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MINUTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

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Prévia do material em texto

GESTÃO SEMED 
PREFEITO MUNICIPAL DE AUGUSTO CORRÊA
Francisco Edinaldo Queiróz de OliveiraMINUTA PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Ivanêz Baldez do Nascimento
DIRETORA DE ENSINO
Nalva do Carmo Rabêlo de Brito Nunes
DIRETORA DO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
Sileide de Nazaré Brito Gonçalves
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS E PROJETOS EDUCACIONAIS
Joane Cristina Barreto de Oliveira
COORDENADOR DO SETOR DE ESTATÍSTICA E PROCESSAMENTO DE DADOS
Saulo Brito Ribeiro
COORDENADORA DO SETOR DE INSPEÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR
Maria da Conceição Alves Oliveira
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO
Leilton Pereira da Silva
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE MERENDA
Josiane Luz Reinaldo
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE TRANSPORTE
Juraci Sousa Amorim
DIRETORA DO DEPARTAMENTO FINANCEIRO
Amanda Torres Silva
ORGANIZAÇÃO
Prof.ª Cássia Silva
COORDENADORA DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
APRESENTAÇÃO 
A Secretaria Municipal de educação, por meio da Coordenadoria de Referência em Educação Especial, apresenta nesta minuta as bases estruturantes da Proposta Curricular Municipal de Augusto Corrêa, homologada pela Resolução CEE/PA nº 101, em 30/03/2022, configurando-se documento orientador educativo e do trabalho pedagógico na rede. Este documento sintetiza os conteúdos centrais, considerando as bases legais que direcionam o fazer pedagógico, voltados para o Atendimento Educacional Especializado, em consonância com o Documento Curricular do Estado do Pará, Resolução nº 769 de 20 de dezembro de 2018, que considera o conteúdo complementar e suplementar necessários para aprendizagem e desenvolvimento do aluno com Deficiência, Transtorno de Espectro Autista-TEA e Altas habilidades/Superdotação.
Desde 2007, a Secretaria Municipal de Educação, tem envidado esforços para garantir ao público da educação especial augustocorreenses, a expressão de suas singularidades por meio dos eixos temáticos: 
1.LINGUAGEM ESCRITA/ COMUNICAÇÃO/LEITURA/ INTERAÇÃO / SOCIALIZAÇÃO 
2. ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL/ ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO
3. MOVIMENTOS E ARTES/ PSICOMOTRICIDADE/ COORDENAÇÃO VISIOMOTORA
4. MEMORIA VISUAL /MEMÓRIA AUDITIVA
5. MATEMÁTICA-RACIOCÍO LÓGICO 
6. AUTOCUIDADOS
A elaboração e publicização desta minuta não substitui o texto da Proposta Curricular Municipal que, deve ser acessado e estudado na sua integralidade e totalidade, de modo que a implementação seja profícua.
A implementação do Referencial Curricular será um processo inovador para a Rede Pública Municipal de Educação, pois subsidiará a organização de um currículo mais próximo do identitário local. Além disso, haverá a adequação do currículo escolar às demandas da BNCC, do Documento Curricular do Estado do Pará e de nossas realidades escolares. 
Profª. Cássia Silva
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE AUGUSTO CORRÊA 
3. LEGISLAÇÃO DE BASE PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA
4. CURRÍCULO COMO MECANISMO DE INCLUSÃO NAS ETAPAS E MODALIDADES
5. PROPOSTA CURRICULAR TENSVERSAL: ETAPAS E MODALIDADES
5.1. Proposta Curricular da Educação Especial na Educação Infantil, Anos Iniciais e Anos Finais
5.1.1 - Sugestões que Favorecem o Acesso ao Currículo
5.2 - Modalidades de Ensino Educação de Jovens e Adultos
5.2.1 - Adaptações Curriculares para os(as) alunos(as) com deficiência da EJAI
5.3.- Educação do Campo e adaptações 
6. FERRAMENTAS DE INCLUSÃO
6.1 - Língua Brasileira de Sinais - Libras
6.1.1 - Educação de Surdos
6.2 - Bilinguismo: Aspecto Pedagógico na Educação de Surdos
6.3 – Braille
6.4 - Orientações Imediatas para a Inclusão do Aluno com Deficiência Visual em Sala de Aula.
6.5 - Tecnologia Assistiva
6.6 - Esporte Adaptado
7. DA IMPLANTAÇÃO À COMPETÊNCIA DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
7.1 - Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
7.2 - Modelos de Atendimentos Educacional Especializado
7.2.1 - Itinerância
7.3 - Atendimento Educacional Especializado em Hospitais
7.4 - Público das Salas de Recursos Multifuncionais
7.5 - Projeto Político-Pedagógico
7.6 - Aspectos a serem Trabalhados nas Salas de Recursos Multifuncionais
8. DOCUMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO
8.1 Plano de AEE
8.2 - O Estudo de Caso
8.3 - O Plano de Desenvolvimento Individual
8.4 - Relatório Descritivo de Atividades Gerais
8.5 - Diário de Classe
8.6 - Terminalidade Específica
8.7 - Progressão
8.8 - Devolutiva
8.9 - Documentos de Inserção na Sala de Recurso Multifuncional
8.9.1 Termo de Ciência e Comprometimento da Família
8.9.2 Termo de Desligamento do Atendimento Educacional Especializado - AEE
8.10 - Ficha de Encaminhamento da Sala de Recurso para ao Atendimento do centro-CAEE
9. REFERÊNCIAS
 
1. INTRODUÇÃO
A Educação Especial na Perspectiva Inclusiva é uma política de inclusão educacional que busca promover um olhar diferenciado para o aluno com Deficiência, Transtorno de Espectro Autista e Altas Habilidades/Superdotação, proporcionando direito de participação desse público no mesmo espaço com demais indivíduos, respeitando suas diferenças e reconhecendo suas potencialidades. Considerando as normativas nacionais e internacionais, o município de Augusto Corrêa construiu sua Proposta Pedagógica Curricular para Educação Especial Inclusiva, para subsidiar a prática docente, flexibilização curricular e a adaptação didática para o público alvo da Educação Especial.
