Buscar

DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CARLOS HENRIQUE HOFFMANN 
DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTI A 
FLORIANOPOLIS 
2008 
CARLOS HENRIQUE HOFFMANN 
DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTIA 
Monografia apresentada ao Curso de 
Especialização em Periodontia, da 
Universidade Federal de Santa Catarina, como 
requisito para obtenção de titulo de 
Especialista em Periodontia. 
Prof' MSc. Ariadne Cristiane Cabral Cruz 
C :0) c...) 
co 
°Ir 
Cl) 
 'n 	— 
c...1 
 
FLORIANOPOL IIS 
2008 
CARLOS HENRIQUE HOFFMANN 
DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTIA 
Este trabalho de conclusão foi julgado adequado para obtenção do titulo de Especialista 
em Periodontia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em 
Periodontia. 
Florianópolis, 11 de dezembro de 2008. 
BANCA EXAMINADORA 
Profa. Ariane Cristiane Cabral Cruz 
(Orientadora) 
 
 
Armando Rodrigues Lopes Pereira Neto 
(Mestrando) 
Gustavo Castelazzi Sella 
(Mestrando) 
RESUMO 
Sendo a placa dental o fator etiológico primário pelo processo inflamatório periodontal, fica 
bem estabelecido que a combinação de medidas mecânicas de controle do biofilme, executada 
pelo profissional e pelo paciente, é na maioria das vezes efetiva para prevenir a progressão da 
doença, porém, estas medidas estão constantemente sujeita a falhas, uma vez que não 
proporciona a eliminação completa do biofilme. Utilizadas em conjunto com o método 
mecânico na tentativa de superar os problemas associados a essa terapia, estão os produtos de 
higiene bucal, contendo os mais variados agentes ativos. Dessa forma os cirurgiões dentistas 
deverão conhecer e avaliar criteriosamente os produtos disponíveis para o controle do 
biofilme dental. 
Palavras-chave: Agentes antimicrobianos, Prevenção, Dentifrício, Dentifrício terapêuticos. 
ABSTRACT 
Being the dental plaque the primary etiological factor for the periodontal inflammatory 
process, it s well set that the combination of mechanical measures of biofilm control, executed 
by the professional and by the patient, most of the times it s effective to prevent the sickness 
progress, but, these measures are often opened to failures, once they don t eliminate the 
biofilm totally. Used together with the mechanical method in attempt of overcoming the 
problems associated to this therapy are the oral hygiene products containing several active 
agents, this way the dentist should know and evaluate carefully the products available for the 
dental biofilm control. 
Keywords: Antimicrobial agents, Prevention, Dentifrice, Dentifrices therapeutic. 
INTRODUÇÃO 	 7 
1 PROPOSIÇÃO 	 8 
2 REVISÃO DA LITERATURA 	 9 
2.1 HISTORIA DOS CREMES DENTAIS 	 9 
2.2 DENTIFRÍCIOS 	 10 
2.3 LEGISLAÇÃO 	 1 1 
2.3.1 ANVISA 	 I 1 
2.3.2 INMETRO 	 I I 
2.3.3 Selo ABO — confiança na qualidade do produto 	 1 
2.4 COMPONENTES DE UM DENTIFRÍCIO 	 12 
2.4.1 Abrasivos 	 12 
2.4.2 Umectantes 	 13 
2.4.3 Detergentes 	 14 
2.4.4 Aromatizantes 	 15 
2.4.5 Edulcorantes 	 15 
2.4.6 Espessantes 	 15 
2.4.7 Conservantes 	 16 
2.4.8 Solventes 	 16 
2.4.9 Agentes ativos 	 16 
2.4.9.1 Agentes anti-sensibilidade 	 16 
2.4.9.1.1 Cloreto de estrôncio 	 16 
2.4.9.1.2 Nitrato de potássio 	 17 
2.4.9.1.3 Fluoreto de estanho 	 17 
2.4.9.2 Agentes protetores 	 18 
2.4.9.2.1 Fluoretos 	 18 
2.4.9.3 Agentes antisépticos 	 19 
2.4.9.3.1 Triclosan 	 19 
2.4.9.3.2 Clorexidina 	 19 
2.4.9.3.3 Bicarbonato de sódio 	 20 
2.4.9.4 Agentes antitártaro 	 2 1 
2.4.9.4.1 Pirofosfato de sódio 	 21 
2.4.9.4.2 Citrato de zinco 	 71 
2.4.9.5 Agentes clareadores 	 2 1 
2.4.9.5.1 Peróxidos 	 21 
2.4.9.6 Produtos herbais 	 ?-) 
2.4. 9.6. 1 Própolis 	 23 
2.4. 9.6. 2 Aloe vera 	 23 
2. 4.9.6. 3 Ju6 	 24 
2.4.9.6.4 Sanguinarina 	 24 
2.4. 9.6. 5 Camomila / Echinacea / Ratánea / Sálvia -) 4 
2.5 DENTIFRÍCIOS NA PERIODONTIA 	 s 
2.5.1 Triclosan 	 26 
2.5.2 Triclosan / Copolimero 	 27 
2.5.3 Triclosan / Pirofosfato 	 30 
2.5.4 Triclosan / Citrato de zinco 	 30 
2.5.5 Clorexidina 	 31 
2.5.6 Fluoreto estanhoso / Fluoreto de amina 	 31 
2.5.7 Fluoreto estanhoso / Hexametafosfato sódio 	 3 9 
3 CONCLUSÃO 	 34 
REFERÊNCIAS 	 35 
ANEXO 	 45 
INTRODUÇÃO 
A evolução da ciência impôs diretrizes no preparo de dentifrícios, nas apresentações 
liquidas, pastosas ou em p6. 0 desenvolvimento tecnológico que se registrou nas formulações 
dos dentifrícios fez com que o pó deixassem de ser procurados como produtos de utilização 
cotidiana e os cremes dentais tornaram-se a forma preferencial devido à facilidade e 
comodidade de manuseio, estabilidade e palatibilidade. 
Os dentifrícios inicialmente foram exclusivamente preparados com o único propósito 
de promover a higiene bucal, contendo apenas excipientes e adjuvantes, em uma condição 
cosmética, ou seja, aquela que define um sorriso bonito. Atualmente se busca obter os mais 
diversos efeitos, tais como, antiplaca, anti-séptico, antiinflamatório, anti-sensibilidade, 
clareadores e protetores. 
7 
1 PROPOSIÇÃO 
Profissionais e pacientes estão expostos a uma variedade de agentes antimicrobianos, 
inseridos tanto em dentifrícios como em colutórios, que são muitas vezes vendidos sem 
prospectos explicativos de suas propriedades. Dessa forma, torna-se essencial para a escolha 
de um agente de controle do biofilme supragengival, o conhecimento de seus aspectos físico-
químicos, bem como o risco de induzir efeitos colaterais. Assim este trabalho tem o propósito 
de apresentar alguns dentifrícios presentes no mercado. 
8 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
2.1 HISTORIA DOS CREMES DENTAIS 
0 desenvolvimento das pastas de dentes iniciou-se por volta dos anos 300-500 a.C. 
na China e Índia. De acordo com a história chinesa, um homem chamado Huang-ti foi o 
primeiro a estudar os cuidados com os dentes. Durante os anos 3000-500 a.C., os povos 
egípcios elaboravam a pasta de dentes misturando cinzas de ossos de boi, p6 de arroz e cascas 
de ovos queimados. Achados posteriores mostraram que todos esses ingredientes deveriam ser 
misturados em conjunto, porém não especificavam como deveria ser utilizado o pó obtido 
dessa mistura. Supõe-se que os antigos egípcios utilizavam seus dedos para esfregar esta 
mistura em seus dentes. 
Relatos da antiga Índia, China e Egito mostraram que os gregos e romanos foram os 
povos que desenvolveram e aperfeiçoaram o creme dental. A pasta de dentes ou dentifrício foi 
inicialmente desenvolvida na Inglaterra no fim do século 18. Era apresentada em um pote de 
cerâmica, podendo vir em forma de pó ou em forma de pasta. Mas o creme dental que 
representou uma evolução importante no mercado foi criada pelo americano Washington 
Sheffield, em 1873. Seu filho Tracy, também dentista, duas décadas mais tarde colocou-a num 
tubo de metal - e merece ser considerado um gênio do design industrial. Nesta data começou a 
popularização do creme dental. A partir da década de 50 ele foi se tornando mais agradável, 
cremoso, com novos sabores, menos abrasivo, e houve a inclusão de flúor, pós branqueadores 
e produtos para combater a sensibilidade dentária. Em 1 de agosto de 1960, o Council on 
Dental Therapeutics da American Dental Association (ADA), classificou como "B" um 
dentifrício fluoretado como de valor terapêutico. Em 1964 a classificação passou de "B" para 
"A", sendo reconhecido como de valor terapêutico. Apenas em 1969, foi classificado como 
"A" o primeiro dentifrício fluoretado não estanhoso. Nos anos 80, os cremes dentais com 
flúor dominaram as prateleiras. Apareceram, em seguida, os que removem manchas e 
combatem o cálculo e placa bacteriana. Desenvolvidos na década de 90 os cremes dentais 
remineralizadores são uma nova geração de produtos que fortalecem ainda mais o esmalte. 
9 
2.2 DENTIFRÍCIOS 
Os dentifrícios são considerados como uma substancia destinada à limpeza dos 
dentes, conservação das gengivas e assepsia bucal. 
0 Decreto n. 79.094, de 05/01/1977 definiu dentifrício como um produto destinadohigiene e limpeza dos dentes, dentaduras postiças e da boca, apresentados com aspecto 
uniforme e livres de partículas palpáveis na boca em formas e veículos condizentes, podendo 
ser coloridos e ou aromatizados. 
Segundo Lara e Panzeri (1994), os dentifrícios são produtos resultantes de 
formulações conscientes nas quais se busca, com a interação de uma soma de substâncias, 
obter um produto com qualificação equilibrada de propriedades, as quais dependem de 
diferentes associações. 
Harry (1990) formulou os requisitos básicos de um dentifrício, que incluem. Limpar 
os dentes de modo adequado, isto 6, eliminar os resíduos de alimentos, placas e manchas; Dar 
uma sensação de frescor e limpeza à boca; Custo acessível que fomente seu uso regular e 
freqüente; Ser inócuo, agradável e fácil de usar; Embalagem econômica e permanecer estável 
durante o seu armazenamento; Ajustar-se a padrões aceitos em termos de abrasividade ao 
esmalte e dentina; Em usos profiláticos, estas devem estar fundamentadas em ensaios clínicos 
dirigidos. 
Ao longo do tempo os dentifrícios tem desempenhado um papel fundamental na 
prática da boa higiene bucal e promoção da saúde bucal. Além de fornecer produto para 
limpeza dental, também tem servido como excelente veiculo para introdução de novos agentes 
que oferecem benefícios terapêuticos e cosméticos (BAIG; HE, 2005). 
