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Anestesiologia e Tec. Cirúrgica

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Matéria primeira prova de Anestesiologia e Tec. Cirúrgica 
Tópicos a serem abordados: 
• Introdução a anestesiologia 
• Medicação pré-anestésica 
• Anestesia geral injetável 
• Anestesia geral inalatória 
• Monitoramento anestésico 
 
Introdução a anestesiologia 
O ser seciente é todo o aquele que é capaz de sentir dor ou prazer e que não inclui 
necessariamente a autoconsciência. 
Anestesia vem do grego ‘’Anaisthasia’’ que significa insensibilidade. É todo 
procedimento ou droga capaz de suprimir temporariamente a dor, para fins 
exploratórios, cirúrgicos e de pesquisa. 
Antigamente não existia drogas anestésicas e os procedimentos eram feitos na base 
da força, desacordando a base da paulada, asfixia, hipotermia, embriaguez ou 
compressão de nervos periféricos. A anestesia passou a ser melhor estudado no 
século 16 pelo Paracelsus que estudou o efeito do éter em galinhas, porém até o 
século 18 houve pouca evolução, até que Horace Wells um dentista em 1845, 
começou a observar, que as pessoas usavam óxido nitroso para se drogar nas festas 
e tinham efeito hilariante, e ele começou a atribuir o efeito farmacológico à retirada de 
dor, quando um estudante cortou a perna e não sentiu dor. Assim ele fez um 
experimento dando óxido nitroso para um procedimento dentário em um paciente, 
onde a pessoa ficou desacordada e sem dor. Após esse acontecimento seu discípulo 
William Thomas Green Morton em 1846 quis trazer um novo experimento com éter, 
funcionou e ficou marcado como o grande descobridor da anestesia inalatória. 
A partir daí muitos pesquisadores começaram a fazer experimentos em animais: 
- Edward Mayhew (1847) em cães e gatos 
- George Dadd (1852) clorofórmio em cavalos 
- Pierre Cyprien Oré (1872) hidrato de cloral IV 
- Koller (1884) cocaína no globo ocular 
- William Halsted (1885) bloqueio nervoso peridural 
Então a anestesia pelo termo genérico é a perda da sensibilidade de forma temporária 
local ou geral, pela administração de fármacos que deprimem a atividade nervosa 
periférica ou central. 
A anestesia cirúrgica contempla um tripé causando miorelaxamento, inconsciência 
e relaxamento profundo. 
A analgesia é a perda da sensibilidade dolorosa com ou sem inconsciência 
A tranquilização (neurolepsia ou ataraxia) é o estado de calma e tranquilidade, no 
qual o paciente está acordado, relaxado e indiferente ao meio ambiente e pequenos 
estímulos dolorosos. 
A sedação é um grau moderado de depressão do sistema nervoso central, no qual o 
paciente está acordado e calmo 
A hipnose é um sono artificial ou transe onde há inconsciência. 
A catalepsia é o estado de imobilidade com rigidez maleável dos membros e que não 
responde a estímulos auditivos, visuais e dolorosos de pouca intensidade. Não 
necessariamente há inconsciência 
A neuroleptoanalgesia é um estado de tranquilização e analgesia profundas, sem 
perda da consciência. 
 
Avaliação pré-anestésica 
É importante fazer uma avaliação clínica no animal antes de qualquer procedimento 
anestésico, fazendo avaliação do paciente através de: 
• Anamnese: identificação, histórico clínico, medicamentos que o animal está 
recebendo e histórico de anestesias anteriores; 
• Exame físico: estado geral, avaliação cardiorrespiratória e palpação abdominal; 
Para auxílio também e necessário fazer exames complementares como o 
hemograma que visa visualizar alteração hematológicas dos hematócritos e 
hemoglobina que mostra a capacidade de transporte de oxigênio para os tecidos, 
proteína plasmática é importante pois a albumina é a principal proteína que auxilia na 
anestesia pois é ela que se conjuga aos anestésicos, fazendo com que eles fiquem 
mais retidos na corrente sanguínea e essa disponibilidade de anestésicos na corrente 
sanguínea faz com que o animal fique menos aprofundado no plano anestésico, 
garantindo uma segurança. A função renal pela dosagem de ureia e creatinina, 
verificação de proteína urinária e creatina urinária, a dosagem de proteínas 
plasmáticas ALT E AST, tempo de coagulação sanguínea e exames de imagem como 
a radiografia e ultrassom. 
Quando vai se fazer uma anestesia geral é bom estabelecer uma classificação do 
animal vir a óbito, existe uma tabela de risco que se chama ASA (Sociedade 
americana de anestesiologistas). 
 
