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Instrumentos cirurgicos

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Materiais cirúrgicos
Definição: conjunto de objetos, instrumentos e equipamentos que 
entram em contato direto ou indireto com a região operatória, utilizados 
para a execução de determinado procedimento cirúrgico.
Classificação: 
Disposição do instrumental na mesa:
A colocação dos instrumentos na mesa de instrumentação deve seguir a 
mesma ordem usada na classificação dos mesmos:
1. Diérese; 4. Exposição;
2. Preenção; 5. Especial;
3. Hemostasia; 6. Síntese.
Tipo Função Exemplos
Diérese Corte, divulsão Bisturi, tesouras
Preensão Apanhar estruturas Pinças anatômicas e 
dente-de-rato
Hemostasia Pinçamento de vasos Pinças hemostáticas 
(Halsted, Kelly)
Exposição Afastamento de tecidos Afastadores 
(Farabeuf, Gosset)
Especial Própria Pinças Babcock
Síntese União de tecidos Porta-agulhas, 
agulhas
1. Bisturis
São os instrumentos de corte 
primário, para realizar a incisão 
do tecido. 
É constituído por um cabo reto 
com encaixe em uma de suas 
extremidades para uma lâmina 
descartável.
As lâminas pequenas (n°9 a 17) 
são utilizadas no cabo n°3 e 
destinadas para cirurgias mais 
delicadas. Já as lâminas maiores 
(n° 18 a 50) são utilizadas no cabo 
n°4.
Deve-se segurar o bisturi na 
palma da mão, prendendo pelo 
dedo polegar e pelo terceiro e 
quarto dedos e o indicador 
apoiando por cima.
Outra forma de segurar o bisturi é 
sob a mão, semelhante à 
empunhadura do arco do violino.
1. Bisturis
A retirada, assim como a 
colocação deve ser feita com 
cuidado e com a utilização de um 
porta-agulhas.
2. Tesouras
As tesouras servem para cortar 
tecidos e materiais (gaze, fios) e 
promover a dissecção e 
separação dos tecidos.
Elas possuem várias formas, 
tamanhos e pesos, sendo 
classificadas de acordo com o tipo 
de ponta.
São utilizados 3 tipos básicos de 
tesouras: Metzembaum, Mayo e 
as cirúrgicas.
Metzembaum: usada para 
seccionar tecidos, dividir vasos 
sanguíneos e até mesmo para 
dissecção.
Mayo: utilizadas para remover e 
cortar tecidos mais densos (fáscia 
e músculos).
Tesouras cirúrgicas: destinam-se 
para secção de fios e outros 
materiais. Geralmente são retas, 
pesadas e rombas.
Tesoura cirúrgica aguda reta
2. Tesouras
Forma correta de segurar a 
tesoura.
Tesoura cirúrgica romba-aguda reta
Tesoura cirúrgica romba curva
3. Hemostasia
São os instrumentos utilizados 
para fazer o pinçamento de 
pequenos vasos sanguíneos e 
pinçar fios de sutura e tecidos 
orgânicos a fim de estabelecer a 
hemostasia.
Elas possuem argola e 
cremalheira para manter as 
pontas fechadas em vários graus 
de pressão.
Pinça Halsted (mosquito): é usada 
para vasos pequenos e possuem 
serrilhas de lâminas transversais.
Pinça kelly: usada para vasos 
maiores, fios grossos e 
pinçamento pela ponta de tecidos.
Pinça Rochester: é uma pinça 
hemostática robusta, usada para 
pinçamento de pedículos e órgãos 
circundados com vasos. Elas 
possuem sulcos longitudinais com 
sulcos cruzados nas 
extremidades das pontas para 
evitar deslizamento tecidual.
3. Hemostasia
Pinça Kocher: possui pontas mais 
longas e robustas, além de 
dentes-de-rato. É usada para 
pinçamentos em tecidos ou 
pinçamento pelas pontas para a 
tração de aponeurose.
4. Pinças de campo
As pinças de campo operatório 
tem como finalidade fixar os 
panos de campo à pele do 
paciente, para impedir que a sua 
posição seja alterada durante o 
trabalho. Também podem ser 
utilizadas para manter 
mangueiras de sucção, cabos de 
eletrocauterio e outros 
equipamentos necessários unido 
aos panos de campo.