0 principal método de remoção do biofilme dental é a escovação. Entretanto, frente 
ao conhecimento das limitações dos métodos mecânicos de higiene bucal, pesquisas têm sido 
realizadas para avaliar a importância dos agentes químicos no controle do biofilme 
(MODESTO et al., 2001). Essas substâncias podem agir de diferentes formas na microbiota, 
interferindo na adesão bacteriana à superfície dental por meio de agentes antiadesivos ou na 
síntese de polissacarideo extracelular (IKENO et al., 1991; ADDY et al., 1992). Dentre os 
agentes químicos para higienização bucal estão os dentifricios, considerados os principais 
agentes químicos de auxilio na remoção do biofilme. Esses produtos apresentam as funções 
de remover manchas dos dentes, fornecer sensação de frescor e limpeza e servir como veiculo 
para agentes terapêuticos (FEJERSKOV; KIDD, 2005). 
10 
2.3 LEGISLAÇÃO 
2.3.1 ANVISA 
A legislação que regulamenta a classificação dos produtos de higiene dental e bucal é 
a RDC n. 79 de 28/08/2000 (ANVISA), classificando-os na categoria de produtos de higiene. 
0 grau de risco atribuído a este produtos pode ser diferenciado em 1 ou 2 dependendo da 
finalidade a que se destina. Produtos para fins especiais como antiplaca, anticdrie, anticálculo, 
clareador químico e anti-séptico, obrigatoriamente se enquadram no grau de risco 2 (produto 
com risco potencial), e estabelece o teor máximo de 1500 mg para concentração total de flúor 
nos dentifrícios. 
A Portaria n. 71, de 29/05/1996, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério 
da Saúde apresenta informações indispensáveis que devem constar nas embalagens dos 
dentifricios.A Portaria n. 21, de 25/10/1989, da Secretária de Vigilância Sanitária do 
Ministério da Saúde estabelece requisitos para assegurar a qualidade e a eficácia dos cremes 
dentais. A Resolução RDC n. 13 de 17/01/2003 afirma que cremes dentais devem constar no 
seu rótulo, quando o produto for indicado para hipersensibilidade dentinária. 
2.3.2 INMETRO 
Além das portarias exigidas pela ANVISA, o INMETRO, ainda solicita a ISO 
11.609, de dezembro de 1995 toothpaste- Requirements, Test Methods and marking. 
Estabelece os parâmetros e os métodos de ensaio para verificar as propriedades fisicas e 
químicas e a rotulagem de cremes dentais. 
E a The Cosmetic, Toiletry and Fragance Association - CTFA - Microbiology 
Guidelines, de janeiro de 1993. Estabelece os parâmetros microbiológicos para cosméticos e 
produtos de toalete. 
Os laboratórios credenciados são o Laboratório das Faculdades de Ciências 
Farmacêuticas e de Odontologia da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto - realiza 
ensaios microbiológicos, de pesquisa de metais pesados, de pH, de análise de rotulagem e 
determinação da concentração de flúor. 
0 Oral Health Research Institute da Faculdade de Odontologia da Universidade de 
11 
12 
Indiana, nos Estados Unidos, responsável pela realização dos ensaios de abrasividade. 
Infection Control Research & Services da Faculdade de Odontologia da Universidade de 
Indiana é responsável pela realização dos exames que verificam a presença de carboidratos 
fermentáveis, nas pasta de dentes. 
2.3.3 Selo ABO — confiança na qualidade do produto 
Em 1985 a ABO Nacional implantou o Selo de Qualidade ABO, com o objetivo de 
promover a certificação e a normalização de produtos e equipamentos odontológicos 
brasileiros. Juntamente ao Selo foi criado o Departamento de Avaliação de Produtos 
Odontológicos da ABO Nacional (Dapo), responsável pelas análises e pesquisas dos produtos, 
incluindo as embalagens e informações ao consumidor. 
0 processo de normalização da ABO segue um programa internacional, cujas 
diretrizes emanam do Comitê Técnico de Odontologia da Organização Mundial de 
Normalização (ISO/TC-106), órgão responsável pela normalização de produtos odontológicos 
em nível mundial. Além disso, o trabalho realizado pelo Dapo revolucionou os mecanismos 
de análise em higiene bucal ao desenvolver equipamentos para novos tipos de ensaios, 
específicos para as necessidades do mercado nacional, e garantindo precisão, autenticidade e 
confiabilidade aos resultados obtidos. 
2.4 COMPONENTES DE UM DENTIFRÍCIO 
2.4.1 Abrasivos 
São componentes insolúveis que são usados como agentes de limpeza e polimento, 
constituem de 35 a 50% do dentifrício, sua finalidade é a de remover da superficie dos dentes, 
sem danificarem o esmalte e a dentina, as manchas, placa bacteriana e os resíduos 
alimentares. A remoção mecânica das manchas oriundas do depósito de substâncias corantes 
encontradas nos alimentos como chá, café e tabaco, são removidas de forma segura com um 
dentifrício com abrasivo e continua sendo ainda o método mais indicado e fácil de ser usado 
pelo público em geral (PANZERI et al, 1979). 
Os abrasivos mais utilizados são o carbonato de cálcio, fosfato dicálcico di- 
13 
hidratado, fosfato tricalcico, pirofosfato de cálcio, meta fosfato de sódio insolúvel, aluminas, 
silicas, silicatos, carbonato de magnésio, oxido de silício, dióxido de silício, compostos de 
alumínio. 
O carbonato de cálcio foi um dos compostos mais utilizados como abrasivos, são 
diferenciados pela forma cristalina, tamanho de partícula e pela densidade. Ocasionando na 
forma cristalina muita variação na uniformidade das partículas de cristais e presença de 
cristais de quartzo, tornando muito agressivo ao esmalte dentário, segundo (PRISTA; BAHIA; 
VILAR, 1995). 
O fosfato dicálcicodi-hidratado confere um pH entre 6 a 8 e um paladar mais 
agradável e vem associado ao fosfato dicálcicoanidro para diminuir a agressividade abrasiva. 
0 fosfato dicálcicoanidro é cinco vezes mais abrasivo do que seu similar di-hidratado, sendo 
utilizado quando se quer um polimento mais intenso. 
O pirofosfato de cálcio é três vezes mais abrasivo do que o fosfato dicálcicodi-
hidratado, sendo o de eleição para produtos que contém fluoreto de sódio ou estanhoso por 
não reagirem com estes compostos. A baixa disponibilidade de ions cálcio solúveis contribui 
para a estabilidade dos fluoretos. Os demais compostos abrasivos de cálcio são incompatíveis 
com os fluoretados. As pastas dentifricias que apresentam derivados de flúor, utilizam 
abrasivos como metafosfato de sódio, carbonato de magnésio, o óxido de alumínio e 
derivados do ácido silicico. 
O metafosfato de sódio deixou de ser usado, apesar de ser compatível com 
compostos fluoretados, pois é um quelante dos sais de cálcio intervindo na estrutura dentária. 
0 carbonato de magnésioé um abrasivo suave, confere um tom acinzentado ao dentifrício. As 
silicas são partículas muito pequenas, possibilitando a formulação de produtos com excelente 
aspecto e baixa densidade. 
2.4.2 Umectantes 
Servem para evitar que o dentifrício seque quando exposto ao ar e para dar um 
aspecto cremoso. Constituem de 2 a 30% das pastas. As substâncias mais utilizadas para essa 
finalidade são o glicerol, o sorbitol, o propileno, o glicol e o polietilenoglicol. 
Os mais empregados são a glicerina e o sorbitol, sendo que a glicerina confere ao 
produto acabado uma consistência superior ao do sorbitol, O propilenoglinol tem sabor 
adstringente, enquanto a glicerina e sorbitol apresentam sabor adocicado, fato que auxilia a 
14 
função de edulcorantes e aromatizantes (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1995). 
Nos dentifricios na forma de gel transparente, o sistema umectante tem uma grande 
importância, neste tipo de dentifrício a quantidade de água é minima e de umectante é 
elevada, dando a característica de transparência ao produto (NUNES, 1996). 
2.4.3 Detergentes 
Quase todos os dentifrícios contêm um agente espumante e redutor da tensão 
superficial para melhorar a qualidade de limpeza do abrasivo. Ao baixar a tensão superficial, 
os detergentes fazem com que os dentifrícios molhem com mais facilidade as superficies dos 
dentes e facilitem a dispersão dos materiais ai acumulados. A concentração dos detergentes 
nos dentifrícios varia de 3 a 6%. 
Um bom tensoativo deve ser insípido, atóxico e não irritante da mucosa bucal. Os 
sabões de sódio e potássio foram os primeiros a serem usados, porém suas desvantagens, 
como o elevado pH, sabor e incompatibilidade com outros componentes , tem induzido a sua 
substituição por detergentes sintéticos. Estes compostos também não estão isentos, mas como 
são utilizados em quantidade mais baixa, são menos agressivos para a mucosa oral (HARRY, 
1990). 
Os tensoativos sintéticos, que normalmente são usados como o laurilsulfato de sódio, 
o laurilsulfato de magnésio e o laurilsarcosinato de sódio, podem causar danos aos tecidos 
moles da boca, embora in vivo, a saliva neutraliza esses efeitos (MOORE; ADDY, MORAN, 
2008). 0 laurilsulfato de sódio é provavelmente o tensoativo mais utilizado e satisfaz a 
maioria dos requisitos, é um forte tensoativo aniônico, poderia ser o agente causador das 
diferentes reações na mucosa oral. A relação clinica de dentifrício com laurilsulfato de sódio e 
doenças da mucosa oral ainda não está bem comprovada. De acordo com Nunes (1996), o 
lauril sulfato de sódio tem o papel de contribuir para solubilizar ingredientes-chave, tais como 
sabores e certos agentes antimicrobianos. Também tem atividade antimicrobiana e 
durabilidade mediana de 5 a 7 horas e ação inibidora de placa semelhante ao triclosan. 
O laurilsulfato de magnésio tem a vantagem de ser ligeiramente menos agressivo do 
que o laurilsulfato de sódio, por este fato esta indicado para formular dentifrício a gengiva 
sensíveis (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1992). 
FtSCIODONTOLOGIA 
BIBLIOTECA SETORIAL 
,.......0713..MISSMOS6111:1.71141.131.” 
2.4.4 Aromatizantes 
0 sabor de uma pasta dentifricia, após a aplicação deve proporcionar sensações de 
aroma e sabor e manter-se durante algum tempo na cavidade oral. 
Os aromas utilizados são os aromas cítricos como a essência de laranja, limão e 
tangerina. Aromas balsâmicos como mentol, cânfora, eucaliptol, timol, hortelã e pinheiro. 
Aromas de fruta como groselha, framboesa e banana. As composições aromáticas são usadas 
em concentrações entre 1 a 3% nas formulações. 
2.4.5 Edulcorantes 
A incorporação de edulcorantes é o de eliminar o sabor insípido provocado pelos 
abrasivos e o sabor amargo e irritante que é proporcionado pelos detergentes, e disfarçar o 
sabor dos princípios ativos. A quantidade de edulcorantes não deve ser elevada, usam-se 
percentagens de 0,05 a 0,3%. 