Medicação pré-anestésica 
É todo medicamento administrado no período pré-anestésico, com finalidade de 
preparar o animal para a anestesia. Serve para suprimir a agressividade e 
proporciona a sedação e redução das reações indesejáveis causados pelos 
anestésicos gerais. 
Os objetivos da MPA são diminuir a possível excitação durante a indução anestésica, 
pois quando faz a indução anestésica o animal começa a ficar agitado antes de ficar 
anestesiado, e com a MPA há diminuição de excitação da anestesia geral. Ela facilita 
os procedimentos pré-operatórios, potencializa os anestésicos gerais ou 
dissociativos, viabiliza a indução por anestésicos inalatórios, reduz os efeitos 
indesejáveis dos anestésicos e proporciona a recuperação tranquila. 
- Anticolinérgicos 
São medicamentos que inibem a acetilcolina (Ach) nas estruturas inervadas pelos 
nervos parassimpáticos pós-ganglionares e especificamente inibem os receptores 
colinérgicos do tipo muscarínicos (visceras, coração, vasos). Como a acetilcolina 
pertence ao SNP quando ele entra em ação, ele promove bradicardia, hipotensão, 
salivação, peristaltismo aumentando, diarreia, vômito, miose (contração pupilar). O 
sistema nervoso autônomo parassimpático e simpático vivem em harmonia, quando 
o SNAS se eleva faz com que o animal tenha o estresse inicial (agudo) aumentando 
a FC, PA, midríase, diminuição do peristaltismo (luta ou fuga). Algumas drogas 
mimetizam o SNAP, e nós podemos evitar esses efeitos, usando os anticolinérgicos, 
bloqueando a acetilcolina e sendo assim o animal não desenvolve os sinais do SNAP, 
evitando que as drogas que são utilizadas posteriormente causem os sintomas do 
SNAP. 
*Não promovem efeitos tranquilizantes ou sedativos 
Então eles são indicados para reduzir a salivação, secreção brônquica e elevar a FC. 
Contraindicações: Quando o animal é cardiopata 
• Fármacos anticolinérgicos 
o Atropina: utilizada como medicação pré-anestésica para impedir efeito de 
bradicardia e também é utilizada como medicação de emergência para 
aumentar a FC. 
o Glicopirrolato : Tem intuito de aumentar FC e PA 
o Escopolamina: Diminui peristaltismo intestinal e contrações uterinas. 
 
- Tranquilizantes 
São substâncias para deixar o animal sedado/tranquilo, mas sem perda de 
consciência 
• Grupos farmacológicos 
o Fenotiazínicos 
Promovem tranquilização leve e redução da atividade motora sem que ocorra 
inconsciência. Apresentam pouco efeito analgésico, causando redução do quadro de 
alerta, mas não retira uma possível dor, aumento de dose não potencializa os efeitos 
sedativos, altas doses podem causar efeitos extrapiramidais e deixar o animal mais 
alerta, tem efeito antiemético diminuindo a náusea. 
Efeitos indesejáveis: altera hemodinâmica causando dilatação periférica, levando a 
hipotensão e hipotermia. Reduz hematócrito, redução produção urinária, depressão 
fetal, diminuição motilidade intestinal, relaxamento do cárdia, redução do limiar 
convulsivo e prolapso peniano no cavalo. 
- Acepromazina: contraindicados em cardiopatas, causando desequilíbrio 
hemodinamico 
- Clorpromazina 
- Levomepromazina 
- Prometazina 
 
o Butirofenonas 
Promovem tranquilização leve e redução da atividade motora, tem efeito semelhante 
com a butirofenonas, mas são usados em animais de fazenda como suínos e quinos 
para transporte. Possuem efeito antiemético, causam efeitos extra piramidais, efeito 
hipotensor e causam aumento da FR. Utilizadas com efeito de sedação. 
- Droperidol 
- Azaperoni 
 
