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5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 1/274 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 2/274 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 3/274 Faculdade Brasileira - UNIVIX Dinâmica e Frenagem Ferroviária Elaborado por: José Luiz Borba Mauro Antônio Bergantini Coordenadores do Programa: José Heleno Ferracioli Nunes Isabela de Freitas Costa V. Pylro Vitória - ES Fevereiro – 2011 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 4/274 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 5/274 Prefácio “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Cora Coralina 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 6/274 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 7/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba I Sumário 1 Freio Automático......................................................................................... 1 1.1 Introdução .................................................................................................. 2 1.2 Histórico ..................................................................................................... 4 2 Equipamento de Freio 26-L .......................................................................... 9 2.1 Introdução ................................................................................................ 10 2.2 Equipamentos das locomotivas ................................................................. 11 2.2.1 Sistema de alimentação de ar comprimido ................................................ 13 2.2.1.1 Produção de ar comprimido ...................................................................... 14 2.2.1.1.1 Funcionamento do compressor ................................................................. 16 2.2.1.2 Armazenamento do ar comprimido ........................................................... 18 2.2.1.2.1 Válvula de dreno automático ..................................................................... 19 2.2.1.2.2 Torneira de isolamento do reservatório principal....................................... 21 2.2.1.2.3 Válvula de segurança E7-C ........................................................................ 22 2.2.1.2.4 Válvula de retenção do reservatório principal ............................................ 23 2.2.1.2.5 Torneira Interruptora ................................................................................ 24 2.2.1.3 Condicionamento do ar comprimido ......................................................... 25 2.2.1.3.1 Regulador do compressor ......................................................................... 26 2.2.1.3.2 Torneira de sobrecarga do compressor ..................................................... 28 2.2.1.3.3 Manômetros duplos de ar ......................................................................... 29 2.2.1.3.4 Filtros e secador de ar ............................................................................... 30 2.2.2 Distribuição .............................................................................................. 32 2.2.2.1 Encanamento geral.................................................................................... 33 2.2.2.1.1 Válvula de freio de emergência ................................................................. 34 2.2.2.1.2 Válvula de descarga n.º 8 ou válvula de descarga KM ................................ 35 2.2.2.2 Encanamento equilibrante dos reservatórios principais ............................. 37 2.2.2.2.1 Válvula de retenção do encanamento equilibrante dos reservatórios principais .................................................................................................. 38 2.2.2.3 Encanamento equilibrante dos cilindros de freio ....................................... 39 2.2.2.4 Torneiras extremas ................................................................................... 40 2.2.2.5 Mangueiras de freio .................................................................................. 41 2.2.3 Controle .................................................................................................... 43 2.2.3.1 Manipulador automático 26-C ................................................................... 44 2.2.3.1.1 Punho do manipulador automático ............................................................ 46 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 8/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba II 2.2.3.1.2 Válvula interruptora do manipulador automático ....................................... 49 2.2.3.1.3 Válvula reguladora .................................................................................... 51 2.2.3.1.4 Válvula-relé ............................................................................................... 52 2.2.3.1.5 Válvula Interruptora do encanamento geral ............................................... 53 2.2.3.1.6 Válvula de descarga .................................................................................. 54 2.2.3.1.7 Válvula de emergência .............................................................................. 55 2.2.3.1.8 Válvula de supressão ................................................................................. 56 2.2.3.1.9 Reservatório equilibrante .......................................................................... 57 2.2.3.1.10 Válvula Interruptora do reservatório equilibrante ....................................... 58 2.2.3.2 Manipulador independente SA-26 .............................................................. 59 2.2.3.2.1 Válvula de Controle 26-F ........................................................................... 62 2.2.3.2.1.1 Funcionamento da válvula de controle 26-F ............................................... 68 2.2.3.2.2 Válvula-relé J-1 .......................................................................................... 74 2.2.3.2.2.1 Funcionamento da válvula-relé J-1 ............................................................. 76 2.2.3.2.3 Válvula-relé J-1.6.16 ou válvula-relé J-1.4.14 .............................................. 78 2.2.3.2.4 Válvula-relé HB-5 ....................................................................................... 80 2.2.3.2.5 Válvula de transferência MU-2A ................................................................. 81 2.2.3.2.5.1 Funcionamento da válvula MU-2A .............................................................. 82 2.2.3.2.6 Válvula seletora F-1 ................................................................................... 84 2.2.3.2.6.1 Funcionamento válvula seletora F-1 ........................................................... 86 2.2.3.3 Controles de segurança do trem ................................................................ 89 2.2.3.3.1 Válvula de aplicação de freio P2-A ............................................................. 91 2.2.3.3.1.1 Funcionamento da válvula de aplicação de freio P2-A ................................ 94 2.2.3.4 Dispositivo de proteção contra fracionamento de trem – quebra de trem ..........................................................................................................98 2.2.3.4.1 Funcionamento da válvula interruptora de carregamento A-1 .................... 99 2.2.3.5 Dispositivo de intertravamento do freio dinâmico .................................... 103 2.2.3.6 Equipamento de controle de patinação de rodas ..................................... 104 2.2.3.6.1 Funcionamento do equipamento de controle de patinação de rodas ........ 105 2.2.3.7 Dispositivo de locomotiva morta ............................................................. 107 2.2.4 Aplicação ................................................................................................ 109 2.2.4.1 Cilindro de Freio ..................................................................................... 110 2.2.4.1.1 Criação de pressão no cilindro de freio da locomotiva ............................. 112 2.2.4.2 Ajustador de folga ................................................................................... 113 2.2.4.3 Sapatas de freio ...................................................................................... 114 2.2.4.4 Freio manual da locomotiva .................................................................... 118 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 9/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba III 2.3 Equipamentos dos vagões ....................................................................... 120 2.3.1 Distribuição ............................................................................................ 122 2.3.1.1 Torneiras extremas ................................................................................. 123 2.3.1.2 Mangueiras de freio ................................................................................ 125 2.3.1.3 Válvula de descarga ................................................................................ 