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Anatomia do olho

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Anatomia ocular
O olho é o órgão da visão, formado pelo bulbo do olho e pelo
nervo óptico, a órbita contém o bulbo do olho e as estruturas
acessórias da visão, e a região orbital é a área da face sobre a
órbita e o bulbo do olho que inclui as pálpebras superior e
inferior, além do aparelho lacrimal. Episclera: mais externa (superficial), ricamente
vascularizada
Estroma: fibras de colágeno, hidratação de 65 a 70%,
responsável pela cor branca (maior parte, não é
vascularizada, é similar a córnea histologicamente.
Lâmina fusca: mais interna (profunda), adjacente à coróide,
tem fibras colágenas e elásticas que ligam coróide à esclera,
sendo inervada por nervos ciliares curtos e longos.
Estrutura que forma a parede externa ou a túnica fibrosa do
globo ocular, é formada por fibras colágenas, avascular, sendo
irrigada posteriormente pelo nervo óptico, e faz parte do limbo
(união entre a córnea e a esclera). Composta por 03 camadas:
Apesar da semelhança, a córnea é transparente e o estroma é
branco por causa do grau de hidratação, a córnea tem que ser
desidratada - se ela ficar hidratada, ela perde a transparência - e
a coloração branca da esclera é dada pela hidratação.
A esclera pode ser o local da expressão de diversas doenças
sistêmicas, como por exemplo artrite reumatóide, com quadros
de esclerite ou epiesclerite, no qual ao avaliar os vasos da
conjuntiva é possível perceber que eles estão mais moles, para
isso existe um teste que é feito com fenilefrina a 10%, assim,
pinga-se o colírio e se for uma alteração que seja supra-escleral o
olho fica todo branco, já se for uma esclerite ou epiesclerite os
vasos continuam vermelhos. O teste é positivo quando o “colírio
Moura-Brasil” reage e o olho fica branco, significa que é um
quadro mais tranquilo de conjuntivite ou no máximo uma
episclerite mas não é uma esclerite, é importante fazer essa
diferenciação porque a esclerite está associada a quadros
sistêmicos mais graves, que às vezes precisam ser referenciados
para o reumatologista para indicar uso de imunossupressores.
B U L B O D O O L H O
Contém o aparelho óptico do sistema visual, ocupa a maior
parte da porção anterior da órbita, suspenso por 6 músculos
extrínsecos que controlam seu movimento e por um aparelho
suspensor da fáscia, tem diâmetro de 25 mm, suas estruturas
tem disposição circular ou esférica. 
Ele tem 3 túnicas + camada de tecido conjuntivo frouxo que o
circunda e o sustenta na órbita, composta pela bainha do bulbo
do olho (cápsula de Tenon) e a túnica conjuntiva do bulbo - além
disso, o espaço episcleral é uma lâmina de tecido conjuntivo
muito frouxo entre a bainha do bulbo do olho e a túnica externa
do bulbo do olho, facilitando seus movimentos na bainha.
T Ú N I C A F I B R O S A
Camada externa: esclera e córnea.
Esqueleto fibroso externo, que garante a forma e a resistência.
E S C L E R A
Parte opaca resiste que cobre os ⅚ posteriores do bulbo, é local
de inserção dos músculos extrínsecos (extraoculares) e
intrínsecos do bulbo, sua parte anterior é visível pela túnica
conjuntiva (parte branca do olho), relativamente avascular.
L A Y A N E S I L V A
A conjuntivite é diferente da esclerite pois ocorre na
conjuntiva, então é móvel, então é possível pegar e visualizar
que a parte que está vermelha e secretiva é a conjuntiva. 
C Ó R N E A
Parte transparente, cobre ⅙ da parte anterior do bulbo e tem
maior convexidade, avascular e nutrida por leitos capilares
periféricos e líquidos sobre suas faces externa e interna (líquido
lacrimal e humor aquoso), muito sensível ao toque, inervada
pelo nervo oftálmico. Atua na proteção, transmissão e refração
da luz (maior poder de refração 43 dioptrias), nutrição (HA,
filme lacrimal e vasos do limbo), tem intensa inervação (V par -
divisão oftálmica), formada por colágeno e sua transparência se
deve ao arranjo de fibras colágenas do estroma e exerce
desidratação relativa pela bomba de íons do endotélio.
A córnea é avascular, se for vascularizada, perde transparência,
então é nutrida por vasos do limbo, humor aquoso e o oxigênio
que pode vir do humor aquoso ou do ar. Ao acordar, a visão
geralmente está turva por conta de secreção ou quando não há
secreção isso ocorre porque quando os olhos ficam fechados, a
córnea muda o seu metabolismo de aeróbico para anaeróbico
porque a pálpebra está fechada e não entra o oxigênio do ar, ou
seja, pela manhã, a córnea faz um edema (aumenta sua
espessura) e esse edema diminui a transparência.
L A Y A N E S I L V A
Em casos de úlcera de córnea, deve-se corar com fenilefrina
percebe-se que há uma parte de baixo que fica mais corada
(úlcera), que é uma lesão/área desepitelizada e o corante entra
na área mais hidrofílica (estroma). A parte do epitélio é mais
lipossolúvel, quando há uma úlcera aquele epitélio hidrofóbico,
sai da região e o colírio que é mais hidrofílico entra nessa região.
Epitélio: possui intensa renovação por 7 dias, que é
realizada do interior para exterior.
Camada de Bowman
Estroma: consiste em 90% da espessura e sua lesão gera
leucoma
Membrana de Descemet: membrana basal do endotélio
Endotélio: camada única de 2500 células hexagonais,
promove desidratação da córnea, não renovável.
