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FITORREMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS INTRODUÇÃO A preocupação com o meio ambiente tornou-se mundial, de tal forma que a busca por alternativas de descontaminação de áreas tem sido frequente. A contaminação do solo com poluentes diversos (compostos orgânicos, inorgânicos e metais pesados), provenientes das atividades antrópicas, tem chamado atenção em virtude da degradação do solo e da água. ANSELMO, A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. 2 INTRODUÇÃO Uma definida área contaminada é como um local onde há comprovadamente poluição devido a introdução de quaisquer substâncias. Pode ocorrer devido: • Acumulação; • Armazenamento; • Enterrados ou infiltrados: ✓Planejado; ✓Acidental ✓Natural. N. DIAS, R. FONSECA, L. MARTINS, A. ARAÚJO, A. C. PINHO. Avaliação da contaminação e proposta de remediação de solos em clima tropical, na envolvente de uma unidade de processamento de metais pesados, Minas Gerais, Brasil. LNEG; Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial II, 981-985. 3 INTRODUÇÃO Fábricas, veículos motorizados e detritos municipais são as principais fontes de fontes de contaminação. O eventual pesados destino final dos metais é a sua deposição e soterramento em solos e sedimentos. Eles acumulam-se frequentemente na camada superior do solo, sendo então acessíveis as raízes das plantas. ANSELMO, A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. 4 INTRODUÇÃO A remediação de uma área contaminada consiste em aplicar medidas de tratamento e contenção do local contaminado. Essas medidas podem ser: - química, - física, - biológica. PROCÓPIO, S. de O., et al. - Fitorremediação de solos com resíduos de herbicidas –Aracaju : Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2009. 5 TÉCNICAS DE REMEDIAÇÃO III. VII. VIII. I. Pump andTreat; II. Extração deVapor do solo; DessorçãoTérmica; IV. Aeração in situ (Air Sparging); V. Barreiras Reativas Permeáveis; VI. Incineração; Solidificação/Estabilização; Lavagem do solo; IX. Biorremediação; X. Fitorremediação; 6 Tavares, Sílvio Roberto de Lucena Fitorremediação em solo e água de áreas contaminadas por metais pesados provenientes da disposição de resíduos perigosos/ Sílvio Roberto de LucenaTavares. – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2009. p. 12-21 INTRODUÇÃO 7 - A biorremediação é a aplicação de processos biológicos in situ ou ex situ para remover compostos químicos perigosos do meio ambiente. É a utilização de organismos vivos ou seus derivativos (ex: enzimas) para degradar compostos poluentes. MARQUES, M.; AGUIAR, C. R. C.; SILVA, J. L. S. – Desafios técnicos e barreiras sociais, econômicas e regulatórias na fitorremediação de solos contaminados – Revista Brasileira Ci. Solo - 2011 FITORREMEDIAÇÃO A fitorremediação (fito = planta e remediação = corrigir), conhecida desde 1991, é a tecnologia que utiliza plantas e comunidades microbianas na rizosfera para degradar, extrair, conter ou imobilizar contaminantes do solo e da água. Algumas espécies de gêneros como Phragmites, Tamarix, Nicotiana, Helianthus, Salix, Typha, Arabis são citadas para serem utilizadas na fitorremediação. Phragmites Tamarix VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. 8 FITORREMEDIAÇÃO 9Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. I.I I.II I.III Hidrocarbonetos derivados de Petróleo (BTEX) Solventes clorados (TCE e PCE) Pesticidas e herbicidas ( Atrazine, Bentazona) III. II. Compostos Inorgânicos: II.I NO -, SO 2-, PO 3-, CN-,elementos radioativos (U, Cs, Sr) 3 4 4 Explosivos: III.I TNT, DNT ANSELMO, A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De Contaminantes alvos: I. Compostos orgânicos: FITORREMEDIAÇÃO 10Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. IV. Metais: I. Pb, Zn, Cu, Ni, Hg e Se; V. Resíduos orgânicos industriais: I. PCP, PAHs; VI. Radionuclídeos lixiviados de aterros sanitários que se encontram até 20 m de profundidade; Dentre outros. VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. ANSELMO, A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De MICRO-CONTAMINANTES O chumbo pode causar vários efeitos indesejáveis, tais como: • Perturbação da biossíntese da hemoglobina; • Aumento da pressão sanguínea; • Danos aos rins; • Abortos e alterações no sistema nervoso; • Danos ao cérebro; • Modificações no comportamento das crianças, como agressão, impulsividade e hipersensibilidade. •Pode atingir o feto através da placenta da mãe, podendo causar sérios danos ao sistema nervoso e ao cérebro da criança BONIOLO, M. R.;YAMAURA, M.; MONTEIRO, R. A. Biomassa residual para a remoção de íons uranilo. Química Nova, v. 33, n. 3, p. 547 – 551, 2010. 