o Benzodiazepínicos 
São utilizados em humanos como anticonvulsivantes, miorrelaxantes e ansiolítica, na 
med vet, tem menorefeito sedativo comparado com os demais fármacos. Pode ter 
efeitos inesperados, com variação de sedação em cada animal, ele causa mais 
estabilidade cardiovascular. 
*seguro em pacientes cardiopatas compensados ou descompensados, pois altera 
menos a circulação sanguínea. 
O mecanismo de ação é potencializando o sistema que envolve o receptor GABA. O 
sistema GABA é o sistema depressor do sistema nervoso central, induzindo o sono. 
- Diazepam: é o mais utilizado, não é hidrossolúvel (feito IV apenas em estados 
de emergência), feito máximo de 3-5 minutos com duração de 1-4 horas. 
Utilizado em estados epilético. Os metabólitos formados no fígado possuem 
atividade, se acumulando na gordura (contraindicado em animais obesos), 
causando persistência do efeito. 
- Midazolam: É o mais utilizado em pacientes cardiopatas, pois causa menos 
alteração hemodinâmica. É hidrossolúvel (IV). 
- Zolazepam: É associado com tiletamina (prima do grupo dos dissociativos) 
causando boa anestesia, não causando desligamento do córtex cerebral. 
- Flumazenil: Antagonista competitivos (antídoto) 
 
o Agentes α-2 antagonistas 
São agentes sedativos clássicos, pois eles desencadeiam uma sedação dose 
dependente, são os melhores sedativos, (a não ser em cardiopatas). Em animais 
saudáveis, o efeito é ótimo, embora não se consiga um quadro de hipnose completa. 
Possui propriedade hipnótica, miorrelaxante e analgésicas. 
Eles são agonistas dos receptores alfa-2, causando bloqueio do sistema alfa 
adrenérgicos e como consequência causam efeito sedativo, estimulando receptores 
que atuam como bloqueadores do sistema alfa adrenérgicos. 
Efeitos indesejáveis: Causa bradicardia e hipotensão, hipotermia, reduz a FR e 
como consequência a distribuição de O2 fica reduzida. 
- Xilazina: Causa boa sedação, analgesia e relaxamento muscular. Pode 
ocorrer vômito, pode ser feita epidural. 
- Detomidina e Romifidina (equinos) 
- Medetomidina: Recentemente desenvolvida para cães e gatos, causa menos 
vômito. 
- Atipamezole e Ioimbina: Antagonistas competitivos (antídoto) 
 