Considerando as orientações nacionais para adequação a uma política educacional inclusiva, a rede de ensino do município de Augusto Corrêa, implementou políticas e estratégias pedagógicas fundamentadas na Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 e Política de Educação Especial em Perspectiva Inclusiva.
Nesse contexto, o município vem desenvolvendo políticas educacionais no intuito de fortalecer a inserção do estudante Público Alvo da Educação Especial. Em 2020 pensou-se a Proposta Curricular da Educação Especial do Município de Augusto Corrêa, que apresenta orientações para professores, adequações curriculares, sugestões metodológicas, estratégias avaliativas e instrumentos para desenvolvimento de atividades inclusivas de modo a garantir o direito à aprendizagem do aluno público da política de educação especial em uma perspectiva inclusiva, firmada nos fundamentos democráticos de igualdade, liberdade e respeito à dignidade humana, considerando os princípios norteadores de equidade, diversidade igualdade e amparada nos parâmetros legais nacionais e estaduais. Para isso, projetou-se uma educação inclusiva que não ignore as transformações pelas quais passa a sociedade em seus aspectos culturais, tecnológicos, sociais, econômicos e políticos.
2. EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE AUGUSTO CORRÊA
A Rede Municipal de Ensino de Augusto Corrêa, alinhado aos fundamentos e aos princípios da Educação Especial Inclusiva, assegura o direito à educação para todos, através de práticas educacionais que consideram o respeito às diferenças, sem que os alunos sejam discriminados, segregados ou excluídos do processo de escolarização.
Considerando tais princípios o Município de Augusto Corrêa, estabelece uma estrutura organizacional da Rede Municipal de Ensino na modalidade de Educação Especial, composta das seguintes categorias:
Essas categorias são organizadas e regidas pela Secretaria Municipal de Educação, por meio da Coordenação Municipal de Educação Especial Inclusiva, que realiza atividades pertinentes que visam contribuir na política de inclusão, e contemplam os seguintes campos de atuação:
· Promover e aprimorar a Política de Educação Especial da Rede Municipal de Ensino de Augusto Corrêa;
· Assegurar aos alunos Público Alvo da Educação Especial Inclusiva o acesso, permanência e participação nas unidades escolares da rede municipal de ensino;
· Planejar, elaborar, executar e coordenar formação continuada para professores do Atendimento Educacional Especializado, assim como para profissionais de Apoio Cuidadores;
·Aderir e apoiar os programas do Ministério da Educação que contribuem para a qualificação dos serviços da educação especial inclusiva;
· Organizar documentos municipais em consonância às normativas nacionais;
· Promover reuniões interativas com os envolvidos no processo de inclusão;
· Elaboração do Plano de Orientações articuladas para educação especial em conformidade a realidade municipal;
· Promover a implantação e reorganização das salas de recursos;
· Acompanhar as ações do Centro de Atendimento Educacional Especializado-CAEE;
· Realizar levantamento da necessidade de profissionais no espaço escolar para atender e assessorar o aluno com deficiência.
3. LEGISLAÇÃO DE BASE PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA
As ações que norteiam a Educação Especial no município de Augusto Corrêa estão estabelecidas na meta 04 (quatro) do Plano Municipal de Educação, estando em consonância a Proposta definida pelo Conselho Nacional de Educação e no Parecer CNE/CEB nº 7/2010; como uma modalidade de ensino transversal a todas as etapas e outras modalidades e, também como parte integrante da educação regular, devendo ser prevista no Projeto Político Pedagógico das unidades escolares.
Diante desse contexto, a rede municipal de ensino busca enfatizar a dinâmica de funcionamento da organização de sala de recurso, a partir da lei de implantação. Sendo assim, o Regimento Municipal de Educação, Resolução nº 400 de 22 de setembro de 2011, no Art. 24, dispõe que caberá à Secretaria Municipal de Educação, garantir o assessoramento e acompanhamento nas unidades de ensino, aos alunos com necessidades educacionais especiais. Para este documento, é competência do município ofertar o atendimento Educacional Especializado para estudantes que necessitam desses serviços e promover a implantação de espaços equipados e apropriados para realização dos serviços de atendimento especializado. Já o Art. 25, afirma que compete ao serviço especializado em Educação Especial:
I - Perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos, implementando respostas educacionais a essas necessidades; II - Flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimentos; III - Apoiar o docente da classe comum no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos discentes; IV - Avaliar continuamente a eficácia do processo educativo; V - Organizar e manter o arquivo da documentação pertinente a sua área, bem como apresentar um relatório anual das atividades.
4. CURRÍCULO COMO MECANISMO DE INCLUSÃO NAS ESTAPAS E MODALIDADES
Pensar em currículo para a educação especial é, primeiramente, conhecer e compreender a diversidade existente no contexto escolar, para poder pensar em um currículo que atenda as diferenças existentes na escola, assim pode-se traçar as devidas adequações curriculares que venham eliminar ou amenizar as barreiras encontradas por estudantes que apresentam algum tipo de deficiência, tem se assegurados na Constituição Federal de Brasil de 1988, o direito à Educação, realizada sua escolarização em classes comuns e a esses deve ser oferecido o atendimento educacional especializado, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho e prevê ainda a igualdade de condições de acesso e permanência na escola.
A compreensão de um currículo que atenda às necessidades dos sujeitos envolvidos no processo escolar deve-se antes de tudo levar em conta as diferenças individuais, história de vida, cultura, realidades econômicas e sociais, para que possa atender as reais necessidades especificidades de cada aluno, principalmente aqueles que ao longo da história da humanidade eram considerados incapazes, por não, atenderem os padrões de normalidade impostos pela sociedade aqui se tratando de alunos com deficiência. 
