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EXAME FISICO MMII

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ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
1 
 
Exame físico membro inferior 
QUADRIL E PELVE 
ANAMNENSE 
 Idade: Fraturas de avulsões das espinhas ilíacas (13 anos-fem; 15 anos- masc) 
 Dor: podem frequentemente irradiar para face interna da coxa até o joelho 
EXAME FISICO 
2.1 INSPEÇÃO 
 Paciente desnudo e descalço: avaliar visão global 
 Marcha: no lado do quadril acometido a fase de apoio tende a ser mais curta 
 Báscula pélvica 
 Inclinação pélvica: tem desvio? encurtamento de membro? Lordose? 
Contratura? 
 Desvio postural 
 Tegumentar: manchas na pele, cicatrizes, abaulamento, bolhas, pregas 
cutâneas, contraturas, hipotrofia muscular 
 Mensuração do comprimento (até 1,5 normal): 
1- Aparente: cicatriz umbilical até o maléolo medial do tornozelo; 
2- Real: espinha ilíaca anterossuperior até o maléolo medial, compare contra lateralmente 
2. 2 PALPAÇÃO: OSSO, PARTES MOLES. BUSCAR PONTOS SENSÍVEIS OU DOLOROSOS (COMEÇAR PELO LADO 
MENOS DOLOROSO) 
A. Face Anterior 
 Estrutura ósseas palpáveis: crista ilíaca; tubérculo ilíaco; espinha ilíaca anterossuperior; tubérculos 
púbicos, sínfise púbica (pubite?) 
 Trígono femoral: Nervo, artéria, veia femoral. Onde solicita-se ao paciente rotação lateral + abdução + 
semiflexão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
2 
 
B. FACE LATERAL 
 Estrutura ósseas: Trocanter maior (onde se insere o tendão do músculo glúteos; rotadores externos curtos- 
piriforme; gêmeo superior e inferior e obturador) pode cursar com bursite 
 
 
 
 
 
 
 
C. FACE POSTERIOR 
 Paciente em decúbito lateral com quadril fletido 
 Estruturas óssea: crista ilíaca posterior; espinha ilíaca posterossuperior; tuberosidade isquiática ( esse 
mais facilmente com quadril em flexão) 
 Nervo isquiato: entre borda posterior do trocanter maior e a tuberosidade isquiática 
 Articulação: sacroiliaca 
 
D. FACE MEDIAL 
 Músculos: Adutores (longo, curto, magno, grácil e pectíneo). Sobretudo o longo com o membro em abdução. 
 
 
 
 
 
 
2.3 MOBILIDADE ARTICULAR 
A articulação do quadril é sinovial: flexão, extensão, rotação medial, rotação lateral, abdução, adução e circundação. 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
3 
 
Obs.: Na avaliação do movimento passivo a pelve deve ser estabilizada, pois a coluna lombar e a pelve podem 
promover movimentos de compensação a restrição da mobilidade articular do quadril. 
Obs.: Todos os exames devem ser feitos de modo passivo e ativo (posição ortostática ou decúbito dorsal) 
A. FLEXÃO 
 Paciente em decúbito dorsal, o examinador promove a flexão do quadril a partir da extensão até que a coxa 
se aproxime ao máximo do tronco (S/ movimentar pelve ou coluna) 
 Ângulo formado entre o eixo da coxa e a mesa do exame é: 0-130 
 
 
 
 
 
 
 
B. EXTENSÃO 
 Com o paciente em decúbito ventral, o examinado coloca uma das mãos sobre a crista ilíaca e a região 
lombar, impedindo a movimentação da pelve, e, com a outra mão, promove a extensão do quadril. 
 O ângulo formado entre o eixo da coxa e a mesa de exame é o ângulo de extensão: 0-30º 
 
 
 
 
 
 
C. ROTAÇÃO MEDIAL 
 Igual a lateral só que o inverso 
 O ângulo vai de 0-30 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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D. ROTAÇÃO LATERAL OU EXTERNA 
 Paciente em decúbito dorsal (ou sentado) com o quadril em flexão (evitar extensão porque soma-se a 
rotação da tíbia em relação ao fêmur). 
 O examinador segura o tornozelo do paciente, promove a flexão e, em seguida, a rotação externa do 
membro 
 O ângulo de rotação lateral com o joelho fletido é o ângulo obtido entreo eixo da coxa e a perna: 0-45 
E. ABDUÇÃO 
 Com o paciente em decúbito dorsal, os membros inferiores em posição neutra, o examinador estabiliza a 
pelve com uma das mãos e, com a outra, realiza o afastamento do membro (perna) em relação à linha 
média do corpo. 
 O ângulo obtido entre o eixo do membro e a linha média é o ângulo de abdução: 0-50º 
 
 
 
 
 
 
 
F. ADUÇÃO 
 O paciente permanece em decúbito dorsal, partindo de uma posição neutra. O examinador segura o 
tornozelo e faz com que o membro cruze a linha média do corpo; para isso, é necessário elevar o membro 
contralateral. 
 O ângulo entre o eixo do membro examinado e a linha média do corpo é o de adução, sendo o ângulo 
máximo aquele em que a pelve começa a se movimentar: 0 a 30° 
 
 
 
 
 
 
3 TESTES 
3.1 TESTES DE CONTRATURAS MUSCULARES 
A. TESTE DE CONTRATURA DO MÚSCULO RETO FEMORAL (TESTE DE ELY) 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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 Com o paciente em decúbito ventral na mesa, segura-se o tornozelo do membro a ser examinado e flexiona-
se o joelho passivamente. Em caso de contratura do reto da coxa, ocorrerá também flexão do quadril que 
eleva a pelve, na tentativa de reduzir a tração sobre o musculo reto femoral pela flexão passiva do joelho 
 
B. TESTE PARA CONTRATURA DO TRATO ILITIOBIBIAL (FÁSCIA ALATA) (TESTE DE OBER) 
 O paciente é colocado em decúbito lateral, com o quadril oposto apoiado em flexão máxima. Coloca-se a 
mão no grande trocanter para estabilizar a pelve e com o quadril examinado em posição neutra e o joelho 
extendido (ou 90º graus-fletido) o membro é abduzido e, depois solta a perna para ela aduzir. No caso de 
contratura do trato iliotibial, o teste será positivo se o membro permanecer com algum grau de abdução 
após o examinador soltá-lo abduzido, ou seja, ela não aduzir (ficar reto). 
 
 
 
 
 
C. TESTE DE CONTRATURA DOS MÚSCULOS POSTERIORES DA COXA 
 Paciente sentado na mesa, com um dos membros, o joelho e o quadril fletido, e o outro a ser examinado com 
o joelho e o quadril estendido e levemente abduzido. Solicita se ao paciente que flexione o tronco tentando 
tocar o pé, se ele não consegui, o teste é positivo. 
 Ou, com o paciente em decúbito dorsal, eleva-se o membro pelo tornozelo com o joelho em extensão, o 
paciente sentirá dor na musc posterior antes que se alcance 90º de quadril 
3.1 TESTES ESPECIAIS 
A. TESTE DE TRENDELENBURG 
 Avalia a força do musculo glúteo médio (principal abdutor do quadril) 
 O examinador posiciona-se atras do paciente, que permanece em pé, e palpa as cristas ilíacas posteriores. 
Solicita ao paciente que flexione um dos joelhos, mantendo o quadril em extensão (eliminando assim a ação 
do psoas). Quando a musc glútea contralateral for suficiente, a crista ilíaca ipslateral a do joelho fletido se 
elevará. Se houver insuficiência do musc glúteo médio, observa-se a queda da crista ilíaca desse mesmo 
lado por incompetência do glúteo contralateral em se contrair e elevar a pelve. 
 Realizar por 1 minuto para evitar falso positivo 
 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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B. TESTE DE THOMAS 
 Avalia grau de contratura em flexão do quadril 
 O paciente, em decúbito dorsal, promove a flexão de ambos os quadris, abraçando os membros até a 
retificação da coluna lombar, que é verificada com a mão do examinador na região lombar. Pede-se para o 
paciente soltar e estender o membro a ser avaliado, até que a pelve comece a bascular. Permanecendo o 
quadril em algum grau de flexão (perna fica curvada), o teste é positivo, e o ângulo entre o eixo da coxa e 
a mesa de exame é o grau de contratura 
 
