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CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI Abdome agudo na infância ABOME AGUDO: Síndrome clinica caracterizada por dor abdominal aguda, normalmente de forte intensidade, que demanda diagnostico rápido e muitas vezes necessita de intervenção cirúrgica TIPOS: Obstrutivo Inflamatório Hemorrágico Vascular (isquemia) Perfurativo DADOS IMPORTANTES: Idade x prevalência da doença História de trauma e corpo estranho Irritação peritoneal sinal de extravasamento de conteúdo na cavidade abdominal Distensão abdominal? Hipertimpanismo, Características dos vômitos e fezes ajuda a definir o nível da obstrução (ângulo de treizt), se alto vomito, se baixo distensão e depois vomito. As características do sangue pode ser melena ou hematoquezia Perfurativo: dor aguda/súbita, sinal de peritonite Obstrutivo: RHA+ presente, s/ obstrução, distinção abdominal, parede de fezes e flatos Inflamatório: febre, dor abdominal mal delimitada Hemorrágico: sangue Isquêmico: dor lancinante, quadro de trombose, não é comum em criança, dor e distensão abd CAUSAS MAIS COMUNS LACTENTES (ATÉ 2 ANOS ) Hernias inguinais encarceradas (mais prevalente do 1ºtrimestre) Invaginação intestinal (mais prevalente no 2º trimestre) Estenose hipertrófica de piloro Bridas e Obstruções intestinais congênitas Volvos intestinais- Vicios de rotações intestinais Enterocolite necrozante Doença de Hirschprung PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR Apendicite aguda Pancreatite PBE- nos pacientes renais Colecistite ou celelitiase Bridas pos-operatoria ou congênitas Invaginação intestinal Neoplasias (linfoma de hodking) Hérnias Bolo de ascaris Corpo estranho (a bateria é o pior) Perfurado e hemorrágico- trauma ADOLESCENTE Torção de ovário Gravidez ectópica Escroto agudo Aumento da incidência de trauma HERNIA INGUINAL CONGÊNITA É a patologia cirúrgica eletiva mais frequente na criança e a principal causa de obstrução intestinal no lactente 80% dos encarceramentos ocorrem nos primeiros anos Decorre do desenvolvimento embriológico incompleto da região Conforme o testículo vai descendo ele trás consigo membrana no peritônio (conduto peritoniovaginal). Esse conduto, quando o testículo chegar no escroto ele deveria involuir, ficando só a túnica vaginal revestindo o testículo. Mas, em algumas pessoas o conduto não fecha B hernia inguinoescrotal C Liquido da lubrificação das alças CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI Criança tem hernia indireta. Pois, hernia se refere a fragilidade da parede Consiste na passagem de estruturas intra- abdominais para a região inguinal através do conduto peritoneovaginal patente = hernia indireta Maior incidência no sexo masculino 10:1 Maior acometimento do lado direito 60%, esquerdo 30% e bilateral 10% A incidência nos prematuros (não tiveram tempo de maturar) chega a 30% e 1-4% a termo Comuns em crianças com ascite (renal) , DVP (derivação ventrículo peritoneal) e em dialise peritoneal Abaulamento da região suprapubica hernia inguinal DIAGNOSTICO CLINICA: Aumento do volume da bolsa escrotal ou abaulamento da região inguinal relacionados a manobras de aumento da pressão intra- abdominal (choro, tosse) Pode ser redutível espontaneamente ou não: encarcerada/ estrangulada EF: Inspeção do paciente de pé, sob valsava (se possível); palpação das estruturas do cordão sobre o púbis, com testículo sob leve tração e mãos aquecidas Não há investigação no canal como nos adultos, nem necessidade de exame diagnostico complementares No caso em encarceramento a criança apresentará choro continuo, vômitos, dor e tumoração fixa na região inguinal ou inguino- escrotal TRATAMENTO Eletivo: cirurgia assim que possível, devido alto risco de encarceramento