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1 MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 1 Sumário Sumário ........................................................................................................... 1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 3 A Relação Homem-Natureza: Histórico e Abordagem do Progresso Sustentável ................................................................................................................ 4 Desenvolvimento Sustentável ......................................................................... 6 Educação Ambiental .................................................................................... 7 Permacultura - um meio de viver de forma sustentável ............................... 9 Modificar atitudes e práticas pessoais, criando ações para desenvolver sustentabilidade ....................................................................................................... 11 Passos Para se Construir uma Sociedade Sustentável: Local ao global ....... 13 Respeitar e Cuidar da Comunidade dos Seres Vivos .................................... 14 Melhorar a Qualidade da Vida Humana ..................................................... 15 Integração entre desenvolvimento e conservação no Brasil ...................... 16 Ações para uma vida sustentável em uma aliança global ............................. 18 PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............... 19 Fatores inerentes ao projeto ...................................................................... 19 EMPREENDIMENTOS .................................................................................. 22 EXECUÇÃO DE PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ....................... 23 EDUCAÇÃO PARA FORMAÇÃO .................................................................. 24 AMBIENTALISMO ......................................................................................... 25 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO .............................................................. 26 CRIANDO UM CONSUMIDOR CONSCIENTE .......................................... 27 MUDANÇAS CLIMÁTICAS ............................................................................ 29 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 33 2 1. NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 2. INTRODUÇÃO Fonte: https://www.todamateria.com.br/educacao-ambiental/ Desde o princípio, o homem tem relações vitais com a natureza, já que retira dela sua sobrevivência. Na primeira parte do material será apresentada a abordagem, e como se deu o progresso sustentável. Você verá o que é desenvolvimento sustentável e a importância dele estar aliado ao sistema econômico, possibilitando que os recursos tenham capacidade para atender esta e as futuras gerações. A necessidade de um sistema sustentável traz o conceito de educação ambiental, que esta aliada a técnicas de educação para sensibilização das pessoas com a causa ambiental. Entender e desenvolver algumas técnicas de permacultura é um meio para viver de forma sustentável, os princípios da permacultura induzem a qualidade de vida e constante conservação da natureza. Modificar atitudes e práticas pessoais, criando ações para desenvolver sustentabilidade é o ponto de partida que cada cidadão deve dar no processo de desenvolvimento sustentável. Para que a sociedade aja de forma sustentável são necessárias não apenas ações locais, mas também globais, já que o planeta é um só, e os impactos de uma região afetam outra. Respeitar e cuidar das comunidades e de seres vivos é tão importante quanto cuidar dos recursos naturais, pois são fundamentais para o equilíbrio das relações ecológicas. Melhorar a qualidade de vida humana é necessário para que a sociedade tenha interesse e desejo de desenvolver práticas sustentáveis. Integrar desenvolvimento e conservação, no Brasil, é essencial para boas práticas ambientais, o texto cita algumas metas importantes para agricultura, pecuária e gestão ambiental 4 nas empresas, para o desenvolvimento compartilhado da economia com a proposta de sustentabilidade. Para finalizar o material, foi abordado o tema que propõe uma aliança global, com a participação de todos os povos para construir uma vida sustentável. Vamos juntos compreender o histórico e a situação do desenvolvimento sustentável a nível local e planetário, para que, no final da leitura, possamos fazer uma reflexão sobre nossas práticas e o sistema que estamos inseridos de acordo com os princípios básicos da sustentabilidade. 3. A Relação Homem-Natureza: Histórico e Abordagem do Progresso Sustentável Fonte: http://as-one.main.jp/suzuka/Brasil/kinsetsu.html Como você deve observar, a relação homem-natureza se dá desde que o ser humano habita este planeta, pois não existe sobrevivência sem a utilização de recursos naturais, atividades básicas e vitais, tais como comer e beber, dependem exclusivamente da natureza. Segundo Montibeller-Filho (2008), há uma relação umbilical entre homem e natureza desde o homem primitivo, onde já se utilizava de relações humanas com o 5 espaço, dando origem à compreensão de fenômenos desconhecidos que ocorrem, criando o sentido de funcionalidade da natureza. Veremos que, com o tempo, os humanos foram percebendo que as fontes naturais são limitadas, se não forem usadas com critérios. Com o desenvolvimento e crescimento urbano e tecnológico, percebe-se a necessidade de proteger e preservar a natureza. Vamos ver alguns acontecimentos marcantes no processo histórico da abordagem do progresso sustentável: No Brasil, em 1934, ocorre a 1ª Conferência Brasileira de Proteção à Natureza, no Rio de Janeiro, que denunciava a devastação das florestas brasileiras e tinha como pauta a defesa da fauna e flora. Deste evento surge à elaboração do Código Florestal de 1934(revogado posteriormente pela Lei 4.771/65, que estabeleceu o Código Florestal vigente até a publicação da Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012.), em 1958, foi criada no Rio de Janeiro, a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, que tinha como objetivo principal a luta pela preservação da fauna e da flora de espécies ameaçadas (VIOLA, 1991). Na década de 60, surgem diversas ONG’s (Organizações não Governamentais) e movimentos ambientais ligados a assuntos de cunho ambiental. Em 1962, foi publicado o livro Primavera Silenciosa (Silent Spring) nos Estados Unidos, onde a bióloga Rachel Carson procurou mostrar os efeitos devastadores a médio e longo prazo do uso de pesticidas na agricultura, após aSegunda Guerra Mundial, que dá origem a Educação Ambiental, como você verá mais adiante. Em 1972, ocorre a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, onde se oficializou uma preocupação internacional com os problemas ambientais. Neste evento, foi criado o PNUMA-Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Com objetivo de propor estratégias para o desenvolvimento sustentável, principalmente em relação à poluição, em 1987, foi publicado o relatório “Nosso Futuro comum”, elaborado por comissão da ONU (Organização das Nações Unidas), mostrando a importância de promover crescimento econômico em conjunto com a preservação. Em 1989, ocorre a Eco 92, a fim de chamar a atenção para a necessidade de o mundo trabalhar por uma sociedade sustentável, em que foi aprovada a Agenda 21, programa para o desenvolvimento ambiental no planeta. A partir dos anos 90, começou a implantação da gestão ambiental dentro das empresas, minimizando os impactos ambientais. Cada vez mais as políticas públicas 6 abordam a questão ambiental e o desenvolvimento sustentável, porém ainda esbarramos no sistema capitalista, que mais visa lucro. Porém, a tendência é unir cada vez mais o ponto econômico e ambiental, afinal é possível viver sem as plantas? Sem os animais? Sem os rios? Mais que lucro, seres humanos necessitam sobreviver. 