C. TESTE DA FLEXO-ADUÇÃO 
 Com paciente em decúbito dorsal, flexiona-se o quadril e o joelho a 90º. Normalmente, ao se fazer adução do 
membro nessa posição, o joelho consegue atravessar a linha media do corpo, alcançando a linha axilar do 
outro lado 
D. SÍNDROME DO MÚSCULO PIRIFORME 
 O nervo isquiático, ao atravessar a região glútea, localiza--se superficialmente sobre os rotadores laterais e 
profundamente sob o músculo piriforme. No caso de espessamento do músculo piriforme e consequente 
compressão do isquiático, o paciente refere dor localizada na região glútea, que pode irradiar distalmenteno 
trajeto do nervo. 
 Paciente em decúbito ventral. Flete o joelho a ser avaliado. O examinador coloca a mão no maléolo medial e 
realizar abdução (adução?) com resistência. Se positivo paciente relata dor no piriforme. 
E. TESTE DO CÂMBIO 
 Paciente em decúbito lateral com mmii em extensão, faz- se a 
abdução do quadril, podendo haver um bloqueio a abertura do 
quadril em virtude de o trocanter maior chocar-se contra o íleo. 
Realiza-se então a flexão do quadril e tenta-se novamente abduzi-lo, 
sendo então possível aumentar o grau de abdução. 
F. TESTE DE PATRICK (FABERE) 
 O teste de Patrick, ou a manobra de flexão, abdução e rotação externa (FABERE) é descrito para a 
avaliação da articulação do quadril ipsilateral sacroilíaca, contralateral. 
 Com o paciente em decúbito dorsal, o membro examinado em flexão, abdução e rotação externa (forma 
do número4), o examinador exerce pressão sobre o joelho fletido comum a das mãos e, com a outra mão, 
sobre a crista ilíaca do lado oposto (para estabilizar a pelve) 
 A presença de dor na região posterior, sobre a sacroilíaca (local onde está a mão), indica doença da 
articulação sacroilíaca, e a presença de dor na virilha do quadril ipsilateral pode indicar patologia do quadril 
 Inflamação 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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G. TESTE DE GAENSLEN 
 Avalia a inflamação da articulação sacroilíaca 
 Com o paciente em decúbito dorsal junto à borda da mesa pede-se que 
faça a flexão ativa dos membros inferiores segurando ambos os 
joelhos. Solicita-se que solte e deixe pender para fora da mesa o 
membro examinado. O examinador pode, com uma das mãos, 
estabilizar a pelve e, coma outra, provocar hiperextensão do quadril (ou 
seja, estender a perna pendente), sensibilizando o teste. A dor na 
sacroilíaca ipsilateral é sugestiva de patologia 
4 EXAME NEUROLÓGICO 
4.1 TESTES MOTORES 
Músculos: 
 Flexor (ant): iliopsoas e reto femoral 
 Extensor (post): glúteo máximo e posterior da coxa 
 Abdutor (lat): glúteo médio e mínimo 
 Adutor (medial): adutor longo, curto, magno, pectíneo e o grácil 
 Rotador externo: piriforme, obturador interno, gêmeo superior e inferior, quadrado femoral 
 Rotador interno: obturador externo 
Avaliação: 
Grau 0 Ausência de contração muscular 
Grau 1 Presença de contração muscular e ausência de 
movimento 
Grau 2 Contração fraca, produzindo movimento com a 
eliminação da gravidade 
Grau 3 Grau 3 – Realiza movimento contra a gravidade, porém 
sem resistência adicional 
Grau 4 Realiza movimento contra a gravidade e contra 
resistência moderada 
Grau 5 Movimento completo contra a gravidade e contra 
grande resistência 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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Obs.: Gravidade: para elimina-la na flexão/extensão colocar paciente decúbito lateral. 
Para eliminar na abdução/adução colocar paciente em decúbito dorsal 
A. FLEXORES 
 Flexor primário iliopsoas (nervo femoral L1,L2,L3) e o flexor secundário retor 
femoral. 
 Com o paciente sentado, pernas pendentes para fora da maca, flexiona-se o 
quadril ativamente contra a resistência imposta pelo examinador no terço distal 
da coxa 
B. EXTENSORES 
 Avalia o extensor primário do músculo glúteo máximo (nervo glúteo inferior, S1) 
 Com o paciente em decúbito ventral e com o joelho levemente fletido, o 
examinador solicita que afaste a coxa da maca, enquanto é imposta 
resistência na região posterior da coxa 
C. ABDUTORES 
 Abdutor primário musculo glúteo médio (Nervo glúteo superior, L5) e o secundário 
glúteo mínimo. 
 O paciente, sentado, faz a abdução dos membros contra uma resistência imposta 
ao nível dos joelhos. Pode ainda ser realizado em decúbito lateral, com o 
examinador estabilizando a pelve com uma das mãos no tubérculo ilíaco e a 
outra impondo resistência na face lateral da coxa, abduzindo o quadril 
D. ADUTORES 
 Adutor longo (nervo obturatório, L2, L3, L4) é o primário. Curto, magno, grácil e 
pectíneo e os secundários. 
 O paciente, sentado, faz a adução dos membros contra uma resistência imposta ao 
nível dos joelhos 
4.2 TESTE DE SENSIBIL IDADE/DERMÁTOMO 
 
 
 
 
 
 
5 ESCORE 
DE AVALIAÇÃO DO QUADRIL 
Avaliação: Merle D’ Aubigne-Postel: dor, marcha e arcos de movimentos. Realizar pré e pós OP 
 
DERMÁTOMO RAIZ 
Região umbilical T 10 
Região inguinal T 12 
Area entre a inguinal e umbilical T 11 
Lig inguinal L 1 
Terço médio ant da coxa L 2 
Terço distal ant da coxa L 3 
Região lateral da coxa-cutaneo lateral S 3 
Região posterior do quadril – nervos cluneiais L1-L2; L3 
Região perianal S1-S2; S3 
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DOR NOTA 
Intensa e espontânea 1 
Intensa ao caminhar- impede atividade 2 
Tolerável, permitindo atvd limitada 3 
Dor só após algumas atvd, desaparace logo após repouso 4 
Dor ao inicio da marcha, desaparecendo c/ atvd normal 5 
S/ dor 6 
MARCHA NOTA 
Não anda ou percorre pouca distância usando duas bengalas ou 
moletas 
1 
Tempo e distância muito limitados com ou sem muletas 2 
Limitada com uma bengala; dificil sem ela 3 
Distâncias longas c/ uma bengala; limitada s/ ela 4 
S/ bengala, mas mancando 5 
Normal 6 
ARCO DE MOVIMENTO* NOTA 
0 grau 1 
0-45 graus 2 
46-90 graus 3 
91-135 graus 4 
136-180 graus 5 
>180 graus 6 
*É a somatória flexão/extensão + abdução/adução + rotação 
inter/externa 
 