o Analgésicos (opióides) 
Os opiódes são utilizados para controle da dor, podendo ser usado na analgesia pré, 
trans e pós operatória. Sua ação é bloqueando a condução nervosa dos neurônios, 
havendo redução da sensibilidade dolorosa. Atuam nos centros de percepção e 
processamento da sensibilidade dolorosa no SNC, medula espinhal e no encéfalo. Ao 
mesmo tempo que suprimem os centros relacionados de vigília e tosse. Podem 
estimular a euforia (vício), se assemelhando as endorfinas que são substâncias que 
nosso organismo produz. Também podem interferir no controle da respiração, FC e 
PA. 
*Os opiódes eram extraídos do ópio da flor da papoula. 
Opióide vs opiáceo: opiáceo uma substância retirada do ópio e tem produção natural 
(morfina, apomorfina e codeína). Opiódes são produtos químicos que tem a ação 
parecida e possuem produção sintética (meperidina, fentanil, metadona, etorfina, 
pentazocina, nalorfin e butorfanol). Narcótico: produz dependência. 
- Opioides endógenos: nosso corpo produz (encefalinas, endorfinas e 
dinorfinas) 
- Opióides agonistas: atuam nos receptores opioides do corpo, induzindo uma 
ação. (morfina, meperidina e fentanil) 
- Opióides antagonistas: atuam como bloqueadores, se ligando aos 
receptores. Usados como antidoto. (naloxona e nalorfina (*)) 
- Opióides agonistas-antagonistas: tem ação mista, eles em alguns tipos de 
receptores eles estimulam e em ouros ele bloqueia. (butorfanol, pentazocina e 
nalorfina(*)) 
Efeitos adversos: Bradicardia (estimulo do nervo vago), hipotensão, diminui a FR, 
sensibilidade do SNC ao CO2, diminui o reflexo da tosse, aumenta a motilidade 
intestinal inicialmente, redução da motilidade intestinal posteriormente, êmese, 
salivação e defecação. 
O seu efeito vai depender da ligação do fármaco nos receptores e sua localização no 
organismo. Os receptores opióides servem para ligar aos opióides endógenos, 
entretanto os opióides administrados, tem capacidade de se ligar nos receptores de 
nome, Kappa, Sigma, Delta e Mi 
- Mi: Causa efeito de analgesia supra-espinhal, depressão respiratória, euforia 
e dependência física 
- Kappa: causa efeito de analgesia medular, sedação e miose 
- Sigma: Causa disforia, alucinações e excitação 
- Delta: Causa alteração do comportamento afetivo 
Para a medicina veterinária os efeitos que precisamos mais é do efeito de Mi e Kappa 
Drogas mais utilizadas: 
- Morfina: causa analgesia, sonolência, euforia (humanos), acentuada 
depressão respiratória, inibe motilidade intestinal e vômito. Possui durabilidade 
de 6-8 hrs em pequenos animais. A desvantagem é a perda e apetite e náusea. 
Pode ser usada no MPA, trans e pós operatório. 
- Meperidina, petidina ou dolantina: sintético e tem metade da potência da 
morfina, e dura de 2-3 hrs. Usada como MPA para auxiliar na melhoria da 
analgesia. Causa ação hipnótica discreta, queda da PA e PV e depressão 
respiratória de pouca intensidade. 
- Fentanil: 100 x mais potente do que a morfina no quesito dor, 15 min de 
duração. Causa vômito, produz discreta depressão respiratória e bradicardia 
pelo estimulo vagal. 
- Tramadol: Não tem ação em gatos (*), duração de 6-8 hrs, menos potente que 
a morfina. Tem a vantagem que não causa tanto vômito e náusea. 
- Metadona: Causa boa analgesia em gatos 
- Etorfina: 1000x mais potente que a morfina, mais utilizada em animais 
selvagens de grande porte (elefantes e rinocerontes) 
* Livro da fantoni diz que tem segurança no uso em gatos e que causam boa 
analgesia. 
Anestesia geral injetável 
Anestesia geral é a perda temporária da consciência (hipnose) no paciente por meio 
da administração de substâncias pela via injetável. Ela compreende as fases de 
indução, manutenção e recuperação anestésica. O seu objetivo é a inconsciência, 
analgesia, miorrelaxamento e proteção autonômica. 
Formas de administração: Bólus, infusão contínua, bólus+infusão contínua, infusão 
variável e bólus + infusão variável 
Vantagens: prática aplicação, promove indução rápida, pode ser usados em 
procedimentos diagnósticos, imobilização ou pequenas cirurgias, dispensa 
aparelhagem e possui custo razoável. 
Desvantagens: Dependem de metabolização para término do efeito, difícil 
adequação e avaliação do plano anestésico, recuperação pode ser prolongada, 
ausência de antagonistas específicos e impossibilidade de se promover respiração 
controlada ao assistida e de se fornecer O2. 
• Barbitúricos 
Duração ultra curta (15-30 min): tiopental, tiamilal; 
Duração curta a moderada (60-120 min): pentobarbital sódico; (não utilizado em G. 
animais) 
Duração longa (+120 min): amobarbital 
Eles potencializam a supressão do SNC mediada pelo GABA, atravessam com 
facilidade as barreiras hematoencefálicas e placentária, se ligam as proteínas 
plasmáticas sanguíneas, causando a redução do efeito do anestésico, tem alta 
lipossolubilidade, ficando retidos em tecido adiposo causando prolongamento do 
efeito. Tem metabolização hepática e eliminação por via renal, a recuperação da 
anestesia ocorre por redistribuição do agente, à medida que o medicamento fica retido 
em outros tecidos, eles caem na corrente sanguínea e faz ação no SNC novamente. 
Possui efeito anticonvulsivante e causa redução da pressão intracraniana em animais 
com TCC. 
Contraindicações: Cardiopatas, nefropatas, gestantes, obesos e hepatopatas. 
Características: Reduz a PA como resultado da vasodilatação peiférica, aumenta a 
FC, apnéia respiratória transitória, diminui a FR e causa depressão grave respiratória 
em RN. 
 
• Não-barbitúricos 
- Propofol: Causa depressão do SNC por potencialização do GABA, efeito 
parecido ao dos barbitúricos (+ seguros), agente de indução anestésica rápida 
e de ação ultracurta (10-20min), não apresenta efeito acumulativo, 
metabolização hepática e excreção na forma inativa na urina. Seus efeitos 
sobre o sistema cardiovascularsão poucos relevantes, promove apnéia 
passageira e depressão respiratória dose-dependente, indução e manutenção 
anestésica (procedimentos rápidos), bom miorrelaxamento, recuperação 
rápida e suave e substituição aos barbitúricos. 
- Etomidato: + indicado em cardiopatas. Possui metabolização hepática, em 
gatos também ocorre hidrólise plasmática, ausência de efeito acumulativo, 
duração de 10-15 min, alta solubilidade, causa contrações voluntárias 
involuntárias, alto custo e não indicados em G. animais (pelo custo elevado). 
- Éter gliceril guaiacol (EGG) ou guaifenesin: Miorrelaxante de ação central, 
usado em equinos principalmente, administrado em solução de 5 a 15 % IV, 
tem poder bacteriostático e bactericida e seu mecanismo de ação é ser 
agonista glicinérgico que também atuam suprimindo o SNC, tem efeito rápido 
de 10-20 min e sua recuperação é tranquila e gradual. Pode causar 
tromboflebite devido a injeção perivascular, hemólise periférica por 
concentração muito alta e hipotensão. 
 