Elaborar currículos é tomar decisões sobre saberes que serão considerados, valorizados e transmitidos pela Escola. É também decidir quanto à criação ou não de grupos excluídos e culturas negadas pela escola. A expectativa de uma dimensão curricular para a educação especial é dar sentido ao pensar e ao fazer pedagógico comprometido com o ensino de qualidade e com a perspectiva de acolhimento e respeito às diversidades. Por outro lado, no âmbito político-administrativo, o currículo escolar é concebido por poderes estabelecidos. Nele estão prescritas obrigatoriedades para um nível educativo, bem como referências a serem observadas na realização da educação escolar (Currículo em movimento da educação especial 2018, p. 12).
Entende-se que há um paradoxo entre currículo estabelecido por poderes políticos, administrativos e os conhecimentos que emergem de cenários de dentro e fora da escola, dos próprios estudantes, que podem aprimorar extraordinariamente o currículo. Portanto, defende-se que o currículo deve estar, em constantes transformações, sendo democrático, abrangente e inclusivo para que possa atender às peculiaridades dos estudantes.
A flexibilização curricular faz-se necessária, porque no contexto de educação inclusiva, não é possível “trabalhar com normas pedagógicas de aplicação universal e impessoal onde todos os estudantes, independentemente de seus interesses, necessidades e aptidões, experiência escolar e rendimento acadêmico em diversas disciplinas, terão de se sujeitar simultaneamente às mesmas disciplinas durante o mesmo período de tempo escolar (FORMOSINHO; MACHADO, 2008, p. 16).
Nesse sentido, as flexibilidades do currículo devem acontecer de forma paralelo no sentido de ressignificar o processo de ensino aprendizagem do sujeito. 
5. PROPOSTA CURRICULAR TRANSVERSAL: ETAPAS E MODALIDADES
5.1. Proposta Curricular da Educação Especial na Educação Infantil, Anos Iniciais e Anos Finais
Nesta proposta, a instituição de ensino se compromete a oferecer atividades diárias nas quais a criança com deficiência, tenha acesso a estratégias multidisciplinares, que irão ajudar no desenvolvimento da linguagem, das 
Competências e das habilidades motoras, cognitivas e emocionais, que são fundamentais para a sua formação. 
Os procedimentos de adequação curricular destinados aos anos Iniciais e Finais para o aluno com Deficiência, buscam adequar-se aos desafios nas esferas sociais, cognitivas, motoras, atitudinais, comportamentais e físicas. O aluno(a) inicia uma nova etapa da educação, com o desafio de assimilar conteúdo para ser avaliado, um desafio comum a todos e, para o aluno com deficiência é desafiador ser visto como um sujeito capaz de desenvolver aprendizagens essenciais para seu desenvolvimento pessoal e sociocultural, pois todas as crianças são capazes de aprender.
Nesse sentido, é sempre um desafio inferir currículo a vários alunos(as), com diferentes histórias e interferências sociais, e o aluno com deficiência traz um desafio maior, ser visto além de sua limitação, mas a partir de sua potencialidade. Neste contexto, apresentamos algumas atividades, são sugestões metodológicas que podem auxiliar no desenvolvimento dos alunos com deficiência, considerando os tipos de deficiência e suas etapas de desenvolvimentos. As sugestões das atividades estão disponíveis na PROPOSTA CURRICULAR disponível em: https://docs.google.com/document/d/1BcDbpcIQ1-z0iDIthKiWSDGxLmS7KR8l/edit?usp=sharing&ouid=110058269205352614345&rtpof=true&sd=true
5.1.1 - Sugestões que Favorecem o Acesso ao Currículo
· Agrupar os alunos de maneira que facilite a realização de atividades em grupo e incentive a comunicação e as relações interpessoais;
· Propiciar ambientes com adequada luminosidade, sonoridade e movimentação;
· Encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a participação, o sucesso, a iniciativa e o desempenho do aluno;
· Adequar materiais escritos de uso comum, destacar alguns aspectos que necessitam ser apreendidos com cores, desenhos, traços; cobrir partes que podem desviar a atenção do aluno; incluir desenhos, gráficos que ajudem na compreensão; destacar imagens; modificar conteúdos de material escrito de modo a torná-lo mais acessívelà compreensão;
· Providenciar instrumento de avaliação e de ensino aprendizagem;
· Favorecer o processo comunicativo entre aluno x professor, aluno x aluno;
· Providenciar softwares educativos específicos;
· Despertar a motivação, a atenção e o interesse do aluno;
· Apoiar o uso dos materiais de ensino- aprendizagem de uso comum;
· Atuar para eliminar sentimentos de inferioridade, menos valia e fracasso
· Para a apropriação dos conceitos lógicos matemáticos utilizarem material concreto: recursos como material dourado, blocos lógicos, material contável, cédulas e moedas de brinquedo tornar os conceitos matemáticos mais concretos, facilitando o processo de aprendizagem;
· Diversificar: apresentar o mesmo conteúdo de formas diferentes favorece que alunos com dificuldade possam compreender melhor o conteúdo;
· Utilizar diferentes recursos para a apropriação de escrita e leitura: letras móveis, computador, lápis adaptados, jogos etc.;
· As atividades devem ser explicadas de forma lenta e tranquila, repetindo quantas vezes forem necessárias, (a repetição e rotina de aplicação das atividades, possui grande importância no desenvolvimento, compreensão e aprendizagem de alunos com deficiência);
· Considerar as dificuldades de comunicação do aluno, a necessidade que alguns têm de utilizar sistemas alternativos de comunicação;
· Propor atividades em grupo que facilite a realização de atividades e incentive a comunicação e as relações interpessoais;
· Encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a participação, o sucesso, a iniciativa e o desempenho do aluno;
· Favorecer o processo comunicativo entre aluno-professor, professor-aluno, alunos- adultos;
· Despertar a motivação, atenção e o interesse do aluno;
· Apoiar o uso dos materiais de ensino de uso comum;
· Atuar para eliminar sentimentos de inferioridade, baixo autoestima, menos valia e fracasso;
· Dar ênfase em projetos e atividades relacionadas à vida real dos alunos, trabalhando as competências e habilidades que o aluno possui;
· Manter uma rotina diária de trabalhos;
· É importante utilizar o interesse que o aluno apresenta por determinados assuntos, temas e formas de realizar as atividades, (assim é possível estar organizando e planejando adequadamente os desafios propostos aos alunos);
· Observar como o aluno reage e age em cada situação e atividades aplicadas, como as realiza. Estar atento auxiliá-lo, para que desenvolva uma melhor forma de trabalho em duplas ou grupos em sala de aula;
· Trabalhar com ateliês, cantinhos, oficinas, (onde o aluno poderá estar realizando atividades diversificadas em sua própria sala de aula regular, como leitura, escrita, jogos, pesquisa, recorte, pintura, desenho, etc);
· Propor trabalhos e atividades que possam auxiliar o desenvolvimento de habilidades adaptativas: sociais, de comunicação, cuidados pessoais, autonomia;
· Dramatizações com músicas, teatros e leituras;
· A criança deve saber quando respondeu corretamente. Se a resposta estiver incorreta deve-se dizer a criança, mas faça com que esteja próxima a resposta correta;
· Trabalhar juntamente com o aluno a autocorreção de suas atividades;
· Proporcionar maior espaço de tempo entre as repetições de temas, a acumular experiências num curto espaço de tempo;
· Utilizar cartazes de referências e orientações: calendário, presença, rotina, aniversário, alfabeto, números, etc.;
5.2 - Modalidades de Ensino Educação de Jovens e Adultos
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino estratégico inclusivo, por promover a ampliação do acesso à educação, aqueles que não tiveram por algum motivo condições de continuar seus estudos na idade certa. Essa modalidade implementa o direito à escolarização básica em igualdade de condições com os demais estudantes, favorecendo a formação humana, social e científica. 