Pinça de Cheron: utilizada para 
realização da antissepsia do 
paciente por possuir hastes 
longas, assegurando que o 
auxiliar não se contamine. 
Apresentam cremalheiras e 
angulação em suas hastes. As 
garras são ligeiramente ovais e 
com ranhuras para fixação das 
gazes.
Pinça de Foerster: é uma pinça de 
longas hastes, com anéis na 
extremidade de sua parte 
prensora, muito utilizadas na 
antissepsia do campo operatório. 
5. Pinças de dissecação
Destinam-se para manipulação 
de tecidos, variando de 
comprimento e formato das 
pontas, com ou sem dentes de 
rato. As pinças com dentes de 
rato são normalmente utilizadas 
para preensão de tecidos mais 
densos como pele e aponeurose. 
As que não possuem dentes 
apresentam pequenas estrias 
transversais nas pontas 
propiciando pinçamento 
atraumático e servem para 
manipulação de tecidos delicados 
como vasos, nervos, parede de 
vísceras. 
Pinça Adson: possuem pontas 
afinadas, com ou sem dentes de 
rato, podendo ser reta ou 
angulada.
Pinça Allis: é uma pinça de 
apreensão traumática, sua 
porção prensara possui hastes 
que não se tocam, com exceção 
das extremidades, curvadas uma 
em direção à outra e com 
múltiplos dentículos em suas 
pontas têm poder de preensão 
por denteamento fino nas 
superfícies de contato. 
Pinça dente-de-rato
5. Pinças de dissecação
Pinça Babcock: possuem os 
mesmos usos das pinças de Allis.
Pinças Cushing: podem ser retas 
ou curvas, com ou sem dentes, 
usadas para trabalho em áreas 
profundas, e com pouca 
exposição. 
Pinça Bakey: possuem pontas 
delicadas e atraumáticas, podem 
ser retas ou curvas.
Pinça Durval: é uma pinça de 
apreensão atraumática, formato 
triangular, tendo superfície ampla 
de contato com ranhuras nas três 
faces do triângulo, serve para 
preensão de tecidos ou vísceras
5. Pinças de dissecação
Pinça Lucae: possuem suas 
hastes em forma de baioneta, 
foram idealizadas para permitir 
maior visibilidade em campo 
operatório exíguo.
Pinças Mayo: são utilizadas nas 
situações em que se deseja 
realizar preensão tecidual sem 
grande traumatismo, pois possui 
serrilhados arredondados nas 
pontas.
6. Afastadores
Servem para afastar os tecidos 
para que o cirurgião possa 
visualizar mais adequadamente o 
campo, expondo os planos 
anatômicos ou órgãos 
subjacentes para propiciar o 
desenvolvimento de determinado 
ato operatório.
Farabeuf: são afastadores de 
mão, com hastes de comprimento 
e largura variados constituído 
basicamente de uma lâmina 
metálica dobrada no formato da 
letra "C", usado para afastar pele, 
subcutâneo e músculos 
superficiais.
Langenbeck: tem a mesma 
utilização, porém possui cabo e 
pode ser mais comprido variando 
de 20 a 24 cm, ou com lâminas 
delicadas na ponta com 10 a 16 
mm de largura e 3 a 5 cm de 
comprimento. 
Doyen: apresentam superfície 
maior que os afastadores de 
Langenbeck, possibilitando maior 
afastamento.
6. Afastadores
Volkmann: possuem de uma a seis 
garras em forma de ancinho, 
rombas ou agudas, na 
extremidade possibilitando maior 
aderência. Variando de 11 a 16 cm, 
usado somente em planos 
musculares.
Hohman: possui vários 
comprimentos, com lâminas de 
largura variadas, apresenta bico 
utilizado para envolver ossos ou 
fragmentos fraturados, enquanto 
a lâmina afasta a musculatura.
Senn: possuem extremidade 
dupla onde em uma apresenta ter 
dentes curvos. Eles retraem a pele 
e camadas musculares 
superficiais, porém possuem uso 
limitado em grandes massas 
musculares.
6. Afastadores
Gosset: usado para afastar 
parede abdominal apresenta duas 
hastes paralelas apoiadas em 
uma barra lisa e não possui 
mecanismo de catraca. 
Gelpi: apresenta extremidade 
aguda única de preensão, com 
cabos articuláveis e dispositivo de 
trava acionado com os dedos.
