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Analise teologica

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Análise Teológica
Análise Teológica
Correlacionar textos (descrever aspectos intertextuais) em que
opções ou posturas idênticas (ipseidade x mesmidade) tenham
sido tomadas pelo próprio autor/personagem ou então se
encontrem testemunhadas em outras partes das Escrituras,
tanto no NT como no AT.
Articulação da teologia do texto – através da comparação 
(síncrise), coloca-se o texto particular no horizonte maior da 
pregação cristã ou da mensagem bíblica em geral.
Não se limita a extrair somente o significado linguístico preciso do
texto, mas o pensamento que ele comunica.
Busca descobrir não meramente o que a lei exigia, mas
também a teologia expressa na lei.
Busca apontar os abusos atacados por Amós, mas a
teologia que o induziu a condená-los.
Busca evidenciar as diretrizes dadas por Paulo a esta ou
aquela igreja, mas a teologia que o impelia a dá-las.
ANÁLISE 
TEOLÓGICA
CONSUMAÇÃO 
DA TAREFA 
EXEGÉTICA 
Análise Teológica
1. Correlação - avaliar a ideia/teologia do texto, identificar e
discutir sobre os intertextos que tratam da mesma temática
➔ Teologia bíblica.
3. Enquadramento - harmonizar o conteúdo do texto com
temas e doutrinas teológicas fundamentais, avaliando-o à luz
do testemunho mais amplo da Bíblia ➔ Dogmáticas e
Teologias sistemáticas.
2. A teologia do texto - avaliar o conteúdo conforme as suas
implicações práticas da situação➔ Teologia Contextual.
PROCEDIMENTOS PARA UMA ANÁLISE TEOLÓGICA
Análise Teológica
Elementos essenciais para uma análise
teológica
A identificação de passagens paralelas
quanto ao conteúdo teológico
Breve avaliação teológica do texto.
Análise Teológica
Contextualização bíblico-teológica
Na medida em que vai chegando às próprias conclusões
sobre a mensagem do texto, o estudante deverá relacioná-lo
com seu contexto bíblico e teológico mais amplo. Como essa
passagem funciona, em termos de seu ensino, dentro do livro
ou epístola, no Novo Testamento e na Bíblia toda, nessa
ordem? Como os temas tratados na passagem são enfocados
noutros livros da Bíblia? A mensagem da Bíblia seria
completa sem essa passagem? O que se perderia?
Teologicamente falando, qual é a contribuição dessa
passagem para a formulação das grandes doutrinas da fé
cristã? A passagem causa dificuldades, aparentes ou não, para
alguma doutrina? Como se resolver isso?
Consulta à literatura adicional
(1) Investigue o que os especialistas disseram sobre
sua passagem. Tenha o cuidado de chegar às suas
próprias conclusões antes de executar essa etapa, para
que a exegese seja realmente sua, e não de terceiros.
Ao mesmo tempo, tente avaliar criticamente o que os
“experts” disseram a passagem. Tente responder: eles
disseram alguma coisa que você não percebeu? Quais
foram as ênfases que eles deram? É possível apontar
neles alguma conclusão errada ou questionável?
(2) Comparar e ajustar as suas conclusões com as ideias
dos eruditos.
Não hesitar em ajustar alguma conclusão equivocada a que você
tenha chegado nas etapas anteriores, dando o devido crédito à fonte
consultada. Mas não se limitar a repetir servilmente o que os
estudiosos (autores de comentários bíblicos) disseram. Observar a
possibilidade de alguma ocorrência:
Onde o autor está mal informado.
Onde o autor está desinformado.
Onde o autor é inconsistente.
Onde o tratamento do autor é incompleto.
Onde o autor interpreta mal o texto.
Onde o autor faz contribuições valiosas para a discussão do texto.
Na correlação é importante verificar em que medida há continuidade
ou descontinuidade entre o Antigo e o Novo Testamento. Para tanto,
é significativa a análise do uso contextual ou não de citações do
Antigo no Novo Testamento.
Vários autores têm inferido quanto à possibilidade do uso contextual
do Antigo Testamento no Novo, relacionando alguns indicativos,
tais como:
➢ O debate sobre o livro-testemunho – citações eram tiradas de um 
livro-testemunho que continha inúmeros textos-prova, por razões 
apologéticas. Contudo, isso nos leva a crer que os autores do NT 
estariam usando referências do AT fora do seu contexto.
Perspectivas quanto ao uso do AT no NT
➢ O debate cristocêntrico – os autores apostólicos eram tão
cristocêntricos no entendimento do AT que liam Cristo em
passagens relacionadas ao Messias, bem como naquelas
que em nada se relacionavam com o futuro messiânico.