4. Desenvolvimento Sustentável Como você viu acima, em 1987, foi feito um relatório em encontro presidido pela ONU. Este documento nos traz o significado real de desenvolvimento sustentável: “atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas próprias demandas”.O conceito de desenvolvimento sustentável foi firmado na Agenda 21, documento desenvolvido na Conferência “Rio 92”, e transmitido a outras agendas mundiais de desenvolvimento e direitos humanos. Segundo Canepa (2007), o conceito ainda está em construção, no qual se compatibiliza a exploração de recursos, o gerenciamento de investimento tecnológico e as mudanças institucionais com o presente e o futuro. Para Barbosa (2008), o conceito de desenvolvimento sustentável se dá por conseqüência do desenvolvimento social, econômico e de preservação ambiental, conforme mostra a figura1. Sabemos que é notável que uma sociedade, com desenvolvimento sustentável, tem, primeiramente, outros parâmetros que os levam a tal, como o desenvolvimento social, a inclusão, desenvolvimento econômico, eco eficiência, preservação e conservação ambiental e justiça socioambiental. 7 Fonte: Barbosa, 2008 O desenvolvimento sustentável visa encontrarmos meios de produzir, consumir recursos naturais de forma consciente, viável ecologicamente e eficaz economicamente, a modo de minimizar ao máximo danos ambientais produzidos pela nossa maneira de viver. 1. Educação Ambiental Com a necessidade de consumir e viver de maneira sustentável, eis que surge a educação ambiental, em meados de 1960, em meio a uma crise socioambiental. O marco da Educação Ambiental inicia, de fato, com a publicação do livro de Rachel Carson, Primavera Silenciosa, já citado no histórico do progresso sustentável. Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental – Lei nº 9795/1999, Art 1º: Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A Educação Ambiental apoia-se numa teoria crítica que envolve, com vigor, as contradições que estão no início do modo de produção capitalista. Ela incentiva a participação social na forma de ação política. 8 Como tal, ela deve ser aberta ao diálogo e a resistência, visando à evidenciar as contradições teórico-práticas subentendidas a projetos associados que estão constantemente em disputa (TREIN, 2008). Analisando o que diz a Política Nacional de Educação Ambiental (1999) e Trein (2008), podemos perceber que o pensar sustentável está intimamente ligado a práticas educativas, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), publicados pelo Ministério da Educação (MEC), em Brasil (1997a) trazem a educação ambiental como tema transversal, devendo este ser abordado em todas as disciplinas, além traz a educação como elemento indispensável para a transformação da consciência ambiental (Brasil, 1997b). A criança em formação tem mais sensibilidade para as questões de cunho ambiental. Segundo Bruhns (2009), atualmente, no meio urbano, o contato com o ambiente natural vem tornando-se, cada vez mais, indireto e limitado a ocasiões especiais, e o envolvimento do homem tecnológico com a natureza acontece mais de forma recreacional que vocacional. Falta às pessoas o envolvimento suave, inconsciente, com o mundo físico, em um ritmo mais lento, como já fazem as crianças. Conservar essa sensibilidade pode e deve ser experimentado através do ensino. O esquema abaixo traz o paradigma da educação ambiental dentro das escolas, abordando como tema transversal, que fará com que o educando se veja dentro do seu ambiente, e traga para si a responsabilidade de atos locais para o desenvolvimento sustentável, em uma visão posteriormente mais ampla. 9 Fonte: Vargas e Tavares (2004) 2. Permacultura - um meio de viver de forma sustentável Como vimos anteriormente é função dos administradores públicos proporcionar encontros entre gestores, ecologistas e outras organizações, para criar políticas públicas e ações que levem a sociedade para o desenvolvimento sustentável. Mas, também é necessário que cada um colabore vivendo de forma sustentável, a começar pelas ações diárias que, além de contribuírem com a coletividade, trazem qualidade de vida a seus praticantes. Para falar sobre viver de maneira sustentável, vamos conhecer o princípio da permacultura, termo que significa “agricultura permanente”, criado em 1978 pelo naturalista Bill Mollison, a partir do trabalho desenvolvido por ele e o estudante David Holmgren, em um curso pioneiro de Design Ecológico na Tasmânia, Austrália. 10 Os dois, há mais de 30 anos atrás, já viam que, sem uma base agrícola permanente, não era possível existir uma sociedade também permanente e sustentável (PAMPLONA, 2013). A permacultura passa a ter uma proposta pioneira como sendo um modo de suprir as necessidades humanas locais por meio de um planejamento integrador dos humanos à paisagem. Hoje, conhecida como uma cultura permanente, que vem sendo construída pelas pessoas que vivem seus princípios, se baseia intrinsicamente na Flor da permacultura (figura 3). Fonte: Adaptada de HOLMGREN (2013) por PAMPLONA (2013) A flor se move através de etapas chaves (sete pétalas) necessárias para criar uma cultura sustentável. Etapas que são conectadas por um caminho que se evolui em forma de espiral, se inicia em nível pessoal e local, com tendência de evoluir para o coletivo e global. Vamos ver algumas das ações que levam a sustentabilidade pelos eixos da permacultura, adaptado de Ipoema (2017): Manejo da terra e da natureza: utilizar-se de técnicas naturais de plantio, evitando o uso de produtos químicos; usar controle natural de pragas e harmonização do plantio com as próprias plantas; preservar espécies por meio de armazenamento 11 de sementes; coletar e armazenar água; ter sistemas integrados para alimentação de animais para consumo e recoletar alimentos. Espaço construído: planejar os espaços pela orientação do sol; fazer construções com materiais naturais; reutilizando recursos como a água; resistentes a desastres naturais. Ferramentase tecnologias: reutilizar materiais; utilizar ferramentas manuais; gerar a própria energia; utilizar fogão a lenha e de baixa poluição; combustíveis de restos orgânicos e tecnologias renováveis. Cultura e educação: pais podem auxiliar no ensino de economia da casa; uso da arte, música, ecologia social e cultura. Saúde e bem-estar espiritual: optar por parto humanizado e aleitamento materno; manter a saúde por meio de exercícios. Economia e financias: utilizar caronas; compartilhamento de carros; comprar ou trocar diretamente com os produtores; fazer uso da troca de produtos. Posse da terra e governo comunitário: fazer parte de cooperativas e associações comunitárias; criar ou participar de comunidades ecológicas. 