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TDE 01 Títulos de Créditos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO IMEPAC ARAGUARI
GIOVANA MARTINS CASTRO
TDE 01: Títulos de Créditos
ARAGUARI-MG
2022
1. Qual a definição de título de crédito, segundo Cesare Vivante? É a mesma do
Código Civil brasileiro de 2012?
Sim, a definição do Vivante é a mesma do Código Civil. De acordo com o art. 887 do
CC, é conceituado título de crédito como documento necessário ao exercício do direito literal
e autônomo nele contido, produzindo efeito quando preenchidos os requisitos da lei.
2. O formalismo é requisito de validade de um título de crédito?
Sim, pois constitui condição para sua existência, validade e eficácia.
3. O princípio da cartularidade é absoluto?
Não, pois em face à tecnologia é permitido emitir títulos de créditos eletrônicos
virtuais, ou seja, não há uma cártula em papel.
4. Marcos emitiu nota promissória para Hugo (que recebeu aval de Julio) que,
por sua vez, endossou para Clayton. Marcos pagou o título. Poderá marcos requerer o
pagamento dos demais devedores que assinaram o título?
Sim, pois a nota promissória é caracterizada pela promessa de pagamento pelo sacador
da quantia. Quando há pluralidade de devedores há o princípio da solidariedade que rege os
títulos de créditos.
5. As questões que antecedem a transferência do título de crédito, influenciam na
atual obrigação? Sim ou não? Quais situações?
Não, pois, o título de crédito tem a característica da literalidade.
6. Diferencie títulos nominativos de títulos à ordem
O título à ordem, sempre que a cártula traz a indicação do beneficiário do crédito ali
inscrito (ou dos beneficiários – solidariamente ou não solidariamente), permitindo-se que o
pagamento se faça a outrem, à ordem do beneficiário nomeado no documento. Diferente do
título nominativo não é aquele que traz nomeado seu beneficiário (que seria um título à
ordem), mas aquele que é emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do
emitente.
7. Como é feita a transferência do título por “endosso em preto”?
Ele deverá mencionar a quem se está dando poderes para cobrança da cártula, assim, o
recebimento do crédito estará seguro à pessoa ordenada a recebê-lo.
8. Quem é o sacador na letra de câmbio? Quem é o tomador na letra de câmbio?
Quem é o sacado na letra de câmbio?
Sacador ou emissor : pessoa que dá a ordem de pagamento, criando a letra. Tomador:
pessoa que recebe a letra de câmbio do sacador e pode cobrá-la no vencimento, ou seja, a
pessoa a quem a letra deve ser paga. Sacado : pessoa que, aceitando a letra, deve pagar seu
valor
9. O que se entende por «saque» ao se referir a letra de câmbio?
É um título de crédito em que o sacador (emitente) dá ao sacado (aceitante) ordem de
pagar ao tomador (beneficiário) determinada quantia, no tempo e no lugar fixados na cambial.
10. Sacador e tomador podem ser a mesma pessoa na letra de cambio?
Sim, pois na letra de cambio é emitida com o objetivo único de circular e representar
uma dívida que o sacador/sacado/tomador tem perante um terceiro, com quem fez o desconto
do título.
11. O que é aceite na letra de câmbio?
É o ato cambial pelo qual o sacado concorda em acolher a ordem incorporada pelo
título de crédito.
12. Qual a consequência jurídica na recusa do aceite
a) Em relação ao vencimento da letra de câmbio?
Provoca o vencimento antecipado do título. Se o sacado não se comprometeu a
satisfazer a obrigação documentada no título de crédito, ou comprometeu-se apenas
parcialmente, o tomador ficará sem a satisfação de seu crédito ou com o mesmo satisfeito
parcialmente.
b) Em relação à obrigação da letra de câmbio?
Ordem de pagamento que determinada pessoa passa a outra, perante a qual detém
crédito, para que pague a um terceiro a soma em dinheiro nela indicada.