Hernias encarceradas: sempre tentar redução incruenta ambulatorial, com sedação em posição de Trendelenburg ou manual com fixação do anel inguinal interno correção cirúrgica eletiva Na redução um dedo está pressionando o canal inguinal contra a púbis e com a outra mão enfia para dentro a hernia Tentar 3x por até 10 min. Se a alça volta então a chance de está com alças isquemiadas é baixa Se não conseguiu reduzir encaminha para cirurgia urgência, se conseguir reduzir encaminha para cirurgia eletiva Herniorrafia inguinal (tto cirúrgico) cirurgia para hernia. Quando está sob anestesia não pode mais tentar técnica de redução, pois pode colocar para dentro alças inviáveis (sepse e láparo). Na criança não usa tela. Cirurgia eletiva com exploração contralateral? meninos menores de 1 anos, todas as meninas, meninos menores de 2 anos com hernia a esquerda ou quando há patologia que aumentem o risco de hernias (DVP, ascite) Cirurgia de urgência para hernia encarcerada ou estrangulada: após indução anestésica não se deve mais tentar a redução. O conteúdo herniado deve ser diretamente inspecionado para ter certeza da vitalidade da alça. Em caso de necrose, o segmento de alça deve ser ressecado, seguida de anastomose, limpeza, drenagem da ferida inguinal e introdução de ATB Lembrar de avaliar a vitalidade testicular, devido o risco de atrofia pós isquemia do estrangulamento ou iatrogenia INTUSSUSCEPÇÃO OU INVAGINAÇÃO INTESTINAL É a invaginação de um segmento proximal de alça intestinal para dentro de um segmento distal, causando compressão vascular, com consequente edema, isquemia, necrose e perfuração com peritonite Maior incidência em lactentes eutroficos no 2º semestre de vida (devido a introdução alimentar) Mais prevalente nos meninos (60-70%) CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI Etiologia desconhecida, entretanto, há maior incidência sazonal coincidente com as infecções respiratórias e do TGI 80% dos casos ileocecais Em 90% dos casos onde a etiologia é desconhecida há a ocorrência de hiperplasia linfoide do íleo terminal ou adenite mesentérica, o que serviria como ponto de apoio para a invaginação Apenas 10% são secundárias a patologias conhecidas, normalmente acima dos 2 anos de idade, com maior incidência de recorrência Diverticulo de Meckel, pâncreas ectópico, cisto ou duplicação entérica, pólipos, lipomas ou hemangiomas Em crianças maiores, atentar para possibilidade de linfoma CLINICA Dor abdominal aguda intensa e intermitente (entra e sai a intussuscepção) em lactentes entre 4 e 12 meses, acompanhadas de palidez e contrações do MMII. Os surtos se intensificam, acompanhadas de sudorese, vômitos, agitação e fezes com muco e sangue (geleia de morango) Segue-se apatia, desidratação, palidez permanente, seguida de quadro de AA obstrutivo franco que pode culminar em necrose, perfuração de alça e choque séptico EF: A principio bom estado geral, sem febre ou baixa, com abd flácido e pouco distendido entre as crises de dor: momento de palpar a massa da invaginação (FID- princp)! Realizar toque retal (avaliar muco e sangue e presença do intussesceptum). Casos avançados: distensão, sinal de defesa abdominal, torpor, toxemia, vômitos, fecaloides e choque séptico DIAGNOSTICO: RX de abd: sinais inespecíficos USG imagem em alvo (muito usado) Enema opaco imagem em casca de cebola TRATAMENTO CLINICO: Enema baritado via retal (com ar tem risco de perfuração). Sempre deve ser tentando. Deve ser realizado sob monitorização por USG ou fluoroscopia e apenas em centros onde haja pronta disposição cirúrgica (risco de perfuração de apenas 3%) CIRURGICO: Redução manual e ressecção de alças através de pequena laparotomia transversa sobre FID (pois, valva íleo cecal é mais acometida) Sinais de