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#REVISÃO DE FUNGOS euzinha carol machado <3 TÓPICO: CARACTERÍSTICAS DOS FUNGOS 🔺Definições gerais dos fungos → São seres eucariontes que não pode ser classificados no reino das plantas pois não são autótrofas e não possui clorofila(a parede tem quitina) → Armazenamento de energia na forma de glicogênio → Podem também ser microscópicos uni ou pluricelular; e macroscópico com a característica de aeróbio estritos (só sobrevivem na presença de oxigênio) ou anaeróbios facultativos (podem sobreviver com ou sem oxigênio) → LEVEDURAS - As leveduras são unicelulares não apresentando diferenciação morfológica entre parte vegetativa e reprodutiva. As células têm formas arredondadas, ovóides ou alongadas. Leveduras do gênero Candida, em determinadas condições de cultivo, reproduzem-se por brotamentos sucessivos em cadeia, formando filamento semelhante ao dos bolores, chamados de pseudo filamentosos →As leveduras apresentam colônias pastosas, de cor creme, branca, preta, rosa, dependendo da espécie, sendo que a maioria varia de branca a creme → FILAMENTOSAS - lembram filamentos, e podem ser uni ou pluricelulares com sistema reprodutor bem definido, parte nutritiva e barte sezual - BOLORES E COGUMENTOS(so o cogumenlo tem forma macroscópica, ou seja corpo de frutificação) →Os bolores formam colônias filamentosas dos mais variados tipos morfológicos (algodonosas, pulverulentas, aveludadas e outros) e com uma variedade grande de pigmentos. →Os bolores e as leveduras, fungos microscópicos, quando crescem em substrato adequado, formam colônias visíveis a olho nu com diferenças macroscópicas → Existem fungos dimórficos, o qual consegue adquirir duas as duas formas a depender das suas condições ambientais → A nutrição dele é feita pela decomposição ou seja absorvem os nutrientes das coisas fazendo a reciclagem de resíduos como meio de alimentação. - digestão extracorpórea → Condições básicas de crescimento: umidade, temperatura de 20 a 30 graus → Podem viver de forma saprófita, simbiontes ou parasitas → Reprodução assexuada e sexuada classe dos fungos → Filo Basidiomycota: Engloba os fungos superiores ou cogumelos. Os fungos desse filo são caracterizados por ectosporos de origem sexuada, os basidiósporos, típicos para cada espécie → Filo Ascomycota: A principal característica desse filo é a presença de asco, uma estrutura em forma de bolsa ou saco, onde são produzidos os ascósporos (esporos de origem sexuada), com várias formas e número, dependendo da espécie. A maioria das espécies patogênicas para o homem é enquadrada nesse filo nas classes Hemiascomycetes, Loculoascomycetes e Plectomycetes. → Filo Zygomycota: Fungos com micélio cenocítico. Os representantes desse filo podem ter reprodução sexuada pela formação de zigosporos ou assexuada com a produção de esporos, os esporangiosporos, no interior de esporângios. → Os fungos de interesse médico são agrupados principalmente na classe dos Zygomycetes, ordens Mucolares e Entomophthorales. bolor negro do pão ryzopus. Fungos anamórficos - É atualmente denominado de fungos anamórficos ou fungos imperfeitos, fungos assexuados, fungos conidiais, ou fungos mitospóricos.A maioria dos fungos deste grupo têm hábitat no solo Ascomycota e são os principais componentes da microbiota atmosférica e incluem fungos patogênicos e oportunistas → Quitridiomicetos: O filo Oomycota compreende aproximadamente 700 Deuteromycetes (mitosporic fungi) espécies que possuem características de parede celular com celulose e hábitat próprio, geralmente a água. Nesse filo, é enquadrado o fungo Pythium insidiosum, de relativa importância em micologia médica. Parede celular → Confere ao microorganismo força contra choques mecânicos e rigidez à célula → Composta basicamente por polissacarídeos de natureza celulósica ou actínica, dependendo do grupo de fungos ou a mistura das duas substâncias → As glucanas e as mananas estão combinadas com proteínas, formando as glicoproteínas, manoproteínas e glicomanoproteínas. → Além disso tem uma composição de até 3% de quitina, dando a ele a maior diferença com as outras plantas no geral que tem celulose → Também se difere das bactérias pois elas possuem um parede celular composta de peptidoglicano - assim os métodos de coloração ficam bem melhores de serem feitos → Estudos citoquímicos demonstraram que cada camada possui um polissacarídeo dominante: as camadas mais internas contêm beta-1-3, beta-1-3-glucanas e mananas. Membrana citoplasmática → igual a todas as outras → É composta de duas camadas de fosfolipídios revestidas por proteínas e apresenta uma série de invaginações que dão origem a um sistema de vacúolos ou