descompressão 
brusca) 
 Invaginação recorrente 
 Estado geral muito comprometido 
(sinal de sepse) 
 Tempo de evolução prolongado (>48h) 
 Sinais de obstrução intestinal 
 Criança maior de 2 anos ou RN 
 
 ESTENOSE HIPERTROFICA DE PILORO 
 Hipertrofia anormal da musculatura do piloro, 
de origem desconhecida, que provoca 
obstáculo ao esvaziamento gástrico com 
vômitos não biliosos por volta da 3ºs de vida 
 É a causa mais comum de vômitos de 
tratamento cirúrgico no RN e lactente 
 Mais comum em meninos 4:1 e brancos 
 Pais portadores, tem chance aumentada de 
filhos com EHP 
 CLINICA: Surgem vômitos em jato, não 
biliosos, na 2º ou 3ºs de vida, com peristaltismo 
visível no epigástrio (ondas de Kusmaul). Há 
constipação, desidratação e perda ponderal 
 EF: Nota-se a “Oliva pilórica” a palpação do 
hipocôndrio direito. Os vômitos podem se 
tornar enegrecidos ou sanguinolentos devido a 
gastrite associada 
DIAGNOSTICO RADIOLOGICO: DESNECESSÁRIO 
 TRATAMENTO: Preparo pre-op com correção 
dos disturbio acido-base, hidroeletrolítico e 
dieta parenteral. Passagem de sonda 
orogastrica aberta para descompressão 
 Alcalose hipercloremica 
 CIRURGIA: Piloromiotomia a Frede-Ramstedt 
 Secção cuidadosa da serosa e da 
musculatura circular do piloro, seguida 
de divulsão da mesma, sem abertura 
da mucosa, que então é liberada para 
passagem dos alimentos 
 
ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA 
 Engloba múltiplas alterações da rotação e 
fixação do intestino. Causam diferentes graus 
CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
de obstrução, desde quadros assintomáticos a 
forma mais grave de volvo intestinal 
 A mesentéricas e outras fixações auxiliam na 
orientação e fixação do intestino para não 
rodar. Ângulo de traizet 
 Lembre-se que durante esse surge uma hernia 
fisiológica, que posteriormente some devido o 
retorno do intestino. 
 Pontos de fixação: colón ascendente fixando 
pelo retroperitoneio, colon do meso 
 O conjunto de fixações do mesentério, as 
aderências dos colos ascendente e 
descendente ao retroperitônio e do duodeno no 
ligamento de Treitz garantem a estabilidade 
intestinal e impedem sua torção 
 A falha em qualquer momento desse complexo 
mecanismo, se traduz das mais diversas 
formas, podendo estar associados a síndrome 
especificas 
 
 CLINICA: Quadros obstrutivos no período 
neonatal, com dor, distensão abdominal*, para 
da eliminação de gazes e fezes*, vômitos 
biliosos e perda ponderal. *de acordo com grau 
de obstrução 
 TIPOS: Obstrução duodenal; Hernia interna; 
Volvo do intestino médio 
 
VOLVO INTESTINAL 
 Ocorre em metade dos casos de rotação 
incompleta, durante o primeiro ano de vida, 
mas especialmente no primeiro mês. 
 É a torção do pedículo vascular do meso em 
torno da AMS, estreito nos casos de rotação 
incompleta 
 Ocorre de forma abrupta com isquemia e 
necrose importante  peritonite, choque 
hipovolêmico e sepse 
 Imagem: USG doppler (fluxo sanguíneo), Rx 
de abdome agudo (RX de torax e abd em pé e 
deitado) ou contrastado 
 TRATAMENTO: cirurgia de emergência!! 
Devido alto risco de necrose, sepse e síndrome 
do intestino curto 
 Sonda nasoentérica (orogastrica) aberta 
 Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos 
e ácido-básicos 
 Antibioticoprofilaxia 
 Laparotomia transversa supra-umbilical 
direita para distorção do volvo 
(normalmente a raiz do meso esta do 
lado superior D) 
 Evisceração do delgado  
distorção no sentido anti-horário à 
visualização do ceco e ascendente 
 identificação e liberação da brida 
de Ladd à liberação do duodeno 
 Por fim, se realiza apendicectomia 
 Avaliar a vitalidade das alças e 
definir necessidade de ressecção 
(em leque) e reconstrução em 1º ou 
2º tempo (realizar estomas) 
 A chance de sobrevida é melhor 
quando se preserva a válvula 
ileocecal e pelo menos 25cm de 
delgado (absorção do alimento no 
ID) 
 