126 2.3.2 Controle .................................................................................................. 127 2.3.2.1.1 Válvula de controle AB ............................................................................ 129 2.3.2.1.2 Válvula de controle ABD .......................................................................... 132 2.3.2.1.3 Válvula de controle ABDW ....................................................................... 134 2.3.2.1.4 Válvula de controle DB-60 ....................................................................... 135 2.3.2.2 Reservatório combinado .......................................................................... 136 2.3.2.2.1 Coletor de pó combinado com torneira de isolamento............................. 138 2.3.2.3 Retentor de controle de alívio ................................................................. 139 2.3.3 Aplicação ................................................................................................ 141 2.3.3.1 Timoneria de freio .................................................................................. 142 2.3.3.2 Equipamento vazio/carregado ................................................................. 144 2.3.3.3 Ajustador automático de folga ................................................................ 153 2.3.4 Freio manual dos Vagões ........................................................................ 155 3 Sistema de Freio a Ar Controlado por Computador .................................. 157 3.1 Introdução .............................................................................................. 158 3.1.1 Módulo de Processador Integrado - IPM ................................................... 162 3.1.2 Unidade de controle eletropneumático – EPCU......................................... 165 3.1.3 Módulo de interligação dos relés – RIM ................................................... 168 3.1.4 Válvula de freio eletrônico – EBV ............................................................. 169 3.1.5 Módulo de interface com o operador ou display – OIM ............................ 171 4 Freio Eletro Pneumático de Vagões .......................................................... 173 4.1 Conceitos básicos ................................................................................... 174 4.2 Sistema de controle de freio EP-60 .......................................................... 176 4.2.1 Equipamento da locomotiva .................................................................... 177 4.2.2 Equipamento do vagão ............................................................................ 184 4.2.3 Dispositivo auxiliar da extremidade do trem – AED ................................. 188 4.2.4 Comunicações da linha do trem .............................................................. 190 4.3 Frenagem do trem .................................................................................. 191 4.3.1 Inicialização do trem ............................................................................... 192 4.3.2 Bloqueio de segurança da linha do trem .................................................. 193 4.3.3 Varredura manual ................................................................................... 194 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 10/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba IV 4.3.4 Configuração do trem ............................................................................. 195 4.3.5 Comandos de frenagem .......................................................................... 196 4.3.6 Registro de dados ................................................................................... 197 4.4 Controle de freio do trem ECP ................................................................. 199 4.4.1 O sistema WireDP .................................................................................... 200 5 Dinâmica da Frenagem ............................................................................ 203 5.1 Introdução .............................................................................................. 204 5.2 Força de frenagem .................................................................................. 209 5.2.1 Força transmitida pelos cilindros ............................................................. 210 5.2.2 Relação Total de alavancas ...................................................................... 211 5.2.3 Rendimento da timoneria ........................................................................ 213 5.2.4 Exemplo .................................................................................................. 214 5.3 Taxa de frenagem ................................................................................... 215 5.3.1 Exemplo .................................................................................................. 216 5.3.2 Taxa de frenagem dos vagões ................................................................. 217 5.3.3 Taxa de frenagem das locomotivas ......................................................... 218 5.3.4 Exemplo .................................................................................................. 219 6 Manuseio dos Trens ................................................................................ 221 6.1 Introdução .............................................................................................. 222 6.2 Recomendações na operação dos freios .................................................. 223 6.3 Partida de um trem ................................................................................. 225 6.3.1 Trecho em nível ...................................................................................... 2266.3.2 Trecho em rampa ascendente.................................................................. 227 6.3.3 Trecho em rampa descendente................................................................ 229 6.3.4 Trecho em rampa ascendente com movimento a ré ................................. 230 6.3.5 Trecho em rampa descendente com movimento a ré e com trem esticado .................................................................................................. 231 6.3.6 Trecho em rampa descendente com movimento a ré e com o trem encolhido ................................................................................................ 232 6.4 Parada de um trem .................................................................................. 233 6.4.1 Trecho em rampa descendente com auxílio do freio dinâmico ................. 234 6.4.2 Trecho em rampa descendente sem auxílio do freio dinâmico ................. 236 6.4.3 Trecho em rampa descendente com o trem encolhido ............................. 237 6.4.4 Trecho em rampa ascendente com o trem esticado por redução do acelerador ............................................................................................... 238 6.4.5 Trecho em rampa ascendente trem encolhido com movimento a ré ......... 239 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 11/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba V 6.4.6 Trecho em rampa descendente trem esticado com movimento a ré ......... 240 6.5 Redução ou controle da velocidade de um trem ...................................... 241 6.5.1 Trecho em rampa descendente com o trem encolhido e com o auxílio do freio dinâmico .................................................................................... 242 6.5.2 Trecho em rampa descendente com o trem encolhido e sem o auxílio do freio dinâmico .................................................................................... 243 6.5.3 Trecho em rampa ascendente trem esticado através de redução do acelerador ............................................................................................... 244 6.5.4 Trecho com ponto de inflexão (crista) através da redução do acelerador ............................................................................................... 245 6.5.5 Trecho ondulado através da modulação do acelerador ............................ 246 6.5.6 Trecho ondulado através dos freios a ar .................................................. 247 7 Referências Bibliográficas ........................................................................ 249 7.1 Bibliografia ............................................................................................. 250 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 12/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba VI 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 13/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba VII Figuras Figura 1.1 Aplicação dos freios nos primórdios da ferrovia .......................................... 2 Figura 1.2 Sistema de freio pneumático ....................................................................... 3 Figura 1.3 George Westinghouse ................................................................................. 