5. Modificar atitudes e práticas pessoais, criando ações para desenvolver sustentabilidade Como já vimos anteriormente, para desenvolver a educação ambiental, os conceitos de permacultura e a sustentabilidade em si devemos começar pelos nossos atos diários, para que estes cresçam e se tornem hábitos globais. O artigo da Constituição Federal Brasileira de número 225/1988, deixa claro que: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, pois é um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a geração do presente e futuras. Portanto, é uma função coletiva cuidar de tudo que está ligado ao ambiente, criar atitudes pessoais é essencial para desenvolver sustentabilidade conjunta. Para Rocha (2009), é evidente que a sustentabilidade está ligada a questão ambiental, porém não tem relação somente com ela, está intimamente ligada à cultura, à sociedade e ao próprio ser humano, e deve estar lincada com um compromisso social e participativo, em que instituições políticas, sociedade civil e grupos de interesse exerçam seus papéis de representação nas instituições que participam. 12 Existem as ações individuais, que, quando realizadas por mais indivíduos, minimizam os danos ambientais gerados pelo impacto humano no planeta. Abaixo, segue uma lista com 20 atitudes essenciais que podem ser praticadas de maneira individual: 01 - Não deixar a televisão ou outros equipamentos ligados ao sair do ambiente; 02 - Fazer sempre a quantidade de alimentos que vai ser consumido; 03 - Comprar produtos que sejam reutilizáveis ou que venham em embalagens reutilizáveis; 04 - Dar destino correto aos diferentes tipos de lixo, para que a maioria tenha condições de ser reciclado; 05 - Reduzir o tempo de banho diário, o tempo ideal para higiene é de 5 a 7 minutos; 06 - Procurar utilizar torneiras, chuveiros e vasos sanitários com regulagem de fluxo de água; 07 - Utilizar lâmpadas fluorescentes que têm uma vida útil maior; 08 - Escolher comprar móveis e utensílios que possam ser reciclados; 09 - Utilizar tintas e vernizes sem base de petróleo; 10 - Não comprar móveis feitos de madeira de desmatamento; 11 - Evitar o uso de plásticos; 12 - Usar caneca, invés de copos descartáveis; 13 - Usar cartuchos de impressão recarregáveis; 14 - Usar o papel de ambos os lados; 15 - Imprimir somente o que for estritamente necessário; 16 - Dar destino correto ao lixo eletrônico e baterias, a fim de não se misturar ao lixo comum; 17 - Usar sacolas retornáveis quando for fazer compras; 18 - Dar e receber caronas; 19 - Comprar carros menores e mais econômicos e usar combustíveis não fósseis; 20 - Estimular o comércio local, os produtos gastam menos energia de transporte. Além das atitudes corriqueiras e simples do dia a dia, como as listadas acima, é importante participar das decisões políticas que envolvem a causa ambiental, tais como reuniões de orçamentos participativos, conselhos e comitês regionais da área. 13 É o diálogo e a importância que a sociedade dá a sustentabilidade que faz com que existam políticas públicas referentes ao tema, e, como consumidores, somos os que mais mandamos no que será produzido, já que sem compra não há produção; é necessário ser mais crítico no que fazemos e acreditamos. 6. Passos Para se Construir uma Sociedade Sustentável: Local ao global Você deve estar se perguntando como lidar com o sistema econômico e ser sustentável ao mesmo tempo, não é mesmo? A tese de Holmgren (2013) explica que devemos projetar o sistema para que ele seja autossuficiente e se mantenha. Para isso, é importante ter criatividade e flexibilidade, a fim de encontrar maneiras de obter novos rendimentos, já que são eles que possibilitam a nossa sobrevivência. É importante lembrar que nossas ações sustentáveis devem ser de longo prazo, pensando nas futuras gerações. Porém, precisamos investir em meios de subsistência para o nosso presente, essas ações serão transmitidas aos nossos netos por meio da imitação, da cultura que irão seguir. Segundo a proposta da Agenda 21, nossas ações devem ser locais e globais. O desenvolvimento local se baseia nas condições para um desenvolvimento mais humano, mais sustentável, através da participação dos cidadãos, impulsionados pela solidariedade, organizada de forma descentralizada e efetivada por múltiplas parcerias. Criar condições para o desenvolvimento humano e sustentável implica estabelecimento de espaços ético-políticos, alternativos aos espaços políticos tradicionais, a fim de promover a melhoria na qualidade de vida das pessoas e inclui- las no processo de planejamento, decisão, execução e fiscalização. Para que a sociedade como um todo tenha hábitos sustentáveis, é necessário compreender que estamos interligados a natureza, que fazemos parte dela, e que, no momento que recursos naturais vitais a nossa sobrevivência não existirem, não há mais o que fazer. Em decorrência disto, surge a necessidade de controlar e cuidar do que se tem. A agenda 21 segue quatro pilares importantes para a sustentabilidade 14 Adotar práticas corretas ecologicamente: respeitar o meio ambiente, não apenas explorando a riqueza que a natureza possui, mas agindo de maneira responsável, a fim de garantir que as gerações futuras possam viver em um ambiente sadio. Sociedade socialmente justa: desenvolver a solidariedade e compromisso com a qualidade de vida para todos, já que, além de o planeta ser de todos, ele também é desfrutado por todos. Sociedade economicamente viável: repensar o modelo de produção que produz muito. Apesar de um ponto positivo ser as altas tecnologias, essa produção esgota os solos, contamina as águas, o ar, destrói as florestas e a biodiversidade, tornando mais difícil a vida na terra. Compromisso ético: prezar pela qualidade de vida e pela sociedade de justiça e solidariedade com o presente e com o futuro. Uma sociedade que sabe de sua responsabilidade socioambiental, que respeita as diferenças culturais, mas que sabe colocar a vida humana e a ação social como espaço de felicidade. A ética para uma sociedade sustentável exige de todos um comportamento solidário com o ser humano e com o planeta. Uma sociedade sustentável requer mudanças de hábitos, repensando práticas e valores. Como seres que consomem, precisamos ajudar a repor e minimizar danos daquilo que consumimos. Requer compreender que o planeta pertence à coletividade, e não há poucos indivíduos, solidariedade é a palavra de ouro para a sustentabilidade. 