Finochietto: usado em cirurgia do 
tórax para abertura dos espaços 
intercostais ou medioesternal, 
possuindo engrenagem na barra 
transversa.
Balfour: é utilizado em grande 
parte das operações abdominais, 
além de separar as paredes 
laterais, também afasta a 
extremidade superior ou inferior 
pelo acoplamento de uma válvula 
semelhante a de Doyen.
6. Afastadores
Weitlaner: possuicabos 
articuláveis e não-articuláveis, 
três ou quatro ramos rombos ou 
agudos, em ancinho, em suas 
extremidades. 
7. Especiais
São instrumentos que foram 
desenvolvidos para manobras 
específicas em certos órgãos ou 
tecidos.
Intestinais
Pinças gastrointestinais são 
pinças longas utilizadas nas 
técnicas de ressecção de 
segmentos do tubo digestivo para 
evitar a passagem de secreções 
para a área que está sendo 
manuseada. 
7. Especiais
Cardiovasculares
Para hemostasia temporária, 
utilizam-se clamps atraumáticos 
que bloqueiam a luz dos vasos, 
virtualmente sem causarem 
danos às suas paredes. 
As superfícies das garras dessas 
pinças apresentam estrias ou 
serrilhados apropriados para não 
provocar traumatismo aos vasos 
por elas manuseados.
As pinças de Bulgdog são muito 
úteis no manuseio de vasos de 
pequeno calibre, notadamente em 
locais de difícil acesso.
7. Especiais
Clamps de Satinsky: são clamps 
longos, muito úteis em cirurgia 
cardiovascular.
Tesoura Potts-Smith: possuem 
pontas finas e anguladas com 
diferentes ângulos, muito 
utilizadas também nas 
revascularizações.
Ortopédicos
As Ruginas e Costótomos são 
destinados ao deslocamento de 
periósteos e secção de costelas, 
respectivamente, para o acesso 
da cavidade torácica. Nas 
cirurgias são utilizadas serras 
elétricas com lâminas oscilatórias 
para secção esternal ou serra 
manual denominada de serra 
Gigli, formada de arame de aço 
corrugado.
Rugina
Costótomo
7. Especiais
Ginecológicos
Nas ovário-histerectomias 
empregam-se ganchos especiais, 
sendo mais utilizados a de Snook 
ou a de Covault.
As curetas destinam-se a 
raspagem de tecido ou outro 
material de paredes cavitárias.
São utilizadas para se obter 
enxertos de ossos esponjosos e 
retirar amostras de tecido ósseo e 
remover o núcleo polposo 
durante fenestração de disco 
intervertebral. 
8. Instrumentos de síntese
São os responsáveis pelas 
manobras destinadas à 
reconstituição anatômica e/ou 
funcional de um tecido ou órgão e 
do fechamento da ferida 
cirúrgica, através da sutura.
Porta-agulha
Os porta-agulhas são usados 
para pegar e manipular agulhas 
curvas.
Porta-agulha de Mayo-Hegar: é 
semelhante às pinças 
hemostáticas clássicas, é preso 
aos dedos pelos anéis presentes 
em suas hastes e possui 
cremalheira para travamento, em 
pressão progressiva. São 
utilizadas para aumentar a sua 
eficiência na imobilização da 
agulha durante a sutura, 
impedindo sua rotação quando a 
força é aplicada. 
É ideal para suturas em 
profundidade e também para 
transfixação de estruturas rígidas 
como osso e pele. 
Porta agulha de Mathieu: não 
possui aros ou anéis digitais. São 
utilizados presos à palma da mão.
Sua melhor indicação seria para 
sutura de estruturas que 
oferecem pouca resistência à 
passagem da agulha, como 
trabalho em superfície.
8. Instrumentos de síntese
Porta-agulha de Olsen-Hegar: 
tem como característica reunir, 
num só instrumento, as funções 
do porta-agulhas e da tesoura 
para corte dos fios, proximal a 
face preensora. 
Porta-agulha de Gillies: possui 
anéis nas hastes, que são 
assimétricas: a mais longa para o 
dedo anular e a mais curta para o 
polegar, a que lhe confere maior 
ergonomia. Não possui 
cremalheira para travar as 
hastes, mais indicada para sutura 
com agulhas pequenas, em 
tecidos mais brandos
Agulha
As agulhas cirúrgicas são feitas a 
partir do aço rico em carbono, 
tornando a liga de metais mais 
fortes e inertes.
