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• O rim é responsável pela excreção de produtos tóxicos, ele regula também a quantidade de água e sais. Além disso, o rim também participa da homeostase para manter o organismo funcionando normalmente, mantém a homeostase do pH plasmático • O rim é um órgão endócrino (produz renina e aldosterona), cada rim pesa cerca de 150g, possui uma cápsula fina, vasos do hilo (artéria renal que bifurca até chegar a uma arteríola aferente e uma eferente – chamado de sistema porta-arterial) • Em relação à patologia renal, são diversas e complexas devido à sua arquitetura. São divididas conforme os compartimentos de acometimento – glomérulos, vasos sanguíneos e túbulos intersticiais (túbulo-intersticial) • O néfron é a unidade funcional do rim com susceptibilidade dos seus componentes distintos aos diferentes agentes agressores. As manifestações clínicas precoces tendem a ser diferentes • A mácula densa se encontra junto à arteríola aferente e é responsável pela produção de renina • Podócitos – se encontra junto à membrana basal, responsável pela filtração do filtrado • Células mesangiais – possui diversas funções, pode funcionar como macrófago, produz matriz mesangial, produz citocinas, etc • Células do epitélio parietal – se encontra fixo à cápsula de Bowman Patologia renal CÉLULAS RENAIS • Infecção que acomete os rins e a pelve – túbulos, interstício e pelve • Pode ser aguda (infecção bacteriana, fúngica ou viral) ou crônica (por infecção bacteriana e por outros fatores – pode causar nefropatia de refluxo e pielonefrite obstrutiva) • Pode ser bilateral ou unilateral • Quadro clínico: o paciente queixa-se de dor nas costas • Pode ser unilateral ou bilateral, caracterizado por pontilhado amarelado (microabscessos acometendo principalmente interstício e túbulos) • Em relação à microscopia, caracteriza-se por focos de supuração intersticial e necrose tubular, com glomérulos preservados • As possíveis complicações são pionefrose, necrose papilar (principalmente em pacientes diabéticos e com pielonefrite crônica) e abscesso perirrenal (são mais comuns na pielonefrite crônica) • Sua evolução é caracterizada por cicatriz/deformação de cálices, atrofia tubular, infiltrado e fibrose intersticial • O tratamento é feito através da punção do abscesso, uma vez que essa região não tem vasos sanguíneos, não adianta dar antibiótico EV • Etiopatogenia: a bactéria pode chegar via ascendente, via hematogênica ou via linfática o Via ascendente – é a via mais comum, é o caminho contrário que a urina faz para ser eliminada do organismo. A primeira etapa é a colonização da uretra distal através da adesão bacteriana na mucosa, os principais agentes etiológicos relacionados a isso é a E.coli, Proteus, Klebisiela, Enterobacter e Pseudomonas, também pode ter gram positivos e fungos (mais raro). Costuma ocorrer mais na mulher por conta do canal da uretra ser curto e próximo ao reto, além disso, as alterações hormonais, traumatismo e gravidez também são possíveis facilitadores da infecção. No homem, essa infecção pode ocorrer por prostatite, ITU e hiperplasia prostática. Além disso, a cateterização, isquemia e diabetes melitos também favorecem essas infecções. A pielonefrite aguda leva à obstrução do fluxo e disfunção vesical, refluxo vesico-ureteral e refluxo intrarrenal o Via hematogênica – normalmente os focos estão distante e surgem em casos de septicemia e endocardite infecciosa. Os agentes etiológicos mais comuns são estafilococos e fungos o Via linfática – é rara Pielonefrite PIELONEFRITE AGUDA • Cerca de 10 a 20% dos pacientes em hemodiálise estão por conta de uma pielonefrite crônica • A pielonefrite crônica é uma inflamação tubulointersticial com deformação dos cálices e da pelve renal • Etiopatogenia: a pielonefrite crônica obstrutiva causa atrofia dos cálices e da pelve, levando a um quadro de doença renal crônica; já a nefropatia por refluxo, as