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🔬Diagn�stic� da� Parasit�se� Intestinai� 🧫 * EPF: exame parasitológico de fezes PARASITA CARACTERÍSTICAS DO MICROORGANISMO CARACTERÍSTICAS DA PATOLOGIA Giardia lamblia - parasita flagelado do intestino delgado - duas morfologias: TROFOZOÍTO → forma livre, que se reproduz, sem muita viabilidade no ambiente muitos flagelos (exceto na região caudal) - forma de pera invertida com achatamento dorsolateral (contem estruturas para adesão nos enterócitos) CISTO → forma de resistência no ambiente externo (forma de contaminação) - encistamento → eliminação de material e criação de parede de resistência - ciclo evolutivo: ingestão de cistos (alimento e água contaminados) ou vetor mecânico → início do desencistamento no estômago → liberação do trofozoíto no intestino → adesão aos enterócitos→ divisão binária→ trofozoítos são liberados na luz intestinal→ adesão ao bolo fecal → encistamento → eliminação nas fezes → contaminação oral-fecal → … Giardíase - uma das causas mais comum de diarreia em crianças→ diarreia crônica que pode levar a problemas relacionados à desnutrição e ao atraso do desenvolvimento neuromotor - fatores de risco: crianças, imunossuprimidos → diminuição da produção de IgA por falta de dissacarídeos na parede intestinal - fisiopatologia: PENSAR EM DIARREIA INTENSA E INFLAMAÇÃO→ destruição das microvilosidades, lâmina própria infiltrada de granulócitos e linfócitos + morte dos parasitas leva a lesão local com atrofia de vilosidades, hiperplasia das criptas e acúmulo de água na luz intestinal (diarreia de giardíase é MUITO LÍQUIDA!!!) - diagnóstico: pesquisa dos trofozoítos e cistos nas fezes⇒ IMPORTANTE: coletar 2-3 amostras de fezes pois a eliminação de cistos NÃO É CONTÍNUA dificultando a visualização nas fezes. Normalmente, os CISTOS são as formas encontradas no EPF (trofozoíto só encontra se a diarreia foi muito agoda) - complicações: fadiga crônica e síndrome do intestino irritável Entamoeba histolytica - pode ser comensal do intestino humano e invadir a mucosa→ a depender de inóculo, cepa, fatores nutricionais, estado do paciente e microbiota intestinal do hospedeiro - das amebas APENAS A HISTOLYTICA É PARASITA! Outras Entamoebas são comensais ou de vida livre eventualmente parasitas (Acanthamoeba , e Naegleria - ) - duas morfologias: TROFOZOÍTO → com pseudópodes, vacúolos alimentares e núcleo central CISTOS → bem arredondados, com MEMBRANA DUPLA e com ATÉ 4 NÚCLEOS - ciclo evolutivo: DOIS CICLOS PATOGÊNICOS 1º ciclo) amebíase extra-intestinal: cepas invasivas → disseminação para fígado, pulmão e parede intestinal ⇒ SINTOMAS SISTÊMICOS 2º ciclo) PERMANÊNCIA do trofozoíto no intestino ⇒ SINTOMAS GASTRINTESTINAIS [independente do ciclo, há o encistamento e liberação de cistos nas fezes → contaminação] - fatores de virulência: PGE2: produto da parede que destrói as junções entre os enterócitos (entamoeba invasiva); macrófagos e neutrófilos secretam EROS e NO para realizar a fagocitose e acabam aumentando a perfuração intestinal Amebíase - primeiro ciclo patogênico com sintomas sistêmicos; segundo ciclo patogênico com sintomas no TGI - infecção fecal oral → ingestão de cistos ou veiculados para alimentos e água pelo vento, vetores e transmissão pessoa-pessoa - período de incubação: CURTO (2 a 21 dias) para amebíase e LONGO (1 a 3 meses) para formas invasivas e crescimento de abscessos no fígado - profilaxia: higiene alimentar, eliminação de insetos, saneamento básico - sintomas: forma assintomática → trofozoítos no intestino mas sem manifestação de sintomas (mas HÁ LIBERAÇÃO DE CISTOS então pacientes podem contaminar alimentos, águas e outras pessoas) // forma sintomática → diarreia, dores abdominais, sintomas de má absorção - IMPORTANTE: forma intestinal invasiva → COLITE AMEBIANA AGUDA: adesão de muitos trofozoítos à parede