Excelente (17-18 pontos); Bom (15-16 pontos); Razoavel (13-14 
pontos); Ruim (12 ou menos). 
Normal: 
18 
pontos 
 
QUADRIL PEDIATRICO 
SINAL DE ORTOLANI: Abdução até encaixar a cabeça até o acetábulo (DDQ- diagnostico) 
SINAL DE BARLOW: Desencaixa a cabeça do acetábulo (DDQ) 
ASSIMETRIA DE PREGAS (sinal de peter-beíge): Perna com menos prega 
está luxado, ou seja, fêmur fora do acetabulo 
CONTRATURA EM ABDUÇÃO (sinal de hate): A criança faz adução, mas 
quando vai fazer abdução está contraturado. Ou seja, não consegue abrir a 
perna ficando em flexão 
SINAL DE NELATON-GALEAZZI: Diferença de altura de um 
joelho para outro (o que está mais baixo está luxado) 
 
 
Joelho 
1 ANAMNESE 
Questionar: 
 Atividade Física principal 
 Lado acometido 
 Lado dominante 
 Descrição do traumatismo 
Queixa Principal: 
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 Dor: decálogo da dor 
 Estalo 
 Falseio: Jovem; lig cruzado 
 Travamento 
 Derrame= trauma
 
 
 
EXAME FISICO 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Analisa-se o paciente em pé, posição anatômica e perfil. Posteriormente 
andando de frente e costas. 
Avaliar: 
 Alinhamento dos MMII: varo (estica lig laterais) ou valgo (estica lig 
mediais); 
 Alterações tegumentares: Cicatriz, Edema, derrame, equimoses, 
atrofia musculares 
 Deformidades-  volume da tuberosidade anterior da tibia, doença de Osgood-Shlatter; Flambagem, 
deformidade látero-lateral durante a fase de apoio 
 Alteração nas diferentes fases da marcha: claudicação, sinal de trendelenburg, presença de thrust (devido a 
abertura lateral ou medial do joelho ocasionada por frouxidão ligamentar excessiva) posição dos pés e 
impressão plantar 
 Recurvamente e as limitação da extensão do joelho 
 Alinhamento patelar: Traça-se uma linha conectando o 
centro da patela a espinha ilíaca antero-superior e outra 
em direção da inserção do tendão patelar na tuberosidade 
anterior da tíbia. A medida da angulação é chamado de 
ângulo “Q” e é de 12 no homem e 16 na mulher (mulheres 
tende a ser mais valgo) 
 Com o paciente sentando solicita-se que 
estenda o joelho p/ analisar se a patela se 
movimenta sobre a linha imaginária 
 C/ joelho fletido em 30º pode detectar a patela baioneta 
 INSPEÇÃO DINÂMICA 
Paciente sentando solicita que flexione e extensão a perna. Avalia-se: 
 Amplitude dos movimentos de flexão e extensão (0-140º) 
 Deslizamento da patela 
 Presença de crepitação: Coloque a mão sobrea patela no movimento e pode se 
pressiona a patela contra a tróclea femoral. Classificada em leve, moderada e 
grave 
 Estalidos 
2.3 PALPAÇÃO 
 Ossos: tubérculo de Gerdy; epicôndilo femoral; cabeça da fíbula; facetas medial e lateral da patela; côndilo 
da tíbia; tuberosidade anterior da tíbia; 
LESÃO DO LIG CRUZADO 
Torção + estalido + inchaço c/ derrame 
imediatamente 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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 Articulação: interlinhas articulares medial e lateral; articulação femoropatelar 
 Musculos: tendão da pata de ganso (Caso tendinite, há dor local a flexão resistida, sensibilizada com rotação 
externa da perna); tendão patelar 
 
 
 
 
 
 
 Patela (palpar): 
 Extremidade sup e inf da patela- Dor nos polos prox e distal da patela é PI do tendão 
quadricipital/tendinite e patelar/ensirte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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2.4 ANALISE DA ELASTICIDADE MUSCULAR 
 Paciente supino 
 RETRAÇÃO DA MUSCULATURA ISQUITIBIAL: paciente em posição supina, os quadris e 
joelhos a 90º, o examinador estender o joelho até encontrar resistência ao movimento. Nesse 
ponto, mede-se o ângulo de retração da musc. É boa a flexibilidade quando a extensão total 
do joelho for obtida sem resistência. 
 RETRAÇÃO DO QUADRÍCEPS: paciente deitado em posição pronada e os 
joelhos lentamente fletidos até que se encontre a resistência. Nesse ângulo 
mensura-se a retração. É boa a flexibilidade quando consegue o calcanhar alcançar 
a região glútea. 
 RETRAÇÃO DO TRÍCEPS SURAL: dorsiflexão 
passiva do pé c/ joelho fletido e estendido, bem como pela 
flexão passiva testa-se a elasticidade dos musc intrínsecos do pé 
 RETRAÇÃO DA BANDA ILIOTIBIAL (TESTE DE OBER): paciente 
deita-se em decúbito lateral sobre o lado não lesado. O examinador 
estabiliza a pelve com uma das mãos e com a outra controla o 
membro a ser examinado. O quadril é inicialmente abduzido e 
estendido e em seguida faz-se sua adução. A retração da banda 
iliotibial é demonstrada se o quadril permanecer passivamente 
abduzido. 
A. PACIENTE SUPINO PRONADO 
 Medir o grau de rotação interna do quadril- anterversão do colo femoral 
ocorre quando há aumento excessivo da rotação interna com a diminuição 
proporcional da rotação externa 
2.4 AMPLITUDE DE MOVIMENTOS 
 Flexão-extensão: 0-130 
 Avaliar movimento da patela: Paciente sentado você realiza rotação interna, 
externa, flexão, extensão 
3 TESTES ESPECIAIS 
3.1 PATELAFEMORAL 
A.TESTE FÊMERO -PATELAR 
 Mobilização lateral e medial da patela em extensão e em 30º de flexão, onde se avalia o 
grau de tensionamento exercido pelos retináculos medial e lateral. Quando a patela 
apresenta grau de mobilidade lateral> medial se detecta luxação e subluxação patelar. 
Esse teste pode vim acompanhado de sinal da apreensão. 
B. TESTE DO RECHAÇO 
 Compressão da patela sobre o sulco femoral com o joelho em extensão e flexão de 25-30º 
 Sinal do rechaço ocorre quando tem liquido (derrame) e patela sobe 
C. APREENSÃO 
SINDROME ILIOTIBIAL 
Dor na região lateral do epicôndilo 
femoral devido ao movimento de fricção 
ou atrito da banda iliotibial sobre o 
epicôndilo femoral lateral + retração da 
banda iliotibial 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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 Paciente em decúbito dorsal você flete (20-30º) o joelho e realiza mobilização lateral e 
medial da patela 
 
 
 
3.2 TESTES MENISCAIS 
A. TESTE DE MC MURRAY 
 Identificar lesão dos cornos posteriores dos meniscos 
 Paciente deitado em decúbito dorsal, os quadril a 90º e os joelhos em flexão máxima, o examinador ao lado 
do joelho a ser examinado palpa as interlinhas articulares com uma das mãos e com a outra segura o pé do 
paciente, provocando movimento de extensão,fletindo rotação interna e externa da perna. 
 Presença estalido na interlinha articular medias após rotação externa indica lesão do menisco medial. Caso, 
na rotação interna se apresente os sintomas na interlinha articular lateral é lesão do menisco lateral. 
 
