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IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período ❖ EDUCAÇÃO CONTINUADA E PERMANENTE NA QUALIFICAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE PÚBLICA → A educação é um processo permanente que busca alternativas e soluções para os problemas de saúde reais vivenciados pelas pessoas e grupos em suas realidades. → Para promover o desenvolvimento do processo de trabalho é preciso criar estratégias de educação que encorajem a participação dos trabalhadores da área da saúde e, assim, possibilitem a capacitação profissional. → As educações continuadas são processos que se caracterizam pela continuidade das ações educativas, ainda que se fundamentem em princípios metodológicos diferentes, e quando implementadas em conjuntos possibilitam a transformação profissional através do desenvolvimento de habilidades e competências e assim fortalecem o processo de trabalho. → O Ministério da Saúde aprovou em 2004 a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS) que propõe que os processos de educação dos trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização do processo de trabalho, e ressaltou que as demandas por mudanças e melhorias devem ser baseadas na análise do processo de trabalho, nos seus problemas e desafios. → Além disso, a educação continuada é definida como um conjunto de atividades educativas para atualização do indivíduo, onde é oportunizado o desenvolvimento do funcionário assim como sua participação eficaz no dia-a-dia da instituição. → Como fatores que influenciam na aprendizagem e nas mudanças educacionais, estão o conhecimento e a prática atualizados, onde cria-se no funcionário necessidades de readaptação e reorientação no seu processo de trabalho, o que subsidia a implantação da estratégia de educação continuada. → Educação permanente foi instituída no Brasil como política pública: O conceito de EPS é definida na Política Nacional como aprendizagem no trabalho, em que o aprender e o ensinar são incorporados ao cotidiano das organizações e ao processo de trabalho e propõe que, os processos de educação dos trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização da própria prática. → Sendo assim, a educação promove autonomia, responsabilidade social, além de contribuir para a formação de indivíduos politizados, críticos e reflexivos, capazes de transpor as dificuldades. ❖ ATRIBUTOS DA ATENÇÃO DOMICILIAR → Atributos essenciais: ✓ Atenção ao primeiro contato: qualquer nova demanda da comunidade deve ser resolvida primeiro na Atenção Primária, onde o paciente tem que ir para toda e qualquer demanda. ✓ Longitudinalidade: é a existência de uma fonte continuada de atenção, assim como sua utilização ao longo do tempo. Além disso, a ligação entre a população e sua fonte de atenção deve refletir-se em relações interpessoais intensas que expressem a identificação mútua entre as pessoas atendidas e os profissionais de saúde. ✓ Integralidade: a Atenção Primária deve organizar-se de tal forma que o cidadão tenha todos os serviços de saúde necessários, identificando e proporcionando os serviços preventivos, bem como serviços que possibilitem o diagnóstico e o tratamento das doenças, estabelecendo também a forma adequada para a resolução de problemas, sejam orgânicos, funcionais ou sociais. É ter direito a todos os recursos que SUS libera. ✓ Coordenação: o serviço de APS deve ser capaz de integrar todo o cuidado que o cidadão recebe nos diferentes níveis do sistema de saúde. → Atributos derivados: ✓ Orientação familiar: é o conhecimento dos fatores familiares relacionados à origem e ao cuidado das doenças. ✓ Orientação comunitária: é o conhecimento, por parte do provedor da atenção, das necessidades da comunidade por meio de dados epidemiológicos e do contato direto com a comunidade, envolve também o planejamento e a avaliação conjunta dos serviços. Educação continuada e Atenção domiciliar IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período ✓ Competência cultural: é a adaptação e capacidade do provedor do cuidado (profissional de saúde) em facilitar a relação com a população que apresenta características culturais especiais. → ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA GESTÃO DO CUIDADO NA ATENÇÃO DOMICILIAR: ✓ Não faz atendimento domiciliar em todos os pacientes, dessa forma, existe critérios para fazer a atenção domiciliar: ▪ Pacientes acamados; ▪ Pacientes com acessibilidade reduzida; ▪ Mães que não vacinam filhos; → É feita a solicitação para o cuidado domiciliar, e então ela é avaliada: → VISITA DOMICILAR: É constituída pelo conjunto de ações sistematizadas para viabilizar o cuidado para pessoas com algum nível de alteração no estado de saúde (dependência física ou emocional) ou para realizar atividades vinculadas aos programas de saúde. → ASSISTIR NO DOMICÍLIO: A prestação do cuidado no domicílio deve perceber a família em seu espaço social, abordando de modo integral e individualizado a pessoa em seu contexto socioeconômico e cultura (na realidade que ele vive). → ABORDAGEM INTEGRAL: A abordagem integral faz parte do cuidado domiciliar por envolver diversos fatores no processo de saúde-doença da família. O profissional de saúde deve ter em conta, utilizando o conceito de cuidado que vimos anteriormente e de autonomia, que ele não serve apenas para curar doenças, mas para cuidar da saúde, considerando a pessoa doente em seu contexto vital. → COMBINANDO O ENCONTRO COM A FAMÍLIA: A primeira condição para que ocorra o cuidado domiciliar é o consentimento da família e a definição dos cuidadores. ✓ O cuidado prestado do domicílio não pode ser imposto, sob risco de não atingir seus objetivos terapêuticos. ✓ Recomenda-se que toda a família esteja ciente do processo de cuidar da pessoa assistida. ✓ É necessário consentimento informado para que se realize o cuidado domiciliar.
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