Na seleção dos agentes edulcorantes, deve-se considerar a escolha de produtos com 
baixo potencial cariogênico, devido aos efeitos deletérios dos hidrato de carbono. Os mais 
usados são a sacarina e sais, sorbitol, manitol e xilitol e sais de glicerina. Clinicamente o uso 
do xilitol e sorbitol, através do uso de goma de mascar, foi estudado seu efeito antimicrobiano 
comprovado. Entretanto, faz-se necessário mais estudos para confirmar o efeito 
anticariogênico dos adoçantes (LOVEREN, 2004). 
Com relação ao xilitol, este apresenta um efeito inibidor sobre o S. mutans e tem sido 
incorporado aos dentifricios segundo Sintes et al (1995), entretanto Petersson et al. (1991), 
não observaram diferença quando o xilitol foi incorporado ao dentifrício. Já Fejerskov e Kidd 
(2005), afirmam que o uso do xilitol como agente anti-cárie ainda não é justificado ainda que 
as evidências não comprovam seus efeitos. 
2.4.6 Espessantes 
Os espessantes são produtos semi-sólidos, transparente, de consistência gelatinosa, 
compostas de partículas coloidais que não se sedimentam, serve para encorpar a pasta, 
utilizadas para evitar a separação dos componentes sólidos e líquidos. 
15 
16 
Podem ser compostos naturais, como o amido, a goma adragarita, o alginato de sódio, 
o carragenato de sódio, a pectina e diversos silicatos coloidais, os derivados da celulose e os 
ácidos carboxivinilicos. Os aglutinantes constituem cerca de 2% das composições dos 
dentifricios. 0 sistema espessante deve ser selecionado para conferir propriedades adequadas 
durante a escovação, assim como a liberação do sabor e um nível adequado de espuma. 0 
papel deste sistema é manter o produto integro durante seu prazo de validade. 
2.4.7 Conservantes 
Nas formulações de pastas dentifricias a quantidade de água é elevada, assim sendo 
ocorre uma invasão de microrganismos, sendo necessário o uso de conservantes com 
atividades bactericidas e fungicidas. Entre os mais usados estão o metilparabeno, 
propilparabeno, silicato de sódio, formaldeido e ácido hidroxibenzóico. As pastas que contém 
elevado conteúdo de glicerina, sorbitol e de umectantes, geralmente não necessitam a 
incorporação de bactericidas e fungicidas (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1992). 
2.4.8 Solventes 
Os solventes usados nos dentifrícios são água e o álcool, estão presentes na 
quantidade de 20 a 40% na preparação das pastas. 0 álcool, cuja graduação pode variar de 70 
a 95% é o solvente básico, podendo ser encontrado também como diluente de essências nas 
formulações de pasta dentifricia (PRISTA, BAHIA, VILAR, 1992). 
2.4.9 Agentes ativos 
2.4.9.1 Agentes anti-sensibilidade 
2.4.9.1.1 Cloreto de estrôncio 
Os dentifrícios a base de cloreto de estrôncio atuam obstruindo os túbulos dentindrios 
e criando uma barreira impermeável, devido a sua afinidade com tecidos calcificados, 
17 
estimulando a formação de dentina reparativa e diminuindo a sensibilidade. Segundo Rico 
(1992), a indicação para o uso dessa substância nos dentifricios, uma vez que não é irritante, 
não é alergênica e não é tóxica, além de ser um ótimo sal neutro, com baixa toxicidade 
sistêmica. Dentifrícios com agentes dessensibilizantes devem ser uma das primeiras 
alternativas para o paciente com hipersensibilidade dentindria, já que são de fácil aquisição, 
baixo custo e uso rotineiro para o paciente. 
2.4.9.1.2 Nitrato de potássio 
Restabelece o fluxo de potássio no interior do odontoblasto perdido por estímulos 
externos, estabilizando a polaridade das terminações nervosas. 0 Nitrato de Potássio é 
reconhecido pela American Dental Association (ADA) como seguro e efetivo no controle da 
hipersensibilidade dentindria, e sua eficácia foi comprovada por oito estudos clínicos 
(PADER, 1988). Os diferentes sais inorgânicos, contidos no creme, produzem a 
decomposição do cálculo existente e evitam, em grande parte, a formação de novas 
concreções. Aqueles mesmos sais acima referidos conferem ao creme uma ligeira 
alcalinidade, quese transmite à saliva e auxilia a combater as inflamações gengivais. 
Foram realizados dois ensaios clínicos para verificar a capacidade de um dentifrício 
contendo nitrato de potássio, fluoreto estanhoso e fluoreto de sódio, para reduzir a 
sensibilidade dentindria. Os ensaios utilizaram um dentifrício contendo flúor e um para 
sensibilidade (Sensodyne F). Esses estudos demonstraram que o dentifrício com nitrato de 
potássio, fluoreto estanhoso e fluoreto de sódio, é significantemente melhor do que o 
dentifrício com flúor e o dentifrício com cloreto de potássio, triclosan e fluoreto sódio, para 
redução da hipersensibilidade (SOWINSKI, et al., 2001). 
2.4.9.1.3 Fluoreto de estanho 
O fluoreto de estanho foi utilizado para tratamento de dentes sensíveis. Seu 
mecanismo de ação provavelmente é dado pela formação de uma película de flúor e estanho, 
obliterando os túbulos dentindrios (BLANK; CHAMBENEAU, 1986). 0 fluoreto estanhoso é 
um sal metálico, antimicrobiano, que age ligando-se à membrana celular, alterando o 
metabolismo e diminuindo a adesão bacteriana (MENDES; ZEN0BIO; PEREIRA, 1995). 
2.4.9.2 Agentes protetores 
2.4.9.2.1 Fluoretos 
Nesta categoria estão incluídos o fluoreto de sódio, monoflúorfosfato de sódio, 
fluoreto estanhoso e hexametafosfato (Naf, MFP, SnF2 e Na2P03). 
Os fluoretos são amplamente usados na prevenção da cárie dental. Atualmente o 
flúor dos dentifrícios é considerado a razão principal do declínio da cárie observado em todos 
os países (GIORGI; MICHELI, 1992). Além de atuar como redutor do índice de cárie (Na e 
MFP), destaca-se sua ação antimicrobiana que parece estar relacionada ao acúmulo e 
metabolismo das bactérias e á presença do ion estanho na composição (fluoreto estanhoso). 
fluoreto estanhoso é conhecido como maior possuidor de propriedades antiplaca. Eles 
possuem alguns inconvenientes como fluorose, alteração de paladar, manchas e vida útil 
curta. Os fluoretos são aceitos pela ADA como efetivos no controle e redução das principais 
doenças bucais, mas não como redutor de placa bacteriana. Considerando 0,07 mg F/kg peso 
corpóreo como o limite máximo de ingestão de flúor, em média estas crianças estariam sendo 
expostas a uma dose de risco de desenvolvimento de fluorose dentária. 
O fluoreto é um agente antimicrobiano que atua como inibidor de diversas enzimas 
bacterianas responsáveis pela metabolização de açúcares (PRESTON, 1998). A partir dos 
resultados obtidos segundo Wolfgang et al. (2007), pode concluir-se que os dentifrícios 
fluoretados, ligeiramente acidificados podem ter um efeito positivo sobre a remineralização 
do esmalte. 0 fluoreto de sódio associado à silica é mais efetivo que o fluoreto de sódio no 
tratamento da hipersensibilidade dentindria, tendo a grande vantagem de não afetar os tecidos 
moles, de ser inócuo A. polpa e de não escurecer os dentes (KERN et al., 1989; LAWSON et 
al., 1991). 0 fluoreto de sódio acidulado adere mais na dentina, em concentrações maiores, do 
que o fluoreto de sódio puro na dentina, porém, perde-se mais rapidamente. 
A utilização de fluoreto de sódio 1,23 % após cada branqueamento não prejudica a 
eficácia do branqueamento. Além disso, a utilização de fluoreto de sódio gel reduz a 
intensidade da sensibilidade dentária (ARMENIO et al., 2008). 
18 
19 
2.4.9.3 Agentes antisépticos 
2.4.9.3. I Triclosan 
O triclosan é um agente não iônico que possui amplo espectro antimicrobiano, com 
atividade contra bactérias Gram-positivas , Gram-negativas e fungos. Por possuir baixa 
substantividade tem que ser combinado com outro produto, para aumentar sua permanência 
no local (VOLPE et al., 1993). 
O triclosan é um antimicrobiano de baixa toxidade, largo espectro de ação 
antimicrobiana, que não provoca desequilíbrio da microbiota bucal e cuja principal sitio de 
ação é a membrana citoplasmática da bactéria. Segundo Thylstrup e Fejerskov (1994), o 
triclosan apresenta ainda potencial antiinflamatório e analgésico, inibindo a formação de 
mediadores da inflamação (GAFFAR et al., 1995). 0 FDA (Food and Drug Administration), 
aprovou os dentifrícios contendo triclosan como seguros e eficazes no combate á placa 
bacteriana. 
Sua ação baseia-se na desorganização da membrana celular e inibição inespecífica de 
enzimas da membrana. Ele possui amplo espectro antimicrobiano, com atividade contra 
bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos. Ele inibe a incorporação e metabolismo 
da glicose por S. mutans, S. sanguis e A. naeslundii, e a atividade de proteases tipo tripsina de 
P. gingiva/is e C. gengivalis in vitro. In vivo, a eficácia antiplaca e substantividade do 
triclosan sozinho são limitadas. Duas técnicas diferentes são então adotadas para aumentar a 
sua ação. A primeira consiste em aumentar a retenção oral e diminuir o índice de liberação 
através da adição de um copolimero, comercialmente conhecido como Gantrez. A segunda 
consiste em potencializar o seu efeito adicionando citrato de zinco. E segundo Cury et al. 
(1997), ainda pode ser adicionado com o pirofosfato de sódio, que tern efeito antitártaro. 
2.4.9.3.2 Clorexidina 
A clorexidina é um dos agentes antimicrobianos mais eficaz e em geral é utilizada 
como padrão para comparar a potencia de outros agentes (JONES, 1997). É classificada 
quimicamente como uma bis-guanina, apresentando propriedades hidrofilicas e hidrofóbicas. 
utilizada na forma de sal de gluconato e tem mostrado resultado positivo no controle de 
bactérias patogênicas presente na cavidade bucal. Possui largo espectro bacteriano. alta 
20 
substantividade, é segura e efetiva. Quando em altas concentrações os efeitos da clorexidina 
sej am devidos a sua atividade bactericida e em baixas concentrações pela inibição de enzimas 
glicoliticas e proteoliticas (BEIGHTON et al., 1991). É diferente de outros anti-septicos a 
clorexidina mostra uma ação bacteriostatica durante 12 horas (SCHIOTT et al., 1970) Atua na 
desorganização da membrana celular e inibição especifica de enzimas da membrana. Ela inibe 
a incorporação de glicose pelos S. mutans e seu metabolismo para o Acido lático, reduz a 
atividade proteolitica do P. gengiva/is. Seu uso em dentifrícios pode ser indevido, pois estes 
apresentam detergentes, incompatíveis com a Clorexidina, reduzindo sua ação (BARKVOLL 
et al., 1989). 0 seu uso prolongado não é recomendado, devido a seus efeitos colaterais, entre 
eles a descamação da mucosa, descoloração dos dentes, alteração do paladar, sabor amargo 
que é dificil de mascarar, embora seja um excelente antimicrobiano (CIANCIO, 2007). 
