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Clínica Cirúrgica – Colecistite e Colangite Anatomia e Fisiologia: A vesícula é irrigada pela Artéria cística ramo da Artéria hepática direita, ramo da hepática própria, hepática comum e tronco celíaco. Quanto aos ductos temos: · Ducto cístico (sai da vesícula), · ducto hepático comum (sai do fígado e se junta com o cístico), · ducto colédoco (junção do cístico com hepático comum). Junta-se ducto colédoco com ducto pancreático e forma a ampola de Vater que desemboca na segunda porção do duodeno. Importante ressaltar que a disposição dos ductos pode variar em cada pessoa. TRIÂNGULO DE CALOT: espaço anatômico que seus limites são: Ducto Hepático Comum, Ducto cístico e borda inferior do fígado. FISIOLOGIA: Fígado: Duas Funções Opostas - Excreção de toxinas e metabólitos X Absorção de nutrientes Secreção Biliar: depende estímulo neural humoral e químico. – estimulo vagal + secretina + colecistoquinina (CCK) = contração da vesícula = excreção da bile. Principais componentes: sais biliares (10%) + agua (85%), proteínas, lipídios (fosfolipideos, colesterol), pigmentos (bilirrubina). Metabolismo da bilirrubina: degradação da porção Heme da hemoglobina biliverdida ação da Biliverdina Redutase formação da Bb indireta (lipossolúvel é carreada pela albumina no sangue) ação da glucoroniltransferase forma porção Bb direta (hidrossolúvel) intestino fezes ação das bactérias urobilinogênio , enterocolinas e urobilinas urobilinogenio é reabsorvido o resto são secretados nas fezes e urina. DEFINIÇÕES: COLECISTITE: é a inflamação da vesícula biliar – costuma ser causada pela litíase biliar COLELITÍASE: cálculos em qualquer parte da via biliar COLECISTOLITÍASE: é a litíase da vesícula biliar, forma mais comum da colelitíase, em geral é assintomática. Acomete 15 % da população FATORES DE RISCO – COLECISTOLITÍASE: 5Fs: Female, Fat, Forty, Fertile, Family history. Respectivamente Mulher, obesa, > 40 anos, historia de gestações, historia familiar. Apenas 1% dos assintomáticos terão complicações Cirurgia nos sintomáticos e em casos específicos · cálculo >2,5cm · anemia falciforme · pré-transplante · cirurgia bariátrica, gastrectomia Tratamento não cirúrgico – risco cirúrgico proibitivo · litotripsia – técnica cirúrgica para litíase Renal (Polêmica!) · Sal biliar oral FORMAS DE APRESENTAÇÃO: · Cólica biliar · Colecistite crônica: episódio repetitivos de cólica biliar · Colecistite aguda: obstrução luminal mantida. inflamação >>> infecção >>> isquemia >>> necrose · Colecistite gangrenosa TIPOS DE CÁLCULO: Claros Colesterol Pigmentados: · Preto Bilirrubina Indireta (hemólise) · Marrom Infecção ( estase biliar) pode se formar no colédoco COLECISTITE AGUDA · Inflamação aguda da Vesícula Biliar · 95% decorrente de cálculos (cálculos grandes) – colecistolitíase que evolui para uma colangite ou íleo biliar · 5 % são Acalculosa (Isquemia da Vesícula) · Drogas vasoativas / NPT / jejum prolongado QUADRO CLÍNICO: · Desconforto que se torna dor no hipocôndrio direito: · Relacionado com alimentação · Cólica / Pontada · Intensidade forte · Associado a Febre · Dor palpação HCD – Murphy + · Icterícia · Descartar coledocolitíase · Sindrome de Mirizzi (acometimento da via biliar comum por calculo da vesícula biliar) · Íleo biliar: obstrução ileal por um cálculo biliar. DIAGNÓSTICO NA IMGEM: US Abdominal: · Alta Sensibilidade e especificidade) · Mostra cálculo / espessura parede (> 4mm) / coleções · Murphy ultrassonográfico (ao fazer exame paciente relata muita dor devido compressão pelo equipamento) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA COLANGIORRESSONÂNCIA: Vemos uma meia-lua = calculo impactado, o que difere de uma obstrução por tumor, veríamos um “cone” CINTILOGRAFIA HEPÁTICA ÁCIDO IMINODIACÉTICO (HIDA): · componentes iminodiacéticos marcados com tecnécio são administrados IV e captados pelo fígado, excretados na bile e então adentram na vesícula biliar. · Na calculosa se impactada no ducto cístico, não visualizamos a vesícula. COLANGIOPANCREATOGRAFIA ENDOSCÓPICA RETRÓGRADA (CPRE): · Com duodenoscópio que vai da boca até duodeno, visualiza -se a papila de Vater e faz-se uma injeção de contraste dentro dela possibilitando a visualização radiológica das vias biliares. TRATAMENTO: · Hidratação e sintomáticos · ATB – Gram-/anaeróbios/Gram+ · Tratamento conservador em desuso · Cirurgia na primeira semana ---- VLP · baixo índice de conversão · resultados semelhantes a cirurgia tardia · Colecistostomia COMPLICAÇÕES: · Estenose da Via Biliar · Fístula · Abscesso COLANGITE: Combinação de INFECÇÃO DA VIA BILIAR + PRESENÇA DE OBSTRUÇÃO (Colestase). PRINCIPAIS AGENTES: · E. coli, Streptococcus ssp, Klebisiella, enterobacteriae, · Pseudomonas/ flora oral (associado à interveção) · anaeróbios (idosos/após cirurgias das vias biliares). CAUSAS · Cálculo · Tumores Periampulares (Cabeça pâncreas / Papila / Colangiocarcinoma / Duodeno) · Tumor Klatskin · Estenose (manipulação prévia) · Colangite Esclerosante (RCUI / tireoidite Riedel) QUADRO CLÍNICO: TRÍADE DE CHARCOT: dor no HCD + icterícia + febre com calafrios. Colangite tóxica = PENTADE DE REYNOLDS: tríade de charcot + hipotensão + confusão mental. TRATAMENTO Suporte ( Antibióticos) Desobstrução: CPRE, Per Cutâneo, Cirurgia
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