Buscar

Anatomia e Doenças da Próstata

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

• Em relação à anatomia, a próstata se localiza entre o 
intestino (posterior) e a bexiga (anterior). Através do 
toque retal é possível palpar a próstata. Pesa cerca de 
20g, é uma glândula exócrina e participa do produto da 
ejaculação (deixa mais fluído o líquido, é antibacteriano, 
entre outras funções) 
• A doença que afeta essa região é chamada de 
hiperplasia prostática 
• A biópsia deve ser feita em regiões específicas. O exame 
é feito pela região transretal e é guiada pelo ultrassom 
• A próstata é dividida em zonas → zona periférica (ZP – é 
a maior delas, é aonde localizam-se os tumores), zona 
central (ZC – é a segunda maior porção da próstata) e a 
zona de transição (ZT – zona em que ocorrem as 
doenças hiperplásicas) 
• Em relação à morfologia, a próstata é composta por 
células basais, responsáveis pela secreção da glândula, é uma célula tronco madura 
 
 
 
 
 
• É classificada em bacteriana (pode ser aguda ou crônica), não 
bacteriana crônica (chamada de Síndrome da Dor Pélvica 
Crônica – é a maioria dos casos), granulomatosa (a específica 
é causada por tuberculose, fúngica, parasitas ou por BCG; a 
inespecífica é causada por reação a secreção que ocorre 
normalmente após RTU) e histológica (classificada conforme a 
Irani ou pela classificação própria da ABC) 
• Etiopatogênese: a prostatite pode se dar por via 
hematogênica, linfática, por contiguidade ou ascendente (é a 
mais comum). A via ascendente ocorre por refluxo 
intraprostático de urina, por cateterismo ou sondas, por 
cistoscopia, por dilatação uretral ou por RTU 
Próstata 
PROSTATITES 
• Morfologia: caracterizada 
por células gigantes 
multinucleadas (mostrada 
na primeira imagem 
acima). A primeira imagem 
à direita é de uma prostatite 
crônica histológica 
• Lembrar que em caso de 
prostatite, o PSA pode estar 
aumentado e que a 
principal via de infecção 
bacteriana é a urinária. 
Além disso, o tipo granulomatoso inespecífico é diagnosticado através do toque e ultrassonografia 
suspeita 
 
 
 
• Também chamada de hiperplasia glândulo-estromal nodular 
• É a doença mais frequente da próstata e a sua incidência aumenta 
com a idade (por exemplo, aos 70-80 anos a incidência é de 80%) 
• Os sintomas da HPB é avaliado através de um Escore internacional – 
incluem urgência miccional, jato fino, nictúria 
• Patogênese: a testosterona age na próstata através da ativação do 
gene do fator de crescimento e além disso, também pode ativar uma 
enzima (5-alfa-redutase tipo 2) transformando-se em 
diidrotestosterona (DHT). A DHT está relacionada com o bloqueio da 
apoptose das células prostáticas. Outra teoria relacionada ao HPB é o 
redespertar embrionário, que se baseia nos seguintes eventos, os 
fatores de crescimentos locais são reativados formando nódulos 
estromais e estes, por sua vez, levam a proliferação de ductos e ácinos, 
transformando-se em nódulos estrômato-glandulares. A HPB é uma 
doença que afeta principalmente a zona de transição, compromindo o 
fluxo urinário → isso faz com que sejam recorrentes prostatites e 
infecção urinária 
• Em relação à morfologia, as células ficam “carecas”, ou seja, sem cílio 
• A HPB não é uma lesão pré-maligna! É uma doença que aumenta discretamente e gradualmente o 
PSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERPLASIA NODULAR PROSTÁTICA 
 
 
 