intestinal gerando abscessos disenteria grave, muco nas fezes, sangue nas fezes ⇒ sem tratamento é fatal - forma extra intestinal: amebomas no fígado ou pulmões⇒ invasão intestinal e perfuração→ veias submucosas intestinais → fígado → formação de abscessos hepáticos com centro semilíquido acastanhado - fatores de risco: idade (criança e idosos), gestação, imunossuprimidos - diagnóstico: pesquisa dos trofozoítos ou cistos nas fezes. CISTOS são mais comumente visualizados - Naegleria: meningoencefalite amebiana primária → infiltrado mononuclear que cursa com necrose do tecido cerebral do tipo granulomatosa com processos hemorrágicos (mais comum em paciente imunossuprimido) - Acanthamoeba: úlcera de córnea (ceratite e infecção cutânea crônica) Cryptosporidium parvum - morfologia: esporozoítos nus que não apresentam proteção - ciclo evolutivo: ingestão de oocistos maduro esporulado→ oocisto rompido→ liberação do trofozoíto na mucosa intestinal → invasão do enterócito → merozoíto por reprodução assexuada → infecção de novos enterócitos OU ciclo sexuado → invasão de mucosa intestinal → diferenciação em macro e microgameta → oocisto maduro → eliminação fecal → contaminação [ciclo com alta chance de reinfecção] Criptosporidiose - IMPORTANTE INFECÇÃO OPORTUNISTA para pacientes com AIDS → hiperinfecção devido ao imunocomprometimento, com disseminação via circulação sistêmica → morte - infecção principalmente de intestino delgado com possibilidade de migração para trato respiratório, ductos pancreáticos e vias biliares - causa muito comum de diarreia Cryptosporidium parvum - ciclo monoxênico, cujo hospedeiro definitivo é o homem - transmissão: ingestão ou inalação de oocistos esporulados em água e alimentos contaminados ou autoinfecção (para a criptosporidiose em particular, a reinfecção é importante!!!!) - sintomas: diarreia aquosa (3-10 evacuações diárias) de longa duração (30 dias: média de 12-14 dias), anorexia, dor abdominal, náuseas, flatulência, febre e cefaleia→ para pacientes hígidos, normalmente é autolimitante com duração de 10 dias; mas lembrar que ISSO NÃO VALE PARA PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO - fisiopatologia: a infecção crônica em imunossuprimidos está relacionada ao achatamento das microvilosidades (perda epitelial e falta de regeneração tecidual) com infiltrado linfocitário na lâmina própria; piora do quadro devido à hiperinfecção; resposta imunológica do paciente é deficitária - diagnóstico: identificação dos oocistos nas fezes ou tecidos biopsiados Schistosoma mansoni - platelminto trematódeo, parasita de vasos sanguíneos - ovo: OVO ESPICULADO → é encontrado nas fezes; maior entre todos os helmintos; membrana dupla; massa embrionária no interior (dará origem ao miracídio); - espícula: diferencia o ovo de outras parasitoses intestinais; auxilia no trânsito pelo intestino; pode causar pontos hemorrágicos em alguns pacientes - morfologia intermediária: - cercária: cabeça (com protease + lipases) + corpo + cauda (movimentos rotatórios na água) → INFECTANTE AO HOMEM (hosp definitivo) - miracídio: crescimento dentro do ovo → ao alcançar a água, o miracídio é liberado; é ciliado, INFECTANTE AO CARAMUJO (hosp intermediário) - esquistossômulo: cercária que perde a cauda logo após a penetração da pele - morfologia adulta: sexos separados com morfologias distintas - macho: 1 cm, espesso, esbranquiçado, corpo recoberto por cutícula (auxilia na troca de O2 e íons); ventosa oral anterior e ventosa ventral para fixação e absorção + canal ginecóforo para abrigar a fêmea - fêmea: escura e fina, 1,5 cm, com apenas uma ventosa - Esquistossomose - Schistosoma haematobium: acometimento urogenital (hematúria acentuada) - Schistosoma japonicum: esquistossomose japônica - ciclo da doença: cercária de vida livre em água → contato inicial cercária + pele HUMANA (definitivo) → proteases + lipases da cabeça facilitam invasão→ penetração e perda da causa (esquistossoma)→ disseminação via corrente sanguínea → sistema porta-hepático → origem a macho e fêmea → macho + fêmea (canal ginecóforo) → adesão às vv mesentéricas (ventosa do macho) → copula com liberação de ovos→ migração da fêmea para deposição de ovos→ ovos ganham a corrente sanguínea→transposição para luz intestinal (facilitada pela espícula + pressão dos ovos eliminados) → liberação nas fezes→ contaminação de água→ ovo eclode→ liberação do miracídio → infecção do CARAMUJO (intermediário) → diferenciação e maturação→ liberação de cercárias → … - manifestações clínicas: - DERMATITE CERCARIANA: reação devido à penetração ativa da cercária → prurido, edema, vermelhidão, febre, inapetência, diarreia + leucocitose c/ eosinofilia; desaparece em alguns dias - RELACIONADAS À DISSEMINAÇÃO DO ESQUISTOSSÔMULO: febre em todor de 4-7 semanas após dermatite cercariana, eosinofilia, linfadenopatia, mal estar geral, mialgia, tosse não produtiva e bronquite (lembrar que a tosse está relacionada à grande produção de IgE pelos eosinófilos) - RELACIONADAS AOS HELMINTOS ADULTOS: espoliação (consumo de nutrientes de seu hospedeiro + liberação de metabólitos tóxicos → lesão celular); OBSTRUÇÃO de pequenos vasos culmina com o processo de ASCITE, MANIFESTAÇÃO MAIS COMUM RELACIONADA À ESQUISTOSSOMOSE - RELACIONADAS AOS OVOS: fase crônica da doença→ eliminação de fezes com sangue em média de 42 dias após a dermatite cercariana + diarreia intercalada com constipação, inflamação da parede do cólon, formação de pólipos no cólon + formação de GRANULOMAS HEPÁTICOS AO REDOR DOS OVOS (importante!!!!!) - complicações: varizes esofágicas (rompimento causa hemorragias), hepatoesplenomegalia - profilaxia: saneamento básico, evitar a proximidade de material fecal com a água; evitar banho em lagos e açudes desconhecidos - diagnóstico: EPF em pacientes suspeitos com dermatite cercariana→ presença de ovo espiculado nas fezes; biópsia ou raspagem da mucosa retal para identificação dos ovos; USG para visualização de ovos no parênquima hepático e grau de fibrose; métodos indiretos (ELISA, PCR) - cura parasitológica: realização e 3 EPFs no quarto mÊs após o tratamento ou biópsia retal negativa para ovos vivos entre 4º-6º mês após tratamento Fasciola hepática - helminto grande e de fácil visualização - parasita de canais biliares de ovinos, caprinos e suínos→ homem é hospedeiro ACIDENTAL (vesícula e canais biliares) Fasciolíase humana - a doença humana NÃO É COMUM visto que o HOMEM NÃO É HOSPEDEIRO USUAL DA FASCÍOLA - pode ser encontrada nas veias biliares humanas, alvéolos pulmonares e outros locais (relacionado à - parasita adulto é HERMAFRODITA → formação e eliminação de ovos → contaminação ambiental → ovo eclode em contato com a água → liberação do miracídio→ infecção de caramujo Lymnaea spp. [hosp intermediário] → diferenciação → liberação de cercárias para água → água contamina animais → cercária perde a cauda → metacercária → contaminação humana imunossupressão e disseminação visceral) - fase aguda: migração de formas imaturas → intensa reação inflamatória eosinofílica e febre - fase crônica: implantação do helminto adulto no fígado → função hepática anormal, leucocitose, eosinofilia e febre; associada à grande quantidade de formas adultas → hiperplasia do ducto biliar, fibrose periportal, obstrução do ducto biliar, pericolangite - diagnóstico: EPF para identificação dos ovos de fasciola hepática; reação intradérmica, reação de fixação de complemento, IF, ELISA Taenia solium e saginata - cestodes hermafroditas - proglotes com ovários, testículos, ductos de excreção e alimentação - particularidades da T. solium: pode ficar maior, proglote mais ramificado e com mais óvulos, presença de escólex (fixação ao epitélio intestinal→ maior resistência