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GRAN - DIREITO TRIBUTARIO - PROCESSO

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DIREITO PROCESSUAL TRIBUTÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA E IDENTIFICAÇÃO DE PEÇAS 
Hipótese de incidência em geral, o momento em que acontecer aquilo que está escrito no Código. 
Pergunta-chave: o que? 
Fato gerador aconteceu.
Exemplo: o dia em que alguém matar (hipótese de incidência). João matou (fato gerador). 
Exemplo 2: 
· O dia em que alguém ganhar dinheiro (hipótese de incidência). 
· João ganhou dinheiro (fato gerador). 
· Surge uma obrigação tributária principal. 
A obrigação do pagamento só pode ser cobrada pelo fisco quando houver o lançamento. 
Lançamento constitui o crédito tributário, torna o crédito exigível e indica quem deve, o que deve e quanto deve. 
Sinônimos de lançamento: notificação, auto de infração, autuação, crédito constituído, crédito exigível, multa, interdição, apreensão. 
ATENÇÃO
Estas são palavras que podem mudar a peça: se não tem lançamento, autuação, notificação, ou seja, se o lançamento ainda não ocorreu > pode-se ajuizar a primeira peça: Ação Declaratória de inexistência de relação jurídica ou Mandado de Segurança Preventivo. 
Portanto, declare que a relação jurídica não existe para não acontecer a notificação. Ou, entre logo com um Mandado de Segurança Preventivo para nem lançar. 
Agora, no momento em que a prova indica que autuou, notificou, exigiu, ou seja, ocorreu o lançamento > Ação Anulatória de Débito Fiscal ou Mandado de Segurança Repressivo, até antes da Execução Fiscal. 
Então, anule o lançamento que já ocorreu. Ou entre com um Mandado de Segurança Repressivo para reprimir a notificação. 
Continuando: a partir do momento que a prova indicar que houve Execução Fiscal e garantia do juízo (por meio de depósito, fiança bancária ou nomeação de bens a penhora) > Embargos à execução fiscal. 
Portanto, executou e garantiu o juízo > embargou. 
Se o crédito foi constituído e pago de maneira correta em 30 dias > o pagamento correto gera a extinção do crédito tributário. 
E se o crédito foi extinto, não tem peça para ser feita. 
Logo, se no momento da prova for observado que o pagamento foi feito > este pagamento estará errado. Caso contrário, não teria peça para ser feita. 
Continuando: em caso de pagamento indevido > pedido de restituição > Ação de Repetição de Indébito. 
Ação de Consignação: 
• Diante da recusa do recebimento; 
• Bitributação;
• Subordinação; 
Reforçando: 
· Não tem lançamento, notificação, autuação > Peça: Declaratória ou MS Preventivo. 
· Autuou, notificou, lançou > Peça: Anulatória ou MS Repressivo. 
· Executou e garantiu o juízo > Embargou. 
· Pagou, descontou e recolheu > Peça: Repetição de Indébito. 
Exemplo 1: o Presidente da República editou uma Medida Provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. 
Obs.: esta é uma frase de Direito Material e não é o Direito Material que vai determinar a peça. A peça é escolhida pelo momento da relação jurídica no qual se encontra. 
Qual o Direito Material desta peça? Lembre-se das 4 matérias de lei complementar em tributário: 
· Norma Geral; 
· Empréstimo Compulsório; 
· IGF; 
· Residual. 
Então, o Direito Material desta peça é que norma geral não pode ser feita por meio de medida provisória. Deve ser feita por meio de lei complementar > art. 146, III, CF e art. 62, § 1o, III, CF > Violação ao princípio da legalidade. 
Imagine que a prova só indicou que “o Presidente da República editou uma Medida Provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário” e pediu para redigir uma peça cabível. É necessário observar que: 
· Teve decisão? Não, então não cabe recurso. 
· Houve execução? Não, então não pode ser embargos. 
· Houve pagamento? Não, então não pode ser repetição. 
· Autuou, notificou ou lançou? Não, então não pode ser anulatório ou repressivo. 
Se nada aconteceu (não teve decisão, execução, pagamento, lançamento) > resta a Declaratória ou MS Preventivo. 
Exemplo 2: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. João nada fez e acabou sendo autuado pelo não recolhimento do tributo. 
Perceba que o Direito Material é o mesmo > a medida provisória não pode estabelecer norma geral, pois norma geral tem que ser feita por meio de lei complementar. 
E veja também que no exemplo: 
· Não teve decisão > não pode ser recurso. 
· Não houve execução > não pode ser embargo. 
· Não houve pagamento > não pode ser repetição. 
· Mas teve autuação, ou seja, houve lançamento > pode fazer uma Ação Anulatória ou Mandado de Segurança Repressivo. 
Logo, o Direito Material é o mesmo, mas o momento da relação jurídica é outro. E foi o momento da relação jurídica que determinou a peça. 
Exemplo 3: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. João nada fez, foi autuado e inscrito em dívida ativa. 
O Direito Material ainda é o mesmo > Violação ao princípio da legalidade. 
· Não teve decisão > não pode ser recurso. 
· Não houve execução > não pode ser embargo. 
· Não houve pagamento > não pode ser repetição. 
· Houve autuação, ou seja, lançamento. 
· Além disso, o exemplo também indica que houve inscrição em dívida ativa. Lembre-se que até antes da execução pode-se fazer uma Ação Anulatória ou Mandado de Segurança Repressivo. 
Exemplo 4: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. João nada fez, foi autuado e inscrito em dívida ativa. E, ao ser inscrito em dívida ativa, foi ajuizada uma ação de execução fiscal contra o João e João efetuou a garantia do juízo. 
O Direito Material ainda é o mesmo > medida provisória não pode legislar sobre norma geral. Tem que ser por lei complementar, sob pena de violar a legalidade. 
Observe que: 
· João foi autuado > Anulatória ou MS Repressivo. 
· João inscrito em dívida ativa > Ainda é Anulatória ou MS Repressivo. 
· Porém, o exemplo indica que houve ajuizamento de execução com a garantia do juízo > aconteceu um avanço na relação jurídica > a peça muda. 
· Executou e garantiu o juízo > embargos à execução fiscal. 
Exemplo 5: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário > O Direito Material ainda é o mesmo > medida provisória não pode legislar sobre norma geral. Tem que ser por lei complementar, sob pena de violar a legalidade. 
· Perceba que, até aqui, nada aconteceu > Ação Declaratória ou MS Preventivo. 
· Mas o exemplo continua e indica que João foi autuado > Anulatória ou MS Repressivo. 
· Porém, além de ter sido autuado, João foi inscrito em dívida ativa > Anulatória ou MS Repressivo. 
· Além de inscrição em dívida ativa, o João foi executado (e houve a garantia do juízo) > embargos à execução fiscal. 
· Mas, agora, João ficou com receio e pagou a dívida > Peça: Repetição de Indébito para pedir a restituição. 
Exemplo 6: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário > O Direito Material ainda é o mesmo > medida provisória não pode legislar sobre norma geral. Tem que ser por lei complementar, sob pena de violar a legalidade. 
· Se nada aconteceu > Ação Declaratória ou MS Preventivo. 
· Se houve lançamento > Anulatória ou MS Repressivo. 
· Se lançou e foi inscrito em dívida ativa > Anulatória ou MS Repressivo. 
· Se foi inscrito em dívida ativa e pagou > Repetição de Indébito. 
· Mas, agora, João ajuizou inicial de repetição > foi proferida uma Decisão > cabem Recursos. 
ESTRUTURA DAS INICIAIS 
Não dá tempo para fazer o rascunho na hora da prova. Portanto, faça um esqueleto da peça com 11 tópicos essenciais. 
Faça 2 leituras da peça: 
· 1o leitura > identificar apeça. Não leia apenas uma vez, tentando identificar a peça e o direito material, ao mesmo tempo. 
· 2o leitura > identificar uma possível preliminar ou direito material. 
Estrutura das peças – estrutura das iniciais 
1. Endereçamento 
2. Qualificação da parte Autora / Impetrante / Embargante / Excipiente / Apelante / Agra- vante / Recorrente + ADVOGADO 
3. Fundamento da PEÇA
4. Nome da Peça
5. Qualificação da parte RÉ / Autoridade Coatora / Embargado / Excepto / Apelado / Agravado / Recorrido 6. Dos Fatos 
7. Cabimento / Tempestividade (Por que fiz esta peça? Qual o prazo?)
8. Preliminar de Mérito – quando houver.
9. Antecipação de Tutela / Liminar / Garantia do Juízo / Efeito Suspensivo / Depósito... 
(tópico 9 muda de peça para peça)
10. Fundamentação Jurídica específica de cada caso. (Direito Tributário) 
11.Pedidos.
Toda a peça (penal, civil, trabalho, empresarial, etc) é estruturada em 11 tópicos. 
ENDEREÇAMENTO 
Art. 319, I do CPC: juízo a que é dirigida. 
· Se o tributo for federal, em regra, as ações são ajuizadas para a Justiça Federal. 
· Arts. 153 e 154, CF 
–  Taxa > pode ser da União – Art. 145, II, CF. 
–  Contribuição de melhoria > pode ser da União – Art. 145, III, CF. 
–  Contribuição Social > pode ser da União – 98% das contribuições sociais são da União. Art. 149, CF. 
–  Empréstimo Compulsório > necessariamente é da União – Art. 148, CF. 
FEDERAIS – Justiça Federal. 
Exemplo: “Ao juízo da... Vara Federal da Seção Judiciária.” 
Dicas: evite mudar o estilo do endereçamento, faça sempre o mesmo. E se a questão não identificar a vara, não invente uma. Lembre-se: se o candidato inventar qualquer informação que não esteja na prova, ele é eliminado. 
ESTADUAIS / MUNICIPAIS / DISTRITAIS → Justiça Estadual 
· Se o tributo for estadual, municipal ou distrital, em regra, as ações são ajuizadas para a Justiça Estadual. 
· Tributos Estaduais > Art. 155, CF. 
· Tributos Municipais > Art. 156, CF. 
· Tributos Distritais > Art. 147, CF. Lembrando que o DF tem competência cumulativa > soma as competências dos Estados e dos Municípios.