É composta de três partes: ponta, 
corpo e fundo.
8. Instrumentos de síntese
As agulhas retas (de Keith) são 
usadas geralmente em locais 
acessíveis, nos quais a agulha 
pode ser manipulada diretamente 
com os dedos. As agulhas curvas 
devem ser manipuladas com 
porta-agulhas.
As agulhas de um quarto (1/4) de 
círculo são usadas primariamente 
em procedimentos oftalmológicos. 
As de três oitavos (3/8) e de meio 
(1/2) círculo são as agulhas 
cirúrgicas mais comumente 
usadas na medicina veterinária. 
Agulhas de meio círculo ou de 
cinco oitavos (5/8) de círculo, 
apesar de exigirem mais 
pronação e supinação do pulso, 
são mais fáceis de usar em 
posições confinadas.
 As agulhas de corte apresentam 
geralmente duas ou três bordas 
de corte opostas. Elas são 
projetadas para uso em tecidos 
difíceis de penetrar (tais como a 
pele).
As agulhas de corte reverso 
possuem uma terceira borda de 
corte localizada na curvatura 
externa (convexa); isso as torna 
mais fortes que as agulhas de 
corte convencionais de tamanho 
semelhante e reduz o risco de 
recorte tecidual. 
As agulhas de corte lateral 
(agulhas em espátula) são chatas 
nas partes superior e inferior. 
Geralmente são usadas em 
procedimentos oftalmológicos. 
As agulhas afiladas (agulhas 
redondas) possuem uma ponta 
afiada que perfura e abre tecidos 
sem cortá-los. Elas são usadas 
geralmente em tecidos facilmente 
penetráveis (intestino, tecido 
subcutâneo ou fáscias).
8. Instrumentos de síntese
As agulhas de corte afilado, que 
são uma combinação de ponta de 
borda de corte reverso e corpo de 
ponta afilada, geralmente são 
usadas para suturar tecidos 
fibrosos, densos e resistentes 
(como tendões) e no caso de 
alguns procedimentos 
cardiovasculares (como enxertos 
vasculares). 
As agulhas de ponta romba e 
arredondada podem dissecar 
tecidos friáveis sem cortá-los. 
Ocasionalmente são usadas para 
suturar órgãos parenquimatosos 
moles (fígado e rins).
Seleção de fios de sutura
As considerações para a seleção 
de um fio de sutura incluem 
quanto tempo ele terá de ajudar a 
reforçar o ferimento ou tecido, o 
risco de infecção, o efeito do 
material de sutura na cicatrização 
do ferimento e a dimensão e força 
necessária da sutura.
Fechamento abdominal: na pele, 
devem ser usados fios 
monofilamentares para evitar 
trançamento ou transporte 
capilar de bactérias para tecidos 
mais profundos.
Músculos e tendões: os músculos 
têm fraco poder de retenção e 
são difíceis de suturar. Podem ser 
usados materiais de sutura 
absorvíveis ou não absorvíveis. O 
material empregado para um 
reparo tendinoso deve ser forte, 
não-absorvível e minimamente 
reativo. 
8. Instrumentos de síntese
Órgãos parenquimatosos e vasos: 
órgãos parenquimatosos (como 
fígado, baço e rins) geralmente 
são suturados com fios 
monofilamentares absorvíveis. 
Devem ser evitados fios 
multifilamentares em áreas de 
contaminação, e fios de sutura 
com arrasto maior podem tender 
a cortar os tecidos. 
Órgãos viscerais ocos: 
recomendam-se geralmente fios 
de sutura absorvíveis para órgãos 
viscerais ocos (como traqueia, 
trato gastrintestinal ou bexiga) 
para evitar retenção tecidual de 
material estranho quando o 
ferimento cicatrizar.
Ferimentos infectados ou 
contaminados: se possível, devem 
ser evitados fios de sutura em 
ferimentos altamente 
contaminados ou infectados. Não 
devem ser usados fios de sutura 
não-absorvíveis multifilamentares 
em tecidos infectados, pois eles 
potencializam a infecção e podem 
fistular. 
Prefere-se um material absorvível; 
no entanto, deve-se evitar o 
categute cirúrgico, pois sua 
absorção em tecido infectado é 
imprevisível. Os fios de sutura 
monofilamentares sintéticos de 
náilon e polipropileno 
(não-absorvíveis) podem 
deflagrar menos infecção em 
tecidos contaminados do que fios 
metálicos. 