ao peristaltismo e a eliminação por fármacos) - ovo: redondo, com massa embrionária delimitada por parede dupla, parte externa com ramificações; ovos da solium e saginata são idênticos - cisticerco: forma larval que se aloja na musculatura animal - ciclo evolutivo: diferem-se apenas no hosp intermediário (saginata: bovinos/solium: suínos) TENÍASE⇒ ingestão do cisticerco em carnes → diferenciações do cisticerco TGI humano → amadurecimento no intestino delgado → tênias adultas → amadurecimento de proglotes → formação de ovos nas proglotes finais→ rompimento e liberação dos ovos→ liberação nas fezes → contato de animais com os fezes contaminadas → liberação do embrióforo do ovo → evolução do embrióforo no intestino dos animais → perfuração e tropismo por musculatura → origem ao cisticerco CISTICERCOSE (solium)⇒ovos ingeridos→ rompimento dos ovos→ liberação do embrião → alojamento do cisticerco nos olhos e SNC → ativação da resposta imunológica do hospedeiro → formação de granuloma → deposição de cálcio → calcificações - parasitismo por apenas UMA tênia: apenas uma dominante consegue se desenvolver, enquanto as outras menores vão morrendo por falta de espaço e nutrientes; a competição faz com que apenas um helminto se desenvolva → “solitária” Teníase - contaminação: ingestão de carnes cruas ou mal cozidas de animais contendo cisticercos em sua musculatura - sintomas: tontura, náuseas, EMAGRECIMENTO, APETITE EXCESSIVO, vômitos e distensão abdominal→ caso haja desenvolvimento de mais um helminto, os sintomas são exacerbados - diagnóstico: EPF → pesquisa e visualização dos ovos de tênia; teste da fita gomada para pesquisa de proglotes Cisticercose - associada a Taenia solium - contaminação: ingestão acidental dos OVOS de tênia → falta de higiene das mãos, contaminação de copos e talheres, contaminação oral-fecal - sintomas: convulsões, alucinações, dificuldade de visão - diagnóstico: CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO; biópsia, exames de imagem, eosinofilia como achado laboratorial Hymenolepis nana e diminuta - PENSAR EM TENÍASE PORQUE A HYMINOLEPIS NADA MAIS É QUE UMA TÊNIA ANÃ - não são muito patogênicas; não causam cisticercose - associadas a pulgas e besouros + ciclo fecal-oral com ingestão de ovos - ciclo monoxênico (quando o homem ingere diretamente o ovo) ou heteroxênico (quando há participação de insetos) - ovo: NANA → delimitação central do embrióforo, parede final mais externa; projeção entre as membranas ⇒ CHAPÉU MEXICANO // DIMINUTA → não possuem prolongamentos Himenolepíase - sintomas: imunocompetentes → resposta imune celular muito acentuada diminui a autoinfecção endógena, portanto, os sintomas são de BAIXO GRAU e INESPECÍFICOS com remissão espontânea (dor abdominal, diarreia, leve fadiga) // imunocomprometidos → hiperinfecção devido a resposta imune limitada (cólica intestinal, sangramento intestinal, diarreia, perda de peso, tontura, eosinofilia; congestão da mucosa intestinal) // crianças: insônia, irritabilidade - diagnóstico: difícil por sintomas serem inespecíficos; EPF → pesquisa e visualização do ovo Ascaris lumbricoides - morfologia: fêmea → larga com cutícula lisa // macho → fino, pequeno, com gancho posterior para auxílio na cópula - ovo: arredondado, massa embrionária central, espaço transparente, membrana dupla, terceira membrana mamilonada (ajuda na resistência do ovo ao ambiente externo)⇒ ovo parece uma TAMPINHA DE GARRAFA DE VIDRO (esse eu aprendi na Farmácia rs) Ascaridíase - contaminação: ingestão de ovos COM LARVA L3 pelo homem → contaminação fecal-oral + alimentos/água contaminados - - profilaxia: saneamento básico, medidas de higiene com mãos e alimentos, limpeza de estábulos e gaiolas - ciclo evolutivo: duas partes → ambiente externo e interior do hospedeiro cópula no intestino delgado do homem → ovos liberados na luz intestinal → liberação