Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CARLOS HENRIQUE HOFFMANN DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTI A FLORIANOPOLIS 2008 CARLOS HENRIQUE HOFFMANN DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTIA Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Periodontia, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para obtenção de titulo de Especialista em Periodontia. Prof' MSc. Ariadne Cristiane Cabral Cruz C :0) c...) co °Ir Cl) 'n — c...1 FLORIANOPOL IIS 2008 CARLOS HENRIQUE HOFFMANN DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTIA Este trabalho de conclusão foi julgado adequado para obtenção do titulo de Especialista em Periodontia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Periodontia. Florianópolis, 11 de dezembro de 2008. BANCA EXAMINADORA Profa. Ariane Cristiane Cabral Cruz (Orientadora) Armando Rodrigues Lopes Pereira Neto (Mestrando) Gustavo Castelazzi Sella (Mestrando) RESUMO Sendo a placa dental o fator etiológico primário pelo processo inflamatório periodontal, fica bem estabelecido que a combinação de medidas mecânicas de controle do biofilme, executada pelo profissional e pelo paciente, é na maioria das vezes efetiva para prevenir a progressão da doença, porém, estas medidas estão constantemente sujeita a falhas, uma vez que não proporciona a eliminação completa do biofilme. Utilizadas em conjunto com o método mecânico na tentativa de superar os problemas associados a essa terapia, estão os produtos de higiene bucal, contendo os mais variados agentes ativos. Dessa forma os cirurgiões dentistas deverão conhecer e avaliar criteriosamente os produtos disponíveis para o controle do biofilme dental. Palavras-chave: Agentes antimicrobianos, Prevenção, Dentifrício, Dentifrício terapêuticos. ABSTRACT Being the dental plaque the primary etiological factor for the periodontal inflammatory process, it s well set that the combination of mechanical measures of biofilm control, executed by the professional and by the patient, most of the times it s effective to prevent the sickness progress, but, these measures are often opened to failures, once they don t eliminate the biofilm totally. Used together with the mechanical method in attempt of overcoming the problems associated to this therapy are the oral hygiene products containing several active agents, this way the dentist should know and evaluate carefully the products available for the dental biofilm control. Keywords: Antimicrobial agents, Prevention, Dentifrice, Dentifrices therapeutic. INTRODUÇÃO 7 1 PROPOSIÇÃO 8 2 REVISÃO DA LITERATURA 9 2.1 HISTORIA DOS CREMES DENTAIS 9 2.2 DENTIFRÍCIOS 10 2.3 LEGISLAÇÃO 1 1 2.3.1 ANVISA I 1 2.3.2 INMETRO I I 2.3.3 Selo ABO — confiança na qualidade do produto 1 2.4 COMPONENTES DE UM DENTIFRÍCIO 12 2.4.1 Abrasivos 12 2.4.2 Umectantes 13 2.4.3 Detergentes 14 2.4.4 Aromatizantes 15 2.4.5 Edulcorantes 15 2.4.6 Espessantes 15 2.4.7 Conservantes 16 2.4.8 Solventes 16 2.4.9 Agentes ativos 16 2.4.9.1 Agentes anti-sensibilidade 16 2.4.9.1.1 Cloreto de estrôncio 16 2.4.9.1.2 Nitrato de potássio 17 2.4.9.1.3 Fluoreto de estanho 17 2.4.9.2 Agentes protetores 18 2.4.9.2.1 Fluoretos 18 2.4.9.3 Agentes antisépticos 19 2.4.9.3.1 Triclosan 19 2.4.9.3.2 Clorexidina 19 2.4.9.3.3 Bicarbonato de sódio 20 2.4.9.4 Agentes antitártaro 2 1 2.4.9.4.1 Pirofosfato de sódio 21 2.4.9.4.2 Citrato de zinco 71 2.4.9.5 Agentes clareadores 2 1 2.4.9.5.1 Peróxidos 21 2.4.9.6 Produtos herbais ?-) 2.4. 9.6. 1 Própolis 23 2.4. 9.6. 2 Aloe vera 23 2. 4.9.6. 3 Ju6 24 2.4.9.6.4 Sanguinarina 24 2.4. 9.6. 5 Camomila / Echinacea / Ratánea / Sálvia -) 4 2.5 DENTIFRÍCIOS NA PERIODONTIA s 2.5.1 Triclosan 26 2.5.2 Triclosan / Copolimero 27 2.5.3 Triclosan / Pirofosfato 30 2.5.4 Triclosan / Citrato de zinco 30 2.5.5 Clorexidina 31 2.5.6 Fluoreto estanhoso / Fluoreto de amina 31 2.5.7 Fluoreto estanhoso / Hexametafosfato sódio 3 9 3 CONCLUSÃO 34 REFERÊNCIAS 35 ANEXO 45 INTRODUÇÃO A evolução da ciência impôs diretrizes no preparo de dentifrícios, nas apresentações liquidas, pastosas ou em p6. 0 desenvolvimento tecnológico que se registrou nas formulações dos dentifrícios fez com que o pó deixassem de ser procurados como produtos de utilização cotidiana e os cremes dentais tornaram-se a forma preferencial devido à facilidade e comodidade de manuseio, estabilidade e palatibilidade. Os dentifrícios inicialmente foram exclusivamente preparados com o único propósito de promover a higiene bucal, contendo apenas excipientes e adjuvantes, em uma condição cosmética, ou seja, aquela que define um sorriso bonito. Atualmente se busca obter os mais diversos efeitos, tais como, antiplaca, anti-séptico, antiinflamatório, anti-sensibilidade, clareadores e protetores. 7 1 PROPOSIÇÃO Profissionais e pacientes estão expostos a uma variedade de agentes antimicrobianos, inseridos tanto em dentifrícios como em colutórios, que são muitas vezes vendidos sem prospectos explicativos de suas propriedades. Dessa forma, torna-se essencial para a escolha de um agente de controle do biofilme supragengival, o conhecimento de seus aspectos físico- químicos, bem como o risco de induzir efeitos colaterais. Assim este trabalho tem o propósito de apresentar alguns dentifrícios presentes no mercado. 8 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 HISTORIA DOS CREMES DENTAIS 0 desenvolvimento das pastas de dentes iniciou-se por volta dos anos 300-500 a.C. na China e Índia. De acordo com a história chinesa, um homem chamado Huang-ti foi o primeiro a estudar os cuidados com os dentes. Durante os anos 3000-500 a.C., os povos egípcios elaboravam a pasta de dentes misturando cinzas de ossos de boi, p6 de arroz e cascas de ovos queimados. Achados posteriores mostraram que todos esses ingredientes deveriam ser misturados em conjunto, porém não especificavam como deveria ser utilizado o pó obtido dessa mistura. Supõe-se que os antigos egípcios utilizavam seus dedos para esfregar esta mistura em seus dentes. Relatos da antiga Índia, China e Egito mostraram que os gregos e romanos foram os povos que desenvolveram e aperfeiçoaram o creme dental. A pasta de dentes ou dentifrício foi inicialmente desenvolvida na Inglaterra no fim do século 18. Era apresentada em um pote de cerâmica, podendo vir em forma de pó ou em forma de pasta. Mas o creme dental que representou uma evolução importante no mercado foi criada pelo americano Washington Sheffield, em 1873. Seu filho Tracy, também dentista, duas décadas mais tarde colocou-a num tubo de metal - e merece ser considerado um gênio do design industrial. Nesta data começou a popularização do creme dental. A partir da década de 50 ele foi se tornando mais agradável, cremoso, com novos sabores, menos abrasivo, e houve a inclusão de flúor, pós branqueadores e produtos para combater a sensibilidade dentária. Em 1 de agosto de 1960, o Council on Dental Therapeutics da American Dental Association (ADA), classificou como "B" um dentifrício fluoretado como de valor terapêutico. Em 1964 a classificação passou de "B" para "A", sendo reconhecido como de valor terapêutico. Apenas em 1969, foi classificado como "A" o primeiro dentifrício fluoretado não estanhoso. Nos anos 80, os cremes dentais com flúor dominaram as prateleiras. Apareceram, em seguida, os que removem manchas e combatem o cálculo e placa bacteriana. Desenvolvidos na década de 90 os cremes dentais remineralizadores são uma nova geração de produtos que fortalecem ainda mais o esmalte. 9 2.2 DENTIFRÍCIOS Os dentifrícios são considerados como uma substancia destinada à limpeza dos dentes, conservação das gengivas e assepsia bucal. 0 Decreto n. 79.094, de 05/01/1977 definiu dentifrício como um produto destinadohigiene e limpeza dos dentes, dentaduras postiças e da boca, apresentados com aspecto uniforme e livres de partículas palpáveis na boca em formas e veículos condizentes, podendo ser coloridos e ou aromatizados. Segundo Lara e Panzeri (1994), os dentifrícios são produtos resultantes de formulações conscientes nas quais se busca, com a interação de uma soma de substâncias, obter um produto com qualificação equilibrada de propriedades, as quais dependem de diferentes associações. Harry (1990) formulou os requisitos básicos de um dentifrício, que incluem. Limpar os dentes de modo adequado, isto 6, eliminar os resíduos de alimentos, placas e manchas; Dar uma sensação de frescor e limpeza à boca; Custo acessível que fomente seu uso regular e freqüente; Ser inócuo, agradável e fácil de usar; Embalagem econômica e permanecer estável durante o seu armazenamento; Ajustar-se a padrões aceitos em termos de abrasividade ao esmalte e dentina; Em usos profiláticos, estas devem estar fundamentadas em ensaios clínicos dirigidos. Ao longo do tempo os dentifrícios tem desempenhado um papel fundamental na prática da boa higiene bucal e promoção da saúde bucal. Além de fornecer produto para limpeza dental, também tem servido como excelente veiculo para introdução de novos agentes que oferecem benefícios terapêuticos e cosméticos (BAIG; HE, 2005). 0 principal método de remoção do biofilme dental é a escovação. Entretanto, frente ao conhecimento das limitações dos métodos mecânicos de higiene bucal, pesquisas têm sido realizadas para avaliar a importância dos agentes químicos no controle do biofilme (MODESTO et al., 2001). Essas substâncias podem agir de diferentes formas na microbiota, interferindo na adesão bacteriana à superfície dental por meio de agentes antiadesivos ou na síntese de polissacarideo extracelular (IKENO et al., 1991; ADDY et al., 1992). Dentre os agentes químicos para higienização bucal estão os dentifricios, considerados os principais agentes químicos de auxilio na remoção do biofilme. Esses produtos apresentam as funções de remover manchas dos dentes, fornecer sensação de frescor e limpeza e servir como veiculo para agentes terapêuticos (FEJERSKOV; KIDD, 2005). 