B. TESTE DE APPLEY 
 Paciente em decúbito ventral. Posicionamos o joelho em 90°. No primeiro tempo, aplicamos uma força de 
compressão axial para baixo sobre o pé. Fazemos compressão e rotações rápidas, modificando o 
ângulo de flexão. As lesões se manifestam em forma de ruído ou dor nas rotações externa para 
menisco medial e rotação interna para menisco lateral 
 o segundo tempo, repetimos o teste aplicando uma força de tração no tornozelo, com a coxa fixa na mesa 
de exame. Nessa fase, a melhora do desconforto favorece a suspeita de lesão meniscal, enquanto a 
persistência dos sintomas pode indicar outros transtornos articulares 
 
 
 
 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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C. TESTE DE STEIMANN 
 Pcte sentado sobre a mesa, com os joelhos fletidos a 90º e pendentes. Faz-se rotação 
externa e interna da perna, segurando pelo pé. 
 A presença de dor ou estalido junto a interlinha articular é sinal de lesão do menisco 
correspondente. A dor pode ser falseado pela lesão do lig contralateral, mas que 
diminui com o passar dos dias. 
D. SINAL DE SMILLIE 
É dor a palpação da interlinha correspondente. Paciente com joelho em flexão. 
 Lesão do corno posterior do menisco medial dor interlinha medial 
 Lesão menisco lateral  dor região anterior e lateral 
MARCHA DE PATO 
 Com o paciente agachado no chão pedimos que ele dê alguns passos. Em caso de 
lesão do corno posterior do menisco medial a dor o impede de executar o movimento. 
 
3.2 TESTES DO LIGAMENTAR ANTERIOR 
TESTE DE LACHMAN (RICHEY TEST) 
 Avalia ligamento cruzado anterior 
 Paciente em decúbito dorsal horizontal e com joelho fletido a 30º, o examinador 
segura com uma das mãos a região supracondilar do fêmur (terço distal da 
coxa), e com a outra, a região superior da tíbia e provoca movimento 
antagônico com cada uma das mãos, uma p/ frente e outra p/ tras, a fim de 
fazer o deslizamento de uma superfície articular sobre a outra. 
 Caso a tíbia se desloque para frente é sinal + p/ lesão do lig cruzado anterior, 
se deslocar p/ tras é lesão do ligamento posterior 
B.TESTE DA GAVETA ANTERIOR 
 Detecta lesão do lig cruzado anterior 
 O teste da gaveta anterior é realizado com o paciente em posição supina, 
quadril a 45° da mesa examinadora, joelho fletido em 90°, pé apoiado 
sobre a mesa e examinador sentado sobre este. Com as mãos sobre a tíbia 
proximal, indicadores nos tendões flexores (para sentir o relaxamento dos 
músculos isquiotibiais) e polegares na linha articular, o examinador aplica 
força suave e repetida, puxando e empurrando anterior e posteriormente a 
tíbia, observando o movimento desta sobre o fêmur, em comparação ao 
joelho contralateral 
 Fazer o teste nas 3 rotações da perna (pé): interna, neutra, externa.. Se interno ligamento complexo 
ligamentar lateral (ex.: arqueado); e externo medial 
 Instabilidade rotatória antero-medial  tíbia rodada externamente determina 
uma anteriorização da perna maior do lado medial 
 Instabilidade anterio-medial e antero lateral tibia em rotação neura 
deslocamento anterior da tíbia é igual p/ os dois lados 
 Instabilidade antero lateral  idem anterior + o lado lateral se anterioriza 
mais 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
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C. JERK TEST (TESTE DO RESSALTO) 
 Detectar lesão do LCA 
 Paciente decúbito dorsal. Joelho 90º graus  rotação interna  com a outra mão força o joelho para dentro 
(valgo)  extensão. Em caso de frouxidão do ligamento cruzado anterior, nota-se subluxação anterolateral 
da tíbia em relação ao fêmur, evidenciada por um ressalto provocado pela passagem do côndilo tibial 
externo sob o trato iliotibial 
 
D. TESTE DO PIVOT-SHIFT (TESTE DE MCIN TOCH) 
 
 Detecta lesão do LCA 
 Paciente me decúbito dorsal. Joelho extendido  rotaçãointerna (?)  flexão. 
Nessa posição inicia-se lentamente a flexão quando em torno dos 30-50º será 
percebida repentina redução da subluxação anterior, sendo positivo p/ lesão LCA 
 
TESTE DO LIGAMENTO POSTERIOR 
A.TESTE DA GAVETA POSTERIOR 
 Detecta lesão do LCP 
 O teste da gaveta posterior é realizado com o paciente em posição supina, 
quadril a 45° da mesa examinadora, joelho fletido em 90°, pé apoiado sobre 
a mesa e examinador sentado sobre este. Uma força posterior é aplicada 
à tíbia proximal, que é o oposto, mas semelhante à força aplicada na 
gaveta anterior. 
 Instabilidade póstero-lateral  o lado lateral da perna se posteriorizar 
isoladamente 
 Lesão do LCP  ambos os lados de posterioriza 
 TESTE DE CONTRAÇÃO ATIVA DO QUADRÍCEPS: posteriorização da perna em rotação interna, onde 
pede-se ao pcte que realiza a contração ativa do quadríceps 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
16 
 
B.TESTE PARA RECUVARTUM 
 LCP 
 Paciente em decúbito dorsal. O examinador pega a perna flexão  rotação interna 
 extensão  Se formar recurvatum (+) 
C. AUMENTO DA ROTAÇÃO EXTERNA DA TIBIA 
 Avalia LCP (mas avalia os laterais também) 
 Paciente em decúbito ventral. Rotação + flexão de ambos os MMII. O lado patológico 
roda muito mais 
 
 
TESTE DO LIGAMENTO LATERAL 
A.TESTE DA GAVETA POSTERO-LATERAL 
 Paciente em decúbito dorsal. O pé do paciente para rotação interna (lig lateral) 
 Identifica deslizamento posterior do tipo rotatório do condilo tibial lateral acompanhado da cabeça da fíbula 
 O deslocamento posterior é neutralizado quando se coloca o pé e a perna em rotação interna forçada 
B.TESTE DA ABDUÇÃO (VALGO) 
 Com o paciente deitado na mesa de exame, posicionamos a 
extremidade a ser examinada fora da mesa e observamos o joelho tanto 
em extensão total como em 30° de flexão. Uma das mãos do 
examinador é colocada ao redor da face lateral do joelho, com a outra 
mão apoiando o tornozelo. Uma força em valgo é aplicada à face 
ex terna do joelho,enquanto a outra mão segura firmemente o 
tornozelo. A mão na articulação do joelho é utilizada tanto para palpar 
o ligamento medial como abertura da interlinha, auxiliando, assim, 
a avaliar o grau de frouxidão ligamentar 
 A positividade desse teste em hiperextensão pode significar lesão do Lig 
Colateral medial, e em 0º e 30º lesão periférica medial 
 A lesão do LCA associada determina maior abertura da interlinha articular 
 A instabilidade associada a lesão do lig colateral medial pode ser: leve (0-
5 mm), moderada (5-10 mm) e graves (>10 mm). 
C.TESTE DA ADUÇÃO (VARO) 
 Pcte em hiperextensão em 0º e em 30º de flexão do joelho (com a perna 
pendulando para fora da maca). O examinador segurando com uma das 
mãos o pe ou o tornozelo e com a outra apoiada na face medial do joelho sobre o condilo femoral medial 
forçando a adução da perna e do pe e avalia a abertura da interlinha articular. 
 O estresse em 0° testa o ligamento colateral lateral e a cápsula articular posterolateral. O estresse em 30° 
de flexão testa apenas o ligamento colateral lateral. 
 O teste pode se apresentar + fisiológica no joelho valgo do homem 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE DO PIVOT SHIFT REVERSO (TESTE DE JAKOB) 
 
 Avalia frouxidão capsuligamentar lateral 
 O joelho é fletido com uma força de abdução aplicada a tíbia em rotação externa, estando o 
quadril em rotação interna. Nessa posição se houver instabilidade póstero lateral a tíbia se 
deslocara para tras sobre o condilo femoral lateral, com subluxação que é reduzida na extensão do 
joelho 
TESTE DE ROTAÇÃO EXTERNA-RECURVADO 
 
 Pcte em posição supina. O examinador toma primeiro um dos pes e 
depois o outro pelo hálux, e eleva ambos os pés em posição de 
hiperextensão do joelho, e cada joelho é observado quanto ao grau 
de recurvado, de rotação externa da perna e aparente tíbia vara. O 
teste é positivo quando a tíbia esta rodada externamente com 
aparente subluxação posterior do rebordo tibial lateral em relação ao 
condilo femoral lateral, característico da instabilidade póstero lateral 
 
HIPEREXTENSÃO OU RECURVADO 
 Pcte deitado, levantando seu membro inferior pelo pé, verificamos o recurvado, o qual é medico em graus e 
sempre de maneira comparativa. 
 