A córnea é formada por 05 camadas, de fora para dentro, são
elas: epitélio, membrana de Bowman (similar a membrana
basal do epitélio), na parte mais interna há o endotélio, que é
chamado de epitélio posterior e a membrana de Descemet que
é a membrana basal do endotélio, e o estroma que ocupa a
maior parte da córnea. 
1.
2.
3.
4.
5.
Existem 02 camadas de células de origem embriologicamente
epiteliais (epitélio anterior ou membrana de Bowman, e epitélio
posterior ou membrana de Descemet) e no meio está o estroma.
L I M B O D A C Ó R N E A
Ângulo formado pela interseção das curvaturas da esclera e da
córnea na junção corneoescleral, que é um círculo translúcido,
cinza, com 1 mm de largura que inclui várias alças capilares que
participam da nutrição da córnea avascular.
T Ú N I C A V A S C U L A R
Camada intermediária, úvea ou trato uveal: corioide,
corpo ciliar e íris.
C O R I O I D E
Camada marrom-avermelhada escura, está situada entre a
esclera e a retina, forma a maior parte da túnica vascular do
bulbo do olho e reveste a maior parte da esclera, nesse leito
vascular pigmentado e denso estão vasos maiores na parte
externa (próximo a esclera) e vasos mais finos (lâmina capilar
ou corioideocapilar) que formam um leito capilar extenso,
internos, adjacentes à camada fotossensível avascular da retina,
que supre com oxigênio e nutriente. Ela é ingurgitada com
sangue (maior taxa de perfusão por grama de tecido dos leitos
vasculares do corpo), por isso, é responsável pelos reflexo
vermelho do olho, insere-se firmemente no estrato pigmentoso
da retina e é contínua anteriormente com o corpo ciliar.
C O R P O C I L I A R
Espessamento anular da camada posterior ao limbo da córnea,
que é muscular e vascular, une corioide à circunferência da íris,
é o local de inserção da lente, a contração ou relaxamento de seu
músculo liso circular controlam a espessura (foco da lente). É
um dos responsáveis pela produção do humor aquoso na
câmara posterior, esse líquido vai para a câmara anterior, faz
um 360 graus entre a córnea trabeculada, que funciona como
ralo de escoamento do humor aquoso - para isso, a estrutura
trabeculada é muito pérvia, permitindo que o humor aquoso
saia da câmara posterior, passe pelo trabeculado e seja escoado
pelas veias episclerais, chegando ao seio cavernoso.
Alterações do seio cavernoso, como a trombose, podem gerar
problemas como uma equimose muito grande do olho
(proptose), na qual as veias e vasos ficam ingurgitados. Nesse
contexto, pode ocorrer glaucoma pós trabecular (problema na
saída do olho), que também pode ocorrer antes do trabeculado.
Parte óptica: sensível aos raios luminosos visuais e tem 2
estratos: nervoso (sensível a luz) e pigmentoso (formado por
1 camada de células que reforça a propriedade de absorção
da luz pela corióide para reduzir a dispersão da luz nobulbo), sua parte funcional termina anteriormente ao longo
da ora serrata (margem posterior irregular do corpo ciliar).
Parte cega: continuação anterior do estrato pigmentoso e
uma camada de células de sustentação, estende-se sobre o
corpo ciliar (parte ciliar da retina) e face posterior da íris
(parte irídica da retina) até a margem pupilar.
Fundo do olho: denominação clínica da face interna da
parte posterior do bulbo, onde é focalizada a luz que entra
no bulbo.
Disco do nervo óptico (papila óptica): área circular, onde as
fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo nervo óptico
entram no bulbo do olho, é insensível à luz pois não contém
fotorreceptores (ponto cego).
Mácula lútea: pequena área oval da retina com cones
fotorreceptores especiais que é especializada para acuidade
visual, lateral ao disco do nervo óptico, possui uma fóvea
central (depressão no centro da mácula) que é a área de
maior acuidade visual, mede 1,5 mm de diâmetro, e seu
centro (fovéola) não tem rede capilar visível.
P R O C E S S O C I L I A R E S
Pregas na face interna do corpo ciliar que secretam humor
aquoso, um líquido aquoso transparente, que ocupa o segmento
anterior do bulbo do olho, o interior do bulbo anterior à lente,
ao ligamento suspensor e ao corpo ciliar.
O cristalino é ligado ao corpo ciliar é a zônula (microfibrilas) e a
região da frente é preenchida pelo humor aquoso e pelo
mecanismo de sincinesia (acomodação - convergência - miose)
que ocorre da seguinte forma: contração - relaxamento da
zônula - convexidade - foco para perto (III NC).
Í R I S
Estrutura vascular que está sobre a face anterior da lente,
separa a câmara anterior da posterior, é composta por tecido
conjuntivo com células musculares, vasos sanguíneos e tecido
pigmentar (superfície posterior). É um diafragma contrátil fino
com abertura central (pupila) para dar passagem à luz, para isso
o tamanho da pupila é variável para controlar a quantidade de
luz que entra no olho por 2 músculos involuntários: M.
esfíncter da pupila circular, estimulado pelo sistema
parassimpático, diminui seu diâmetro (miose pupilar), e o M.
dilatador da pupila, radial e estimulado pelo sistema simpático,
aumenta seu diâmetro (dilata a pupila). As respostas simpáticas
são imediatas, porém a dilatação da pupila em resposta à baixa
iluminação pode levar até 20 minutos, já as parassimpáticas
costumam ser mais lentas, mas a contração pupilar estimulada
pelo sistema parassimpático normalmente é imediata.
