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Diagnóstico de lesões orais Heloisa Cogo Odontopediatria- Profª Luciane Lemos DIAGNÓSTICO DE LESÕES ORAIS MUCOCELE – CISTO DE EXTRAVASAMENTO MUCOSO Cisto mais comum. Surge de danos ao ducto de uma das glândulas salivares menores no lábio (inferior) ou nas bochechas. Causado por mordida no lábio ou ferimentos menores, o muco de acumula no tecido conjuntivo e fica rodeado por tecido fibroso. Inchadas azuladas bem circunscritas, embora lesões traumatizadas possam ter uma superfície queratinizada. TRATAMENTO Alguns curam espontaneamento. Remoção cirúrgica, de preferência associada com as glândulas salivares menores. Micromarsupialização. HEMATOMA OU CISTO DE ERUPÇÃO Alargamento folicular aparecendo pouco antes da erupção dos dentes. Estas lesões tendem a ser azul-escuras, pois podem conter sangue. O folículo estimulado a ruptura espontânea ou pode ser aberto cirurgicamente se infectado. Etiologia: separação entre folículo dentário e coroa dentária do dente em erupção. TRATAMENTO Caso tenha dor ou atraso na erupção: remoção cirúrgica. LÍNGUA GEOGRÁFICA Áreas de despapilação e eritema com uma margem de queratina amontoada sobre as margens laterais e a superfície dorsal da língua. Zonas afectadas podem voltar ao normal e lesões novas aparecem em diferentes locais na língua. As vezes são sintomáticas. Uso de corticoides tópicos pode ser benéfico para as crianças com dor. GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA Causa mais comum de ulceração oral GRAVE em crianças. Causado pelo vírus herpes simples tipo I. Pico de incidência é entre 12 e 18 meses de idade. Tempo de incubação: 3-5 dias, com histórico prodrômico de 48h de febre, irritabilidade e mal- estar. Geralmente não se sente bem, tem dificuldade de comer e beber, há saliva em excesso. Estomatite presente com os tecidos gengivais, tornando-se vermelhos e edemaciados. As vesículas intraepiteliais aparecem e rapidamente se rompem formando úlceras dolorosas, e elas podem se formar em qualquer parte da mucosa. São solitárias, pequenas (3mm) e dolorosas. Regridem sem deixar cicatrizes dentro de 10-14 dias. DIAGNÓSTICO História e características clínicas. Antígeno viral- detectado em reação em cadeia da polimerase (RCP). Cultura vira. Detecção de anticorpos virais- fases aguda e convalescente (amostras de sangue). Citologia esfoliativa – presença de células gigantes multinucleadas e corpos de inclusão viral. TRATAMENTO Criança doente com gengiva inchada eritematosa: mais provável ser portadora de gengivoestomatite herpética primária. V.A.S.A. Violeta de genciana a 2%, com anestético (lidocaína 2%) e sacarina (edulcorante) em água destilada. Ad.muc. Cuidados sintomáticos. Incentivar a ingestão de fluidos orais. Alimentos líquidos por via oral não podem ser administrados depois depois de internação hospital. Analgésicos- paracetamol, 15mg/kg 4-4h. Bochechos para crianças mais velhas para crianças mais velhas digluconato de clorexidina 0,2% 10ml 4- 4h. Diagnóstico de lesões orais Heloisa Cogo Odontopediatria- Profª Luciane Lemos Em crianças com ulceração severa, a clorexidina pode ser esfregada sobre as áreas afetas com compressas algodão. Grande parte da dor de ulceração oral é provavelmente consequência de infecção bacteriana secundária. Clorexidina colutória 0,5% têm se mostrado benéfica no controle de ulceração oral. Um enxaguatória bucal contendo clorexidina 0,12% e cloridrato de benzidamina pode oferecer algumas vantagens sobre a clorexidina sozinha. O