9. Grampeadores cirúrgicos
Os grampeadores mecânicos são 
aparelhos acionados pelo 
cirurgião para aplicação de 
grampos metálicos. Atualmente 
as técnicas de suturas se 
complementam para um melhor 
resultado e estão amplamente 
sendo utilizadas em cirurgia 
vascular, torácica, ginecológica e 
síntese de vísceras 
parenquimatosas como fígado, 
baço e pâncreas, incluindo 
instrumentos para ligar vasos e 
aproximar feridas, bem como 
seccionar, aproximar e fazer a 
anastomose de tecidos.Vantagens
1. A redução do tempo de cirurgia;
2. Diminuição do traumatismo 
tecidual por menor manipulação e 
exposição das estruturas; 
3. Redução do risco de 
contaminação, principalmente por 
permitir a realização da cirurgia 
com vísceras praticamente 
fechadas; 
4. Não possuir reação tecidual por 
ser constituída de material inerte 
e não absorvível; 
5. Ter menor risco de isquemia na 
linha de sutura, devido a pressão 
ser aplicada padronizada e 
mecanicamente; 
6. Pode ser executada em regiões 
anatômicas desfavoráveis para a 
confecção de sutura manual.
No entanto deve se ter o cuidado 
na escolha do material em 
relação ao tamanho dos grampos 
e tamanho do órgão a ser 
trabalhado para que não ocorra 
esmagamento ou deiscência 
tecidual. A sutura mecânica 
isoladamente não é hemostática. 
A pressão exercida pelos 
grampeadores é suficiente para 
que pequenos vasos passem por 
entre as linhas dos grampos 
permitindo a manutenção da 
vascularização e como 
consequência a vitalidade das 
bordas a serem suturadas.
9. Grampeadores cirúrgicos
Tipos de grampeadores
1. Grampeadores simples – 
cutâneos, de hemostasia ou de 
fixação; 
2. Grampeadores que suturam 
apenas; 
3. Grampeadores que suturam e 
cortam – anastomoses.
Grampeadores simples: são 
aqueles em que os grampos são 
aplicados um a um de forma a 
aproximar superfícies ou fixar 
estruturas. Neste grupo temos os 
grampeadores cutâneos usados 
para o fechamento da pele.
Possuem forma de ++ e devem ser 
retirados no pós-operatório. São 
apresentados em diversos tipos e 
tamanho e podem ser 
empregados inclusive para 
fixação de retalhos de pele. Há 
também os clipes hemostáticos, 
que podem tanto ser de uso em 
cirurgia convencional como em 
videolaparoscopia. 
Tem também os grampos de 
fixação, como aqueles usados 
para fixar telas em herniorrafias 
realizadas por laparoscopia. 
Grampeadores que suturam: seu 
uso está em geral relacionado em 
situações em que há necessidade 
de suturas contínuas. São 
utilizados quando há necessidade 
do fechamento de um segmento 
ou coto. Sua aplicação é ampla na 
cirurgia do tubo digestório, sendo 
de grande utilidade em diversas 
cirurgias, tais como no 
fechamento do reto nas 
ressecções anteriores ou no 
procedimento de Hartmann. 
Podem ser usados também em 
procedimentos no tórax, como em 
biópsias apicais, ressecções em 
cunha e fechamento de brônquios
9. Grampeadores cirúrgicos
Grampeadores que suturam e 
cortam: associa a capacidade de 
corte à capacidade de suturar, 
permitindo a realização de 
anastomoses entre vísceras ocas. 
Podem ser divididos em dois 
grupos: lineares cortantes e 
circulares.
1. Grampeadores Lineares 
Cortantes: servem para seccionar, 
suturar e para realização de 
anastomoses. A presença da 
lâmina, que corta o tecido ao 
mesmo tempo em que a sutura é 
realizada pela aposição 
sequencial dos grampos, facilita a 
confecção de anastomoses na 
maioria das vezes laterolaterais. 
São de grande utilidade na 
execução de 
gastroenteroanastomoses e 
enteroenteroanastomoses. 
Podem, também, ter desenho 
adaptado a procedimentos 
laparoscópicos, por exemplo em 
ligaduras de pedículos de órgãos, 
como o baço e o rim.