o Anestesia dissociativa 
A anestesia dissociativa não faz supressão total do córtex cerebral, apenas de 
algumas partes e alguns reflexos ficam presentes mesmo com o animal anestesiado 
e com perda de consciência. É da classe de dissociativos ou ciclo-hexaminas, 
promovem dissociação do paciente com o meio, depressão variável de áreas do 
cérebro e não a sua totalidade, produz imobilização, analgesia e depressão do SNC. 
Seu mecanismo de ação é o antagonismo dos receptores NMDA ou bloqueio não-
competitivo com o aspartato e glutamato. Não suprimem muitos reflexos como o 
palpebral, corneal e laringotraqueal, promovem boa analgesia músculo-cutânea, mas 
a visceral é pobre, são drogas seguras com ampla margem de dose e podem ser 
aplicavas IM. 
Podem promover quadros epilépticos, anestesia cataleptoide (imobilidade rígida), não 
produzem miorrelaxamento, não possuem antagonistas, causa aumento da FC, PA e 
FR (evitar em cardiopatas). 
- Ketamina 
- Tiletamina: droga mais potente, menos efeitos colaterais. Tiletamina + 
zolazepam já vem a venda. Relaxamento muscular, analgesia, menos efeito 
cataléptico. 
Anestesia Geral Inalatória 
É toda aquela que é feita da administração do princípio ativo + O2 pelas vias 
respiratórias. 
O anestésico e passado da via respiratória para a corrente sanguínea por meio dos 
alvéolos pulmonares, esses alvéolos possuem intensa vascularização a fim de 
realizar a troca gasosa, então, devido a esse sistema, o ar carregado de anestésico 
inalatório vai chegar até os alvéolos vindo das vias respiratórias, se dissolvendo no 
sangue, chegando à corrente sanguínea e indo para o tecido cerebral. Para a 
distribuição do anestésico a concentração alveolar e a concentração cerebral 
precisam estar em equilíbrio e dependentes da concentração inspirada, ventilação 
pulmonar, captação do anestésico pelo sangue (solubilidade e débito cardíaco) e 
captação do anestésico pelos tecidos 
Vantagens: Segurança, pode ser usado em pacientes de risco, tem recuperação 
rápida, a idade não é fator limitante e economia no sistema semi-fechado e fechado. 
Desvantagens: Precisa de aparelhagem específica, requer profissional qualificado, 
custo mais elevado do que a A.G. Injetável, contaminação ambiental e exposição 
ocupacional, risco de contaminação de vias aéreas. 
- Éter dietílico (proibido): irritante aos olhos e narinas e altamente inflamável 
- Óxido nitroso: Usado mais como auxiliar nas anestesias inalatórias 
convencionais 
- Halogenados: halotano, isoflurano, sevoflurano, desflurano e enflurano 
 
* Concentração alveolar mínima: É a concentração mínima (%) de um anestésico 
a uma atmosfera (1ATM) de pressão que produz imobilidade m 50% dos 
indivíduos submetidos a estímulos dolorosos. A potência de um anestésico 
está inversamente relacionada a sua CAM. Se a CAM é pequena, e a potência é 
alta, uma pressão parcial relativamente baixa será suficiente para causar 
anestesia. 
 