Quanto maior sua concentração, maior será sua atividade antibacteriana contra anaeróbios da 
flora salivar (TOMAS et al., 2008). 
Os resultados de dois ensaios randomizados controlados envolvendo dentifricios de 
clorexidina foram apresentados um por Yates et al. (1993), envolvendo um creme dental 
contendo 1% de clorexidina e o outro por Sanz et al. (2004), com clorexidina a 0,4%, em cada 
caso as pastas de clorexidina reduziu significativamente a gengivite e placa bacteriana, mas 
foram acompanhadas por aumento de cálculo dental e coloração. 
2.4.9.3.3 Bicarbonato de sódio 
Por ser o bicarbonato de sódio uma substância alcalinizante e tamponante, 
hipoteticamente ele poderia neutralizar os ácidos produzidos na placa dental quando da 
exposição ao açúcar, servem para elevar o pH. Ou seja, eles neutralizam o efeito dos ácidos 
produzidos pelas bactérias durante a fermentação dos açúcares em nossa boca. Tais 
microorganismos não resistem a pH superior a 6,0. 
0 bicarbonato de sódio tem sido usado recentemente em formulações de dentifrícios, 
tendo sido demonstrada sua ação antimicrobiana in vitro contra estreptococos do grupo 
mutans (MEIER, DRAKE, 1997). Entretanto, estudos de contagem de mutans em ratos 
mostram resultados divergentes (GRANT et al., 1989), assim como aqueles obtidos quando a 
açãodo bicarbonato de sódio foi testada contra a cárie (BEST et al., 1994). 
2.4.9.4 Agentes antitartaro 
2.4.9.4.1 Pirofosfato de sódio 
A formação de cálculo é individual e enquanto alguns não têm deposição de calculo 
dental, outros o formam em alta velocidade mesmo escovando os dentes. Assim, idealizou-se 
a adição de substancias químicas aos dentifricios para interferir com a formação de tártaro. 
Resultados significativos de redução têm sido observados com dentifrícios contendo 
pirofosfato. Dentifrício anticálculo não remove cálculo dental, mas sim interfere com o seu 
mecanismo de formação, inibindo o fenômeno de mineralização (CURY et al., 1997). A nova 
formação de tártaro não ser á evitada, mas reduzida de 20-50%, o cálculo formado na presença 
de pirofosfato sera mais poroso facilitando sua remoção. O dentifrício anticalculo reduz a 
formação de cálculo supragengival, não interferindo com o subgengival. 
2.4.9.4.2 Citrato de zinco 
0 citrato de zinco tem a propriedade de diminuir a formação de calculo e a 
combinação deste sal metálico com o triclosan leva a resultados mais favoráveis, pois o citrato 
de zinco é mais efetivo na placa bacteriana já existente e o triclosan em inibir a sua formação. 
O zinco tem maior efeito sobre superficies onde há certa quantidade de placa bacteriana, já 
que sua maior ação é diminuir a taxa de proliferação bacteriana na placa existente (MENDES; 
ZENOBIO; PEREIRA, 1995). Os sais de zinco não tendem a causar manchamento e não são 
tóxicos, e tem compatibilidade com os componentes dos dentifrícios. Os sais de zinco são os 
agentes químicos mais utilizados no controle da halitose, pois inibem a volatilização dos 
compostos ricos em enxofre que são liberados pelas bactérias. 
21 
2.4.9.5 Agentes clareadores 
2.4.9.5.1 Peróxidos 
27 
O principio básico esta no poder oxidante do peróxido, que descolora os dentes ao 
oxidar pigmentos bucais, promovendo' assim uma remoção química, existe dois mais 
utilizados, o peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida. 
Estudo comparativo entre dentifrícios contendo tiocianato/peróxido de 
carbamida/fluoreto 1450ppm e outro com triclosan 0,3% copolimero (PVM-MA) 2% fluoreto 
1450ppm. Comparou a saúde gengival durante seis meses. Obtiveram resultados em ambos os 
dentifrícios semelhantes, onde a saúde gengival melhorou (ROSIN et al., 2002). 
Um estudo de prazo de seis semanas foi realizado, para avaliar o clareamento e a 
prevenção de manhas extrínseca, com um novo dentifrício, contendo 1,0% peróxido de 
hidrogênio, 0,243% de fluoreto de sódio, tripolifosfato de sódio e silica de alta limpeza. Os 
participantes foram instruidos a escovar os dentes por dois minutos, duas vezes ao dia, 
utilizando apenas o produto em questão, e que abstenham de usar qualquer outro produto para 
higiene bucal, não foram feitas restrições quanto à alimentação e tabagismo durante o curso 
do estudo. Verificou-se que o dentifrício proporcionou um clareamento maior e previniu 
manchas extrínsecas, comparando com o controle (SOPARKAR et al., 2004). 
Os agentes oxigenantes, como peróxidos e os perboratos, atuam nos microrganismos 
da cavidade bucal, pois a liberação local do oxigênio afeta a membrana e o DNA das 
bactérias. 0 uso prolongado acarreta num desequilíbrio da microbiota bucal, sendo 
recomendado para GUNA e pericoronarite por tempo determinado. 
Além dos peróxidos ainda encontramos o bicarbonato de sódio e um agente químico 
chamado silica, que neste produto age como branqueador (Close-up Double). No (Sorriso 
Brite) outro agente químico atua como clareador, a lumina, que garante a remoção e 
prevenção de manhas. Já a Colgate Bicarbonato de Sódio, trás na sua fórmula o Carbonato de 
sódio e o bicarbonato, um é responsável pela limpeza abrasiva, o outro deixa os dentes 
brancos, segundo o fabricante o agente não ataca o esmalte pois o bicarbonato usado é muito 
fino e em quantidade equilibrada na fórmula. As pastas clareadoras podem remover manhas 
superficiais de maneira eficaz com o uso repetitiva, elas também ajudam a manter brancos os 
dentes recentemente clareados por mais tempo. 
2.4.9.6 Produtos herbais 
Os produtos naturais aumentam a cada dia na odontologia, devido à aceitação 
popular da fitoterapia, porém só devem ser introduzidos após a comprovação cientifica de sua 
23 
eficácia (LEE; ZHANH; LI, 2004). 
2.4.9.6.1 Própolis 
Própolis, substância natural em forma de resina, componente das colméias de 
abelhas. Manara et al. (1999) em revisão da literatura, evidenciaram uma série de estudos na 
Area da periodontia, sugerindo ser a própolis auxiliar no tratamento da gengivite, com função 
antimicrobiana e inflamatória. Fuliang et al. (2005) estudou o efeito de própolis em 
mediadores inflamatórios em ratos, como resultado ocorreu alteração na migração dos 
macrófagos, além da redução de interleucina 2 e prostaglandinas. 
2.4.9.6.2 Aloe vera 
Aloe vera, planta das famílias das lilikeas, popularmente conhecida como babosa, é 
extraído de um gel de sua folha. Lotufo et al. (2005) estudos mostram a eficácia da própolis e 
Aloe vera contra microrganismo orais. Atualmente, várias instituições cientificas estão 
estudando esta planta e dizem respeito, entre outras propriedades, resultante das suas 
substâncias ativas, ação antiinflamatória e antibiótico. Aloe vera contém mais de 75 
componentes divididos em vários grupos, entre os quais podem ser citados vitaminas, sais 
minerais, aminoácidos e saponinas. A sua atividade é caracterizada por disponibilização de 
diversos elementos nutritivos cinérgicamente agindo em tecidos epiteliais e do sistema 
imunológico, onde, por sua ação antiinflamatória e antimicrobiana, induz crescimento celular, 
promovendo a recuperação do tecido agredido. Aloe vera é rica em aloeferon, antraquinona e 
acemannan. O aloeferon na multiplicação celular, acelera a cicatrização, a antraquinona é um 
anti-séptico. O acemannan é um mucopolissacarideo antiviral, antibacteriano e antiffingico. 
age em células do sistema imunológico pela ativação e estimular macrófagos, monácitos, 
linfócitos e anticorpos. Recentemente, extratos de plantas foram incorporados nas fórmulas de 
creme dental, que funciona bem como cosméticos, com o objetivo principal de melhorar a 
ação antimicrobiana e atuar como agentes terapêuticos. A ação terapêutica de creme dental 
não está relacionado apenas com a presença de flúor na sua composição, e procurando 
prevenção ou reversão de lesões cárie incipiente, mas também outras substâncias estão a ser 
incorporado nas fórmulas. 
2.4.9.6.3 Jud 
Obtida a partir da raspagem da casca do juazeiro (ziziphus joazeiro Mart) Arvore 
típica da regido nordeste do Brasil. É rica em saponina, um complexo molecular que da 
propriedades detergentes. Além da ação detergente o Jua também tem propriedades abrasivas, 
porém não é capaz de produzir desmineralização do esmalte dentário. 
2.4.9.6.4 Sanguinarina 
Sanguinarina é um produto vegetal derivado da Sanguinaria canadensis. 0 produto 
pode ser catiônico e o grau de substantividade é incerto. Como efeito adverso tem-se a 
sensação de ardência na boca, seu mecanismo de ação consiste em alterar a resposta 
inflamatória, embora com modesta inibição da 5 lipoxigenase e nenhuma ciclooxigenase. 
Segundo Lindhe, Karring e Lang (2005) tem sido retirado dos produtos devido ao seu 
potencial de causar lesões orais pré-cancerigenas. 
2.4.9.6.5 Camomila / Echinacea / Ratánea / Sálvia 
Os extratos vegetais da camomila, echinkea, ratánea e sálvia, são utilizadas porque 
fornecem um eficaz recurso anti-séptico e antiinflamatório no combate à estomatite, infecção 
e candidiase. Os ingredientes ativos desses fitoterdpicos agem nas bactérias extremamente 
organizadas que seletivamente aderem à superficie dos dentes e biofilme dental. 