Exemplo: “Ao juízo da... Vara de Fazenda Pública da Comarca do Município do 
EMPRESA PÚBLICA – ART. 109, I, CF 
Administração Pública Direta: 
• União;
• Estado;
• DF;
• Município. 
Administração pública indireta: 
· Autarquia; 
· Fundação; 
· Empresa Pública; 
· Sociedade de Economia Mista. 
a) Federal → Se a União, Autarquias Federais ou Empresas Públicas Federais tiverem interesse na causa, pelo art. 109, I, CF elas puxam a competência e, necessariamente, serão julgadas na Justiça Federal. 
O exemplo é o mesmo: “Ao juízo da... Vara Federal da Seção Judiciária.”
b) Estadual / Distrital / Municipal → em regra, as ações serão julgadas na Justiça Estadual. Salvo se o tributo for federal, pois sempre que a União, Autarquias Federais ou Empresas Públicas Federais tiverem interesse na causa > a competência é puxada > ação julgada na Justiça Federal. 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – Súmula n. 508 e n. 517 do STF 
a) Federal / Estadual / Distrital / Municipal → julgadas na Justiça Estadual. Sociedade de economia mista federal (exemplo: Banco do Brasil ou Petrobras), mesmo sendo da União, não puxam a competência. 
b) Salvo se o tributo for federal, pois, neste caso, a União tem interesse na causa > a competência é puxada > ação julgada na Justiça Federal. 
Exemplos: 
· Imposto de Renda (Federal) > Justiça Federal. 
· IPVA (Estadual) > Justiça Estadual. 
· IPTU (Municipal) > Justiça Estadual. 
· Imposto de Renda + Empresa Pública Federal > Justiça Federal. Dois motivos: o imposto é da União e a empresa pública é federal. 
· Imposto de Renda + Empresa Pública Estadual > Justiça Federal. Porque o imposto é da União. 
· IPVA + Empresa Pública Federal > Justiça Federal. Porque a empresa pública federal puxa a competência > art. 109, I, CF. 
· IPVA + Sociedade de Economia Mista Federal > Justiça Estadual. Porque a sociedade de economia mista, mesmo que seja da União, não puxa competência. 
*Juizados em causas de até 60 salários mínimos. 
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL
Exemplo: “Ao juízo do Juizado Especial Federal.” 
JUIZADO ESPECIAL ESTADUAL 
Exemplo: “Ao juízo do Juizado Especial Estadual.” 
QUALIFICAÇÃO DA PARTE AUTORA 
CPC
Art. 319.
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o ende- reço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu + ADVOGADO (Art. 106, I, do CPC). 
PESSOA FÍSICA + ADVOGADO 
Exemplo: “João, nacionalidade, estado civil, profissão, RG n..., CPF n..., email, residente e domiciliado na... devidamente representado por seu advogado legalmente constituído com procuração nos autos do processo e escritório profissional localizado na..., onde receberá as intimações.” 
Não invente informações. Se a prova não especificou a nacionalidade, estado civil, profissão etc., não invente na peça. Não corra o risco de identificação de peça. 
O texto como está no exemplo não muda. Seja para qualificar qualquer indivíduo, a estrutura textual será a mesma. Faça a qualificação da parte autora uma linha abaixo do endereçamento. Não existe a necessidade de pular mais linhas. 
PESSOA JURÍDICA + ADVOGADO 
Exemplo: “Extra, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n..., inscrição estadual n..., email, por meio de seu representante legal, com sede na... devidamente representado por seu advogado legalmente constituído com procuração nos autos do processo 
e escritório profissional localizado na..., onde receberá as intimações.” 
Não diga que o Extra é um mercado. Pode ser um mercado, um jornal ou uma padaria. De modo geral, não escreva nada que não está expresso no comando da questão. 
“Representante legal” > sócio-administrador, sócio-gerente, etc. Quem está à frente da empresa. 
Reforçando: a qualificação é um texto engessado. Ou seja, sempre será a mesma estrutura/o mesmo texto para qualificar pessoa física ou jurídica + advogado. 
FUNDAMENTO DA AÇÃO / NOME DA AÇÃO 
Toda a peça terá um artigo que a justifica. 
Use o Código para verificar os nomes das ações e os artigos. 
	FUNDAMENTO DA AÇÃO 
	NOME DA AÇÃO 
	Art. 19, I, CPC.
Arts. 300 e 303, CPC. 
	Ação DECLARATÓRIA de inexistência de relação jurídica tributária com TUTELA PROVISÓRIA (Urgência ou Evidência). 
	Art. 38, da Lei n. 6.830/1980. 
Arts. 300 e 303, CPC. 
	Ação ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL com TUTELA PROVISÓRIA (Urgência ou Evidência). 
	Art. 5o, LXIX, CF.
Arts. 1o e 7o, III, da Lei n. 12.016/2009. 
	Mandado de Segurança Preventivo ou Repressivo com liminar. 
	Art. 5o, LXX, CF.
Arts. 21 e 7o, III, da Lei n. 12.016/2009. 
	Mandado de Segurança Coletivo com liminar. 
	Art. 335, CPC.
	Contestação.
	Arts. 165, I e 166, CTN. 
	Ação de REPETIÇÃO DE INDÉBITO. 
	Art. 164, CTN. 
*A depender da situação (recusa, bitributação, subordinação) o inciso aplicado irá mudar. 
	Ação de CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. 
	Arts. 2o e 6o da Lei n. 6.830/1980. 
	Ação de Execução Fiscal. 
	Art. 2o da Lei n. 8.397/1992. 
	Medida Cautelar Fiscal. 
	Art. 16 da Lei n. 6.830/1980. 
*A depender da situação, o inciso aplicado irá mudar. 
Art. 919, § 1o, CPC. 
	Ação de Embargos à Execução Fiscal com Efeito Suspensivo. 
	Art. 5o, XXXIV, “a” e XXXV, CF 
Súmula n. 393, STJ 
	Exceção de Pré Executividade. 
QUALIFICAÇÃO DA PARTE RÉ 
Deve seguir a seguinte indicação do Art. 319, II, do CPC: 
Art. 319. A petição inicial indicará:
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;O réu em matéria tributária, proveniente de ações do contribuinte será sempre: FEDERAL, devendo-se usar a expressão “em face da União...”; ou, ESTADUAL, devendo-se usar a expressão “em face do Estado...”; ou, MUNICIPAL, devendo-se usar a expressão “em face do Município de...”; ou, DISTRITAL, devendo-se usar a expressão “em face do Distrito Federal”. 
ATENÇÃO - Evitar a expressão FAZENDA PÚBLICA. JAMAIS entrar contra a Secretaria da Fazenda Nacional ou Secretária Estadual, uma vez que órgão não tem personalidade jurídica. 
Deste modo, a qualificação da União, por exemplo, segue o seguinte modelo: 
“em face da União, pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu representante legal, com domicílio no local de sua repartição (Art. 127, III, CTN), pelos fatos e funda- mentos jurídicos que a seguir serão expostos...” 
Este modelo deve ser elaborado para os quatro possíveis réus das ações declaratórias, das ações anulatórias, de embargos, de repetição e de consignação. 
CUIDADO: no Mandado de Segurança, fala-se em autoridade coatora. Deste modo, o pedido de segurança é contra uma pessoa que praticou o ato contrário e não contra um ente público. 
Em tributário há quatro autoridades coatoras:
· No âmbito FEDERAL: Delegado da Receita Federal;
· No âmbito ESTADUAL: Delegado da Receita Estadual;
· No âmbito MUNICIPAL, nos casos de IPTU e/ou ITBI e/ou Contribuição de Melhoria: Diretor de Departamento de Renda Imobiliária, pois está-se diante de bens imóveis.
· No âmbito MUNICIPAL, nos casos de ISS e/ou Taxas: Diretor do Departamento de Renda Mobiliária, pois está-se diante de poder de polícia.
Exemplo de qualificação em Mandado de Segurança no âmbito Estadual: “em face do Delegado da Receita Estadual, servidor do Estado _, pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu representante legal, com domicílio no local de sua repartição, pelos fatos e fundamentos jurídicos que a seguir serão expostos... 
Lembrando que no caso do DF, a depender da matéria tributária estadual ou municipal, tem-se: 
· No âmbito de matéria tributária ESTADUAL: Delegado da Receita Distrital; 
· No âmbito de matéria tributária MUNICIPAL, nos casos de IPTU e/ou ITBI e/ou Con- tribuição de Melhoria: Diretor de Departamento de Renda Imobiliária. 
· No âmbito de matéria tributária MUNICIPAL, nos casos de ISS e/ou Taxas: Diretor do Departamento de Renda Mobiliária. 
CAUSA DE PEDIR – DOS FATOS 
Os fatos são a parte mais importante, pois dá conhecimento da causa ao juiz. 
Não há pontuação específica dos fatos no Exame de Ordem, mas fazem parte da estrutura formal da peça. 
Neste sentido, o candidato deve escrever o tópico na peça, como neste exemplo: 
I – DOS FATOS 
Fundamenta-se no Art. 319, III do NCPC: 
Art. 319. A petição inicial indicará:
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
Neste tópico constam:
· O que aconteceu?
· Devendo ser copiado o comando da questão. 
· Parágrafo final para introdução do mérito/direito
· Devendo ser adaptado em cada peça.
Exemplo de parágrafo para introdução do direito/da fundamentação, correspondente a dois pontos no cômputo da peça:
“Não restou outra alternativa a não ser ingressar no judiciário em face...”
Para indicar a legalidade, a isenção ou a imunidade, antecipando-os, como segue:
“Não restou outra alternativa a não ser ingressar no judiciário em face...
da violação ao princípio da legalidade já que as normas gerais devem ser feitas por LC e não por LO – art. 146, III, CF” 
DO CABIMENTO DAS AÇÕES E TEMPESTIVIDADE 
Cabimento significa o motivo, o porquê da ação.
O candidato deve usar as palavras do comando da questão.
A tempestividade se refere ao prazo para ingresso da peça, ou seja, quanto tempo a parte possui para seu ajuizamento. 