11 DETALHES ECONÔMICOS estimativa mundial para osA gastos anuais com a despoluição ambiental é de aproximadamente 25- 30 bilhões de dólares. No crescem Brasil os investimentos com o aumento das exigências da sociedade e das leis mais rígidas que são aplicadas. A fitorremediação é a tecnologia mais barata, com capacidade de atender uma maior demanda, e que apresenta o maior potencial de desenvolvimento futuro. No Brasil, sabe-se que algumas empresas estatais e privadas, bem como instituições exemplo) acadêmicas (Unicamp, por pesquisam e exploram métodos de biorremediação através da fitorremediação. ANSELMO, A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. 12 COMPARAÇÃO ECONÔMICA DAS TÉCNICAS Tipo de Tratamento Custo variável/ton (US$) Fitorremediação 10-35 Biorremediação in situ 50-150 Aeração no solo 20-200 Lavagem do solo 80-200 Solidificação 240-340 Incineração 200-1500 13 Tabela1: Custo da fitorremediação comparada a outras tecnologias Tavares, Sílvio Roberto de Lucena Fitorremediação em solo e água de áreas contaminadas por metais pesados provenientes da disposição de resíduos perigosos/ Sílvio Roberto de LucenaTavares. – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2009. p. 23 FITORREMEDIAÇÃO Algumas características devem ser levadas em consideração para a implantação de programas de fitorremediação: ✓Características físico-químicas do solo; ✓Características físico- químicas do contaminante; ✓Distribuíção do contaminante na área contaminada; ✓Plantas com potêncial para fitorremediação. ANSELMO, A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. 14 FITORREMEDIAÇÃO • Primeiro passo: - Identificar as espécies tolerantes aos contaminantes presentes; - Identificar se são apropriadas as condições locais. • Segundo passo: -Avaliar a capacidade da espécie em promover a descontaminação. 15 FITORREMEDIAÇÃO 16 Pré- colheita : - Selecionar e testar espécies para diferentes contaminantes; - Uso de fertilizantes (bioestimulação); - Controlar pragas; - Otimizar os processos da rizosfera; - Desvendar a rota dos contaminantes no corpo vegetal; - Fazer uso do metabolismo vegetal. Pós –colheita: - Disposição dos resíduos vegetais em aterros ; - Compostagem; - Inceneração da biomassa; - Uso energético; - Produção de fibra, papel, madeira, entre outros; - Recuperação econômica de metais. MARQUES, M.; AGUIAR, C. R. C.; SILVA, J. L. S. – Desafios técnicos e barreiras sociais, econômicas e regulatórias na fitorremediação de solos contaminados – Revista Brasileira Ci. Solo - 2011 FITORREMEDIAÇÃO 17 A maioria das plantas são capazes de absorver, sequestrar e/ou degradar contaminantes.Alguns metais de transição (Cu, Zn, Cd, Fe, Mn, Mo, Ni) são necessários para o crescimento normal da planta, desempenhando funções específicas no metabolismo celular. A elevação da concentração de metais pesados pode levar a ocorrência de mutações. As plantas reparam os locais contaminados de tal forma : ➢ Modificando as propriedades físicas e químicas dos contaminantes no solo ➢ Liberando exsudatos pelas raízes. Um fator que beneficia a fitorremediação é a atuação microbiana, que transforma as substâncias químicas persistentes no solo, favorecendo a captura pelas plantas, ou atuando sobre os produtos já metabolizados pelas plantas. VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. REMEDIAÇÃO As plantas podem remediar o solo dos principaiscontaminado através mecanismos: • Fito-extração; • Fito-estabilização; • Rizofiltração; • Fitodegradação; • Fito-estimulação; • Fitovolatização; • Cepas vegetativas; • Barreiras hidráulicas. ANSELMO,A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. 