infecções e a refluxo intra-renal leva a um quadro de fibrose e atrofia dos cálices e da pelve, causando também doença renal crônica • Em relação à macroscopia, o rim terá tamanho diminuido com cicatrizes corticomedulares grosseiras, papilas apagadas, cálices invertidos e dilatados • Em relação à microscopia, os túbulos estão atróficos e hipertróficos ou dilatados, ocorre fibrose do córtex à medula, possui infiltrado mononuclear, endarterite obliterativa, arterioloesclerose, os glomérulos estão normais, ocorre fibrose pericapsular e glomeruloesclerose segmentar e focal (é uma glomerulonefrite adaptativa) • Em relação à pielonefrite xantogranulomatosa, os agentes infecciosos mais comuns são Proteus, E.coli, Klebisiella, Pseudomonas e Enterobacter. Em relação à macroscopia, há presença de nódulos amarelados, dilatação pielocalicial e é um diagnóstico diferencial de tumor. Em relação à microscopia, os macrófagos estão xantomizados com presença de células gigantes multinucleadas → ocorre em pacientes que tem pielonefrites de repetição e que já tomaram diversos antibióticos • No exame de urina aparecem cilindros, indica esse processo infeccioso PIELONEFRITE CRÔNICA • A hidronefrose é o termo usado para descrever a dilatação da pelve renal e cálices associados a uma atrofia progressiva do rim devido à obstrução do fluxo de saída da urina • Mesmo com a obstrução completa, a filtração glomerular persiste por algum tempo, pois o filtrado subsequentemente se difunde de volta para o interstício renal e os espaços perirrenais, onde ele retorna ao sistema linfático e venoso. Devido a essa filtração contínua, os cálices e a pelve afetados se tornam dilatados • A alta pressão na pelve é transmitida de volta através dos ductos coletores para o córtex, causando uma atrofia renal. Além disso, essa alta pressão também comprime a vasculatura renal da medula, causando uma diminuição no fluxo sanguíneo medular interno. Os defeitos medulares são inicialmente reversíveis, mas levam a distúrbios funcionais medulares • As alterações funcionais iniciais causada pela obstrução são amplamente tubulares, manifestadas primariamente pela capacidade de concentração prejudicada, somente depois a TFG começa a diminuir • A obstrução também faz com que se inicie uma reação inflamatória intersticial, levando a fibrose intersticial • Em relação à morfologia, quando a obstrução é súbita e completa ocorre dilatação branda da pelve e dos cálices e pode ocorrer atrofia do parênquima renal; quando a obstrução é subtotal ou intermitente, a filtração não é suprimida, com dilatação progressiva. O rim pode estar levemente ou massivamente aumentado • Características iniciais – dilatação simples da pelve e dos cálices, inflamação intersticial significativa • Casos crônicos – atrofia tubular cortical com fibrose intersticial difusa evidente, achatamento dos ápices das pirâmides, atrofia parenquimal e redução do córtex • A obstrução aguda pode provocar dor atribuída à distensão do sistema coletor ou da cápsula renal. Os cálculos alojados nos ureteres podem provocar cólicas renais e o aumento prostático pode causar sintomas na bexiga • A hidronefrose unilateral parcial ou completa pode permanecer silenciosa por longos períodos, já que os rins não afetados podem manter uma função renal adequada. O USG é a única técnica não invasiva útil para o diagnóstico • Na obstrução parcial bilateral, a primeira manifestação é a incapacidade de concentrar a urina, causando poliúria e nictúria. Alguns pacientes possuem acidose tubular distal, perda renal de sódio, cálculos renais secundários e um quadro típico de nefrite túbulo-intersticial crônico com cicatrização e atrofia das papilas e da medula. A hipertensão é comum nesses pacientes Hidronefrose ETIOPATOGENIA MORFOLOGIAASPECTOS CLÍNICOS • Na obstrução bilateral completa ocorre oligúria e anúria e é incompatível com a vida
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