0 objetivo deste ensaio clinico aleatório duplo-cego foi verificar a eficáciade um 
dentifrício fitoterdpico na redução de placa e gengivite. Quarenta e oito voluntários com 
gengivite estabelecida foram aleatoriamente alocados aos grupos teste (dentifrício 
fitoterdpico) e controle positivo (dentifrício com triclosan e flúor). Os dentifrícios foram 
distribuídos em tubos brancos por uma farmácia independente, que revelou o conteúdo de 
cada tubo apenas após o final do período experimental. A aferição de placa e gengivite foi 
conduzida por um único examinador, previamente calibrado, no inicio e após 28 dias de uso 
do produto. Os sujeitos da pesquisa foram orientados a escovar os dentes com o dentifrício de 
24 
DONTOLOGIAi 
:BL1OTECA SETORIAL 1 
seu grupo três vezes ao dia por 28 dias. Houve redução significativa na quantidade de placa 
nos grupos teste e controle. No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos. Os 
dois grupos experimentais apresentaram redução significativa nos níveis de gengivite, porém 
não houve diferença significativa entre eles. Não foram observadas reações adversas. Os 
autores concluíram que os dois dentifrícios foram eficazes na redução de placa e gengivite em 
indivíduos com gengivite estabelecida (OSAKI et al., 2006). 
Os autores investigaram a eficácia antimicrobiana de tees agentes ativos, a 
clorexidina, óleos essenciais e produtos a base de ervas. Foram testadas em 40 espécies de 
bactérias orais. Resultados obtidos apresentados, foi que as ervas naturais inibiram o 
crescimento da maior parte das espécies teste, dentre elas Actinomyces, Eubacterium 
nodatum, Tannerella Forsythia e prevotella, bem como S. mutans. Embora menos potente que 
a clorexidina, as ervas foi mais eficaz do que o óleo essenciais, para inibir o crescimento de 
bactérias orais in vitro (HAFFAJEE et al., 2008). 
Segundo Willershausenn et al. (1991), os ingredientes herbais nas pastas e 
enxaguatórios reduzem significativamente o índice de placa, podendo então ser empregados 
no tratamento de doenças periodontais e na rotina profilática. De acordo com Mullaly et al. 
(1995), não ha diferença entre as pastas herbais e as convencionais, no controle de placa e 
gengivite. 
Avaliou-se o efeito do dentifrício Paradontax na redução de placa e gengivite. Os 
sujeitos da pesquisa foram aleatoriamente arrolados em grupo teste (n = 15, Paradontax) e 
grupo controle (n = 15, dentifrício convencional com flúor). A quantidade de placa foi aferida 
por meio do Índice de Placa de Quigley & Hein modificado por Turesky (IP), e o grau de 
gengivite, pelo Índice Gengival (IG). Os participantes foram orientados a escovar os dentes 
com o dentifrício três vezes ao dia por 21 dias. Não houve diferença significativa entre os 
grupos com relação aos valores medianos de IP e IG no inicio do estudo e após 21 dias. Não 
houve redução significativa no IP dos grupos teste e controle. No entanto, houve uma redução 
significativa no IG no grupo teste. Os resultados levaram à conclusão de que não houve 
diferença entre os dois dentifrícios com relação A. redução de placa e gengivite (PANNUTI et 
al., 2003). 
2.5 DENTIFRÍCIOS NA PERIODONTIA 
, ..1,001■1,1,4IIIINTTKI.V.Crle7M7PANNIVAYINtrr,r,,VOIMPJ 
15 
Doenças periodontais são iniciadas por infecções bacterianas que formam o biofilme 
26 
sobre a superfície dos dentes. As respostas imunes e inflamatórias são as primeiras 
responsáveis pela subseqüente destruição dos tecidos periodontais. Embora a susceptibilidade 
de um Indivíduo a periodontite é influenciada por vários fatores, tais como tabagismo, 
diabetes e genética, o peso da evidência indica que a prevenção da inflamação gengival 
impede a periodontite (KERDVONGBUNDIT; WIKESJO, 2003). 0 foco de qualquer 
tentativa de prevenir e controlar a doença periodontal é a manutenção de um nível eficaz de 
controle de placa por parte da higienização oral (HUGOSON et al., 2005). 
Os dados disponíveis indicam que a maioria das pessoas acham dificil manter um 
nível de controle de placa compatível com saúde periodontal, existe uma necessidade de 
melhorar a higiene bucal da maioria da população, dada à importância da placa bacteriana no 
inicio da doença periodontal, os benefícios da adição de agentes químicos nos dentifricios iria 
reduzir a formação da placa e sua patogenicidade. 
2.5.1 Triclosan 
Os resultados apresentam várias diferenças nos estudos com triclosan, isso 
provavelmente é devido a diferentes composições nas suas formulações, incluindo 
associações com outros agentes ativos, tais como copolimeros, flúor, etanol e álcool 
(TANOMARO et al., 2008). 
O triclosan é uma molécula com amplo espectro de atividade antibacteriana, ela é 
formulada nos dentifrícios convencionais, mas não é retida na boca por mais de algumas horas 
e, portanto, não apresenta um nível de atividade antiplaca benéfico. Para ultrapassar este 
problema os fabricantes adicionaram outros agentes a fim de prolongar sua ação (DAVIES, 
2008). 
O triclosan também reage com o cloro na água para formar o gas clorofórmio e 
dioxinas cloradas, ambos conhecidos como cancerígenos. A bioacumulação do triclosan 
também se faz presente no leite materno, é lipofidico, que se acumula no tecido adiposo. A 
Colgate Total, alega que seus dentifrícios continuam atuando por 12 horas após a escovação. 
Para o meio ambiente, consideram que a água residual não consegue neutralizar o triclosan e 
assim substâncias são detectadas nos rios. Ele também põe em risco o ecossistema. Também 
age no sistema endócrino sobre a função tireoidiana. Podem ser indicativo de problemas de 
saúde a longo prazo, além de outras preocupações como asma e alergias, incluindo resistência 
bacteriana pelo uso em excesso. 
27 
Segundo Lang et al. (2002), em estudos de longo prazo, os dentifrícios com triclosan 
não são suficientes para suprimir a atividade anti-bacteriana na falta de higiene bucal normal, 
apenas atrasa o aparecimento da gengivite. Desde o ano 2000, uma série de estudos tem 
verificado a ocorrência de resistência do triclosan usado em produtos dérmicos, intestinais, 
ambientais e de microorganismos, incluindo alguns de relevância clinicas. A grande 
preocupação é a possibilidade de que o triclosan pode contribuir para reduzir a resistência 
antimicrobiana, devido â. resistência cruzada (YAZDANKHAH et al., 2006). 
2.5.2 Triclosan / Copolimero 
(Nabi e Gaffar 1990), a patente Número 4.894.220, Estados Unidos relaciona-se a 
tecnologia associada com o triclosan e o copolimero PVM/MA em produtos bucais. Segundo 
Panagakos et al. (2005), o triclosan usado em conjunto com polivinilmetil éter e acido 
maleico, tem resultados antibacterianos e antiinflamatórios. Estudos de longa e curta duração 
sobre a eficácia dos agentes antiplaca e antigengivite mostram efeito positivo na prevenção 
sobre a carie, periodontite, calculo, remoção de mancha, mau hálito e microbiota. Além 
destas vantagens, é seguro e eficaz. 
A adição de um copolimero aumenta a captação e retenção do triclosan nas 
superficies bucais (placa bacteriana, dentes e mucosa). Subseqüentes estudos tem 
demonstrado que o creme dental Colgate Total contendo triclosan e copolimero, mantém as 
concentrações até 12 horas. A eficácia deste dentifrício na redução de placa dental e gengivite 
tem sido demonstrado em diversos ensaios clínicos randomizados e controlados (DAVIES, 
2008). 
Durante 6 meses foi comparado três dentifrícios contendo triclosan, sobre o efeito de 
sangramento gengival, placa e determinados microrganismos salivares. Foram avaliados 123 
indivíduos dividido em 4 grupos. 0 primeiro grupo foi usado o dentifrício 
triclosan/copolimero, o segundo triclosan/citrato de zinco, o terceiro triclosan/pirofosfato e 
quarto grupo placebo com monofhlorfosfato. Os resultados mostraram que o grupo contendo 
triclosan/copolimero reduziu o índice de placa em 39%, o grupo triclosan/citrato de zinco em 
6% e o triclosan/pirofosfatoem 5%. 0 índice de sangramento gengival melhorou para os 
quatro grupos. Um aumento foi encontrado no número de Streptococcus para os grupos 2, 3 e 
4, não ocorrendo para o grupo 1 triclosan/copolimero. Assim, a combinação 
triclosan/copolimero é eficaz na redução supra gengival de placa e sangramento gengival, sem 
28 
causar grandes mudanças na microbiota salivar (RENVERT; BIRKHED, 1995). 
0 presente estudo descreve a história natural de Porphyromonas gingivalis, 
Actinonobacillus actinomycetemcomitans e prevotella intermedi, ao longo de um período de 
cinco anos e os efeitos de um dentifrício com triclosan/copolimero sobre estes organismos em 
uma população adulta normal. Foram coletadas amostras de placa subgengival de 504 
voluntários. Foi testado a profundidade de bolsa com sondas automáticas e índice de placa. A 
amostragem foi repetida após 1, 2, 3, 4, e 5 anos. Os resultados após 5 anos apresentaram 
considerável volatilidade de aquisição e perda de todos os três organismos nesta população. 
Relativamente poucos indivíduos tinham estes organismos em múltiplas ocasiões. Embora P. 
gingivalis foi relacionada com perda de profundidade de bolsas, não houve relação entre A. 
actinomycetemcomitans ou P. intermedia e de progressão da doença durante os 5 anos do 
estudo. Os fumantes com P. gingivalis tinha mais profundidade de bolsa do que os não 
fumantes. Não houve efeito do dentifrício triclosan/copolimero em P. gingivalis ou A. 
actinomycetemcomitans. Os que usaram triclosan foram mais susceptiveis de ter P. 
intermedia do que aqueles que não usaram o dentifrício (CULLINAN et al., 2003). 
A manutenção de um nível eficaz de higiene bucal é a pedra fundamental de todas as 
tentativas para prevenir e controlar a doença periodontal, a generalização da prevalência da 
doença indica a incapacidade da maior parte das pessoas para manter um nível de controle 
entre placa e saúde periodontal. A inclusão de agentes antibacterianos, como triclosan e 
clorexidina, nos produtos de higiene bucal tem proporcionado um meio para melhorar a saúde 
bucal. Os ensaios clínicos randomizados, e controlados tem demonstrado que o uso do 
dentifrício contendo triclosan/copolimero, significa melhora da saúde gengival, previne o 
aparecimento de periodontite e reduz ainda mais a progressão da destruição tecidual 
(DAVIES, 2007). 
Com o aumento do número de pastas dentifricias, recomendar um produto aos 
pacientes pode ser difícil para o dentista. Este estudo foi realizado através de revistas, que 
continham artigos relacionados com dentifrícios que apresentavam 
triclosan/copolimero/fluor e dentifrícios com fluor. Somente foram selecionados os ensaios 
com mais de seis meses de duração, randomizados e de duplo-cego, para controle de cárie, 
placa, gengivite, cálculo, mau hálito e bolsas periodontais. Esta revisão forneceu bases sólidas 
para um clinico recomendar um dentifrício contendo triclosan/copolimero/fluor, quando 
comparado com um dentifrício somente com fluor (CIANCIO, 2007). 