	AÇÃO 
	CABIMENTO 
	PRAZO 
	AÇÃO DECLARATÓRIA
	Antes do lançamento 
	5 anos 
	AÇÃO ANULATÓRIA
	Após o lançamento 
	5 anos 
	MS PREVENTIVO
	Antes do lançamento 
	Não tem 
	MS REPRESSIVO
	Após o lançamento 
	120 dias
Art. 23 12.026/2009 
	MS COLETIVO
	Partido Político / CN / Sindicato / Org/Ass legal 1 ano 
	Se repressivo: Não tem 
Se repressivo: 120 dias 
	CONTESTAÇÃO
	Ajuizamento da inicial 
	15 dias (regra)
30 dias (Art. 183, CPC) 
	REPETIÇÃO DE INDÉBITO
	Pagamento indevido 
	5 anos (Art. 169, I, CTN) 
	CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
	Recusa em receber 
Bitributação 
Subordinação 
	5 anos (Art. 169, I, CTN) 
	AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL
	CDA válida 
	5 anos 
	MEDIDA CAUTELAR FISCAL
	Dilapidação do patrimônio do executado 
	60 dias para converter 
Art. 11, Lei n. 8.397/1992 
	EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
	Execução + garantia ou fiança/seguro
ou penhora 
	30 dias
Art. 16, Lei n. 6.830/1980 
	EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE
Não é inicial, nem ação/processo. Trata-se de uma peça incidental (protocolada no meio da execução fiscal)
	Defesa na execução para alegar matéria de ordem pública conhecida de ofício que não demande dilação probatória (preliminares) 
	Não tem 
CAUSA DE PEDIR: PRELIMINAR DE MÉRITO: SE HOUVER... 
Fundamenta-se no Art. 337 do NCPC:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
Aplicável em matéria tributária, tem-se: 
1. Causas do artigo 156 do CTN: extinção do crédito tributário (pagamento; compensação; transação; remissão; prescrição e a decadência; conversão de depósito em renda; pagamento antecipado e a homologação do lançamento; consignação em pagamento; decisão administrativa irreformável; decisão judicial passada em julgado; dação em pagamento em bens imóveis). 
2. (I) OU Legitimidade de Parte 
Conforme Súmula 447 do STJ e Art. 135, II do CTN. 
3. Vício na CDA 
Conforme Art. 202 do CTN, referente à validade da CDA; e, Conforme Art. 203 do CTN, referente omissão de requisitos da CDA; 
CAUSA DE PEDIR – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA / LIMINAR / EFEITO 
A depender do tipo da ação, a causa de pedir será diferente:
· Em Ações Declaratórias será Tutela para suspender a exigibilidade do crédito.
· Em Ações Anulatórias será Tutela para suspender a exigibilidade do crédito.
· No Mando de Segurança, seja ele qual for, será Liminar para suspender a exigibilidade do crédito.
· Nos Embargos será o efeito Suspensivo para suspender a execução e garantir o juízo. Na Repetição será a Correção monetária e os Juros pois haverá restituição.
· Na consignação será o depósito do montante integral em dinheiro para suspender a exigibilidade do crédito.
Lembrando que a EPE (Exceção de Pré-Executividade) não é inicial e, portanto, não possui esse tópico.
Em todos os tipos, trata-se de uma redação padrão que, na maioria das vezes, altera-se apenas algumas palavras. 
DIREITO 
O direito é a tese, a fundamentação jurídica, o direito material tributário. Podendo ser, por exemplo, a legalidade, a isenção, a imunidade etc. 
A dica seria responder as seguintes questões: Sim ou não? Por quê? Justifique a sua resposta. Onde está isso em seu código? 
Outra dica é consultar o índice remissivo do código e seguir a hierarquia normativa: CF, CTN, Súmulas e Legislação. 
PEDIDOS 
Os pedidos possuem uma ordenação, a partir do esqueleto da ação, já estudada, a saber: 
5. Qualificação da parte Ré / Autoridade coatora / Embargado / Excepto / Apelado / Agravado / Recorrido. 
7. Do cabimento e da Tempestividade.
8. Preliminar de Mérito – quando houver.
9. Antecipação de Tutela / Liminar / Garantia do juízo / Efeito Suspensivo / Depósito... 
10. Fundamentação Jurídica específica de cada caso. 
· Constituição. 
· Código Tributário Nacional. 
· Súmula. 
· Legislação específica.
Além dos quatro pedidos seguintes:
e) custas, conforme Art. 85, § 3o, CPC, e honorários advocatícios;
f) todas as provas admitidas em Direito, conforme Art. 319, VI, CPC;
g) seja dispensada a audiência de conciliação, conformeArt. 319, VII, CPC; 
h) intimação no endereço do advogado, conforme Art. 106, I, CPC; 
Indicação do valor da causa e finalizar com os termos/dados padronizados: 
Nestes termos, pede deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB 
DIFERENÇAS ENTRE AÇÃO DECLARATÓRIA, AÇÃO ANULATÓRIA E MANDADO DE SEGURANÇA (MS) 
QUADRO PARA DIFERENCIAR AS AÇÕES DECLARATÓRIA, ANULATÓRIA, MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO E REPRESSIVO 
	
	Declaratória 
	Anulatória 
	MS Preventivo 
	MS Repressivo 
	Medida mais célere 
	OK 
	OK
	OK
	OK
	Medida mais ágil 
	OK
	OK
	OK
	OK
	Prova meramente documental 
	OK
	OK
	OK
	OK
	Passou – de 120 dias 
	OK
	OK
	OK
	OK
	Passou + de 120 dias 
	OK
	OK
	OK
	‒\\‒  
	Remédio Constitucional 
	‒\\‒  
	‒\\‒  
	OK
	OK
	Necessidade de dilação probatória (pro- dução de provas) 
	OK
	OK
	‒\\‒  
	‒\\‒  
	Não há condenação em honorários advocatícios (sucumbenciais) 
	‒\\‒  
	‒\\‒  
	OK
	OK
	Ação com menor ônus possível 
	‒\\‒  
	‒\\‒  
	OK
	OK
O básico: 
· Declaratória: antes do lançamento. 
· Anulatória: após o lançamento. 
· MS Preventivo: antes do lançamento. 
· MS Repressivo: após o lançamento. 
A medida mais célere é, necessariamente, o mandado de segurança? Não. Perceba que a medida mais célere não está ligada ao mandado de segurança em si e sim à liminar que suspende a exigibilidade do crédito. 
Da mesma maneira, a medida mais célere não está ligada à declaratória ou anulatória, mas está ligada à tutela. 
Portanto, se a prova pede para redigir a medida mais célere, pode ser uma declaratória (antes do lançamento e se tiver tutela para suspender a exigibilidade do crédito), uma anulatória (após o lançamento e se tiver tutela para suspender a exigibilidade do crédito) ou um mandado de segurança preventivo ou repressivo (antes ou depois do lançamento) se tiver liminar. 
ATENÇÃO - Não vincule medida mais célere ao mandado de segurança. Perceba que medida mais célere não é uma expressão excludente. 
E se pedir para redigir a medida mais ágil? Medida mais célere = medida mais ágil. 
Logo, a agilidade não está na declaratória, anulatória ou MS, mas no pedido de tutela ou liminar que suspende a exigibilidade do crédito. 
Prova meramente documental: sinônimo de prova pré-constituída. 
Questão: se for pedida uma ação com provas meramente documentais, necessariamente, tem que ser o mandado de segurança? Não, pode ser uma declaratória ou anulatória também. 
No mandado de segurança, necessariamente, as provas são meramente documentais/ pré-constituídas para que se comprove o direito líquido e certo do cliente, pois no MS não tem fase de dilação probatória. 
Mas atenção: na expressão “prova pré-constituída” ou “prova meramente documental” também cabe uma anulatória ou declaratória. 
Na declaratória antes do lançamento ou na anulatória após o lançamento é possível produzir provas ao longo do processo. Mas se quiser comprovar o direito do cliente no início do processo com provas meramente documentais pode também. 
Passou – de 120 dias: 
· Declaratória: pode. O prazo é de 5 anos. 
· Anulatória: pode. O prazo é de 5 anos. 
· MS preventivo: pode. O preventivo não tem prazo para ser interposto. 
· MS repressivo: pode. O prazo é de 120 dias.
Veja que, até agora, nenhuma das expressões são excludentes para a escolha da peça. 
Passou + de 120 dias: 
· Declaratória: pode. O prazo é de 5 anos. 
· Anulatória: pode. O prazo é de 5 anos. 
· MS Preventivo: pode. O preventivo não tem prazo para ser interposto. 
· MS Repressivo: não pode. O prazo é de 120 dias – art. 23, Lei n. 12.016/2009. 
Remédio Constitucional > lembre-se dos remédios constitucionais: 
· Habeas corpus; 
· Habeas data; 
· Mandado de injunção; 
· Ação popular; 
· Mandado de segurança. 
Anulatória e declaratória não são remédios constitucionais. 
Necessidade de dilação probatória (produção de provas) > nunca pode ser mandado de segurança, pois no MS as provas são pré-constituídas. 
Não há condenação em honorários advocatícios (sucumbenciais) > estatuto que o juiz condena a parte que perdeu a pagar honorários de sucumbência ao advogado que ganhou. 
Qual a única ação que, em Direito Tributário, não haverá condenação em honorários de sucumbência? Mandado de segurança. 
Seja preventivo ou repressivo, coletivo ou individual será um mandado de segurança > art. 25, Lei n. 12.016/2009. 
Por isso que o mandado de segurança é considerado a ação com menor ônus possível. Porque, se tudo der errado, pelo menos em honorários de sucumbência o cliente não será condenado. 
Ação com menor ônus possível – sinônimo de que não há condenação em honorários advocatícios (sucumbenciais). 
Portanto, jamais será uma declaratória ou anulatória. Será, necessariamente, mandado de segurança. 
Exemplo 1: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. 
O Direito Material é o mesmo > medida provisória não pode legislar sobre norma geral. Tem que ser por lei complementar, sob pena de violar a legalidade. 
Mas, se adiciona: antes do lançamento e com necessidade de produção de provas. Qual a peça cabível? 
Se é antes do lançamento > Declaratória ou MS Preventivo. 
Mas se precisa produzir provas > o MS preventivo é excluído, resta apenas a Ação Declaratória. 
Exemplo 2: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. 
Mas, se adiciona: antes da autuação e se deseja a condenação em honorários de sucumbência. 
Não houve autuação > Declaratória ou MS Preventivo. 
Mas se deseja a condenação em honorários de sucumbência > neste caso, tem que ser, necessariamente, uma Declaratória, pois no MS não há condenação em honorários de sucumbência. 
