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APRESENTAÇÃO - O DIREITO NO BRASIL COLÔNIA

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O Direito no Brasil Colônia
Introdução
O Direito no brasil colônia não foi obra da evolução gradual e de uma experiência grupal, como ocorreu com o Direito dos povos antigos como os gregos, tudo surgiu de forma imposta, não constituída de relações sociais. Foi assim que se formou a base judiciária no Brasil colonial. O Direito foi uma imposição dos portugueses aos índios e negros. Anteriormente ao descobrimento, o Brasil era dominado pela norma de cunho sagrado - Direito = Religião.
“A justiça era vendida, injusta e tomada bastarda” Gregório de Matos Guerra, o famoso “Boca do Inferno”. 
Período Colonial
Características
Administração descentralizada, particular; 
Os Donatários eram os responsáveis por acusar, legislar e julgar, confundindo assim essas funções em uma só pessoa; 
Primeiras disposições legais: Legislação Eclesiástica, Cartas de Doação e Forais.
Devido ao abuso de poderes no âmbito jurídico, a grande extensão territorial, entre outros, cria-se o Governo Geral, como uma forma de estruturação do judiciário.
A Coroa portuguesa envia seus magistrados para a colônia brasileira, uma classe burocratizada de direito para defender os interesses da Coroa. Esses magistrados deveriam ser pessoas afastadas da população local. Porém, em virtude da ambição de pertencer à nobreza, criavam laços de trocas de favores e “tráfico” de influências com a elite local.
Características
Administração centralizada, estatal – maiores possibilidades de recursos para pleitear-se reformas das decisões;
Controladas pela Legislação da Coroa;
Vem para auxiliar as Capitanias Hereditárias, não para substituí-las;
Profissionalização/burocratização do Direito;
Criação das Leis Gerais – legislação privada;
Criação da Sede Administrativa da Colônia – Salvador;
Criação de 4 Capitanias Reais – administradas por representantes portugueses (Rio Grande, Paraíba, Baía de Todos os Santos e Rio de Janeiro);
Manutenção de 9 Capitanias Hereditárias – administradas por Donatários que podiam ser brasileiros;
Cria-se uma dicotomia política;
Ambos se subordinavam ao Governador-Geral, que representava o Rei de Portugal na Colônia.
Leis Gerais
Ordenações Afonsinas (1460–1521): Primeira grande compilação de leis. Pouco se aplicaram à época, já que logo foram substituídas pelas Ordenações Manuelinas.
Ordenações Manuelinas(1521-1603): As Ordenações Manuelinas, foram a obra da reunião das leis extravagantes promulgadas até então com as Ordenações Afonsinas, num processo de técnica legislativa, visando a um melhor entendimento das normas vigentes.
Ordenações Filipinas (1603-1916): Foram essas Ordenações as mais importantes para o Brasil, pois facilitaram a aplicabilidade da legislação, sendo utilizadas durante um grande período de tempo. Basta lembrar que as normas relativas ao Direito Civil, por exemplo, vigoraram até 1916, quando foi publicado o nosso Código Civil Nacional.
Como as ordenações não eram suficientes para resolver todos os problemas, surgiram as chamadas “Leis Extravagantes” – avulsas e independentes, não se encontram em códigos, mas em leis separadas -, comparadas as atuais Lei do Divórcio, Lei do Inquilinato, entre outras.
Profissionalização do Direito
Em um primeiro momento, a primeira autoridade foi o cargo de ouvidor, sendo meros representantes dos donatários com competências sobre ações cíveis e criminais;
Em virtude da expansão das responsabilidades burocráticas e fiscais, os ouvidores passaram a ser ouvidores-gerais;
Com o crescimento das cidades e da população os conflitos aumentaram, resultando como base a organização jurídica ilustrada a seguir:
Ouvidor-Geral: Era a maior autoridade na organização judiciária da época. Deveria desempenhar bem a sua função, caso contrário poderia ser deposto pela Coroa, já que devia obediência a esta. Detinha um poder praticamente ilimitado. Na maioria das vezes, ao tomar uma decisão, não cabia apelação e nem agravo.
Principais Requisitos para se tornar um Magistrado
Passar por um processo de recrutamento, no qual eram analisados a eficiência, a organização e o profissionalismo. No entanto, o apadrinhamento e a venda clandestina não eram descartados;
Ser de origem social específica;
Ser graduado na Universidade de Coimbra – preferencialmente em Direito Civil ou Canônico;
Ter exercido a profissão durante dois anos e ser selecionado através de um exame.
Em 1609 foi instaurada a 2ª instância, os chamados Tribunais de Relações*, primeiros órgãos de Justiça Superior (O primeiro foi na Bahia, posteriormente surgiram outros). A administração da Justiça não era mais efetuada pelo ouvidor-geral, mas sim pela burocracia de funcionários civis treinados. Seus membros eram denominados Desembargadores – após alguns anos na administração judiciária, eram nomeados pelo Rei -, e suas decisões, acórdãos. Principal função: Apreciavam os recursos ou embargos;
* A partir de 1946, após várias mudanças de nomenclatura, passou a se denominar de Tribunal de Justiça, atual “TJ”. 
Acima dos Tribunais de Relações só havia a Casa da Suplicação* - espécie de Tribunal de Apelação -, e o Desembargo do Paço - esfera mais elevada da jurisdição, cuja tarefa não era especificamente julgar, mas sim assessorar assuntos de cunho jurídico -. Ambos eram de 3ª instância;
* Após a Proclamação da República, passou a se chamar de Supremo Tribunal Federal, atual “STF”.
Traços do Direito Moderno no Brasil Colônia
 
Observando num primeiro momento a preponderância do imperialismo colonizador, cuja finalidade era pautada na exploração de recursos naturais, imposição de culturas, costumes e ordenações jurídicas, voltadas para a satisfação de interesses pessoais, isso era e foi de fato o processo de formação do Brasil, o qual carrega características e vícios até os dias atuais, que ao longo do processo de mudanças de governo, ganharam apenas “faces” diferentes. A corrupção cobria um lastro de desvios da legislação e das regras burocráticas. Assim, o sistema jurídico sempre esteve atrelado e manipulado por aqueles que estiveram no poder.
Raízes Culturais e Jurídicas
Colonizador Luso – Somente ele trouxe influência dominante e definitiva à formação jurídica atual, pois não possuíam o mínimo de respeito às demais etnias. Foi o chamado “Direito Alienígena”, o qual era segregador;
Indígenas – Relevantes para a formação da cultura, mas não para o Direito, uma vez que não conseguiram impor suas leis;
Afro-descendentes – Semelhante aos Indígenas, sua presença é mais visível no contexto cultural, não participando na elaboração do Direito Nacional.
Por nunca ter representado os interesses do bem comum da coletividade, hoje temos constantemente a confusão do âmbito público e privado, ou seja, dos interesses particulares com os gerais.
A burocracia está presente na Justiça brasileira desde o seu nascimento. O sistema jurídico herdou uma estruturação altamente burocrática, e por isso, devido aos vários postos e cargos, hoje temos uma Justiça Arcaica e lenta. Porém a burocracia não é de todo o mal. Para Max Weber, ela é uma forma de racionalização e instrumentalização, que denota a presença da modernidade ocidental.
Referências
WOLKMER, Antonio Carlos. Fundamentos de História do Direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2006;
WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 2003;
FAZOLLO CEZARIO, Leandro. A estrutura jurídica no Brasil colonial. Criação, ordenação e implementação. Disponível em:<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7088>. Acesso em: 02 nov. 2013.

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