Entre os objetivos desta modalidade destacam-se: oportunizar a inclusão e a permanência de pessoas jovens e adultas fora da faixa etária obrigatória, na escola, permitindo a (re) iniciação aos estudos e a qualificação profissional e conclusão do Ensino Fundamental; proporcionar espaços de formação inicial e continuada aos sujeitos envolvidos (alunos e professores), valorizando suas vivências e experiências através do diálogo e da escuta para tornar a aprendizagem significativa; promover a concretização/cumprimento das funções reparadora e equalizadora através da re- construção da Proposta Pedagógica. Com base nos objetivos propostos, a educação inclusiva é uma abordagem de desenvolvimento das necessidades de aprendizagem para jovens e adultos, especialmente aqueles que são ou estão vulneráveis à marginalização e exclusão.
Falar sobre o perfil do(a) aluno(a) da Educação de Jovens e Adultos, é desafiador, pois essa modalidade, atualmente, em no nosso país, refletem: situação econômica, ambiental, idade, principalmente quando esses jovens, adultos e idosos são pessoas, em sua maioria, oprimidos e excluídos da sociedade. Conforme GADOTTI (2008), os perfis do aluno da EJA da rede pública são na sua maioria trabalhadores proletariados, desempregados, dona de casa, jovens, idosos, deficiências. São alunos com suas diferenças culturais, etnia, religião, crenças.
No tocante ao município de Augusto Corrêa, não presenciamos uma realidade tão diferente, o(a) aluno(a) são pescadores(as), marisqueiros (os), agricultores, donas de casa, idosos (as) , deficientes, etc. que enfrentam vários desafios: moradia, alimentação, família, transporte, desemprego, baixo salário, saúde, preconceitos, idade, incompreensão dos que atuam junto ao aluno na escola, ou seja, vários desafios, uma heterogeneidade do aluno da EJA, que contribui para aprofundar as desigualdades educacionais ao invés de combatê-las.
5.2.1 - Adaptações Curriculares para os(as) alunos(as) com deficiência da EJA
 O currículo para (o) aluno(a) com deficiência da EJA deve considerar a diversidade, antes de tudo, sendo flexível e passível de adaptações, sem perda de conteúdo; tendo como objetivo geral a “redução de barreiras atitudinais e conceituais”, e se pautar em uma “ressignificação do processo de aprendizagem na sua relação com o desenvolvimento humano” (OLIVEIRA & MACHADO, apud GLAT, 2007).
A inclusão desse aluno(a) com deficiência no ensino regular implica o desenvolvimento de ações adaptativas, visando à flexibilização do currículo, para que ele possa ser desenvolvido de maneira efetiva em sala de aula, e atender as necessidades individuais de todos os(as) alunos(as). A Educação Especial Inclusiva, entendida sob a dimensão curricular, significa que o aluno com necessidades especiais deve fazer parte da classe regular, aprendendo as mesmas coisas que os outros – mesmo que de modos diferentes – cabendo ao professor fazer as necessárias adaptações, no que concerne o aluno do EJA, é necessário que o(a) professor(a) do Atendimento Educacional Especial e da sala regular, compreenda os dois desafios que permeiam esse(a) aluno(a), sua idade e deficiência, partindo que respeite tais desafios.
5.3.- Educação do Campo
Estratégias e métodos de ensino devem ser adaptados para que esses alunos que adentram as salas regulares no meio rural e não se sintam excluídos com relação aos outros alunos, e sim acolhidos por todos que compõem o espaço escolar. No entanto, além das adaptações curriculares os (as) alunos (as) com deficiência ainda encontram barreiras para facilitar o acesso a locomoção independente e de interação e convivência social, como prédios com degraus, corredores sem sinalização, banheiros sem adaptação e formação para profissionais do meio escolar. Além do deslocamento desses alunos até a escola, se torna desafiador devido os transportes rodoviários ou pluviais, tornando inacessível para alunos com deficiência.