13. Explique o endosso-mandato e o endosso-caução.
O endosso-mandato é o ato que possibilita ao endossatário imputar à outra pessoa a
tarefa de realizar a cobrança do crédito representado pelo título, sendo o endossatário
investido na condição de mandatário do endossante. O endosso-caução é previsto no art. 19 da
Lei Uniforme de Genebra com a seguinte redação, ad litteram: "Art. 19. Quando o endosso
contém a menção "valor em garantia", "valor em penhor" ou qualquer outra menção que
implique uma caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas um
endosso feito por ele só vale como endosso a título de procuração
14. Em que consiste o endosso póstumo ou tardio?
É aquele realizado após o protesto, produz efeitos civis de uma cessão ordinária de
crédito, passando o portador a ter o direito de exigir dos demais coobrigados a dívida.
15. Em que consiste o aval, quais as suas consequências?
É o ato cambiário por meio do qual o avalista garante o pagamento de um título em
favor do devedor principal ou de um coobrigado. O aval resulta da assinatura do avalista no
verso ou anverso do título, geralmente é acompanhado da expressão “por aval”
16. Diferencie aval e fiança.
De acordo com o Art. 818 do CC, o aval se dá num título de crédito, enquanto a fiança
se dá num contrato.
17. Qual o procedimento para protesto por falta de pagamento?
Deve ser entregue ao oficial competente, no primeiro dia útil que se seguir ao da recusa
do aceite ou ao do vencimento, e o respectivo protesto, tirado dentro de três dias úteis
18. Para que o débito se torne exigível contra o devedor principal e seus avalistas
é necessário rotestar o título? E para os endossantes e seus avalistas? Explique.
Para tornar exigível o crédito cambiário contra o devedor principal, basta o vencimento
do título. Porém, com relação aos coobrigados, faz necessário o pagamento do título vencido
por parte do devedor principal. Devendo estar comprovada tal negativa de pagamento no
protesto do título, o que consubstancia em condição de exigibilidade do crédito cambiário
contra os coobrigados.
19. Quais os prazos prescricionais para que o credor de uma obrigação
representada em uma etra de câmbio possa obter a satisfação de seu crédito?
O prazo prescricional a ser observado na letra de câmbio é de 3 anos em face do
aceitante, contado do vencimento do título, e 1 ano, contado do protesto, em face dos
coobrigados – sacador, endossante e avalista.
20. A existência de um aval em branco em uma letra de câmbio favorece a quem?
Explique.
O aval em branco presume-se a favor do sacador (art. 31, LUG); na nota promissória, a
favor do promitente; no cheque e na duplicata a favor do emitente
21. Fábio endossa uma letra de câmbio para Maurício, que a endossa para Maria
que, por sua vez, a endossa para João. Na data do vencimento, João exige o pagamento
de Maurício, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que endossou a letra de câmbio
para Maria e não para João e de que Maria é sua devedora, de modo que as dívidas se
compensam. Assim, João deveria cobrar a letra de Maria e não dele. Em caso de
Embargos de Maurício, com base nos argumentos citados,
A. quais seriam os fundamentos jurídicos de João?
Que todos que endossaram a letra de câmbio têm responsabilidade sobre o pagamento.
E então segue o Princípio da autonomia de crédito, inoponibilidade das exceções
pessoais contra terceiro de boa fé.
B. Em que prazo devem ser arguidos?
Devem ser arguidos no prazo de 15 dias, conforme o art. 740 do CPC
22. Em 09.11.2020, João da Silva adquiriu, de Maria de Souza, uma TV de 32
polegadas usada, mas em perfeito funcionamento, acertando, pelo negócio, o preço de
R$ 1.280,00. Sem ter como pagar o valor integral imediatamente, lembrou-se de ser
beneficiário de uma Letra de Câmbio, emitida por seu irmão, José da Silva, no valor de
R$ 1.000,00, com vencimento para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João
ofereceu pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem como endossar a
aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, ainda, na qualidade de endossatária,
procurar Mário Sérgio, o sacado, para o aceite do título. Ansiosa para fechar negócio,
Maria concordou com as condições oferecidas e, umasemana depois, em 16 de
novembro de 2020, dirigiu-se ao domicílio de Mário Sérgio, conforme orientação de João
da Silva. Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que Mário Sérgio só
aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando que esse era o valor devido a José. Sem
saber como proceder dali em diante, Maria o(a) procura, como advogado(a), com
algumas indagações.