4 Figura 1.4 Esquema simplificado do Sistema de Freio a Ar Direto................................. 5 Figura 1.5 Esquema simplificado do Sistema de Freio a Ar Automático ........................ 6 Figura 1.6 Carregamento do sistema ........................................................................... 7 Figura 1.7 Aplicação do freio ....................................................................................... 7 Figura 1.8 Alívio do freio ............................................................................................. 8 Figura 2.1 Localização dos principais componentes do sistema de freio na locomotiva ................................................................................................ 11 Figura 2.2 Sistema de freio da locomotiva .................................................................. 12 Figura 2.3 Sistema de alimentação de ar comprimido ................................................ 13 Figura 2.4 Compressor alternativo ............................................................................. 14 Figura 2.5 Compressor acionado diretamente pelo motor diesel ................................ 14 Figura 2.6 Compressor acionado por motor elétrico .................................................. 15 Figura 2.7 Resfriador intermediário refrigerado a água .............................................. 16 Figura 2.8 Resfriador intermediário refrigerado por ventilação forçada ...................... 16 Figura 2.9 Posicionamento da válvula de segurança do resfriador intermediário ........ 17 Figura 2.10 Localização dos reservatórios principais .................................................... 18 Figura 2.11 Válvula de dreno automático e manual ...................................................... 19 Figura 2.12 Válvula de dreno automático e manual 580-H............................................ 20 Figura 2.13 Válvula de dreno automático D-1 .............................................................. 20 Figura 2.14 Válvula de segurança ................................................................................ 22 Figura 2.15 Válvula de retenção ................................................................................... 23 Figura 2.16 Torneira interruptora ................................................................................ 24 Figura 2.17 Chave pressostática CCS ........................................................................... 26 Figura 2.18 Válvula magnética CGS .............................................................................. 26 Figura 2.19 Manômetros duplos de ar ......................................................................... 29 Figura 2.20 Filtro centrífugo ........................................................................................ 30 Figura 2.21 Secador de ar por adsorção ....................................................................... 31 Figura 2.22 Ligações e conexões WABCOSEAL .............................................................. 32 Figura 2.23 Válvula de emergência .............................................................................. 34 Figura 2.24 Válvula de descarga nº 8 e válvula de descarga KM ................................... 35 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 14/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba VIII Figura 2.25 Posicionamento das torneiras .................................................................... 40 Figura 2.26 Mangueiras flexíveis de acoplamento ........................................................ 41 Figura 2.27 Mangueira de freio .................................................................................... 41 Figura 2.28 Suporte de engate ..................................................................................... 42 Figura 2.29 Manipulador automático 30 AC-DW ........................................................... 43 Figura 2.30 Manipulador automático 26-C ................................................................... 43 Figura 2.31 Manipulador 26-C......................................................................................45 Figura 2.32 Face dianteira do manipulador 26-C .......................................................... 45 Figura 2.33 Punho do manipulador automático ............................................................ 46 Figura 2.34 Zonas de aplicação do freio automático ..................................................... 46 Figura 2.35 Válvula Interruptora .................................................................................. 49 Figura 2.36 Punho do manipulador independente SA-26 .............................................. 59 Figura 2.37 Zonas de aplicação do freio independente ................................................. 59 Figura 2.38 Válvula de controle 26-F ............................................................................ 62 Figura 2.39 Diagrama da válvula de controle 26-F ........................................................ 62 Figura 2.40 Parte de serviço da válvula de controle 26-F .............................................. 63 Figura 2.41 Parte de alívio rápido ................................................................................ 66 Figura 2.42 Válvula-relé J-1 .......................................................................................... 74 Figura 2.43 Diagrama da válvula-relé J-1 ...................................................................... 74 Figura 2.44 Válvula-relé J-1.6-16 .................................................................................. 78 Figura 2.45 Diagrama da válvula-relé J-1.6-16 .............................................................. 78 Figura 2.46 Válvula-relé HB-5 ....................................................................................... 80 Figura 2.47 Válvula de transferência MU-2A ................................................................. 81 Figura 2.48 Posição Comandante ou Morta .................................................................. 82 Figura 2.49 Posição Comandada - 6 ou 26 ................................................................... 83 Figura 2.50 Posição Comandante - 24 .......................................................................... 83 Figura 2.51 Válvula seletora F-1 ................................................................................... 84 Figura 2.52 Diagrama esquemático da válvula seletora F-1........................................... 85 Figura 2.53 Posição Comandante ou Morta .................................................................. 86 Figura 2.54 Posição Comandante - 6 ou 26 .................................................................. 87 Figura 2.55 Posição Comandada - 24 ........................................................................... 87 Figura 2.56 Posição de fracionamento ......................................................................... 88 Figura 2.57 Válvula Magnética F A-4 (VMV) .................................................................. 89 Figura 2.58 Válvula de pedal ........................................................................................ 89 Figura 2.59 Válvulas de controle do ATC ...................................................................... 90 Figura 2.60 Válvula de aplicação P2-A .......................................................................... 91 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 15/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba IX Figura 2.61 Diagrama da válvula de aplicação de freio P2-A ......................................... 92 Figura 2.62 Posição de aplicação ................................................................................. 95 Figura 2.63 Posição de alívio ....................................................................................... 96 Figura 2.64 Válvula interruptora de carregamento A-1 ................................................. 98 Figura 2.65 Diagrama da válvula piloto interruptora de carregamento A-1 ................... 98 Figura 2.66 Locomotiva comandante ou comandada - alívio normal ............................. 99 Figura 2.67 Locomotiva comandante - emergência por fracionamento ......................... 99 Figura 2.68 Posição do pistão atuante depois que o reservatório de volume tiver sido descarregado ................................................................................... 100 Figura 2.69 Locomotiva comandante - emergência intencional e Locomotiva comandada - qualquer emergência .......................................................... 101 Figura 2.70 Torneira interruptora de 3/8”.................................................................. 104 Figura 2.71 Válvula limitadora ajustável ..................................................................... 105 Figura 2.72 Dispositivo de locomotiva morta ............................................................. 