6. FERRAMENTAS DE INCLUSÃO
6.1 - Língua Brasileira de Sinais - Libras
Atualmente, a comunidade surda, propõe e defende uma proposta educacional bilíngue como direito e acesso ao contexto escolar, lutam pela garantia desse direito e resistem a antigas práticas de reabilitação nos espaços escolares.Na sala de aula regular, os estudantes surdos têm o direito a um Tradutor e Intérprete de Libras/Língua Portuguesa para a mediação linguística, possibilitando o acesso aos conteúdos acadêmicos por meio da sua Língua natural. Mas para que estes estudantes tenham o apoio desse profissional é necessário que façam uso da língua de Sinais e estejam atuando diretamente com os alunos em sala regular ou nos espaços de Atendimentos educacional especializado.
Nesse sentido, a rede municipal de ensino propõe em seu documento curricular de educação especial inclusiva, que a LIBRAS seja ofertada no ensino regular, assim como a Língua Portuguesa e que sejam garantidas como prever a legislação vigente, Lei nº 10.436 de 2002.
Para tanto, o objetivo da proposta curricular municipal de educação especial inclusiva é que a LIBRAS seja incluída no currículo escolar com as adaptações necessárias, para despertar tanto nos surdos quanto nos ouvintes a comunicação e inclusão social. 
6.1.1 - Educação de Surdos
A Política Nacional de Educação busca instituir sistemas educacionais que consideram igualdade e diferença como valores indissociáveis e constitutivos de nossa sociedade. Nesse sentido, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, propõe o delineamento de ações educacionais que visam superar a lógica da exclusão no ambiente escolar e na sociedade de forma geral. 
6.2 - Bilinguismo: Aspecto Pedagógico na Educação de Surdos
O bilinguismo é uma metodologia que tem como pressuposto básico a necessidade do surdo ser bilíngue, ou seja, deve adquirir a língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos, sendo a sua língua materna e como segunda língua, a língua oral utilizada em seu país
O município de Augusto Corrêa tem um quantitativo considerável de alunos(as) com deficiência auditiva e surdez, matriculados na rede municipal de ensino e esse público precisa ser alfabetizado até mesmo em sua própria língua materna, assim como na língua dominante, o português, na modalidade escrita para que haja um desenvolvimento de aprendizado mediante a junção das duas línguas, onde a metodologia do bilinguismo é uma tendência que irá facilitar o entendimento e a comunicação no processo da educação inclusiva. Vale pontuar que, para que o bilinguismo seja efetivado de forma qualitativa, é necessário que os profissionais sejam qualificados para a realização dessa tendência no processo educativo dos alunos(as) em questão.
6.3 – Braille
O método Braille foi desenvolvido pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão quando tinha apenas três anos. Em 1827, aos dezoito anos, Louis descobriu um jeito de modificar a realidade dos cegos. Braille ouviu falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite, em lugares onde não se podia acender a luz. Assim, ele adaptou o método para a realidade dos cegos, com pontos em relevo (de modo que eles pudessem ser sentidos pela ponta dos dedos). Nascia assim, o método Braille, no ano de 1929.
A oferta de educação para o aprendizado adequado dos alunos com deficiência visual deve perpassar por uma formação de professores específica para atender a estes alunos, na medida em que é difícil encontrar professores com formação em leitura e escrita em Braille, para que seja possível garantir a alfabetização de alunos cegos nos anos iniciais da escolarização. Nessa assertiva, Gonçalves e Ferreira (2010, p. 97) citam que:
A maioria dos professores, quando recebe o aluno deficiente visual em sua turma, sente-se acuado, inseguro, com medo de errar, pois não possui formação efetiva e, muitas vezes, não teve ainda experiência com alunos cegos em sua prática […] os professores de modo geral tentam adequar suas práticas pedagógicas às propostas de inclusão, entretanto, faltam-lhes as condições básicas necessárias para atender à diversidade.
Também são necessários materiais didáticos específicos para o ensino do Braille, tais como reglete, punção, máquinas de escrever em braille, soroban, papel com gramatura própria, computadores adaptados com programas específicos em braille, impressoras de textos em braille, dentre outros recursos que favorecem o aprendizado dos alunos cegos.
6.4 - Orientações Imediatas para a Inclusão do Aluno com Deficiência Visual em Sala de Aula.
· Conhecimento da história deste aprendiz (quando perdeu a visão, estratégias de estudo já construídas, instituição que o acompanha, se possui memória visual, se necessita de material ampliado, se trabalha com Braile ou com softwares, etc.);
· O conteúdo programático deve ser disponibilizado de forma digital ou em Braile, ou em forma ampliada para alunos com baixa visão;
· Os textos e demais leituras que serão solicitados aos alunos devem ser convertidos a formatos acessíveis (Braille, áudio, texto eletrônico, e-mail, doc. em disquete, CD, forma ampliada, etc.);
· Quando forem trabalhadas imagens, explorar a fala narrativa e descritiva;
· Quando forem trabalhados equipamentos, explorar a fala descritiva e o tato;
· Caso o aluno deseje gravar (em áudio ou vídeo) a aula, ele deve obter autorização do professor em questão – o professor tem direito autoral sobre a sua aula;
· A Bibliografia Básica da disciplina deve ser encaminhada (com antecedência) à Biblioteca Central para a produção do acervo digitalizado conforme a necessidade do aluno.
6.5 - Tecnologia Assistiva
Na Perspectiva da Educação Inclusiva, a Tecnologia Assistiva é uma ferramenta utilizada para ampliar ou possibilitar a execução de uma atividade necessária e pretendida por uma pessoa com deficiência. Nesse sentido, são exemplos de Tecnologia Assistiva na escola os materiais escolares e pedagógicos acessíveis, a comunicação alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para mobilidade, localização, a sinalização, o mobiliário que atenda às necessidades posturais entre outros elementos que contribuem para o desenvolvimento da vida diária do aluno. Algumas possibilidades de inserção e uso de tecnologia assistiva tem contribuído para o ensino aprendizagem de alunos com deficiência. Segundo (CORDE/Comitê de Ajudas Técnicas/Secretaria Especial de Direitos Humanos - SDH, ATA VII- 2007).