Exemplo 3: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. 
Mas, se adiciona: antes do lançamento e não se deseja a condenação em honorários de sucumbência. 
Antes do lançamento > Declaratória ou MS Preventivo. 
Mas como não se deseja a condenação em honorários de sucumbência > exclui-se a Declaratória e, necessariamente, terá que ser um MS preventivo. 
Exemplo 4: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário. 
Mas, se adiciona: houve o lançamento e se deseja o remédio constitucional cabível. Houve lançamento > Anulatória ou MS Repressivo.
Mas como se deseja o remédio constitucional > exclui-se anulatória (porque não é remédio constitucional) e, necessariamente, será um MS repressivo.
Exemplo 5: o Presidente da República editou uma medida provisória para estabelecer normas gerais em Direito Tributário.
Mas, se adiciona: houve o lançamento e já passaram 7 meses da data do ato.
Houve lançamento > anulatória ou MS repressivo.
Mas como já se passaram 7 meses > exclui-se o MS repressivo (que possui prazo de 120 
dias) e, necessariamente, será uma anulatória. 
	Declaratória 
	Anulatória 
	MS Preventivo 
	MS Repressivo 
	Antes do lançamento. Terá produção de provas.
Prazo de 5 anos. 
	Após o lançamento.
Terá produção de provas. Prazo de 5 anos. 
	Antes do lançamento.
Não pode produzir provas. As provas são pré-constituídas. Não haverá condenação em honorários de sucumbência > menor ônus possível.
Não tem prazo. 
	Após o lançamento.
Não pode produzir provas. As provas são pré-constituídas. Não haverá condenação em honorários de sucumbência > menor ônus possível.
Prazo de 120 dias. 
AÇÃO DECLARATÓRIA 
1. Endereçamento
2. Autor + Advogado
3. Fundamentação da Peça 
4. Nome da Ação
5. Réu
6. Fatos
7. Do cabimento e da Tempestividade
8. Preliminar de Mérito – quando houver
9. Tutela Provisória Antecipada de Urgência ou Tutela Provisória de Evidência 
10. FundamentaçãoJurídica / Mérito / Direito 
• Constituição
• Código Tributário Nacional • Súmula
• Legislação específica 
11. Pedidos. 
Toda a peça será estruturada nesses 11 tópicos básicos. 
Fazer duas leituras da peça: 
Primeira leitura: identificar a peça e pegar as palavras-chaves e colocá-las no esqueleto da ação. Segunda leitura: direito formal. 
Peça processual: O Prefeito do Município de Brumadinho/MG publicou, em 10/07/2019, Decreto n. 1234/2019 determinando o aumento da alíquota de seu IPTU. 
· Falou em decisão? Não, então não pode ter recurso. 
· Falou em execução? Não, então não pode ter embargo. 
· Falou em pagamento? Não, então não pode fazer repetição. 
· Falou em autuação, lançamento ou notificação? Não, então não pode ter anulatória ou MS Repressivo. 
Até este ponto, a peça pode ser de Ação Declaratória ou Mandado de Segurança Preventivo. 
Dispôs ainda em seu texto que o referido aumento passaria a produzir efeitos na data da publicação da norma. O ato foi publicado na mídia local provocando diversos protestos entre os moradores da região. A Empresa Pública Federal, exploradora da atividade econômica, com sede principal localizada na referida municipalidade, lhe procurou na qualidade de advogado para redigir a ação cabível para defesa de seus interesses com necessidade de dilação probatória. 
Obs.: não tem decisão, execução, pagamento e lançamento, ou seja, nada aconteceu . 
Peça: Ação Declaratória ou Mandado de Segurança Preventivo. 
Mas, atenção para a expressão: “necessidade de dilação probatória” > precisa produzir provas. Então, não pode ser mandado de segurança, pois, nele, as provas são pré-constituídas. 
Então, a peça será uma Ação Declaratória.
Depois de feita a primeira leitura, monte o esqueleto da ação:
4. Nome da Ação: Declaratória + Pedido de Tutela Provisória de Urgência Antecipada. 
Obs.: pode pedir a tutela de evidência e cautelar. 
Lembrando que na ação declaratória e anulatória, antes ou após o lançamento, sempre terá pedido de tutela – para suspender a exigibilidade do crédito e gerar uma certidão positiva com efeito de negativa. 
· Tutela antecipada – Arts. 300 e 303, CPC. 
· Tutela cautelar – Arts. 300 e 305, CPC. 
· Tutela de evidência – Art. 311, CPC. 
· Suspender a exigibilidade do crédito > art. 151, V, CTN.
· Certidão positiva com efeito de negativa > art. 206, CTN.
1. Endereçamento: para a Justiça Federal ou Estadual? Veja que a peça discorre sobre o IPTU. O IPTU é um imposto municipal. Se apenas o imposto, que é municipal, for considerado – manda para a Justiça Estadual. 
Porém, apesar do IPTU, a peça também descreve uma Empresa Pública Federal > Art. 109, I, CF: sempre que a União, autarquias federais e empresas públicas federais forem autoras, rés ou tiverem interesse na causa, a competência é puxada e, necessariamente, as ações serão julgadas na Justiça Federal. 
2. Autor + Advogado: Empresa Pública Federal – Exploradora da atividade econômica. 
3. Fundamentação da Peça: Art. 19, I, CPC (Declaratória) e arts. 300 e 303, CPC (tutela). 
5. Réu: lembrando que o réu não está vinculado ao endereçamento – são distintos. Quem fez/praticou o ato errado no comando da questão? O Município de Brumadinho. 
6. Fatos: copie o comando da questão e faça o parágrafo final + direito do tópico 10. 
7. Do cabimento e da Tempestividade 
Cabimento > não houve lançamento e é necessário a produção de provas. Por isso, uma Ação Declaratória. Art. 19, I, CTN. 
Tempestividade > prazo para entrar com declaratória: 5 anos. 
8. Preliminar de Mérito – quando houver. 
Obs.: ler a peça novamente para verificar se há preliminar ou possível direito material: 
“O Prefeito do Município de Brumadinho/MG publicou, em 10/07/2019, Decreto n. 1234/2019 determinando o aumento da alíquota de seu IPTU. Dispôs ainda em seu texto que o referido aumento passaria a produzir efeitos na data da publicação da norma. O ato foi publicado na mídia local provocando diversos protestos entre os moradores da região. A Empresa Pública Federal, exploradora da atividade econômica, com sede principal localizada na referida municipalidade, lhe procurou na qualidade de advogado para redigir a ação cabível para defesa de seus interesses com necessidade de dilação probatória.” 
· Sempre sublinhar o ente federativo para observar a sua competência. 
· Sublinhar os atos normativos para verificar se violaram o princípio da legalidade. 
· “Na data da publicação da norma” – princípio da anterioridade anual e nonagesimal. 
O Município tem competência em relação ao IPTU? Sim. 
Pode-se majorar a alíquota do IPTU por decreto? Não, pois viola o princípio da legalidade, pois a majoração da alíquota do IPTU só poderia ser feita por meio de Lei Ordinária. 
Pode produzir efeitos na data de publicação? Não, pois alíquota de IPTU é regra de anterioridade anual > tem que esperar 1o de janeiro e 90 dias para ser cobrado. 
Perceba, então, que a peça não possui preliminar. Lembre-se das preliminares de mérito: 
· Todas as causas de extinção de crédito – art. 156, CTN. 
· Todos os vícios de certidão de dívida ativa. 
· Todas as vezes que existir uma ilegitimidade de parte. 
9. Tutela Provisória Antecipada de Urgência ou Tutela Provisória de Evidência Necessário falar da fumaça do bom direito e do perigo da demora.
Pedir para suspender a exigibilidade do crédito > art. 151, V, CTN.
Pedir confirmação. 
E certidão positiva com efeito de negativa > art. 206, V, CTN. 
10. Fundamentação Jurídica / Mérito / Direito 
· Constituição 
· Código Tributário Nacional 
· Súmula 
· Legislação específica 
a) Princípio da Legalidade – as alíquotas do IPTU não podem ser feitas por decreto. Devem ser feitas por meio de Lei Ordinária – Art. 150, I, CF; art. 97, II, CTN; art. 156, I, CF. b) Violação da anterioridade anual e nonagesimal – não pode cobrar o aumento da 
alíquota de imediato – art. 150, III, “a”, CF. 
11. Pedidos. 
Lembre-se: 
1. Endereçamento – não tem pedido. 
2. Autor + Advogado – não tem pedido. 
3. Fundamentação da Peça – não tem pedido. 
4. Nome da Ação – não tem pedido. 
5. Réu – primeiro pedido. 
6. Fatos – não tem pedido. 
7. Do cabimento e da Tempestividade – segundo pedido. 
8. Preliminar de Mérito – quando houver – pedido, se tiver. 
9. Tutela Provisória Antecipada de Urgência ou Tutela Provisória de Evidência – pedido. 
10. Fundamentação Jurídica / Mérito / Direito – pedido. 
11. Pedidos > + 4 pedidos. 
Então, ordem dos pedidos: 
5 – a) citação. 
7 – b) cabimento/tempestividade. 
8 – Não têm preliminar. 
9 – c) Tutela. 
10 – d) Julgado procedente o pedido para DECLARAR....+ Direito do tópico 10. 
e) Custas e Honorários Advocatícios – Art. 85, § 3o, CPC. 
f) Provas – Art. 319, VI, CPC. 
g) Dispensada – Art. 319, VII, CPC. 
h) Intimada – Art. 106, I, CPC. 
Atribui-se a causa o valor de R$.... 
Nestes termos pede deferimento 
Local/Data
Advogado / OAB 
ESQUELETO DA AÇÃO 
1. Endereçamento: Justiça Federal > Art. 109, I, da CF.
2. Autor + Advogado: Empresa Pública Federal – Exploradora da atividade econômica. 
3. Fundamentação da Peça: Art. 19, I, do CPC (Declaratória) e arts. 300 e 303, do CPC (tutela).
4. Nome da Ação: Declaratória + Pedido de Tutela Provisória de Urgência Antecipada. 
5. Réu: Município de Brumadinho.
6. Fatos: copie o comando da questão e faça o parágrafo final + direito do tópico 10. 
7. Do cabimento e da Tempestividade.
Cabimento > não houve lançamento e é necessário a produção de provas. Por isso, uma Ação Declaratória. Art. 19, I, do CTN.