Com isso eles (supostamente) distorciam o sentido das
palavras do autor veterotestamentário.
➢ É possível que uma leitura do AT com a perspectiva
cristocêntrica possa ter ocorrido em alguns casos nos quais
se revelam o conhecimento mais amplo do AT que permita
leituras retóricas e aguçadas plenamente satisfatórias.
Embora isso não resolveria o problema da descontinuidade
entre o AT e o NT, parece-nos ser uma opção razoável.
➢ O debate retórico – os autores como Paulo não estavam
preocupados em usar o AT com o propósito de comunicar
o significado contextual, mas como forma retórica, para
persuadir os leitores a obedecer a suas exortações, para
estabelecer a autoridade apostólica, como um “ato de
força”.
➢ Embora, de alguma forma, o AT tenha sido usado de forma
retórica, é razoável perceber que os autores do NT o fazem de
maneira a ressaltar o sentido contextual da passagem citada
do AT, ampliando, por conseguinte, o impacto retórico.
➢ O debate pós-moderno – consiste numa abordagem pós-
moderna, de linha dura e liberal, que contribui
excessivamente para a visão de descontinuidade entre o AT
e o NT. Eles colocam que é impossível um leitor entender o
significado mais remoto de um texto, pois todos os leitores
têm pressupostos, por isso é impossível para o leitor
interpretar “objetivamente” os escritos de outros. Na visão
liberal, isso se aplica também aos autores do NT quando
tentavam entender o AT.
É claro que essa visão distorce a compreensão de que os 
pressupostos bíblicos são autoritativos e não-contradizentes.
O debate sobre a tipologia – conquanto alguns entendam que a 
interpretação tipológica do AT pelo NT beira a alegoria, 
caracterizando, por conseguinte, uma descontinuidade entre os 
testamentos, devido a quebra do sentido original do AT; é 
importante o estudo dos tipos, a fim de estabelecer uma 
conexão entre o AT e o NT.
Tipologia – é o estudo das correspondências analógicas entre 
verdades reveladas acerca de pessoas, fatos, instituições e outros 
elementos no âmbito do plano histórico da revelação especial de 
Deus; correspondências essas que, do ponto de vista retrospectivo, 
são de natureza profética e têm sentido intensificado.
Tipologia
Tipologia
Características
essenciais
de um tipo
Correspondência Analógica
Histoticidade
Caráter Prenunciativo
Intensificação do antítipo
Retrospecção
Dimensão teológica da ação - Teologia do texto
Mc 1:9 Naqueles dias, veio Jesus, de Nazaré da Galiléia, e por
João foi batizado no rio Jordão. 10 Logo ao sair da água, viu
os céus rasgarem-se e o Espírito descendo COMO POMBA
sobre ele. 11 Então foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu
FILHO AMADO, em ti me comprazo.
DESTAQUES NO TEXTO: as palavras em itálico (v. 9) têm em comum 
o se referirem à solidariedade de Jesus; e as sublinhadas (v. 10 e 11), 
à vocação de Jesus, após o batismo. Em Marcos 1:9-11 encontramos 
dois agrupamentos de palavras, conforme as idéias que as mantêm 
unidas: a solidariedade (v. 9) e a vocação (v. 10-11). 
Dimensão teológica da ação - Teologia do texto
Batismo, unção e prazer são conteúdos “superficiais” do
texto, mas não os temas. São conteúdos que nos apontam
para os temas e nos convidam a ler o texto com mais
atenção e profundidade.
Os temas de um texto são os agrupamentos de palavras e
sentenças que partilham características comuns e podem ser
explicadas, categorizadas ou classificadas por um tema mais
abstrato.
Zabatiero, J. (2009; 2010). Manual de Exegese; Manual de Exegese (91). Editora Hagnos; São Paulo.
Dimensão teológica da ação - Teologia do texto
Identificou-se a solidariedadecomo o tema do versículo 9, porque
essa é a categoria que explica por que Jesus, não sendo pecador, se
apresenta ao batismo de João. Ao ser batizado, Jesus torna pública
sua solidariedade com pessoas pecadoras e impuras de seu tempo.
Identificou-se o tema dos versículos 10-11 como a vocação de Jesus,
porque essa é a categoria que explica a unção do Espírito e a
declaração da voz celestial, que servem como declaração formal de
investidura. Ou seja, como destinador-julgador, o Pai estabelece a
validade da identidade messiânica de Jesus, investindo-o
efetivamente no cargo.
Zabatiero, J. (2009; 2010). Manual de Exegese; Manual de Exegese (91). Editora Hagnos; São Paulo.