7. Respeitar e Cuidar da Comunidade dos Seres Vivos Nós, seres humanos, não vivemos sozinhos, necessitamos da interação com os demais seres vivos para sobreviver. Precisamos das plantas, seres primários como fonte de energia pela alimentação e como fonte de oxigênio, precisamos dos outros animais que juntamente com plantas, fungos e bactérias darão equilíbrio as relações, como uma teia. Sempre que uma espécie sai de um ecossistema, gera desequilíbrio, a saída de muitosdeles pode levar a espécie humana a extinção. Segundo Rachid (2016), a sociedade atual se insere num modelo de isolamento, com a natureza e a própria 15 humanidade, em que a apropriação de terra, a crescente produção de excedentes, a má distribuição, o consumo exagerado e o desperdício geram efeitos gigantescos no modo de vida em sociedade. Cuidar dos seres que habitam o planeta é como cuidar de nós mesmos. A Carta da Terra é uma declaração de princípios fundamentais para construção de uma sociedade global no século XXI, justa, sustentável e pacífica, seu primeiro princípio trata sobre: I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA. 1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos. b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade (Carta da Terra, 2000). 1. Melhorar a Qualidade da Vida Humana Sabemos que para viver em sociedade é necessário alcançar a coletividade antes da individualidade, portanto, é insustentável abusar da natureza em prol de algumas classes, em que as que têm mais poder aquisitivo se utilizam de uma infinidade de recursos, e os menos favorecidos são os que mais sofrem as consequências desta competição. Como pessoas abaixo do nível de pobreza poderão pensar em cuidar e preservar outros seres? Se eles não conseguem ter o mínimo para sobreviver? Segundo Garcia (2011), a Conferência de Estocolmo, em 1972, foi uma importante reflexão para o Brasil, pois, além de criar uma Secretaria especial de meio ambiente, trouxe um enfoque muito importante: reconhecer que a maioria dos problemas ambientais pode ser atribuído ao subdesenvolvimento. Milhares de pessoas estão vivendo abaixo de níveis mínimos de uma sobrevivência digna, e, assim, os países desenvolvidos são os que devem voltar mais esforços para melhorar essa realidade. Tendo em vista também os problemas sociais e a desigualdade das classes econômicas entre membros da sociedade, se enxerga a importância de cuidar das pessoas, estas devem ter qualidade de vida, direito a saúde, habitação e a educação, para que posam fazer parte de uma mudança de atitudes em relação à questão ambiental, que se sintam inseridas em um sistema e tenham vontade de fazer ele melhor para si e seus amigos e familiares. 16 Além do problema de desigualdade social, temos a questão do consumismo, que, cada vez mais, se encontra em maior escala no cotidiano. Diariamente somos bombardeados de informações pela mídia sobre produtos e gêneros alimentícios que tenta nos transmitir a ideia de que sempre precisamos de algo novo. As pessoas chegam a se tornar infelizes por não conseguirem acompanhar o ritmo de consumo. Consumir, inclusive, está voltado à aceitação na sociedade, quem mais tem bens materiais chega a ser mais bem visto na sociedade capitalista. O consumo exagerado prejudica muito a sustentabilidade. Na reunião mundial sobre desenvolvimento, Rio+20 o Presidente do Uruguai, José Pepe Mujica fala algo que é muito divulgado ao abordarmos o tema sustentabilidade. “A grande crise não é ecológica, é política! O homem não governa hoje, senão as forças envolvidas são as forças que governam o homem!” Esta frase nos leva a uma reflexão profunda dos nossos valores. Vivemos em um mundo onde “ter” parece ser mais importante que “ser”. E você, acha que está vivendo de forma sustentável? Está cuidando da sua vida e saúde com qualidade? Está consumindo aquilo que realmente necessita? 2. Integração entre desenvolvimento e conservação no Brasil Periodicamente, vemos problemas ambientais no Brasil tendo destaque na mídia, sejam eles, desastres por crimes ambientais de grandes empresas, fenômenos provocados pela antropização humana ou mesmo danos ambientais vindos após desmatamento e queimadas, quase sempre ocorrentes pela questão econômica, seja por negligencia, para economizar valores, ou para investir em empreendimentos que geram perca de recursos naturais, o que torna nosso modelo de sistema ecológico insustentável de longo prazo. É necessário gerar uma estrutura que garanta “uma base de informação e de conhecimento, leis e instituições, políticas econômicas e sociais coerentes”. Com estrutura flexível e própria para a região, considerando cada uma de modo integrado, voltado às pessoas e aos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos que influenciam na sustentabilidade dos processos de geração e distribuição de riqueza e bem-estar (BRASIL, 1997b). Nosso modelo de desenvolvimento contempla muita produção. Esta, muitas vezes nociva à saúde das pessoas e animais, um exemplo 17 bem claro disso é a agricultura no Brasil, em que práticas voltadas a gestão ecológica são vistas como desnecessárias. Os grandes empresários não investem em técnicas que agridam menos a natureza e proporcionem mais qualidade de vida a população, investem naquelas que aumentem a produção. Isso não acontece por falta de conhecimentos na área, já que a agroecologia é uma ciência que surgiu na década de 1970 (HECHT, 1989), e estabelece base teórica para agricultura não convencional, busca o entendimento do funcionamento dos agro ecossistemas complexos, usando a interação entre os seres vivos presentes neste ambiente, e tendo por objetivo a conversação, bem como aliar biodiversidade aos sistemas agrícolas, em que a própria natureza trata de regular a plantação e, assim, ser um sistema sustentável, minimizando o processo artificial que a agricultura tradicional traz para o ambiente natural. Por meio de análise e estudo de cada ambiente, teorias e hipóteses se estabelecem, como trabalhar no âmbito de agro ecossistemas de forma diversificada (ASSIS, 2006). Além da agricultura e pecuária, que são os sistemas de produção brasileiros que geram as principais fontes de alimentação, esbarramos também na gestão ambiental nas empresas. Os impactos gerados pela indústria só vêm sendo minimizado nas últimas décadas, e ainda é preciso mais neste aspecto. Uma empresa que trata da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente, torna-se sustentável, pois diminui o seu impacto poluidor, isso pode gerar mais custos no início do investimento, mas, a longo prazo, trará lucros infinitos nos ganhos e reconhecimento, além de estar em conexão com a realidade e necessidade do entorno em que se encontra. Cabe ao governo vigente nos municípios, estados e união definirem políticas ambientais de incentivo e fiscalização, para os mais diversos setores, como pecuária, agricultura, empresas e instituições privadas, cabe ao cidadão ser crítico em relação a suas atitudes e consumo, pois, como vimos anteriormente, quem consome pode definir o que quer se for crítico ao adquirir seus produtos. Se cada setor fizer a sua parte no desenvolvimento sustentável, teremos um país cada vez mais desenvolvido e que preza pelo desenvolvimento aliado a conservação. 