perfuração (não faz enema) ou peritonite (dor a descompressão brusca) Invaginação recorrente Estado geral muito comprometido (sinal de sepse) Tempo de evolução prolongado (>48h) Sinais de obstrução intestinal Criança maior de 2 anos ou RN ESTENOSE HIPERTROFICA DE PILORO Hipertrofia anormal da musculatura do piloro, de origem desconhecida, que provoca obstáculo ao esvaziamento gástrico com vômitos não biliosos por volta da 3ºs de vida É a causa mais comum de vômitos de tratamento cirúrgico no RN e lactente Mais comum em meninos 4:1 e brancos Pais portadores, tem chance aumentada de filhos com EHP CLINICA: Surgem vômitos em jato, não biliosos, na 2º ou 3ºs de vida, com peristaltismo visível no epigástrio (ondas de Kusmaul). Há constipação, desidratação e perda ponderal EF: Nota-se a “Oliva pilórica” a palpação do hipocôndrio direito. Os vômitos podem se tornar enegrecidos ou sanguinolentos devido a gastrite associada DIAGNOSTICO RADIOLOGICO: DESNECESSÁRIO TRATAMENTO: Preparo pre-op com correção dos disturbio acido-base, hidroeletrolítico e dieta parenteral. Passagem de sonda orogastrica aberta para descompressão Alcalose hipercloremica CIRURGIA: Piloromiotomia a Frede-Ramstedt Secção cuidadosa da serosa e da musculatura circular do piloro, seguida de divulsão da mesma, sem abertura da mucosa, que então é liberada para passagem dos alimentos ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA Engloba múltiplas alterações da rotação e fixação do intestino. Causam diferentes graus CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI de obstrução, desde quadros assintomáticos a forma mais grave de volvo intestinal A mesentéricas e outras fixações auxiliam na orientação e fixação do intestino para não rodar. Ângulo de traizet Lembre-se que durante esse surge uma hernia fisiológica, que posteriormente some devido o retorno do intestino. Pontos de fixação: colón ascendente fixando pelo retroperitoneio, colon do meso O conjunto de fixações do mesentério, as aderências dos colos ascendente e descendente ao retroperitônio e do duodeno no ligamento de Treitz garantem a estabilidade intestinal e impedem sua torção A falha em qualquer momento desse complexo mecanismo, se traduz das mais diversas formas, podendo estar associados a síndrome especificas CLINICA: Quadros obstrutivos no período neonatal, com dor, distensão abdominal*, para da eliminação de gazes e fezes*, vômitos biliosos e perda ponderal. *de acordo com grau de obstrução TIPOS: Obstrução duodenal; Hernia interna; Volvo do intestino médio VOLVO INTESTINAL Ocorre em metade dos casos de rotação incompleta, durante o primeiro ano de vida, mas especialmente no primeiro mês. É a torção do pedículo vascular do meso em torno da AMS, estreito nos casos de rotação incompleta Ocorre de forma abrupta com isquemia e necrose importante peritonite, choque hipovolêmico e sepse Imagem: USG doppler (fluxo sanguíneo), Rx de abdome agudo (RX de torax e abd em pé e deitado) ou contrastado TRATAMENTO: cirurgia de emergência!! Devido alto risco de necrose, sepse e síndrome do intestino curto Sonda nasoentérica (orogastrica) aberta Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos Antibioticoprofilaxia Laparotomia transversa supra-umbilical direita para distorção do volvo (normalmente a raiz do meso esta do lado superior D) Evisceração do delgado distorção no sentido anti-horário à visualização do ceco e ascendente identificação e liberação da brida de Ladd à liberação do duodeno Por fim, se realiza apendicectomia Avaliar a vitalidade das alças e definir necessidade de ressecção (em leque) e reconstrução em 1º ou 2º tempo (realizar estomas) A chance de sobrevida é melhor quando se preserva a válvula ileocecal e pelo menos 25cm de delgado (absorção do alimento