Gunsolley (2006) conduziu uma revisão sistemática na literatura para avaliar a 
eficácia dos produtos nos dentifrícios contra o efeito anti-placa e antigengivite. Ele pesquisou 
29 
bases de dados de estudos clínicos com mais de 6 meses de duração. Dezessete estudos 
apoiaram o efeito anti-placa e antigengivite dos dentifricios contendo triclosan 0,30% e 
copolimero Gantrez 2,0%, não houve qualquer evidência para eficácia de dentifrício que 
contém triclosan e pirofosfato solúvel ou citrato de zinco. Dentifrício com fluoreto estanhoso 
tem clinicamente efeito moderado anti-placa, mas significativo efeito antigengivite. 0 maior 
conjunto de estudos apoiaram a eficácia de enxaguatórios com óleos essenciais e sete estudos 
apoiou fortemente o efeito antiplaca e antigengivite da clorexidina 0,12%. Os resultados para 
o cloreto de cetilpiridineo são variados, dependendo das concentrações de suas fórmulas. Os 
estudos nesta revisão sistemática fornecem fortes evidências dos efeitos anti-placa e 
antigengivite, consolidando sua indicação como parte da higiene bucal. 
Panagakos et al. (2005), fizeram uma revisão abrangente dos beneficios clínicos do 
triclosan/copolimero na literatura. 
ESTUDOS CLÍNICOS DE LONGA DURAÇÃO COM UM CREME DENTAL FLUORETADO CONTENDO 0,3% DE 
TRICLOSAN E 2% DE COPOLÍMERO PVM/MA 
Parâmetros do 
Estudo Clinico 
Duração 
dos 
Estudos 
Números 
de 
Estudos 
Total de 
Participantes 
nos Estudos 
Conclusões 
Placa 
Bacteriana e 
Gengivite 
6 meses 13 1.906 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e 
um copolimero produz uma redução benéfica na placa 
bacteriana supragengival e na gengivite. 
Periodontite 2 semanas 
—36 
meses 
7 1.220 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e 
um copolimero promove a cicatrização após a terapia 
periodontal não cirúrgica e reduz a progressão e a 
recorrência da periodontite. 
Microbiologia 6 -12 
meses 
5 509 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e 
um copolimero não causa o desenvolvimento de 
microorganismos patogênicos, oportunistas ou resistentes. 
Cálculo 
Dentário 
2 - 6 
meses 
6 624 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e 
um copolimero produz uma redução clinicamente bené fica 
do cálculo dentário supragengival. 
Cárie Dentária 24 — 36 
meses 
4 9.692 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e 
um copolimero produz uma redução clinicamente benéfica 
da cárie dentdria. 
lialitose 12 horas 4 246 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e 
um copolimero produz uma redução benéfica da halitose. 
Clareamento 
Dentário/ 
Remoção de 
Manchas 
6 semanas 
—6 meses 
5 508 0 uso de um creme dental Iluoretado contendo triclosan e 
um copolimero produz uma redução bené fica das manchas 
dentárias extrínsecas dos dentes. 
30 
Quadro I — Estudos clínicos de longa duração Triclosan / Copo Hiner° 
Fonte: Panagakos et al. (2005). 
2.5.3 Triclosan / Pirofosfato 
Este estudo foi feito com três dentifricios para comparar sua eficácia clinica na 
redução supragengival do cálculo dental. Um dentifrício contendo pirofosfato 5,0%/fluoreto 
de sódio 1450 ppm/silica/triclosan. 0 segundo tinha em sua composição 
triclosan/copolimero/fluoreto de sódio 1450 ppm/silica. 0 terceiro, citrato de zinco 
0,5%/fluoreto de sódio 1500 ppm/silica/triclosan. Após 4 meses os 544 participantes, tiveram 
uma redução de 22% a 23% para o grupo que usou o pirofosfato, e redução de 17% a 19% 
para o grupo que usou citrato de zinco e o grupo que usou o triclosan não houve redução 
significativa na redução de formação do cálculo dental (FAIRBROTHER et al., 1997). 
Recentemente os estudos tem demonstrado a eficácia do triclosan/pirofosfato contra 
a placa dentária, mas não gengivite. 0 triclosan só em combinação com outros ingredientes 
químicos demonstra moderada atividade antimicrobiana. Em contra partida, há uma série de 
estudos na literatura que relata a eficácia antigengivite do triclosan/copolimero, 
triclosan/citrato de zinco. Estes dentifrícios possuem efeitos semelhantes sobre a placa dental 
(McCLANAHAN; BARTIZEK, 2002). 
Comparação do efeito anticálculo de dois dentifrícios contendo pirofosfato solúvel, 
com e sem um copolimero. Um estudo clinico duplo-cego com seis meses de duração, para 
comparar o efeito sobre os depósitos de cálculo supra gengival. Um creme dental contendo 
1,3% pirofosfato solúvel com copolimero foi usados nos três primeiros meses, apresentou a 
redução de 29,54%, em relação a um placebo. Nos três meses seguintes foi usado um creme 
dental com pirofosfato mas sem copolimero, onde não produziu uma redução estatisticamente 
significante de redução de cálculo supra gengival. Conclui-se que a presença do copolimero 
no creme dental com pirofosfato foi essencial para obtenção de um efeito anticálculo (SINGH 
et al.,1990). 
Segundo Petrone et al. (1991) comparam os efeitos sobre a formação de cálculo 
supra gengival dos seguintes cremes dentais durante três meses, usando creme dental placebo 
contendo 0,243% de fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 5% pirofosfato solúvel, 
0243% fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 1,3% pirofosfato 
copolimero Gantrez,0,243% fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 3,3% 
pirofosfato solúvel 1,0% copolimero Gantrez,0,243% fluoreto de sódio em base silica. Os 
31 
resultados indicaram que os três cremes dentais produziram redução significantes na formação 
de cálculo supragengival na ordem de 43,8%, 46,6% e 51,0% em relação ao creme dental 
placebo. 
2.5.4 Triclosan / Citrato de zinco 
Para ultrapassar a falta de eficácia e substantividade do triclosan foi o de combinar 
corn o citrato de zinco, tendo este demonstrado ser substantivo e inibidor de placa bacteriana 
(SAXTON, 1989) e gengivite (WILLIAMS et al., 1998). Uma série de estudos clínicos de 6 
meses de duração, tem demonstrado que dentifrícios contendo concentrações variadas de 
citrato de zinco e triclosan são significativamente mais eficaz do que um dentifrício com 
flúor no controle de placa bacteriana e gengivite. Não há vestígios de mudança na microbiota 
bucal ou desenvolvimento de resistência bacteriana. 
Saxton (1989) demonstrou in vivo que um dentifrício contendo citrato de zinco 1% e 
0,5% triclosan resultou em uma maior inibição da placa bacteriana do que os produtos que 
contenham citrato de zinco ou triclosan sozinho. 
Williams et al. (1998) fizeram um estudo clinico duplo-cego com duração de seis 
meses, conforme as diretrizes da ADA, para avaliar a eficácia de um creme dental contendo 
2% de citrato de zinco, 0,76% de MFP em base de silica, no controle de placa bacteriana e 
gengivite em comparação com um creme dental controle contendo 0,76% de MFP em base de 
silica. Noventa e nove participantes atenderam ao protocolo. Aos três meses o grupo com 
citrato de zinco apresentou uma redução de 25,3% de placa bacteriana e 18,8% de gengivite 
comparado com o controle. Aos seis meses esta redução foi ainda mais significativa para 
placa bacteriana de 50,2% e para gengivite de 66,7%. Os resultados deste estudo corroboram 
a conclusão clinica eficaz no controle de placa bacteriana e gengivite para o creme dental com 
citrato de zinco. 
0 objetivo deste estudo clinico duplo-cego de três meses foi o de investigar a 
eficácia de um creme dental contendo 2% de citrato de zinco, 0,76% MFP em base de silica, 
em comparação com um creme dental controle contendo 0,76% MFP em base de silica, para 
verificar sua eficácia no controle do cálculo dental supragengival. Setenta e cinco 
participantes concluíram o estudo. Após doze semanas o grupo do creme dental com citrato de 
zinco exibiu a redução de 31,9% na pontuação média de índice Volpe-Manhold, em 
comparação com o grupo controle (SOWINSKI et al., 1998). 
2.5.5 Clorexidina 
Os efeitos secundários, tais como pigmentação extrínseca dos dentes e superfície 
dorsal da lingua, alteração de sensibilidade e irritação da mucosa bucal, mesmo em doses 
baixas tendem ser um fator negativo para o uso diário da clorexidina (CLAYDON et al., 
2006). 0 anti-séptico clorexidina e cloreto cetilpiridineo interagem com dietas cromogenicas 
para produzir manchas extrínsecas. 
O creme dental parece que afetam negativamente a atividade da clorexidina e cloreto 
de cetilpiridineo, especialmente se utilizado imediatamente após ou antes da escovação 
(SHEEN et al., 2001). A clorexidina interage com detergentes e flúor. Pode ser detectada na 
saliva em concentrações inibitórias após 24 horas da sua administração, sendo por isso 
reconhecida como padrão ouro para o controle de placa. 
O objetivo deste estudo foi comparar um creme dental contendo gluconato 
clorexidina 0,12% e um com fluoreto de sódio. 50 voluntários com periodontite crônica foram 
observados, após 3 meses, o índice de placa, sangramento a sondagem e na placa subgengival, 
amostras de A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, T forsythia e T. denticola. Não houve 
diferença significativa entre os dois grupos. A microbiota analisada não se alterou. Pode se 
concluir que existe uma ligeira superioridade mas não efeitos sobre a saúde periodontal 
devido à incorporação da clorexidina no dentifrício (JENTSCH et al., 2006). 
2.5.6 Fluoreto estanhoso / Fluoreto de amina 
O objetivo de este estudo foi investigar a influencia do fluoreto amina e o fluoreto 
estanhoso em um creme dental e verificar a eficácia contra placa bacteriana e sangramento 
gengival durante quatro semanas. Quarenta e dois voluntários adultos foram examinados pelo 
índice placa e gengival, divididos em dois grupos um usava AmF/SnF2 mais enxaguante 
bucal o segundo somente dentifrício AmF/SnF2. Os resultados apontaram que o grupo que 
usava dentifrício mais enxaguante bucal foi mais eficaz na redução do acúmulo de placa 
bacteriana, bem como sangramento gengival (MADLÉNA et al., 2004). 
A investigação a longo prazo feito por Shapira et al. (1999) do dentifrício AmF/SnF2 
para averiguar sua eficácia contra placa bacteriana e gengivite em adultos, contra um 
32 
33 
dentifrício controle de NaF, mostrou que o índice de placa e de sangramento apresentados 
foram semelhantes para os dois grupos. 