10 2.3 LEGISLAÇÃO 2.3.1 ANVISA A legislação que regulamenta a classificação dos produtos de higiene dental e bucal é a RDC n. 79 de 28/08/2000 (ANVISA), classificando-os na categoria de produtos de higiene. 0 grau de risco atribuído a este produtos pode ser diferenciado em 1 ou 2 dependendo da finalidade a que se destina. Produtos para fins especiais como antiplaca, anticdrie, anticálculo, clareador químico e anti-séptico, obrigatoriamente se enquadram no grau de risco 2 (produto com risco potencial), e estabelece o teor máximo de 1500 mg para concentração total de flúor nos dentifrícios. A Portaria n. 71, de 29/05/1996, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde apresenta informações indispensáveis que devem constar nas embalagens dos dentifricios.A Portaria n. 21, de 25/10/1989, da Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde estabelece requisitos para assegurar a qualidade e a eficácia dos cremes dentais. A Resolução RDC n. 13 de 17/01/2003 afirma que cremes dentais devem constar no seu rótulo, quando o produto for indicado para hipersensibilidade dentinária. 2.3.2 INMETRO Além das portarias exigidas pela ANVISA, o INMETRO, ainda solicita a ISO 11.609, de dezembro de 1995 toothpaste- Requirements, Test Methods and marking. Estabelece os parâmetros e os métodos de ensaio para verificar as propriedades fisicas e químicas e a rotulagem de cremes dentais. E a The Cosmetic, Toiletry and Fragance Association - CTFA - Microbiology Guidelines, de janeiro de 1993. Estabelece os parâmetros microbiológicos para cosméticos e produtos de toalete. Os laboratórios credenciados são o Laboratório das Faculdades de Ciências Farmacêuticas e de Odontologia da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto - realiza ensaios microbiológicos, de pesquisa de metais pesados, de pH, de análise de rotulagem e determinação da concentração de flúor. 0 Oral Health Research Institute da Faculdade de Odontologia da Universidade de 11 12 Indiana, nos Estados Unidos, responsável pela realização dos ensaios de abrasividade. Infection Control Research & Services da Faculdade de Odontologia da Universidade de Indiana é responsável pela realização dos exames que verificam a presença de carboidratos fermentáveis, nas pasta de dentes. 2.3.3 Selo ABO — confiança na qualidade do produto Em 1985 a ABO Nacional implantou o Selo de Qualidade ABO, com o objetivo de promover a certificação e a normalização de produtos e equipamentos odontológicos brasileiros. Juntamente ao Selo foi criado o Departamento de Avaliação de Produtos Odontológicos da ABO Nacional (Dapo), responsável pelas análises e pesquisas dos produtos, incluindo as embalagens e informações ao consumidor. 0 processo de normalização da ABO segue um programa internacional, cujas diretrizes emanam do Comitê Técnico de Odontologia da Organização Mundial de Normalização (ISO/TC-106), órgão responsável pela normalização de produtos odontológicos em nível mundial. Além disso, o trabalho realizado pelo Dapo revolucionou os mecanismos de análise em higiene bucal ao desenvolver equipamentos para novos tipos de ensaios, específicos para as necessidades do mercado nacional, e garantindo precisão, autenticidade e confiabilidade aos resultados obtidos. 2.4 COMPONENTES DE UM DENTIFRÍCIO 2.4.1 Abrasivos São componentes insolúveis que são usados como agentes de limpeza e polimento, constituem de 35 a 50% do dentifrício, sua finalidade é a de remover da superficie dos dentes, sem danificarem o esmalte e a dentina, as manchas, placa bacteriana e os resíduos alimentares. A remoção mecânica das manchas oriundas do depósito de substâncias corantes encontradas nos alimentos como chá, café e tabaco, são removidas de forma segura com um dentifrício com abrasivo e continua sendo ainda o método mais indicado e fácil de ser usado pelo público em geral (PANZERI et al, 1979). Os abrasivos mais utilizados são o carbonato de cálcio, fosfato dicálcico di- 13 hidratado, fosfato tricalcico, pirofosfato de cálcio, meta fosfato de sódio insolúvel, aluminas, silicas, silicatos, carbonato de magnésio, oxido de silício, dióxido de silício, compostos de alumínio. O carbonato de cálcio foi um dos compostos mais utilizados como abrasivos, são diferenciados pela forma cristalina, tamanho de partícula e pela densidade. Ocasionando na forma cristalina muita variação na uniformidade das partículas de cristais e presença de cristais de quartzo, tornando muito agressivo ao esmalte dentário, segundo (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1995). O fosfato dicálcicodi-hidratado confere um pH entre 6 a 8 e um paladar mais agradável e vem associado ao fosfato dicálcicoanidro para diminuir a agressividade abrasiva. 0 fosfato dicálcicoanidro é cinco vezes mais abrasivo do que seu similar di-hidratado, sendo utilizado quando se quer um polimento mais intenso. O pirofosfato de cálcio é três vezes mais abrasivo do que o fosfato dicálcicodi- hidratado, sendo o de eleição para produtos que contém fluoreto de sódio ou estanhoso por não reagirem com estes compostos. A baixa disponibilidade de ions cálcio solúveis contribui para a estabilidade dos fluoretos. Os demais compostos abrasivos de cálcio são incompatíveis com os fluoretados. As pastas dentifricias que apresentam derivados de flúor, utilizam abrasivos como metafosfato de sódio, carbonato de magnésio, o óxido de alumínio e derivados do ácido silicico. O metafosfato de sódio deixou de ser usado, apesar de ser compatível com compostos fluoretados, pois é um quelante dos sais de cálcio intervindo na estrutura dentária. 0 carbonato de magnésioé um abrasivo suave, confere um tom acinzentado ao dentifrício. As silicas são partículas muito pequenas, possibilitando a formulação de produtos com excelente aspecto e baixa densidade. 2.4.2 Umectantes Servem para evitar que o dentifrício seque quando exposto ao ar e para dar um aspecto cremoso. Constituem de 2 a 30% das pastas. As substâncias mais utilizadas para essa finalidade são o glicerol, o sorbitol, o propileno, o glicol e o polietilenoglicol. Os mais empregados são a glicerina e o sorbitol, sendo que a glicerina confere ao produto acabado uma consistência superior ao do sorbitol, O propilenoglinol tem sabor adstringente, enquanto a glicerina e sorbitol apresentam sabor adocicado, fato que auxilia a 14 função de edulcorantes e aromatizantes (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1995). Nos dentifricios na forma de gel transparente, o sistema umectante tem uma grande importância, neste tipo de dentifrício a quantidade de água é minima e de umectante é elevada, dando a característica de transparência ao produto (NUNES, 1996). 2.4.3 Detergentes Quase todos os dentifrícios contêm um agente espumante e redutor da tensão superficial para melhorar a qualidade de limpeza do abrasivo. Ao baixar a tensão superficial, os detergentes fazem com que os dentifrícios molhem com mais facilidade as superficies dos dentes e facilitem a dispersão dos materiais ai acumulados. A concentração dos detergentes nos dentifrícios varia de 3 a 6%. Um bom tensoativo deve ser insípido, atóxico e não irritante da mucosa bucal. Os sabões de sódio e potássio foram os primeiros a serem usados, porém suas desvantagens, como o elevado pH, sabor e incompatibilidade com outros componentes , tem induzido a sua substituição por detergentes sintéticos. Estes compostos também não estão isentos, mas como são utilizados em quantidade mais baixa, são menos agressivos para a mucosa oral (HARRY, 1990). Os tensoativos sintéticos, que normalmente são usados como o laurilsulfato de sódio, o laurilsulfato de magnésio e o laurilsarcosinato de sódio, podem causar danos aos tecidos moles da boca, embora in vivo, a saliva neutraliza esses efeitos (MOORE; ADDY, MORAN, 2008). 0 laurilsulfato de sódio é provavelmente o tensoativo mais utilizado e satisfaz a maioria dos requisitos, é um forte tensoativo aniônico, poderia ser o agente causador das diferentes reações na mucosa oral. A relação clinica de dentifrício com laurilsulfato de sódio e doenças da mucosa oral ainda não está bem comprovada. De acordo com Nunes (1996), o lauril sulfato de sódio tem o papel de contribuir para solubilizar ingredientes-chave, tais como sabores e certos agentes antimicrobianos. Também tem atividade antimicrobiana e durabilidade mediana de 5 a 7 horas e ação inibidora de placa semelhante ao triclosan. O laurilsulfato de magnésio tem a vantagem de ser ligeiramente menos agressivo do que o laurilsulfato de sódio, por este fato esta indicado para formular dentifrício a gengiva sensíveis (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1992). FtSCIODONTOLOGIA BIBLIOTECA SETORIAL ,.......0713..MISSMOS6111:1.71141.131.” 2.4.4 Aromatizantes 0 sabor de uma pasta dentifricia, após a aplicação deve proporcionar sensações de aroma e sabor e manter-se durante algum tempo na cavidade oral. Os aromas utilizados são os aromas cítricos como a essência de laranja, limão e tangerina. Aromas balsâmicos como mentol, cânfora, eucaliptol, timol, hortelã e pinheiro. Aromas de fruta como groselha, framboesa e banana. As composições aromáticas são usadas em concentrações entre 1 a 3% nas formulações. 