POSTERIORIZAÇÃO PASSIVA DA TÍBIA A 90º (TESTE DE GODFREY) 
 Analisa a integridade do LCP 
 Pcte com quadril e joelho em 90º. O examinador mante a 
perna nessa posição p/ relaxamento do quadríceps. Ocorre 
posteriorização passiva da tíbia proximal, devido a frouxidão do 
ligamento cruzado posterior 
 
Tornozelo/pé 
1 ANAMNESE 
Queixa principal: deformidades, alterações no suporte da carga corporal durante a marcha ou ortostase, dor. 
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18 
 
2 EXAME DO PÉ SEM CARGA 
O paciente deve está sentando sobre a mesa com as pernas pendentes de fora OU em decúbito prono 
com o pé a ser examinado pendente da borda da maca e p/ evitar rotações do membro inferior o membro 
contralateral deve ser fletido a abduzido de forma que o maléolo medial se apoie na região poplítea do 
membro a ser examinado (4). 
2.1 ESTRUTURAS SUPERFICIAIS 
 Alterações tegumentares; sensibilidade cutânea; suprimento 
sanguíneo-pulsos periféricos e perfusão dos tecidos-; anexos-
unha e região periungueal. 
2.2 ESTRUTURAS PROFUNDAS 
A. TORNOZELO 
 INSPECIONAR: 
 Edema; 
 Posição dos maléolos tibial e fibular-tibial é  anteriorizado e alto; 
 Com relação a perna, o ponto médio intermaleolar deve esta no eixo 
longitudinal que sobe ate a tuberosidade da tíbia- se eixo deslocado p/ 
dentro torção tibifibular interna, se p/ fora torção tibiofibular externa 
 Com relação ao pé, o ponto médio intermaleolar deve estar em linha com o 
segundo metatarsiano e olhar p/ o segundo interdigito- Se deslocado 
internamente o pé esta aduzido/varo e se externamente o pé esta abduzido/valgo 
 Observa presença das 2 depressões retromaleolar que se prolonga ate o tendão de aquilos- sua 
ausência sugere inflamação 
 MOVIMENTOS: 
 Flexão (flexão plantar) de 45 º e extensão (flexão dorsal) 25º 
 Avaliar o grau de extensão do tornozelo com o joelho fletido- avaliar se há encurtamento 
 PALPAÇÃO: 
 Saliências osseas- interlinha articular 
 Tendões e lingamentos- tendão de aquiles, tibiais posteriores e anteriores, flexor longo do halux, 
fibulares, lig deltoide, lig fibulotalar anterior e fibulocalâneo 
B. COMPLEXO SUBTALAR 
MOVIMENTOS: 
 20º de inversão e 10 º de eversão 
 Caso redução dos movimentos sugere bloqueio subtalar 
C. COMPLEXO ARTICULAR DE CHOPART 
 INSPECIONAR: 
 Grau de convexidade da borda interna do pé- sugere vara ou valgismo do retropé 
 MOVIMENTOS: 
 Adução, abdução 
 Pronação e supinação do antepé 
D. COMPLEXO ARTICULAR DE LISFRANC 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
19 
 
 INSPECIONAR: 
 Equinismos- exagero da flexão plantar do ante pé c/ relação ao retropé 
 Desvio em adução- metarso varo ou pes varos 
 MOVIMENTOS: 
 Flexão plantar e dorsal 
 15º de supinação e 25º de pronação do antepé com relação ao médio e retropé 
E. ARTICULAÇÕES METATARSOFALÂNGICAS 
 MOVIMENTOS: 
 80º de dorsifelxão e 30º de flexão plantar 
 PALPAÇÃO: 
 Cabeças metatarsais- hipertrofia, calosidade plantares 
 Espessura do coxim gorduroso 
F. ARTICULAÇÕES INTERFALÂNGICAS 
 INSPEÇÃO: 
 Deformidades dos dedos- martelo, garra e taco de golfe 
 Tipo de pé- egípcio, pé grego, pé quadrado 
 MOVIMENTOS: 
 Avaliar mobilidades dos tendões extensores e flexores 
H. MUSCULATURA 
 Realizar movimentos produzidos por cada musculo especificadamente 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME DO PÉ COM CARGA 
3.1 ESTÁTICO 
 INSPEÇÃO: 
 Angulação da coxa com relação a perna-vago ou varo do joelho; 
  da reduçãoangular da anterversão dos colos femorais 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
20 
 
 Arqueamento das pernas 
 Posição dos maléolos 
 Silhueta do pé com seu arco longitudinal 
 PODOSCÓPIA: 
 Como se distribui o peso do corpo 
 Pé normal: retropé imprime uma imagem oval cujo maior eixo quando projetado atinge o segundo 
interdígito ou a terceira polpa digital- desvio medial indica valgismo do retropé ou abdução do antepé 
e o desvio lateral indica varismo do retropé ou adução do antepé 
 MANOBRA DA PONTA DOS PÉS: Fornece informação quando a mobilidade da articulação subpatelar, 
integridade dos tendões-tricipital e tibial posterior- e musculatura. É prova positiva quando se eleva nas 
pontas dos pés e observa-se variação progressiva do retropé, que logo dá lugar ao valgismo quando se 
solicita p/ retorna a posição normal. 
 PROVA DE JACK: hiperextensão passiva da articulação metatarsofalangica do halux, promove a elevação 
do arco longitudinal medial. A positividade da prova indica a integração entra musc intriseco e extrínseca do 
pé e a liberdade de movimentação da articulação subpatelar. 
3.2 DINÂMICO 
 MARCHA: 
 Observa-se o modo com que o calcanhar toca o solo, as reações 
de médio e antepé quando o passo se desenvolve e a relação dos 
dedos com o solo durante os últimos estágios 
 Avaliar: 1-eixo da marcha; 2- ângulo do passo; 3- amplitude do 
passo; 4- apoio 
4 TESTES ESPECIAIS 
4.1 MENSURAÇÃO DO ARCO DE MOVIMENTO DA ARTICULAÇÃO TIBIOTÁRSICA E GRAU DE ENCURTAMENTO DO 
MÚSCULO TRICEPS SURAL 
 O examinador segura com uma das mãos o calcanhar do paciente e, com a outra, o antepé. Realiza o 
movimento completo de flexão e extensão do 
tornozelo anotando sua liberdade de 
amplitude.Quando se detecta limitação da extensão, 
indicando encurtamento do tríceps sural e do tendão 
calcâneo realiza-se a mesma manobra com o joelho 
estendido e fletido a 90º 
 Com o joelho estendido diagnostica-se 
encurtamento do tríceps sural como um todo. Se a 
dificuldade persiste com o joelho fletido, fica 
confirmado o encurtamento do soleo já que os ventres dos gêmeos estão inativos nessa posição 
4.1 TESTE DE THOMPSON 
 Avalia a integridade do tendão tricipital (aquiles) 
 Paciente em decúbito ventral e com os joelhos fletidos a 90º aplica-se compressão manual 
vigorosa na massa muscular da panturrilha onde se situam os ventre dos gêmeos e o musculo 
solear. Essa compressão produz encurtamento da massa muscula que se transmite pelo 
tendão calcâneo ate o pé, o que sofre flexão plantar quando todas as estruturas estão integras, 
sendo assim positivo o teste. 
 Outra forma de fazer o teste é com pcte em decúbito ventral com os pes pendentes na borda 
cama e joelhos estendidos 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
21 
 
