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Parasitologia Clínica ----------------------- SUMÁRIO ----------------------- (clique nos itens abaixo, para ser direcionado ao tema escolhido) CONCEITOS BÁSICOS DE PARASITOLOGIA → Parasitismo; → Interdependência de organismos (produtores/consumidores); → Associação entre os seres vivos (mutualismo, predatismo, comensalismo etc.); → Ações dos parasitas sobre os hospedeiros; → Tipos de hospedeiros (definitivo, intermediário); → Vetores; → Tipos de ciclo evolutivo (monóxeno, heteróxeno); → Formas de disseminação dos parasitas; → Taxonomia. COMO PRODUZIR FEZES NORMAIS → Os 4 fatores importantes para um material fecal normal TÉCNICAS PARASITOLÓGICAS (PARA QUE SERVE E PRINCÍPIO DO MÉTODO) → Para que serve o exame parasitológico → Princípio do método parasitológico e escolha do método diagnóstico → Cuidados na coleta → Principais Técnicas PROTOZOÁRIOS → Características → Fases Evolutivas → Tipos de Reprodução → Excreção e Locomoção TRICHOMONAS → Habitat → Ciclo evolutivo → Sintomas → Diagnóstico → Tratamento GIÁRDIA → Habitat → Ciclo evolutivo → Sintomas → Diagnóstico → Tratamento LEISHMANIA → Habitat → Ciclo evolutivo → Sintomas → Diagnóstico → Tratamento ISOSPORA BELLI → Habitat → Ciclo evolutivo → Sintomas → Diagnóstico → Tratamento CRIPTOSPORIDIUM → Habitat → Ciclo evolutivo → Sintomas → Diagnóstico → Tratamento Conceitos Básicos de Parasitologia Portador: hospedeiro que alberga o agente infeccioso sem manifestar sintomas, mas capaz de transmiti-lo. Reservatório: local onde vive, cresce e se multiplica um agente infeccioso, sendo possível a sua transmissão para hospedeiros Classificação de Hospedeiros: Obrigatórios: não sobrevivem fora do hospedeiro (protozoários, vírus...) Facultativos: livres, mas em contato com o hospedeiro (fungos) Parasitismo: Parasitismo : é a associação entre seres vivos onde existe unilateralidade de benefícios , sendo um dos associados prejudicados pela associação (hospedeiro)- tende ao equilíbrio, pois a morte de um resulta na morte do outro . Interdependência de organismos Organismos produtores: Sintetizadores de matéria orgânica Organismos Consumidores: Primários: Que se alimentam dos produtores (Herbívoros, granívoros, frugívoros) Secundários: Carnívoros que se alimentam de herbívoros Terciários: Carnívoros que se alimentam de outros carnívoros Associação entre os seres vivos Mutualismos: Ambas as espécies se beneficiam da associação, sendo obrigatória – considerada por muitos autores como simbiose. Comensalismo: Associação harmônica entre as espécies onde uma obtém vantagens sem prejuízo para a outra. - Ex: E. coli Predatismo: Destruição de uma espécie em benefício da outra. - Ex: carnívoros. Simbiose: Incapazes de viverem isoladamente. - Possuem dependência metabólica. - EX: cupins Ações dos Parasitas sobre os Hospedeiros Ação Esfoliativa Absorção dos nutrientes. Ação Tóxica Produção de substâncias tóxicas. Ação Mecânica Podem ser causadas pelo enovelamento (mistura) de parasitos ou pelo bloqueio na absorção de nutrientes Ação Traumática Provocada pela migração das larvas, rompimento de hemácias por plasmodium falciparum etc. Ação Irritativa Provocada pela ação de ventosas dos cestódeos etc. Ação Enzimática Provocada pela penetração dos parasitos através da pele. Anoxia Parasitos que utilizam o2 da hemoglobina. – Ex: plasmodium Tipos de hospedeiros (definitivo, intermediário); Hospedeiro definitivo: alberga o parasito (terá o parasito em estágio adulto ou em reprodução sexuada) Ex: humano,tênia. Hospedeiro intermediário: alberga o parasito (terá o parasito em estágio larval ou em reprodução assexuada). Ex: suínos e bovinos e tênia