A primeira característica da identidade messiânica de Jesus é a
filialdade fiel ou fidelidade filial. Ele é chamado de filho (1:11b)
pela voz do céu. É interessante destacar que é o próprio Pai de
Jesus quem “cita” as Escrituras: “Tu és o meu filho amado
(único), em ti tenho prazer”. A forma da citação merece
destaque, pois se dá junção de pelo menos três passagens:
Gênesis 22:2 (12,16), Salmos 2:7 e Isaías 42:1. O que esse
sincretismo textual conta sobre a identificação de Jesus como
filho de Deus?
ANÁLISE DA CORRELAÇÃO TEXTUAL
ANÁLISE DA CORRELAÇÃO TEXTUAL
Como filho amado/único — o novo Isaque — ele encarna o
verdadeiro Israel, na condição daquele que irá sofrer pelo povo,
tal como um cordeiro pascal: como Isaque, o cordeiro pascal, e
servo sofredor, Jesus dará pleno prazer ao Pai nos céus somente
quando enfrentar um embate brutal como nada menos do que a
própria morte. Não é à toa que a última ocorrência da expressão,
no evangelho de Marcos, se dá na voz terrestre do centurião
romano que declara ser Jesus verdadeiramente o Filho de Deus.
A voz celestial e a voz terrestre confirmam a filiação de Jesus,
ambas destacando sua trajetória da morte para a glorificação.
Essa interpretação é reforçada pela citação de Isaías 42:1. O
filho do Pai celestial age como o servo de Javé, não só como
aquele que traz justiça a Israel e a todas as nações, mas também
como aquele que é rejeitado, sofre e morre para cumprir sua
vocação e missão. Se, na citação de Gênesis 22, Jesus é
apresentado como o novo Isaque, agora ele é exposto como
novo profeta e novo Moisés, o servo que dirige o povo de Israel
em seu novo êxodo, mas o faz de forma solidária, e solidária
até a própria morte.
ANÁLISE DA CORRELAÇÃO TEXTUAL
ANÁLISE DA CORRELAÇÃO TEXTUAL
A citação de Salmos 2:7 caracteriza Jesus como o novo Davi. A
dimensão régia da identidade messiânica de Jesus é qualificada pelas
identificações anteriores derivadas da citação sincrética. Este é um
rei que efetivamente governa como libertador dos pobres, e não
como conquistador das nações, o que é demonstrado no evangelho
pelas ações de Jesus, mas também pela interpretação que o próprio
Jesus faz dessas ações em Marcos 10:35-45. Nota-se a importância
do servo de Javé, em Isaías 40—55, para a construção da identidade
de Jesus. Este novo rei é um rei-servo, veio para servir, e não para ser
servido.
O Messias, filho/servo fiel ao Pai é, simultaneamente, solidário
com pessoas impuras e pecadoras. Em Marcos, o batismo de
Jesus é a primeira ação concretizadora dessa solidariedade: ele
desce da Galiléia e se apresenta para ser batizado (note o
contraste entre a fala de João sobre Jesus [Mc 1:2ss] e a
submissão voluntária de Jesus ao batismo).
ANÁLISE DE ENQUADRAMENTO DOUTRINÁRIO
Ao ser batizado, Jesus assume simbolicamente a condição de
pecador, de pessoa impura, de membro do povo que precisava
da salvação e da vinda do Messias. Essa solidariedade
messiânica é também marco de esperança, pois, na sua
“pecaminosidade” simbólica, o Messias afirma a
pecaminosidade do sistema que mantém o povo judeu sob
servidão, e torna iminente a sua destruição.
ANÁLISE DE ENQUADRAMENTO DOUTRINÁRIO
No espaço-tempo da crítica profética ao judaísmo oficial de seu
tempo, Jesus encena uma nova atitude messiânica, e se qualifica
como o Messias por se identificar com as pessoas impuras e
pecadoras. O tema que deriva desta atitude de Jesus é a sua frontal
oposição à identidade legitimadora do judaísmo oficial de seu
tempo. A oposição pureza-impureza é, neste episódio, invertida
totalmente - o Messias, que deveria ser completamente puro, assume
a condição de pessoa impura e pecadora, apresentando-se ao batismo
de João. O poderoso ungido de Deus se humilha e demonstra, por sua
nova prática, que uma nova esperança messiânica era necessária. Os
caminhos de Deus, uma vez mais, iriam surpreender seu povo.
ANÁLISE DE ENQUADRAMENTO DOUTRINÁRIO
ANÁLISE DE ENQUADRAMENTO DOUTRINÁRIO
Três são, portanto, as características da messianidade de Jesus:
fidelidade filial ao Pai, solidariedade com pessoas impuras e
pecadoras, e oposição à religião oficial. Não é à toa que Jesus era
escândalo para os judeus e loucura para os gregos - e continua assim
até hoje!

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