L A Y A N E S I L V A
T Ú N I C A I N T E R N A
Camada interna: retina (partes óptica e não visual).
R E T I N A
Camada neural sensitiva do bulbo, formada por 2 partes
funcionais com localizações distintas: parte óptica e parte cega,
é suprida pela A. central da retina, um ramo da A. oftálmica,
exceto cones e bastonetes que recebem nutrientes da lâmina
capilar da corióide, além disso, há um sistema que recebe
nutrientes da lâmina capilar da corióide.
De forma geral, a retina é composta por mácula e fóvea (maior
concentração de fotorreceptores, é a área de maior recepção
visual), nervos e vasos, é tecido neural que possuem 3 neurônios
e células de sustentação. Divide-se em retina neurossensorial e
epitélio pigmentar da retina (EPR) que tem função de conversão
do estímulo luminoso em impulso nervoso, formando a
barreira hemato-retiniana, que são junções de oclusão de
células endoteliais e EPR.
Em pacientes com diabetes, ocorre quebra da barreira
(glicosilação MB) causando edema, exsudatos e hemorragias.
C Â M A R A S / M E I O S R E F R A T I V O S
No seu trajeto até a retina, as ondas luminosas atravessam os
meios refrativos do bulbo do olho: córnea, humor aquoso, lente
e humor vítreo.
Músculo ciliar: modifica o formato da lente, a ausência de
estimulação nervosa, o diâmetro do anel muscular relaxado
é maior, e a estimulação parassimpática através do nervo
oculomotor (NC III) causa contração do músculo ciliar,
semelhante a um esfíncter - esse processo ativo de
acomodação (modificação do formato da lente)
lente suspensa no anel está sob tensão, pois sua periferia é
distendida, tornando-a mais fina (menos convexa).
lente menos convexa coloca objetos mais distantes em foco
(visão para longe).
lente relaxada torna-se mais espessa (mais convexa),
focalizando objetos próximos (visão para perto).
espessura da lente aumenta com a idade, de modo que a
capacidade de acomodação costuma ser limitada depois dos
40 anos.
1.
2.
3.
4.
C Ó R N E A
Meio refrativo primário do bulbo do olho, desvia a luz no
máximo grau, focalizando uma imagem invertida sobre a retina
fotossensível do fundo do bulbo do olho.
H U M O R A Q U O S O
Circulação: CP - CA - trabeculado - canal de Schlemm - veias
episclerais
Ocupa o segmento anterior do bulbo do olho, que é dividido pela
íris e pupila, é uma solução aquosa transparente produzida pela
câmara posterior pelos processos ciliares do corpo ciliar,
composto por glicose, aminoácidos e O2 que fornece nutrientes
para a córnea avascular e a lente. Assim, após atravessar a
pupila e chegar à câmara anterior, drena por um rede
trabecular no ângulo iridocorneal para o seio venoso da esclera
(canal de Schlemm),e é retirado pelo plexo do limbo, uma rede
de veias esclerais próximas do limbo, que drenam para
tributárias das veias vorticosas e ciliares anteriores.
Alteração da drenagem pode provocar aumento da pressão, pois
quando aumenta a produção ou a pressão, reduz a drenagem.
C Â M A R A S
Câmara anterior (CA): espaço entre a córnea anteriormente
e a íris/pupila posteriormente
Câmara posterior (CP): situada entre a íris/pupila
anteriormente e a lente e o corpo ciliar posteriormente.
Pressão intraocular (PIO): equilíbrio entre a produção e a
drenagem de humor aquoso.
L E N T E
Cápsula: extremamente elástica, é fixada pelas fibras
zonulares (que juntas formam o ligamento suspensor da
lente) aos processos ciliares circundantes.
Situa-se posteriormente à íris e anteriormente ao humor vítreo
do corpo vítreo, estrutura biconvexa e transparente encerrada
em uma cápsula.
M Ú S C U L O S
A maior parte da refração é produzida pela córnea, mas a
convexidade da lente, sobretudo de sua face anterior, varia
constantemente para focalização fina de objetos próximos ou
distantes na retina.
L A Y A N E S I L V A
H U M O R V Í T R E O
Líquido aquoso contido na malha de fibrina do corpo vítreo,
uma substância gelatinosa transparente nos ⅘ posteriores do
bulbo do olho, posterior à lente (segmento posterior do bulbo
do olho, câmara postrema ou vítrea), ele dá passagem à luz,
mantém a retina no lugar e sustenta a lente.
A câmara vítrea é o espaço entre o corpo ciliar (face posterior do
cristalino) até a retina, preenchido pelo vítreo que é
transparente e gelatinoso, composto por água (99%) + colágeno
+ ácido hialurônico (forma a consistência de gel), fixado na ora
serrata (parte mais periférica da retina) e disco óptico.
Com a idade, o humor vítreo passa a sofrer liquefação, que é a
redução do seu volume, clinicamente representam bolsas
volantes, que é provavelmente um descolamento de vítreo
posterior - fisiológico da idade, mas 15-20% dos descolamentos
de vítreo recentes estão associados a descolamento de retina,
então é importante orientar o paciente que ao começar o
sintoma de descolamento de vítreo, realizar um exame de retina
para descartar descolamento de retina.
Em geral, o vítreo está colado em área de maior adesão e com o
tempo ele vai retraindo e puxa a retina provocando um rasgo na
retina, esse tipo de descolamento é chamado de descolamento
regmatogênico da retina.
L A Y A N E S I L V A
M Ú S C U L O S E X T R Í N S E C O S
Inclui músculo levantador da pálpebra superior, quatro retos
(superior, inferior, medial e lateral) e dois oblíquos (superior e
inferior), que atuam juntos para movimentar as pálpebras
superiores e os bulbos dos olhos - quanto à inervação, o reto
lateral é inervado pelo VI par, oblíquo superior é inervado pelo
troclear IV, todas as outras estruturas são inervadas pelo
oculomotor III par.