Vetores; Vetor: artrópode, molusco, inseto ou outro veículo que transmite o parasito entre hospedeiros. Vetor biológico: é quando o parasito se desenvolve ou multiplica dentro do vetor. Vetor mecânico: é quando o papel do vetor está limitado somente ao transporte do parasito. Tipos de ciclo evolutivo (monóxeno, heteróxeno); Monóxeno: Precisa de apenas de um hospedeiro para completar seu ciclo evolutivo. Heteróxeno: Precisa de dois ou mais hospedeiros para completar seu ciclo evolutivo. Formas de disseminação dos parasitas; → Veículo comum: • Transmissão do agente etiológico através da água, alimentos e ar. • Aquisição passiva. → Propagação pessoa-pessoa: • Via respiratória • Oral – anal • Genital • Através da ação de vetores Taxonomia • É o que dá nome para os seres vegetais e animais. Importante para liberação de laudos. • A primeira palavra corresponde ao gênero e deve estar escrita em letra maiúscula - A segunda palavra corresponde a espécie e deve ser escrita em letra minúscula - As palavras devem ser sempre grifadas ou em itálico. • Ex: Trypanosoma cruzi ou Trypanosoma cruzi. Como produzir Fezes Normais Os fatores importantes para um material fecal normal 1. Dieta balanceada 2. Velocidade normal do trânsito intestinal (sistema nervoso autônomo; plexos miontéricos - coordenam as contrações no trato gastrintestinal) 3. Volume fecal adequado 4. Integridade da mucosa de absorção (o maior importante local de absorção é no duodeno) 5. Coloração marrom acastanhado Cada pedaço de fezes se chama = silabo Técnicas Parasitológicas (Noções básicas, principais técnicas, escolha do método) Para que serve o exame parasitológico O exame parasitológico é um teste realizado com amostras de fezes. Tem como objetivo determinar se há a presença de parasitas intestinais no corpo do paciente. Cuidados na coleta • Se possível fracionar em frascos com tampa e rosca (80ml) • Identificar os dados do paciente no corpo do frasco, e não na tampa • Fezes diarreicas devem ser levadas imediatamente • Se coletado a noite conservar na geladeira • Fezes com substância podem ficar mais tempo antes de levar para o laboratório, pois a substância é para conservar por mais tempo. • O frasco não precisa ser estéril para o exame de fezes, somente limpo. Princípio do método parasitológico e Escolha do método diagnóstico Divisão: a divisão é feita em duas partes, observações macroscópicas e microscópicas Macroscópico: • Consistência (pastosas, líquidas, semi pastosas) • Coloração (marrom, verde, amarelo etc.) • Presença de substâncias estranhas Microscópico: • Visualizar cistos e trofozoítos de protozoários, e de larvas e ovos de helmintos • Diferentes colorações indicam diferentes patologias sendo portanto importante de avaliar. • Pode ser encontrado nas fezes parasito inteiro, fragmentos do parasito, ovos do parasito, larvas do parasito. Principais Técnicas Macroscópicas: → Tamisação: • Que é indicado para a pesquisa de proglótides de Taenia ssp • Diluir as fezes em água de torneira - coar em um tamis - dar jatos de água de torneira e observar macroscopicamente Microscópicas: → Exame Direto A Fresco. • Pesquisa de trofozoíto de protozoários em fezes frescas e diarreicas dissolvidos em solução fisiológica nacl 0,9% - identificação cora se a preparação com salina e lugol • Espalhar as fezes, fazendo um esfregaço e examinar ao microscópio a espessura do esfregaço não deve impedir a passagem de luz → Método De Faust • (Centrifugo flutuação) uma técnica simples e eficiente para a concentração de ovos leves de helmintos (principalmente ancilostomídeos) e cistos de protozoários, utilizando znso4 (sulfatode zinco densidade 1.182). → Método De Willis • Concentração de ovos, oocistos e cistos que usa o princípio da flutuação em solução saturada. Indicação: diagnóstico de ovos, oocistos e cistos em fezes → Método De Rugai Ou Baerman Modificado Por Moraes • Termo hidro tropismo de larvas de nematóide com ajuda da gravidade. → Método De Hoffman, Pons e Janer ou Lutz ou Método De Sedimentação (!) • Fácil realização - Baixo recurso financeiro - Mais utilizados em lab de AC • Permite a pesquisa de ovos e larvas de helmintos e de cistos de alguns protozoários, por exemplo os de Giardia lamblia E Entamoeba histolytica • 2g de fezes em um frasco de borrel e/ou copo plástico com 5ml de água – dissolver com palito de sorvete – acrescentar 20 ml de água – coar (gaze dobrada em 4 e/ou coador em cálice cônico – completar cálice com água – repouso 24h – desprezar líquido – homogeneizar sedimento – com sedimento em lâmina observar no microscópio. → Método De Hall Ou Método De Graham Ou Fita Gomada Ou Swab Anal • Consiste em um exame parasitológico para a pesquisa de ovos de Taenia saginata e Taenia solium e, principalmente, Enterobius vermicularis. O método consiste em colocar uma fita adesiva com a porção aderente em contato com a prega anal. Após esse primeiro procedimento, a fita é, então, colocada em uma lâmina e observada em microscópio. Os ovos prendem se na parte aderente e a própria fita serve de lamínula → Método Kato Katz • Pesquisa de ovos de schistosoma mansoni → Exame Parasitológico Sanguíneo • O exame parasitológico de sangue pode ser realizado por dois métodos diferentes gota espessa e distensão sanguínea • Após a coloração da lâmina, verifica se a existência de hemoparasitos como o Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas), o Plasmodium falciparum (causador da malária), as espécies do gênero Leishmania (causadoras das leishmanioses), e algumas filarioses Protozoários Características Reino: Protista Sub-reino: Protozoa → Protozoários: organismos protistas, eucariontes e constituídos por apenas uma célula (unicelulares); maioria heterotrófico. → Fases Evolutivas: • Cinetoplasto • Corpúsculo basal • Lisossoma • Aparelho de golgi • Retículo endoplasmático liso e rugoso • Mitocôndria • Microtúbulos • Flagelos, cílios e pseudópodes • Axonema • Citostoma Fases Evolutivas → Gametas → Cistos e oocistos → Trofozóitas • O cisto constitui a forma infectante. Os cistos ou trofozoítos são ingeridos pelo homem através da água ou de alimentos contaminados, e a ação das enzimas digestivas provoca o desencistamento, dando origem aos trofozoítos. Tipos de Reprodução → Assexuada: • Brotamento • Endogenia • Esquizogonia • Divisão Binária → Sexuada: • Singamia / Fecundação • Macrogameta • Microgameta Excreção e Locomoção → Excreção: • Difusão através da membrana • Exocitose de vacúolos → Locomoção: • Pseudópodes • Flagelos • Cílios • Microtúbulos Trichomonas • Filo: Sarcomastigophora • Subfilo: Mastigophora • Ordem: Trichomonadida • Família: Trichomonadidae • Gênero:Trichomonas • Espécie: Trichomonas vaginalis e tenax e Pentatrichomonas hominis Habitat → Trichomonas Vaginalis: • Habitat Trato genitourinário feminino e masculino - Não sobrevive fora do sistema urogenital - Não se instala em cavidade bucal ou no intestino • Protozoário causador da tricomoníase • Possuem somente a forma trofozoítica. • Permanência fora do habitat: ▪ Toalhas úmidas: 24 horas ▪ Urina coletada: 3 horas ▪ Sêmem ejaculado: 6 horas ▪ Podem sobreviver a temperaturas de até 40 graus → Trichomonas hominis (Pentatrichomonas hominis): • Habita o trato intestinal humano ig • Não patogênico • Transmissão oral fecal • Ausência de cistos → Trichomonas tenax: • Habita a cavidade bucal humana e placa