2.4.5 Edulcorantes A incorporação de edulcorantes é o de eliminar o sabor insípido provocado pelos abrasivos e o sabor amargo e irritante que é proporcionado pelos detergentes, e disfarçar o sabor dos princípios ativos. A quantidade de edulcorantes não deve ser elevada, usam-se percentagens de 0,05 a 0,3%. Na seleção dos agentes edulcorantes, deve-se considerar a escolha de produtos com baixo potencial cariogênico, devido aos efeitos deletérios dos hidrato de carbono. Os mais usados são a sacarina e sais, sorbitol, manitol e xilitol e sais de glicerina. Clinicamente o uso do xilitol e sorbitol, através do uso de goma de mascar, foi estudado seu efeito antimicrobiano comprovado. Entretanto, faz-se necessário mais estudos para confirmar o efeito anticariogênico dos adoçantes (LOVEREN, 2004). Com relação ao xilitol, este apresenta um efeito inibidor sobre o S. mutans e tem sido incorporado aos dentifricios segundo Sintes et al (1995), entretanto Petersson et al. (1991), não observaram diferença quando o xilitol foi incorporado ao dentifrício. Já Fejerskov e Kidd (2005), afirmam que o uso do xilitol como agente anti-cárie ainda não é justificado ainda que as evidências não comprovam seus efeitos. 2.4.6 Espessantes Os espessantes são produtos semi-sólidos, transparente, de consistência gelatinosa, compostas de partículas coloidais que não se sedimentam, serve para encorpar a pasta, utilizadas para evitar a separação dos componentes sólidos e líquidos. 15 16 Podem ser compostos naturais, como o amido, a goma adragarita, o alginato de sódio, o carragenato de sódio, a pectina e diversos silicatos coloidais, os derivados da celulose e os ácidos carboxivinilicos. Os aglutinantes constituem cerca de 2% das composições dos dentifricios. 0 sistema espessante deve ser selecionado para conferir propriedades adequadas durante a escovação, assim como a liberação do sabor e um nível adequado de espuma. 0 papel deste sistema é manter o produto integro durante seu prazo de validade. 2.4.7 Conservantes Nas formulações de pastas dentifricias a quantidade de água é elevada, assim sendo ocorre uma invasão de microrganismos, sendo necessário o uso de conservantes com atividades bactericidas e fungicidas. Entre os mais usados estão o metilparabeno, propilparabeno, silicato de sódio, formaldeido e ácido hidroxibenzóico. As pastas que contém elevado conteúdo de glicerina, sorbitol e de umectantes, geralmente não necessitam a incorporação de bactericidas e fungicidas (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1992). 2.4.8 Solventes Os solventes usados nos dentifrícios são água e o álcool, estão presentes na quantidade de 20 a 40% na preparação das pastas. 0 álcool, cuja graduação pode variar de 70 a 95% é o solvente básico, podendo ser encontrado também como diluente de essências nas formulações de pasta dentifricia (PRISTA, BAHIA, VILAR, 1992). 2.4.9 Agentes ativos 2.4.9.1 Agentes anti-sensibilidade 2.4.9.1.1 Cloreto de estrôncio Os dentifrícios a base de cloreto de estrôncio atuam obstruindo os túbulos dentindrios e criando uma barreira impermeável, devido a sua afinidade com tecidos calcificados, 17 estimulando a formação de dentina reparativa e diminuindo a sensibilidade. Segundo Rico (1992), a indicação para o uso dessa substância nos dentifricios, uma vez que não é irritante, não é alergênica e não é tóxica, além de ser um ótimo sal neutro, com baixa toxicidade sistêmica. Dentifrícios com agentes dessensibilizantes devem ser uma das primeiras alternativas para o paciente com hipersensibilidade dentindria, já que são de fácil aquisição, baixo custo e uso rotineiro para o paciente. 2.4.9.1.2 Nitrato de potássio Restabelece o fluxo de potássio no interior do odontoblasto perdido por estímulos externos, estabilizando a polaridade das terminações nervosas. 0 Nitrato de Potássio é reconhecido pela American Dental Association (ADA) como seguro e efetivo no controle da hipersensibilidade dentindria, e sua eficácia foi comprovada por oito estudos clínicos (PADER, 1988). Os diferentes sais inorgânicos, contidos no creme, produzem a decomposição do cálculo existente e evitam, em grande parte, a formação de novas concreções. Aqueles mesmos sais acima referidos conferem ao creme uma ligeira alcalinidade, quese transmite à saliva e auxilia a combater as inflamações gengivais. Foram realizados dois ensaios clínicos para verificar a capacidade de um dentifrício contendo nitrato de potássio, fluoreto estanhoso e fluoreto de sódio, para reduzir a sensibilidade dentindria. Os ensaios utilizaram um dentifrício contendo flúor e um para sensibilidade (Sensodyne F). Esses estudos demonstraram que o dentifrício com nitrato de potássio, fluoreto estanhoso e fluoreto de sódio, é significantemente melhor do que o dentifrício com flúor e o dentifrício com cloreto de potássio, triclosan e fluoreto sódio, para redução da hipersensibilidade (SOWINSKI, et al., 2001). 2.4.9.1.3 Fluoreto de estanho O fluoreto de estanho foi utilizado para tratamento de dentes sensíveis. Seu mecanismo de ação provavelmente é dado pela formação de uma película de flúor e estanho, obliterando os túbulos dentindrios (BLANK; CHAMBENEAU, 1986). 0 fluoreto estanhoso é um sal metálico, antimicrobiano, que age ligando-se à membrana celular, alterando o metabolismo e diminuindo a adesão bacteriana (MENDES; ZEN0BIO; PEREIRA, 1995). 2.4.9.2 Agentes protetores 2.4.9.2.1 Fluoretos Nesta categoria estão incluídos o fluoreto de sódio, monoflúorfosfato de sódio, fluoreto estanhoso e hexametafosfato (Naf, MFP, SnF2 e Na2P03). Os fluoretos são amplamente usados na prevenção da cárie dental. Atualmente o flúor dos dentifrícios é considerado a razão principal do declínio da cárie observado em todos os países (GIORGI; MICHELI, 1992). Além de atuar como redutor do índice de cárie (Na e MFP), destaca-se sua ação antimicrobiana que parece estar relacionada ao acúmulo e metabolismo das bactérias e á presença do ion estanho na composição (fluoreto estanhoso). fluoreto estanhoso é conhecido como maior possuidor de propriedades antiplaca. Eles possuem alguns inconvenientes como fluorose, alteração de paladar, manchas e vida útil curta. Os fluoretos são aceitos pela ADA como efetivos no controle e redução das principais doenças bucais, mas não como redutor de placa bacteriana. Considerando 0,07 mg F/kg peso corpóreo como o limite máximo de ingestão de flúor, em média estas crianças estariam sendo expostas a uma dose de risco de desenvolvimento de fluorose dentária. O fluoreto é um agente antimicrobiano que atua como inibidor de diversas enzimas bacterianas responsáveis pela metabolização de açúcares (PRESTON, 1998). A partir dos resultados obtidos segundo Wolfgang et al. (2007), pode concluir-se que os dentifrícios fluoretados, ligeiramente acidificados podem ter um efeito positivo sobre a remineralização do esmalte. 0 fluoreto de sódio associado à silica é mais efetivo que o fluoreto de sódio no tratamento da hipersensibilidade dentindria, tendo a grande vantagem de não afetar os tecidos moles, de ser inócuo A. polpa e de não escurecer os dentes (KERN et al., 1989; LAWSON et al., 1991). 0 fluoreto de sódio acidulado adere mais na dentina, em concentrações maiores, do que o fluoreto de sódio puro na dentina, porém, perde-se mais rapidamente. A utilização de fluoreto de sódio 1,23 % após cada branqueamento não prejudica a eficácia do branqueamento. Além disso, a utilização de fluoreto de sódio gel reduz a intensidade da sensibilidade dentária (ARMENIO et al., 2008). 18 19 2.4.9.3 Agentes antisépticos 2.4.9.3. I Triclosan O triclosan é um agente não iônico que possui amplo espectro antimicrobiano, com atividade contra bactérias Gram-positivas , Gram-negativas e fungos. Por possuir baixa substantividade tem que ser combinado com outro produto, para aumentar sua permanência no local (VOLPE et al., 1993). O triclosan é um antimicrobiano de baixa toxidade, largo espectro de ação antimicrobiana, que não provoca desequilíbrio da microbiota bucal e cuja principal sitio de ação é a membrana citoplasmática da bactéria. Segundo Thylstrup e Fejerskov (1994), o triclosan apresenta ainda potencial antiinflamatório e analgésico, inibindo a formação de mediadores da inflamação (GAFFAR et al., 1995). 0 FDA (Food and Drug Administration), aprovou os dentifrícios contendo triclosan como seguros e eficazes no combate á placa bacteriana. Sua ação baseia-se na desorganização da membrana celular e inibição inespecífica de enzimas da membrana. Ele possui amplo espectro antimicrobiano, com atividade contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos. Ele inibe a incorporação e metabolismo da glicose por S. mutans, S. sanguis e A. naeslundii, e a atividade de proteases tipo tripsina de P. gingiva/is e C. gengivalis in vitro. In vivo, a eficácia antiplaca e substantividade do triclosan sozinho são limitadas. Duas técnicas diferentes são então adotadas para aumentar a sua ação. A primeira consiste em aumentar a retenção oral e diminuir o índice de liberação através da adição de um copolimero, comercialmente conhecido como Gantrez. A segunda consiste em potencializar o seu efeito adicionando citrato de zinco. E segundo Cury et al. (1997), ainda pode ser adicionado com o pirofosfato de sódio, que tern efeito antitártaro. 2.4.9.3.2 Clorexidina A clorexidina é um dos agentes antimicrobianos mais eficaz e em geral é utilizada como padrão para comparar a potencia de outros agentes (JONES, 1997). É classificada quimicamente como uma bis-guanina, apresentando propriedades hidrofilicas e hidrofóbicas. utilizada na forma de sal de gluconato e tem mostrado resultado positivo no controle de bactérias patogênicas presente na cavidade bucal. Possui largo espectro bacteriano. alta 20 substantividade, é segura e efetiva. Quando em altas concentrações os efeitos da clorexidina sej am devidos a sua atividade bactericida e em baixas concentrações pela inibição de enzimas glicoliticas e proteoliticas (BEIGHTON et al., 1991). É diferente de outros anti-septicos a clorexidina mostra uma ação bacteriostatica durante 12 horas (SCHIOTT et al., 1970) Atua na desorganização da membrana celular e inibição especifica de enzimas da membrana. Ela inibe a incorporação de glicose pelos S. mutans e seu metabolismo para o Acido lático, reduz a atividade proteolitica do P. gengiva/is. Seu uso em dentifrícios pode ser indevido, pois estes apresentam detergentes, incompatíveis com a Clorexidina, reduzindo sua ação (BARKVOLL et al., 1989). 