O núcleo de Edinger-Westphalno mesencéfalo emite projeções
através do III par para promover a acomodação do olho, atua
para além dos músculos extrínsecos oculares e do elevador da
pálpebra, inervado pelo III par.
M Ú S C U L O L E V A N T A D O R D A P Á L P E B R A
S U P E R I O R
Músculo tarsal superior: fibras musculares lisas situado na
lâmina profunda da parte distal (palpebral) do músculo, que
faz alargamento adicional da rima das pálpebras.
expande-se e forma uma aponeurose bilaminar larga à medida
que se aproxima de suas inserções distais, sua lâmina superficial
se fixa à pele da pálpebra superior e sua lâmina profunda, ao
tarso superior, ele sofre a oposição da gravidade na maior parte
do tempo e é o antagonista da ½ superior do músculo orbicular
do olho, o esfíncter da rima das pálpebras.
M Ú S C U L O S R E T O S
Músculos retos laterais: promovem abdução que direciona
o olhar para a lateral, de modo que a linha do olhar coincida
com o plano dos músculos RI e RS, este produz apenas
elevação e o RI produz abaixamento.
Seguem em sentido anterior até o bulbo e originam-se de uma
bainha fibrosa que circunda o canal óptico e parte da fissura
orbital superior (anel tendíneo comum) - as estruturas que
entram na órbita por esse canal e a parte adjacente da fissura
situam-se no cone dos retos. Seguem em sentido anterior para
se fixarem às faces superior, inferior, medial e lateral do bulbo,
anteriormente ao seu equador, as ações primárias dos 4 retos na
produção de elevação, abaixamento, adução e abdução.
Músculo reto superior e músculo reto inferior: quando o
olho está em posição primária chegam ao bulbo do olho pela
face medial e sua linha de tração passa medialmente ao eixo
vertical, que confere ação secundária de adução, além disso,
estendem-se lateralmente, passando superior e
inferiormente ao eixo AP, respectivamente, o que
proporciona ao músculo RS uma ação secundária de rotação
medial, e ao músculo RI uma ação secundária de rotação
lateral.
Músculo reto medial: promove adução, direcionando o
olhar medialmente, de modo que a linha do olhar coincida
com o plano dos tendões de inserção dos músculos OS e OI, o
músculo OS faz o abaixamento e OI faz elevação.
M Ú S C U L O O B L Í Q U O I N F E R I O R
Único a se originar da parte anterior da órbita (imediatamente
lateral à fossa lacrimal), principal rotador lateral, tem como
principal função o abaixamento da pupila na posição aduzida.
M Ú S C U L O O B L Í Q U O S U P E R I O R
o tendão atravessa a tróclea logo no interior da margem
orbital superomedial, redirecionando a linha de tração,
assim, os tendões de inserção dos músculos oblíquos estão
no mesmo plano vertical oblíquo, seguem em sentido lateral
para se inserirem na metade lateral do bulbo do olho,
posteriormente ao seu equador.
na posição primária os músculos oblíquos seguem em
sentido posterior pelo eixo transversal e posteriormente ao
eixo vertical, conferindo ao músculo OS a função secundária
de depressor, ao músculo OI a função secundária de
elevador, e as 2 músculos a função secundária de abdutores.
Origina-se da região do ápice, como os músculos retos (mas
superomedialmente ao anel tendíneo comum), principal
rotador medial do bulbo do olho, tem como principal função a
elevação da pupila na posição aduzida.
M O V I M E N T O S D O O L H O
Rotações em torno de 3 eixos – vertical, transversal e
anteroposterior, que acomodam alterações na inclinação da
cabeça.
L A Y A N E S I L V A
Vertical: move a pupila em sentido medial (em direção à
linha mediana, adução) ou lateral (em direção oposta à linha
mediana, abdução).
Transversal: move a pupila em sentido superior (elevação)
ou inferior (abaixamento).
Anteroposterior: correspondente ao eixo do olhar na
posição primária, movem o polo superior do bulbo do olho
em sentido medial (rotação medial ou torção interna) ou
lateral (rotação lateral ou torção externa).
A P A R E L H O D E S U S T E N T A Ç Ã O D O B U L B O
Prolongamentos dos músculos retos medial e lateral:
expansões triangulares das fáscias dos músculos retos
medial e lateral, fixadas ao lacrimal e ao zigomático,
limitam a abdução e a adução.
Ligamento suspensor do bulbo do olho: alça semelhante a
uma rede formada pela fusão entre os ligamentos
controladores e a fáscia dos músculos reto inferior e oblíquo
inferior. 
Prolongamento inferior: semelhante da fáscia do músculo
reto inferior, retrai a pálpebra inferior quando o olhar é
voltado para baixo.
os prolongamentos atuam com os músculos oblíquos e a
gordura retrobulbar para resistir à tração posterior do bulbo
do olho pelos músculos retos.
A bainha caliciforme do bulbo envolve o bulbo, estende-se
posteriormente desde os fórnices da conjuntiva até o nervo
óptico e forma a cavidade para o bulbo, ela é perfurada pelos
tendões dos músculos extrínsecos do bulbo do olho e é refletida
sobre cada um deles como uma fáscia muscular tubular. As
fáscias dos músculos levantador e reto superior são fundidas,
assim, quando o olhar é direcionado para cima, a pálpebra
superior é elevada ainda mais para ficar fora da linha de visão.