18 8. Ações para uma vida sustentável em uma aliança global Vimos uma série de ações para alcançar a sustentabilidade, do local ao global, sabemos da extrema importância do nosso país conseguir atingir um bom desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade do planeta depende da confluência das ações de todos os países, de todos os povos. A gigantesca desigualdade entre ricos e pobres é prejudicial a todos. “A ética do cuidado com a Terra aplica-se em todos os níveis, internacional, nacional e individual. Todas as nações só têm a ganhar com a sustentabilidade mundial e todas estão ameaçadas caso não consigamos essa sustentabilidade” (BRASIL, 1997b). Vários encontros mundiais foram e vêm sendo realizados para se chegar a um desenvolvimento sustentável de forma global. Eles têm como objetivo buscar soluçõespara os principais impactos ambientais que geram. Já vimos algumas das conferências realizadas pela ONU no decorrer do manuscrito. Sendo que as principais foram: o Estocolmo (1972) - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente; o Rio de Janeiro (1992) - ECO-92 - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento; o Cúpula do Clima e Aquecimento Global; o Olinda (1999) - Convenção da Desertificação; o Haia (2000) - Cúpula do Clima e Aquecimento Global; o Bonn (2001) - Cúpula do Clima e Aquecimento Global; o Johannesburgo (2002) - Rio + 10 ou Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento sustentável. Eventos que tratam do tema sustentabilidade são muitos, mas é necessário que suas metas sejam, de fato, colocadas em prática o mais breve possível, tendo um engajamento real de todas as nacionalidades; que desenvolvam a mesma sensibilidade e desejo de um ambiente equilibrado e que gere desenvolvimento, não só econômico, mas também de qualidade ambiental, já que a biodiversidade e os recursos naturais são os maiores patrimônios de cada país. 19 9. PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Para planejar um Projeto de Educação Ambiental é necessário determinar as diretrizes e metas que deverão ser alcançadas com o projeto. 1. Fatores inerentes ao projeto Desta forma, deve se pensar em vários fatores que são inerentes em qualquer projeto de educação ambiental. Os principais são: Qual a situação ou problema ambiental que será evidenciada pelo projeto? Dependendo da problemática, serão definidas as metas julgadas eficientes para a resolução ou minimização desta problemática. É importante saber que deve ser abordada apenas uma problemática, que pode estar dentro de um contexto bem maior, pois o projeto deve possuir limitações para que tenha sucesso em seus objetivos. Outro projeto pode ser desenvolvido em seqüência, para resolver problema que não foi abordado pelo projeto anterior. Qual será o público-alvo do projeto? A escolha do público-alvo é muito importante, pois desta escolha irão partir os métodos e ações a serem utilizadas durante o projeto. Para se trabalhar com públicos distintos, por exemplo: crianças e adultos, é necessário utilizar linguagem, material visual, explicações, dinâmicas, etc. diferenciadas para cada grupo. Quais são as fontes de recursos financeiros do projeto? É exatamente neste ponto que muitos projetos fracassam. Muitas instituições possuem dificuldades em realizam com sucesso seus projetos de educação ambiental pelo simples fato de não possuírem recursos financeiros para a implementação ou continuidade do projeto. Infelizmente, raras são as empresas que investem neste tipo de projetos, mesmo as que trabalham diretamente com o meio ambiente e vendem produtos agrícolas, orgânicos ou não, tais como verduras, frutas, cereais, etc. 20 Um grande exemplo deste descaso são as grandes redes de supermercados e as cerealistas. Qual a duração do projeto? Imagine um projeto que será executado numa única oportunidade, utilizando uma ou duas horas do dia. Deve possuir um objetivo muito pequeno ou simplesmente não atingiu seus objetivos. Devemos nos poupar em executar projetos que visem apenas uma parte da ação educacional, ou seja, apenas a parte prática ou apenas a parte teórica. Este tipo de projeto causa repercussão negativa na comunidade. As pessoas relatam: “Eles estiveram aqui apenas uma vez, e depois sumiram...” ou “Não entendi direito o que eles queriam com aquilo...” Devemos entender também que a ação prática do projeto é apenas uma parte do projeto, que deve ter sido antecedida por palestras, explicações, resolução de dúvidas, explicação dos objetivos, etc. A duração de um projeto é muito importante, pois ele começa desde o seu planejamento, sua estruturação. Quem vai executar o projeto É muito importante saber quem serão os membros da equipe executora do projeto. Desta equipe provém o sucesso ou fracasso do projeto. A equipe deve estar capacitada a resolver problemas que podem surgir no momento de cada ação. Deve ter uma qualificação mínima para executar o que o projeto propõe. Não é aconselhável mudar membros da equipe executora durante a vigência do projeto. Serão realizadas parcerias? Com as parcerias o projeto ganha mais força e recursos financeiros, logísticos, material humano, etc. Os pontos negativos desta questão são os seguintes: a) Saber se os parceiros realmente possuem compromisso com a execução do projeto. Quais são os interesses dos parceiros? Estes interesses são benéficos para o projeto? 