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços. Que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidade ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
Partindo desse pressuposto, a Rede Municipal de Ensino de Augusto Corrêa, propõem em seu documento Curricular a importância de incentivar a utilização dessa ferramenta no atendimento educacional especializado e na sala de aula do ensino regular, com intuito de promover a autonomia, independência e melhor participação dos alunos com deficiência, em todas as atividades como novas alternativas para a comunicação, escrita, mobilidade, leitura, brincadeiras, artes e jogos de forma criativa. 
6.6 - Esporte Adaptado
A Educação Física Adaptada é uma subdivisão da educação física convencional, mas o seu principal objetivo é entreter estudantes com algum tipo de limitação física ou psicológica em atividades de esporte e lazer, principalmente dentro da escola. 
Nesse contexto, a educação física adaptada baseia-se na prática de esportes convencionais, entretanto, as modalidades sofrem adaptações, permitindo que as pessoas com deficiência participem das atividades esportivas. Assim, algumas modalidades esportivas desenvolveram adaptações pensadas de acordo com o tipo de deficiência. No que se refere ao Esporte Adaptado no município de Augusto Corrêa, o Centro de Atendimento Educacional Especializado Marilene Nascimento, desenvolve algumas modalidades:
· Futebol para Cegos
· Atletismo
· Bocha
· Parabadminton
· Futsal adaptado 
· Tênis em cadeira de rodas
· Iniciação ao esporte 
7. DA IMPLANTAÇÃO À COMPETÊNCIA DAS SALAS DE RECURSOSMULTIFUNCIONAIS
Conforme o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, instituído pelo MEC/SEESP por meio da Portaria Ministerial nº 13/2007, integra o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, destinando apoio técnico e financeiro aos sistemas de ensino para garantir o acesso ao ensino regular e a oferta do AEE aos alunos com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e/ou Altas Habilidades/Superdotação. Contudo, a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, apresenta objetivos que garante a organização do espaço e o acesso da pessoa com deficiência no ensino regular entre eles:
· Assegurar o pleno acesso dos alunos público alvo da educação especial no ensino regular em igualdade de condições com os demais alunos;
· Disponibilizar recursos pedagógicos e de acessibilidade às escolas regulares da rede pública de ensino e;
· Promover o desenvolvimento profissional e a participação da comunidade escolar entre outros.
· De acordo com esses objetivos, o processo de implantação das salas de recursos multifuncionais, o MEC/SEESP realiza as seguintes as ações:
· Aquisição dos recursos que compõem as salas;
· Informação sobre a disponibilização das salas e critérios adotados;
· Monitoramento da entrega e instalação dos itens às escolas;
· Orientação aos sistemas de ensino para a organização e oferta do AEE;
· Cadastro das escolas com sala de recursos multifuncionais implantadas;
· Promoção da formação continuada de professores para o AEE;
· Encaminhamento, assinatura e publicação dos Contratos de Doação;
· Atualização dos recursos das salas implantadas pelo Programa;
· Apoio à acessibilidade nas escolas com salas implantadas.
A Secretaria de Educação efetua a adesão, o cadastro e a indicação das escolas contempladas por meio do Programa no Sistema de Gestão Tecnológica do Ministério da Educação – SIGETEC, endereço http://sip.proinfo.mec.gov.br. Esse registro é feito conforme Manual Passo a Passo das Salas de Recursos Multifuncionais (Anexo II).
Para a composição das Salas de Recursos Multifuncionais se faz necessário o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais disponibilizar equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos para a organização das salas e a oferta do atendimento educacional especializado – AEE, a Secretaria de Educação utiliza dessas orientações contidas no programa para realizar as implantações das salas de recursos da rede municipal.
Baseado nas orientações para a implantação e organização do espaço de salas de recursos para o atendimento educacional especializado nas escolas da rede municipal de ensino, o município de Augusto Corrêa vem intensificando a implantação de salas de recursos para efetivar a oferta dos serviços de atendimento educacional especializado. No intuito de promover as condições de acesso, participação e aprendizagem dos alunos público alvo da educação especial no ensino regular, possibilitando a oferta do atendimento educacional especializado, de forma não substitutiva à escolarização.
7.1 - Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001, destaca que o grande avanço que a educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva garantindo o atendimento à diversidade humana. Para tanto, a Meta 04 que está em torno da Educação Especial, a qual foi definida pelo Conselho Nacional de Educação no Parecer CNE/CEB nº 7/2010, como modalidade de ensino transversal a todas as etapas e outras modalidades e também como parte integrante da educação regular, deve ser prevista no projeto político pedagógico da unidade escolar.
Nesse sentido, o Plano Municipal de Educação (2015), na Meta 04, dispõe:
Reforça nas estratégias a seguir como ponto obrigatório para efetivação de uma educação inclusiva de qualidade:
4.3 Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação de uma equipe multifuncional, ouvidos a família e o aluno;
Nesse sentido, a oferta do atendimento especializado deve ser garantido no projeto político pedagógico das instituições de ensino, como foco de discussões coletivas com a participação da comunidade escolar. 
Desse modo, as metas e ações do Projeto Político Pedagógico devem ser executadas pela escola, acompanhada e avaliada pela comunidade escolar, tendo em vista a avaliação dos equipamentos de acessibilidades e estratégias de aprendizagem, considerando os princípios liberdade, equidade e diversidade dos sujeitos envolvidos.
7.2 - Aspectos a serem Trabalhados nas Salas de Recursos Multifuncionais
 	As atividades trabalhadas na sala de recursos diferem-se das trabalhadas na sala regular, e não podem ser confundidas com o reforço escolar, mas uma suplementação e complementação ao aluno com Deficiência, Transtorno Globais de Desenvolvimento ao aluno com Altas Habilidades e Superdotação, para ajudar a eliminar ou amenizar as barreiras encontradas pelos alunos públicos da educação especial, e constitui parte do currículo diversificado dos alunos. Desse modo é importante trabalhar diferentes aspectos: 
7.3. Público das Salas de Recursos Multifuncionais:
· Alunos com deficiência - aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruído sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade;
· Alunos com TEA – Transtorno do Espectro Autista - aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo síndromes do espectro do autismo psicose infantil; 
· Alunos com altas habilidades ou superdotação - aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade. 