Uma ptose de origem recente exige que o médico investigue
para descartar alterações pupilares, pois se houver midríase
associada a ptose pode indicar lesões compressivas, como por
exemplo um aneurisma - nesse caso, o paciente precisaria ir
diretamente à emergência para fazer uma arteriografia.
O III par é responsável por inervar a pupila (músculos
esfincterianos) para fazer a miose, inerva o corpo ciliar para
fazer acomodação da visão e levar o foco para frente e inerva o
reto medial, principalmente quando a pessoa aproxima algo do
rosto para enxergar. Se isso não acontecer, ou seja, se o corpo
ciliar não fosse competente para contrair, aumentar o diâmetro
ântero-posterior do cristalino e puxar o foco para a retina
quando aproximamos um objeto do rosto o foco iria para trás,
dando origem ao que chamamos na clínica de presbiopia.
Ó R B I T A S
Cavidades ósseas no esqueleto da face que se assemelham a
pirâmides quadrangulares ocas, cujas bases estão voltadas na
direção anterolateral e os ápices, na direção posteromedial, suas
paredes mediais são separadas pelos seios etmoidais e partes
superiores da cavidade nasal, são quase paralelas, enquanto as
paredes laterais formam um ângulo quase reto (90°). Assim, os
eixos orbitais divergem em 45o, mas os eixos ópticos (linha de
visão) de ambos bulbos são paralelos e na posição anatômica
estão voltados para frente (posição primária).
Pálpebras: limitam as órbitas anteriormente e controlam a
exposição da região anterior do bulbo
Músculos extrínsecos do olho: posicionam os bulbos dos
olhos e levantam as pálpebras superiores
Nervos e vasos no trajeto para os bulbos e músculos
Fáscia orbital circundando os bulbos e os músculos
Túnica mucosa (conjuntiva): reveste as pálpebras e a face
anterior dos bulbos e a maior parte do aparelho lacrimal,
que a lubrifica.
Base: delimitada pela margem orbital que circunda o ádito
orbital, o osso que forma a margem orbital é reforçado para
proporcionar proteção ao conteúdo da órbita e oferece
inserção no septo orbital, membrana fibrosa que se estende
até as pálpebras.
Parede superior (teto): quase horizontal, formada pela
parte orbital do frontal, que separa a cavidade orbital da
fossa anterior do crânio, asa menor do esfenóide próximo ao
ápice da órbita, e fossa lacrimal que acomoda a glândula
lacrimal na depressão superficial na parte orbital do frontal.
Parede medial: quase paralelas nas órbitas contralaterais,
formadas pela lâmina orbital do etmóide, processo frontal
da maxila lacrimal e esfenóide, entalhada pelo sulco
lacrimal e pela fossa do saco lacrimal, superiormente está a
tróclea para o tendão do músculo extrínseco do olho, é
formada em grande parte pelo papirácea.
As órbitas e a região da órbita anterior a elas contêm e protegem
os bulbos dos olhos e as estruturas acessórias da visão:
O espaço nas órbitas é preenchido pelo corpo adiposo da órbita
formando a matriz na qual se inserem essas estruturas, que em
geralé piramidal quadrangular e composta por:
L A Y A N E S I L V A
Parede inferior (assoalho): formada pela maxila, ossos
zigomático e palatino, a parte fina é compartilhada pela
órbita e pelo seio maxilar, inclina-se inferiormente até a
margem orbital inferior, e é demarcada da parede lateral da
órbita pela fissura orbital inferior.
Parede lateral: formada pelo processo frontal do zigomático
e pela asa maior do esfenóide, é mais forte e mais espessa das
4 paredes pois é mais exposta e vulnerável ao traumatismo
direo, a parte posterior separa a órbita do temporal e da
fossa média do crânio e as partes laterais das órbitas
contralaterais são perpendiculares entre si. 
Ápice: situa-se no canal óptico na asa menor do esfenoide
imediatamente medial à fissura orbital superior.
Os ossos que formam a órbita são revestidos pela periórbita, o
periósteo da órbita, que é contínua (1) no canal óptico e fissura
orbital superior com a lâmina periosteal da dura-máter,
margens orbitais e através da fissura orbital inferior, com o
periósteo cobrindo a face externa do crânio (pericrânio), (3)
septos orbitais nas margens orbitais, (4) fáscia dos músculos
extrínsecos do bulbo do olho e (5) fáscia da órbita que forma a
bainha fascial do bulbo do olho.
O S S O S D A S Ó R B I T A S
Inclui 07 ossos: frontal, zigomático, maxilar, lacrimal,
etmóide, palatino e esfenóide.
O eixo órbita-córnea tem 45 graus, mas o olho permanece para
frente por atuação do músculo reto medial, quando a pessoa
enxerga bem ocorre transmissão do impulso da visão para o
córtex occipital no cérebro que regula a musculatura dos 2 olhos
para PPO (postura primária do olhar).
quando ocorre fratura da parede inferior que encarcera o M.
reto inferior, que puxa o olho para baixo.
Pessoas com estrabismo muito provavelmente evoluirão com
estrabismo do tipo divergente. Se por exemplo, um olho teve
descolamento de retina e não enxerga nada, ele perde o
estímulo de fixação no cérebro assume postura orgânica
anatômica, fazendo um XT, episotropia do tipo sensorial.
 
BLOW OUT: as paredes mais finas da órbita são a média e a
inferior, por conta disso, existem lesões mais comuns nessas
regiões, uma delas é a fratura em blow out (explosão) - por causa
dos vetores de força é mais comum fratura na parede inferior.