vesículas, responsáveis por um contato entre o meio externo e o interior da célula - dão a célula uma característica de permeabilidade seletiva → As proteínas servem como enzimas, que fornecem à membrana diferentes propriedades funcionais, enquanto os lipídeos dão à membrana sua verdadeira propriedade estrutural → contém esteróis na forma de ergosterol, diferente da membrana citoplasmática da célula animal que contém colesterol → importante sítio de atuação dos antifúngicos que atuam na síntese do ergosterol tendo esses antifúngicos, toxicidade seletiva para o fungo. Cápsula → Não é uma característica de todos os fungos → Sua composição é de mucopolissacarideo → A cápsula é importante na patogenia desse fungo por dificultar a fagocitose – Atua como fator de virulência pois garante defesa contra o sistema imunológico e assim não são fagocitados → são semelhantes com a célula impedindo a sua detecção 🔺Organização dos fungos → Como dito anteriormente as leveduras são unicelulares ou seja, não existem definições específicas da estrutura reprodutiva e nutritiva → já os pluricelulares, que são os bolores por serem multicelulares possuem algumas organizações → cada coisinha é uma hifa e o conjunto é um micélio → elas podem ser aéreas ou não, depende da suas confissões → Nas hifas cenocíticas as células dividem do mesmo citoplasma → Os septos não isolam totalmente as células, pois tem orifícios que permite a comunicação → a depender do estágio sexual as hifas podem ter dois ou um núcleo → hifas podem crescer INFINITAMENTE (se houver condições favoráveis) → O micélio que se desenvolve no interior do substrato, funcionando também como elemento de sustentação e de absorção dos nutrientes, é chamado micélio vegetativo. → O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o micélio aéreo. → O micélio aéreo vegetativo dos fungos filamentosos pode diferenciar-se em determinados pontos e formar o micélio reprodutivo, onde são formados os esporos, também chamados de propágulos, e que podem ter origem sexuada ou assexuada. Hifa → micélio → micélio aéreo vegetativo → micélio reprodutivo crescimento radial Hifas aéreas Hifas férteis - propágulos Hifas vegetativas ou submersas ESTRUTURAS DE REPRODUÇÃO DE FORMA GERAL OBS: artroconídios e clamidoconídios são só diferenciações das hifas do micélio vegetativo que serve para fixação Blastoconídios é só o nome da formazinha dos brotinhos na reprodução assexuada(parte vegetativa e de nutrição misturado blastoconídios Reprodução assexuada interna Reprodução assexuada externa → Os propágulos sexuados externos, denominados de basidiósporos, são formados na extremidade de uma hifa fértil denominada basídio e caracterizam a subdivisão Basidiomycotina que engloba os cogumelos ou fungos superiores →Os propágulos sexuados internos (endósporos) são denominados de ascósporos e são formados no interior de células especiais, os ascos, e caracterizam a subdivisão Ascomycotina 🔺Reprodução dos fungos → Assexuada: brotamento → Saccharomyces cerevisiae → Normalmente em leveduras, por serem unicelulares, os quais pode ser confundido com cissiparidade, mas eles podem viver juntos tipo em colônias formando os pseudofilamentos → Não tem variabilidade genética → Reproduzem-se por brotamentos sucessivos em cadeia, formando filamento semelhante ao dos bolores, chamado de micéliopseudofilamentoso esporulação → Não gera variabilidade genética também → Os esporos têm paredes rígidas, mas quando estão maduros e encontram um ambiente favorável eles abrem e começam o processo de germinação → Reprodução e formação dos esporos por mitose → Sexuada: Basidiomicetos → No corpo de frutificação (lameus) só tem, quando eles se fundem no processo chamado de cariogamia formam o zigoto(2n) → o zigoto sofre meiose e forma 4 QUATRO ESPOROS (n) → esses novos esporos são chamados de basidiósporos(n) → os basidiósporos acham um lugar legal pra viver germinam formando hifas(n) → essas hifas são septadas e com um só núcleo → quando as hifas se encontram ela se juntam em um processo de plasmogamia (fusão de citoplasma) → agora as hifas septadas são eucariotas → e elas crescem assim (n + n ) até o momento que ela se fundir lá no lameus e rolar tudo de novo Ascomicetos → segue a mesma linha de pensamento do outro processo mas na hora de formar os esporos é diferente → sofre depois da meiose (reducional) uma mitose (equacional) formando OITO ESPOROS (n) Zigomicetos → aqui é tipo esporulação que foi citada acima a diferença é que tem plasmogamia de hifas → vão liberar os esporos que foram feitos por mitose, ou seja estruturas n! → hifas cenocíticas, formando nas pontinhas gametângios (núcleo pra caralho) → gametogênico são as regiões