21 b) Saber antecipadamente, qual será a efetiva participação de cada parceiro na execução do projeto. Isto deve ser documentado por escrito. Já ocorreram várias decepções neste sentido por falta de comunicação ou de compromisso. c) Infelizmente existem parceiros que aparecem no projeto apenas para divulgar seus produtos ou sua marca; sem produzir benefício algum para o projeto. Este tipo de parceria deve ser rejeitada. d) Como muitos patrocinadores relutam em investir dinheiro em projetos que consideram de retorno duvidoso; deve ser pensada a permuta como uma opção importante. Por exemplo: Fornecimento de lanche, empréstimo de data-show, transporte de materiais, concessão de diárias, etc. Esta permuta pode ser feita com a contra partida de divulgação nos materiais gráficos, divulgação em telão, banners, destaque antes e após as palestras, etc. Qual será a forma de avaliação do projeto? Todo o projeto deve ser avaliado para que se verifique se os objetivos propostos foram atingidos. Esta avaliação é feita de duas formas: Quantitativa e qualitativa QUANTITATIVA: Levantamento de quantas pessoas assistiram as palestras, quantas pessoas participaram da atividade prática, quantas árvores foram plantadas, quantos kg de lixo foram coletados, etc. QUALITATIVA: Reunião ao final do projeto, com os executores e os participantes, onde cada um relata o que aprendeu, suas considerações e o que espera para o futuro. Pode ser aplicado um questionário para avaliar os resultados. Deve se retornar ao local de execução do projeto periodicamente, para verificar se a problemática proposta foi resolvida. No caso de empreendimento, os indicadores qualitativos devem apontar a existência ou não de conflitos entre trabalhadores e comunidades locais, a conformidade com as normas e cuidados ambientais na construção; o nível de satisfação das famílias reassentadas com as novas tecnologias propostas e na melhoria da qualidade de vida, etc. Podem ser utilizados ainda outros métodos qualitativos. Os projetos de educação ambiental com foco na formação de grupos possibilitam que os atores envolvidos façam parte do processo de mudança. Sabe-se 22 que a educação ambiental para ser efetiva deve-se percorrer um longo caminho, completo e difícil e que são necessários investimentos relevantes para a capacitação e orientação dos professores e dos multiplicadores de educação ambiental (MAIA et al., 2011). 10. EMPREENDIMENTOS No caso de um empreendimento a ser executado, como uma barragem, rodovia, implantação de Área de Preservação Ambiental, etc. é preciso considerar o seguinte: O Projeto de Educação Ambiental deverá priorizar sua atuação nos setores sociais diretamente afetados pelo empreendimento, na população escolar dos municípios afetados e junto à mão-de-obra contratada para a construção da rodovia. O planejamento e as atividades do Projeto de Educação Ambiental devem estar profundamente articulados com os demais Programas Ambientais, particularmente com o Programa de Comunicação Social do empreendimento. Erros ambientais são bastante comuns em empreendimentos. O setor imobiliário é motivado unicamente pelos lucros que podem ser auferidosem um projeto imobiliário, e na maioria das vezes, as questões ambientais são vistas em segundo plano. Os loteamentos urbanos podem ter nascentes, pequenos corpos d”água que devem ter um tratamento especial, no entanto é comum a terraplanagem nestes terrenos, bem como o desrespeito a lei de manutenção de matas ciliares das fontes de água. Muitos questionamentos devem ser feitos pelos compradores. Porque adquirir um imóvel ecologicamente correto? Se no momento do ato da compra não se clarifica o que é um “empreendimento verde”? Qual o profissional que aplicará nas unidades habitacionais, ao longo de determinado tempo, a aprendizagem das boas práticas ambientais: como fazer a coleta seletiva, como fazer com que o resíduo produzido pelas unidades habitacionais gerem renda para o condomínio, como tornar o empreendimento gerador de responsabilidade socioambiental? (RIBEIRO & SALDANHA, 2011). 23 A educação ambiental, neste caso, é a ferramenta que poderá orientar tanto o empreendedor quanto o consumidor para a melhor conduta ambiental. De acordo com os autores acima citados os consumidores estão preocupados em adquirir produtos que sigam padrões de sustentabilidade e devem ficar atentos ao marketing utilizado para seduzir os consumidores, nem sempre o que é “prometido” será entregue. O comprador deve ser observador e questionador para identificar se realmente está recebendo um produto que respeita o meio ambiente. 1. EXECUÇÃO DE PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL O objetivo principal do Projeto de Educação Ambiental é o desenvolvimento de ações educativas, a serem formuladas através de um processo participativo, visando capacitar/habilitar setores sociais, com ênfase nos afetados diretamente pelo problema ou empreendimento, para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS São igualmente objetivos do Programa de Educação Ambiental: - Contribuir para a prevenção, resolução ou a minimização dos impactos ambientais e sociais decorrentes do problema ou empreendimento. - Capacitar professores da rede pública e técnicos de instituições como agentes multiplicadores de educação ambiental. - Integrar e compatibilizar as diversas ações do projeto que envolva educação ambiental. -Sensibilizar e conscientizar os trabalhadores do empreendimento sobre os procedimentos ambientalmente adequados relacionados às obras, à saúde e segurança do trabalho e ao relacionamento com as comunidades vizinhas. ELABORAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO Para a elaboração da programação adota-se a concepção de que a educação ambiental, no âmbito das atividades de gestão ambiental, deve ser entendida como um processo que tem como objetivo proporcionar condições para a produção e aquisição de conhecimentos e habilidades, bem como o desenvolvimento e 24 assimilação de atitudes, hábitos e valores, viabilizando a participação da comunidade na gestão do uso dos recursos naturais e na tomada de decisões que afetam a qualidade dos meios natural e antrópico. Neste sentido, o programa educativo deve centrar seu foco em torno das situações concretas vividas pelos diferentes setores sociais, reconhecendo a pluralidade e diversidade culturais e ter um caráter interdisciplinar. O material educativo a ser elaborado deverá considerar as características dos diferentes públicos alvo, utilizando linguagem e instrumentos adequados. No caso de um empreendimento, o Programa de Educação Ambiental deve ter como principais fontes de informação o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do empreendimento, e os estudos realizados para a elaboração dos Programas Ambientais na fase de Projeto Básico Ambiental, aprofundando, onde se fez necessário, o diagnóstico ambiental da área. São identificados como público alvo do Programa de Educação Ambiental os segmentos relacionados a seguir: - Organizações Não-Governamentais atuantes na Área de Influência. - População diretamente afetada, em especial: a) Residente no entorno das obras; b) Famílias a serem reassentadas e beneficiárias do Subprograma de Auxílio na reconstrução de moradias das famílias de baixa renda; c)Técnicos, professores da rede pública e particular de ensino e da área de meio ambiente; d) Comunidades Indígenas (se for o caso); e) Trabalhadores das obras. 11. EDUCAÇÃO PARA FORMAÇÃO Envolvendo as ações educativas, desenvolvidas com o objetivo de educar para a formação de uma consciência ambiental e mudar comportamentos, atitudes e procedimentos na relação entre os diferentes públicos, o meio natural e o empreendimento. No caso de empreendimento, compreende também as atividades de treinamento e educação ambiental para o público interno, principalmente 25 trabalhadores das obras, para os beneficiários do Programa de Reassentamento e do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, população residente no entorno das obras, organizações da sociedade civil e professores da rede pública. 