Tempestividade > prazo para entrar com declaratória: 5 anos.
8. Preliminar de Mérito – quando houver.
9. Tutela Provisória Antecipada de Urgência ou Tutela Provisória de Evidência. Necessário falar da fumaça do bom direito e do perigo da demora.
Pedir para suspender a exigibilidadedo crédito > art. 151, V, do CTN.
Pedir confirmação.
E certidão positiva com efeito de negativa > art. 206, V, do CTN.
10. Fundamentação Jurídica/Mérito/Direito. 
• Constituição
• Código Tributário Nacional • Súmula
• Legislação específica 
A) Princípio da Legalidade > as alíquotas do IPTU não podem ser feitas por decreto. Devem ser feitas por meio de Lei Ordinária > Art. 150, I, da CF; art. 97, II, do CTN; art. 156, I, da CF. 
B) Violação da anterioridade anual e nonagesimal > não pode cobrar o aumento da alíquota de imediato > art. 150, III, “a”, da CF. 
11. Pedidos. 
Ordem dos pedidos: 
· 5 – a) citação. 
· 7 – b) cabimento/tempestividade. 
· 8 – Não têm preliminar. 
· 9 – c) Tutela. 
· 10 – d) Julgado procedente o pedido para DECLARAR....+ Direito do tópico 10. 
· e) Custas e Honorários Advocatícios – Art. 85, § 3o, do CPC. 
· f) Provas – Art. 319, VI, do CPC. 
· g) Dispensada – Art. 319, VII, do CPC. 
· h) Intimada – Art. 106, I, do CPC. 
Atribui-se a causa o valor de R$.... 
Nestes termos pede deferimento 
Local/Data
Advogado / OAB 
Primeiro: endereçamento.
Frase de endereçamento para a Justiça Federal: “Ao juízo da... Vara Federal da Seção Judiciária.” 
Segundo: pule uma linha e qualifique o autor. 
“Empresa Pública Federal, exploradora da atividade econômica, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n...., inscrição estadual n...., email, por meio de seu representante legal, com domicílio sede na...” 
Obs.: • Com o novo CPC, o E-mail é obrigatório.
Depois que qualificou a empresa pública é necessário qualificar o advogado. 
“sede na... devidamente representada por seu advogado legalmente constituído, com procuração nos autos do processo e escritório profissional localizado na...” 
Não coloque nenhum tipo de informação para a localização (rua, avenida, etc.) > isto é identificação de peça e o candidato não pode inventar nenhuma informação que o comando da questão não trouxe. 
“localizado na... onde receberá as intimações, vem à presença de Vossa Excelência” 
Junte o tópico 2 com o tópico 3 > terminada a qualificação do advogado, momento de fundamentar a peça. 
“vem à presença de Vossa Excelência com fundamento nos artigos 19, I, e 300 e 303, CPC ajuizar” 
Pule uma linha e coloque o nome da peça. 
Não lembra o nome da ação declaratória? Atenção ao índice remissivo: procure a letra A, localize “Ação Declaratória” ou letra D e localize “Declaratória” e veja que o art. 19 estará remetido. A partir daí, copie o nome. 
“ajuizar 
Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica com Tutela Provisória de Urgência Antecipada“ 
Toda declaratória, anulatória e mandado de segurança > tutela, para suspender a exigibilidade do crédito e gerar uma certidão positiva com efeito de negativa. 
Obs.: pule uma linha, mas atenção: a peça tem 150 linhas para ser escrita. 
Agora, tópico 5: réu. 
“em face do Município de Brumadinho, pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu representante legal, com domicílio no local de sua repartição (art. 127, III, CTN), pelos fatos e fundamentos jurídicos que a seguir serão expostos.” 
Tópico 6: fatos > copie o comando da questão e faça o parágrafo final.
“I) DOS FATOS: <cópia do comando da questão>.
Não restou outra alternativa a não ser ingressar no Judiciário em face...”
Em face do que? Tópico 10 > Violação da legalidade e violação à anterioridade anual e nonagesimal. 
“em face da violação ao princípio da legalidade já que as alíquotas do IPTU devem ser majoradas por lei ordinária e não por decreto – art. 150, I, CF, art. 97, II, CTN e art. 156, I, CF – e da violação aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal já que o aumento da alíquota de IPTU não pode produzir efeitos de imediato.” 
Todas as demais vezes que for necessário falar sobre a violação ao princípio da legalidade na peça, basta copiar o que foi escrito aqui. O mesmo se aplica para os princípios da ante- rioridade anual e nonagesimal. 
Tópico 7: Do cabimento e da Tempestividade 
“II) DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE 
A presente ação é cabível, pois não houve lançamento e se faz necessário a produção de provas – art. 19, I, CPC – sendo tempestiva por ter sido apresentada em 5 anos.” 
Perceba que este tópico é curto (3 a 5 linhas), mas pontua bastante (0,8 a 1,0). 
Tópico 8: Preliminar de Mérito – não tem, não precisa fazer. 
Tópico 9: Pedido da Tutela. 
Veja: 
“III) DA TUTELA 
Nos termos dos artigos 300 e 303, CPC, mediante a comprovação da fumaça do bom direito em face” 
A “fumaça do bom direito” é o direito material da peça > legalidade e anterioridade anual. Então, copie o texto anterior referente ao direito material e coloque neste tópico. 
“Nos termos dos artigos 300 e 303, CPC, mediante a comprovação da fumaça do bom direito em face da violação ao princípio da legalidade já que as alíquotas do IPTU devem ser majoradas por lei ordinária e não por decreto – art. 150, I, CF, art. 97, II, CTN e art. 156, I, CF – e da violação aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal, já que o aumento da alíquota de IPTU não pode produzir efeitos de imediato e do perigo da demora, pois incidirá juros e multa.” 
O mínimo do perigo da demora, em Tributário, é a incidência de juros e multa. 
Reforçando: o texto deste tópico é engessado, não muda. Quando o parágrafo da tutela ser feito em anulatória, ele será o mesmo. E quando o parágrafo de liminar ser feito no mandado de segurança, também será o mesmo. 
Continuando: 
“Requer o deferimento da tutela para suspender a exigibilidade do crédito, ao final confirmar e expedir certidão positiva com efeito de negativa – art. 151, V e 206, CTN. “ 
Tópico 10: Direito Material 
Como se tem dois direitos materiais nesta peça, é indicado que sejam feitos subtópicos. E o texto para o direito material já está pronto, basta copiar. 
“IV) DO DIREITO 
A) DA VIOLAÇÃO À LEGALIDADE 
Houve violação ao princípio da legalidade já que as alíquotas do IPTU devem ser majoradas por lei ordinária e não por decreto – art. 150, I, CF, art. 97, II, CTN e art. 156, I, CF. 
B) DA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ANTERIORIDADE 
Houve violação aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal já que o aumento da alíquota de IPTU não pode produzir efeitos de imediato.” 
Tópico 11: Pedidos 
Ordem dos pedidos:
5 – a) Citação
7 – b) Cabimento/tempestivo 8 
9 – c) Tutela
10 – d) Julgado procedente o pedido para Declarar... + direito 10 e) Custas/Honorários > Art. 85, § 3o, do CPC
f) Provas > Art. 319, VI, do CPC
g) Dispensado > Art. 319, VII, do CPC
h) Intimado > Art. 106, I, do CPC 
V) DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer à Vossa Excelência que seja:
a) citada a parte contrária para apresentar defesa no prazo legal;
b) cabível, pois não houve lançamento (art. 19, I, CPC) e se deseja a produção de provas sendo tempestiva por ter sido ajuizada em 5 anos;
c) deferida a tutela nos termos dos artigos 300 e 303 do CPC, mediante a comprovação da fumaça do bom direito em face da violação ao princípio da legalidade já que as alíquotas do IPTU devem ser majoradas por lei ordinária e não por decreto – art. 150, I, CF, art. 97, II, CTN e art. 156, I, CF – e da violação aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal, já que o aumento da alíquota de IPTU não pode produzir efeitos de imediato e do perigo da demora, pois incidirá juros e multa para suspender a exigibilidade do crédito, ao final confir- mar e expedir certidão positiva com efeito de negativa – art. 151, V e 206, CTN; 
d) julgado procedente o pedido para declarar a inexistência da relação em face da viola- ção ao princípio da legalidade já que as alíquotas do IPTU devem ser majoradas por lei ordi- nária e não por decreto – art. 150, I, CF, art. 97, II, CTN e art. 156, I, CF – e da violação aos princípios da anterioridade anual enonagesimal, já que o aumento da alíquota de IPTU não pode produzir efeitos de imediato; 
e) condenada a parte contrária as custas e aos honorários sucumbenciais – art. 85, § 3o, CPC; 
f) deferido provar o alegado por meio de todas as provas pré-constituídas – art. 319, VI, CPC; 
g) dispensada à audiência de conciliação – art. 319, VII, CPC;
h) intimada no endereço do advogado – art. 106, I, CPC.” 
Agora, momento de fechar a peça. 
“Atribui-se à causa o valor de R$... 
Nestes termos, pede deferimento Local/Data
Advogado 
OAB” 
Se o comando da questão não indicou o local ou data, não invente nenhum nome. Escreva “local/data”. 
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL 
ESQUELETO DA AÇÃO: 
1. Endereçamento.
2. Autor + Advogado.
3. Fundamentação da peça.
4. Nome da Ação.
5. Réu.
6. Fatos.
7. Do cabimento e da Tempestividade.
8. Preliminar de Mérito – quando houver.
9. Tutela Provisória Antecipada de Urgência ou Tutela Provisória de Evidência. 
10. Fundamentação Jurídica/Mérito/Direito. 
• Constituição.
• Código Tributário Nacional. 
• Súmula.
• Legislação específica. 
11. Pedidos. 
Feito isso, faça a primeira leitura da questão > identificar a peça, qual peça será feita e organizar as partes de estrutura formal (para onde endereçar, quem é o autor etc.). 
Lembre-se de que a estrutura formal da peça corresponde a, no mínimo, 3 pontos. 
XXXI – EXAME DE ORDEM: A sociedade empresária Beta S/A, sediada no Município Y do Estado Z, foi autuada por ter deixado de recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre as receitas oriundas de sua atividade principal, qual seja, a de locação de veículos automotores. 