no ID) ENTEROCOLITE NECROZANTE Doença gastrointestinal grave, de etiologia desconhecida, que afeta especialmente recém- nascido de baixo peso durante as 2 primeiras semanas de vida – bebês de UTI 80% casos são RN pré-termo de baixo ou muito baixo peso (mal nutrido, UTI) Em países subdesenvolvidos, pode acometer lactentes desnutridos, sem aleitamento materno e com diarreia crônica Mortalidade de 47% dos casos Patologia: Há necrose de coagulação que se inicia na mucosa intestinal, em sua porção antimesentérica (pois recebe menos vascularização), progredindo até o comprometimento total da parede intestinal, levando à pneumatose intestinal e à necrose com perfuração. Normalmente relacionado a translocação bacteriana. O intestino apresenta-se irregularmente dilatado, com paredes finas, hemorrágico ou acinzentado, podendo estar intercalado com áreas normais. O comprometimento pode ser segmentar, múltiplos segmentos ou de todo intestino O segmento intestinal mais envolvido é o íleo- terminal e colo CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI QUADRO: inicia-se normalmente de forma súbita e inespecífica, com recusa alimentar, letargia, febre, distensão abdominal, vômitos, diarréia e sangue intestinal sepse, distensão abdominal importante, sinais de defesa abdominal e diarreia sanguinolenta franca EXAME FÍSICO: Grau variável de distensão abdominal, defesa à palpação (infecção da cavidade peritoneal), eritema periumbiloical (cullen), podendo ter franco sinal de peritonite EXAME DE IMAGEM: RX seriado a cada 6 ou 8 h sinal da alça fixa; ar na aorta TRATAMENTO CLINICO: Descompressão abd com sonda orogastrica aberta Repouso intestinal com dieta via oral zero Correção dos disturbio hidroeletrolítico e acido- base Controle de sepse com ATB EV de amplo espectro (amp+ genta) Deita hipercalórica parenteral (NPT) Controle radiológico em busca de sinais de complicações Melhora clínica: mantem-se o tto por 7-10d com NPT de 10-15d TRATAMENTO CIRURGICO: Indicado apenas nos casos complicados Sinais de necrose, peritonite ou perfuração Deterioração clínica importante (debito da sonda, se ta alto então não tem trânsito intestinal. O contrário é verdadeiro) Punção purulenta ou achocolatada Laparotomia exploradora para ressecção de alças e estomas (inspeção lavagem ressecção) COMPLICAÇÕES: Estenose intestinal em 25% das crianças que sobreviveram Realizar enema baritado em caso de AA obstrutivo (AA agudo oclusivo e depois obstrutivo) Síndrome de má absorção Extensa lesão mucosa intestinal (independe de ressecção) Síndrome do Intestino curto Gravidade está diretamente relacionada à extensão do intestino ressecado e a permanência ou não da válvula ileocecal Tornam-se dependentes de NPT prolongada Principal indicação de transplante de intestino em criança DOENÇA DE HIRSCHSORUNG O megacólon congênito é caracterizado pela ausência da migração de gânglios nervosos para os plexos mioentérico e submucoso de Meissner e Auerbach do intestino grosso, especialmente no reto e sigmóide (90%) (a migração é crânio-caudal. Dessa forma, a paralização é crânio caudal). O intestino paralisado e espástico (rígido), torna-se um obstáculo ao trânsito intestinal, causando hipertrofia e espessamento do colo proximal normal, seguido de dilatação e alongamento (dolimegacolicon) do de trás! Se não tratado, leva 50% das crianças acometidas a morte 90% dos RN que não eliminam mecônio nas primeiras 24h são portadoras de D. Hirschsprung Acomete meninos 4:1 a termo; rara em prematuros. Pode ocorrer em associação com síndromes genéticas* (S. Down e anomalias urogenitais) CLINICA: RN – distensão abdominal após o nascimento, seguido de vômitos biliosos, tão frequentes quanto se insiste na dieta VO(mamapouco) e retardo na eliminação do