CELULITE ORBITÁRIA: pode ocorrer por conta de sinusite
crônica, principalmente de maxilar e de etmoide, pelo aumento
da pressão e consequente rompimento dos seios nasais.
P Á L P E B R A S
As pálpebras e o líquido lacrimal, secretado pelas glândulas
lacrimais, protegem a córnea e o bulbo contra lesão e irritação,
quando fechadas, ficam sobre o bulbo do olho anteriormente e
mantêm a córnea úmida por espalhamento do líquido lacrimal.
São pregas móveis cobertas externamente por pele fina e
internamente pela túnica conjuntiva da pálpebra, que é
refletida sobre o bulbo, onde é contínua com a túnica
conjuntiva do bulbo. Formadas por pele, M. orbicular,
glândulas sudoríparas, seborreicas, de mucosa, lacrimais
acessórias, placa tarsal (preenchida por uma grande glândula,
meibômio, importantes nos quadros de calazio e lordelo).
L A Y A N E S I L V A
Pele e cílios 
Placa tarsal (tecido conjuntivo denso)
Conjuntivo tarsal ou palpebral 
Glândulas de Meibomius (componente lipídico do filme
lacrimal)
Glândulas sudoríparas (Moll)
Glândulas lacrimais acessórias (Krause e Wolfring)
As principais estruturas são:
Já, entre as principais funções estão: proteção do globo e
secreção, distribuição e drenagem de lágrima que se baseiam na
dinâmica do movimento de piscar, nota-se que ao piscar a
lágrima vem do sentido lateral para medial porque os canais
lacrimais estão mediais e a glândula lacrimal principal está no
temporal superior, então é natural que a lágrima seja produzida
no local mais lateral e que venha de lateral para medial,
trazendo o lágrima por todo o olho e saindo pelos canais
lacrimais superior e inferior.
T Ú N I C A C O N J U N T I V A D O B U L B O
Delgada, transparente e frouxamente inserida na face anterior
(esclera) do bulbo onde contém pequenos vasos sanguíneos
visíveis, é aderente à periferia da córnea, linhas de reflexão
formam recessos profundos (fórnices superior e inferior).
S A C O D A C O N J U N T I V A
Espaço limitado pelas túnicas conjuntivas da pálpebra e do
bulbo, se abre através de uma abertura anterior (rima das
pálpebras) quando o olho é “aberto”, é uma forma especializada
de “bolsa” mucosa que permite a livre movimentação das
pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho.
T A R S O S S U P E R I O R E I N F E R I O R
Densas faixas de tecido conjuntivo que são fortalecidas pelas
pálpebras superior e inferior, assim, as fibras da parte palpebral
do músculo orbicular do olho (esfíncter da rima das pálpebras)
estão no tecido conjuntivo superficial aos tarsos e
profundamente à pele das pálpebras. 
G L Â N D U L A S T A R S A I S
Estão integradas nos tarsos, produzem uma secreção lipídica
que lubrifica as margens das pálpebras e impede sua aderência
quando se fecham, além de formarem uma barreira que o
líquido lacrimal não cruza quando produzido em volume
normal - quando a produção é excessiva, o líquido ultrapassa a
barreira e desce sobre as bochechas como lágrimas.
C Í L I O S
Estão nas margens das pálpebras, possui glândulas ciliares
(sebáceas), as junções das pálpebras formam comissuras medial
e lateral das pálpebras, que definem os ângulos medial e lateral.
L I G A M E N T O S P A L P E B R A I S
Ligamento palpebral medial: localizado entre o nariz e o ângulo
medial do olho, une os tarsos à margem medial da órbita,
origina o músculo orbicular do olho.
Ligamento palpebral lateral: fixa o tarso à margem lateral da
órbita, mas não garante inserção muscular direta.
S E P T O O R B I T A L
Membrana fibrosa que se estende dos tarsos até as margens da
órbita, onde se torna contínuo com o periósteo, contém o corpo
adiposo da órbita, constitui a posterior do M. orbicular do olho.
P R O D U Ç Ã O E D R E N A G E M L A C R I M A L
G L Â N D U L A L A C R I M A L
Secreta líquido lacrimal, uma solução salina fisiológica aquosa
que contém a enzima bactericida lisozima, que umidifica e
lubrifica as superfícies da conjuntiva e córnea e fornece à
córnea alguns nutrientes e oxigênio dissolvido - em excesso,
forma lágrimas. Tem formato de amêndoa, cerca de 2 cm de
comprimento, situa-se na fossa da glândula lacrimal na parte
superolateral de cada órbita, é dividia em partes superior
orbital e inferior palpebral pela expansão lateral do tendão do
músculo levantador da pálpebra superior.
G L Â N D U L A S L A C R I M A I S A C E S S Ó R I A S
Podem estar presentes na parte média da pálpebra ou ao longo
dos fórnices superior ou inferior da conjuntiva, são mais
numerosas na pálpebra superior.
D U C T Ú L O S E X C R E T O R E S
Conduzem líquido lacrimal das glândulas lacrimais para o saco
da conjuntiva.
C A N A L Í C U L O S L A C R I M A I S
Começam em um ponto lacrimal na papila lacrimal perto do
ângulo medial do olho e drenam líquido lacrimal do lago
lacrimal (espaço triangular no ângulo medial do olho, onde se
acumulam as lágrimas) para o saco lacrimal (parte superior
dilatada do ducto lacrimonasal).
D U C T O L A C R I M O N A S A L
o líquido lacrimal com material estranho é deslocado em
direção ao ângulo medial do olho, acumulando-se no lago
lacrimal.
Conduz o líquido lacrimal para o meato nasal inferior (espaço
abaixo da concha nasal inferior, que é uma crista com curvatura
para baixo mais inferior na parede lateral da cavidade nasal). 