Obs.: • Autuou, notificou, lançou > Ação Anulatória ou MS Repressivo.
• “Deixado de recolher” > não tem como fazer repetição de algo que não foi pago. 
Perceba que até aqui não apareceu: 
· Decisão > então, não pode ser recurso. 
· Pagamento > então, não pode ser repetição. 
· Execução > então, não pode ter embargos. 
Então, a peça será: Anulatória ou MS Repressivo. 
Cumpre esclarecer que sua atividade é exercida exclusivamente no território do Muni- cípio Y e não compreende qualquer serviço acessório à locação dos veículos. Quando da lavratura do Auto de Infração, além do montante principal exigido, também foi lançada multa punitiva correspondente a 200% do valor do imposto, além dos respectivos encargos relativos à mora. Mesmo após o oferecimento de impugnação e recursos administrativos, o lançamento foi mantido e o débito foi inscrito em dívida ativa. 
Obs.: Indicou que foi inscrito em dívida ativa mas não executou > não pode ser embargos. 
Veja que até a inscrição em dívida ativa se continua em Ação Anulatória ou MS Repressivo. 
Contudo, ao analisar o Auto de Infração, verificou-se que a autoridade fiscal deixou de inserir em seu bojo os fundamentos legais indicativos da origem e natureza do crédito. A execução fiscal não foi ajuizada até o momento, e a sociedade empresária pretende a ela se antecipar. Neste contexto, a sociedade empresária Beta S/A, considerando que pretende obter certidão de regularidade fiscal, sem prévio depósito, e, ainda, considerando que já se passaram seis meses da decisão do recurso administrativo, procura seu escritório, solicitando a você que sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis para afastar a exigência fiscal. Na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária Beta S/A, redija a medida judi- cial adequada à necessidade da sua cliente, com o objetivo de afastar a cobrança perpetrada pelo Município Y. 
Mas, atenção: já se passaram seis meses da data da decisão administrativa. Então, exclui-se o mandado de segurança, pois o prazo para impetrar mandado de segurança repressivo é de 120 dias. 
Portanto, peça: Ação Anulatória. 
Volte para o esqueleto da ação: 
1. Endereçamento > para a Justiça Federal ou Estadual? Trata-se do ISS, que é um imposto municipal. E, já que não tem Judiciário Municipal, vai para o Estadual. Então, fica: Justiça Estadual – Municipio Y, Estado Z. 
Obs.: Por que não é para a Justiça Federal? Porque não se tem um tributo federal e a sociedade empresária Beta não é uma empresa pública que puxa competência. 
2. Autor + Advogado > Sociedade Empresária Beta S/A.
3. Fundamentação da peça > art. 38 da Lei n. 6.830/1980 + art. 300 e art. 303 do CPC. 
4. Nome da Ação > Anulatória + Tutela Provisória de Urgência Antecipada (para suspender a exigibilidade do crédito e gerar uma certidão positiva com efeito de negativa). 
5. Réu. 
Dica para identificar o réu: quem fez o que não podia? Ocorreu a cobrança de ISS sobre a locação de veículos e isto não pode. Quem cobrou o ISS? O Município Y, pois é um imposto municipal. 
6. Fatos > copiar o comando da questão e fazer o parágrafo final + o direito do tópico 10. 
7. Do cabimento e da Tempestividade. 
· Cabimento: houve autuação e já se passaram 6 meses > art. 38 da Lei n. 6.830/1980. 
· Tempestividade: 5 anos. 
Obs.: 
• Toda declaratória > tutela. 
• Toda anulatória > tutela. 
• Todo mandado de segurança > liminar.
– Para suspender a exigibilidade do crédito e gerar uma certidão positiva com efeito de negativa. 
8. Preliminar de Mérito – quando houver.
9. Tutela Provisória Antecipada de Urgência ou Tutela Provisória de Evidência. 10. Fundamentação Jurídica/Mérito/Direito. 
· Constituição. 
· Código Tributário Nacional. 
· Súmula. 
· Legislação específica. 
Obs.: Para realizar os tópicos 8 e 10 faça uma segunda leitura da peça para achar uma possível preliminar e um possível direito material. 
“A sociedade empresária Beta S/A, sediada no Município Y do Estado Z, foi autuada por 
ter deixado de recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre as receitas oriundas de sua 
atividade principal, qual seja, a de locação de veículos automotores. Cumpre esclarecer 
que sua atividade é exercida exclusivamente no território do Município Y e não compreende 
qualquer serviço acessório à locação dos veículos. Quando da lavratura do Auto de Infração, 
além do montante principal exigido, também foi lançada multa punitiva correspondente a 
200% do valor do imposto, além dos respectivos encargos relativos à mora. Mesmo após 
o oferecimento de impugnação e recursos administrativos, o lançamento foi mantido e o 
débito foi inscrito em dívida ativa. Contudo, ao analisar o Auto de Infração, verificou-se que 
a autoridade fiscal deixou de inserir em seu bojo os fundamentos legais indicativos da 
origem e natureza do crédito. A execução fiscal não foi ajuizada até o momento, e a socie- 
dade empresária pretende a ela se antecipar. Neste contexto, a sociedade empresária Beta 
S/A, considerando que pretende obter certidão de regularidade fiscal, sem prévio depósito, 
e, ainda, considerando que já se passaram seis meses da decisão do recurso administrativo, 
procura seu escritório, solicitando a você que sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis 
para afastar a exigência fiscal. Na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária Beta 
S/A, redija a medida judicial adequada à necessidade da sua cliente, com o objetivo de afas- 
tar a cobrança perpetrada pelo Município Y.” 
Sublinhe o ente federativo para saber se ele tem a competência para a prática do ato. 
Multa punitiva > Princípio da Vedação ao Confisco: é vedado que tributos e multas tenham caráter confiscatório. 
· CDA é omissa em relação a origem e natureza do crédito. 
Então: 
8. Preliminar de Mérito – quando houver: a CDA é omissa quanto a origem e a natureza do crédito > preliminar de nulidade – Art. 202, III, e art. 203 do CTN. 
*Requisitos de validade da CDA (Certidão de Dívida Ativa) Art. 202, CTN: 5 requisitos. 
· Nome completo; 
· Quantia; 
· Origem do crédito disposta em lei; 
· Data de inscrição; 
· Número do processo administrativo fiscal (se houver). 
CTN, art. 203. Se aCDA for omissa em relação a qualquer um destes requisitos será declarada a sua nulidade. Que poderá ser sanada até a decisão de 1o grau. 
10. Fundamentação Jurídica/Mérito/Direito. 
· Constituição. 
· Código Tributário Nacional. 
· Súmula. 
· Legislação específica. 
A) Não incide ISS sobre a locação de bem móvel > art. 156, III, da CF; art. 1o da Lei Complementar n. 116/2003; Súmula Vinculante n. 31. 
B) Princípio da Vedação ao Confisco > o Supremo estipulou um patamar de multa de até 100%. Acima de 100% é considerado confiscatório > art. 150, IV, da CF. 
11. Pedidos.
Não tem pedido: tópico 1, 2, 3, 4 e 6.
Tem pedido: tópico 5 (réu), 7(cabimento/tempestividade), 8 (Preliminar de Mérito – quando houver), 9 (tutela) e 10 (Fundamentação) + 4. Ordem dos pedidos: 
a) Citação. 
b) Cabimento/tempestividade. 
c) Preliminar de nulidade da CDA. 
d) Tutela. 
e) Julgue procedente para ANULAR + Direito do Tópico 10. 
f) Custos e Honorários Advocatícios – Art. 85, § 3o, do CPC. 
g) Provas – Art. 319, VI, do CPC. 
h) Dispensada a audiência de conciliação – Art. 319, VII, do CPC. 
i) Intimada – Art. 106, I, do CPC. 
Atribui-se a causa o valor de R$... 
Nestes termos pede deferimento Local/Data
Advogado / OAB 
MANDADO DE SEGURANÇA 
O mandado de segurança é a peça prático-profissional mais cobrada na segunda fase de direito tributário. Pode ser dividido em duas partes: mandado de segurança indi- vidual (art. 5o, LXIX, CF e art. 1o da Lei n. 12.016/2009) e mandado de segurança coletivo (art. 5o, LXX, CF e art. 21. da Lei n. 12.016/2009). 
Por realizarem pedidos de liminares, tanto o mandado de segurança individual quanto o mandado de segurança coletivo remeterão, além dos artigos referidos, ao art. 7o, III, da Lei n. 12.016/2009, como se verá a seguir. 
O mandado de segurança individual subdivide-se em mandado de segurança individual preventivo e mandado de segurança individual repressivo, ambos dispostos nos arts. 5o LXIX, CF e 1o da Lei n. 12016/2009; do mesmo modo, o mandado de segurança coletivo subdivide-se em mandado de segurança coletivo preventivo e mandado de segurança coletivo repressivo, ambos dispostos nos arts. 5o LXX, CF e 21. da Lei n. 12.016/2009. 
Todo mandado de segurança realiza pedido de liminar (art. 7o, III da Lei n. 12.016/2009) que, por sua vez, é a responsável por suspender a exigibilidade do crédito (art. 151. IV, CTN), e também gera uma certidão positiva com efeito de negativa (art. 206. CTN) 
O mandado de segurança será preventivo quando for impetrado antes do lançamento e repressivo quando for impetrado após o lançamento. Isto vale tanto para o mandado de segurança individual quanto para o mandado de segurança coletivo. 
Para saber se um mandado de segurança é coletivo deve-se atentar para os legitima- dos: só podem impetrar mandado de segurança coletivo: 
• Partido político com representação no Congresso Nacional;
• Sindicato;
• Organização;
• Entidade de classe legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 ano. 
Uma forma de identificar se a peça requerida trata-se de um mandado de segurança é se, no enunciado, o termo remédio constitucional estiver expresso na questão. Se sim, a peça é um mandado de segurança, irremediavelmente. Além disso, se o enunciado dispuser de uma frase como: Não há condenação em honorários advocatícios / menor ônus possível (art. 25. da Lei n. 12.016/2009), a peça também será um mandado de segurança. Estas expressões são expressões excludentes, dado que excluem a declaratória e a anulatória. 