reprodutivas → plasmogamia e depois cariogamia (igual os processos anteriores) → formando os zigosporângio que é um celular grande com muitos núcleos 2n → e pra finalizar ele vai sofrer meiose(reducional) formando os esporângios que vão começar tudo de novo Clamidoconídio – C. albicans os gametângios na ponta ai LEMBRANDO AQUI QUE NEM UM DESSES PROCESSOS GERA VARIABILIDADE GENÉTICA SÓ SE HOUVER MUTAÇÃO SE ESQUECER VOLTA AQUI PORRAAAA https://www.youtube.com/watch?v=ZAXwBdwemag&t=192 s https://www.youtube.com/watch?v=ZAXwBdwemag&t=192s https://www.youtube.com/watch?v=ZAXwBdwemag&t=192s 🔺Etiopatogenia das micoses superficiais, cutâneas e subcutâneas Micoses superficiais: → Infecções fúngicas frequentes que se caracterizam por comprometerem pele, pelos e unhas. → Limitam-se a parasitar a superfície da pele (camadas mortas), o que geralmente não causa repercussão histológica. → Podem provocar uma reação inflamatória variável no hospedeiro. Dermatomicoses Podemos listar algumas como a pitiríase versicolor, tinea nigra, piedra branca piedra preta , dermatofitoses e candidíase superficial Pitiríase versicolor (pano branco) → Dá para viver co, não é nada muito sério não - micose benigna → Uma levedura que gosta de lipídio e que vive na nossa microbiota, mas quando ele está parasitando fica filamentoso (dimorfismo) → Fatores predisponentes: sudorese excessiva, gravidez, utilização de lubrificantes na pele, temperatura elevada - deixa pele respirar mofio e tome banho direito, queda de imunidade também pode ser um fator Manifestações clínicas: → Ou seja, pode estar em qualquer lugar, por tanto: isolada, confluente, disseminada. → Várias cores, vários tamanhos; descama bastante, inclusive é assim que faz o diagnóstico; pode ser hipo ou hiperpigmentação; assintomáticas. Tinea negra → Tranquila também, só chega nas camadas mais superficiais da pele( córnea) → Agente etiológico: Hortaea werneckii; Phaeoannellomyces werneckii; → Fatores predisponentes: elevada salinidade (areia do mar, pescados secos e salgados) Manifestações clínicas: → Hiperpigmentada e sempre isolandinha assim → Pouco escamosas; assintomáticas → Localização: região palmar e plantar; Microscopia e Macroscopia Hifas pigmentadas Colônia de fungo demáceo septadas e ramificadas em KOH 10% (MO/40x) Exames micológicos para tinea nigra: → Exame micológico direto de amostra coletada por raspagem de lesão cutânea, clarificada em KOH 10%, ilustrando hifas dematiáceos, → Meio de cultura Mycosel com colônia demácea de aparência cerosa. → Micro Crescimento revelando hemácias com fissão binária. Piedra branca → infeção fúngica que atinge pelos e cabelo → Agente etiológico: Trichosporon sp. Manifestação clínica → Extracapilar então dá pra ver a olho nu → Não é muito contagioso, mas é contagioso → Nódulos clarinhos Características microscópica microscopia Cultura em ágar sabouraud Microcultivo: Hifas septadas, blastoconídios e artroconídeos, características do gênero trichosporon spp. Cultura em meio de ágar sabouraud Micromorfologia da colônia colônia leveduriforme, cor creme, pregueada, aparência de cera. Piedra preta → Infecção fúngica caracterizada por apresentar pequenos nódulos escuros fortemente aderidos a porção extrafolicular dos pelos. → Agente etiológico: Piedraia hortae Manifestações Clínicas: → Bemmmm mais contagioso → nódulos pretinhos em qualquer tipo de pelo → São bem mais duros e difíceis de tirar → + Poder de Propagação Exames micológicos da piedra preta: →Microscopia óptica (40x) que oferece uma ilustração detalhada do nódulo escuro preso à haste do pilar. →Meio de cultura Mycosel com colônia demácea. → Microscopía óptica (100x) identificando asco. estruturas arredondadas típicas de parasitismo causado por Piedraia hortae. Dermatofitoses → Fungos queratinofílicos → No geral eles deixam as pele vermelha e descamando (ausência de pelo) → Agente etiológico: Trichophyton sp., Microsporum sp. e Epidermophyton Floccosum. → Epidemiologia: ✓ Homens: mais acometidos. ✓ Crianças: mais acometidas por T. capitis. ✓ Adultos: mais acometidos por T. do pé e inguinocrural. → Fator de risco: Imunossupressão e populações fechadas. - Sazonalidade: mais comum verão/outono. - Fatores associados: migração e hábito de vida (cultural, econômico e social). → Patogênese: ✓ Contágio: Contato direto com solo, animais e seres humanos contaminados ou indiretamente por exposição a fômites (objetos) contaminados. → Fatores predisponentes: condições climáticas; corticoidoterapia; uso de calçados apertados e vestimentas sintéticas; práticas sociais Manifestações clínicas: Tinea capitis Tinea corporis Tinea cruris Tinea pedis Tinea barbae Tinea unguium Candidíase superficial → Agente