0 seu uso prolongado não é recomendado, devido a seus efeitos colaterais, entre eles a descamação da mucosa, descoloração dos dentes, alteração do paladar, sabor amargo que é dificil de mascarar, embora seja um excelente antimicrobiano (CIANCIO, 2007). Quanto maior sua concentração, maior será sua atividade antibacteriana contra anaeróbios da flora salivar (TOMAS et al., 2008). Os resultados de dois ensaios randomizados controlados envolvendo dentifricios de clorexidina foram apresentados um por Yates et al. (1993), envolvendo um creme dental contendo 1% de clorexidina e o outro por Sanz et al. (2004), com clorexidina a 0,4%, em cada caso as pastas de clorexidina reduziu significativamente a gengivite e placa bacteriana, mas foram acompanhadas por aumento de cálculo dental e coloração. 2.4.9.3.3 Bicarbonato de sódio Por ser o bicarbonato de sódio uma substância alcalinizante e tamponante, hipoteticamente ele poderia neutralizar os ácidos produzidos na placa dental quando da exposição ao açúcar, servem para elevar o pH. Ou seja, eles neutralizam o efeito dos ácidos produzidos pelas bactérias durante a fermentação dos açúcares em nossa boca. Tais microorganismos não resistem a pH superior a 6,0. 0 bicarbonato de sódio tem sido usado recentemente em formulações de dentifrícios, tendo sido demonstrada sua ação antimicrobiana in vitro contra estreptococos do grupo mutans (MEIER, DRAKE, 1997). Entretanto, estudos de contagem de mutans em ratos mostram resultados divergentes (GRANT et al., 1989), assim como aqueles obtidos quando a açãodo bicarbonato de sódio foi testada contra a cárie (BEST et al., 1994). 2.4.9.4 Agentes antitartaro 2.4.9.4.1 Pirofosfato de sódio A formação de cálculo é individual e enquanto alguns não têm deposição de calculo dental, outros o formam em alta velocidade mesmo escovando os dentes. Assim, idealizou-se a adição de substancias químicas aos dentifricios para interferir com a formação de tártaro. Resultados significativos de redução têm sido observados com dentifrícios contendo pirofosfato. Dentifrício anticálculo não remove cálculo dental, mas sim interfere com o seu mecanismo de formação, inibindo o fenômeno de mineralização (CURY et al., 1997). A nova formação de tártaro não ser á evitada, mas reduzida de 20-50%, o cálculo formado na presença de pirofosfato sera mais poroso facilitando sua remoção. O dentifrício anticalculo reduz a formação de cálculo supragengival, não interferindo com o subgengival. 2.4.9.4.2 Citrato de zinco 0 citrato de zinco tem a propriedade de diminuir a formação de calculo e a combinação deste sal metálico com o triclosan leva a resultados mais favoráveis, pois o citrato de zinco é mais efetivo na placa bacteriana já existente e o triclosan em inibir a sua formação. O zinco tem maior efeito sobre superficies onde há certa quantidade de placa bacteriana, já que sua maior ação é diminuir a taxa de proliferação bacteriana na placa existente (MENDES; ZENOBIO; PEREIRA, 1995). Os sais de zinco não tendem a causar manchamento e não são tóxicos, e tem compatibilidade com os componentes dos dentifrícios. Os sais de zinco são os agentes químicos mais utilizados no controle da halitose, pois inibem a volatilização dos compostos ricos em enxofre que são liberados pelas bactérias. 21 2.4.9.5 Agentes clareadores 2.4.9.5.1 Peróxidos 27 O principio básico esta no poder oxidante do peróxido, que descolora os dentes ao oxidar pigmentos bucais, promovendo' assim uma remoção química, existe dois mais utilizados, o peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida. Estudo comparativo entre dentifrícios contendo tiocianato/peróxido de carbamida/fluoreto 1450ppm e outro com triclosan 0,3% copolimero (PVM-MA) 2% fluoreto 1450ppm. Comparou a saúde gengival durante seis meses. Obtiveram resultados em ambos os dentifrícios semelhantes, onde a saúde gengival melhorou (ROSIN et al., 2002). Um estudo de prazo de seis semanas foi realizado, para avaliar o clareamento e a prevenção de manhas extrínseca, com um novo dentifrício, contendo 1,0% peróxido de hidrogênio, 0,243% de fluoreto de sódio, tripolifosfato de sódio e silica de alta limpeza. Os participantes foram instruidos a escovar os dentes por dois minutos, duas vezes ao dia, utilizando apenas o produto em questão, e que abstenham de usar qualquer outro produto para higiene bucal, não foram feitas restrições quanto à alimentação e tabagismo durante o curso do estudo. Verificou-se que o dentifrício proporcionou um clareamento maior e previniu manchas extrínsecas, comparando com o controle (SOPARKAR et al., 2004). Os agentes oxigenantes, como peróxidos e os perboratos, atuam nos microrganismos da cavidade bucal, pois a liberação local do oxigênio afeta a membrana e o DNA das bactérias. 0 uso prolongado acarreta num desequilíbrio da microbiota bucal, sendo recomendado para GUNA e pericoronarite por tempo determinado. Além dos peróxidos ainda encontramos o bicarbonato de sódio e um agente químico chamado silica, que neste produto age como branqueador (Close-up Double). No (Sorriso Brite) outro agente químico atua como clareador, a lumina, que garante a remoção e prevenção de manhas. Já a Colgate Bicarbonato de Sódio, trás na sua fórmula o Carbonato de sódio e o bicarbonato, um é responsável pela limpeza abrasiva, o outro deixa os dentes brancos, segundo o fabricante o agente não ataca o esmalte pois o bicarbonato usado é muito fino e em quantidade equilibrada na fórmula. As pastas clareadoras podem remover manhas superficiais de maneira eficaz com o uso repetitiva, elas também ajudam a manter brancos os dentes recentemente clareados por mais tempo. 2.4.9.6 Produtos herbais Os produtos naturais aumentam a cada dia na odontologia, devido à aceitação popular da fitoterapia, porém só devem ser introduzidos após a comprovação cientifica de sua 23 eficácia (LEE; ZHANH; LI, 2004). 2.4.9.6.1 Própolis Própolis, substância natural em forma de resina, componente das colméias de abelhas. Manara et al. (1999) em revisão da literatura, evidenciaram uma série de estudos na Area da periodontia, sugerindo ser a própolis auxiliar no tratamento da gengivite, com função antimicrobiana e inflamatória. Fuliang et al. (2005) estudou o efeito de própolis em mediadores inflamatórios em ratos, como resultado ocorreu alteração na migração dos macrófagos, além da redução de interleucina 2 e prostaglandinas. 2.4.9.6.2 Aloe vera Aloe vera, planta das famílias das lilikeas, popularmente conhecida como babosa, é extraído de um gel de sua folha. Lotufo et al. (2005) estudos mostram a eficácia da própolis e Aloe vera contra microrganismo orais. Atualmente, várias instituições cientificas estão estudando esta planta e dizem respeito, entre outras propriedades, resultante das suas substâncias ativas, ação antiinflamatória e antibiótico. Aloe vera contém mais de 75 componentes divididos em vários grupos, entre os quais podem ser citados vitaminas, sais minerais, aminoácidos e saponinas. A sua atividade é caracterizada por disponibilização de diversos elementos nutritivos cinérgicamente agindo em tecidos epiteliais e do sistema imunológico, onde, por sua ação antiinflamatória e antimicrobiana, induz crescimento celular, promovendo a recuperação do tecido agredido. Aloe vera é rica em aloeferon, antraquinona e acemannan. O aloeferon na multiplicação celular, acelera a cicatrização, a antraquinona é um anti-séptico. O acemannan é um mucopolissacarideo antiviral, antibacteriano e antiffingico. age em células do sistema imunológico pela ativação e estimular macrófagos, monácitos, linfócitos e anticorpos. Recentemente, extratos de plantas foram incorporados nas fórmulas de creme dental, que funciona bem como cosméticos, com o objetivo principal de melhorar a ação antimicrobiana e atuar como agentes terapêuticos. A ação terapêutica de creme dental não está relacionado apenas com a presença de flúor na sua composição, e procurando prevenção ou reversão de lesões cárie incipiente, mas também outras substâncias estão a ser incorporado nas fórmulas. 2.4.9.6.3 Jud Obtida a partir da raspagem da casca do juazeiro (ziziphus joazeiro Mart) Arvore típica da regido nordeste do Brasil. É rica em saponina, um complexo molecular que da propriedades detergentes. Além da ação detergente o Jua também tem propriedades abrasivas, porém não é capaz de produzir desmineralização do esmalte dentário. 2.4.9.6.4 Sanguinarina Sanguinarina é um produto vegetal derivado da Sanguinaria canadensis. 0 produto pode ser catiônico e o grau de substantividade é incerto. Como efeito adverso tem-se a sensação de ardência na boca, seu mecanismo de ação consiste em alterar a resposta inflamatória, embora com modesta inibição da 5 lipoxigenase e nenhuma ciclooxigenase. Segundo Lindhe, Karring e Lang (2005) tem sido retirado dos produtos devido ao seu potencial de causar lesões orais pré-cancerigenas. 2.4.9.6.5 Camomila / Echinacea / Ratánea / Sálvia Os extratos vegetais da camomila, echinkea, ratánea e sálvia, são utilizadas porque fornecem um eficaz recurso anti-séptico e antiinflamatório no combate à estomatite, infecção e candidiase. Os ingredientes ativos desses fitoterdpicos agem nas bactérias extremamente organizadas que seletivamente aderem à superficie dos dentes e biofilme dental. 