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Ortopedia e Traumatologia S E M I O L O G I A O R T O P É D I C A - B O V I N O S O sistema locomotor é composto por ossos, articulações, tendões, ligamentos e músculos. As enfermidades osteomusculares são a principal causa da queda de desempenho e da interrupção precoce da carreiras, resultando em perdas econômicas significativas na criação ou produção de grandes animais. As principais causas de enfermidades ortopédicas estão relacionadas a traumas, excesso de exercícios, anomalias (congênitas ou adquiridas), infecções, distúrbios metabólicos e alterações circulatórias ou nervosas. EXAME SEMIOLÓGICO O exame semiológico do sistema locomotor tem por objetivo determinar o membro claudicante, localizar a lesão no membro e diagnosticar a enfermidade. A semiologia do sistema locomotor é composta por: Identificação; Anamnese; Exame físico; Exame específico; Diagnóstico presuntivo; Exames complementares; Diagnóstico definitivo IDENTIFICAÇÃO: deve ser realizada individualmente e conter o nome ou número do animal no rebanho (brincos, tatuagens, marcação ou microchips). A identificação deve conter também a raça e idade. ANAMNESE: deve conter informações quanto ao sistema de produção utilizado na propriedade (pisos úmidos e abrasivos favorecem a incidência de enfermidades podais) e quando os bovinos são mantidos em regime de semiconfinamento ou em piquetes, é necessário ter atenção com o tipo de piso ao redor dos cochos. O acúmulo de lama e água nesse local servirá como fonte de infecção Quantidade e qualidade da alimentação fornecida (procedência, armazenamento). Produção diária de leite, pois a somatória de características de vacas leiteiras (peso elevado, supernutrição e estresse pelo manejo intensivo é um fator predisponente para patologias podais). Além do tipo de manejo (permanência nos piquetes, piso dos currais, frequência de pedilúvios). Além de ocorrências de infecções, duração, tipo e intensidade da claudicação, e tratamentos realizados. Ortopedia e Traumatologia S E M I O L O G I A O R T O P É D I C A - B O V I N O S EXAME FÍSICO GERAL: avaliação de FC, FR, TPC, Tº, movimentos ruminais. EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: composto pela inspeção e palpação principalmente. Deve-se realizar a inspeção em posição quadrupedal (observar o porte físico, o estado corporal e a conformação geral do animal, atentando-se para desvios nos eixos ósseos dos membros, alterações das angulações articulares, deformações nos cascos, lesões no espaço interdigital, edemas, feridas, fístulas e atrofias musculares, enfatizando a simetria). Inspeção em movimento com o objetivo de tentar localizar a origem da lesão e determinar a intensidade da claudicação. Sempre que possível deve ser realizada sobre piso áspero, para impossibilitar o deslizamento dos cascos no solo. Realizar a palpação dos ossos, articulações, tendões e músculos, comparar reações entre o membro contralateral sadio e o claudicante. Observar o animal ao passo e ao trote, ida e volta, em linha reta e em círculos, notando o tamanho da passada, movimentos de cabeça e elevação de garupa, além de realizar os testes de flexão. Ainda no exame específico, deve-se avaliar o dígito, após ampla limpeza da região com água e sabão. O pinçamento dos cascos é recomendado para determinar a localização da lesão, pode-se realizar também casqueamento corretivo. O exame dos ossos, articulações, tendões e músculos consiste na palpação do membro acometido pela claudicação. O examinador deve estar atento a qualquer reação do animal que demonstre dor. Dentre essas reações, podem ser citadas: contração muscular, retração do membro, mugidos e coices. A determinação de edemas, crepitações, calor e a existência de feridas são aspectos a serem explorados e podem, inclusive, dar noções das dimensões da lesão. EXAMES COMPLEMENTARES: análise do líquido sinovial (com objetivo de diferenciação entre artrites), radiografia (para avaliação óssea) e ultrassonografia (avaliação dos tecidos moles nas adjacências dos ossos, bem como análise detalhada