de ovos nas fezes → embrionamento do ovo [formação de L1→ evolução para L2→ evolução para L3 (larva filarióide INFECTANTE, demora 15 dias!)] → ingestão do ovo com L3 → rompimento do ovo no intestino delgado → liberação de L3→ perfuração do intestino→ corrente sanguínea→ migração de L3 [fígado→ coração→ pulmões]→ maturação de L3 no pulmão (presença de O2)→ evolução para L4→ migração de L4 [traqueia→ laringe→ estômago → ID]→ maturação para L5 no ID→ diferenciação em helminto adulto macho e fêmea → cópula → ovos → contaminação → … - ciclo fecal oral monoxênico; autoinfecção PRATICAMENTE NULA (pois L1 e L2 NÃO SÃO INFECTANTES e PRECISAM DO TEMPO DE VIDA LIVRE NO SOLO para se tornaremL3 infectantes) - manifestações clínicas: ASSOCIADAS ÀS LARVAS: pulmonares, principalmente ⇒ lesões de parênquima hepático e pulmonar; pontos hemorrágicos devido a migração larval; manifestações alérgicas (tosse, corrimento nasal), fraqueza, mal estar geral, febre, bronquite, pneumonia, eosinofilia; catarro pode ser sanguinolento e larva também pode ser expelida; sintomas normalmente são autolimitados com remissão espontânea; ASSOCIADAS AOS HELMINTOS ADULTOS: gastrintestinais, principalmente⇒ hepatite intersticial, perda de peso, diarreia, icterícia ASSOCIADA ÀS INFECÇÕES MACIÇAS (importante!) - ação espoliativa: retira nutrientes do hospedeiro⇒ anemia, desnutrição (é importante mas não é tão importante quanto para a ancilostomose!) - ação tóxica: devido à parede do helminto e eliminação de excretas dos metabólitos - ação mecânica: adesão à mucosa intestinal gera resposta inflamatória ⇒ dor - ação ectópica: relacionada à migração para outros locais → apendicite aguda, obstrução de colédoco, pancreatite aguda por obstrução do ducto pancreático; obstrução intestinal - diagnóstico: EPF → pesquisa e visualização dos ovos nas fezes Ancylostoma duodenale Necator americanus - morfologia: presença de ganchos posteriores que ajudam na fixação ao intestino - ciclo evolutivo: CUTÂNEO-FECAL⇒ovo liberado no ambiente → evolução da larva [L1→ L2 → L3 → penetração ativa da pela pela L3 → corrente sanguínea e linfática → migração para coração → maturação a L4 no pulmão → passa da via aérea para esôfago → larva L5 no intestino delgado → origem a macho e fêmea → cópula → liberação de ovos na luz intestinal → liberação de ovos nas fezes → contaminação → … - ciclo monoxênico - ovo: ovalado e BEM CLARO, com massa embrionária central, membrana externa é mais fina ⇒ LEMBRAR QUE É O OVO MAIS TRANSPARENTE QUE TEM Ancilostomose humana - contaminação: penetração ativa da pele pela larva L3 - profilaxia: saneamento básico, uso de calçados - período de incubação: manifestações cutâneas surgem logo após a penetração; sintomas intestinais demoram cerca de 2 semanas após a penetração - manifestações clínicas: ETIOLOGIA PRIMÁRIA: sintomas decorrentes à migração larval → lesões cutâneas traumáticas com fenômenos vasculares; prurido e hiperemia local, edema, formação de pápulas no local da penetração; manifestações pulmonares (devido à passagem da larva pelo pulmão para sua maturação - idem ascaridíase) ETIOLOGIA SECUNDÁRIA: sintomas relacionados ao helminto adulto no intestino → anemia e eosinofilia elevada (grande capacidade espoliativa do helminto - anemia, icterícia, apatia); dor epigástrica, diminuição do apetite, vômitos, náuseas, cólica, indisposição, flatulência, diarreia sanguinolenta ou não, constipação, hipoproteinemia - os helmintos podem sobreviver no intestino hospedeiro por ATÉ 20 ANOS - diagnóstico: clínico (manifestações cutâneas + pulmonares + intestinais + anemia ou não) // EPF → pesquisa e visualização de ovos nas fezes Ancylostoma braziliensis - hospedeiro definitivo: cães e gatos → homem é hospedeiro ACIDENTAL - penetração da larva na pele dos humanos mas NÃO COMPLETA O CICLO, ou seja, não atinge a corrente sanguínea Larva