2. Grampeadores Circulares: são 
compostos de duas partes: uma 
menor removível, chamada ogiva, 
que é fixada em um dos 
segmentos a serem 
anastomosados e a outra maior e 
circular, que introduzida pelo 
outro segmento a ser 
anastomosado, encaixa-se à 
ogiva. Ao mesmo tempo em que 
sutura, uma lâmina circular 
interna corta o tecido a ser 
anastomosado. 
São utilizados para anastomoses 
entre vísceras ocas.
Modelos mais utilizados 
Surgiclip premium: é um clipador 
descartável usado para fechar 
vasos ou outras estruturas 
tubulares e para vagotomia, 
simpatectomia e marcação 
radiográfica. O clipe é fechado 
apertando-se os cabos do 
aplicador, o que oclui o vaso ou a 
estrutura.
9. Grampeadores cirúrgicos
Grampeador LDS descartável 
reforçado: é usado em cirurgia 
abdominal, ginecológica e 
torácica para ligar e seccionar 
vasos sanguíneos e outras 
estruturas tubulares. O 
instrumento aplica dois grampos 
de aço inoxidável para ligar o 
tecido dentro da garra do 
cartucho, e a lâmina secciona o 
tecido entre os dois grampos 
fechados. 
Grampeador cirúrgico 
descartável TA Multifire premium: 
é empregado para ressecção e 
transecção em muitos tipos de 
procedimentos cirúrgicos. Este 
instrumento aplica duas ou três 
fileiras assimétricas de grampos 
de titânio, dependendo do 
modelo.
Grampeador cirúrgico 
descartável Multifire GIA 60 ou 
80: é empregado em cirurgia 
abdominal, ginecológica, 
pediátrica e torácica para 
ressecção, transecção e 
confecção de anastomose.
O instrumento aplica duas fileiras 
duplas assimétricas de grampos 
de titânio e secciona 
simultaneamente o tecido entre 
elas. 
Grampeador descartável 
roticulador 30 e 30-V3: é 
empregado em muitos tipos de 
procedimentos cirúrgicos para 
resseccção e transecção. O 
Roticulador 30 aplica duas fileiras 
assimétricas de grampos de aço 
inoxidável, e o modelo 30-V3 
aplica três fileiras assimétricas. 
Grampeador cirúrgico para 
síntese de pele: é um grampeador 
descartável contendo 35 grampos 
de aço inoxidável, deve se aplicar 
sem pressionar o instrumento 
sobre a pele. 
Auto suture purstring: é um 
instrumento descartável que faz 
uma sutura em bolsa 
automaticamente. É usado em 
cirurgia intestinal, colorretal e 
esofagiana para realização de 
fechamentos em bolsas 
temporárias. 
9. Grampeadores cirúrgicos
Auto suture premium CEEA: é um 
grampeador descartável utilizado 
em cirurgia geral, torácica e 
bariátrica para confecção de 
anastomose término-terminais, 
términolaterais e látero-laterais. 
O instrumento aplica uma fileira 
dupla assimétrica, circular de 
grampos de titânio. 
Imediatamente depois da 
formação do grampo, uma lâmina 
no instrumento resseca o excesso 
de tecido, criando assim uma 
anastomose circular. 
Grampeador auto suture GIA 50 
premium: é um instrumento 
permanente utilizado para as 
mesmas finalidades do anterior, 
no entanto faz aplicação de 
quatro linhas paralelas (duas 
fileiras duplas assimétricas) de 
grampo de aço inoxidável.
O instrumento aplica duas fileiras 
duplas assimétricas de grampos 
de titânio e secciona 
simultaneamente o tecido entre 
elas. 
Grampeador descartável 
roticulador 30 e 30-V3: é 
empregado em muitos tipos de 
procedimentos cirúrgicos para 
resseccção e transecção. O 
Roticulador 30 aplica duas fileiras 
assimétricas de grampos de aço 
inoxidável, e o modelo 30-V3 
aplica três fileiras assimétricas. 
Grampeador cirúrgico para 
síntese de pele: é um grampeador 
descartável contendo 35 grampos 
de aço inoxidável, deve se aplicar 
sem pressionar o instrumento 
sobre a pele. 
Auto suture purstring: é um 
instrumento descartável que faz 
uma sutura em bolsa 
automaticamente. É usado em 
cirurgia intestinal, colorretal e 
esofagiana para realização de 
fechamentos em bolsas 
temporárias.

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