4.2 TESTE DA GAVETA ANTERIOR DO TORNOZELO 
 Avalia integridade do ligamento fibulotalar anterior e da porção 
antero-lateral da capsula articular 
 O examinador apoia uma das mãos sobre a face anterior da tíbia 
logo acima do tornozelo e com a outra envolve o calcanhar do 
membro a ser examinado. Nessa posição aplica força no sentindo de 
deslocar anteriormente o pé enquanto a perna permanece fix. 
 Em caso de lesão ocorre deslocamento anterior do talo no interior da 
pinça bimaleolar e surge uma zona de depressão na face antero-
lateral do tornozelo-sinal de vácuo- resultante da pressão negativa que se forma no interior da articulação em 
função da subluxação produzida pelo teste 
 Pode ser feito sob anestesia 
4.3 TESTE DO ESTRESSE EM VARO DO TORNOZELO 
 Avalia integridade do ligamento fibulocalcaneo e da capsula lateral do tornozelo 
 O examinador aplica com uma das mãos força varizante da região do calcanhar do 
pcte mantendo a extremidade distal da perna fica com a outra mão. 
 Quando há lesão das estruturas capsuligamentar observa-se exagero do varismo do 
pé surgindo zona de depressão na face lateral do tornozelo, logo abaixo do maléolo 
fibular. 
 Teste no contralateral p/ confirma 
4.4 TESTE DO ESTRESSE EM VALGO DO TORNOZELO 
 Avalia integridade do ligamento deltoide 
 O examinador aplica com uma das mãos força valgizante na região do calcanhar enquanto mantem fixa a 
extremidade inferior da perna com a outra mão. A comparação dos lados pode evidenciar, no lado lesado, 
exagero da excursão em valgo do pé 
  comprovação 
4.5 TESTE DA ROTAÇÃO DO TALO 
 Avalia integridade do ligamento da sindesmose tibiofibular distal 
 Uma das mãos do examinador fixa firmemente o terço médio da perna no sentido de impedir sua rotação 
externa durante a realizaçäo do teste. A outra mão envolve o calcanhar por sua face medial, de forma que a 
borda interna do pé do paciente fique encostada no antebraço do examinador. Enquanto uma das mãos 
segura a perna, o antebraço força o pé em rotação externa, tendo como fulcro a mão que envolve o 
calcanhar. Esse movimento produz rotação do talo no interior da pinça bimaleolar. Esse movimento anómalo 
tende a afastar a tíbia da fibula por meio de força rotacional que se faz sentir primeiramente nos ligamentos 
tibiofibulares anteriores. 
 Quando há lesão desses ligamentos, a manobra desencadeia dor aguda na região ântero-lateral do 
tornozelo, na projeção topográfica da sindesmose tibiofibular distal 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
22 
 
4.6 TESTE DA GAVETA POSTERIOR DA FIBULA 
 Testar a integridade dos ligamentos da sindesmose tibiofibular distal 
 O examinador segura firmemente o tornozelo a ser examinado com uma das mãos e 
aplica força com o polegar da outra mão no sentido de deslocá-lo posteriormente da 
fibula. 
 Na eventualidade de lesão dos ligamentos tibiofibulares distais, surge dor viva na região 
correspondente à articulação, enquanto a fibula se desloca levemente para trás 
4.7 TESTE DA COMPRESSÃO LATERAL DA PERNA (TESTE DE PILLINGS) 
 Avalia envolvimento traumático ou inflamatório dos ligamentos e da articulação tibiofibular distal 
 O teste é realizado comprimindo-se firmemente, no terço médio da perna, a fibula contra a tíbia. 
Como a fibula é elástica e por estar sendo pressionada em seu ponto médio, possivelmente o mais 
móvel, ocorre arqueamento desse osso em função da força exercida. 
 Esse arqueamento acaba por solicitar a ação dos ligamentos e da articulação tibiofibular 
distal, desencadeando dor aguda na face ântero-lateral do tornozelo quando houver processo 
inflamatório local. 
4.8 TESTE DA MOBILIDADE DA ARTICULAÇÃO SUBTALAR 
 realizado para registrar a liberdade e os graus de movimentação em inversão e eversão da 
articulação talocalcânea. Enquanto uma das mãos mantém a relação original entre o médio e antepé 
com o retropé, a outra aplica forças varizantes e valgizantes no calcanhar, percebendo a movimentação 
entre o talo e o calcâneo 
4.9 MANOBRA DE HIPEREXTENSÃO DO TORNOZELO E DOS ARTELHOS 
 usada para distender a fáscia plantar tornando-a mais superficial e palpável em toda sua extensão. 
 Com uma das mãos, o examinador apreende os artelhos produzindo sua 
extensão máxima, ao mesmo tempo que produz a extensão máxima do 
tornozelo. 
 Nos quadros inflamatórios agudos, a manobra pode desencadear dor aguda 
no ponto de maior inflamação ou nas inserções calcâneas. No quadro de 
rotura traumática da fáscia plantar, além da dor, pode ser detectada a 
presença de hematoma na face plantar, assim como solução de continuidade do tecido fibroso que constitui 
a fáscia plantar 
4.10 TESTE DA PONTA DOS PÉS 
 usado para avaliar a integridade dos tendões calcâneo e tibial posterior e a capacidade neuromuscular de se 
erguer na ponta dos pés. Além disso, o teste fornece dados a 
respeito da mobilidade da articulação subtalar. 
 O paciente, estando em apoio bipodálico, é solicitado a colocar-se 
nas pontas dos pés (apoiado sobre as cabeças dos metatarsos), 
enquanto se observam as faces medial e posterior do tornozelo e 
do pé. Oresultado esperado para a manobra consiste em se obter 
a elevação suave e simétrica dos calcanhares, acompanhada de 
varização progressiva do retropé à medida que aumenta sua 
elevação em relasão ao solo. Quando há bloqueio da 
movimentação da articulação subtalar, não ocorre a varização normal do retropé 
 O teste pode ser potencializado ao ser realizado em apoio monopodálico, enquanto o membro contralateral é 
mantido fletido a 900 . Sob essas condições, pode ficar mais evidente a incapacidade funcional do tríceps 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
23 
 