Com base no cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará ele obrigado a
pagar o valor total da letra de câmbio?
A limitação é válida, porém Mário Sérgio ficará vinculado ao montante aceitado.
b) Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título?
O emitente do título (sacador) é responsável pela integralidade do crédito, conforme
art. 47 da LUG.
c) Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado ao pagamento?
O portador deverá realizar o protesto para que seja formalizada a aceitação parcial do
aceite e assim possa cobrá-lo pelo valor acordado.
23. Antônio é portador legítimo de uma letra de câmbio aceita, cujo saque se deu
no dia 10/01/2021, com vencimento à vista no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), nela
constando o aval de Bruno no montante de R$5.000,00 (cinco mil reais). Em função
disto, Antônio pretende endossar a Carla apenas a quantia de R$5.000,00 (cinco mil
reais). Na qualidade de advogado(a) de Carla, responda aos seguintes itens, indicando os
fundamentos e dispositivos legais pertinentes.
A) É válido o aval realizado por Bruno?
Sim, uma vez que o aval parcial é autorizado pelo artigo 30 da LUG o qual dispõe que,
o pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval
B) O endosso pretendido por Antônio é válido?
Não, o endosso parcial, não é permitido, e não existe no nosso ordenamento. Não há
em nenhum título de crédito a possibilidade de endossar parcialmente o título. Como vemos
no art.12 da LUG
24. Uma letra de câmbio foi sacada tendo como beneficiário Carlos e foi aceita.
Posteriormente, Carlos endossou a letra em preto para Débora, que, por sua vez, a
endossou em branco para Fábio. Após seu recebimento, Fábio cedeu, mediante tradição,
sua letra para Guilherme. Na data do vencimento, a letra não é paga e Guilherme exige
o pagamento de Carlos, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que endossou a letra
de câmbio para Débora e não para Guilherme e de que Débora é sua devedora, de modo
que as dívidas se compensam.
Com base situação hipotética, responda aos itens a seguir, indicando os
fundamentos e dispositivos legais pertinentes.
a) Guilherme poderá ser considerado portador legítimo da letra de câmbio?
Contra quem Guilherme terá direito de ação cambiária?
Sim, porque Guilherme é considerado portador legítimo da letra de câmbio e isso
justifica seu direito por uma série ininterrupta de endossos, mesmo que o último seja em
branco, de acordo com o Art. 16 da LUG. Guilherme poderá promover a ação em face do
sacador, do aceitante, de Carlos e de Débora com fundamento no Art. 47 da LUG.
b) A alegação de Carlos é correta?
Não, pois é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, mas não em face do
portador/endossatário Guilherme, com fundamentação no art. 17 da LUG.
25. Alan saca uma letra de câmbio contra Bernardo, tendo como beneficiário
Carlos. Antes do vencimento e da apresentação para aceite, Carlos endossa em preto a
letra para Eduardo, que, na mesma data, a endossa em preto para Fabiana. De posse do
título, Fabiana verifica que na face anterior da letra há a assinatura de Gabriel, sem que
seja discriminada a sua responsabilidade cambiária.
Com base nessa questão, responda aos itens a seguir.
a) Gabriel poderá ser considerado devedor cambiário?