etiológico: Candida sp. → Fatores predisponentes: corticoideo-terapia, antibioticoterapia prolongada, uso de vestimentas sintéticas, práticas sociais, gravidez. → Dá pra tentar diferencia este dos outros por causa dos locais, mas é importante fazer a coleta antes de conclusões precipitadas Manifestações clínicas: cutâneo-mucosa (inguinocrurais,inframamárias, axilares, suprapúbicas, espaços interdigitais, estomatite cremosa, vulvovaginite); ungueais (oníquia, paroníquia); 🔺Diagnostico micologico → UMA BOA COLETA = UM BOM DIAGNÓSTICO → Primeiramente é bom se analisar a "aparência" das coisas para nao fazer merda e depois escolher um método mais adequado para fazer a coleta da amostra → Considerações para a coleta : → Assepsia da lesão → Uso de medicamentos (Suspensão dos medicamentos também) → Uso de meias e sapatos → Não ter feito o uso de cosméticos (Ex.: esmaltes, cremes). → Amostras Clínicas: - Escamas epidérmicas - Escamas ungue → Métodos de Coleta de Amostras Clínicas: - Escarificação (Corte/raspagem com bisturi) - Fita adesiva - Swab - Tricotomia (corte com tesoura)ais (unha) - Cabelos e pelos Métodos de Diagnóstico Micológico: MICROSCÓPICO DIRETO → Primeiro é necessário uma lâmina de vidro para microscópio, lamínula de vidro para microscopia. → Na coleta a fresco ela pode ser clarificado ou não → No Clarificado primeiro é adicionado o KOH ou NaOH que é utilizado para clarificado a amostra, pois ele vai dissolver a queratina clareando o fundo e facilitando que o azul de metila consiga aderir mais ao microorganismo CULTURA → O maioral desse método é a ÁGAR SABOURAUD na placa de Petri, que servirá de meio nutritivo para o crescimento do fungo → Depois disso é adicionado uma fonte de lipídeo para ajudar o crescimento desse meio, e cloranfenicol que é um antibiótico que vai selecionar o meio e matar as bactérias → Importante manter o meio em uma temperatura agradável → Agora só esperarum pouquinho (de 5 a 15 dias) Métodos de coleta: Fita Adesiva ou Técnica de Porto Jeitinhos de pegar a amostra ando uma unhada ou afastando a pele → São jeitos de pegar a amostra com a fita → Depois vc pode clarificar ou não tb, depende de como quer analisar a amostra Tricotomia (retirada do fio capilar/pelos) → retirada do fio capilar com uma tesoura → Normalmente quando a suspeitas são pedras brancas ou pretas → Depois é so escolher como analisar Escarificação → Suspeita com alguma coisa unguium, ou quando a pele tá muito muiiitoo ressecada e não dá para fazer por técnica de porto → Depois escolher a técnica direta ou de cultura Swab → olha aí pô, autoexplicativo → Exemplos: Candidíase superficial na boca Estruturas Fúngicas observadas ao Exame Microscópico Direto: Pitiríase versicolor Tinea negra Piedras brancas e pretas onicomicoses(unha) Características Macroscópicas de Culturas Malassezia sp. Hortaea werneckii Trichosporon sp Piedraia hortae Trichophyton sp. Candida sp. Características Microscópicas de culturas) Micose subcutâneas → São um grupo de fungos que vão ser transmitidos por meio de traumatismo porque a maioria dos fungos são encontrados no solo ou em vegetais em decomposição. Normalmente ocorre em lugares tropicais em climas de calor e umidade Cromomicose → É uma micose crônica que está na pele e tecido subcutâneos → atinge pés e perna → os homens são os mais acometidos → todas as espécies: filamentosas no ambiente corpos fumagóides parasitando Manifestações clínicas: → diagnóstico: Feito por exame direto 1. Clarificação com KOH (10-40%) 2. Corar a lâmina com hematoxilina eosina. A. Cladosporium B. Rhinocladiella C. Phialophora Aspectos macro e microscópicos das micoses subcutâneas Fonsecaea pedrosoi Phialophora verrucosa Cladosporium carrionii Doença de Jorge Lobo → Atinge qualquer grupo populacional, com prevalência no grupo masculino. → Faixa etária – 20 a 40 anos → ~ 90% - pessoas com atividades na floresta (seringueiros, agricultores, garimpeiros, caçadores, mateiros). Agente etiológico: Lacazia loboi → Saprófito (Vegetação, solo e água) → Acesso pós- traumático (cobras/insetos) → Tem um processo de replicação lento. (Fagocitose) Manifestações clínicas: Lesões Pleomórficas - podem ser de 3 tipos: Pápulas Nódulos Úlceras Verrucosas - Esclerodermiformes Exame direto: → Material: Escarificação de pele. → Tratamento com KOH (10-40%) → Formação de “Corpos Leveduriformes" Arredondadas/Ovais Esporotricose → Subaguda ou crônica → Fungo dimórfico – Sporothrix schenckii → Acomete homens e animais → Forma pequenos tumores subcutâneos – ulceração. → Comum no clima tropical e temperado → Endêmica no Brasil → Homens mais afetados → Mais encontrada em solos e vegetais Vias de infecção: → Traumatismos e inoculação do