12. AMBIENTALISMO Segundo LAYRARGUES (2002) atualmente não é mais possível entender a educação ambiental no singular, como um único modelo alternativo de educação que simplesmente se opõe à educação convencional, que não é ambiental. Há novas denominações para conceituar educação ambiental cunhadas a partir do final da década de 80 e início da de 90. Entre essas: alfabetização ecológica, educação para o desenvolvimento sustentável, educação para a sustentabilidade, ecopedagogia e educação no processo de educação ambiental. Conforme afirmativa de PELICIONI (2006) os trabalhos desenvolvidos com o tema ambientalismo e educação ambiental demonstram uma ampla diversidade de representações sociais e práticas em todo o planeta. A conseqüência desta amplitude é que vários pesquisadores têm escolhido uma vertente do ambientalismo para suas análises cientificas. Um dos estudiosos citados pela autora é O’Riordan, este caracteriza a corrente ambientalista tecnocêntrica, teoria que apóia a manutenção da estrutura de poder vigente e incentiva maior responsabilidade por parte das instituições políticas. Outra corrente é a ecocêntrica que defende a redistribuição do poder no sentido de criar uma economia descentralizada que garanta a participação social. Os tecnocêntricos acreditam que o modelo atual de gestão econômica e política é capaz de criar soluções para os problemas ambientais com a utilização da ciência e da tecnologia, enquanto os ecocêntricos são mais idealistas, afirmam que a humanidade faz parte do sistema global, por isso está sujeita a restrições, e esta humanidade deve respeitar a natureza e considerar as limitações naturais. Desta posição ecocêntrica derivam outras várias correntes de pensamento. Essas vertentes do pensamento ambientalista ao mesmo tempo em que refletem representações sociais sobre a problemática atual, suas causas e possíveis soluções, dão origem a práticas sociais diversificadas que, por sua vez, reafirmam ou alteram as representações que lhes davam sustentação (PELICIONI, 2006). Estas 26 vertentes ou teorias criadas sobre o problema ambiental foram incorporadas nos programas de educação ambiental. É necessário fazer uma boa reflexão para a criação de um projeto ou programa de educação ambiental, tomar cuidado para não criar uma linha muito romântica ou sonhadora, onde os objetivos desejados são quase “um sonho”. Por outro lado deve- se evitar o radicalismo, o surgimento do chamado “ecochato”, lembrar sempre que qualquer extremo não é ideal. 13. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Envolvendo o processo de acompanhamento e avaliação das ações educativas. As atividades educativas para a população local e entidades representativas visam introduzir e reforçar noções de preservação ambiental e aumentar a qualidade de vida das comunidades locais através da divulgação das principais característicasda região, com ênfase nas áreas ambientalmente críticas, e de tecnologias de baixo impacto ambiental. Para tal, podem ser realizados mini-cursos e palestras enfocando temas como: agroecologia, manejo sustentável de recursos naturais e resíduos, recuperação de áreas degradadas, energia alternativa, hortas caseiras e medicinais e gestão ambiental. O material pedagógico a ser produzido ou utilizado pelo projeto, assim como os respectivos conteúdos, deverão ser concebidos a partir da perspectiva do público alvo a que se destina, em linguagem e formas adequadas e, acima de tudo, respeitando as características sociais e culturais dos destinatários. A avaliação da eficácia das ações educativas será realizada a partir da definição das metas a serem atingidas em relação aos diferentes públicos alvo e da identificação de indicadores apropriados – quantitativos e qualitativos. O monitoramento será realizado visando avaliar, no processo, o atendimento às metas planejadas e, se necessário, a correção de estratégias e rumos. Como instrumentos de acompanhamento e avaliação deverão ser emitidos relatórios periódicos, nos quais serão registrados os principais problemas detectados e apontados, caso necessário, as mudanças de estratégia e as correções de rumos a serem adotadas. 27 Ao final do programa será elaborado um relatório final de avaliação. 1. CRIANDO UM CONSUMIDOR CONSCIENTE Vamos enfocar sugestões que devem ser aplicadas em projetos de educação ambiental, com a intenção de mudar o comportamento consumista. Quanto à qualidade do ar Sabe-se que um consumidor consciente pode promover algumas medidas para minimizar a poluição do ar, de acordo com FURRIELA (2012) o consumidor pode optar por hábitos como: • escolher um local de moradia que minimize sua necessidade de transporte para consecução de atividades diárias; • pensar duas vezes antes de comprar o segundo carro; • optar por um veículo que seja menos poluente (ou até gere emissões zero ou próximas de zero, como algumas opções que estão surgindo nos Estados Unidos ou na Europa, movidos a hidrogênio ou eletricidade); • estabelecer metas concretas de redução de viagens; • sempre que possível, optar por caminhar, andar de bicicleta ou utilizar transporte público ou táxi; • mobilizar-se e exigir das autoridades a construção de sistemas de transporte público compatíveis com suas necessidades. Outras atitudes são: não realizar a queima de lixo ou outros materiais, evitar de cortar árvores, fazer novos plantios (calçadas e ilhas de avenidas) diminuir a impermeabilização do solo porque está prática leva a produção de calor e pior qualidade do ar. Trabalhos científicos já provaram que em áreas arborizadas a temperatura torna-se mais amena e também a poluição devido a troca realizada pelos vegetais. 28 Quanto à mudança de clima no planeta FURRIELA (2012) também afirma que alguns questionamentos podem ser abordados em iniciativas educativas na formação do consumidor tais como: • evitar o consumo de combustíveis fósseis em demasia, ou seja, utilizar o transporte individual apenas para o estritamente necessário, buscando alternativas de transporte como carona, transporte público, andar a pé; • procurar alternativas energéticas que não causem a emissão de gases efeito estufa, como a instalação de painéis solares para geração de energia; • as indústrias podem construir geradores de energia utilizando fontes alternativas como: água, vento, álcool, Sol; • minimizar o consumo de energia elétrica (principalmente nos países em que a matriz de geração de energia é baseada na queima de combustíveis fósseis, como petróleo ou carvão); • promover campanhas de coleta seletiva no local de trabalho, recreio e em casa. A redução do volume dos lixões pode implicar na redução da formação do metano, gás de efeito estufa. A emissão de gases poluentes causadores do efeito estufa por parte de indústrias já é fator de discussão há algumas décadas, no entanto países como a China e os Estados Unidos tendem a não aceitar protocolos de redução de emissão de gases, visto que a redução implica na diminuição da produção industrial e geraria prejuízos ao crescimento destes países. O Brasil também realiza emissões significativas, mas não é apenas a industria a vilã principal. As queimadas na Amazônia são preocupantes e outro fator tratado mais recentemente é a questão da criação de animais como bovinos e suínos. Os bovinos emitem gás metano através da regurgitação e flatulência, os suínos produzem alta carga de dejetos que são lançados em lagoas e estas geram o metano em sua decomposição. O Brasil possui atualmente o segundo maior rebanho bovino do mundo, em 2008 já eram mais de 202 milhões de cabeças, população maior que a população humana brasileira, perdendo apenas para a Índia onde este animal é sagrado e não é sacrificado. 