dental • Não patogênico • Transmissão através da saliva • Ausência de cistos Ciclo evolutivo → T. Vaginalis: • Transmissão através da relação sexual • Parasito sobrevive por uma semana sobre prepúcio do homem sadio • Podem ser levados à vagina pela ejaculação • Fraca transmissão através de fômites → Fatores que alteram a parasitose: • Alteração da flora bacteriana • Diminuição do glicogênio • Capacidade de revestimento com proteínas plasmáticas do hospedeiro para evasão do sistema imunológico → Mecanismos de proteção do hospedeiro • Menstruação • Presença do bacilo de döderlein Sintomas → Mulher: • Período de incubação: 20 dias • Vaginite caracterizada por: • Corrimento com odor amarelado - esverdeado • Prurido e irritação vulvovaginal • Ph alcalino • Dor nas relações sexuais • Frequência miccional → Complicações na Gravidez: • Alterações na membrana fetal • Ruptura prematura de membrana • Baixo peso de recém-nascido • Endometrite • Fertilidade: inibição da passagem dos espermatozóides ou óvulos • Natimorto e morte neonatal → Homem: • Se desenvolve melhor pela presença do glicogênio • Pode ser assintomática • Uretrite com fluxo leitoso ou purulento • Sensação de prurido na uretra • Secreção matinal (antes da primeira urina) clara, viscosa e pouco abundante • Desconforto ao urinar → Complicações no Homem: • Prostatite; Balanopostite (glande e prepúcio); Cistite; Epididimite ➢ O t.vaginalis pode amplificar a transmissão do vírus da imunodeficiência humana através de: Aumento das lesões e sangramento de mucosa - Capacidade de degradação do inibidor de protease leucocitária secretória (HIV) Diagnóstico → Clínico: • Difícil realização através dos sinais e sintomas → Imunológico: • Aglutinação • If direta e indireta • Elisa → Homens: • Não realizar higienização e não urinar antes da coleta • É mais bem encontrado no sêmen do que na urina/ esfregaços uretrais. • Centrifugação e análise do sedimento • Secreção uretral e material subprepucial • Swab umedecido em solução isotônica → Mulheres: • Coleta de material para mulheres • Não realizar higienização matinal de 18 a 24hrs antes da coleta • Maior concentração logo após a menstruação • Coleta de material através de swab → Parasitológico • Exame direto de esfregaços à fresco - visualização da motilidade do parasito: análise imediata do material - corados ou não corados - coloração: laranja de acridina, giemsa, leishman, gram e hematoxilina férrica. • Cultura em meios específicos contendo penicilina e streptomicina • Cplm, tym, sts Tratamento → Tratamento para paciente e parceiro • Metroinidazol: 10 dias • Ornidazol: 5 dias • Tinidazol: dose única • Nimorazol: 6 dias Giárdia Reino: Protozoa Filo: Sarcomastighophora Subfilo: Mastigophora Ordem: Diplomonadida Família: Hexamitidae Gêneros: Giardia Espécie: Giardia duodenalis (G.lamblia e Giardia intestinalis) • Doença: giardose • Morfologia: trofozoítos e cistos. • Parasita monóxeno e eurixeno. • Divisão por fissão binária longitudinal. • Disco suctorial: responsável pela aderência do parasito • Axonemas: eixo por onde passam os flagelos em trajeto intracelular. • Blefaroplasto: aglomerado de cromatina responsável pela formação do flagelo • Corpos parabasais ou medianos: formado por microtúbulos e proteínas contráteis • Flagelos: responsáveis pela locomoção do parasito • Giardose encontrada em todo mundo. • Alta prevalência em crianças por maus hábitos higiênicos. Habitat Habitat: duodeno e jejuno. Raramente em vesícula biliar e condutos biliares. Via de transmissão: ingestão de cistos em alimentos e bebidas contaminadas e atividade sexual: fecal – oral. Hospedeiros: homeme mamíferos em geral, aves e répteis. • Citoplasma com