Deve-se destacar que o único mandado de segurança que contém prazo é o mandado de segurança repressivo (120 dias) (art. 23. da Lei n. 12.016/2009) 
Após este panorama acerca do mandado de segurança, pode-se, agora, realizar a leitura da peça. A primeira coisa que deve-se fazer na leitura da peça é identificar a peça e encontrar seus quesitos formais. 
Na primeira leitura da peça, não se deve tentar, ao mesmo tempo, encontrar os direitos materiais e realizar a identificação da peça, dado que tais ações simultâneas podem causar confusão no momento do exame. 
REPETIÇÃO DE INDÉBITO 
A repetição do indébito visa a restituição daquilo que porventura tenha sido pago de maneira indevida. 
A restituição pode derivar de três situações: 
· Direto do Judiciário: feito por meio da Ação de Repetição de Indébito, no prazo de 5 anos da data do pagamento indevido, conforme o Art. 168, I, CTN. 
· Última decisão administrativa – negar o pedido de restituição: conhecida como deci- são denegatória, feita por meio de Ação Anulatória de Decisão Administrativa que denegou o pedido de restituição, no prazo de 2 anos, que não anula o lançamento, mas visa apenas a revisão da decisão denegatória, conforme o Art. 168 do CTN. 
· Compensação: trata-se de um pedido que pode ser feito tanto na petição judicial como pela via administrativa e que, se confirmada, gera a extinção do crédito tributário, conforme os Arts. 170 e 170-A, CTN. 
Em toda Ação Declaratória ou Ação Anulatória cabe tutela para a suspender a exigibilidade do crédito tributário e gerar certidão positiva com efeito de negativa. 
Todo Mandado de Segurança cabe liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário e gerar certidão positiva com efeito de negativa. 
A correção monetária começa a ser contada da data do pagamento indevido, conforme Súmula n. 162 do STJ. 
Os juros começam a ser contados da data do pagamento indevido, no caso dos tributos federais, conforme Art. 39, parágrafo 4o, Lei n. 9.250/1995. 
Nos casos dos tributos estaduais, distritais e municipais, cujos entes possuem lei tributária que regula especificamente este item, os juros começam a ser contados da data do pagamento indevido, conforme aplicação da taxa SELIC, nos termos da Súmula n. 523 do STJ; 
Se esses entes não tiverem lei específica, deverão seguir a regra geral do CTN que prevê a contagem dos juros a partir da data do trânsito em julgado da ação, nos termos do Art. 167, parágrafo único e da Súmula n. 188 do STJ. 
A peça processual deverá indicar se o ente possui ou não possui lei específica. 
Lembrando que antes da leitura da peça, é importante redigir os onze tópicos seguintes: 
*ESQUELETO DA AÇÃO: 
1. Endereçamento
2. Autor + Advogado
3. Fundamentação da Peça
4. Nome da Ação
5. Réu
6. Fatos
7. Do cabimento e da Tempestividade
8. Preliminar de Mérito – quando houver
9. Correção e Juros
10. Fundamentação Jurídica / Mérito / Direito 
• Constituição
• Código Tributário Nacional 
• Súmula
• Legislação específica 
11. Pedidos.
Após esta etapa, faz-se a primeira leitura do enunciado da prova visando escolher a peça. 
AÇÕES CUMULADAS (OU COM PEDIDOS CUMULADOS) 
Lembrando que antes de qualquer peça, redigimos os onze tópicos do esqueleto da ação: 
* ESQUELETO DA AÇÃO:
1. Endereçamento
2. Autor + Advogado 
3. Fundamentação da Peça 
4. Nome da Ação
5. Autoridade coatora
6. Fatos 
7. Do cabimento e da Tempestividade
8. Preliminar de Mérito – quando houver
9. Liminar
10. Fundamentação Jurídica / Mérito / Direito 
• Constituição
• Código Tributário Nacional • Súmula
• Legislação específica 
11.Pedidos. 
Após esta etapa, faz-se a primeira leitura do enunciado da prova visando escolher a peça e montar os quesitos formais. Depois, faz-se uma releitura para identificar o direito material e/ou preliminar. 
(XXVI EXAME DE ORDEM/PEÇA PROCESSUAL/ADAPTADA): A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes a investimento público urgente e de relevante interesse nacional, instituiu, por meio da Lei Ordinária n. 1.234, publicada em 01 de janeiro de 2014, empréstimo compulsório. O fato gerador do citado empréstimo compul- sório é a propriedade de imóveis rurais. Caio, proprietário de imóvel rural situado no Estado X, após receber a notificaçãodo lançamento do crédito tributário referente ao empréstimo compulsório dos meses de fevereiro a julho de 2014, realiza o pagamento do tributo cobrado. Posteriormente, tendo em vista notícias veiculadas a respeito da possibilidade desse pagamento ter sido indevido, Caio decide procurá-lo(a) com o objetivo de obter a restituição dos valores pagos indevidamente. Na qualidade de advogado(a) de Caio, redija a medida judi- cial adequada para reaver em pecúnia (e não por meio de compensação) os pagamentos efetuados. 
Observa-se que não há decisão, portanto, não se trata de recurso; que não há execução, portanto, não pode ser embargos de execução fiscal nem exceção de pré-executividade; que não há pagamento, portanto, não pode ser repetição de indébito; que não há atuação, notifi- cação ou lançamento, portanto, não pode ser consignação em pagamento, nem ação anulatória ou repressiva. Deste modo, trata-se de ação declaratória ou de mandado de segurança repressivo.
Considerando-se que houve o pagamento, trata-se de ação versando sobre a repetição do indébito.
A espécie normativa citada no enunciado é a Lei Ordinária, publicada em 01 de janeiro de 2014, instituindo o empréstimo compulsório, sendo fato gerador a propriedade de imóveis rurais e o tributo devido de maio a dezembro de 2014. 
Ocorre que a União possui competência para a criação do tributo indicado, porém, deve- ria ser criado por Lei Complementar, violando, portanto, a legalidade, nos termos do Art. 148, II, CF. 
Não obstante, há violação da anterioridade anual e nonagesimal, conforme Art. 150, II, “b” e “c”, CF, nascendo viciado, portanto. 
Com a adaptação da questão, em tese, o tributo continuaria a ser cobrado no futuro. Neste caso, somente a ação de repetição de indébito não é suficiente, devendo também ser ajuizada ação declaratória (cumulada). 
Obs.: não existe cumulada de mandado de segurança, nem de embargos, nem de denegatória. 
Só existem três possibilidades de cumulação, com junções de ação, muito raro de ser cobrado no Exame de Ordem: repetição com declaratória; repetição com anulatória ou repetição com declaratória e anulatória. 
A partir da questão, no caso concreto, é necessária a restituição com declaratória para se evitar futuras cobranças. 
Observe, portanto que a declaratória visa evitar que alguma coisa aconteça no futuro e a anulatória - após o lançamento - visa anular algo de errado que já tenha acontecido, enquanto o objetivo da repetição é obter a restituição de algo que porventura tenha sido pago de maneira indevida. 
Lembrando que se houver declaratória, necessariamente há o pedido de tutela. 
Deste modo, o nome da ação será de Repetição cumulada com Declaratória e pedido de Tutela Provisória de Urgência Antecipada. 
A partir da identificação da peça, localiza-se a fundamentação: Art. 165, I e 166 do CTN; Art. 19, I do CPC; e, Art. 300 e 303 do CPC. 
Quem será o autor? Caio. 
A ação será endereçada para onde? Justiça federal ou Justiça Estadual? Justiça Federal, pois o empréstimo compulsório é um tributo federal. 
Quem será o réu? A União. 
Nos fatos, copia-se o comando da questão e fazer o parágrafo final, seguido da indicação do direito, ou seja, da fundamentação, antecipando o ganho do ponto. 20 min 
O cabimento trata-se de um tópico processual, que visa informar as razões da escolha da peça. Neste sentido, a repetição é cabível pois houve um pagamento indevido, conforme Art. 161, CTN. A cumulação da declaratória é para evitar futuras cobranças. A tempestividade conta-se a partir de 5 anos da data do pagamento indevido, conforme Art. 168, I, CTN. Considerando que o rito e o prazo são os mesmos, é possível a cumulação. 
Não há preliminar.
Há correção e juros.
Toda Ação Declaratória ou Ação Anulatória cabem tutela para a suspender a exigibilidade do crédito tributário e gerar certidão positiva com efeito de negativa. Relembrando a espécie normativa citada no enunciado é a Lei Ordinária, publicada em 01 de janeiro de 2014, instituindo o empréstimo compulsório, sendo fato gerador a propriedade de imóveis rurais e o tributo devido de maio a dezembro de 2014. A União possui competência para a criação do tributo indicado, porém, deveria ser criado por Lei Complementar, violando, por- tanto, a legalidade, nos termos do Art. 148, II, CF. Outrossim, viola a anterioridade anual e nonagesimal, conforme Art. 150, II, “b” e “c”, CF. 
Finalmente, observa-se a ordem de formulação dos pedidos: 
a. citação da parte contrária; 
b. indicar o cabimento e a tempestividade;
c. correção monetária e os juros;
d. tutela;
e. que seja julgado procedente o pedido para restituir os valores pagos indevidamente e 
para declarar a inexistência da relação jurídica, todas seguidas da fundamentação; 
f. custas, conforme Art. 85, § 3o, CPC, e honorários advocatícios;
f. todas as provas admitidas em Direito, conforme Art. 319, VI, CPC; 25 min
g. seja dispensada a audiência de conciliação, conforme Art. 319, VII, CPC; 
h. intimação no endereço do advogado, conforme Art. 106, I, CPC; 
Considerando que se trata de uma peça inicial, deve-se indicar o valor da causa e finalizar com os termos/dados padronizados: 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local/Data
Advogado
OAB 
Declaratória: 
· Antes do lançamento → Proteção do futuro 
Anulatória: 
· Após o lançamento → Já aconteceu no passado 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
* ESQUELETO DA AÇÃO:
1. Endereçamento
2. Autor + Advogado
3. Fundamentação da Peça
4. Nome da Ação
5. Autoridade coatora
6. Fatos
7. Do cabimento e da Tempestividade
8. Preliminar de Mérito – quando houver
9. Liminar
10. Fundamentação Jurídica / Mérito / Direito 
• Constituição
• Código Tributário Nacional 
• Súmula
• Legislação específica 
11. Pedidos. 
Após esta etapa, faz-se a primeira leitura do enunciado da prova visando escolher a peça e montar os quesitos formais. Depois, faz-se uma releitura para identificar o direito material e/ou preliminar. 