mecônio. Pode-se observar peristalse de luta e desconforto respiratório devido tamanha distensão O toque retal ou a sondagem para lavagem intestinal com saída explosiva do mecônio são altamente sugestivas da DH Evolui bem, com episódios de constipação e/ou obstrução recorrentes retardando o diagnóstico Evolui com quadro obstrutivo grave intervenção cirúrgica para desvio do trânsito intestinal ENTEROCOLITE NECROZANTE SECUNDÁRIA Crianças maiores, predomina o quadro de obstipação crônica desde o nascimento, distensão abdominal, alargamento da base torácica e retardo do crescimento No exame abdominal pode haver fezes no quadrante inferior do abdome, mas toque com ampola retal vazia Diagnóstico mais difícil CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI DIAGNOSTICO História clínica e exame físico Toque retal é fundamental liberação do esfíncter anal interno Crianças maiores constipação crônica Rx simples de abdome à sinais de obstrução baixa Enema opaco zona de transição (bico do seio) inervação x desnveração Manometria anorretal ausência de relaxamento do EAI (esfíncter anal intenro) após dilatação na ampola Biópsia do reto (é obrigatório) via colonoscopia agangliose da parede intestinal e aumento das fibras colinérgicas Se não libera mecônio já pede biopsia TRATAMENTO Limpeza mecânica dos cólons (fazer se ela não estiver tão ruim) lavagem intestinal com sonda via retal Colostomia-acima do nível de transição- (crianças graves): Agangliose cólica total (ileostomia) ou de seguimentos longos de difícil limpeza, enterocolite ou crianças desnutridas Desvio de transito + ileostomia Faz colono ou ileostomia e aproveita e faz biospsia Após a colostomia ai sim vc espera a talvez faça cirurgia de Duhamel Abaixamento abdominoperineal do colón (em casos não grave) Cirurgia de Duhamel modificada o colón é seccionado acima da porção agangliônica e anastomosado na parede posterior do reto com grampeador circular endoanal; Quando tem colectomia total bolsaileal ou ileostomia total pro resto da vida Resultados semelhantes e cura em 90% dos casos Complicação constipação ou incontinência Grave: pode evoluir pra uma enterocolite; perfuração; sepse; necrose de alça APENDICITE AGUDA Processo inflamatório do apêndice cecal desencadeado pela obstrução da sua luz - seja por fecalito, parasitas ou hiperplasia linfoide (princp) - que progride com edema, translocação bacteriana, isquemia, necrose e perfuração É a principal causa de AA inflamatório e cirurgia abdominal na infância Frequência de 1:15 indivíduos, especialmente entre 4-15 anos QUADRO: Dor ou mal-estar abdominal mal delimitado, que se localiza na FID entre 6 e 12h, que piora à mobilização, acompanhada de náuseas, vômitos e febre baixa. Nos casos avançados, há piora da febre, toxemia e sinais de peritonite. Pode haver diarreia reflexa, quando o apêndice esta no fundo de saco. Pode ter escoliosa antálgica EXAME FÍSICO: aumento involuntário do tônus muscular na FID e plastrão em FID ou peritonite generalizada Sinal de Blumberg, Sinal de Rovsing, Sinal do Psoas (retrocecal), Sinal do Obturador DIAGNOSTICO: CLINICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! EXAME DE IMAGEM: Laboratório inespecífico: hemograma com leucocitose e neutrofilia, PCR elevado e urina com leucocitúria (podendo levar a diagnóstico errôneo de ITU) RX inespecífico: presença de fecalito, redução de gás na FID e pode ter a alça sentinela (alça que continua no mesmo lugar em duas incidências diferentes) USG: operador dependente, nessa faixa etária possui mais importância para diagnóstico diferencial; TC de abdome contrastado: nos casos duvidosos. Porém pode retardar o tratamento, permitindo a evolução da peritonite TRATAMENTO: Não da analgesia (vc vai evoluindo) e nem comida (em