0 objetivo deste ensaio clinico aleatório duplo-cego foi verificar a eficáciade um dentifrício fitoterdpico na redução de placa e gengivite. Quarenta e oito voluntários com gengivite estabelecida foram aleatoriamente alocados aos grupos teste (dentifrício fitoterdpico) e controle positivo (dentifrício com triclosan e flúor). Os dentifrícios foram distribuídos em tubos brancos por uma farmácia independente, que revelou o conteúdo de cada tubo apenas após o final do período experimental. A aferição de placa e gengivite foi conduzida por um único examinador, previamente calibrado, no inicio e após 28 dias de uso do produto. Os sujeitos da pesquisa foram orientados a escovar os dentes com o dentifrício de 24 DONTOLOGIAi :BL1OTECA SETORIAL 1 seu grupo três vezes ao dia por 28 dias. Houve redução significativa na quantidade de placa nos grupos teste e controle. No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos. Os dois grupos experimentais apresentaram redução significativa nos níveis de gengivite, porém não houve diferença significativa entre eles. Não foram observadas reações adversas. Os autores concluíram que os dois dentifrícios foram eficazes na redução de placa e gengivite em indivíduos com gengivite estabelecida (OSAKI et al., 2006). Os autores investigaram a eficácia antimicrobiana de tees agentes ativos, a clorexidina, óleos essenciais e produtos a base de ervas. Foram testadas em 40 espécies de bactérias orais. Resultados obtidos apresentados, foi que as ervas naturais inibiram o crescimento da maior parte das espécies teste, dentre elas Actinomyces, Eubacterium nodatum, Tannerella Forsythia e prevotella, bem como S. mutans. Embora menos potente que a clorexidina, as ervas foi mais eficaz do que o óleo essenciais, para inibir o crescimento de bactérias orais in vitro (HAFFAJEE et al., 2008). Segundo Willershausenn et al. (1991), os ingredientes herbais nas pastas e enxaguatórios reduzem significativamente o índice de placa, podendo então ser empregados no tratamento de doenças periodontais e na rotina profilática. De acordo com Mullaly et al. (1995), não ha diferença entre as pastas herbais e as convencionais, no controle de placa e gengivite. Avaliou-se o efeito do dentifrício Paradontax na redução de placa e gengivite. Os sujeitos da pesquisa foram aleatoriamente arrolados em grupo teste (n = 15, Paradontax) e grupo controle (n = 15, dentifrício convencional com flúor). A quantidade de placa foi aferida por meio do Índice de Placa de Quigley & Hein modificado por Turesky (IP), e o grau de gengivite, pelo Índice Gengival (IG). Os participantes foram orientados a escovar os dentes com o dentifrício três vezes ao dia por 21 dias. Não houve diferença significativa entre os grupos com relação aos valores medianos de IP e IG no inicio do estudo e após 21 dias. Não houve redução significativa no IP dos grupos teste e controle. No entanto, houve uma redução significativa no IG no grupo teste. Os resultados levaram à conclusão de que não houve diferença entre os dois dentifrícios com relação A. redução de placa e gengivite (PANNUTI et al., 2003). 2.5 DENTIFRÍCIOS NA PERIODONTIA , ..1,001■1,1,4IIIINTTKI.V.Crle7M7PANNIVAYINtrr,r,,VOIMPJ 15 Doenças periodontais são iniciadas por infecções bacterianas que formam o biofilme 26 sobre a superfície dos dentes. As respostas imunes e inflamatórias são as primeiras responsáveis pela subseqüente destruição dos tecidos periodontais. Embora a susceptibilidade de um Indivíduo a periodontite é influenciada por vários fatores, tais como tabagismo, diabetes e genética, o peso da evidência indica que a prevenção da inflamação gengival impede a periodontite (KERDVONGBUNDIT; WIKESJO, 2003). 0 foco de qualquer tentativa de prevenir e controlar a doença periodontal é a manutenção de um nível eficaz de controle de placa por parte da higienização oral (HUGOSON et al., 2005). Os dados disponíveis indicam que a maioria das pessoas acham dificil manter um nível de controle de placa compatível com saúde periodontal, existe uma necessidade de melhorar a higiene bucal da maioria da população, dada à importância da placa bacteriana no inicio da doença periodontal, os benefícios da adição de agentes químicos nos dentifricios iria reduzir a formação da placa e sua patogenicidade. 2.5.1 Triclosan Os resultados apresentam várias diferenças nos estudos com triclosan, isso provavelmente é devido a diferentes composições nas suas formulações, incluindo associações com outros agentes ativos, tais como copolimeros, flúor, etanol e álcool (TANOMARO et al., 2008). O triclosan é uma molécula com amplo espectro de atividade antibacteriana, ela é formulada nos dentifrícios convencionais, mas não é retida na boca por mais de algumas horas e, portanto, não apresenta um nível de atividade antiplaca benéfico. Para ultrapassar este problema os fabricantes adicionaram outros agentes a fim de prolongar sua ação (DAVIES, 2008). O triclosan também reage com o cloro na água para formar o gas clorofórmio e dioxinas cloradas, ambos conhecidos como cancerígenos. A bioacumulação do triclosan também se faz presente no leite materno, é lipofidico, que se acumula no tecido adiposo. A Colgate Total, alega que seus dentifrícios continuam atuando por 12 horas após a escovação. Para o meio ambiente, consideram que a água residual não consegue neutralizar o triclosan e assim substâncias são detectadas nos rios. Ele também põe em risco o ecossistema. Também age no sistema endócrino sobre a função tireoidiana. Podem ser indicativo de problemas de saúde a longo prazo, além de outras preocupações como asma e alergias, incluindo resistência bacteriana pelo uso em excesso. 27 Segundo Lang et al. (2002), em estudos de longo prazo, os dentifrícios com triclosan não são suficientes para suprimir a atividade anti-bacteriana na falta de higiene bucal normal, apenas atrasa o aparecimento da gengivite. Desde o ano 2000, uma série de estudos tem verificado a ocorrência de resistência do triclosan usado em produtos dérmicos, intestinais, ambientais e de microorganismos, incluindo alguns de relevância clinicas. A grande preocupação é a possibilidade de que o triclosan pode contribuir para reduzir a resistência antimicrobiana, devido â. resistência cruzada (YAZDANKHAH et al., 2006). 2.5.2 Triclosan / Copolimero (Nabi e Gaffar 1990), a patente Número 4.894.220, Estados Unidos relaciona-se a tecnologia associada com o triclosan e o copolimero PVM/MA em produtos bucais. Segundo Panagakos et al. (2005), o triclosan usado em conjunto com polivinilmetil éter e acido maleico, tem resultados antibacterianos e antiinflamatórios. Estudos de longa e curta duração sobre a eficácia dos agentes antiplaca e antigengivite mostram efeito positivo na prevenção sobre a carie, periodontite, calculo, remoção de mancha, mau hálito e microbiota. Além destas vantagens, é seguro e eficaz. A adição de um copolimero aumenta a captação e retenção do triclosan nas superficies bucais (placa bacteriana, dentes e mucosa). Subseqüentes estudos tem demonstrado que o creme dental Colgate Total contendo triclosan e copolimero, mantém as concentrações até 12 horas. A eficácia deste dentifrício na redução de placa dental e gengivite tem sido demonstrado em diversos ensaios clínicos randomizados e controlados (DAVIES, 2008). Durante 6 meses foi comparado três dentifrícios contendo triclosan, sobre o efeito de sangramento gengival, placa e determinados microrganismos salivares. Foram avaliados 123 indivíduos dividido em 4 grupos. 0 primeiro grupo foi usado o dentifrício triclosan/copolimero, o segundo triclosan/citrato de zinco, o terceiro triclosan/pirofosfato e quarto grupo placebo com monofhlorfosfato. Os resultados mostraram que o grupo contendo triclosan/copolimero reduziu o índice de placa em 39%, o grupo triclosan/citrato de zinco em 6% e o triclosan/pirofosfatoem 5%. 0 índice de sangramento gengival melhorou para os quatro grupos. Um aumento foi encontrado no número de Streptococcus para os grupos 2, 3 e 4, não ocorrendo para o grupo 1 triclosan/copolimero. Assim, a combinação triclosan/copolimero é eficaz na redução supra gengival de placa e sangramento gengival, sem 28 causar grandes mudanças na microbiota salivar (RENVERT; BIRKHED, 1995). 0 presente estudo descreve a história natural de Porphyromonas gingivalis, Actinonobacillus actinomycetemcomitans e prevotella intermedi, ao longo de um período de cinco anos e os efeitos de um dentifrício com triclosan/copolimero sobre estes organismos em uma população adulta normal. Foram coletadas amostras de placa subgengival de 504 voluntários. Foi testado a profundidade de bolsa com sondas automáticas e índice de placa. A amostragem foi repetida após 1, 2, 3, 4, e 5 anos. Os resultados após 5 anos apresentaram considerável volatilidade de aquisição e perda de todos os três organismos nesta população. Relativamente poucos indivíduos tinham estes organismos em múltiplas ocasiões. Embora P. gingivalis foi relacionada com perda de profundidade de bolsas, não houve relação entre A. actinomycetemcomitans ou P. intermedia e de progressão da doença durante os 5 anos do estudo. Os fumantes com P. gingivalis tinha mais profundidade de bolsa do que os não fumantes. Não houve efeito do dentifrício triclosan/copolimero em P. gingivalis ou A. actinomycetemcomitans. Os que usaram triclosan foram mais susceptiveis de ter P. intermedia do que aqueles que não usaram o dentifrício (CULLINAN et al., 2003). A manutenção de um nível eficaz de higiene bucal é a pedra fundamental de todas as tentativas para prevenir e controlar a doença periodontal, a generalização da prevalência da doença indica a incapacidade da maior parte das pessoas para manter um nível de controle entre placa e saúde periodontal. A inclusão de agentes antibacterianos, como triclosan e clorexidina, nos produtos de higiene bucal