controle adequado da dor também é necessário com a administração regular de paracetamol. Os antibióticos são inúteis. HEPANGINA E DOENÇA DA MÃO, PÉ E BOCA Causadas pelo vírus Coxsackie do grupo A. Apresenta fase prodrômica de febre baixa e mal- estar. Herpangina: Grupo de quatro-cinco vesículas é normalmente encontrado no palato, pilares das facues e da fainge. Doença das mãos, pés e boca- mais de dez vesículas. Mais leve do que herpes primário. Cicatrização ocorre no prazo de dez dias. DIAGNÓSTICO História e características clínicas. Epidemia conhecida. Cultura viral com swab. TRATAMENTO Cuidados sintomáticos, como em outras infecções virais. MONONUCLEOSE INFECCIOSA Causada pelo vírus Epsteins-Barr (EBV) e afeta principalmente adolescentes e adultos jovens. Doença é altamente infecciosa e é caracterizada por febre, mal-estar e faringite aguda. Crianças pequenas, úlceras e petéquias são frequentemente encontradas na faringe posterior e palato mole. Autolimitante. DIAGNÓSTICO Histórico e características clínica. Teste de aglutinação Pul-Bunnell e monócitos atípicos na corrente sanguínea. CANDIDÍASE CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA AGUDA Apresentação mais comum em criança “Sapinho”. Placas brancas estão presentes. Lesões brancas que podem ser removidas por fricção são típicas de aftas. Crianças mais velhas ocorre em situação imunocomprometidas: AIDS, diabetes, uso de antibióticos, quimioterapia. TRATAMENTO Antifúngicos sistêmicos e melhora na higiene bucal. ULCERAÇÃO LABIAL APÓS ANESTESIA DE BLOQUEIO MANDIBULAR Causa mais comum de ulceração traumática. ÚLCERA DE RIGA-FEDÉ Causada por traumatismo de movimento protrusivos e retrusivos contínuos sobre os incisivos inferiores. Achado comum em casos de tosse convulsiva e crianças com paralisia cerebral. Tratamento Suavizar as bordas incisais cortantes ou aplicar resina composta sobre os dentes. Casos graves: extrações dos dentes. ÚLCERA AFTOSA RECORRENTE 03 tipos: aftas menores, maiores e ulceração herpetiforme. Aftas menores: culturas de 2-5 úlceras rasas. Medem até 5mm e em mucosa não queratinizada. Crosta central típica amarela com uma borda eritomatosa. Curam dentro de 10-14 dias. Aftas maiores: Podem durar mais. TRATAMENTO Cuidados sintomáticos com bochechos: digluconato de clorexidina. Diagnóstico de lesões orais Heloisa Cogo Odontopediatria- Profª Luciane Lemos Ulceração recorrente grave oral: corticosteroides sistêmicos. VERRUGAS VIRAIS Infecção viral pelo vírus do papiloma humano. Lesões únicas ou múltiplas. Considerar verrugas em outras áreas do corpo. TRATAMENTO Excisão cirúrgica. EPÚLIDE CONGÊNITA Lesão rara benigna de origem desconhecida encontrada apenas em recém-nascidos. Lesão neoplásica. TRATAMENTO Muitas vezes regridem com o tempo, mas podem ser tiradas cirurgicamente. DOENÇAS GENGIVAIS INDUZIDAS POR PLACA GENGIVITE Inflamação gengival sem perda de inserção. DOENÇA PERIODONTAL Periodontite pré-puberal. Periodontite juvenil. SÍNDROME DE PAPILLON-LEFEVRE Hiperqueratose das palmas das mãos e pés e esfoliação progressiva de todos os dentes por doença periodontal. Nenhum tratamento é bem-sucedido. NÓDULOS DE BOHN Remanescentes da lâmina dentária e geralmente ocorrem na vestibular ou lingual no rebordo alveolar da maxila. PÉROLAS DE EPSTEIN Nódulos duros e salientes são pequenos cistos queratinizados provenientes dos restos epiteliais aprisionados ao longo de fusão dos processos embriológicos REFERÊNCIAS: Aula da professora Luciane Lemos.
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