A produção de líquido lacrimal é estimulada por impulsos
parassimpáticos do NC VII, secretado através de 8 a 12 dúctulos
excretores que se abrem na parte lateral do fórnice superior da
conjuntiva do saco conjuntival, flui inferiormente no saco sob
e, quando a córnea fica ressecada, o olho pisca, as pálpebras se
aproximam de lateral a medial, deslocando uma película de
líquido medialmente sobre a córnea. 
L A Y A N E S I L V A
além de limpar partículas e irritantesdo saco conjuntival, o
líquido lacrimal fornece nutrientes e oxigênio para a córnea.
A ação capilar drena líquido para os canalículos lacrimais
através dos pontos lacrimais, já a ação do músculo orbicular dos
olhos, inserido em parte no saco lacrimal, auxilia o
deslocamento de líquido para o saco lacrimal, a partir deste, o
líquido drena para o meato nasal inferior da cavidade nasal
através do ducto lacrimonasal, flui posteriormente pelo
assoalho da cavidade nasal para a parte nasal da faringe e é, por
fim, engolido.
L Á G R I M A
Camada lipídica: tem função de evitar a evaporação - assim,
ela da estabilidade ao filme lacrimal;
Camada aquosa: nutrição e oxigenação da córnea;
Camada mucina: umidificação da superfície ocular -
permite a transição visto que a córnea tem caráter lipofílico.
A lágrima não é formada somente por secreção aquosa, existem
3 camadas que atuam na sua formação de fora para dentro: (1) a
camada lipídica, mais superficial, sendo formada pelas
glândulas Meiobomius e Zeis (2) a camada mucosa, a mais
interna, formada por mucina células de Menz e células
caliciformes (3) a camada aquosa, intermediária e maior, esta é
formada pelas glândulas lacrimais principais e acessórias.
Se deficiência lipídica por blefarite crônica essas glândulas
ficam entupidas e essa parte do filme lacrimal começa a
encurtar, gerando mais “evaporação” e olho seco evaporativo.
Em caso de síndrome de Joubert e doença autoimune primária
ou secundária cursam com olho e boca mais secos pois a camada
aquosa está reduzida (não há produção da parte hidrofílica),
formando olho seco secretivo.
I N E R V A Ç Ã O 
fibras secretomotoras parassimpáticas pré-ganglionares são
conduzidas do nervo facial pelo nervo petroso maior e
depois pelo nervo do canal pterigóideo até o gânglio
pterigopalatino, onde fazem sinapse com o corpo celular da
fibra pós-ganglionar.
 fibras simpáticas pós-ganglionares vasoconstritoras,
trazidas do gânglio cervical superior pelo plexo carótico
interno e nervo petroso profundo, unem-se às fibras
parassimpáticas para formar o nervo do canal pterigóideo e
atravessar o gânglio pterigopalatino
o ramo comunicante terminal do nervo zigomático leva os 2
tipos de fibras para o ramo lacrimal do nervo oftálmico, a
fusão deles ocorre antes ou logo após a penetração na
glândula.
C O N J U N T I V A
Mucosa que reveste parte posterior das pálpebras e superfície
anterior do olho até a córnea, para no limbo palpebral que é a
transição entre esclera e córnea, e não pode passar pela córnea
se não será uma conjuntivalização da córnea causando
transparência. Ela proporciona proteção, livre movimentação
do globo e superfície lisa de contato com a córnea e é
frouxamente aderida ao globo ocular e ao fórnice - se a pálpebra
não fosse conjuntivalizada por trás, ao piscar iria sentir uma
sensação áspera que levaria a uma ceratite (lesão na córnea). O
epitélio é formado por células caliciformes que serão
responsáveis pela produção da camada mucosa da pálpebra, e a
inervação sensorial é feita pelo V par.
Pacientes que tem corpo estranho que chegam a emergência e o
médico olha e não acha nenhuma partícula, é necessário everter
a pálpebra e procurar naquela mesma área onde é drenada o
calázio porque o corpo estranho pode ficar alojado ali. Ao corar
com fluoresceína é possível ver a córnea toda arranhada.
 
O afrouxamento é perceptível nos casos de quemose, que é um
edema conjuntival bem comum em quadros alérgicos como
conjuntivite alérgica, o que deixa aparente a transição do limbo,
pois ele é bem aderido a conjuntiva e a epiesclera
C R I S T A L I N O
Quanto à composição do cristalino, de fora para dentro: pupila,
câmara posterior, zônula, corpo ciliar, então a luz passa nessa
direção, ademais, tem a cápsula e o epitélio do cristalino - essa
cápsula é a membrana basal desse epitélio, sendo a única
membrana basal do corpo que funciona do modo oposto, ou
seja, ela está para fora porque esse epitélio tem antigenicidade.
L A Y A N E S I L V A
Se houver alguma lesão do cristalino, pode haver um glaucoma
do tipo facoanafilático, no qual ocorre uma grande reação
antigênica dessas proteínas que estão dentro do cristalino sendo
isoladas por essa membrana basal (cápsula do cristalino).
Cápsula: membrana basal da camada epitelial (mais espessa
anterior);
Epitélio subcapsular: anterior e equatorial (só está presente
nessas 2 partes)
Fibras do cristalino: formadas por células do epitélio
diferenciadas (ausência de núcleo e organelas) - ou seja, as
células epiteliais vão perdendo o núcleo, perdem seu
formato e viram fibras que serão cada vez mais comprimidas
(as mais antigas ficam no núcleo do cristalino e as mais
novas ficam no córtex do cristalino).