nenhum abd) até confirmar o caso!! Apendicectomia convencional (Incisão de mc Barney, transversal em FID) ou vídeo assistida: Via de acesso – Localização do apêndice – ligadura e tratamento do coto; Limpeza exaustiva da cavidade abdominal; Drenagem da cavidade em casos de grande contaminação CIRURGIA PEDIÁTRICA – ESTEFFANE SEITZ TXVI Visualizar confluência das tenias acha apêndice remove apêndice lava o local coloca o dreno p/ drenar ATB Se não tiver nada de apendicite busca divertículo de meckel (50 cm de busca) e tira apêndice Tem que mandar o que foi removido pra patologia Nos casos avançados, com comprometimento do ceco, deve-se avaliar ressecção da porção comprometida e desvio do trânsito intestinal (ileostomia terminal + colostomia protetora) ATB de amplo espectro (G+,G- e Anaeróbio) profilática x terapêutica? Ampicilina + Gentamicina + Metronidazol Só dá ATB quando for fazer a cirurgia e dá analgésico tb DIAGNOSTICOS DIFERENCIAL Pancreatite aguda: história de trauma ou litíase biliar, no entanto é mais frequente a de etiologia viral ou idiopática. A dor é epigástrica e os vômitos são incoercíveis. Na suspeita, solicitar a amilase e lipase sérica. No trauma deve ser feita TC de abdome para decidir quanto ao tratamento cirúrgico; Peritonite Bacteriana Espontânea: há antecedente de síndrome nefrótica, com ascite leve e peritonite difusa, porém pouco intensa. A punção peritoneal revela líquido turvo e a bacterioscopia permite o diagnóstico etiológico (gram+) e o tratamento é clínico; Diverticulite de Meckel: o quadro é idêntico ao da apendicite aguda de rápida evolução. O diagnóstico diferencial só poderá ser feito à cirurgia; Colecistite aguda: o quadro é semelhante, com dor no ponto de murphy. Mais comum em meninas adolescentes, com algum grau de obesidade e nas litíases secundárias às anemias hemolíticas. O USG é diagnóstico Cetose diabética: crianças podem abrir o quadro com dor abdominal, sem sinais de irritação peritoneal; porém a incidência de apendicite aguda igual à população; Pneumonia lobar direita: manifestações respiratórias predominantes e febre já de início muito alta; Hepatite aguda em fase ainda anictérica: localização da dor em HCD e transaminases elevadas; Anexite aguda: em associação com vulvovaginite. Nas adolescentes o quadro é o da mulher adulta. O diagnóstico diferencial é muito difícil e, na persistência da dúvida, será indicada laparoscopia diagnóstica; Adenite mesentérica: em crianças menores de 4 anos, o quadro costuma ser indistinguível da apendicite. É usual a coexistência de amigdalite aguda. Em alguns casos só a cirurgia permitirá o diagnóstico diferencial (laparotomia branca em 20%) Torção de testículo criptorquídico (intra- abdominal): tumoração palpável, que poderá ser confundida com plastrão inflamatório. O USG pode ser útil. No entanto, o tratamento é sempre cirúrgico; Porfiria: dor abdominal, de forte intensidade com flacidez à palpação e urina muito escura ("chá forte"). É muito rara; Cisto de ovário com torção do pedículo: o quadro semelhante ao da apendicite aguda. Se existir dúvida, especialmente quanto à palpação de tumoração abdominal em menina pré-adolescente ou adolescente; o USG é diagnóstico; Anemia falciforme: dor, de início de intensidade muito forte, paciente gemente e inquieto, anemia e abdome flácido à palpação. RX mostra distensão intestinal difusa. Infecção urinária: febre elevada desde o início do quadro; urina de cor e odor forte, abdome flácido à palpação. Queixa de disúria nas crianças maiores. EXAMES DE ABD AGUDO HEMOGRAMA URINOCULTURA, EAS PCR RX DE ABD AGUDO FUNÇÃO RENAL: Creatina e ureia FUNÇÃO HEPATICA:TGO, TGP, bilirrubinas, gamaGT + fosfolipase AMILASE E LIPASE GLICEMIA
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