tem proporcionado um meio para melhorar a saúde bucal. Os ensaios clínicos randomizados, e controlados tem demonstrado que o uso do dentifrício contendo triclosan/copolimero, significa melhora da saúde gengival, previne o aparecimento de periodontite e reduz ainda mais a progressão da destruição tecidual (DAVIES, 2007). Com o aumento do número de pastas dentifricias, recomendar um produto aos pacientes pode ser difícil para o dentista. Este estudo foi realizado através de revistas, que continham artigos relacionados com dentifrícios que apresentavam triclosan/copolimero/fluor e dentifrícios com fluor. Somente foram selecionados os ensaios com mais de seis meses de duração, randomizados e de duplo-cego, para controle de cárie, placa, gengivite, cálculo, mau hálito e bolsas periodontais. Esta revisão forneceu bases sólidas para um clinico recomendar um dentifrício contendo triclosan/copolimero/fluor, quando comparado com um dentifrício somente com fluor (CIANCIO, 2007). Gunsolley (2006) conduziu uma revisão sistemática na literatura para avaliar a eficácia dos produtos nos dentifrícios contra o efeito anti-placa e antigengivite. Ele pesquisou 29 bases de dados de estudos clínicos com mais de 6 meses de duração. Dezessete estudos apoiaram o efeito anti-placa e antigengivite dos dentifricios contendo triclosan 0,30% e copolimero Gantrez 2,0%, não houve qualquer evidência para eficácia de dentifrício que contém triclosan e pirofosfato solúvel ou citrato de zinco. Dentifrício com fluoreto estanhoso tem clinicamente efeito moderado anti-placa, mas significativo efeito antigengivite. 0 maior conjunto de estudos apoiaram a eficácia de enxaguatórios com óleos essenciais e sete estudos apoiou fortemente o efeito antiplaca e antigengivite da clorexidina 0,12%. Os resultados para o cloreto de cetilpiridineo são variados, dependendo das concentrações de suas fórmulas. Os estudos nesta revisão sistemática fornecem fortes evidências dos efeitos anti-placa e antigengivite, consolidando sua indicação como parte da higiene bucal. Panagakos et al. (2005), fizeram uma revisão abrangente dos beneficios clínicos do triclosan/copolimero na literatura. ESTUDOS CLÍNICOS DE LONGA DURAÇÃO COM UM CREME DENTAL FLUORETADO CONTENDO 0,3% DE TRICLOSAN E 2% DE COPOLÍMERO PVM/MA Parâmetros do Estudo Clinico Duração dos Estudos Números de Estudos Total de Participantes nos Estudos Conclusões Placa Bacteriana e Gengivite 6 meses 13 1.906 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e um copolimero produz uma redução benéfica na placa bacteriana supragengival e na gengivite. Periodontite 2 semanas —36 meses 7 1.220 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e um copolimero promove a cicatrização após a terapia periodontal não cirúrgica e reduz a progressão e a recorrência da periodontite. Microbiologia 6 -12 meses 5 509 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e um copolimero não causa o desenvolvimento de microorganismos patogênicos, oportunistas ou resistentes. Cálculo Dentário 2 - 6 meses 6 624 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e um copolimero produz uma redução clinicamente bené fica do cálculo dentário supragengival. Cárie Dentária 24 — 36 meses 4 9.692 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e um copolimero produz uma redução clinicamente benéfica da cárie dentdria. lialitose 12 horas 4 246 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e um copolimero produz uma redução benéfica da halitose. Clareamento Dentário/ Remoção de Manchas 6 semanas —6 meses 5 508 0 uso de um creme dental Iluoretado contendo triclosan e um copolimero produz uma redução bené fica das manchas dentárias extrínsecas dos dentes. 30 Quadro I — Estudos clínicos de longa duração Triclosan / Copo Hiner° Fonte: Panagakos et al. (2005). 2.5.3 Triclosan / Pirofosfato Este estudo foi feito com três dentifricios para comparar sua eficácia clinica na redução supragengival do cálculo dental. Um dentifrício contendo pirofosfato 5,0%/fluoreto de sódio 1450 ppm/silica/triclosan. 0 segundo tinha em sua composição triclosan/copolimero/fluoreto de sódio 1450 ppm/silica. 0 terceiro, citrato de zinco 0,5%/fluoreto de sódio 1500 ppm/silica/triclosan. Após 4 meses os 544 participantes, tiveram uma redução de 22% a 23% para o grupo que usou o pirofosfato, e redução de 17% a 19% para o grupo que usou citrato de zinco e o grupo que usou o triclosan não houve redução significativa na redução de formação do cálculo dental (FAIRBROTHER et al., 1997). Recentemente os estudos tem demonstrado a eficácia do triclosan/pirofosfato contra a placa dentária, mas não gengivite. 0 triclosan só em combinação com outros ingredientes químicos demonstra moderada atividade antimicrobiana. Em contra partida, há uma série de estudos na literatura que relata a eficácia antigengivite do triclosan/copolimero, triclosan/citrato de zinco. Estes dentifrícios possuem efeitos semelhantes sobre a placa dental (McCLANAHAN; BARTIZEK, 2002). Comparação do efeito anticálculo de dois dentifrícios contendo pirofosfato solúvel, com e sem um copolimero. Um estudo clinico duplo-cego com seis meses de duração, para comparar o efeito sobre os depósitos de cálculo supra gengival. Um creme dental contendo 1,3% pirofosfato solúvel com copolimero foi usados nos três primeiros meses, apresentou a redução de 29,54%, em relação a um placebo. Nos três meses seguintes foi usado um creme dental com pirofosfato mas sem copolimero, onde não produziu uma redução estatisticamente significante de redução de cálculo supra gengival. Conclui-se que a presença do copolimero no creme dental com pirofosfato foi essencial para obtenção de um efeito anticálculo (SINGH et al.,1990). Segundo Petrone et al. (1991) comparam os efeitos sobre a formação de cálculo supra gengival dos seguintes cremes dentais durante três meses, usando creme dental placebo contendo 0,243% de fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 5% pirofosfato solúvel, 0243% fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 1,3% pirofosfato copolimero Gantrez,0,243% fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 3,3% pirofosfato solúvel 1,0% copolimero Gantrez,0,243% fluoreto de sódio em base silica. Os 31 resultados indicaram que os três cremes dentais produziram redução significantes na formação de cálculo supragengival na ordem de 43,8%, 46,6% e 51,0% em relação ao creme dental placebo. 2.5.4 Triclosan / Citrato de zinco Para ultrapassar a falta de eficácia e substantividade do triclosan foi o de combinar corn o citrato de zinco, tendo este demonstrado ser substantivo e inibidor de placa bacteriana (SAXTON, 1989) e gengivite (WILLIAMS et al., 1998). Uma série de estudos clínicos de 6 meses de duração, tem demonstrado que dentifrícios contendo concentrações variadas de citrato de zinco e triclosan são significativamente mais eficaz do que um dentifrício com flúor no controle de placa bacteriana e gengivite. Não há vestígios de mudança na microbiota bucal ou desenvolvimento de resistência bacteriana. Saxton (1989) demonstrou in vivo que um dentifrício contendo citrato de zinco 1% e 0,5% triclosan resultou em uma maior inibição da placa bacteriana do que os produtos que contenham citrato de zinco ou triclosan sozinho. Williams et al. (1998) fizeram um estudo clinico duplo-cego com duração de seis meses, conforme as diretrizes da ADA, para avaliar a eficácia de um creme dental contendo 2% de citrato de zinco, 0,76% de MFP em base de silica, no controle de placa bacteriana e gengivite em comparação com um creme dental controle contendo 0,76% de MFP em base de silica. Noventa e nove participantes atenderam ao protocolo. Aos três meses o grupo com citrato de zinco apresentou uma redução de 25,3% de placa bacteriana e 18,8% de gengivite comparado com o controle. Aos seis meses esta redução foi ainda mais significativa para placa bacteriana de 50,2% e para gengivite de 66,7%. Os resultados deste estudo corroboram a conclusão clinica eficaz no controle de placa bacteriana e gengivite para o creme dental com citrato de zinco. 0 objetivo deste estudo clinico duplo-cego de três meses foi o de investigar a eficácia de um creme dental contendo 2% de citrato de zinco, 0,76% MFP em base de silica, em comparação com um creme dental controle contendo 0,76% MFP em base de silica, para verificar sua eficácia no controle do cálculo dental supragengival. Setenta e cinco participantes concluíram o estudo. Após doze semanas o grupo do creme dental com citrato de zinco exibiu a redução de 31,9% na pontuação média de índice Volpe-Manhold, em comparação com o grupo controle (SOWINSKI et al., 1998). 2.5.5 Clorexidina Os efeitos secundários, tais como pigmentação extrínseca dos dentes e superfície dorsal da lingua, alteração de sensibilidade e irritação da mucosa bucal, mesmo em doses baixas tendem ser um fator negativo para o uso diário da clorexidina (CLAYDON et al., 2006). 0 anti-séptico clorexidina e cloreto cetilpiridineo interagem com dietas cromogenicas para produzir manchas extrínsecas. O creme dental parece que afetam negativamente a atividade da clorexidina e cloreto de cetilpiridineo, especialmente se utilizado imediatamente após ou antes da escovação (SHEEN et al., 2001). A clorexidina interage com detergentes e flúor. Pode ser detectada na saliva em concentrações inibitórias após 24 horas da sua administração, sendo por isso reconhecida como padrão ouro para o controle de placa. O objetivo deste estudo foi comparar um creme dental contendo gluconato clorexidina 0,12% e um com fluoreto de sódio. 