Córtex: fibras mais jovens
Núcleo: fibras mais antigas, mais denso
Consiste em um disco transparente biconvexo, constituído por:
Ele tem crescimento contínuo, ou seja, aumenta o diâmetro
ântero-posterior e diminui transparência, causando presbiopia
e catarata - assim, ele é produzido continuamente e pelo
estresse oxidativo, ele envelhece e deixa de ser transparente.
I N E R V A Ç A O
Grandes nervos ópticos conduzem nervos puramente
sensitivos, que transmitem impulsos gerados por estímulos
ópticos, desenvolvem-se como extensões anteriores pares do
prosencéfalo e são tratos de fibras do SNC formados por
neurônios de 2a ordem, eles começam na lâmina cribriforme
da esclera, onde as fibras nervosas amielínicas perfuram a
esclera e tornam-se mielínicas, posteriormente ao disco óptico.
Eles saem das órbitas através dos canais ópticos, e, em todo o
trajeto na órbita, são circundados por extensões das meninges
cranianas e pelo espaço subaracnóideo, sendo este ocupado por
uma fina camada de LCS, essas extensões intraorbitais da dura-
máter e aracnóide-máter cranianas constituem a bainha do
nervo óptico, que se torna contínua anteriormente com a
bainha do bulbo e a esclera - uma lâmina de pia-mater cobre
superfície do nervo óptico dentro da bainha.
S E N S O R I A L ( V P A R )
A inervação sensorial é originária do V par (trigêmeo),
essencialmente sensorial, dividido em 3 ramos, o primeiro
ramo o oftálmico, que é responsável por inervar o globo ocular.
M O T O R A ( I I I , I V E V I P A R ) 
nervos troclear e abducente seguem diretamente até o único
músculo suprido por cada nervo.
Os nervos da órbita incluem aqueles que atravessam a fissura
orbital superior e suprem os músculos oculares: nervos
oculomotor (NC III); troclear (NC IV) e abducente (NC VI).
nervo oculomotor forma as divisões superior (inerva os
músculos reto superior e levantador da pálpebra superior) e
inferior (inerva os músculos retos medial e inferior e o
músculo oblíquo inferior e conduz fibras parassimpáticas
pré-ganglionares até o gânglio ciliar).
Os movimentos são estimulados pelos nervos oculomotor,
troclear e abducente, a partir da posição primária nas órbitas
direita e esquerda, produzindo a visão binocular.
N E R V O O F T Á L M I C O
Gânglio ciliar: pequeno grupo de corpos de células nervosas
parassimpáticas pós-ganglionares associadas ao NC V1, está
localizado entre o nervo óptico e o músculo reto lateral em
direção ao limite posterior da órbita, recebe fibras nervosas
de 3 origens:
Fibras sensitivas do NC V1 pela raiz sensitiva ou
nasociliar do gânglio ciliar
Fibras parassimpáticas pré-ganglionares do NC III pela
raiz parassimpática ou oculomotora do gânglio ciliar
Fibras simpáticas pós-ganglionares do plexo carótico
interno pela raiz simpática do gânglio ciliar.
Os 3 ramos terminais do NC V1 (os nervos frontal, nasociliar e
lacrimal), atravessam a fissura orbital superior e suprem
estruturas relacionadas com a parte anterior da órbita, face e
couro cabeludo.
N E R V O S C I L I A R E S C U R T O S
Originam-se do gânglio ciliar e são ramos do NC V1, conduzem
fibras parassimpáticas e simpáticas para o corpo ciliar e para a
íris, são fibras parassimpáticas pós-ganglionares originadas no
gânglio ciliar, fibras aferentes do nervo nasociliar que
atravessam o gânglio, e fibrassimpáticas pós-ganglionares que
também o atravessam.
N E R V O S C I L I A R E S L O N G O S
Ramos do nervo nasociliar (NC V1) que seguem até o bulbo do
olho, desviando-se do gânglio ciliar, conduzem fibras
simpáticas pós-ganglionares para o músculo dilatador da pupila
e fibras aferentes da íris e da córnea.
N E R V O S E T M O I D A I S P O S T E R I O R E A N T E R I O R
Ramos do nervo nasociliar que se origina na órbita, saem
através de aberturas na parede medial da órbita para suprir a
túnica mucosa dos seios esfenoidal e etmoidal e as cavidades
nasais, bem como a dura máter da fossa anterior do crânio.
CALÁZIO X HORDÉOLO: calázio é uma obstrução da glândula
de meibomius, sendo uma patologia relativamente comum,
diferentemente do hordéolo, não é infeccioso, é similar a um
cisto, ou seja, houve o fechamento da glândula que deixa de
produzir secreção, mas não está infectado, então não é
necessário tratar com antibiótico, as medidas de tratamento são
compressa morna abundante e higiene dos cílios, para que se o
paciente tiver blefarite, esse excesso de secreção sebácea, isso
não fique impactando as glândulas que estão na borda da
pálpebra, por isso é recomendada a higiene palpebral. 
 
Deve-se esperar por um tempo com o paciente realizando
compressa morna e higiene palpebral, se não melhorar ou se a
paciente estiver incomodada por motivos estéticos deve-se
fazer a drenagem., que é feita com anestesia local, assim, pega-
se a pinça de calázio, coloca aonde está localizado o calázio e
everte a pálpebra (coloca a pálpebra para cima), depois faz uma
assepção vertical respeitando a linha de meibomius, pois
existem várias glândulas nessa parte superior, em torno de 27
glândulas, assim, se fizer na horizontal irá afetar diversas
glândulas, por isso é feito na vertical para atingir apenas a
glândula que foi afetada.
L A Y A N E S I L V A

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