• Circuitos Anestésicos 
- Sistema Aberto: 
É constituído de um reservatório simples em que todo o ambiente fica saturado com 
o anestésico com o animal dentro. Não há reservatório de anestésico e a reinalação 
da mistura expirada é fria e seca. Há grande consumo de anestésico e contaminação 
ambiental 
*Risco: paciente recebe muito anestésico 
* Usado em paciente pequenos de dificil manipulação para induzir a anestesia 
- Sistema semi-aberto (Baraka): 
Permite pouca reinalação de gases, não possuem reservatório de Cal Sodada e os 
gases inalados são frios e secos. Possui balão reservatório com objetivo de 
armazenar a mistura anestésica e permitir ventilação mecânica. 
Vantagens: é simples, permite melhor controle da concentração oferecida em relação 
ao sistema aberto, bom para pacientes com menos de 5 kg. 
Desvantagens: Há ressecamento das vias respiratórias em anestesias longas, não 
conservam o calor exalado do corpo e contaminação ambiental. 
- Sistema fechado e semi-fechado: 
São circuitos anestésicos com aproveitamento máximo do anestésico, menor 
contaminação ambiental e gasto anestésico, há vias inspiratória e expiratória 
definidas e o fluxo no circuito é unidirecional, uso amplo da Cal Sodada, a mistura 
reinalada é aquecida e umidificada, usado para animais maiores que 5 kg. 
Desvantagens: Necessita de aparelhos mais complexos, válvula pop off fechada: 
circuito fechado, válvula de pop off aberta: circuito semi-fechado, seus 
componentes oferecem maior resistência à circulação dos gases. 
Monitoramento anestésico 
Constitui-se no ato de vigiar, observar ou verificar, através de métodos visuais, 
manais ou por meio de equipamentos, com objetivo de manter o animal em plano 
anestésico seguro. 
O objetivo é fornecer informações que irão auxiliar na identificação precoce de 
possíveis alterações pré-existentes ou ocasionadas pela anestesia, antes que se 
tornem irreversíveis. 
O monitoramento se inicia mesmo antes do MPA, com examinação do paciente (PA, 
FR, Temperatura, cor da mucosa, etc) e só termina quando o animal retorna a 
consciência. 
• Tipos de monitoramento 
o Subjetiva: Cor de mucosas, PA, tonus muscular, etc. Depende da percepção 
do anestesista quanto á normalidade/anormalidade de determinados 
parâmetros 
o Objetiva: Depende da mensuração por aparelhos ou equipamentos. Tem 
medida numérica exata. Ex: PA, oximetria, temperatura, etc 
o Não-invasiva: Medição de PA com esfigmomanômetro 
o Invasiva: Medição da PA com incisão arterial periférico e ligação com sistema 
de fluidos estéreis com anticoagulantes ligado ao aparelho. 
 
- Parametros cardiacos 
- Parametros hemodinâmicos 
- Parametros respiratórios 
- Oxigenação dos tecidos 
- Temperatura corporal 
 
• Planos anestésicos 
A avaliação da profundidade anestésica foi proposta por Guedel em 1951, conhecido 
como quadro de Guedel. 
É constituído por 4 estágios (I-IV), sendo o estágio III constituído por 4 planos (1-4). 
Seu objetivo é identificar a qual estágio ou plano o animal se encontra para adequá-
lo à necessidade. Também serve para identificar riscos ou se o animal está muito 
superficial em termos de anestesia. 
Para verificar em qual nível o animal está de profundidade no plano anestésico, tem 
alguns testes que podemos fazer: 
- Reflexo palpebral 
- Reflexo corneal 
- Reflexo pupilar 
- Reflexo interdigital 
- Reflexo laringotraqueal 
 
o Estágio I 
Inicia-se com a administração do anestésico até a perda da consciencia. 
- Desorientação 
- Midriae 
- Respiração irregular 
- Taquicardia 
- Todos os reflexos normais 
- Analgesia pobre, com resposta ao estímulo 
 
o Estágio II 
É caracterizada pela excitação e pela perda de todo o controle voluntário. Deve ser 
transporto o mais rápido possível. 
- Excitação 
- Pode se debater 
- Incoordenação motora 
- Tônus muscular aumentado 
- Reflexos presentes 
- Hiperalgesia 
 
o Estágio III 
É caracterizado pela perda da consciencia, com progressiva perda dosreflexos, 
relaxamento muscular e padrão respiratório lento e regular. 
É dividida em 4 planos: 
- Plano 1: Perda progressiva dos reflexos, sem analgesia 
- Plano 2: Respiração mais lenta, redução do tõnus muscular 
- Plano 3: Respiração abdominal, analgesia profunda, sem reposta á incisão 
- Plano 4: Respiração abdominal exclusiva, midríase, inicio de apneia e 
hiperventilação 
 
o Estagio IV 
Estágio crítico, pode ser irreversível e levar o animal a morte. 
- Globo ocular centralizado, midríase agônica 
- Depressão respiratória grave ou apneia, respiração agônica 
- Bradicardia e hipotensão graves (choque) 
- Relaxamento dos esfíncteres 
- Hipotermia grave

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