presença de retículo endoplasmático, aparelho de golgi, ribossomos e glicogênio. Ausência de mitocôndria Ciclo evolutivo • Do parasita se inicia quando o indivíduo ingere os cistos. Ao chegar no intestino delgado, se alimentam, se reproduzem e liberam os cistos através das fezes do hospedeiro, onde o ciclo se reinicia. • A prevenção dessa doença pode ser feita fervendo a água de beber, lavar as verduras e frutas e lavar as mãos antes das refeições. • Ingestão do cisto – desencistamento no estomago pela ação do PH ácido – liberação dos trofozoítos no jejuno e duodeno – aderência a superfície da mucosa - o ciclo se completa pelo encistamento do parasito, principalmente no ceco, e sua eliminação para o exterior através das fezes formadas. • Influência do ph intestinal • Estímulo de sais biliares • Destacamento do trofozoíto da mucosa • No interior do cisto ainda ocorre a nucleotomia. • Resiste no ambiente por 2 meses. • Dois trofozoítos são liberados de cada cisto. Sintomas → Quadro agudo: • Diarreia com má absorção intestinal • Cólicas • Fraqueza • perda de peso. → Crianças: → Sintomas associados à irritabilidade → Insônia → Náuseas → Vômito. → Quadro crônico: • Esteatorreia • Perda de peso e má absorção. Diagnóstico Realizado através do exame de fezes (este exame, procura-se detectar proteínas liberadas pelo protozoário). Tratamento O tratamento, na maioria dos casos não é necessário, uma vez que a doença se resolve espontaneamente ou com medicamentos para os sintomas e contra o protozoário Derivados nitroimidazólicos: • metronidazol • ornidazol • tinidazol • nimorazol • 5 dias de tratamento Leishmania Família: Trypanossomatidae Protozoário unicelular → Espécies: • Leishmania denovani: agente etiológico da leishmaniose visceral ou calazar; • Leishmania tropica: agente etiológico da leishmaniose cutânea; • Leishmania braziliensis: agente etiológico da leishmaniose cutaneomucosa, espúndia ou úlcera de Bauru. Forma promastigota e paromastigota: flageladas, livres ou aderidas ao trata digestivo dos hospedeiros invertebrados. Forma amastigota: sem flagelo, intracelular. Hospedeiros vertebrados: podem hospedar diversos mamíferos, mas os mais comuns são roedores e canídeos. Pode parasitar humanos. Hospedeiro invertebrado: fêmeas de flebotomíneos, insetos hematófagos. São responsáveis pela transmissão do agente. Geralmente são do gênero • A Leishmaniose, também chamada de úlcera de Bauru, é causada pelo protozoário Leishmania brasiliensis. Essa doença é adquirida através do mosquito flebótomo, contaminado com protozoários Leishmania braziliensis. Habitat • O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas. • As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico. Ciclo evolutivo Uma vez inoculado no hospedeiro, o parasita se desenvolve dentro dos macrófagos (células do sistema imune, que realizam fagocitose). O ciclo de vida do parasita é semelhante ao do Trypanosoma cruzi. → Heteróxenos: completam seu ciclo de vida evolutivo em pelo menos dois hospedeiros. Sintomas • Feridas na pele, mucosas, lábios e nariz • Febre irregular, prolongada; • Anemia; indisposição; • Palidez da pele e ou das mucosas; • Falta de apetite; perda de peso; • Inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. • Protozoário pode ter como reservatório: roedores, marsupiais silvestres e animais domésticos. Diagnóstico • PCR • Exame direto: É realizado aspirado de baço, medula óssea, linfonodos e fígado, é coletado uma gota, coloca na lâmina e é feito a busca por amastigotas. • Testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência) • Punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos. Tratamento Já o tratamento, pode