A Ação de Consignação em Pagamento tem como fundamento o artigo 164 do CTN e 539 do CPC, prevalecendo aquele em detrimento deste, por ser norma específica. 
Há três hipóteses de Consignação em Pagamento no Direito Tributário: 
· Recusa no recebimento: fundamenta-se no 164, I do CTN. A exemplo de um empregado doméstico recusar o recebimento de verbas trabalhistas (no Direito Trabalhista) ou pagar um profissional autônomo que construiu uma obra (no Direito Civil) ou pagar um tributo como o IPVA e o DF se recusa a receber (no Direito Tributário). Nesses exemplos, deposita-se em juízo e ingressa com Consignação em Pagamento. 
· Bitributação: fundamenta-se no 164, III do CTN. Há dois ou mais entes cobrando tributos de mesmo fato gerador. A exemplo de um imóvel (fato gerador) ter cobrança de IPTU pela União e pelo Município, ao mesmo tempo, tratando-se de um conflito positivo de competên- cia. Diferentemente, no “bis in idem” um ente federativo cobra vários impostos/taxas com fato gerador e base de cálculo idênticos. 
· Subordinação: Trata-se de um conflito negativo de competência. Pode ser dividida em: 
- Subordinação de tributos devidos, fundamenta-se no 164, I do CTN; o melhor exemplo seria a cobrança de IPTU e IPVA pelo DF, que cumula os tributos estaduais e municipais, em apenas um boleto para pagamento, impedindo que o cidadão opte pelo pagamento de um e/ ou outro; ou, 
- Subordinação de obrigações indevidas: fundamenta-se no 164, II do CTN; o melhor exemplo seria a cobrança de IPTU e da Taxa de Iluminação Pública pelo DF, que cumula os tributos estaduais e municipais, em apenas um boleto para pagamento; porém, conforme Súmula Vinculante n. 41, o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa; portanto, tributo indevido; mas, como está em um boleto para pagamento, impossibilitao cidadão de optar pelo pagamento do devido. 
(V EXAME DE ORDEM/ PEÇA PROCESSUAL): Xisto da Silva, brasileiro, administrador, solteiro, portador da carteira de identidade no. xxxx e CPF no. xxx, residente e domiciliado na Rua X, no. xxx, bairro Z, Município Y, Estado F, recebeu cobrança simultânea, por meio de uma mesma guia de documento fiscal, de dois tributos: IPTU e Taxa de Conservação das Vias e Logradouros Públicos (TCVLP). No caso da referida taxa, certo é que o contribuinte não concorda com sua cobrança, o que o levou, por meio de seu advogado, a ajuizar ação judicial a fim de declarar sua inconstitucionalidade, havendo pedido liminar, ainda não apre- ciado, para afastar a obrigatoriedade do recolhimento da referida exação fiscal. Por outro lado, em relação à cobrança do IPTU, pretende o contribuinte efetuar o seu pagamento. No entanto, a guia de pagamento é única e contém o valor global dos referidos tributos, tendo o banco rejeitado o pagamento parcial relativo somente ao IPTU. Nesse caso, considerando que o IPTU ainda não está vencido, bem como o contribuinte não obteve êxito para solucio- nar seu problema na esfera administrativa, elabore a peça adequada para efetuar o pagamento do imposto municipal, com base no direito material e processual pertinente. Utilize todos os argumentos e fundamentos pertinentes à melhor resposta. 
Observa-se que a subordinação de dois tributos: IPTU e TCVLP, além da recusa em rece- bimento de valor parcial. Considerando-se estas informações, trata-se de consignação em pagamento, conforme fundamento do Art. 164, I, e II, CTN. 
Quem será o autor? Xisto da Silva. 
A ação será endereçada para onde? Justiça federal ou Justiça Estadual? Justiça Estadual, no caso, o Estado “F”, pois o IPTU e a taxa são municipais. 
Quem será o réu? O Município “Y”. 
Nos fatos, copia-se o comando da questão e fazer o parágrafo final, seguido da indicação do direito, ou seja, da fundamentação. 
O cabimento trata-se de um tópico processual, que visa informar as razões da escolha da peça. Neste sentido, a consignação é cabível pela cobrança simultânea na mesma guia de pagamento, ou seja, subordinação dos tributos, conforme Art. 164, II, CTN e pela recusa do pagamento, ainda que parcial, conforme Art. 164, I, CTN. 
Não há preliminar, porém a questão não traz informações que tendam a esta complemen- tação, sendo, portanto, desnecessária a abertura de tópico. 
Especificamente na consignação, deve ser pedida a autorização para efetuar o depó- sito (conforme Art. 151, CTN) do montante integral - daquilo que considera correto - e em dinheiro, no prazo de 5 dias (conforme Art. 542, CPC), para suspender a exigibilidade do crédito (conforme Súmula 112 do STJ), para que ao final seja confirmada e expedida certidão positiva com efeitos de negativa (conforme Art. 206, CTN). 
Quanto ao direito, o autor se fundamentará na inaplicabilidade da Taxa de Conservação das Vias e Logradouros Públicos (TCVLP), por ser inconstitucional e por se tratar de serviço público indivisível, “erga omnes” e universal, conforme Art. 145, II, CF, Art. 77 e 79 do CTN. 
Finalmente, observa-se a ordem de formulação dos pedidos:
a) citação da parte contrária;
b) cabimento e tempestividade; 
c) depósito;
d) que seja julgado procedente o pedido para levantar o depósito e convertê-lo em renda; 
e) custas, conforme Art. 85, § 3o, CPC, e honorários advocatícios;
f) todas as provas admitidas em Direito, conforme Art. 319, VI, CPC;
g) seja dispensada a audiência de conciliação, conforme Art. 319, VII, CPC;
h) intimação no endereço do advogado, conforme Art. 106, I, CPC;
Considerando que se trata de uma peça inicial, deve-se indicar o valor da causa e finalizar com os termos/dados padronizados: Nestes termos, pede deferimento. 
Local/Data
Advogado 
OAB 
 
LEI N. 6.830/1980 (EXECUÇÃO FISCAL) – EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
A partir de uma hipótese de incidência tem-se um fato gerador, surgindo uma obri- gação tributária. O fisco irá efetuar o lançamento e constituirá o crédito tributário; em seguida, haverá uma notificação desse crédito com a concessão de um prazo de 30 dias para que seja efetuada o pagamento. 
A partir disso pode haver uma derivação: se o pagamento for efetuado, isso irá gerar a extinção do crédito tributário; se o pagamento for pago indevidamente, haverá o pedido de restituição (ação de repetição de indébito). 
Além disso, pode-se entrar com o Processo Administrativo Fiscal (PAF) — impugnação ao auto de infração — suspendendo a elegibilidade do crédito. 
Outra derivação possível é o não pagamento, sendo inscrito em dívida ativa; lembrando que existem três certidões de dívida ativa: certidão positiva (está devendo), certidão negativa (o crédito foi extinto ou excluído) e certidão positiva com efeito de negativa (suspensão da elegibilidade do crédito). 
Em caso de certidão positiva, haverá a ação de execução fiscal. 
ATENÇÃO
Sinônimos de lançamento: auto de infração, autuação, notificação, multa, envio de carnê, apreensão, interdição de estabelecimento. 
Caso não haja nenhum desses sinônimos de lançamentos, caberá a declaratória ou man- dado de segurança preventivo. Do lançamento até antes da execução fiscal, entra-se com ação anulatória ou com mandado de segurança repressivo. 
A palavra ‘execução’, apenas, não é sinônimo de ‘embargo’ — para se ter embargo, é obrigatória a garantia do juízo. Se garantido o juízo, poderá haver o depósito do montante integral em dinheiro, fiança bancária ou contrato de seguro, ou nomeação de bens a penhora; ou seja, pode-se fazer ações de embargos à execução fiscal. 
Se garantido o juízo, mas com perda do prazo de 30 dias para opor o embargo, deve-se retornar à ação anulatória de débito fiscal, presumindo que ainda não se passou do prazo de 5 anos. 
Obs.: em prova, tem-se como última opção a Exceção de Pré-Executividade (EPE): trata-se de uma peça incidental atravessada no meio da execução; ou seja, não é uma inicial. 
Se foi garantido o juízo, mas perdeu-se o prazo e a Certidão de Dívida Ativa (CDA) foi emendada ou substituída (art. 2o, § 8o, da Lei n. 6.830/80): todas as vezes que a CDA foi emendada ou substituída, o que pode ser feito até a decisão de primeiro grau, devolveu-se o prazo de 30 dias para embargos. 
Caso não seja garantido o juízo, tem-se a certeza de que não pode ser feito os embargos. Em vez disso, deve-se fazer uma peça anulatória — e não uma EPE, sendo essa a última opção em prova. 
Se não foi garantido o juízo e perdeu-se todos os prazos para as ações ordinárias, resta apenas a opção da Exceção de Pré-Executividade (EPE). Caso não tenha sido garantido o juízo e se deseja uma defesa atravessada nos próprios autos da execução fiscal, de maneira incidental, resta apenas a EPE. 
É importante lembrar também da consignação, que pode ser feita mediante recusa, bitributação e subordinação de obrigações na mesma guia de pagamento. 
Os embargos à execução fiscal são uma nova ação, inicial, ou processo, não estando nos mesmos autos da execução, mas são distribuídos por dependência. Lembrando que para ter embargos é obrigatória a garantia do juízo. 
Em Direito Civil, tem-se os embargos à execução cível em 15 dias, sem necessidade de garantir o juízo.
Em processo do trabalho, essa se dá em 5 dias com garantia do juízo, salvo se for entidade filantrópica. 
Em Tributário, tem-se 30 dias e com garantia do juízo; se não garantido o juízo (art. 16, § 1o, da Lei de Execução), não haverá embargo. 
Todo embargo em Tributário possui efeito suspensivo para suspender a execução fiscal. A tutela na declaratória e na anulatória suspende a elegibilidade do crédito; a liminar no mandado de segurança suspende a elegibilidade do crédito;

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