sural ou do tendão tibial posterior, além de doenças neuromusculares que estejam determinando algum grau 
de fraqueza ou atrofia muscular 
4.11 TESTE DE JACK (HIPEREXTENSÃO PASSIVA DO HÁLUX) 
 utilizado para determinar a liberdade de movimentos da articulação subtalar, a 
integridade do tendão flexor longo do hálux e a sincronização autónoma (reflexa) 
entre as musculaturas intrínseca e extrínseca do pé. 
 O teste é realizado com o paciente em ortostase bipodálica. O examinador provoca, 
com um de seus polegares, a extensão passiva da articulação metatarsofalångica do 
hálux, ao mesmo tempo que observa a varização do retropé, o surgimento ou 
acentuação da abóbada do pé e a rotação externa da perna 
 Considera-se como positivo o teste em que foram observados esses fenómenos, 
indicando bom prognóstico no tratamento conservador dos pés planos valgos 
flácidos da infância. Sua negatividade exige prosseguimento e aprofundamento da 
pesquisa etiológica, já que pode estar indicando doenças articulares, tendíneas ou 
neuromusculares 
4.12 TESTE DA ROTAÇÃO EXTERNA PASSIVA DA PERNA 
 determinação da liberdade de movimento da articulação subtalar e na integração desta com as demais 
articulações do pé, especialmente a mediotársica e a tarsometatársica. 
 Com o paciente em posição ortostática e apoio bipodálico, o examinador segura a 
porção média da perna a ser examinada e promove a rotação externa do conjunto. 
A pinça bimaleolar determina a rotação do talo que se desloca sobre o calcâneo 
promovendo sua varização. A ação desses movimentos sobre a mediotársica e a 
tarsometatársica determina o surgimento ou a acentuação da abóbada plantar do 
pé, indicando o perfeito funcionamento de todas as estruturas envolvidas 
4.13 TESTE DOS BLOCOS DE COLEMAN 
 avaliação e o diagnóstico diferencial dos pés cavos varos flexíveis 
 O teste conta com três tempos, nos quais os blocos de madeira são orientados de forma a produzir a 
descarga do peso corporal sobre as regiões predeterminadas e escolhidas — o examinador deve procurar 
observar a orientação do retropé nas diversas situações do teste, pois o aparecimento do valgismo fisiológico 
do retropé é que determina a positividade do teste e estabelece a participação das estruturas na gênese do 
pé cavo varo 
 No primeiro arranjo, o pé é colocado apoiado sobre apenas um bloco de madeira, de forma que o primeiro 
raio e o hálux permaneçam fora do contato. Se houver normalização do retropé — aparecimento do 
valgismo fisiológico —, podemos diagnosticar que o causador da 
deformidade é o primeiro raio que se encontra em situação de 
eqüinismo exagerado. Se, ao realizar essa primeira fase do teste, 
permanecer o varismo do retropé, podemos atribuí-lo a deformidades 
do antepé como um todo ou ao retropé. 
 No segundo tempo do teste, o paciente é convidado a apoiar apenas 
o calcanhar no bloco de madeira. Todo o antepé não recebe carga do 
peso corporal (para isso, podem ser necessários dois blocos de 
madeira sobrepostos). Se, durante essa fase do teste, houver 
normalização do valgismo do retropé, diagnosticamos o envolvimento 
do antepé como um todo na gênese da deformidade. O antepé está 
em posição eqüina e pronada em relação ao restante do pé. Quando 
permanece o varismo nesse tempo da prova, podemos considerar 
que a gênese da deformidade decorre de doença no retropé. 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
24 
 
 No terceiro arranjo do teste de Coleman, combinam-se os dois arranjos anteriores — o retropé é colocado 
em nível superior ao antepé e o primeiro raio é excluído da carga do peso corporal. Quando, nesse tempo do 
teste, observase a valgização normal do retropé, podemos afastar o retropé como sendo responsável pela 
deformidade. Ao contrário, se permanecer a existência de varismo do retropé, podemos considerar que a 
deformidade em varismo do retropé deve-se à combinação de deformidades localizadas no antepé e no 
retropé e ambas são igualmente importantes na gênese da deformidade, devendo 
ser tratadas concomitantemente. 
4.14 SINAL DOS MUITOS DEDOS 
 indica presença de deformidade em abdução do antepé com relação aos demais 
segmentos 
 Esse sinal freqüente mente se relaciona com a pronação do retropé em virtude da 
insuficiência do tendão do músculo tibial posterior no pé plano adquirido do adulto 
4.15 PROVA DA REDUTIBILIDADE DO VALGISMO DO HÁLUX (PROVA DE MCBRIDE) 
 utilizada na determinação do grau de retração dos tecidos moles laterais na 
deformidade do hálux valgo. 
 Com O paciente em posição ortostática bipodálica, o examinador aplica força varizante 
na borda lateral do hálux anotando o grau de redutibilidade da deformidade em valgo 
do grande dedo 
 Considera-se como normal (sem contraturas ou retrações) quando o hálux se alinha 
com o eixo do metatarso (o que corresponde a um pequeno grau de varismo do hálux 
em relação ao pé). 
4.16 TESTE DE HIPERMOBILIDADE DO PRIMEIRO RAIO 
 utilizado para avaliar o grau de movimentação da primeira 
articulação tarsometatársica nas síndromes de insuficiência do 
primeiro raio e no hálux valgo juvenil. 
 Pode ser realizado de duas formas distintas. Na primeira, o 
examinador fixa com uma das mãos os quatro raios laterais (do 
II ao V), enquanto o polegar e o indicador da outra mão 
apreendem a cabeça do primeiro metatarso. Mantendo os raios laterais fixos, aplicam-se forças nos sentidos 
plantar e dorsal, a fim de mobilizar o primeiro raio (flexão e extensão). 
 O resultado da prova realizada dessa maneira é grafado em milímetros de deslocamentos dorsal e plantar. 
Na outra maneira de se graduar a mobilidade do primeiro raio do pé, o examinador fixa o retro e mediopés 
com uma das mãos que se encontra apoiada na face medial do pé a ser examinado. Dessa forma, o polegar 
e o indicador podem fixar a cunha medial de maneira efetiva. Com o polegar e o indicador da mão oposta, o 
examinador segura a cabeça do primeiro metatarso aplicando, ainda dessa vez, forças capazes de deslocar 
o primeiro raio dorsal e plantarmente. O grau de deslocamento do primeiro raio é mensurado com 
goniômetro colocado sobre a face medial do pé e cujo centro coincida com a articulação tarsometatársica do 
primeiro raio. Considera-se como normal a excursão total (flexo-extensão) do primeiro raio até o limite de 
300. Valores superiores a 300 indicam hipermobilidade do raio capaz de influir decisivamente no prognóstico 
das deformidades. 
4.17 TESTE DA COMPRESSÃO LATERO-LATERAL DO ANTEPÉ 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
25 
 