ENTEROCOLITE NECROZANTE 
 Doença gastrointestinal grave, de etiologia 
desconhecida, que afeta especialmente recém-
nascido de baixo peso durante as 2 primeiras 
semanas de vida – bebês de UTI 
 80% casos são RN pré-termo de baixo ou 
muito baixo peso (mal nutrido, UTI) 
 Em países subdesenvolvidos, pode acometer 
lactentes desnutridos, sem aleitamento 
materno e com diarreia crônica 
 Mortalidade de 47% dos casos 
 Patologia: Há necrose de coagulação que se 
inicia na mucosa intestinal, em sua porção 
antimesentérica (pois recebe menos 
vascularização), progredindo até o 
comprometimento total da parede intestinal, 
levando à pneumatose intestinal e à necrose 
com perfuração. Normalmente relacionado a 
translocação bacteriana. 
 O intestino apresenta-se irregularmente 
dilatado, com paredes finas, hemorrágico ou 
acinzentado, podendo estar intercalado com 
áreas normais. O comprometimento pode ser 
segmentar, múltiplos segmentos ou de todo 
intestino 
 O segmento intestinal mais envolvido é o íleo-
terminal e colo 
CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
 QUADRO: inicia-se normalmente de forma 
súbita e inespecífica, com recusa alimentar, 
letargia, febre, distensão abdominal, vômitos, 
diarréia e sangue intestinal  sepse, distensão 
abdominal importante, sinais de defesa 
abdominal e diarreia sanguinolenta franca 
 EXAME FÍSICO: Grau variável de distensão 
abdominal, defesa à palpação (infecção da 
cavidade peritoneal), eritema periumbiloical 
(cullen), podendo ter franco sinal de peritonite 
 EXAME DE IMAGEM: RX seriado a cada 6 ou 
8 h  sinal da alça fixa; ar na aorta 
TRATAMENTO CLINICO: 
 Descompressão abd com sonda orogastrica 
aberta 
 Repouso intestinal com dieta via oral zero 
 Correção dos disturbio hidroeletrolítico e acido-
base 
 Controle de sepse com ATB EV de amplo 
espectro (amp+ genta) 
 Deita hipercalórica parenteral (NPT) 
 Controle radiológico em busca de sinais de 
complicações 
 Melhora clínica: mantem-se o tto por 7-10d com 
NPT de 10-15d 
TRATAMENTO CIRURGICO: 
 Indicado apenas nos casos complicados 
 Sinais de necrose, peritonite ou perfuração 
 Deterioração clínica importante (debito da 
sonda, se ta alto então não tem trânsito 
intestinal. O contrário é verdadeiro) 
 Punção purulenta ou achocolatada 
 Laparotomia exploradora para 
ressecção de alças e estomas 
(inspeção  lavagem  ressecção) 
COMPLICAÇÕES: 
 Estenose intestinal em 25% das crianças 
que sobreviveram  Realizar enema 
baritado em caso de AA obstrutivo (AA 
agudo oclusivo e depois obstrutivo) 
 Síndrome de má absorção  Extensa lesão 
mucosa intestinal (independe de ressecção) 
 Síndrome do Intestino curto 
 Gravidade está diretamente relacionada 
à extensão do intestino ressecado e a 
permanência ou não da válvula ileocecal 
 Tornam-se dependentes de NPT 
prolongada 
 Principal indicação de transplante de 
intestino em criança 
DOENÇA DE HIRSCHSORUNG 
 O megacólon congênito é caracterizado pela 
ausência da migração de gânglios nervosos 
para os plexos mioentérico e submucoso de 
Meissner e Auerbach do intestino grosso, 