ser de duas maneiras: o corpo mesmo resolve espontaneamente ou com o uso de medicamentos específicos Isospora Belli Filo: Apicomplexa Classe: Sporozoea Subclasse: Coccidia Ordem: Eucoccidiida Subordem: Eimeriina Família: Eimeriidae Gênero: Isospora Habitat Parasitos encontrados em várias espécies de aves e outros animais como o gado, cordeiros etc. Transmissão: é via fecal-oral por meio de alimentos ou água contaminados com fezes de uma pessoa infectada. Ciclo evolutivo • Ingestão de oocistos esporulados e liberação dos esporozoítos na luz intestinal • Invasão das células epiteliais da mucosa do intestino delgado-íleo • Diferenciação em trofozoítos e divisão por esquizogonia com produção de meronte • Lesão celular, liberação dos merozoítos e nova invasão celular • Diferenciação em gametócitos e formação do oocisto • A célula única divide se em duas com produção do esporoblasto • No solo: esporogonia. Os esporoblastos produzem membrana cística produzindo o esporocisto - maturação completa ocorre quando cada esporocisto produzir 4 esporozoítos - processo que ocorre entre 1 e 3 dias. Sintomas • Pode ser assintomático em imunocompetente – cura em aproximadamente 40 dias • Desenvolvimento de síndrome de má absorção. • Perda do apetite • Astenia • Dor de cabeça • Náusea • Evacuações com cólicas e dores abdominais. • Início pode ser súbito com febre e diarreia Diagnóstico → Padrão Ouro: Pesquisa de Fezes → Pesquisa de oocisto não esporulado nas fezes: método de safranina /azul de metileno → Métodos de concentração pela dificuldade de encontro dos oocistos nas fezes → Aparecimento dos parasitos após duas semanas de infecção. Tratamento Sulfametoxazol trimetropima Metronidazol e quinacrina Cryptosporidium ssp. Filo: Apicomplexa Classe: Sporozoa Subclasse: Coccidia Ordem: Eucoccidiida Subordem: Eimiriina Família: Criptosporidiidae Gênero: Cryptosporidium • Doença: criptosporidiose • Parasitos encontrados em grande número de animais: mamíferos, aves, répteis e peixes • As espécies de aves e mamíferos podem contaminar o homem. • Protozoário causador de diarreia • São álcool ácidos resistentes Habitat → Vias de Transmissão: • Pessoa a pessoa; • Animal a pessoa - Fezes dos animais contaminadas por oocistos; • Ingestão ou inalação de oocistos esporulados • Alimentos infectados; • Água infectada. • Recreação em áreas contaminadas Ciclo evolutivo • Ingestão de oocisto esférico contendo 4 esporozoítos • Liberação dos esporozoítos no intestino delgado - desencistamento e exposição à temperatura corporal, ao ácido gástrico, à tripsina e a sais biliares. • Invasão do esporozoíto na membrana celular sem invasão citoplasmática. Sintomas • Enterocolite aguda com cura espontânea de 1 a 2 semanas • Sintomas mais severos em crianças • Imunocompetentes: quadro benigno e autolimitante com duração de 10 dias. • Dor abdominal • Anorexia • Febre, • Dor de cabeça • Náusea • Vômito • Desregula o ciclo intestinal; • Má absorção de nutrientes; → Imunodeficientes: • Diarreia crônica que pode durar meses • Evacuação frequente e volumosa • Desequilíbrio eletrolítico • Cólicas, flatulência, dor epigástrica, • Náusea, vômito, anorexia e mal-estar • Desidratação e caqueixa • Mortalidade elevada • Resistência a antimicrobianos Diagnóstico • Pesquisa de oocisto em material de biópsia intestinal - biópsia intestinal; • Pesquisa de oocisto nas fezes - exame de fezes; •Elisa e imunofluorescência indireta • Pcr - sorologia: detectar anticorpos. Tratamento • Cura espontânea para imunocompetentes • Sem tratamento eficaz para imunodeficientes • Nitazoxanida; • Azitromicina; • Espiramicina; • Reidratação
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