migrans cutânea - dermatite devido à migração cutânea da larva, prurido, eczema, vasculite - profilaxia: uso de calçados - larva migrans visceral: NÃO É COMUM⇒ Toxocara canis (essa tem a capacidade de invadir órgãos internos)→ quadro clínico: leucocitose com eosinofilia, hepatomegalia e linfadenite - diagnóstico: clínico epidemiológico⇒ o EXAME OFTALMOLÓGICO pode ser de grande utilização pois é um dos últimos locais de migração da larva Strongyloides stercoralis - morfologia: FÊMEA ADULTA PARASITA PARTENOGENÉTICA, fêmea adulta de vida livre, macho adulto de livre, larva rabditiforme (sem capacidade invasora) e filariforme - ciclo evolutivo: dois tipos VIDA LIVRE⇒ meio ambiente e não parasitário → fêmea de vida livre deposita ovos em presença de água → cópula → liberação de ovos→ formação de larvas rabditiformes→ Estrongiloidíase - contaminação: penetração ativa de larva L3, perfuração intestinal de L3 e autoinfecção pelas mãos - sintomas: pulmonares (devido à maturação de L3 a L4 no pulmão) - tosse e falta de ar; erupções cutâneas; diarreia sanguinolenta com fases de constipação, dor abdominal, perda de peso, eosinofilia e anemia // ccças e imunocomprometidos: hiperinfecção e migração generalizada larva L3 continua sua maturação NO AMBIENTE até L5 → macho e fêmea adultos de vida libre PARASITA ⇒ contato com o homem: L3 penetra ativamente a pele humana → corrente sanguínea [fígado → coração → pulmão] → maturação a L4 no pulmão→ deglutidas→ intestino delgado → maturação a L5 → fêmea adulta parasita partenogenética → eliminação de ovos na luz intestinal → eliminação de ovos nas fezes * detalhe >> a formação de L3 pode acontecer em POUCAS HORAS - ciclo monoxênico, de vida livre ou parasitário - diagnóstico: clínico é difícil pelo fato dos sintomas serem semelhantes a outras parasitoses intestinais // visualização do ovo e larvas é mais comum Trichuris trichiura - morfologia: macho e fêmea adultos, ovo (assemelha-se a uma BOLA DE FUTEBOL AMERICANA ou a uma BANDEJA - essa eu também aprendi na Farmácia) - ciclo evolutivo: intestino grosso humano com macho e fêmea→ cópula→ liberação de ovos nas fezes → contaminação → ovos ingeridos→ eclosão com liberação de L1 no intestino delgado → migração para o ceco→ amadurecimento até L5→ helmintos adultos no ceco → migração da fêmea para região perianal para deposição de ovos - ciclo fecal oral monoxênico Tricuríase - manifestações clínicas: depende da quantidade de helmintos → assintomática ou sintomática: cefaleia, dor epigástrica, dor em baixo ventre, náuseas, vômitos, diarreia // cças e imunossuprimidos: diarreia intermitente com abundância de muco, dor abdominal COM TENESMO, anemia, desnutrição grave, baixo peso e altura para a idade - manifestação clínica grave: PROLAPSO RETAL!!!! - diagnóstico: EPF → pesquisa e visualização de ovos nas fezes Enterobius vermicularis - morfologia: larva do macho, larva da fêmea OVO EM FORMATO DE D - ciclo evolutivo: macho e fêmea no intestino do indivíduo parasitado→ cópula→ liberação de ovos na luz intestinal → liberação de ovos nas fezes → contaminação → … - ciclo monoxênico com contaminação fecal-oral Enterobíase - contaminação: ingestão de ovos embrionados - parasitas ficam alojados no CECO E APÊNDICE com MIGRAÇÃO DAS FÊMEAS PARA A REGIÃO PERIANAL ONDE OCORRE A DEPOSIÇÃO DE OVOS, principalmente de madrugada (menor temperatra ambiente)→ intenso prurido anal noturno - sintomas: prurido anal noturno intenso, irritação local, coceira (fissuras podem ser portas para infecções bacterianas secundárias) // em mulheres, os vermes podem migrar para o TGU (vaginite, metrite, salpingite, ovarite) - diagnóstico: CLÍNICO // laboratorial → não é recomendado EPF, mas os ovos conseguem ser visualizados; melhor técnica laboratorial é o da FITA GOMADA para visualização de ovos
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