107 Figura 2.73 Válvula C-1-40-8...................................................................................... 107 Figura 2.74 Atuador final do sistema de freio pneumático da locomotiva ................... 109 Figura 2.75 Montagem do atuador final do sistema de freio no truque ...................... 109 Figura 2.76 Cilindro de freio ...................................................................................... 110 Figura 2.77 Componentes do cilindro de freio ........................................................... 110 Figura 2.78 Diagrama esquemático de um cilindro de freio ........................................ 110 Figura 2.79 Ajustador manual de folga ...................................................................... 113 Figura 2.80 Ajustador de automático de folga ........................................................... 113 Figura 2.81 Sapata de ferro fundido........................................................................... 114 Figura 2.82 Sapata de composição não metálica ........................................................ 115 Figura 2.83 Componentes da sapata de freio de composição não metálica ................ 115 Figura 2.84 Freio manual da locomotiva .................................................................... 118 Figura 2.85 Corrente diretamente ligada a haste do cilindro de freio ......................... 118 Figura 2.86 Localização dos componentes de freio a ar no vagão .............................. 120 Figura 2.87 Sistema de freio dos vagões .................................................................... 121 Figura 2.88 Ligações e conexões WABCOSEAL ............................................................ 122 Figura 2.89 Tê de ramal ............................................................................................. 122 Figura 2.90 Torneira angular de punho auto travante ................................................ 123 Figura 2.91 Torneira reta ........................................................................................... 123 Figura 2.92 Mangueira de freio .................................................................................. 125 Figura 2.93 Válvula de descarga nº 8 ......................................................................... 126 Figura 2.94 Válvula de controle AB ............................................................................ 129 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 16/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba X Figura 2.95 Componentes da válvula de controle AB .................................................. 130 Figura 2.96 Válvula de controle ABD .......................................................................... 132 Figura 2.97 Válvula de controle ABDW .......................................................................134 Figura 2.98 Válvula de controle DB-60 ....................................................................... 135 Figura 2.99 Válvula de controle DB-60 instalada no vagão .......................................... 135 Figura 2.100 Reservatório combinado .......................................................................... 136 Figura 2.101 Volume dos reservatórios combinados .................................................... 136 Figura 2.102 Coletor de pó combinado com torneira de isolamento ............................. 138 Figura 2.103 Retentor de controle de alívio .................................................................. 139 Figura 2.104 Punho na posição horizontal ................................................................... 139 Figura 2.105 Punho na posição vertical ........................................................................ 140 Figura 2.106 Timoneria de freio de vagões .................................................................. 142 Figura 2.107 Posição do cilindro de freio ..................................................................... 142 Figura 2.108 Alavancas de força do tipo vertical .......................................................... 143 Figura 2.109 Ponto de apoio da alavanca do cilindro de freio para vagão vazio ............ 145 Figura 2.110 Ponto de apoio da alavanca do cilindro de freio para vagão carregado..... 145 Figura 2.111 Localização do comutador de freio .......................................................... 146 Figura 2.112 Comutador de freio manual ..................................................................... 146 Figura 2.113 Comutador de freio automático ............................................................... 146 Figura 2.114 Cilindro de freio com pistão diferencial ................................................... 146 Figura 2.115 Condição do cilindro de freio com pistão diferencial para vagão vazio..... 147 Figura 2.116 Condição do cilindro de freio com pistão diferencial para vagão carregado ................................................................................................ 147 Figura 2.117 Válvula de mudança manual AB-5 ............................................................ 147 Figura 2.118 Punho da válvula AB-5 ............................................................................. 148 Figura 2.119 Válvula de mudança automática VTA ....................................................... 148 Figura 2.120 Instalação da válvula VTA ........................................................................ 148 Figura 2.121 Condição da válvula VTA para vagão vazio .............................................. 149 Figura 2.122 condição da válvula VTA para condição vagão carregado ......................... 149 Figura 2.123 Reservatório adicional ............................................................................. 150 Figura 2.124 Válvula EL-60 e Válvula EL-X .................................................................... 150 Figura 2.125 Instalação da válvula EL-X no vagão ......................................................... 151 Figura 2.126 Vagão vazio ............................................................................................ 151 Figura 2.127 Vagão carregado ..................................................................................... 151 Figura 2.128 Ajustador pneumático ............................................................................. 153 Figura 2.129 Tipos de ajustadores mecânicos .............................................................. 153 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 17/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba XI Figura 2.130 Detalhes internos dos ajustadores mecânicos ......................................... 154 Figura 2.131 Freio manual de volante com catraca ...................................................... 155 Figura 3.1 Configuração do CCBII ............................................................................ 158 Figura 3.2 Comunicação entre os módulos eletrônicos ............................................ 159 Figura 3.3 Interface com o sistemas da locomotiva .................................................. 160 Figura 3.4 O Módulo do Processador Integrado -IPM ................................................ 162 Figura 3.5 Luzes de indicação do IPM ...................................................................... 163 Figura 3.6 Unidade de controle eletropneumático - EPCU ......................................... 165 Figura 3.7 Instalação da EPCU .................................................................................. 167 Figura 3.8 Reservatório equilibrante ........................................................................ 167 Figura 3.9 Módulo de interligação dos relés - RIM .................................................... 168 Figura 3.10 Manipulador vertical ou lateral ................................................................ 169 Figura 3.11 Manipulador horizontal ou frontal ........................................................... 169 Figura 3.12 Manipulador horizontal ou frontal com display ......................................... 170 Figura 3.13 Computador IFC e displays IDU ............................................................... 171 Figura 3.14 Módulo de interface com o operador - OIM .............................................. 171 Figura 4.1 Sistema de Controle de Freio EP-60 ......................................................... 176 Figura 4.2 Diagrama de blocos da Unidade Head-End - HEU ..................................... 177 Figura 4.3 Controlador de Comunicações da Linha do Trem – TCC........................... 178 Figura 4.4 Fonte de Alimentação da Linha do Trem .................................................. 178 Figura 4.5 Unidade de Interface do Operador instalada numa locomotiva Dash-9 ..... 179 Figura 4.6 Unidade de Interface do Operador – OIU.................................................. 179 Figura 4.7 Caixa de Junção Central .......................................................................... 179 Figura 4.8 Cabo da Linha do Trem ........................................................................... 