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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Alterações do crescimento fetal: Restrição de crescimento intrauterino e macrossomia fetal Restrição de crescimento intrauterino Feto que não está crescendo todo seu potencial por algum processo patológico insuficiência placentária é a principal causa. PIG x RCF. Peso fetal, circunferência abdominal e Dopplervelocimetria obstétrica. Incidência 3 a 10 % dos recém-nascidos. Aumenta morbidade perinatal em 5x. Aumenta mortalidade perinatal em 8x. A morbidade perinatal é cerca de cinco vezes maior para os recém-nascidos afetados pela RCF, com maiores taxas de hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia, hemorragia pulmonar, hipotermia, aspiração meconial e prejuízo no desenvolvimento psicomotor. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - SAAF: síndrome antifosfolípide VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Predição e Prevenção da RCF Estratificação de risco no primeiro trimestre. Fatores de risco clínicos e obstétricos. Marcadores bioquímicos. Marcadores ultrassonográficos. Acomete a fase de hiperplasia celular Acomete a fase de hipertrofia celular Acomete igualmente as fases de hiperplasia e hipertrofia celular VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Causas fetais incluem cromossomopatias (trissomia do 21, 18 e 13), síndromes genéticas e malformações fetais. Entre as causas maternas, estão as síndromes hipertensivas, as infecções (rubéola, citomegalovírus, herpes, toxoplasmose), o diabetes com comprometimento vascular, as colagenoses, nefropatias, doenças inflamatórias intestinais e trombofilias. A RCF também pode ser consequente ao consumo de álcool, cigarros e drogas. Os fatores placentários incluem anormalidades na placenta como placenta prévia, corangiomas, inserção velamentosa de cordão e artéria umbilical única. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Diagnóstico O diagnóstico da RCF é possível desde que o seguimento pré-natal seja feito de forma adequada. Deve-se identificar fatores de risco e essas gestantes precisam ser seguidas com maior atenção. Um dos fatores de risco que sempre deve ser pesquisado é o antecedente de RCF em gestação prévia, pelo risco de recorrência. Medidas como a confirmação da idade gestacional, a monitoração do ganho de peso materno e a medida da altura uterina (medida da borda superior da sínfise púbica até a porção média do fundo uterino) auxiliam na identificação da RCF em gestantes de baixo risco. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Durante a assistência pré-natal a ultrassonografia é considerada o método mais acurado para o diagnóstico de RCF; porém, a confirmação do diagnóstico da RCF só poderá ser feita após o nascimento. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Quando existe suspeita de RCF por meio de fatores de risco ou exame clínico, a ultrassonografia deve ser o método escolhido para ratificar ou excluir esse diagnóstico. As medidas utilizadas são as do diâmetro biparietal (DBP), circunferência cefálica (CC), comprimento do fêmur (F) e circunferência abdominal (CA). A CA é a medida ultrassonográfica que apresenta maior sensibilidade para o diagnóstico de RCF e geralmente é a primeira a se alterar. Isso ocorre pela menor quantidade de tecido adiposo abdominal e principalmente pela redução do fígado fetal. A dopplervelocimetria da artéria umbilical consiste no primeiro exame a ser solicitado após a suspeita ultrassonográfica da RCF e reflete a resistência vascular no território placentário. Valores anormais na dopplervelocimetria das artérias umbilicais indicam aumento da resistência no território placentário, ou seja, permitem diagnosticar a insuficiência placentária, assim como sua gravidade. Essa avaliação também auxilia na diferenciação do feto pequeno constitucional daquele com RCF. RESUMINDO: Presença de fatores de ricos + exame físico alterado (peso materno e AU) solicitar USG para estimar o peso fetal e avaliar as medidas fetais se houver alterações no USG solicitar dopplervelocimetria. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Os principais objetivos quando se suspeita de RCF são: esclarecer a etiologia e definir o melhor momento para a resolução da gestação. Se houver alterações sugestivas de aneuploidia deve-se propor ao casal o estudo do cariótipo fetal. As sorologias devem ser checadas e repetidas de acordo com o resultado encontrado. Nos casos de vitalidade fetal preservada e apresentação cefálica, a preferência é pela via vaginal. Deve-se avaliar com atenção a vitalidade fetal intraparto pelo risco de sofrimento fetal agudo. Quando houver sofrimento fetal ou apresentação pélvica indica-se a cesárea. Conduta Fetos prematuros: corticoterapia e sulfato de magnésio. Resolução da gestação: indução parto. Cesárea: cardiotocografia, PBF ou artéria umbilical com diástole ausente/ reversa ou ducto venoso alterado. Prognóstico Maior risco de morte perinatal. Prematuridade. Desconforto respiratório. Atraso no desenvolvimento. Vida adulta: obesidade, Diabetes, doenças renais e cardiovasculares. Macrossomia Fetal Outro extremo do processo Fetos com percentil de crescimento ou peso acima do P90 para a idade gestacional. Acima de 4 ou 5 kg ainda controverso (acima de 4,5 kg parece ser o ponto de corte mais aceitável). Macrossomia x GIG. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Macrossomia = pensar em DMG ou ganho de peso excessivo materno. Diagnóstico é feito da mesma maneira que a RCIU9. - Polidrâmnio pelo aumento da TFG e, consequentemente, aumento do volume urinário. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Aumento de incidência em gestação prolongada. Não tem correlação com saúde placentária como a RCIU, portanto não temos protocolo de resolução precoce. Macrossomia + DMG controle do DMG e acompanhamento do bem estar fetal; se DMG descompensado = aumento do risco de óbito fetal. Achado de exame acompanhamento da ingesta e ganho de peso materno + rastreio adequado para DMG. Risco da macrossomia é maior pensando em riscos pós natais e durante o parto, durante a gestação quem gera o maior risco fetal é a DM, se presente. No puerpério, independentemente da via de parto, o risco de hemorragia é aproximadamente o dobro em mulheres com sobrepeso ou obesidade, sendo a atonia uterina secundária à macrossomia fetal uma das justificativas para isso. Indicação relativa de cesárea - A cesariana indicada por macrossomia fetal com base no peso estimado de ultrassonografia é um erro comum e injustificável na maioria dos casos, ainda que a estimativa fosse inequívoca. Isso porque essa prática é adequada apenas para fetos com mais de 5.000g em mães sem diabetes e mais de 4.500g naquelas com essa doença, pois apenas nesses casos a morbidade e a mortalidade fetais, especialmente relacionadas a distocias de ombros, são significativamente maiores. Não obstante, há muito erro de estimativa de peso fetal e a ultrassonografia realizada com o intuito de estimar essa característica ao final da gravidez apenas eleva as chances de cesariana sem ganhos para o feto. Em casos de DM + Macrossomia Caso o controle glicêmico permaneça adequado e o peso fetal estimado não seja superior a 4.000g, a gestação é acompanhada até a idade gestacional de 39 a 40 semanas. Se o controle glicêmico for insatisfatório, pode-se considerar a resolução da gestação entre 37 e 40 semanas. Anormalidades nos exame de vitalidade fetal indicam a resolução da gestação. Ocasionalmente, em pacientes com diabetes pré-gestacional, pode ser necessária a antecipação do parto por indicação materna (piora clínica de retinopatia ou nefropatia). Se o peso fetal estimado for maior do que 4.000g, há aumento no risco de óbito fetal e indica-se o parto independentemente da idade gestacional. A viade parto é de indicação obstétrica. 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