fungo por → Via respiratória → Mãos e braços: mais afetados Três formas clínicas: → Cutâneo-localizada → Cutâneo-linfática → Extra Tegumentar ou visceral Diagnóstico Exame direto → KOH: Geralmente negativo → Giemsa e Gram: leveduras Aspecto macro e microscópicos: Micetomas → Infecções crônicas → Pele e tecido subcutâneo → Lesões nodulares – fistulizam – drenam secreção com grãos parasitários → Pés, músculos e ossos → 2 tipos: bacteriano: actinomicetoma fúngico: eumicetoma OBS: clinicamente semelhantes → Regiões tropicais e subtropicais → Eumicetomas → Actinomicetomas, cosmopolita → Idade: 20 e 50 anos , sexo masculino → Trabalho no campo. → Não contagioso. → Podem levar à invalidez e morte Diagnóstico 1°) Coleta - Swab da secreção espontaneamente. - Punção - Biópsia - Tubos com soro – lavagens – para evitar contaminação. 2°) Exame direto - Observação dos grãos - A fresco: ≠ entre micetomas - Grãos vermelhos, brancos, amarelos – actinomicetoma - Grãos amarelos ou pretos - eumicetoma - Actinomicetoma: precisa da coloração de ziehl-neelsen para confirmar. Zigomicose → Classe Zygomycetes → solo e vegetais em decomposição → fungos filamentosos com hifas hialinas, largas e não septadas (cenocíticas) → reprodução: esporos Epidemiologia → homens e animais → inalação, inoculação ou ingestão – ESPOROS → progressão rápida - taxa de mortalidade → cosmopolita → Brasil (Nordeste), América do Sul e Norte -Mucor sp. , Rhizopus sp. , Rhizomucor sp. , Absidia sp. Formas clínicas: Mucormicose – Zigomicose cutânea → Implantação local de esporos – trauma → utilização de material contaminado com esporos (curativos...) → sadios e imunocomprometidos → Lesões necrosantes – invadem vasos e causam tromboses Mucormicose – Zigomicose pulmonar → Colonização de cavidades preexistentes (bola fúngica ou fungoma) → Infartos pulmonares – grande dor torácica → Utilizar antifúngico e corrigir fatores predisponentes – desfecho fatal Mucormicose – Zigomicose rinocerebral → + comum → Evolução rápida → Colonização dos seios nasais - cérebro → Dor facial, cefaléia e febre → Necrose – horas ou dias → Secreção purulenta e sanguinolenta – coloração escura Mucormicose – Zigomicose visceral ou sistêmica → Via pulmonar primária – disseminação → Predileção por: SNC e coração → Pacientes que fazem diálise → Diagnóstico – Post-mortem Diagnóstico de todas 1°) Coleta -Secreções, escarro, fragmento de tecido 2°) Exame direto - KOH: hifas largas, não septadas 3°) Cultura - 3 a 5 dias - tecido não deve ser macerado - semear fragmentos do tecido - não crescem na presença de cicloeximida - crescimento rápido e exuberante – MICÉLIO AÉREO - algodonosa alta e coloração branca-cinza - identificação: taxonomista (reprod. sexuada) Feo-hifomicose → Qualquer infecção em humanos ou animais causada por fungos Demáceos. OBS: com exceção da Cromomicose. Infecção esporádica → Cosmopolita Indivíduos sadios e imunodeprimidos → Homens e animais → Variadas espécies Manifestações clínicas: Achados variáveis – vão depender dos fatores: Resposta imunológica + sítio anatômico acometido + espécie fúngica envolvida → 3 grupos: 1. Micose superficiais 2. Subcutâneas 3. Sistêmicas 1. Feo-hifomicoses superficiais: → Subaguda ou crônica: pele, pêlos e unhas. → Apenas estrato córneo. 2. Feo-hifomicoses subcutâneas: → + Comum - Crônica - Traumatismo – inoculação do demácio - Nódulos com secreção purulenta e sanguinolenta ou lesões verrucosas → Nódulos: consistência mole, não aderidos à pele, flutuantes; → Podem ulcerar – secreção com hifas diagnóstico Aspectos macro e microscópicos: Exophiala jeanselmei Curvularia verrucosa Cladosporium sp. Micoses oportunistas → Infecções cosmopolitas que são causadas por fungos de baixa virulência, mas ao encontrar condições favoráveis como distúrbios do sistema imunológico desenvolvem poder patogênico, invadindo os tecidos. → Diferença: Fungos com patogenicidade são fungos que causam doenças de certeza(inclusive já sabemos bem as características dele) mas fungos oportunistas normalmente fazem parte da nossa microbiota e aparece em pessoas imunossuprimidas (a candidíase é a micose mais comum, pois já faz parte da nossa microbiota). Fatores predisponentes para infecções oportunistas INTRÍNSECOS (ligados ao hospedeiro): → Doenças de base (Ex.: Leucemia, linfomas, AIDS, diabetes, etc.) → Grandes queimaduras → Prematuridade/idade avançada → Avitaminoses/desnutrição EXTRÍNSECOS (iatrogênicos): → Tratamentos (Ex Quimioterapia, imunossupressores, etc.) → Procedimentos médicos (Ex.: Transplantes, catéteres, diálise peritoneal, profilaxia antifúngica, etc.) → Agentes físicos (radiação, queimaduras). → Ambiente hospitalar e tempo de internação. Portas de entrada - Iatrogênica: → Pulmonar - Inalação - Aspergilose - Mucormicose - Criptococose - Histoplasmose → Quebra de barreiras - Traumatismo - Fungemias - Peritonites - Oculomicoses → Perda do equilíbrio normal - Candidíase oral e vaginal Distribuição da Flora normal: → Mucosa nasal - Aspergillus spp. →Pele, couro cabeludo e tronco - Candida spp / Malassezia spp → Mucosa oral - Candida spp → Intestino - Candida spp / Saccharomyces cerevisiae → Pele glabra - Candida spp / Rhodotorula rubra→Trato gênito urinário - Candida spp Candidíase → Doença causada por fungos que pode afetar tanto a pele quanto as membranas mucosas. Dependendo da região afetada pode ser classificada como candidíase oral, intertrigo, vaginal, onicomicose e paroníquia. → Agentes: Candida spp (Candida albicans) → Habitat: Ar, solo, água, alimentos, biota normal de orofaringe, TGI, vagina e pele de humanos e animais. → Distribuição geográfica: Cosmopolita. → Frequência: 4º patógeno em Infecções Hospitalares → Candidíase oral: 90% pacientes com AIDS. → Candidíase vaginal: 75% das mulheres em idade fértil. → Fatores predisponentes → Lesão prévia → Uso de antibióticos e corticoidoterapia → Estado nutricional/idade avançada → Doenças de base → Doença: → Características de patogenicidade variáveis entre as leveduras. → Espécies mais isoladas: - Candida albicans - C. tropicais - C. parapsilosis - C. glabrata - C. krusei → Características: → Mais frequente infecção fúngica oportunista → Compõe a microbiota das mucosas do trato digestivo e vaginal → Quadros clínicos diversos → Poder patogênico: 37ºC, formação de pseudo-hifas, enzimas, mananas da pc e alta capacidade de aderência celular. → fatores predisponentes: Candidíase de mucosa oral: Prematuros, AIDS, tabagismo, prótese dentária, antibióticos. Candidíase vaginal: Aumento de glicogênio, baixa de pH, anticoncepcionais, gravidez, diabetes → FATORES DE VIRULÊNCIA DA CANDIDÍASE: ADESÃO Mananoproteínas, modificadas pela oferta de nutrientes e fases de crescimento. Adesão a células epiteliais e endoteliais, células imunes, matrix extracelular, superfícies inertes (biofilmes). ENZIMAS EXTRACELULARES Genes SAP degradam IgA de mucosas, fatores do complemento, colágeno, albumina, hemoglobina, proteínas celulares (dano celular). MORFOLOGIA Hifas e Pseudohifas → diferenças nas propriedades de superfície e invasão (maior adesão, absorção e dano). Manifestações clínicas: Cutânea → Frequentemente ocorre quando há condições de umidade e temperatura, como as dobras da pele, embaixo das fraldas de recém-nascidos, e em climas tropicais ou durante os meses de verão. É observada em pacientes com deficiências nutricionais e em imunodeprimidos. → só um vermelhinho na pele nada muito sério → Outros exemplos de manifestações clínicas: Intertrigo, Submamárias, Subaxilares, Inguino-crurais, Espaços interdigitais, Retroauriculares !!! Formam lesões pruriginosas, eritematosas e úmidas. Mucosas → Na mucosa ne caralho? então é na mucosa e não na superfície como a nterior → exemplos: estomatite cremosa, glossite , amigdalite/ Faringite, ceratite, esofagite/ Gastroenterite, otite , vaginite → OU SEJA, suas manifestações clínicas são especialmente na boca, vagina e esôfago Na Candidíase Oral: - Pseudomembranosa ("sapinho”) - Atrófica aguda (secundária a pseudomembranosa) - Hiperplásica crônica (placas fortemente aderidas) - Queilite angular (“boqueira”) Candidíase Mucocutânea Crônica → São todos os casos de candidíase crônica que acometem simultaneamente a pele, unhas e mucosas. → É rara, acometendo geralmente pacientes com deficiências, anomalias genéticas e endócrinas. Longa evolução clínica Resistente aos tratamentos Maior incidência em crianças → Fatores Predisponentes: → Alterações imunológicas: Agamaglobulinemias, disgenesia típica, Síndrome de DiGeorge → Alterações endócrinas: Estresse. → Portas de entrada para a Candidemia: → Translocação no tubo gastrointestinal → Cateter intravascular → Outras Probabilidade de Candidíase hospitalar em pacientes de alto risco - 1,7 vezes maior para cada classe de antibiótico prescrito - 7,2 vezes maior com o uso de cateter central - 10,4 vezes maior quando isolado Candida de outros sítios - 18,1 vezes maior quando em hemodiálise ou em respiração artificial DIAGNÓSTICO DE CANDIDEMIA → Quadro clínico e exame físico → Culturas: Sangue, tecidos, estéreis, mucosas. → Diagnóstico por imagem → Histopatologia → Detecção de antígenos circulantes: 1,3 Beta-D glucano e PCR (Exame Direto) O diagnóstico de Candidíase é feito através do exame direto do espécime clínico. A verificação da forma invasiva do fungo, que são as hifas com células leveduriformes, em material de biópsia ou raspado de lesões, fundamentam