7.5. Projeto Político-Pedagógico
Conforme dispõe a Resolução CNE/CEB nº 4/2009, no Art. 10, o Projeto Político Pedagógico-PPP da escola de ensino regular, deve institucionalizar a oferta do AEE, prevendo na sua organização:
I- Salas de Recursos Multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamento específicos;
II- Matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola;
III- Cronograma de atendimento aos alunos;
IV- Plano do AEE: Identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem definidas;
V- Professores para o exercício do AEE;
VI- Outros profissionais da educação: Tradutor Intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção;
VII- Redes de Apoio no Âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamento, entre outros que maximizem o AEE;
8. DOCUMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO
Para garantir o atendimento educacional especializado para todos os alunos conforme a política prevê, constitui-se um desafio, visto que na Sala de Recursos Multifuncional devem ser oferecidas condições de desenvolvimento dos estudantes para que consigam ter acesso ao currículo da sala de aula regular, priorizando as habilidades e competências de cada estudante. Pensando neste desafio, construiu-se um conjunto de documentos considerando a necessidade de orientar a prática pedagógica dos docentes em sala de aula e no espaço da Sala de Recurso Multifuncional, com objetivode orientar a organização do trabalho pedagógico a ser realizado pelo profissional que atua no AEE. Tais documentos são: Estudo de Caso, Plano de Desenvolvimento Individual, Diário de Classe.
8.1 Plano de AEE
O Plano de Ação do AEE é um instrumento para o planejamento colaborativo entre a escola e o aluno. No plano de AEE são descritos os objetivos gerais e específicos que nortearão as ações da SRM articuladas à proposta pedagógica da escola durante o ano. Estas poderão sofrer alterações de acordo com as necessidades de cada estudante. Destaca-se que o plano de AEE não é uma ação isolada da SRM. Seus objetivos devem estar ligados ao Projeto Político Pedagógico da escola. Veja o modelo na proposta curricular.
8.2 - O Estudo de Caso
O Estudo de Caso constitui-se como um elemento essencial do trabalho do profissional que atua na Sala de Recursos Multifuncional visto que por meio dele, é descrito informações sobre o(a) aluno(a) em diversos contextos como família, escola e atendimento educacional especializado- AEE, atendimentos específicos a Saúde e em especial o(a) aluno(a), ou seja, permitirá o professor conhecer a natureza do problema do(a) aluno(a) por meio de observações diretas, conversas, entrevistas, gravações, avaliação escrita, entre outros. Veja o modelo na proposta curricular.
8.3 - O Plano de Desenvolvimento Individual
É elaborado pelo(s) Professor(es) que atuam na Sala de Recursos Multifuncional, após o levantamento inicial das potencialidades, dificuldades e necessidades do(a) aluno(a) e demais informações obtidas no Estudo de Caso. A sua estrutura contempla os objetivos, a organização do atendimento, as ações, estratégias e recursos materiais que serão trabalhados em determinado período, entre outros. Veja o modelo na proposta curricular.
8.4 - Relatório Descritivo de Atividades Gerais
Ao final de cada semestre, o(a) profissional que atua no espaço da SRM organiza um relatório descritivo das principais ações realizadas na escola, que vão desde o seu planejamento, atendimento no contraturno, interlocuções em sala de aula, participação em projetos da escola, visitas domiciliares, participação em formação continuada, dentre outros. Por isso, neste documento destaca-se a dinâmica de trabalho, os recursos utilizados, as dificuldades e avanços, dentre outros. Verifique as sugestões para a elaboração de relatórios de atividades desempenhadas pelos profissionais que atuam em Sala de Recursos Multifuncionais na proposta curricular.
8.5 - Diário de Classe
O Diário de Classe: contém o registro das principais ações realizadas no âmbito da SRM e sala comum. Nele é organizado:
· A Ficha de mapeamento 
· Cronograma de Atendimento 
· Termo de Compromisso e Desistência
· Ficha de Registro de Conteúdos
· Acompanhamento Semestral de alunos(as): 
· Ficha de atividade extraclasse: 
8.6 - Terminalidade Específica
Segundo o Parecer 14/2009, objetiva assegurar terminalidade específica, uma certificação de conclusão de escolaridade, por solicitação do aluno ou de seu responsável legal, para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências Parecer 14/2009 – MEC/SEESP/DPEE. Considera-se, que a Terminalidade Específica seja organizada depois de esgotadas todas as possibilidades de aprendizagem do estudante com deficiência, após o parecer da família, da coordenação pedagógica, professores de turmas inclusivas, professor de AEE e avaliação de uma equipe de multiprofissionais especializados. No entanto, na justificativa do documento expedido pela escola à família do aluno com deficiência, deve esclarecer que o objetivo é deixar claro o direito das pessoas com deficiência ao acesso à escola de acordo com sua capacidade intelectual e sem discriminação pela faixa etária.
A Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001, diz que a:
Terminalidade específica é uma certificação de conclusão de escolaridade, fundamentada em avaliação pedagógica, com histórico escolar que apresente de forma descritiva, as habilidades e competências atingidas pelos educandos com dificuldades acentuadas de aprendizagem associadas às condutas típicas. É o caso dos alunos cujas necessidades educacionais especiais não lhes possibilitaram alcançar o nível de conhecimento exigido para a conclusão do ensino fundamental, respeitada a legislação existente, e de acordo com o regimento e o projeto pedagógico da escola (Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001)
 
A instituição de ensino deverá orientar as famílias ou responsáveis a inclusão do(a) estudante a participar de projetos sociais promovidos pelo Centro de Referência da Assistência Social-CRAS e outros, no intuito da inclusão social em diferentes espaços sociais. 