especialmente no reto e sigmóide (90%) (a 
migração é crânio-caudal. Dessa forma, a 
paralização é crânio caudal). 
 O intestino paralisado e espástico (rígido), 
torna-se um obstáculo ao trânsito intestinal, 
causando hipertrofia e espessamento do colo 
proximal normal, seguido de dilatação e 
alongamento (dolimegacolicon) do de trás! 
 Se não tratado, leva 50% das crianças 
acometidas a morte 
 90% dos RN que não eliminam mecônio nas 
primeiras 24h são portadoras de D. 
Hirschsprung 
 Acomete meninos 4:1 a termo; rara em 
prematuros. Pode ocorrer em associação com 
síndromes genéticas* (S. Down e anomalias 
urogenitais) 
CLINICA: 
 RN – distensão abdominal após o nascimento, 
seguido de vômitos biliosos, tão frequentes 
quanto se insiste na dieta VO(mamapouco) e 
retardo na eliminação do mecônio. Pode-se 
observar peristalse de luta e desconforto 
respiratório devido tamanha distensão 
 O toque retal ou a sondagem para 
lavagem intestinal com saída explosiva 
do mecônio são altamente sugestivas 
da DH 
 Evolui bem, com episódios de 
constipação e/ou obstrução 
recorrentes  retardando o 
diagnóstico 
 Evolui com quadro obstrutivo grave  
intervenção cirúrgica para desvio do 
trânsito intestinal 
ENTEROCOLITE NECROZANTE SECUNDÁRIA 
 Crianças maiores, predomina o quadro de 
obstipação crônica desde o nascimento, 
distensão abdominal, alargamento da base 
torácica e retardo do crescimento 
 No exame abdominal pode haver fezes no 
quadrante inferior do abdome, mas toque 
com ampola retal vazia 
 Diagnóstico mais difícil 
CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
DIAGNOSTICO 
 História clínica e exame físico 
 Toque retal é fundamental  liberação do 
esfíncter anal interno 
 Crianças maiores  constipação crônica 
 Rx simples de abdome à  sinais de obstrução 
baixa 
 Enema opaco  zona de transição (bico do 
seio)  inervação x desnveração 
 Manometria anorretal  ausência de 
relaxamento do EAI (esfíncter anal intenro) 
após dilatação na ampola 
 Biópsia do reto (é obrigatório) via colonoscopia 
 agangliose da parede intestinal e aumento 
das fibras colinérgicas 
 Se não libera mecônio já pede biopsia 
TRATAMENTO 
 Limpeza mecânica dos cólons (fazer se ela não 
estiver tão ruim)  lavagem intestinal com 
sonda via retal 
 Colostomia-acima do nível de transição- 
(crianças graves): Agangliose cólica total 
(ileostomia) ou de seguimentos longos de difícil 
limpeza, enterocolite ou crianças desnutridas 
 Desvio de transito + ileostomia 
 Faz colono ou ileostomia e aproveita e 
faz biospsia 
 Após a colostomia  ai sim vc espera a talvez 
faça cirurgia de Duhamel 
 Abaixamento abdominoperineal do colón (em 
casos não grave) 
 Cirurgia de Duhamel modificada  o 
colón é seccionado acima da porção 
agangliônica e anastomosado na parede 
posterior do reto com grampeador 
circular endoanal; 
 Quando tem colectomia total  
bolsaileal ou ileostomia total pro resto da 
vida 
 Resultados semelhantes e cura em 90% dos 
casos 
 Complicação  constipação ou incontinência 
 Grave: pode evoluir pra uma enterocolite; 
perfuração; sepse; necrose de alça 
 