2.5.7 Fluoreto estanhoso / Hexametafosfato sódio 
Fluoreto estanhoso serve para proteger contra gengivite, placa bacteriana, caries 
dentárias e sensibilidade, já o hexametafosfato de sódio é um poderoso combatente 
antitártaro, juntos eles formam uma proteção abrangente. 0 dentifrício com fluoreto 
estanhoso/hexametafosfato de sódio (Crest) impede o amolecimento da dentina e exposição 
dos túbulos dentindrios (WHITE et al., 2007). 
Recentemente o hexametafosfato de sódio foi introduzido para ajudar no controle de 
manchas extrínseca. Dois estudos independentes foram conduzidos para avaliar a sua eficácia 
na remoção das manhas, um grupo usou o dentifrício com fluoreto estanhoso 0,454% e 
hexametafosfato de sódio (Crest Pró Saúde) e um controle (Colgate Total Whitening). Estes 
estudos foram randomizados, controlados, paralelos, duplo cegos durante 2 semanas. A 
eficácia foi avaliada por exame Lobene. 0 controle positivo reduziu as manchas em 94,4%, 
do mesmo modo o experimental fluoreto estanhoso / hexametafosfato de sódio reduziu em 
96,6%. Não houve diferença significativa entre os dois (TERÉZHALMY et al., 2007). 
Ramji et al. (2005) realizaram estudos para comparar a ação anti-bacteriana com um 
dentifrício contendo fluoreto estanhoso e hexametafosfato de sódio, no controle de cárie, 
placa e gengivite. Num estudo de 12 horas in vivo o dentifrício matou cerca de 90 a 99% dos 
microrganismos salivares, após uma única exposição. 
Schiff (2005) avaliou um dentifrício com fluoreto estanhoso/0,454% 
hexametafosfato de sódio 13% (Crest) e um dentifrício comercial contendo 
triclosan/copolimero controle, para avaliar a eficácia anticálculo supragengival e segurança a 
longo prazo. Este ensaio foi randomizado, duplo-cego, e de grupos paralelos. Durante 6 meses 
de estudos, constataram que o grupo do fluoreto estanhoso e hexametafosfato de sódio teve 
uma média ajustada de 56% menor que a do triclosan copolimero. 
Winston et al. (2007) compararam a eficácia de um dentifrício anticálculo 
experimental com fluoreto estanhoso 0,454% e hexametafosfato de sódio e um dentifrício 
controle negativo. 0 grupo experimental tinha uma pontuação mais baixa, sendo 50% em 3 
meses 55% em 6 meses concluiram que é um inibidor da formação de cálculo. 
Os produtos a disposição para clareamento de dentes tem aumentado drasticamente 
34 
nos últimos anos, enquanto que o peróxido é o principal produto encontrado para remover a 
fonte de descoloração. Varias formulações são sugeridas para inibir as manchas, recentementeum ingrediente anticálculo foi introduzido nos dentifricios o hexametafosfato de sódio e 
constataram que quimicamente também remove manchas existentes e proporciona longa 
duração da inibição de manchas novas. Dados clínicos e laboratoriais demonstram que o 
hexametafosfato de sódio traz beneficio ao clareamento dos dentes (BAIG et al., 2005). 
0 efeito do mau hálito noturno é de etiologia microbiana. Como o fluoreto estanhoso 
e o hexametafosfato de sódio é um agente antimicrobiano de largo espectro, eficaz contra 
cárie, placa e gengivite. Os potenciais efeitos sobre o mau hálito foram avaliados em dois 
ensaios clínicos randomizados, um controle com fluoreto estanhoso com hexametafosfato e 
outro com fluoreto de sódio. 0 mau hálito foi avaliado no inicio da manhã antes de escovar os 
dentes e 24 horas mais tarde e depois de manhã e de noite com o produto atribuído. Os 
compostos sulfurados voláteis foram medidos através de um medidor (Halimeter). A 
utilização do dentifrício com fluoreto estanhoso com hexametafosfato resultou na redução 
significativa do mau hálito noturno (FARRELL, BARKER, GERLACH, 2007). 
35 
3 CONCLUSÃO 
Com base na literatura apresentada, conclui-se que: 
1) Os dentifrícios fluoretados continuam a ser o método mais utilizado; 
2) A maioria dos dentifrícios atualmente comercializados não foram testados 
clinicamente; 
3) Os agentes químicos de maior eficácia no controle de placa, via de regra, são os 
que possuem maior quantidade de reações adversas e são geralmente encontrados em soluções 
para bochechos. Substancias com menos efetividade no controle de placa e com menor 
quantidade de reações adversas como o triclosan associado ao citrato de zinco, gantrez ou 
pirofosfato, preferencialmente são associados a dentifrícios fluoretados; 
4) Dos agentes apresentados, aquele que mais possui evidência quanto a sua eficácia 
clinica é o triclosan associado ao citrato de zinco, copolimero e pirofosfato. 
36 
REFERÊNCIAS 
ADDY, M.;SLAYNE, M.; WADE, W.G. The Formation and Control of Dental Plaque - an 
Overview. J. Appl. Bacteriol., Oxford, v. 73, n. 4, p. 269-278, 1992. 
AMERICAN Dental Association. Disponível em: <http://www.ada.org>. Acesso em: 27 out. 
2008. 
ARMENIO, R. V.; FITARELLI, F; ARMENIO, M. F.; DEMARCO, F. F.; REIS, A; 
LOGUERCIO, A. D. The effect of fluoride gel use on bleaching sensitivity: a double-blind 
randomized controlled clinical trial. J. Am. Dent. Assoc., v. 139, p. 592-7, 2008. 
ARNOLD, H. W.; HAASE, A.; HACKLAENDER, J.; GINTNER, Z.; BANÓCZY, J.; 
GAENGLER, P., Effect of pH of amine fluoride containing toothpastes on enamel 
remineralization in vitro., BMC Oral Health, London, v. 7, p. 14, 2007. 
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Odontologia. Disponível em: 
<http://www.abonacional.com.br>. Acesso em: 27 out. 2008. 
BAIG, A.; HE, T. A novel dentifrice technology for advanced oral health protection: A 
review of technical and clinical data., Compend. Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 26, n. 
9, p. 4-11, 2005. 
BAIG, A.; HE, T.; BUISSON, J.; SAGEL, L.; SUSZCYNSKY-MEISTER, E.; WHITE, D. J. 
Extrinsic whitening effects of sodium hexametaphosphate-a review including a dentifrice with 
stabilized stannous fluoride. Compend. Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 26, p. 47-53, 
2005. 
BARK VOLL, P. et al. Interaction between chlorhexidine difluconate and sodium lauryl 
sulfate in vivo. J. Clin Periodontol, Copenhagen, 16 (9), p. 593-595, oct. 1989. 
BARNET, M. L. The role of therapeutic antimicrobial mouthrinses in clinical; practice. 
JADA, Chicago, v. 134, p. 699-704, 2003. 
BEIGHTON, D. et al. Effects of clorexidine on proteolytic and glycosidic enzime activities of 
dental plaque bacteria. J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 18, p. 85-9, 1991. 
BEST, J. M.; MACKAY, B. J.; FALLER, R. V.; DePRATO, D. W.; HUETTER, T. E. 
Anticaries efficacy of a new fluoride tooth paste containing pyrophosphate and baking soda. 
J. Dent. Res., Alexandria, v. 73, p. 240, 1994. 
BLANK, L. W.; CHAMBENCAU, G. T. Urgent treatment in operative dentistry. Dent. 
37 
Clin. North Am., v. 30, n. 3, p. 489-501, July 1986. 
BONES VAL, P.; GJERMO, P. A. Comparison between chlorhexidine and some quaternary 
ammonium compounds with regarg to retention, salivary concentration and plaque inhibiting 
effect in the human oral cavity after mouth rinses. Arch. Oral Biol., Oxford, v. 23, p. 289-94, 
1978. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decreto n° 79094, de 05 de janeiro de 
1977. Regulamenta a lei 6.360, de 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de 
vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, 
produtos de higiene, saneantes e outros. Brasilia, 1977. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n. 21 de 25 de outubro de 
1989. Estabelece requisitos para assegurar a qualidade e a eficácia dos cremes dentais. 
Brasilia, 1989. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n. 71 de 29 de maio de 1996. 
Normas e Procedimentos referente A. Autorização de Funcionamento de empresas e registro de 
produtos Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes e outros. 
BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC n. 79 de 28 de agosto 
de 2000. Adota a Definição de Produtos Cosméticos e estabelece Normas e Procedimentos 
para Registro de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Brasilia, 2000. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC n. 13 de 17 de 
janeiro de 2003. Determina a obrigatoriedade de inclusão de dizeres na rotulagem de 
produtos de higiene oral indicados para hipersensibilidade dentária. Brasilia, 2003. 
CIANCIO, S.G. Improving our patients' oral health: the role of a triclosan/copolimer/fluoride 
dentifrice. Compend Contin Educ Dent. Jamesburg, v.28, p. 178-80, 182-3, 2007. 
CLAYDON, N. C. A.; ADDY, M.; ADAMS, G.; SMITH, S. R.; BOSMA, M. L.; NORTH, 
M.; MORAN, J. A comparison of two chlorhexidine gel brushing regimens and a 
conventional toothpaste brushing regimen for the development of tooth staining over a 6- 
week .period. International journal of dental hygiene, Oxford, vol. 4. n. 4. p. 183-188, 
2006. 
CULLINAN, M. P.; HAMLET, S. M.; WESTERMANN, B.; PALMER, J. E.; FADDY, M. 
J.; SEYMOUR, G. J.; Acquisition and loss of Porphyromonas gingivalis, Actinobacillus 
actinomycetemcomitans and Prevotella intermedia over a 5-year period: effect of a 
triclosan/copolymer dentifrice. J. Clin. Periodontol, Copenhagen, v. 30, p. 532-541, 2003. 
CURY, J. A. et al. Avaliação do efeito do dentifrício contendo triclosan-gantrez-zinco-
pirofosfato na gengivite experimental em humanos. Revista Periodontia, v. 6, p. 20-24, 
1997. 
38 
DAVIES, R. M. The clinical efficacy of triclosan/copolimer and other common therapeutic 
approaches to periodontal health. Clin. Microbiol Infect., Oxford, v. 13, p. 25-9, 2007. 
DAVIES, R. M. Toothpaste in the control of plaque/gingivitis and periodontitis. 
Periodontology 2000, Copenhagen, v. 48, Issue 1, p. 23-30, 2008. 
FAIRBROTHER, K. J.; KOWOLIK, M. J.; CURZON, M. E.; MOLLER, I.; MCKEOWN, 
S.; HILL, C. M.; HANNIGAN, C.; BARTIZEK, R. D.; WHITE, D. J. The comparative 
clinical efficacy of pirophosphate/triclosan, copolymer/triclosan and zinc citrate/triclosan 
dentifrices for the reduction of supragingival calculus formation. J. Clin. Dent., Yardley, v. 
8, p. 62-66, 1997. 
FARRELL, S.; BARKER, M. L.; GERLACH, R. W. Overnight malodor effect with a 
0,454% stabilized stannous fluoride sodium hexametaphosphate dentifrice. Compend. 
Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 28, p. 658-661, 2007. 