o diagnóstico de candidíase. As hifas são septadas, com septos espaçados; próximo aos septos aparecem as células leveduriformes arredondadas ou ovaladas. A Fresco→ sem clarificante ou corante. Clarificado→ KOH, NaOH Corado→ K-TINTA, GIEMSA, PAS, PRATA, HE, GRAM Contraste→ Tinta da China DIAGNÓSTICO LABORATORIAL (Métodos diretos) → Exame direto = KOH 20%, Gram → Histopatológico → Isolamento em cultura = Sabouraud, Chromagar (Métodos indiretos) → Detecção de metabólitos (D-arabinol, manana, -1,3-glucana, enolases, aspartil proteinase) → Detecção de DNA (PCR, Hibridização “ in situ”) → Detecção de antígenos (aglutinação com látex, IF) → Detecção de anticorpos (IF, Elisa, Western-blot) → Corrigir a condição de base: - Alteração do pH - Evitar umidade - Ter rotina melhor de higiene - Fazer reposição de flora - Controle de diabetes, resposta imune, iatrogenia. Criptococose → É uma micose habitualmente subaguda ou crônica, conhecida, sobretudo, por sua localização meníngea, após aquisição da infecção por via respiratória. → Essa meningoencefalite é sempre mortal na ausência de tratamento. → É uma doença sistêmica que acomete órgãos profundos e a pele, com principal tropismo pelo sistema nervoso central. → Acomete principalmente pacientes imunocomprometidos. → Habitat: Fezes de pombos e de outros pássaros. Juntando isso a ventilação insatisfatória, limpeza inadequada e temperatura elevada. → Principais espécies: Cryptococcus neoformans var. neoformans, C. neoformans var. gatti, C. laurenti → Via de infecção (INALATÓRIA): Levedura não capsulada → Levedura capsulada Formas clínicas: Pulmonar Neurocriptococose (AIDS) Disseminada Cutânea primária ou secundária Diagnóstico micológico: Através dos aspectos macro e microscópicos de Cryptococcus sp. Aspergilose → A Aspergilose é uma doença pulmonar, micose causada pelo fungo Aspergillus fumigatus. É geralmente benigna, mas assume particular importância clínica em infecções sistémicas malignas em doentes com AIDS → FUNGOS SAPRÓBIOS: Contaminantes. →VIAS DE INFECÇÃO: Respiratória por contaminação direta. → FATORES PREDISPONENTES: Status imunológico - Tabagismo - Tuberculose - Traumatismo/ Queimaduras → PRINCIPAIS ESPÉCIES: Aspergillus fumigatus - A. flavus - A. niger MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: superficiais a sistémicas. IMUNODEPRIMIDOS - pulmão e outros órgãos. → CONTAMINAÇÃO DIRETA (CUTÂNEA): colonização em queimados, material médico-hospitalar contaminado. → INALAÇÃO: aspergiloma ou bola fúngica, aspergilose pulmonar invasiva, aspergiloses imunoalérgicas. Fusariose → FUNGOS SAPRÓBIOS (CONTAMINANTES) E FITOPATÓGENOS: ● Fusarium solani ● F. oxysporum ● F. moniliforme → VIAS DE INFECÇÃO: Respiratória, Contaminação direta. → FATORES PREDISPONENTES: Status imunológico - Traumatismo/ Queimaduras - Lentes de contato - Colírios / inalatórios com corticoides Micoses sistêmicas São infecções causadas por fungos capazes de comprometer não somente a unidade dermo-epidérmica, mas também o tecido celular subcutâneo e outros órgãos extra cutâneos. Apresentam diversas características em comum, entre elas: → Distribuição geográfica limitada, com principal ocorrência nas Américas; → Agentes etiológicos presentes no solo, nos dejetos de animais; → Principal porta de entrada: vias aéreas superiores. Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis) → É uma infecção granulomatosa, de evolução crônica, com grande polimorfismo clínico. → Via de introdução mais frequente: Árvore respiratória, por meio da inalação de conídios brasiliensis. → Morfologia: Fungo dimórfico → Cresce na forma de bolor no meio ambiente, e como levedura na gemulação em tecido infectado. → A transição do estado bolor para levedura ocorre entre 25 a 37 dias. → Epidemiologia: → Atinge homens entre 30 e 40 anos → Cultivado em solos deáreas endêmicas (muita umidade). → Restrita nas Américas central e do sul, elevada incidência no Brasil, Venezuela e Colômbia. → Habitat do P. brasiliensis: Morcegos Intestinos de tatus infectados → Formas de P. brasiliensis: → Aguda ou crônica: depende da idade, duração e manifestações clínicas → Forma aguda: responsável por 3 a 5% dos casos, tem letalidade de 11%, sua manifestação é entre 4 e 12 semanas. → Forma crônica: Pode acometer todos os órgãos, inclusive o SNC. Tem três formas: leve, moderada, grave. → Manifestação clínica: → Sintomas: Diagnóstico laboratorial: Exame direto: Material da lesão ou escarro com KOH. São encontradas formas características de leveduras com parede dupla e múltiplos brotamentos (em roda de leme). Em pus: Células arredondadas, ovaladas, com parede grossa e bem refringente. Tamanho variável, formação de brotos únicos, duplos ou múltiplos (em roda de leme). P. brasiliensis no escarro Em material corado pela hematoxilina-eosina: Células arredondadas, com parede grossa e bem refringente. Isoladas ou agrupadas, com brotamentos únicos ou múltiplos (em roda de leme). A coloração do citoplasma varia levemente azulada e levemente avermelhada, podendo ser incolor. Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) → É uma doença granulomatosa, que apresenta especial afinidade pelo sistema retículo endotelial, produzindo diversas manifestações clínicas. → Síndromes clínicas associadas: - Doença respiratória ligeira - Histoplasmose pulmonar aguda - Histoplasmose disseminada - Histoplasmose crônica - Complicações: pericardite e fibrose mediática. [Classificação das formas clínicas] - Assintomática - Sintomas semelhantes a uma tuberculose ou resfriado. - Envolvimento dos gânglios mediastinais devido a uma não cura, evoluindo para uma forma generalizada → Tipos de histoplasmose: ● Histoplasma capsulatum var. capsulatum ● Histoplasma capsulatum var. duboisii Ambos apresentam afinidade pelo sistema retículo endotelial, produzindo diversas manifestações clínicas. Em indivíduos imunocompetentes, geralmente, causa infecção autolimitada ou localizada. → Sintomas: ● Assintomáticos: Algumas vezes podem aparecer sintomas semelhantes à tuberculose ou resfriado. ● Generalizado: Os sintomas vão de acordo com o órgão afetado. → Aspectos clínicos: Blastomicose (Blastomyces dermatitidis) → Infecção causada pelo fungo dimórfico Blastomyces dermatitidis, que cresce em tecidos de mamíferos na forma de célula em brotamento. → É uma infecção pulmonar que pode se disseminar através da corrente sanguínea (adquirida através da inalação de conídios). →Epidemiologia: Era considerada uma doença norte-americana sobretudo no sudeste do vale do rio Mississipi. No entanto, foram documentados casos no Canadá, América Latina e na África. Não se conhece o reservatório natural do agente da blastomicose, não sendo encontrado frequentemente no solo. → Aspecto clínico → Diagnóstico laboratorial: Aspectos Microscópicos: pelo método de retalhamento das colônias desenvolvidas em temperatura ambiente (fase bolor)observa-se: Conídios solitários, redondos ou ovais, com paredes lisas, nas extremidades de conidióforos curtos, ou diretamente sobre hifas. A levedura a 37ºC aparece como células redondas, com paredes espessas, em brotamentos solitários, com istmo largo no local onde a célula filha se liga à célula mãe. Coccidioidomicose (Coccidioides immitis) → O agente etiológico dessa doença é o Coccidioides immitis, um fungo saprófito do solo, que sobrevive em áreas desérticas e semidesérticas. A infecção se dá pela inalação de artroconídios, os quais → Aspectos clínicos: → são facilmente transportados pelo ar e altamente resistentes às condições ambientais. → É importante considerar a presença de cálcio, cloreto de sódio, e sulfatos que favorecem o C.immitis e inibem outros microrganismos. → Epidemiologia: A coccidioidomicose é endêmica em áreas desérticas da América do Norte, América Central e América do Sul, com casos esporádicos no Brasil. A maior incidência é em trabalhadores rurais, horticultores e vaqueiros. Em períodos de chuvas as hifas crescem e sofrem maturação, após isso, em tempo seco, as hifas morrem e dão origem aos artroconídeos (ou esporos), que são dispersadas pelo ar, podendo ser inalados pelos seres humanos. → Diagnóstico laboratorial: Avaliação da resposta a coccidioidina, da detecção de anticorpos, e da inoculação da forma micelial em camundongos. Em meios enriquecidos a 37°C há encontro de esférulas e hifas; em cultivos a 24-28°C surgem colônias brancas algodonosas acastanho-amareladas, ricas em artroconídios. Esférulas são encontradas em cortes teciduais *** Aparência microscópica: O tratamento de colônia pelo método de retalhamento revela ramificações híficas em ângulos de 90º e muitos artroconídios de paredes espessas, com forma de barril ou retangulares que se alternam com células disjuntoras vazias. *** Observação direta da amostra: Esférulas redondas, com paredes espessas, cheias de endósporos pequenos. →Medidas de Segurança na Manipulação de Patógenos Sistêmicos Em áreas endémicas implementar atividades educativas acerca do risco de infecção e formas de proteção. Medidas alternativas, tais como umedecer solos secos e campos de pouso, bem como o uso de máscaras e, se possível, a utilização de veículos com ar refrigerado, são também utilizadas em situações específicas. Os profissionais de saúde devem seguir estritas normas de biossegurança ao manejar pacientes ou manipular amostras em laboratório.
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