de efusões articulares e acúmulos de coleções líquida e confirmação de ruptura de ligamento cruzado. S E M I O L O G I A O R T O P É D I C A - E Q U I N O S O sistema locomotor é composto por ossos, articulações, tendões, ligamentos e músculos. As enfermidades osteomusculares são a principal causa da queda de desempenho e da interrupção precoce da carreira em animais atletas, resultando em perdas econômicas significativas na criação ou produção de grandes animais. As principais causas de enfermidades ortopédicas estão relacionadas a traumas, excesso de exercícios, anomalias (congênitas ou adquiridas), infecções, distúrbios metabólicos e alterações circulatórias ou nervosas. EXAME SEMIOLÓGICO O exame semiológico do sistema locomotor tem por objetivo determinar o membro claudicante, localizar a lesão no membro e diagnosticar a enfermidade. A semiologia do sistema locomotor é composta por: Identificação; Anamnese; Exame físico; Exame específico; Diagnóstico presuntivo; Exames complementares; Diagnóstico definitivo IDENTIFICAÇÃO E ANAMNESE: deve-se verificar aspectos como raça, idade, sexo, proprietário e procedência. Na anamnese a obtenção de informações pode ser realizada por perguntas diretas ou sugestões sutis, na tentativa de obter fatos essenciais para o diagnóstico. Informações importantes obtidas na anamnese: início da claudicação, duração dos sinais clínicos, aparecimento súbito ou gradativo, causa da claudicação é conhecida ou se há relato de traumatismo, evolução da claudicação, se o proprietário notou aumento de volume ou alteração na postura do animal e se o animal foi casqueado ou ferrado recentemente. EXAME FÍSICO: o exame físico do paciente compreende inspeção, palpação e manipulação dos membros em repouso e em movimento. Os principais objetivos do exame do aparelho locomotor são: determinar qual o membro claudicante, localizar a lesão no membro e diagnosticar a enfermidade. Inicialmente, realiza-se inspeção panorâmica do equino em estação, seguida de inspeção localizada dos segmentos corporais. Ortopedia e Traumatologia S E M I O L O G I A O R T O P É D I C A - E Q U I N O S Grau 0: não perceptível sob nenhuma circunstância. Grau 1: dificilmente vista ao trote. Grau 2: dificilmente vista ao passo, mas observada ao trote. Grau 3: observada ao trote, com movimentações de cabeça. Grau 4: óbvia ao passo, com movimentação de cabeça Grau 5: impotência funcional. Nessa fase, é possível observar assimetrias de conformação e aprumos, deformações, aumentos de volume, atrofias musculares, soluções de continuidade, cicatrizes ou posturas anormais, visualizadas de frente, de ambos os lados e de trás. Na sequência, o equino será examinado em movimento. O movimento inicial será em linha reta, em superfície plana e terreno duro, seguido de movimentação circular. Inicia-se com andamento ao passo, e posteriormente, o animal será conduzido ao trote lento e rápido. A graduação da claudicação pode ser classificada em leve, moderada ou grave. Mas o grau deve ser registrado, podendo ser: Em geral, claudicações grau 4 e 5 estão associadas a fraturas, luxações, abcessos subsolares, tendinites e artrites graves. Testes de flexão também podem ser realizados. Nessa fase do exame, devem ser realizados movimentos passivos de flexão, a fim de exacerbar um foco de dor, principalmente em tecidos moles ou regiões subcondrais quase sempre associados a processos articulares, tendíneos ou ligamentares. Após a flexão das articulações, o cavalo é submetido ao trote ou até mesmo ao passo. Na maioria dos testes, a flexão é feita por 30 a 60 s, à exceção da articulação társica (1 a 2 min). Os movimentos de extensão, adução e abdução também são utilizados, principalmente na suspeita de lesões nas regiões proximais. EXAMES COMPLEMENTARES: anestesia perineural, radiologia (artrografia, mielografia, tenografia, fistulografia e tendografia), ultrassonografia, artrocentese (aspecto, volume, proteína,citologia cultura bacteriana etc), artroscopia, termografia, cintilografia e biopsia. Ortopedia e Traumatologia
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