usado na detecção de processos inflamatórios e neoplásicos expansivos dos espaços intermetatarsais. 
 Aplica-se força de compressão nas cabeças do I e V metatarsos 
no sentido de aproximá-las entre si causando redução 
substancial dos espaços intermetatarsais. A manobra pode ser 
potencializada exercendo-se pressão plantar com o polegar de 
uma das mãos na região metatársica que nos desperta mais 
interesse, ao mesmo tempo que a outra mão realiza a 
compressão látero-lateral 
NA EVENTUALIDADE DE EXISTÊNCIA DE PROCESSOS INFLAMATÓRIOS, SURGE DOR NA REGIÃO INFLAMADA 
ACOMPANHADA OU NÃO DE PARESTESIAS NA REGIÃO DE INERVAÇÃO DOS RAMOS DIGITAIS COMPROMETIDOS 
4.18 TESTE DA GAVETA METATARSOFALÂNGICA 
 útil na determinação de quadros de instabilidade de origem traumática ou inflamatória dessasarticulações. 
 O examinador fixa com os polegares e os indicadores em forma de pinça o 
colo do metatarso e a falange proximal do raio a ser examinado. Com 
movimentos suaves, tenta deslocar nos sentidos dorsal e plantar a falange 
sobre a cabeça metatársica. Quando há insuficiência das estruturas 
capsuloligamentares (frouxidão ou rotura), a excursão observada é ampla o 
bastante para diferenciá-la das articulações normais com as quais é 
comparada 
 Durante a mesma prova e com a mesma delicadeza, podem ser testadas a estabilidade lateral (adução e 
abdução — lesão dos ligamentos colaterais) e a hiperextensão (lesão da cápsula plantar), sempre de forma 
comparativa com as articu lações adjacentes e com as contralaterais. 
4.19 TESTE DA REDUTIBILIDADE DAS GARRAS E DOS ARTELHOS (TESTE DE KELIKIAN-DUCROQUET) 
 utilizado para testar a existência de retrações e contraturas capsuloligamentares e tendíneas das articulações 
metatarsofalângicas e interfalângicas dos dedos dos pés quando da existência de deformidades em martelo 
ou garra 
 Aplica-se pressão com os polegares na região central do antepé 
(bola do pé), no sentido de acentuar ou produzir o arqueamento 
transverso dessa região. Na vigência de contraturas e retrações 
dos tecidos mencionados, as deformidades dos dedos não se 
alteram quando da realização da manobra, sendo consideradas 
como rígidas ou estruturadas. Nas deformidades flexíveis ou 
funcionais, a manobra produz a correção do posicionamento dos dedos indicando tática diferenciada no 
tratamento das deformidades 
4.20 TESTE DO MUSCULO TRICEPS SURAL 
 o músculo tríceps sural, principal flexor do tornozelo, é facilmente testado, solicitando-se ao 
paciente que fique na ponta dos pés. A prova pode ser potencializada ao solicitarmos ao 
paciente que permaneça na ponta de apenas um dos pés 
4.21 TESTE DO MUSCULO TIBIAL ANTERIOR 
 fixando-se a perna com uma das mãos e com a outra a porção anterior do pé, solicita-se ao 
paciente que realize dorsiflexão do tornozelo. O tibial anterior é o mais importante extensor 
do tornozelo, mas é auxiliado pelo extensor do hálux e pelo extensor comum dos dedos. 
Devemos, enquanto fazemos a prova de avaliação do tibial anterior, constatar sua presença 
por meio da impressão que seu tendão imprime sob a pele durante o esforço. Sua atuação também pode ser 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
26 
 
avaliada durante a manobra da inversão e adução contra a resistência utilizada para testar o músculo tibial 
posterior. 
 
 
4.22 TESTE DO MUSCULO TIBIAL POSTERIOR 
 realizado mantendo-se fixa a extremidade inferior da perna ao mesmo tempo que o 
paciente tenta realizar inversão e adução do pé contra a resistência oferecida pelo 
examinador. Ambos os inversores do pé — os músculos tibiais anterior e posterior — são 
testados nessa manobra. Não é possível isolar a ação de cada um dos músculos nessa 
manobra 
4.23 TESTE DO MUSCULO FIBULARES CURTO E LONGO 
 realizado estabilizando-se a perna com uma das mãos e solicitando ao paciente que faça abdução e 
eversão do pé ao mesmo tempo que se aplica resistência contra esses movimentos. Ambos os fibulares 
realizam a eversão do pé, porém a ação específica do fibular longo pode ser sentida ao constatarmos o 
abaixamento do primeiro raio metatársico durante a realização dessa manobra. São observações difíceis de 
quantificar, mas o examinador experiente consegue perceber a ação de cada músculo e, embora sem poder 
isolá-las completamente, avaliar sua efetividade. 
 
4.24 TESTE DO MUSCULO EXTENSOR LONGO DO HALUZ 
 realizado ao solicitar ao paciente que faça a extensão do grande dedo, 
enquanto o examinador procura mantê-lo imóvel a partir de sua extremidade 
distal. Esse tendão, quando acionado contra a resistência, determina o 
aparecimento de silhueta bastante visível na região dorsal do pé. Na região do 
tornozelo, o tendão torna-se menos saliente por ter sido envolvido pelo retináculo 
dos extensores, porém constitui importante marco anatô mico utilizado, em 
conjunto, com o tendão do músculo tibial anterior, como referência para inúmeros 
procedimentos relativos à articulação do tornozelo. A ação do extensor longo do 
hálux faz-se sentir principalmente sobre a articulação interfalângica, razão pela 
qual devemos tomar o cuidado de circunscrever, a essa articulação, a resistência 
para a realização da prova 
4.25 TESTE DO MUSCULO FLEXOR LONGO DO HALUX 
 o paciente é solicitado para realizar a flexão da articulação interfalângica do 
hálux ao mesmo tempo que o examinador aplica resistência contra esse 
movimento na polpa digital. A ação do músculo flexor longo do hálux faz-se 
principalmente sobre a falange distal do hálux. Sua avaliação exige o correto 
posicionamento do examinador e das forças de resistência sob risco de não ser 
obtida a avaliação pretendida. 
4.26 TESTE DO MUSCULO FLEXOR CURTO DO HALUX 
 com o pé mantido em flexão plantar e estabilizado pelo calcanhar, o paciente é solicitado a realizar flexão da 
articulação metatarsofalângica do hálux ao mesmo tempo que o examinador aplica resistência contra esse 
movimento na região plantar da falange proximal do halux Ainda dessa vez é muito importante o correto 
posicionamento e a aplicação de forças, a fim de se extrair do teste as informações corretas. 
4.27 TESTE DO MUSCULO EXTERNSO LONGO DOS DEDOS 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 
27 
 
 ao mesmo tempo que o paciente é solicitado a realizar a extensão das articulações interfalângicas distais 
dos quatro pequenos dedos laterais (II ao V), o examinador aplica força contrária a esse movimento na face 
dorsal das extremidades dos pequenos artelhos — região das falanges distais 
4.28 TESTE DO MUSCULO EXTENSOR CURTO DOS DEDOS 
 mantendo-se estáveis as interfalângicas dos pequenos dedos e o tornozelo, solicita-se ao paciente que 
realize a extensão da articulação metatarsofalângica dos quatro dedos laterais 
4.29 TESTE DO MUSCULO FLEXOR LONGO DOS DEDOS 
 mantendo, com uma das mãos, estabilizadas as metatarsofalângicas dos quatro artelhos laterais, o 
examinador aplica força extensora nas polpas desses mesmos dedos solicitando ao paciente que rea lize 
flexão de suas articulações interfalângicas 
4.30 TESTE DOS MUSCULOS LUMBRICAIS 
 o examinador estabiliza as cabeças dos metatarsos laterais (II ao V) por sua face 
plantar, enquanto o paciente é solicitado a fletir as articulações metatarsofalångicas 
dos mesmos raios. Durante a manobra, os lumbricais, agindo normalmente, 
promovem a extensão das articulações interfalângicas 
4.31 TESTE DOS MUSCULOS INTEROSSEOS 
 após a estabilização das articulações metatarsofalângicas, solicita-se ao paciente que 
realize a extensão das articulações inter falângicas contra a resistência. Por não ser comum 
a habilidade de abdução e adução dos artelhos, a solicitação desse movimento para a 
avaliação dos músculos interósseos nos pés perde importância clínica, diferentemente do 
exame das mãos. 
 
 AVALIAÇÃO DO MMII COMO UM TUDO-STAHELI 
Pcte em decúbito ventral e joelhos fletidos a 90º: 
 Estabiliza-se a bacia com uma das mãos e coma outra realizam-se a rotação interna e externa do quadril, 
anotando as angulações -  rotação interna é  da anteversão do colo femora;  rotação externa é  da 
anteversão do colo femoral;  das rotação é doença no quadril 
 Palpar os dedos polegar e indicador, maléolos tibial e fibular 
 Avaliar o eixo da planta