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Câncer infantojuvenil

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• A neoplasia maligna é caracterizada pelo crescimento desordenado de células indiferenciadas que 
invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástases) para outras regiões do corpo 
• O que diferencia uma neoplasia maligna de uma benigna é a capacidade que a célula tem de gerar 
doença à distância, denominada de metástase. Na metástase, as células procuram locais que 
tenham mais suprimento energético para sobreviver, no câncer infantojuvenil, isso costuma ocorrer 
no pulmão e no fígado, locais que possuem maior suprimento sanguíneo 
• O câncer é uma doença genética, com o passar do tempo, esses genes perdem a sua codificação 
habitual, tornando essa mutação uma doença neoplásica. Na criança, o fator ambiental é menos 
importante, uma vez que sua exposição é muito menor em relação a um adulto 
• Na criança, o câncer é muito mais agressivo do que no adulto, porém, respondem muito bem ao 
tratamento. Este, por sua vez, costuma ser muito mais tóxico e com muitos efeitos colaterais (isso faz 
com que as taxas de sequelas a longo prazo seja grande) 
• Epidemiologia: há cerca de 12 mil casos por ano no Brasil e cerca de 200.000 casos por ano no 
mundo. É a 1ª causa de morte em países de alta renda. No Brasil, a maior sobrevida de câncer 
infantojuvenil se encontra no Sul e Sudeste, justamente pelos recursos médicos que tem-se nessas 
regiões. É uma doença que o tratamento é bastante significativo, tendo uma taxa de sobrevida muito 
boa, cerca de 90% das mortes por câncer infantojuvenil ocorre em crianças que vivem em países com 
recursos limitados 
 
 
 
• Os desafios incluem diagnóstico tardio, alta taxa de abandono do tratamento, desnutrição e 
comorbidades, estrutura de saúde deficitária e subnotificação/subdiagnóstico de novos casos. Isso se 
dá normalmente em países com condições precárias de saúde 
 
 
 
• A maior causa se dá por leucemia, seguido por tumores de SNC, linfomas, tumores do sistema 
nervoso simpático, sarcoma de partes moles, tumores renais, tumores ósseos, retinoblastoma, 
tumores de células germinativas, carcinomas, tumores hepáticos e outros 
 
 
 
 
 
 
 
• O tumor na infância tem tipos e localizações diferentes em relação ao do adulto, o quadro clínico 
costuma ser agudo mimetizando doenças na infância e possui melhor prognóstico 
 
 
 
 Adulto Criança 
Incidência Comum Rara 
Origem Epitelial Mesenquimal 
Etiologia Ambiental Embriológica 
Cinética Lenta Rápida 
Quimiossensibilidade Baixa Alta 
Curabilidade Baixa Alta 
Câncer infantojuvenil 
DESAFIOS DO CÂNCER INFANTOJUVENIL 
CAUSAS DE CÂNCER INFANTOJUVENIL 
 
 
 
• O diagnóstico precoce e o estadiamento precoce leva a um melhor prognóstico, a um tratamento 
menos agressivo o que consequentemente leva a uma menor toxicidade ao organismo da criança 
• O estadiamento do tumor infantil não é baseado no TNM 
 
 
 
• É feito através do tratamento multidisciplinar, incluindo medicamentos, reabilitação, controle da dor, 
nutrição, tratamento de suporte, tratamento psicológico, cuidados paliativos, etc 
• Basicamente, o tratamento terapêutico se baseia na cirurgia, quimioterapia, radioterapia e TMO 
Cirurgia: 
• Deve-se decidir o momento ideal da ressecção 
• O tumor, dependendo do seu tamanho e agressividade, há modificações em relação a cirurgia que 
incluem ser total, subtotal, parcial ou irressecável 
• Em relação à cirurgia, esta pode ser conservadora ou mutiladora 
Radioterapia: 
• A radioterapia destroi células tumorais, empregando um feixe de radiação ionizante 
• A dose deve ser pré-calculada e aplicada em um determinado tempo, a um volume de tecido que 
engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais com o menor dano possível 
• Cuidado com sua indicação porque é altamente carcinogênica 
Quimioterapia: 
• A quimioterapia é um combinado de drogas, podendo ser utilizada de maneira curativa ou paliativa. 
Pode ser neoadjuvante (antes da cirurgia) ou adjuvante (depois da cirurgia) 
• É um tratamento que age na mitose celular 
• Atualmente, também pode ser utilizada como terapia alvo, que inclui os anticorpos monoclonais 
(rituximabe) e os inibidores seletivos de reações químicas (imatinibe, enzima tirosinoquinase) 
• Os efeitos colaterais podem ser divididos em 
o Precoces (podem surgir em até 3 dias) – náuseas, vômitos, mal-estar, adinamia, artralgias, 
anorexia, exantemas e flebites 
o Imediatos (podem surgir de 7 a 21 dias) – mielossupressão, mucosites, cistite hemorrágica, 
imunossupressão, potencialização dos efeitos das radioterapias 
o Tardios (demoram meses para surgir) – miocardiopatia, alopécia, pneumonite, 
imunossupressão, neurotoxicidade e nefrotoxicidade 
o Ultra tardios (de meses a anos para surgir) – infertilidade, carcinogênese, mutagênese, 
distúrbios do crescimento, sequelas no SNC, fibrose/cirrose hepática 
Transplante de medula óssea: 
• Pode ser utilizada para intensificação da quimioterapia → o aumento das doses de quimioterapia 
pode impedir a resistência do tumor e aumenta as chances de cura 
o O aumento da QT gera uma plaquetopenia, leucopenia, neutropenia porém é reversível. O 
transplante de medula auxilia nesse processo, agilizando o tratamento e impedindo a chance 
de progressão do tumor 
• Pode ser alogênico, autólogo, haploidêntico e cordão umbilical 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO

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