50 voluntários com periodontite crônica foram observados, após 3 meses, o índice de placa, sangramento a sondagem e na placa subgengival, amostras de A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, T forsythia e T. denticola. Não houve diferença significativa entre os dois grupos. A microbiota analisada não se alterou. Pode se concluir que existe uma ligeira superioridade mas não efeitos sobre a saúde periodontal devido à incorporação da clorexidina no dentifrício (JENTSCH et al., 2006). 2.5.6 Fluoreto estanhoso / Fluoreto de amina O objetivo de este estudo foi investigar a influencia do fluoreto amina e o fluoreto estanhoso em um creme dental e verificar a eficácia contra placa bacteriana e sangramento gengival durante quatro semanas. Quarenta e dois voluntários adultos foram examinados pelo índice placa e gengival, divididos em dois grupos um usava AmF/SnF2 mais enxaguante bucal o segundo somente dentifrício AmF/SnF2. Os resultados apontaram que o grupo que usava dentifrício mais enxaguante bucal foi mais eficaz na redução do acúmulo de placa bacteriana, bem como sangramento gengival (MADLÉNA et al., 2004). A investigação a longo prazo feito por Shapira et al. (1999) do dentifrício AmF/SnF2 para averiguar sua eficácia contra placa bacteriana e gengivite em adultos, contra um 32 33 dentifrício controle de NaF, mostrou que o índice de placa e de sangramento apresentados foram semelhantes para os dois grupos. 2.5.7 Fluoreto estanhoso / Hexametafosfato sódio Fluoreto estanhoso serve para proteger contra gengivite, placa bacteriana, caries dentárias e sensibilidade, já o hexametafosfato de sódio é um poderoso combatente antitártaro, juntos eles formam uma proteção abrangente. 0 dentifrício com fluoreto estanhoso/hexametafosfato de sódio (Crest) impede o amolecimento da dentina e exposição dos túbulos dentindrios (WHITE et al., 2007). Recentemente o hexametafosfato de sódio foi introduzido para ajudar no controle de manchas extrínseca. Dois estudos independentes foram conduzidos para avaliar a sua eficácia na remoção das manhas, um grupo usou o dentifrício com fluoreto estanhoso 0,454% e hexametafosfato de sódio (Crest Pró Saúde) e um controle (Colgate Total Whitening). Estes estudos foram randomizados, controlados, paralelos, duplo cegos durante 2 semanas. A eficácia foi avaliada por exame Lobene. 0 controle positivo reduziu as manchas em 94,4%, do mesmo modo o experimental fluoreto estanhoso / hexametafosfato de sódio reduziu em 96,6%. Não houve diferença significativa entre os dois (TERÉZHALMY et al., 2007). Ramji et al. (2005) realizaram estudos para comparar a ação anti-bacteriana com um dentifrício contendo fluoreto estanhoso e hexametafosfato de sódio, no controle de cárie, placa e gengivite. Num estudo de 12 horas in vivo o dentifrício matou cerca de 90 a 99% dos microrganismos salivares, após uma única exposição. Schiff (2005) avaliou um dentifrício com fluoreto estanhoso/0,454% hexametafosfato de sódio 13% (Crest) e um dentifrício comercial contendo triclosan/copolimero controle, para avaliar a eficácia anticálculo supragengival e segurança a longo prazo. Este ensaio foi randomizado, duplo-cego, e de grupos paralelos. Durante 6 meses de estudos, constataram que o grupo do fluoreto estanhoso e hexametafosfato de sódio teve uma média ajustada de 56% menor que a do triclosan copolimero. Winston et al. (2007) compararam a eficácia de um dentifrício anticálculo experimental com fluoreto estanhoso 0,454% e hexametafosfato de sódio e um dentifrício controle negativo. 0 grupo experimental tinha uma pontuação mais baixa, sendo 50% em 3 meses 55% em 6 meses concluiram que é um inibidor da formação de cálculo. Os produtos a disposição para clareamento de dentes tem aumentado drasticamente 34 nos últimos anos, enquanto que o peróxido é o principal produto encontrado para remover a fonte de descoloração. Varias formulações são sugeridas para inibir as manchas, recentementeum ingrediente anticálculo foi introduzido nos dentifricios o hexametafosfato de sódio e constataram que quimicamente também remove manchas existentes e proporciona longa duração da inibição de manchas novas. Dados clínicos e laboratoriais demonstram que o hexametafosfato de sódio traz beneficio ao clareamento dos dentes (BAIG et al., 2005). 0 efeito do mau hálito noturno é de etiologia microbiana. Como o fluoreto estanhoso e o hexametafosfato de sódio é um agente antimicrobiano de largo espectro, eficaz contra cárie, placa e gengivite. Os potenciais efeitos sobre o mau hálito foram avaliados em dois ensaios clínicos randomizados, um controle com fluoreto estanhoso com hexametafosfato e outro com fluoreto de sódio. 0 mau hálito foi avaliado no inicio da manhã antes de escovar os dentes e 24 horas mais tarde e depois de manhã e de noite com o produto atribuído. Os compostos sulfurados voláteis foram medidos através de um medidor (Halimeter). A utilização do dentifrício com fluoreto estanhoso com hexametafosfato resultou na redução significativa do mau hálito noturno (FARRELL, BARKER, GERLACH, 2007). 35 3 CONCLUSÃO Com base na literatura apresentada, conclui-se que: 1) Os dentifrícios fluoretados continuam a ser o método mais utilizado; 2) A maioria dos dentifrícios atualmente comercializados não foram testados clinicamente; 3) Os agentes químicos de maior eficácia no controle de placa, via de regra, são os que possuem maior quantidade de reações adversas e são geralmente encontrados em soluções para bochechos. Substancias com menos efetividade no controle de placa e com menor quantidade de reações adversas como o triclosan associado ao citrato de zinco, gantrez ou pirofosfato, preferencialmente são associados a dentifrícios fluoretados; 4) Dos agentes apresentados, aquele que mais possui evidência quanto a sua eficácia clinica é o triclosan associado ao citrato de zinco, copolimero e pirofosfato. 36 REFERÊNCIAS ADDY, M.;SLAYNE, M.; WADE, W.G. The Formation and Control of Dental Plaque - an Overview. J. Appl. Bacteriol., Oxford, v. 73, n. 4, p. 269-278, 1992. AMERICAN Dental Association. Disponível em: <http://www.ada.org>. Acesso em: 27 out. 2008. ARMENIO, R. V.; FITARELLI, F; ARMENIO, M. F.; DEMARCO, F. F.; REIS, A; LOGUERCIO, A. D. The effect of fluoride gel use on bleaching sensitivity: a double-blind randomized controlled clinical trial. J. Am. Dent. Assoc., v. 139, p. 592-7, 2008. ARNOLD, H. W.; HAASE, A.; HACKLAENDER, J.; GINTNER, Z.; BANÓCZY, J.; GAENGLER, P., Effect of pH of amine fluoride containing toothpastes on enamel remineralization in vitro., BMC Oral Health, London, v. 7, p. 14, 2007. ASSOCIAÇÃO Brasileira de Odontologia. Disponível em: <http://www.abonacional.com.br>. Acesso em: 27 out. 2008. BAIG, A.; HE, T. A novel dentifrice technology for advanced oral health protection: A review of technical and clinical data., Compend. Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 26, n. 9, p. 4-11, 2005. BAIG, A.; HE, T.; BUISSON, J.; SAGEL, L.; SUSZCYNSKY-MEISTER, E.; WHITE, D. J. Extrinsic whitening effects of sodium hexametaphosphate-a review including a dentifrice with stabilized stannous fluoride. Compend. Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 26, p. 47-53, 2005. BARK VOLL, P. et al. Interaction between chlorhexidine difluconate and sodium lauryl sulfate in vivo. J. Clin Periodontol, Copenhagen, 16 (9), p. 593-595, oct. 1989. BARNET, M. L. The role of therapeutic antimicrobial mouthrinses in clinical; practice. JADA, Chicago, v. 134, p. 699-704, 2003. BEIGHTON, D. et al. Effects of clorexidine on proteolytic and glycosidic enzime activities of dental plaque bacteria. J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 18, p. 85-9, 1991. BEST, J. M.; MACKAY, B. J.; FALLER, R. V.; DePRATO, D. W.; HUETTER, T. E. Anticaries efficacy of a new fluoride tooth paste containing pyrophosphate and baking soda. J. Dent. Res., Alexandria, v. 73, p. 240, 1994. BLANK, L. W.; CHAMBENCAU, G. T. Urgent treatment in operative dentistry. Dent. 37 Clin. North Am., v. 30, n. 3, p. 489-501, July 1986. BONES VAL, P.; GJERMO, P. A. Comparison between chlorhexidine and some quaternary ammonium compounds with regarg to retention, salivary concentration and plaque inhibiting effect in the human oral cavity after mouth rinses. Arch. Oral Biol., Oxford, v. 23, p. 289-94, 1978. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decreto n° 79094, de 05 de janeiro de 1977. Regulamenta a lei 6.360, de 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. Brasilia, 1977. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n. 21 de 25 de outubro de 1989. Estabelece requisitos para assegurar a qualidade e a eficácia dos cremes dentais. Brasilia, 1989. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n. 71 de 29 de maio de 1996. Normas e Procedimentos referente A. Autorização de Funcionamento de empresas e registro de produtos Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes e outros. BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC n. 79 de 28 de agosto de 2000. Adota a Definição de Produtos Cosméticos e estabelece Normas e Procedimentos para Registro de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Brasilia, 2000. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC n. 13 de 17 de janeiro de 2003. Determina a obrigatoriedade de inclusão de dizeres na rotulagem de produtos de higiene oral indicados para hipersensibilidade dentária. Brasilia, 2003. CIANCIO, S.G. Improving our patients' oral health: the role of a triclosan/copolimer/fluoride dentifrice. Compend Contin Educ Dent. Jamesburg, v.28, p. 178-80, 182-3, 2007. CLAYDON, N. C. A.; ADDY, M.; ADAMS, G.; SMITH, S. R.; BOSMA, M. L.; NORTH, M.; MORAN, J. A comparison of two chlorhexidine gel brushing regimens and a conventional toothpaste brushing regimen for the development of tooth staining over a 6- week .period. International journal of dental hygiene, Oxford, vol. 4. n. 4. p. 183-188, 2006. CULLINAN, M. P.; HAMLET, S. M.; WESTERMANN, B.; PALMER, J. E.; FADDY, M. J.; SEYMOUR, G. J.; Acquisition and loss of Porphyromonas gingivalis, Actinobacillus actinomycetemcomitans and Prevotella intermedia over a 5-year period: effect of a triclosan/copolymer dentifrice. J. Clin. Periodontol, Copenhagen, v. 30, p. 532-541, 2003. CURY, J. A. et al. Avaliação do efeito do dentifrício contendo triclosan-gantrez-zinco- pirofosfato na gengivite experimental em humanos. Revista Periodontia, v. 6, p. 20-24, 1997. 