18 REMEDIAÇÃO Os vegetais podem atuar direta ou indiretamente na redução e/ou remoção dos contaminantes. ➢ Remediação direta: Ocorre a absorção e acumulação (ou metabolização) nos tecidos, através da mineralização dos contaminantes. ➢Remediação indireta: Os vegetais extraem os contaminantes reduzindo a fonte de contaminação, ou quando a presença das plantas propicia o aumento da atividade microbiana, degradando o contaminante. 19 Tavares, Sílvio Roberto de Lucena Fitorremediação em solo e água de áreas contaminadas por metais pesados provenientes da disposição de resíduos perigosos – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2009. p. 23/24 MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO I. Fitoextração 20 Consiste na captação dos contaminantes pelas raízes e são translocados dentro da planta. Aplicação: Contaminantes metálicos ( Cd, Ni, Cu, Zn, Pb), compostos orgânicos (BTEX), dentre outros. II. Rizofiltração Técnica na qual a adsorção ou precipitação ocorre nas raízes ou absorção de contaminantes que estão em solução aquosa, ao redor da zona de raízes. A translocação na planta depende do contaminante. Aplicação: Metais pesados, radionuclídeos (U, Cs, Sr). VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR,V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., 21Ambiente Divers. 2012 jul./dez. III. Fitoestabilização Implica na imobilização do contaminante no solo, basicamente metais, através da absorção e acumulação pelas raízes, e no uso de plantas e suas raízes para prevenir a migração do contaminante. As raízes das plantas, por reduzirem a quantidade de água no solo, impedem o movimento dos metais, estabilizando-os e evitando a erosão. Aplicação: Metais pesados em minas, fenóis e solventes clorados. MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., 22Ambiente Divers. 2012 jul./dez. IV. Rizodegradação Consiste na quebra do contaminante orgânico no solo pela atividade microbiana, que é aumentada pela presença da zona radical. Conhecida também como degradação da planta assistida, biorremediação da planta assistida, planta adicionada ao local da biodegradação e aumento da biodegradação da rizosfera. Aplicação: Utilizada para degradação de compostos orgânicos provenientes do petróleo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, benzeno, tolueno, etilbenzenos e xilenos, dentre outros compostos orgânicos. MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., 23Ambiente Divers. 2012 jul./dez. V. Fitovolatilização Consiste na captação e transpiração de um contaminante pela planta, com liberação do contaminante ou a uma forma modificada do contaminante para a atmosfera. Vantagens: O Hg poderia ser transformados em formas menos tóxicas e os contaminantes lançados poderiam ser sujeitos a uma degradação natural mais rápida e efetiva. Aplicação: Técnica mais aplicada a compostos orgânicos e inorgânicos. MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., 24Ambiente Divers. 2012 jul./dez. VI. Fitoestimulação Ocorre a liberação de aminoácidos e polissacarídeos pela raiz, que caracteriza um estímulo para a atividade microbiana. Os compostos produzidos têm a capacidade de degradar outros componentes do solo, conferindo à planta, muitas vezes a aptidão rizosférica para a biorremediação, por apresentar grande concentração de microorganismos. Aplicação: A área é considerada excelente para a degradação de compostos orgânicos como PHAs, BTEX e derivados dos fenóis. MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. 25 VII. Fitotransformação ou Fitodegradação Técnica que emprega o uso de raízes bem desenvolvidas, porém utiliza a absorção com subsequente volatilização, ou então à degradação de forma parcial ou completa, transformando o composto em menos tóxico. Aplicação: Compostos orgânicos como hidrocarbonetos. MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. 26 VIII.Controle hidráulico ou Fitohidráulico Utiliza plantas para a absorção de água do subsolo para a captação e consumo, de tal forma que os contaminantes permanecem retidos em uma área, podendo-se dizer que o controle hidráulico controla a migração dos contaminantes. Vantagens: Não é necessário a instalação de sistema de bombeamento e o custo é relativamente baixo. Além disso, as raízes apresentam maior capacidade de penetração e contato com maior volume de solo se comparado com um sistema de bombeamento. MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. 