Sim, pois o aval em branco dado por Gabriel na letra de câmbio é considerado
outorgado ao sacador (Art. 31, última alínea, da LUG). Gabriel poderá ser considerado
obrigado cambiário porque o avalista é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele
avalizada (Art. 32, 1ª alínea da LUG).
b) Caso Fabiana venha a cobrar o título de Gabriel e ele lhe pague, poderia este
demandar Eduardo em ação cambial regressiva?
Não, porque Eduardo é o segundo endossante, isto é, coobrigado posterior a Gabriel, o
avalista do sacador. O pagamento feito pelo avalista do sacador desonera os coobrigados
posteriores, dentre eles os endossantes
26. A respeito da finalidade e do processamento do protesto, assinale a opção correta.
a) O protesto de um título tem por finalidade básica provar publicamente o atraso do
devedor e resguardar o direito de crédito do credor.
b) O título parcialmente pago e vencido não pode ser protestado pelo saldo
remanescente.
c) A retenção do título ou do documento de dívida, bem como a dilatação do prazo
para protesto a pedido das partes ficam a critério do tabelião.
d) O protesto de título ou de outros documentos de dívida emitidos fora do Brasil e em
moeda estrangeira não pode ser realizado, mesmo que acompanhados de tradução
juramentada.
27. Joaquim comparece à Defensoria Pública alegando que recebeu notificação do
tabelião de protestos relativa a cheque ao portador por ele emitido e não pago por falta de
fundos. No entanto, alega que o notificante, Antônio da Silva, é terceiro por ele desconhecido
e que já realizou acordo com Luiz de Souza, pessoa com quem realizou a transação comercial
que motivou a emissão do cheque. O acordo consistiu em uma compensação de dívidas, visto
que Joaquim possuía um crédito junto à empresa de Luiz, uma sociedade empresária limitada.
Ante o exposto, analise as assertivas a seguir.
I. Dentre os princípios que regem os títulos de crédito deve-se ressaltar o da autonomia
ou independência, que prevê que o cheque, após expedido, desliga-se da obrigação que lhe
deu origem, tornando-se autônomo e exigível por terceiro detentor do título, em razão de sua
circulação.
II. O cheque ao portador permite sua circulação, sendo o titular do crédito quem porta
o título, não havendo limites à sua emissão. Já o cheque nominativo a ordem faz expressa
menção do titular do crédito, o que impede sua circulação, só sendo transmissível através da
cessão civil de créditos.
III. Tendo em vista a existência de recusa de pagamento comprovada pelo protesto, é
possível ao portador do cheque cobrar o valor nele encartado do emitente e de todos os
endossantes, de forma solidária, mesmo que algum deles alegue que a falta de fundos se deu
por fato não imputável a si.
IV. No caso em tela não há que se falar em compensação de créditos. Joaquim emitiu o
cheque em favor de Luiz, não podendo compensar créditos com a empresa deste, ante o
requisito da reciprocidade exigido pelo instituto da compensação.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I e III.
c) I e IV.
d) I, II e IV.
28. O Banco Z recebeu título de crédito por endosso-mandato e o levou a protesto.
Porque indevido o protesto, o prejudicado ajuizou ação contra o Banco Z requerendo
compensação por danos morais. De acordo com jurisprudência consolidada do Superior
Tribunal de Justiça, o Banco Z
a) responde por danos morais nas mesmas hipóteses em que o credor da cártula.
b) responde por danos morais, independentemente de culpa, se for inexistente o
negócio jurídico subjacente à cártula.
c) é parte ilegítima para figurar no polo passivo, porque o endossatário, na hipótese de
endosso-mandato, jamais responde por danos decorrentes de protesto indevido.
d) responde por danos morais se houver extrapolado os poderes de mandatário ou
agido com culpa, como no caso de apontamento depois da ciência acerca do pagamento ou de
falta de higidez da cártula.