• No carcinoma ocorre interação da célula epitelial com as células estromais e o MEC. Ocorre 
predomínio de miofibroblastos, as células musculares diminuem ou desaparecem 
• É o tipo de câncer que mais acomete os homens e tem relação com o tabagismo 
• Em relação ao rastreamento da doença, ainda é um questão discutível se é benéfico ou não. Em 
relação aos benefícios, tem-se o melhor prognóstico da doença e menor morbidade associada. Em 
relação aos riscos, tem-se alguns resultados falso-positivos (acabam gerando ansiedade e 
sobretratamento), alguns falso-negativos (geram falsa sensação de tranquilidade), e se operado, 
pode gerar incontinência urinária e disfunção erétil como efeito colateral 
• A maioria dos tumores tem comportamento indolente, por isso, às vezes, não se aconselha o 
rastreamento 
• Fator de risco: o principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade; os demais são etnia 
(afrodescendentes, seguido de brancos → asiáticos → índios), histórico familiar (principalmente se for 
parente de 1º grau, aumentando o risco em 2x), níveis hormonais e fatores ambientais. Outros 
fatores que podem estar relacionados são sobrepeso (o metabolismo esteroidais estão 
desrregulados, há hiperinsulinemia e presença de citocinas pró-inflamatórias), exposição a aminas 
aromáticas (industrias químicas, mecânica e de transformação de alumínio, agrotóxico, petróleo, 
etc), sedentarismo, dieta (fator de proteção – licopeno, selênio e vitamina D) e estresse 
• Carcinogênese: o ácino normal, 
na primeira etapa, sofre uma 
lesão chamada NIP (neoplasia 
intra-prostática, é a etapa mais 
precoce da carcinogênese) e 
numa segunda etapa transforma-
se em câncer histológico (aquele 
diagnosticado, mas se encontra 
dentro da próstata) que, numa 
terceira etapa, se transforma em 
câncer latente que, 
posteriormente, se transforma em 
um câncer metastático (se 
espalha preferencialmente para 
os ossos). Tanto o NIP, quanto o 
carcinoma, predominam na zona 
periférica e ambos possuem 
semelhanças fenotípicas e 
genotípica. A etapa 3 tem como 
interferência a idade, fatores 
genéticos, étnicos, ambientais, alimentação, 
hormônios e distância do equador (relação com 
a vitamina D) 
• Patologia molecular: são geneticamente 
heterogêneos, ocorre interação entre as células 
estromais, epiteliais e MEC, os níveis de 
testosterona livre são maiores nos 
afroamericanos (seguido por caucasianos e 
asiáticos) e a sensibilidade do receptor 
androgênico também é maior em 
afrodescendentes 
• É um câncer que faz metástase lítica e mais 
frequentemente osteoblástica (afeta os ossos). 
A sua invasão local se dá na glândula seminal, 
bexiga e reto. Já nas metástases, afetam 
linfonodos obturadores e perivesicais, coluna 
lombar, fêmur proximal, pelve, coluna torácica e costelas 
• É um câncer difícil de prever o seu comportamento, depende muito do seu tipo histológico 
• Tipos histológicos: adenocarcinoma acinar usual (é o mais frequente), adenocarcinoma 
mucinoso/mucosecretor, adenocarcinoma de células em anel de sinete (mal prognóstico), carcinoma 
urotelial, carcinoma de pequenas células com ou sem diferenciação neuroendócrina (é o pior de 
todos) 
CARCINOMA DA PRÓSTATA 
• A graduação histológica é dada pelo Sistema de Gleason, dividido em padrão 1 (normal), padrão 2, 
padrão 3 (glândulas normais ou discretamente alteradas), padrão 4 e padrão 5 (necrose das 
glândulas) 
 
 
• Prognóstico: é dado através dos grupos, que 
vão de 1 a 5 
o Grupo 1 – escore 6 (3+3) ou menor 
o Grupo 2 – escore 7 (3+4) 
o Grupo 3 – escore 7 (4+3) 
o Grupo 4 – escore 8 (4+4, 3+5, 5+3) 
o Grupo 5 – escore 9 e 10 (4+5, 5+4, 5+5) 
• Outros critérios utilizado são a quantificação 
(número de fragmentos comprometidos pela 
neoplasia e porcentagem e/ou medida do tumor em 
cada fragmento), invasão perineural, extensão 
extraprostática (tumor em tecido adiposo adjacente, 
faz-se a biópsia da glândula seminal) 
• ASAP – é uma glândula atípica suspeita para 
carcinoma, mas não chega a ser um carcinoma em si. 
O laudo anatomopatológico deve aparecer a 
justificativa da suspeita e o estudo imuno-histoquímico 
deve conter anticorpos utilizados. As causas mais 
frequentes são quando o foco é muito pequeno, o foco 
desaparece em cortes seriados e ausência de critérios 
citológicos (está caracterizado pela imagem a 
esquerda) 
 
Metástase óssea 
 
 
 
 
4+4 
4+4 
4+5 
4+3 
 
 
Extensão extraprostática 
 
 
 
 
 
 
 
 
Invasão perineural

Outros materiais