38 DAVIES, R. M. The clinical efficacy of triclosan/copolimer and other common therapeutic approaches to periodontal health. Clin. Microbiol Infect., Oxford, v. 13, p. 25-9, 2007. DAVIES, R. M. Toothpaste in the control of plaque/gingivitis and periodontitis. Periodontology 2000, Copenhagen, v. 48, Issue 1, p. 23-30, 2008. FAIRBROTHER, K. J.; KOWOLIK, M. J.; CURZON, M. E.; MOLLER, I.; MCKEOWN, S.; HILL, C. M.; HANNIGAN, C.; BARTIZEK, R. D.; WHITE, D. J. The comparative clinical efficacy of pirophosphate/triclosan, copolymer/triclosan and zinc citrate/triclosan dentifrices for the reduction of supragingival calculus formation. J. Clin. Dent., Yardley, v. 8, p. 62-66, 1997. FARRELL, S.; BARKER, M. L.; GERLACH, R. W. Overnight malodor effect with a 0,454% stabilized stannous fluoride sodium hexametaphosphate dentifrice. Compend. Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 28, p. 658-661, 2007. FDA, Food and Drug Administration. FEJERSKOV, O.; KIDD, E. Cárie dentária: a doença e seu tratamento clinico. São Paulo: Santos, 2005. FULLIANG, H. U.; HEPBURN, H. R.; YINGHUAL, L.; CHEN, M.; RADLOFF, S. E.; DAYA, S., Effects of etanol and water extracts of propolis on acute inflammatory animal models. Journal Ethnopharmacology, Lausanne, v. 100,p. 276-283, 2005. GAFFAR, A. et al. The effect of triclosan on mediators of gengival inflammation. J. Clin Periodonto, Copenhagen, v. 22, p. 480-484, 1995. GIORGI, S. M.; MICHELI, G. Agentes químicos no controle da placa bacteriana. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, São Paulo, v. 46, n. 5, p. 857-859, 1992. GRANT, L.; McMAHON, T.; TANZER, J. M. Caries inhibitory effects of bicarbonate-based dentifrices compared to Crest. J. Dent Res., Alexandria, v. 68, p. 246, 1989. GRENHILL, J. D.; PASHLEY, D. H. The effects of desensitizing agents on the hidraulic condutance of human dentin in vitro. J. Dent. Res., Alexandria, v. 60, n. 3, p. 686-98, 1981. GUSOLLEY, J. C. A meta-analysis of six-month studies of antiplaque and antigingivitis agents. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 137(12), p. 1649-57, 2006. HAFFAJEE, A. D.; YASKELL, T.; SOCRANSKY, S. S. Antimicrobial effectiveness of an herbal mouthrinse compared with an essential oil and a chlorhexidine mouthrinse. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 139, p. 606-11, 2008. HARRY, R. G. Cosmetologia de Harry. Madrid: Ediciones Diaz de Santos, 1990. HUGOSON, A.; KOCK, G.; GOTHBERG, C.; HELKIMO, A. N.; LUNDIN, S. A.; NORDERYD, O., Oral health of individuals aged 3-80 years in J6nk6ping, Sweden during 30 years (1973-2003). I. Review of findings on dental care habits and knowledge of oral health., Swed. Dent. J., Rink6ping, v. 29, P. 125-38, 2005. IKENO, K.; IKENO, T.; MIYAZANA, C. Effects of Propolis on Dental Caries in Rats. Caries Res., Basel, v. 25, n. 5, p. 347-351, 1991. JENTSCH, H. F.R.; BEIER, D.; PFISTER, W.; EICK, S., Chlorhexidine incorporated into a toothpaste — supragingival and subgingival effects. Oral Health Research., Dublin, v. 9, p. 13-16, Sept 2006. JONES, C. G. Chlorhexidine: is it still the gold standard? Periodontol 2000, Copenhagen, v. 15, p. 55-62, 1997. KERDVONGBUNDIT, V.; WIKESJO, U. M. E. J. Clin. Periodontol. Copenhagen, v. 30, p. 1024-1030, 2003. KERN, D. A. et al. Effectiveness of sodium fluoride on tooth hypersensitivity with and without iontophoresis. Swed. Dent. J., v. 60, n. 7, p. 386-389, July 1989. LANG, N. P.; SANDER, L.; BARLOW, A.; BRENNAN, K.; WHITE, D. J.; BACCA, L.; BARTIZEK, R. D.; McCLANAHAN, S. E., Experimental gingivitis studies: effects of triclosan-containing dentifrices on dental plaque and gingivitis in three-week randomized controlled clinical trials. J. Clin. Dent.,Yardley, v. 13(4), p. 158-66, 2002. LARA, E. H.; PANZERI, H. A propósito de uma regulamentação para produtos de higiene oral. Normas para controle de qualidade de dentifrícios da A.B.O. Associação Brasileira de Odontologia, 1994. LAWSON, K. et al. Effectiveness of chlorhexidine and sodium fluoride in reducing dentin hypersensitivity. Dent Hyg, Thorofare, v. 65, n. 7, p. 340-344, Sept. 1991. LEE, S. S.; ZHANH, W.; LI, Y., The antimicrobial potential of 14 natural herbal dentifrices: results of an in vitro diffusion method study. Journal of the American Dental Association, Chicago, v. 135, p. 1133-41, 2004. 39 LINDHE, J.; KARRING, T.; LANG, N. P. Tratado de periodontia e implantologia oral. 4. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, p. 450-477, 2005. 40 LOTUFO, R. F, M.; HASS, N. A.; RODRIGUES, A. S.; PANNUTI, C. M.; PUSTIGLIONE, F. E.; NOGUEIRA-FILHO, G. R.; MICHELI, G.; ROMILDO, G. A.; CARNEIRO, S. R. S., Tratamento antimicrobiano em periodontia - tratamento não cirúrgico. Revista Periodontia, v. 15, p. 101-116, 2005. LOVEREN, C. V. Sugar alcohols: what is the evidence for caries-preventive and caries- therapeutic effects? Caries research. Amsterdam, v. 38, P. 286-293, 2004. MADLÉNA, M.; DOMBI, C.; GINTNER, Z.; BANOCZY, J. Effect of amine fluoride/stannous fluoride toothpaste and mouthrinse on dental plaque accumulation and gingival health. Oral Diseases, v. 10, n. 5, p. 294-297, 2004. MANARA, L. R. B.; ANCONI, S. I.; GROMATZKY, A.; CONDE, M. C.; BRETZ, W. A. Utilização da própolis em Odontologia. Revista da Faculdade de Odontologiade Bauru, Baum, v. 7, p. 15-20, 1999. McCLANAHAN, S. F.; BARTIZEK, R. D. Effects of triclosan/copolymer on dental plaque and gingivitis in a 3-month randomized controlled clinical trial: influence of baseline gingivitis on observed efficacy. J. Clin. Dent., Yardley, v. 13, p. 167-78, 2002. MEIER, B.; DRAKE, D. Bactericidal activity of baking soda and SDS: dose response. J. Dent. Res., Alexandria, v. 76, p. 437, 1997. MENDES, M. M. S. G.; ZENOBIO, E. G.; PEREIRA, Agentes químicos para controle de placa bacteriana. Rev. Periodontia, Sao Paulo, p. 253-256, jul./dez. 1995. MODESTO, A.; LIMA, K.C.; UZEDA, M. Atividade antimicrobiana de três dentifrícios utilizados na higiene oral dos bebês estudo in vitro. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. Sio Paulo, São Paulo, v. 55, n. 1, p. 43-48, 2001. MOORE, C.; ADDY, M.; MORAN, J., Toothpaste detergents : a potential source of oral soft tissue damage? Int. J. Dent.Hyg., v. 6, p. 193-198, 2008. MULLALLY, B. H.; JAMES, J. A.; COULTER, W. A., The Efficay of a Herbal Based Toothpaste on the Control of Plaque and Gigivitis. J. Clin. Periodontol, Copenhagen, v. 22, p. 686-9, 1995. MUZZIN, K.B.; JOHNSON, R. Effects of potassium oxalate on dentine hypersensitivity in vivo. J. Periodont., Chicago, v. 60, n. 3, p. 151-8, 1989. NABBI, N.; GAFFAR, A. Antibacterial antiplaque oral composition. United States Patente n. 4.894.220, issued Jan. 1990. NUNES, J. Desenvolvimento de dentifrícios específicos para diferentes faixas etárias. São 41 Paulo, 155 p. 1996. Tese (Doutorado em Fármacos e Medicamentos) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. °SAKI, F.; PANNUTI, C. M.; IMBRONITO, A.V.; PESSOTTI, W.; SARAIVA, L.; FREITAS, N. M.; FERRARI, G.; CABRAL, V. N., Efficacy of a herbal toothpaste on patients with established gingivitis- a randomized controlled trial. Braz. oral res., Sao Paulo, v. 20, n. 2, Apr./June ,2006. PADER, M. Oral higiene products and practice. New York: Marcel Dekker, p. 419-487, 1988. PANAGAKOS, F. S.; VOLPE, A. R.; PETRONE, M. E.; DeVIZIO, W.; DAVIES, R. M.; PROSKIN, H. M. Advanced oral antibacterial/anti-inflammatory technology: A comprehensive review of the clinical benefits of a triclosan/copolymer/fluoride dentifrice. J. Clin. Dent., Yardley, v. 16, p. 19, 2005 PANNUTI, C. M. et al. Efeito clinic de um dentifrício herbal no controle de placa e gengivite: estudo duplo-cego. Pesquisa Odontológica Brasileira, Sao Paulo, v. 17, n. 4, p. 314-318, out-dez. 2003. PANZERI, H. et al. Avaliação de dentifrícios I parte - Consistência, densidade, pH, vida útil e perda de Agua. Odontologo Mod., Rio de Janeiro, v. 4, f. 2, p. 4-12, 1979. PASHLEY, D. et al. Dentin permeability. Effects of desensitizing in vitro. J. Periodont, Chicago, v. 55, n. 9, p. 522-525, setp. 1984. PEACOCK, J. M.; ORCHARDSON, R., Action potencial conduction block of nerves in vitro by potassium citrate, potassium tartrate and potassium oxalate. J.Clin. Periodont., Copenhagen, v.26, n. 1, p. 33-7, jan. 1999. PETERSSON, L. G. et al. Caries-preventive effect of dentifrices containing various types and concentrations of fluorides and sugar alcohols. Caries Res., Basel, 25 (1), p. 74-79, 1991. PETRONE, M.; LOBENE, R. R.; HARRISON, L. B.; VOLPE, A.; PETRONE, D. M. Clinical comparison of the anticalculus efficacy of three commercially available dentifrices. Clin Prey Dent., Lippincott, v. 13, p. 18-21, 1991. PRESTON, A. J. A. A Review of Dentifrices. Dent. Update, Guildfort, v. 6, p. 247-253, 1998. PRISTA, L. N.; BAHIA, M. F.; VILAR, E. Dermofarmácia e cosmética. Associação Nacional de Farmacia, Porto, p. 503-551, 1995. RAMJI, N.; BAIG, A.; HE, T.; LAWLESS, M. A.; SALETTA, L.; SUSZCYNSKY- MEISTER, E.; COGGAN, J., Sustained antibacterial actions of a new stabilized stannous fluoride dentifrice containing sodium hexametaphosfate.,Compend. Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 26, P. 19-28, 2005. RENVERT, S.;
Compartilhar