180 Figura 4.9 Interligação do Cabo da Linha do Trem entre vagões .............................. 180 Figura 4.10 Caixa de Junção da Linha do Trem .......................................................... 180 Figura 4.11 Caixa de Junção da Linha do Trem .......................................................... 181 Figura 4.12 Válvula de freio eletrônico - EBV .............................................................. 181 Figura 4.13 Unidade de Controle Eletro Pneumático – EPCU ....................................... 181 Figura 4.14 Módulo do Processador Integrado – IPM .................................................. 182 Figura 4.15 Módulo de interligação dos relés - RIM .................................................... 182 Figura 4.16 Localização dos componentes do equipamento da locomotiva ................ 183 Figura 4.17 Esquemático do vagão EP-60 ................................................................... 184 Figura 4.18 Válvula de controle EP-60 ........................................................................ 184 Figura 4.19 Dispositivo de Controle do Vagão – CCD e seus componentes ................. 185 Figura 4.20 Dispositivo de Identificação do Vagão - CID ............................................. 185 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 18/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba XII Figura 4.21 Caixade Junção do cabo da Linha do Trem ............................................. 186 Figura 4.22 Localização dos componentes do Equipamento do vagão ........................ 187 Figura 4.23 Dispositivo Auxiliar da Extremidade do Trem – AED ................................ 188 Figura 4.24 Localização do Dispositivo Auxiliar da Extremidade do Trem .................. 188 Figura 4.25 Tela Windows Datacord 5200 .................................................................. 198 Figura 4.26 Controle de freio do trem ECP ................................................................. 199 Figura 5.1 Força de inércia ....................................................................................... 204 Figura 5.2 Força de frenagem .................................................................................. 205 Figura 5.3 Calo de roda ........................................................................................... 207 Figura 5.4 Esquemático da timoneria de freio de um vagão ...................................... 211 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 19/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba XIII Tabelas Tabela 2.1 Escala dos manômetros............................................................................. 29 Tabela 2.2 Indicação de pressão nos manômetros duplos de ar .................................. 29 Tabela 2.3 Torneiras utilizadas nas extremidades dos encanamentos ........................ 40 Tabela 2.4 Finalização dos encanamentos da locomotiva ........................................... 40 Tabela 2.5 Tipos de mangueiras de freio das locomotivas .......................................... 41 Tabela 2.6 Pressão desenvolvidas pelas válvulas-relé do tipo J .................................... 79 Tabela 2.7 Tipos de cilindro de freio de locomotivas ................................................ 111 Tabela 2.8 Condição da torneira angular .................................................................. 123 Tabela 2.9 Tipos de mangueiras de freio de vagões ................................................. 125 Tabela 2.10 Tipos de válvulas de controle .................................................................. 128 Tabela 2.11 Reservatórios combinados utilizados nas ferrovias brasileiras ................. 136 Tabela 2.12 Condição da torneira de isolamento ........................................................ 138 Tabela 2.13 Tipos de cilindro de freio de vagões ........................................................ 141 Tabela 3.1 Indicação propiciada pelo conjunto de luzes na frente do computador IPM ......................................................................................................... 163 Tabela 3.2 Funções dos módulos que compõem a unidade de controle eletropneumático .................................................................................... 166 Tabela 3.3 Funções dos relés operacionais do RIM ................................................... 168 Tabela 5.1 Taxas de frenagem recomendadas pela AAR ........................................... 217 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 20/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba XIV 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 21/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 1 Dinâmica e FrenagemFerroviária 1 Freio Automático José Luiz Borba / Mauro Antônio Bergantini 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 22/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 2 1.1 Introdução Aumentar a capacidade de transporte de um trem não é somente uma questão de colocar mais vagões na composição. Três fatores são determinantes para a um aumento do volume de carga transportado: 1. Aumento da velocidade do trem; 2. Aumento da carga útil por vagão; 3. Aumento da quantidade de vagões no trem. Os fatores acima acarretam problemas técnicos como: capacidade de tração das locomotivas, capacidade dos trilhos, controle do tráfego de composições longas e mais velozes, sinalização, traçados das vias, pátios e linhas auxiliares, frenagem das composições, etc., devem ser superados para possibilitar o aumento da carga útil. Frear um trem não é uma tarefa simples. O que possibilita isso é um sistema composto de compressores, tubulações, mangueiras, reservatórios, válvulas, cilindros, etc., onde cada unidade de uma composição (locomotivas e vagões) tem seu próprio equipamento de freios. Esses equipamentos tem que trabalhar de forma sincronizada para que a composição possa frear de maneira uniforme e segura até parar. Os sistemas de freio dos trens evoluíram através dos tempos junto com outros desenvolvimentos técnicos, motivados pela necessidade de acompanhar o desenvolvimento do transporte de carga nas ferrovias. Nos primórdios da ferrovia havia muita limitação da velocidade das composições em decorrência da falta de um sistema de frenagem eficaz, pois somente a locomotiva possuía capacidade de frear em uma composição. Figura 1.1 Aplicação dos freios nos primórdios da ferrovia 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 23/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 3 As pequenas composições da época podiam ser paradas somente com o peso aderente da locomotiva e a frenagem era feita com a aplicação de contravapor e pelo acionamento manual do freio mecânico, composto por alavancas, que provocava a pressão de sapatas de madeira contra as rodas. A necessidade de se aumentar o número de vagões em uma composição levou ao desenvolvimento do sistema de freios e incorporação dos equipamentos de frenagem nos vagões além da locomotiva. O grande desafio, entretanto, não é só instalar equipamentos desse tipo nos vagões, e sim fazê-los trabalhar em sincronia. A frenagem dos trens atuais é produzida por um sistema de freio pneumático que possui como atuador final um dispositivo mecânico, acionado por um Cilindro de Freio , cujo êmbolo é deslocado de forma que sua haste, através de um conjunto de alavancas, denominado de Timoneria , aplique esforço numa peça, denominada de Sapata de Freio , que atrita diretamente com a superfície de rolamento da roda. P Cilindro de freio Timoneria Sapata de freio Contra sapata Alavanca de freio Figura 1.2 Sistema de freio pneumático A força total exercida pela sapata de material não metálico sobre a superfície de rolamento da roda na direção radial é originada pela aplicação de ar comprimido sobre o êmbolo do cilindro de freio. Durante o contato deslizante entre a sapata de freio e a roda, surge uma força de atrito, diretamente proporcional à força aplicada pela sapata de freio, que produz o conjugado retardador responsável pela redução da velocidade do trem. Por esse motivo, o sistema de freio pneumático também é denominado de Sistema de Freio de Atrito . 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 24/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 4 1.2 Histórico O primeiro sistema de freio a ar comprimido desenvolvido para composições surgiu em 1869. Seu criador, GeorgeWestinghouse o chamou de Freio a Ar Direto . Figura 1.3 George Westinghouse O sistema de Freio a Ar Direto era composto por: Compressor Fornece o ar comprimido para o Reservatório Principal; Reservatório Principal Vaso de armazenamento do ar comprimido; Válvula Alimentadora Controla a liberação do ar comprimido armazenado no Reservatório Principal para o Encanamento Geral através do Manipulador de Freio; Encanamento Geral Encanamento composto por um conjunto de tubos ligados entre si por torneiras e mangueiras flexíveis, que atravessa longitudinalmente cada veículo levando o ar comprimido ao longo da composição; Cilindro de Freio Cilindro de acionamento simples com retorno por mola, cujo êmbolo com haste é deslocado devido à força produzida pela introdução do ar comprimido, através de uma derivação do Encanamento Geral, na sua câmara interna; Timoneria de Freio Conjunto de alavancas e tirantes conectado à haste do Cilindro de Freio, responsável pela transferência de esforços, a partir do avanço da haste, para as Sapatas de Freio, que atritam diretamente com a superfície de rolamento da roda. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 25/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 5 Figura 1.4 Esquema simplificado do Sistema de Freio a Ar Direto Como o nome sugere, na aplicação dos freios o ar comprimido armazenado no Reservatório Principal é liberado pela Válvula de Controle para o Encanamento Geral, que pressuriza diretamente a câmara dos Cilindros de Freio. Consequentemente, a haste do Cilindro de Freio avança e aplica uma força na Timoneria de Freio, que a transforma numa força radial da Sapata de Freio na roda do veículo. O alívio dos freios é feito esgotando-se o ar comprimido do Encanamento Geral e dos Cilindros de Freio para a atmosfera através da Válvula de Controle. Isso foi um avanço muito grande para a época, de modo que seu uso foi difundido rapidamente tanto nos trens de carga quanto nos trens de passageiros. Sua aplicação foi mais efetiva na Europa onde as composições eram pequenas e compostas de vagões variados. No entanto este sistema teve de ser abandonado por apresentar uma série de inconveniências, tais como: o tamanho dos componentes necessários para sua aplicação, sua eficiência ficava comprometida em composições maiores que 12 vagões, perda de rendimento em grandes altitudes, dificuldade de manutenção e não era automático, isto é, os freios não mais seriam aplicados se houvesse um fracionamento do trem ou uma ruptura na mangueira do Encanamento Geral. Além disso, os primeiros vagões tinham o freio acionado antes daqueles que ficavam no final da composição, o fazia com que vagões em que os freios ainda não estavam totalmente aplicados, empurrassem os primeiros vagões e a locomotiva. Para suprir estas deficiências do Freio a Ar Direto , principalmente a de não ser automático, George Westinghouse desenvolveu e patenteou em 1872, outro sistema, que denominou de Freio a Ar Automático . 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 26/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 6 O termo automático deveu-se ao fato de que esse novo sistema aplicava os freios automaticamente em todos os vagões da composição, sem a interferência do maquinista, caso houvesse um vazamento ou uma mangueira se partisse. Para implementar esse novo sistema, além do Cilindro de Freio já existente em cada um dos veículos, foram introduzidos: Válvula de comando Responsável pela aplicação ou alívio dos freios, sendo comandada pelo diferencial de pressão entre o Encanamento Geral e o Reservatório Auxiliar. Reservatório auxiliar Vaso armazenador do ar comprimido responsável pelo acionamento dos Cilindros de Freio. Figura 1.5 Esquema simplificado do Sistema de Freio a Ar Automático A Válvula de Comando ficou assim conhecida como Válvula Tríplice devido as suas três funções básicas: 1. Carregamento do sistema A Válvula de Comando direciona o ar vindo do Reservatório Principal da locomotiva através do Encanamento Geral para o carregamento do Reservatório Auxiliar até a equalização das pressões, mantendo o Reservatório Auxiliar disponível para acionamento dos freios. É importante ressaltar que quando a composição inicia sua operação, ou após uma frenagem, é necessário que os reservatórios de cada veículo sejam recarregados. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 27/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 7 Figura 1.6 Carregamento do sistema 2. Aplicação do freio Quando se deseja aplicar o freio na composição, efetua-se uma redução da pressão no Encanamento Geral. A Válvula de Controle interrompe o fluxo de ar do Encanamento Geral e direciona o ar armazenado no Reservatório Auxiliar, por ocasião do carregamento, para pressurizar a câmara do Cilindro de Freio. O fato do ar de alimentação dos Cilindros de Freio já estar presente no próprio vagão, não sendo necessário esperar pela sua vinda desde o reservatório da locomotiva, torna menor o tempo para aplicação do freio através da Timoneira e das Sapatas de Freio contra as rodas. Figura 1.7 Aplicação do freio A Válvula de Controle também atua efetuando a aplicação dos freios automaticamente, sem interferência do maquinista, quando ocorre um vazamento ou avaria do sistema. 3. Alívio do freio Quando se deseja soltar o freio da composição, efetua-se um aumento da pressão do Encanamento Geral 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 28/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 8 A Válvula de Comando atua descarregando para a atmosfera o ar que estava contido no Cilindro de Freio, provocando um alívio das Sapatas de Freio. Durante essa operação, o Encanamento Geral volta a carregar o Reservatório Auxiliar, recarregando-o para um novo acionamento. Figura 1.8 Alívio do freio 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 29/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 9 Dinâmica e FrenagemFerroviária 2 Equipamento de Freio 26-L José Luiz Borba / Mauro Antônio Bergantini 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 30/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 10 2.1 Introdução O Equipamento de Freio 26-L é parte do sistema de freios dos trens que operam com Freio a Ar Automático, que tem seus componentes instalados na locomotiva e em todos os vagões da composição. Possui todas as particularidades requeridas para o serviço de locomotivas de linha, inclusive controle de segurança, controle de sobre velocidade, intertravamento com o freio dinâmico e proteção contra fraccionamento do trem. É adequado para operação em tração múltipla com as locomotivas equipadas com os sistemas de freio anteriores 6-SL e 24-RL. Seus principais componentes são: Manipulador de freio 26-C Válvula de controle 26-F 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 31/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 11 2.2 Equipamentos daslocomotivas A aplicação do freio automático é feita a partir da locomotiva, cujo equipamento, além do seu próprio freio, controla também a frenagem dos vagões. A Figura 2.1 mostra a configuração do Equipamento de Freio 26-L numa locomotiva, dando destaque a alguns de seus principais componentes. 1- Mangueira do encanamento geral 2- Torneira angular 3- Mangueiras dos encanamentos equilibrante dos reservatórios principais, equilibrante dos cilindros de freio e atuante 4- Torneiras de esfera 5- Sapatas de freio 6- Cilindros de freio 7- Compartimento de válvulas 8- Válvula de pedal 9- Válvula de emergência 10- Válvula MU-2-A 11- Manipulador automático 12- Válvula de segurança 13- Válvula magnética 14- Válvula descarga 15- Reservatório principal 16- Compressor Figura 2.1 Localização dos principais componentes do sistema de freio na locomotiva 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 32/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 12 O sistema de freio da locomotiva é composto das seguintes unidades: Alimentação Produção Armazenamento Condicionamento Distribuição Controle Aplicação Reservatório Principal nº1 Reservatório Principal nº2 Armazenamento Torneira de dreno Torneira de dreno Torneira de dreno Filtro Coletor de pó centrífugoTorneira interruptora Válvula de retenção Válvula de segurança 150 psi Para o sistema dos equipamentos auxiliares Compressor de ar Filtro de admissão Válvula de segurança do compressor de ar 175 psi Resfriadorintermediário Válvula de segurança do resfriador intermediário 60 psi Ligação elétrica Torneira de sobrecarga Válvula magnética do compressor Torneira interruptora Serpentina de resfriamento Válvula de retenção Encanamento geral Encanamento equilibrante dos reservatórios principais Encanamento equilibrante dos cilindros de freio Válvula de descarga nº8 Distribuição Controle Válvula alimentadora Manipulador de freio Torneira interruptora Dispositivo de locomotivamorta Chave pressostática Alimentação Governador do compressor 125 a 140 psi Condicionamento Produção Figura 2.2 Sistema de freio da locomotiva 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 33/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 13 2.2.1 Sistema de alimentação de ar comprimido O sistema de alimentação de ar comprimido é composto das seguintes unidades: Produção Armazenamento Condicionamento Reservatório Principal nº1 Reservatório Principal nº2 Armazenamento Torneira de dreno Torneira de dreno Torneira de dreno Filtro Coletor de pó centrífugoTorneira interruptora Válvula de retenção Válvula de segurança 150 psi Para o sistema dos equipamentos auxiliares Compressor de ar Filtro de admissão Válvula de segurança do compressor de ar 175 psi Resfriador intermediário