27 IX. CoberturaVegetativa Consiste num sistema de plantas em crescimento e/ou sobre materiais que apresentam risco ambiental. Tal cobertura reduz os riscos desses materiais para um nível aceitável, e requer manutenções mínimas. Existem dois tipos de coberturas:As de evapotranspiração e as de fitorremediação. 28 PLANTAS FITORREMEDIADORAS Uma boa planta remediadora deve ser capaz de: ❖Crescer na presença do contaminante; ❖ Sobreviver sem a diminuição da sua taxa de crescimento, apesar da captura do contaminante e seu acúmulo; ❖Apresentar capacidade de acumulação diversificada (vários contaminantes); Se destacam as Plantas Hiperacumuladoras, pois: ❖Absorvem quantidades elevadas de metais pesados; ❖Mais acumuladoras e tolerantes frente às não hiperacumuladoras; ❖Absorção de contaminantes distintos simultaneamente com um único tipo de vegetal; 29 VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR, V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol., Ambiente Divers. 2012 jul./dez. Crotalaria spectabilis • Planta de ciclo anual, da família Leguminosae, originária da Índia; • Apresenta adaptação às regiões tropicais e subtropicais; • Suas plantas são arbustivas, de crescimento ereto e determinado; • Apresenta 1,0 – 1,5 m de altura quando maduras; • Apresenta desenvolvimento lento; COUTINHO, H.D.; BARBOSA,A.R. Fitorremediação:Considerações Gerais e Características de Utilização.Silva Lusitana,v.15, n. 1, p. 103-117, 2007. GARBISU,C.; ALKORTA, I. Phytoextraction: a cost effective plant-based technology for the removal of metals from the environment. BioresourceTechnology, v. 77, p. 229- 236, 2000. 30 MATERIAIS E MÉTODOS COUTINHO, H.D.; BARBOSA,A.R. Fitorremediação:Considerações Gerais e Características de Utilização.Silva Lusitana, v.15, n. 1, p. 103-117, 2007. GARBISU,C.; ALKORTA, I. Phytoextraction: a cost effective plant-based technology for the removal of metals from the environment. BioresourceTechnology, v. 77, p. 229- 236, 2000. 31 P MO pH CaCl2 H+Al Al 3+ K+ Ca2+ Mg2+ SB CTC V Al mg dm-3 g dm-3 0,01 mol L-1 cmolc dm-3 % 6,4 26,7 4,9 5,4 0,1 0,6 5,7 2,8 9,1 14,5 62,6 1,1 • O experimento foi realizado em cultivo protegido; • O solo utilizado para o teste foi coletado emToledo, Paraná. Tabela 1- Caracterização química da amostra de solo. MATERIAIS E MÉTODOS 32 Cd Pb 4,00 59,5 Tabela 2- Concentração prévia de Cd e Pb no solo estudado (mg kg-1 ) - A semeadura foi realizada em vasos de PVC com 10 sementes por vaso; - O solo não recebeu qualquer tratamento corretivo. - Após 30 dias, procedeu-se o debaste e a contaminação do solo utilizando Pb e Cd. MATERIAIS E METODOS 33 - Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC); - 20 unidades experimentais, contando com controle e tratamento; - O solo foi contaminado de acordo com as doses sugeridas pela Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo –CETESB; - Os tratamentos utilizados foram: - Controle; - Nível de prevenção de Cd 1,3 mg kg-1; - Nivel de intervenção de Cd 3,0 mg kg-1; - Nível de prevenção de Pb 72 mg kg-1; - Nivel de intervenção do Pb 180 mg kg-1. - A irrigação foi realizada com água deionizada. MATERIAIS E MÉTODOS - As plantas foram mantidas em solo por 90 dias; - Na parte aérea foi realizada digestão nitroperclórica; - A quantificação dos metais foi realizada espectrometria através de de absorção atômica em chama. FONTE:< http://datateca.unad.edu.co/contenidos/401539/exe- 2%20de%20agosto/leccin_13_instrumentacin_en_espectroscopia_de_absorcin_ atmica_aa.html> 34 http://datateca.unad.edu.co/contenidos/401539/exe-2%20de%20agosto/leccin_13_instrumentacin_en_espectroscopia_de_absorcin_atmica_aa.html http://datateca.unad.edu.co/contenidos/401539/exe-2%20de%20agosto/leccin_13_instrumentacin_en_espectroscopia_de_absorcin_atmica_aa.html http://datateca.unad.edu.co/contenidos/401539/exe-2%20de%20agosto/leccin_13_instrumentacin_en_espectroscopia_de_absorcin_atmica_aa.html RESULTADOS E DISCUSSÃO 35 Metais Tratamentos (mg kg-1 ) Controle Prevenção Pb