8.7 - Progressão
A LDB 9394/96 ainda prevê no artigo 59, Inciso II, a “aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados”. Neste caso, a escola deverá organizar testes que poderão verificar as condições de aprendizagem dos estudantes, verificando as possíveis necessidades, áreas de desenvolvimento e introdução de currículos que ampliem as habilidades. Para tanto, o aluno (a) superdotado faz parte do público alvo da Educação Especial e também necessita de estratégias pedagógicas específicas. Segundo Delpretto, Giffoni e Zardo (2010, p.20), entende-se por “identificação” o conjunto de instrumentos pedagógicos que podem ser utilizados para o reconhecimento de diferentes habilidades dos alunos em diversas áreas do conhecimento, considerando as potencialidades das altas habilidades/superdotação.
Nesse sentido, a rede municipal de ensino, sugere no documento curricular para educação especial inclusiva, um trabalho voltado para alunos com altas habilidades/superdotação, a partir de desenvolvimento de projetos e adequações curriculares de acordo com a área de interesse e/ou habilidades para garantir os direitos de aprendizagem do aluno.
 
8.8 - Devolutiva
A Devolutiva configura-se como um documento que apresenta ao professor da sala regular e de recurso, o resultado da avaliação do aluno encaminhado com alguma queixa de deficiência ou dificuldade à sala de recurso multifuncional ou ao Centro de Atendimento Educacional Especializado-CAEE. O encaminhamento é realizado pelo professor da Sala de Regular e de Recurso. Esse documento pode ser feito pelo professor da sala de recurso ou profissionais do CAEE.
8.9 - Documentos de Inserção na Sala de Recurso Multifuncional
O aluno com deficiência deve efetuar a segunda matrícula no espaço Sala de Recursos Multifuncionais para garantir os serviços de atendimento educacional especializados. Segundo Brasil (2008) “o AEE tem a função identificar, elaborar, organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos considerando suas necessidades específicas”.
8.9.1 Termo de Ciência e Comprometimento da Família
O termo de Ciência e Comprometimento da família é um documento utilizado pela escola da rede municipal de ensino, por meio da Sala de Recurso Multifuncional, com intuito de garantir a participação do aluno no atendimento educacional especializado, é por meio desse documento que a família ou responsável do aluno(a) se responsabiliza pela frequência anual do(a) aluno(a) na sala de regular e no atendimento educacional especializado, assim como a participação nas ações promovida pela escola. O termo de comprometimento se dá a partir de diálogo entre escola e família para juntos garantir a frequência do aluno na escola, principalmente em situação de alunos faltosos. Nesse sentido, a Rede municipal de ensino propõe para as instituições de ensino a utilização desse documento para firmar compromisso e responsabilidades entre os envolvidos. 
8.9.2 Termo de Desligamento do Atendimento Educacional Especializado - AEE
O Termo de Desligamento é um documento usado pela escola, por meio das salas de recursos, é utilizado quando, por alguma razão, o aluno deixa de frequentar os atendimentos educacionaisespecializados. A equipe multidisciplinar da escola entra em contato com a família e pede uma justificativa para esclarecer a infrequência do aluno no atendimento. Nesse caso, a escola apresenta um documento para comprovar o desligamento do vínculo do aluno com o atendimento educacional especializado, por mediação da família. Lembrando que este documento só pode ser usado quando a escola já esgotou todas as possibilidades de garantir o acesso e permanência do aluno no atendimento especializado.
8.10 - Ficha de Encaminhamento da Sala de Recurso para ao Atendimento do centro-CAEE
A ficha de encaminhamento da sala de recurso para ao atendimento do Centro – CAEE, é uma ficha de cadastro, com dados pessoais, dados da escolaridade e vida diária do aluno, é um documento que justifica a necessidade de o aluno ser encaminhado para ser avaliado e acompanhado pela equipe multidisciplinar do Centro de Atendimento Educacional Especializado Marilene Nascimento.
É um documento utilizado pela escola para encaminhar alunos que necessitam de atendimento que vai além da sala de recursos, principalmente por profissionais da área saúde/terapêutica ou serviços de cunho social. Também é utilizado pelo Centro de Atendimento Educacional Especializado com os mesmos objetivos, com intuito garantir o acesso e os serviços intersetoriais para inclusão social do aluno. 
9. REFERÊNCIAS 
AUGUSTO CORRÊA, Secretaria Municipal de Educação de. Proposta Curricular Municipal para Educação Especial, 2020.
AUGUSTO CORRÊA. Lei Municipal nº 1.880/2015. Aprova o Plano Municipal de Augusto Corrêa-Pa, decênio2015/2025 e dá outras providências. Augusto Corrêa, Pa, 2015.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Especial - MEC/SEESP, 2001.
CORDE/Comitê de Ajudas Técnicas/Secretaria Especial de Direitos Humanos - SDH, ATA VII- 2007
CURRICULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federa-2°EDIÇÃO-2018); Lima, Michelle Fernandes.
Declaração de Hamburgo sobre Educação de Adultos. Disponível em: < http://www.nepp-dh.ufrj.br › onu12-3 >. Acesso em 02 de agosto de 2022. 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Princípios, Política e Prática em Educação Especial. 1994. Disponível em:&lt; www.direitoshumanos.usp.br & gt; Acesso em 10 de abr. 2014.
FORMOSINHO, J.; MACHADO, J. Currículo e Organização - as equipas educativas como modelo de organização pedagógica. Universidade do Minho Portugal. Currículo sem Fronteiras, v.8, n.1, p. 16, jan/jun 2008.
GONÇALVES, Jordana Cristina Silva; FERREIRA, Helena Maria. Deficiência Visual: desafios de uma alfabetização em Braille. Revista do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão do UNIPAM, Patos de Minas, n. 7, v. 1, p. 89-101, ago. 2010.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - Secretaria de Educação Especial. Secretaria de Educação a Distância. Formação Continuada a Distância de professores para o atendimento educacional especializado: deficiência intelectual. Brasília: MEC/SEESP/SEED,2007.
A ESCOLA
tem que ser esse lugar em que as crianças têm a oportunidade de ser elas mesmas e onde as diferenças não são escondidas, mas destacadas...
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