FDA, Food and Drug Administration. 
FEJERSKOV, O.; KIDD, E. Cárie dentária: a doença e seu tratamento clinico. São Paulo: 
Santos, 2005. 
FULLIANG, H. U.; HEPBURN, H. R.; YINGHUAL, L.; CHEN, M.; RADLOFF, S. E.; 
DAYA, S., Effects of etanol and water extracts of propolis on acute inflammatory animal 
models. Journal Ethnopharmacology, Lausanne, v. 100,p. 276-283, 2005. 
GAFFAR, A. et al. The effect of triclosan on mediators of gengival inflammation. J. Clin 
Periodonto, Copenhagen, v. 22, p. 480-484, 1995. 
GIORGI, S. M.; MICHELI, G. Agentes químicos no controle da placa bacteriana. Revista da 
Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, São Paulo, v. 46, n. 5, p. 857-859, 1992. 
GRANT, L.; McMAHON, T.; TANZER, J. M. Caries inhibitory effects of bicarbonate-based 
dentifrices compared to Crest. J. Dent Res., Alexandria, v. 68, p. 246, 1989. 
GRENHILL, J. D.; PASHLEY, D. H. The effects of desensitizing agents on the hidraulic 
condutance of human dentin in vitro. J. Dent. Res., Alexandria, v. 60, n. 3, p. 686-98, 1981. 
GUSOLLEY, J. C. A meta-analysis of six-month studies of antiplaque and antigingivitis 
agents. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 137(12), p. 1649-57, 2006. 
HAFFAJEE, A. D.; YASKELL, T.; SOCRANSKY, S. S. Antimicrobial effectiveness of an 
herbal mouthrinse compared with an essential oil and a chlorhexidine mouthrinse. J. Am. 
Dent. Assoc., Chicago, v. 139, p. 606-11, 2008. 
HARRY, R. G. Cosmetologia de Harry. Madrid: Ediciones Diaz de Santos, 1990. 
HUGOSON, A.; KOCK, G.; GOTHBERG, C.; HELKIMO, A. N.; LUNDIN, S. A.; 
NORDERYD, O., Oral health of individuals aged 3-80 years in J6nk6ping, Sweden during 
30 years (1973-2003). I. Review of findings on dental care habits and knowledge of oral 
health., Swed. Dent. J., Rink6ping, v. 29, P. 125-38, 2005. 
IKENO, K.; IKENO, T.; MIYAZANA, C. Effects of Propolis on Dental Caries in Rats. 
Caries Res., Basel, v. 25, n. 5, p. 347-351, 1991. 
JENTSCH, H. F.R.; BEIER, D.; PFISTER, W.; EICK, S., Chlorhexidine incorporated into a 
toothpaste — supragingival and subgingival effects. Oral Health Research., Dublin, v. 9, p. 
13-16, Sept 2006. 
JONES, C. G. Chlorhexidine: is it still the gold standard? Periodontol 2000, Copenhagen, v. 
15, p. 55-62, 1997. 
KERDVONGBUNDIT, V.; WIKESJO, U. M. E. J. Clin. Periodontol. Copenhagen, v. 30, p. 
1024-1030, 2003. 
KERN, D. A. et al. Effectiveness of sodium fluoride on tooth hypersensitivity with and 
without iontophoresis. Swed. Dent. J., v. 60, n. 7, p. 386-389, July 1989. 
LANG, N. P.; SANDER, L.; BARLOW, A.; BRENNAN, K.; WHITE, D. J.; BACCA, L.; 
BARTIZEK, R. D.; McCLANAHAN, S. E., Experimental gingivitis studies: effects of 
triclosan-containing dentifrices on dental plaque and gingivitis in three-week randomized 
controlled clinical trials. J. Clin. Dent.,Yardley, v. 13(4), p. 158-66, 2002. 
LARA, E. H.; PANZERI, H. A propósito de uma regulamentação para produtos de higiene 
oral. Normas para controle de qualidade de dentifrícios da A.B.O. Associação Brasileira de 
Odontologia, 1994. 
LAWSON, K. et al. Effectiveness of chlorhexidine and sodium fluoride in reducing dentin 
hypersensitivity. Dent Hyg, Thorofare, v. 65, n. 7, p. 340-344, Sept. 1991. 
LEE, S. S.; ZHANH, W.; LI, Y., The antimicrobial potential of 14 natural herbal dentifrices: 
results of an in vitro diffusion method study. Journal of the American Dental Association, 
Chicago, v. 135, p. 1133-41, 2004. 
39 
LINDHE, J.; KARRING, T.; LANG, N. P. Tratado de periodontia e implantologia oral. 4. 
ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, p. 450-477, 2005. 
40 
LOTUFO, R. F, M.; HASS, N. A.; RODRIGUES, A. S.; PANNUTI, C. M.; PUSTIGLIONE, 
F. E.; NOGUEIRA-FILHO, G. R.; MICHELI, G.; ROMILDO, G. A.; CARNEIRO, S. R. S., 
Tratamento antimicrobiano em periodontia - tratamento não cirúrgico. Revista Periodontia, 
v. 15, p. 101-116, 2005. 
LOVEREN, C. V. Sugar alcohols: what is the evidence for caries-preventive and caries-
therapeutic effects? Caries research. Amsterdam, v. 38, P. 286-293, 2004. 
MADLÉNA, M.; DOMBI, C.; GINTNER, Z.; BANOCZY, J. Effect of amine 
fluoride/stannous fluoride toothpaste and mouthrinse on dental plaque accumulation and 
gingival health. Oral Diseases, v. 10, n. 5, p. 294-297, 2004. 
MANARA, L. R. B.; ANCONI, S. I.; GROMATZKY, A.; CONDE, M. C.; BRETZ, W. A. 
Utilização da própolis em Odontologia. Revista da Faculdade de Odontologiade Bauru, 
Baum, v. 7, p. 15-20, 1999. 
McCLANAHAN, S. F.; BARTIZEK, R. D. Effects of triclosan/copolymer on dental plaque 
and gingivitis in a 3-month randomized controlled clinical trial: influence of baseline 
gingivitis on observed efficacy. J. Clin. Dent., Yardley, v. 13, p. 167-78, 2002. 
MEIER, B.; DRAKE, D. Bactericidal activity of baking soda and SDS: dose response. J. 
Dent. Res., Alexandria, v. 76, p. 437, 1997. 
MENDES, M. M. S. G.; ZENOBIO, E. G.; PEREIRA, Agentes químicos para controle de 
placa bacteriana. Rev. Periodontia, Sao Paulo, p. 253-256, jul./dez. 1995. 
MODESTO, A.; LIMA, K.C.; UZEDA, M. Atividade antimicrobiana de três dentifrícios 
utilizados na higiene oral dos bebês estudo in vitro. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. Sio 
Paulo, São Paulo, v. 55, n. 1, p. 43-48, 2001. 
MOORE, C.; ADDY, M.; MORAN, J., Toothpaste detergents : a potential source of oral soft 
tissue damage? Int. J. Dent.Hyg., v. 6, p. 193-198, 2008. 
MULLALLY, B. H.; JAMES, J. A.; COULTER, W. A., The Efficay of a Herbal Based 
Toothpaste on the Control of Plaque and Gigivitis. J. Clin. Periodontol, Copenhagen, v. 22, 
p. 686-9, 1995. 
MUZZIN, K.B.; JOHNSON, R. Effects of potassium oxalate on dentine hypersensitivity in 
vivo. J. Periodont., Chicago, v. 60, n. 3, p. 151-8, 1989. 
NABBI, N.; GAFFAR, A. Antibacterial antiplaque oral composition. United States Patente 
n. 4.894.220, issued Jan. 1990. 
NUNES, J. Desenvolvimento de dentifrícios específicos para diferentes faixas etárias. São 
41 
Paulo, 155 p. 1996. Tese (Doutorado em Fármacos e Medicamentos) - Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. 
°SAKI, F.; PANNUTI, C. M.; IMBRONITO, A.V.; PESSOTTI, W.; SARAIVA, L.; 
FREITAS, N. M.; FERRARI, G.; CABRAL, V. N., Efficacy of a herbal toothpaste on 
patients with established gingivitis- a randomized controlled trial. Braz. oral res., Sao Paulo, 
v. 20, n. 2, Apr./June ,2006. 
PADER, M. Oral higiene products and practice. New York: Marcel Dekker, p. 419-487, 
1988. 
PANAGAKOS, F. S.; VOLPE, A. R.; PETRONE, M. E.; DeVIZIO, W.; DAVIES, R. M.; 
PROSKIN, H. M. Advanced oral antibacterial/anti-inflammatory technology: A 
comprehensive review of the clinical benefits of a triclosan/copolymer/fluoride dentifrice. J. 
Clin. Dent., Yardley, v. 16, p. 19, 2005 
PANNUTI, C. M. et al. Efeito clinic de um dentifrício herbal no controle de placa e gengivite: 
estudo duplo-cego. Pesquisa Odontológica Brasileira, Sao Paulo, v. 17, n. 4, p. 314-318, 
out-dez. 2003. 
PANZERI, H. et al. Avaliação de dentifrícios I parte - Consistência, densidade, pH, vida útil e 
perda de Agua. Odontologo Mod., Rio de Janeiro, v. 4, f. 2, p. 4-12, 1979. 
PASHLEY, D. et al. Dentin permeability. Effects of desensitizing in vitro. J. Periodont, 
Chicago, v. 55, n. 9, p. 522-525, setp. 1984. 
PEACOCK, J. M.; ORCHARDSON, R., Action potencial conduction block of nerves in 
vitro by potassium citrate, potassium tartrate and potassium oxalate. J.Clin. Periodont., 
Copenhagen, v.26, n. 1, p. 33-7, jan. 1999. 
PETERSSON, L. G. et al. Caries-preventive effect of dentifrices containing various types 
and concentrations of fluorides and sugar alcohols. Caries Res., Basel, 25 (1), p. 74-79, 
1991. 
PETRONE, M.; LOBENE, R. R.; HARRISON, L. B.; VOLPE, A.; PETRONE, D. M. 
Clinical comparison of the anticalculus efficacy of three commercially available dentifrices. 
Clin Prey Dent., Lippincott, v. 13, p. 18-21, 1991. 
PRESTON, A. J. A. A Review of Dentifrices. Dent. Update, Guildfort, v. 6, p. 247-253, 
1998. 
PRISTA, L. N.; BAHIA, M. F.; VILAR, E. Dermofarmácia e cosmética. Associação 
Nacional de Farmacia, Porto, p. 503-551, 1995. 
RAMJI, N.; BAIG, A.; HE, T.; LAWLESS, M. A.; SALETTA, L.; SUSZCYNSKY-
MEISTER, E.; COGGAN, J., Sustained antibacterial actions of a new stabilized stannous 
fluoride dentifrice containing sodium hexametaphosfate.,Compend. Contin. Educ. Dent., 
Jamesburg, v. 26, P. 19-28, 2005. 
RENVERT, S.;

Continue navegando