Intervenção Pb Prevenção Cd Intervenção Cd Cd Nd Nd Nd Nd nd Pb 14,00 12,25 25,00 14,00 9,67 - O controle apresentou teores de Pb devido ao teor prévio; - Maior média no nível de intervenção de Pb; - Os teores de Pb encontrados na biomassa apresentam valores considerados normais e de contaminação; - Não foram detectados concentrações de Cd na biomassa da planta; RESULTADOS E DISCUSSÃO • Taxa de sobrevivência 100%; • Não houve diferença na altura (1,0m - 1,5m); • Ambos os tratamentos apresentaram clorose, manchas foliares, folhas pequenas e retorcidas e inflorescência diminuída. • Diminuição da biomassa; • Tolerância aos metais pesados estudados; • Espécie pode ser utilizada em programas de fitorremediação devido ao acumulo de Pb no seu tecido vegetal. Clorose 36 VANTAGENS DA FITORREMEDIAÇÃO 37 Elevado potencial de utilização Investimento em capital e custo baixos Aplicável in situ Aplica-se em grande variedades de poluentes simultaneamente As plantas ajudam no controle do processo erosivo, eólico e hídrico Técnica esteticamente bem aceita e menos agressiva ao ambiente Limita as perturbações ao meio ambiente As plantas são mais facilmente monitoradas do que os microorganismos Aplica-se em áreas extensas Melhoram as características físicas e químicas do solo DESVANTAGENS DA FITORREMEDIAÇÃO 38 Resultados mais lentos do que outras tecnologias Crescimento e desenvolvimento das plantas são dependentes: da estação, do clima, do solo Os contaminantes quando em concentrações muito tóxicas não permitem o desenvolvimento das plantas Seu resultado é mais satisfatório quando aplicado na superfície do solo ou em águas mais rasas. Não reduz 100% da concentração do poluente Podem ser produzidos metabólitos mais tóxicos Pode haver propagação da contaminação na cadeia alimentar CONCLUSÃO 39 • A fitorremediação mostra-se como um avanço da biotecnologia. • É um método que se vale dos próprios mecanismos da natureza para defender-se. • É uma técnica de descontaminação in situ, que perturba menos o meio ambiente, e apresenta facilidade de aplicação. • É uma medida econômica. • Pode ser aplicada em áreas extensas. • Pode tratar diversos poluentes orgânicos e inorgânicos. • Requer ação conjunta de vários profissionais de diversas áreas no intuito de detectar espécies eficazes na descontaminação de solos. REFERÊNCIAS • ANSELMO, A. L. F.; JONES, C. M. – Fitorremediação de solos contaminados- o estado da arte. XXV Encontro Nac. de Eng. De Produção – Porto Alegre, RS, nov. de 2005. • PROCÓPIO, S. de O., et al. - Fitorremediação de solos com resíduos de herbicidas –Aracaju : Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2009. • VASCONCELOS, M. C.; PAGLIUSO, D., SOTOMAIOR,V. S.- Fitorremediação: Uma proposta de descontaminação do solo - Estud. Biol.,Ambiente Divers. 2012 jul./dez. • N. DIAS, R. FONSECA, L. MARTINS,A. ARAÚJO,A. C. PINHO. Avaliação da contaminação e proposta de remediação de solos em clima tropical, na envolvente de uma unidade de processamento de metais pesados, Minas Gerais, Brasil. LNEG;Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial II, 981-985. • SENGUPTA, M. (1993) - Environmental impacts of mining: monitoring, restoration, and control. Boca Raton:Lewis, p.1993. 494 • CAMPOSM,J,A. Metais Pesados: Um Perigo Eminente. Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.icb.usp.br/bmm/mariojac/index.php?option=com_content&view=article&catid=13%3Atemas-de- interesse&id=33%3Ametais-pesados-um-perigo-eminente&lang=br> • BONIOLO, M. R.;YAMAURA, M.; MONTEIRO, R.A. Biomassa residual para a remoção de íons uranilo. Química Nova, v. 33, n. 3, p. 547 – 551, 2010. • COUTINHO, H.D.; BARBOSA,A.R. Fitorremediação: ConsideraçõesGerais e Características de Utilização. Silva Lusitana, v.15, n. 1, p. 103-117, 2007. • GARBISU,C.;ALKORTA, I. Phytoextraction: a cost effective plant-based technology for the removal of metals from the environment. BioresourceTechnology, v. 77, p. 229-236, 2000. 40 http://www.icb.usp.br/bmm/mariojac/index.php?option=com_content&view=article&catid=13%3Atemas-de- http://www.icb.usp.br/bmm/mariojac/index.php?option=com_content&view=article&catid=13%3Atemas-de-
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