Válvula de segurança do resfriador intermediário 60 psi Ligação elétrica Torneira de sobrecarga Válvula magnética do compressor Torneira interruptora Serpentina de resfriamento Chave pressostáticaGovernador do compressor 125 a 140 psi Condicionamento Produção Para o sistema de freio a ar Figura 2.3 Sistema de alimentação de ar comprimido 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 34/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 14 2.2.1.1 Produção de ar comprimido A produção de ar comprimido é realizada por um compressor de ar do tipo alternativo de duplo estágio de compressão composto de: 2 (dois) cilindros de baixa pressão (de diâmetro maior, dispostos lateralmente no cárter) 1 (um) cilindro de alta pressão (disposto ao centro dos dois cilindros de baixa, no topo do cárter) 1 (um) resfriador Intermediário que atua entre os 2 (dois) cilindros de baixa e o cilindro de alta. Figura 2.4 Compressor alternativo Os pistões dos 3 (três) cilindros são movimentados por um único munhão do eixo virabrequim, que pode ser acionado: Pelo eixo virabrequim do motor diesel através de um acoplamento; Figura 2.5 Compressor acionado diretamente pelo motor diesel Cilindro de baixa Cilindro de alta Compressor Eixo de acionamento Cilindro de baixa Resfriador intermediário 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 35/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 15 Por um motor elétrico; Figura 2.6 Compressor acionado por motor elétrico Separadamente por um motor diesel auxiliar. O sistema de lubrificação do compressor é do tipo forçado, com bomba própria. O nível de óleo de lubrificação deve ser verificado por meio do visor ou vareta. Motor elétrico Filtro de ar Compressor 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 36/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 16 2.2.1.1.1 Funcionamento do compressor O ar livre da atmosfera, a pressão atmosférica, é constantemente aspirado através de um filtro seco, montado no tubo coletor de entrada, e comprimido nos cilindros de baixa pressão (55 psi). Ao sair dos cilindros de baixa pressão o ar comprimido passa pelo resfriador de ar intermediário, que tem a função básica de retirar parte do calor gerado durante a compressão. A retirada de calor do ar no resfriador intermediário pode ser realizada pela: Circulação da água do sistema de arrefecimento do motor diesel por passagens no corpo do resfriador; Figura 2.7 Resfriador intermediário refrigerado a água Passagem de ar pelo corpo do resfriador, forçada por um soprador acionado pelo próprio eixo do compressor. Figura 2.8 Resfriador intermediário refrigerado por ventilação forçada No resfriador intermediário está instalada uma válvula de segurança que atuará caso a pressão ultrapasse o limite estabelecido de 60 psi. Válvula de segurança Tubulação do sistema de arrefecimento do motor diesel Soprador acionado pelo eixo do compressor 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 37/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 17 Figura 2.9 Posicionamento da válvula de segurança do resfriador intermediário Após o resfriamento as moléculas do ar ocupam um menor volume, de modo que o ar fica mais denso, isto é, uma maior quantidade de moléculas por unidade de volume é introduzida no cilindro de alta pressão, o que torna mais eficiente a operação do cilindro de alta pressão e aumenta a capacidade volumétrica do compressor. O cilindro de alta pressão se encarrega de comprimir esse volume de ar a uma pressão maior (125 a 140 psi). O ar comprimido deixa o compressor a uma temperatura muito alta (270 ºC), necessitando sofrer mais um resfriamento antes de atingir os reservatórios principais. Por isso, ele passa por uma serpentina de resfriamento com tubos aletados, que serve para reduzir sua temperatura e provocar a condensação da umidade nele existente. A quantidade de umidade contida no ar livre da atmosfera praticamente dobra na medida em que a temperatura ambiente cresce 10 ºC. Assim, haverá duas vezes mais umidade no ar quando a temperatura ambiente se situa a 30 ºC do que a 20 ºC, e assim sucessivamente. Como no Brasil, tanto na região norte como na região central, astemperaturas ambientes são relativamente elevadas ao longo do ano, logo a quantidade de umidade contida no ar é bastante elevada. A umidade que é levada pelo compressor causa corrosão nas superfícies metálicas dos componentes do sistema pneumático da locomotiva. Quando as partículas sólidas desprendidas das corrosões colocadas no fluxo de alta velocidade do ar agem como um jato de areia corroendo os componentes. Além disso, o óleo de lubrificação que passa pelos anéis dos pistões do compressor mantém os orifícios das válvulas obstruídos. Válvula de segurança do resfriador intermediário 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 38/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 18 2.2.1.2 Armazenamento do ar comprimido O armazenamento do ar comprimido é feito em dois reservatórios, denominados de reservatórios principais, que têm por finalidade armazenar o ar comprimido produzido pelo compressor e ajudar tanto no resfriamento como na retenção das impurezas e da água resultante da condensação, a fim de permitir que um ar limpo e seco abasteça o sistema pneumático da locomotiva, que é composto por: Sistema de freio a ar, na operação dos freios da locomotiva e da composição; Sistema dos equipamentos auxiliares da locomotiva (ar de controle, sino, buzina, válvulas e injetores de areia, campainhas, limpadores de para-brisas, contatores elétricos, etc.). Figura 2.10 Localização dos reservatórios principais São identificados como: Reservatório principal nº 1 abastece o sistema dos equipamentos auxiliares. Reservatório principal nº 2 abastece o sistema de freio a ar da locomotiva. Todas as derivações destinadas à alimentação do sistema dos equipamentos auxiliares da locomotiva devem sair da tubulação entre o reservatório principal nº 1 e o reservatório principal nº 2. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 39/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 19 2.2.1.2.1 Válvula de dreno automático A tubulação da serpentina de resfriamento tem uma pequena inclinação que faz com que a água condensada flua para o reservatório nº 1. Quando o ar entra no reservatório principal nº 1, a sua temperatura é reduzida mais ainda e a condensação é mais efetiva. Por essa razão, a maior quantidade de água é encontrada no reservatório principal nº 1. Os reservatórios principais da locomotiva são instalados com uma leve inclinação para forçar a condensação a se acumular no lado mais baixo, onde normalmente são instaladas válvulas de dreno automático que servem para expurgar a água proveniente da condensação do ar e as impurezas do reservatório, pois a água pode ser considerada como o maior veneno para o sistema de freio pneumático. As válvulas de dreno automático expurgam a água condensada toda vez que a pressão do reservatório principal atingir 140 psi e param de eliminá-la quando esta pressão atingir o limite mínimo de 125 psi. Figura 2.11 Válvula de dreno automático e manual Porém podem também ser acionadas manualmente. A drenagem manual dos reservatórios principais e dos filtros deve ser uma prática constante, tanto pelos responsáveis pela operação quanto pelos responsáveis pela manutenção, pois os drenos automáticos não conseguem eliminar toda a água desses equipamentos, mesmo funcionando perfeitamente. A válvula de dreno automático e manual 580-H possui 3 (três) posições reguladas no próprio punho: Posição normal de operação Drenagem manual Isolamento Válvula de dreno automático 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 40/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 20 Figura 2.12 Válvula de dreno automático e manual 580-H A válvula de dreno automático D-1 não permite o isolamento e o dreno manual é realizado através de uma torneira. Figura 2.13 Válvula de dreno automático D-1 Dreno automático Dreno manual 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 41/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 21 2.2.1.2.2 Torneira de isolamento do reservatório principal Para reparação do sistema de freio, esta torneira deve ser fechada, a fim de isolar o reservatório principal e descarregar totalmente a pressão do sistema de freio através de um orifício de descarga que possui. Caso essa torneira seja fechada os ponteiros dos manômetros na cabine da locomotiva registrarão pressão zero. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 42/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 22 2.2.1.2.3 Válvula de segurança E7-C A válvula de segurança E7-C evita a sobrecarga de pressão no sistema pneumático, descarregando para a atmosfera a pressão do reservatório principal toda vez que esta se torne excessiva. Figura 2.14 Válvula de segurança Alguns tipos de locomotivas, além da válvula de segurança instalada logo após o reservatório principal nº 1, calibrada em 150 psi, possuem outra instalada próxima ao compressor, calibrada com 175 psi. A calibragem das válvulas de segurança depende de instruções da Ferrovia. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 43/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 23 2.2.1.2.4 Válvula de retenção do reservatório principal Instalada no encanamento que liga o reservatório principal nº 1 ao reservatório principal nº 2, a válvula de retenção com orifício de 1”, permite fluxo total de ar do reservatório principal nº 1 para o reservatório principal nº 2, mas impede o fluxo no sentido inverso. Figura 2.15 Válvula de retenção Funciona como uma proteção, pois, o fechamento dessa válvula impedirá a perda da pressão do reservatório principal nº 2 através de uma abertura para a atmosfera antes da válvula de retenção, originada por um problema no compressor, uma ruptura das tubulações de resfriamento, danos ao reservatório principal nº 1ou por uma ruptura do encanamento equilibrante dos reservatórios principais causada por uma eventual separação entre as locomotivas e o consequente desacoplamento das mangueiras. Pelas normas da FRA (Federal Railroad Administration) em caso de avaria no sistema dos reservatórios principais, a locomotiva deve reter ar suficiente para, no mínimo, 3 (três) aplicações e alívios dos freios e acionamento dos contatores e das chaves reversoras. A válvula de retenção também serve para reduzir o tempo de carregamento do sistema de reservatórios principais de uma locomotiva Rebocada Morta , permitindo somente o carregamento do reservatório principal nº 2. A verificação do perfeito funcionamento da válvula de retenção do reservatório principal nº 2 se dá através do Teste de Fracionamento . 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 44/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 24 2.2.1.2.5 Torneira Interruptora Isolamento de 1” Isola os reservatórios principais do sistema de freio a ar, possibilitando o descarregamento deste para a reparação. Isolamento de 1” e coletor de pó Isola o ar que abastece a buzina, os limpadores depara-brisas e os injetores de areia. Isolamento de 3/8” Isola o ar que abastece a válvula de areia e a válvula de sino. Figura 2.16 Torneira interruptora 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 45/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 25 2.2.1.3 Condicionamento do ar comprimido Após passar por todo o processo de produção o ar comprimido deve sofrer um condicionamento antes de ser colocado para trabalhar. O funcionamento regular de qualquer componente no sistema depende da estabilidade da pressão de alimentação, da isenção de umidade e do grau de filtragem. Portanto, o condicionamento do ar comprimido consiste de: Regulagem da pressão Drenagem Para que a drenagem seja feita, devem ser instalados drenos (purgadores), que podem ser manuais ou automáticos, com preferência para o último tipo. Filtragem Após a eliminação do condensado, restará no ar comprimido uma pequena quantidade de vapor de água em suspensão, que os pontos de drenagem comuns não conseguirão remover ou eliminar. A filtragem do ar consiste na aplicação de dispositivos capazes reter as impurezas suspensas no fluxo de ar e de suprimir a umidade ainda presente. O equipamento normalmente utilizado para este fim é o filtro de ar, que atua de duas formas distintas: Pela ação da força centrífuga. Pela passagem do ar através de um elemento filtrante. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 46/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 26 2.2.1.3.1 Regulador do compressor O regulador do compressor consiste de: Chave pressostática CCS (Compressor Control Switch) A chave pressostática CCS consiste em uma chave elétrica atuada por uma face sensível à pressão, que é atuada por uma mola de carga. Figura 2.17 Chave pressostática CCS Válvula magnética CGS (Compressor Governor Switch) A válvula magnética CGS mantém as válvulas de admissão dos cabeçotes dos cilindros do compressor: Abertas quando a pressão atingir o limite máximo; Fechadas quando a pressão atingir o limite mínimo. Figura 2.18 Válvula magnética CGS O Compressor carrega os reservatórios principais até que a pressão atinja o limite máximo de regulagem da chave pressostática CCS. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 47/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 27 Nesse momento a chave pressostática CCS desenergiza a válvula magnética CGS (Compressor Governor Switch), que mantém as válvulas de admissão dos cabeçotes dos cilindros do compressor abertas, fazendo com que ele passe a trabalhar em vazio . Se a pressão nos reservatórios principais cair abaixo do limite mínimo ajustado na chave pressostática CCS, a mesma energiza a válvula magnética CGS, que mantém as válvulas de admissão dos cabeçotes dos cilindros do compressor fechadas, permitindo que ele carregue os reservatórios principais. Simultaneamente abre as válvulas de dreno automático. A pressão do ar nos reservatórios principais é regulada entre limites prefixados conforme instruções da Ferrovia, normalmente: 125 psi pressão mínima; 140 psi pressão máxima. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 48/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 28 2.2.1.3.2 Torneira de sobrecarga do compressor Essa torneira possui descarga lateral e nos casos de avaria, em que o compressor não comprime, esta torneira deve ser fechada. Este procedimento fará com que o compressor trabalhe em sobrecarga , ou seja, comprimindo direto, sem entrar na condição de vazio . Quando se coloca um compressor em sobrecarga deve-se observar, rigorosamente, a atuação da válvula de segurança do reservatório principal. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 49/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 29 2.2.1.3.3 Manômetros duplos de ar Os manômetros são instrumentos destinados a medir a pressão. As locomotivas são equipadas com dois manômetros duplos de ar, com dois ponteiros cada, e escalas conforme a Tabela 2.1 Tabela 2.1 Escala dos manômetros Manômetro Escala Direita 0 a 200 psi Esquerda 0 a 160 psi Ficam localizados na parte superior do pedestal de comando, e, devem ser monitorados durante todas as etapas inerentes às atividades de condução de trens: manobras e viagens na Via de circulação. Figura 2.19 Manômetros duplos de ar Os dois manômetros indicam as pressões no sistema de freio a ar conforme especificado na Tabela 2.2. Tabela 2.2 Indicação de pressão nos manômetros duplos de ar Ponteiro Manômetro Esquerda Direita Vermelho Reservatório principal Cilindro de freio Branco Reservatório equilibrante Encanamento geral 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 50/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 30 2.2.1.3.4 Filtros e secador de ar Em uma locomotiva podem ser usados vários tipos de dispositivos, normalmente localizados na tubulação após o reservatório principal nº 2, para purificar o ar que vai atuar no sistema pneumático. Filtro centrífugo O filtro centrífugo geralmente tem um vórtice (redemoinho) pelo qual os detritos são centrifugados e depositados no fundo da câmara, juntamente com a água condensada pelo resfriamento do ar. Figura 2.20 Filtro centrífugo Filtro coalescente Esse tipo de filtro inclui dois elementos: Elemento filtrante; Elemento coalescente. O elemento coalescente contém uma substância que provoca a coalescência, isto é, a aglomeração das gotículas de água. A água é então depositada no fundo da câmara do filtro, sendo expelida posteriormente através do dreno. Secador de ar O desempenho dos sistemas Freio Eletrônico CCBII e Locotrol não serão satisfatórios se o sistema pneumático da locomotiva não for mantido totalmente seco e limpo. Portanto, é altamente recomendável a instalação de secadores de ar nas locomotivas para prover ar seco, limpo, livre de óleo e de partículas de sólidos para o sistema pneumático. 5/11/2018 Apostila Sistema de Freios - UNIVIX - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostila-sistema-de-freios-univix 51/274 Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária UNIVIX / VALE Professor: José Luiz Borba 31 O tipo mais comum de secador de ar é o secador por adsorção, que utiliza como elemento dissecante uma substância formada por pérolas à base de silicato de alumínio, cuja estrutura molecular é extremamente higroscópica, capaz de absorver ou adsorver o vapor de água existente no ar, assim como outras substâncias. Este sistema é composto por duas câmaras de secagem, interligadas através de um dispositivo pré-coalescedor, que operam alternadamente, controladas por um temporizador eletrônico. Enquanto uma das câmaras está processando a secagem do ar, a outra recebe através de um estrangulador uma pequena parcela de ar para que seja feita a regeneração. No ciclo seguinte a situação é invertida. A fim de tornar o sistema com capacidade de secagem praticamente ilimitada, utiliza-se o processo de regeneração depois de determinados intervalos, efetuado com ar seco e expandido. Figura 2.21 Secador de ar
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