APENDICITE AGUDA 
 Processo inflamatório do apêndice cecal 
desencadeado pela obstrução da sua luz - seja 
por fecalito, parasitas ou hiperplasia linfoide 
(princp) - que progride com edema, 
translocação bacteriana, isquemia, necrose e 
perfuração 
 É a principal causa de AA inflamatório e cirurgia 
abdominal na infância 
 Frequência de 1:15 indivíduos, especialmente 
entre 4-15 anos 
QUADRO: 
 Dor ou mal-estar abdominal mal delimitado, 
que se localiza na FID entre 6 e 12h, que piora 
à mobilização, acompanhada de náuseas, 
vômitos e febre baixa. 
 Nos casos avançados, há piora da febre, 
toxemia e sinais de peritonite. 
 Pode haver diarreia reflexa, quando o apêndice 
esta no fundo de saco. 
 Pode ter escoliosa antálgica 
 EXAME FÍSICO: aumento involuntário do 
tônus muscular na FID e plastrão em FID ou 
peritonite generalizada Sinal de Blumberg, 
Sinal de Rovsing, Sinal do Psoas (retrocecal), 
Sinal do Obturador 
DIAGNOSTICO: 
CLINICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 
 EXAME DE IMAGEM: 
 Laboratório inespecífico: hemograma 
com leucocitose e neutrofilia, PCR elevado 
e urina com leucocitúria (podendo levar a 
diagnóstico errôneo de ITU) 
 RX inespecífico: presença de fecalito, 
redução de gás na FID e pode ter a alça 
sentinela (alça que continua no mesmo 
lugar em duas incidências diferentes) 
 USG: operador dependente, nessa faixa 
etária possui mais importância para 
diagnóstico diferencial; 
 TC de abdome contrastado: nos casos 
duvidosos. Porém pode retardar o 
tratamento, permitindo a evolução da 
peritonite 
TRATAMENTO: 
 Não da analgesia (vc vai evoluindo) e nem 
comida (em nenhum abd) até confirmar o caso!! 
 Apendicectomia convencional (Incisão de 
mc Barney, transversal em FID) ou vídeo 
assistida: Via de acesso – Localização do 
apêndice – ligadura e tratamento do coto; 
Limpeza exaustiva da cavidade abdominal; 
Drenagem da cavidade em casos de grande 
contaminação 
CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
 Visualizar confluência das tenias  
acha apêndice  remove apêndice 
 lava o local  coloca o dreno p/ 
drenar  ATB 
 Se não tiver nada de apendicite 
busca divertículo de meckel (50 cm 
de busca) e tira apêndice 
 Tem que mandar o que foi removido 
pra patologia 
 Nos casos avançados, com comprometimento 
do ceco, deve-se avaliar ressecção da porção 
comprometida e desvio do trânsito intestinal 
(ileostomia terminal + colostomia protetora) 
 ATB de amplo espectro (G+,G- e Anaeróbio) 
profilática x terapêutica? Ampicilina + 
Gentamicina + Metronidazol 
 Só dá ATB quando for fazer a cirurgia 
e dá analgésico tb 
DIAGNOSTICOS DIFERENCIAL 
 Pancreatite aguda: história de trauma ou 
litíase biliar, no entanto é mais frequente a de 
etiologia viral ou idiopática. A dor é epigástrica 
e os vômitos são incoercíveis. Na suspeita, 
solicitar a amilase e lipase sérica. No trauma 
deve ser feita TC de abdome para decidir 
quanto ao tratamento cirúrgico; 
 Peritonite Bacteriana Espontânea: há 
antecedente de síndrome nefrótica, com ascite 
leve e peritonite difusa, porém pouco intensa. A 
punção peritoneal revela líquido turvo e a 
bacterioscopia permite o diagnóstico etiológico 
(gram+) e o tratamento é clínico; 
 Diverticulite de Meckel: o quadro é idêntico ao 
da apendicite aguda de rápida evolução. O 
diagnóstico diferencial só poderá ser feito à 
cirurgia; 
 Colecistite aguda: o quadro é semelhante, 
com dor no ponto de murphy. Mais comum em 
meninas adolescentes, com algum grau de 
obesidade e nas litíases secundárias às 
anemias hemolíticas. O USG é diagnóstico 
 Cetose diabética: crianças podem abrir o 
quadro com dor abdominal, sem sinais de 
irritação peritoneal; porém a incidência de 
apendicite aguda igual à população; 
 Pneumonia lobar direita: manifestações 
respiratórias predominantes e febre já de início 
muito alta; 
 Hepatite aguda em fase ainda anictérica: 
localização da dor em HCD e transaminases 
elevadas; 
 Anexite aguda: em associação com 
vulvovaginite. Nas adolescentes o quadro é o 
da mulher adulta. O diagnóstico diferencial é 
muito difícil e, na persistência da dúvida, será 
indicada laparoscopia diagnóstica; 
 Adenite mesentérica: em crianças menores 
de 4 anos, o quadro costuma ser indistinguível 
da apendicite. É usual a coexistência de 
amigdalite aguda. Em alguns casos só a 
cirurgia permitirá o diagnóstico diferencial 
(laparotomia branca em 20%) 
 Torção de testículo criptorquídico (intra-
abdominal): tumoração palpável, que poderá 
ser confundida com plastrão inflamatório. O 
USG pode ser útil. No entanto, o tratamento é 
sempre cirúrgico; 
 Porfiria: dor abdominal, de forte intensidade 
com flacidez à palpação e urina muito escura 
("chá forte"). É muito rara; 
 Cisto de ovário com torção do pedículo: o 
quadro semelhante ao da apendicite aguda. Se 
existir dúvida, especialmente quanto à 
palpação de tumoração abdominal em menina 
pré-adolescente ou adolescente; o USG é 
diagnóstico; 
 Anemia falciforme: dor, de início de 
intensidade muito forte, paciente gemente e 
inquieto, anemia e abdome flácido à palpação. 
RX mostra distensão intestinal difusa. 
 Infecção urinária: febre elevada desde o início 
do quadro; urina de cor e odor forte, abdome 
flácido à palpação. Queixa de disúria nas 
crianças maiores. 
 
EXAMES DE ABD AGUDO 
 HEMOGRAMA 
 URINOCULTURA, EAS 
 PCR 
 RX DE ABD AGUDO 
 FUNÇÃO RENAL: Creatina e ureia 
 FUNÇÃO HEPATICA:TGO, TGP, bilirrubinas, 
gamaGT + fosfolipase 
 AMILASE E LIPASE 
 GLICEMIA

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