29. Alberto emitiu um cheque nominal em favor de Bruno, que, por sua vez, endossou
o título a Carlos, subordinando o endosso a determinada condição que anotou do verso da
cártula. Carlos então apresentou o cheque para pagamento ao bancosacado dentro do prazo
legal. Nesse caso, considerando que Alberto mantém fundos suficientes e disponíveis para o
pagamento, o banco sacado deve
a) pagar o cheque, mas desde que tenha sido previamente informado pelo endossante
ou pelo sacador sobre a realização da condição anotada na cártula.
b) pagar o cheque, reputando-se não escrita a condição anotada na cártula pelo
endossante.
c) pagar o cheque, mas desde que lhe seja apresentada, pelo endossatário, prova escrita
da realização da condição anotada na cártula.
d) negar o pagamento, pois a anotação de condição pelo endossante da cártula invalida
o cheque.
30. Antônio emitiu um cheque para pagamento de uma dívida no lugar onde deve ser
pago. A ação de execução desse cheque, assegurada ao portador Carlos, prescreve em:
a) trinta dias, contados da data de emissão do cheque.
b) sessenta dias, contados da data de emissão do cheque.
c) seis meses, contados de termo do prazo de trinta dias, para a apresentação do
cheque.
d) seis meses, contados do termo do prazo de sessenta dias, para a apresentação do
cheque.
31. João é endossatário de letra de câmbio que lhe foi endossada por Manuel, que foi
avalizado por Jesualdo. Manuel recebera a letra, por endosso, de Carla, que, por sua vez, a
recebera de Pedro (o sacador) após o aceite de Jeremias (o sacado), cuja interdição por
incapacidade absoluta fora decretada, tendo a sentença transitado em julgado dois dias antes.
Jeremias assinou a letra em branco para que Pedro a preenchesse, segundo o valor que
apurasse em determinado negócio. Tal acordo, verbal, não constou do título. Manuel
preencheu o título com o valor de R$ 1.000,00 a mais que o apurado no negócio. No
vencimento, Jeremias não pagou o título, e João, seu último portador, pretende cobrar o
crédito nele estampado.
Nessa situação hipotética,
a) Carla poderá, se for cobrada por João e a este pagar o valor da letra, cobrá-la, em
regresso, de Manuel.
b) para cobrar dos endossantes, dos avalistas e do sacador, João deve,
obrigatoriamente, protestar o título.
c) Jeremias só poderá invocar a sua incapacidade absoluta em face de eventual
cobrança da parte de Pedro, com quem manteve relação jurídica de base, não sendo possível
opor tal exceção em face de João.
d) João poderá cobrar o crédito diretamente de Jesualdo, que, no entanto, pode, com
respaldo legal, alegar ter benefício de ordem e exigir que, primeiro, sejam excutidos bens de
Manuel.
32. Anamélia emitiu uma nota promissória em favor de Coralina no valor de R$
6.900,00 (seis mil e novecentos reais). O vencimento da cambial se deu em 19 de setembro de
2010. Na véspera do vencimento, no entanto, a portadora endossou o referido título a Lucélio,
menor impúbere, que, por sua vez, na mesma data, endossou parcialmente a nota para
Ferdinando, no valor de R$ 3.700,00 (três mil e setecentos reais). Amâncio figurou na relação
como avalista de Lucélio. Diante da situação apresentada sobre a nota promissória, assinale a
afirmativa correta.
a) O endosso realizado por Lucélio é considerado parcial. Segundo a LUG (Decreto
57.663/66), tal endosso é proibido, gerando a invalidade do título.
b) A nota promissória, assim como a letra de câmbio, são títulos de crédito que podem
circular ao portador.
c) Por ser menor impúbere e não possuir o pleno gozo da capacidade civil, o endosso
feito por Lucélio descaracterizou a cambial como título de crédito.
d) O avalista é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Dessa
forma, como Amâncio figurou como avalista de Lucélio, avalizando uma obrigação nula, não
poderá ser executado cambiariamente pelo credor, respondendo apenas em uma eventual ação
de cobrança ajuizada no âmbito civil.

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