29 14. MUDANÇAS CLIMÁTICAS FELDMANN & MACEDO (2001) afirmam: Mudanças climáticas são processos naturais, consideradas as escalas de tempo de milhares de anos de eras geológicas. Entretanto, a velocidade e a intensidade com que estão ocorrendo mudanças no sistema climático da Terra a partir da Revolução Industrial é que têm sido objeto das preocupações de cientistas e líderes mundiais, principalmente nas duas últimas décadas. O século XX testemunhou mudanças extraordinárias, tanto na sociedade quanto no meio ambiente. E o que é mais importante, a escala dessas mudanças passou do domínio local ou mesmo nacional para o âmbito global. Temos tecnologia e meios hoje em dia para verificar que as atividades humanas estão transformando o planeta em uma escala sem precedentes, e a experiência mais preocupante da humanidade é a que vem se desenrolando com o clima da Terra. Nos últimos anos, incidentes climáticos como enchentes, chuvas e outros desastres decorrentes da influência do El Niño, que afetaram a Indonesia, India, Chile, Canadá, Estados Unidos dentre outros países, despertaram a atenção da população mundial. Até mesmo a opinião pública aumentou seu grau de percepção recentemente, em grande parte em razão da ocorrência de incidentes climáticos de vulto como o El Ninho, enchentes e outros desastres em diversas partes do mundo (França, Espanha, Venezuela, Inglaterra e Índia). Os anos mais quentes de que se tem registro direto ocorreram na década de 1990. Sabemos hoje que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera influencia a temperatura e está diretamente relacionada ao aquecimento global. Sabemos também que juntamente com outros gases, chamados gases causadores do efeito estufa, o dióxido de carbono tem aumentado seus níveis de concentração desde a Revolução Industrial. Os gases de que falamos foram lançados em quantidades cada vez maiores a partir de 1750, graças ao modelo de desenvolvimento baseado na queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral, por exemplo. Como resultado, o sistema climático do planeta está sendo afetado de forma imprevisível. As consequências para o meio ambiente e para as sociedades humanas poderão ser desastrosas. Com a diminuição da cobertura vegetal, o derretimento de geleiras e calotas polares, as secas cada vez mais prolongadas, o aumento de frequência e de intensidade de eventos climáticos 30 extremos, como enchentes, furacões e tempestades, temos uma equação de difícil solução para os líderes mundiais. As previsões, porém, não surgiram da visão catastrófica de ambientalistas radicais. Esse cenário foi revelado pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas que assessora as Nações Unidas desde 1988. São cerca de dois mil cientistas do mundo todo, considerados os maiores especialistas em pesquisas sobre o clima, reunidos em um painel internacional estabelecido em conjunto pelo Programadas Nações Unidas sobre Desenvolvimento - PNUD (UNDP é a sigla em inglês) e a Organização Mundial de Meteorologia – OMM, (WWO É a sigla em inglês) em Toronto, em 1988. O primeiro relatório do IPCC, publicado em 1990, constatou que havia ocorrido uma elevação de 0,5 ºC na temperatura média global em relação ao século anterior e alertou sobre a necessidade de serem tomadas medidas severas para diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa como sendo a única forma de evitar o aquecimento global. Com base nesses estudos, foi iniciada uma série de negociações que resultou na convenção sobre o clima, assinada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, conhecida como Rio-92, ou Eco-92. Em 1992, mais de 160 países aprovaram a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, dentre outros tratados internacionais ambientais, assumindo o compromisso de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Seu principal objetivo é: - Estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que evite a interferência perigosa de atividades antrópicas (humanas) sobre o sistema climático. Tal nível deverá ser alcançado em tempo suficiente para permitir que os ecossistemas se adaptem naturalmente às mudanças climáticas, de modo a garantir que a produção de alimentos não seja ameaçada e o desenvolvimento econômico continue de maneira sustentável. Outras exigências foram acrescentadas pelo Protocolo de Kyoto e continuarão sendo acrescentadas na forma de emendas e outros protocolos à medida que forem sendo realizadas as sessões das Conferências das partes e novas descobertas científicas se consolidarem. O Protocolo estabelece que os países industrializados terão a obrigação de reduzir suas emissões coletivas de seis gases efeito estufa em pelo menos 5%, se 31 comparados aos níveis de 1990, para o período entre os anos 2008-2012. Sua inovação constituiu a inclusão de mecanismos econômicos para facilitar a redução de emissões. Aberto para assinatura em março de 1998. Em 22 de março de 2001, o presidente George W. Bush declarou que não apoiaria o Protocolo de Kyoto e, voltando atrás em uma promessa de campanha, disse que não ia exigir a restrição de emissões de Co2 do setor energético nos EUA. Sua declaração gerou reações no mundo todo. Embora a incerteza quanto aos rumos das negociações se tenha agravado com isso, em julho adotou-se o acordo de Bonn, que regulamenta a implementação do Protocolo, conforme o cronograma estabelecido pelo Plano de Ação de Buenos Aires. Confirma-se, portanto, a tendência de o mercado se encarregar de disciplinar os mecanismos econômicos para redução de emissões, como já vem sendo feito na prática em diversos países. O Brasil é um dos países de maior relevância para a efetiva implementação da convenção, por uma série de fatores de natureza econômica, social, política e ambiental. Com relação à questão política, o Brasil tem exercido liderança no campo internacional nessa matéria, desde a realização da Conferência da ONU no Rio em 1992 até a proposta em Kyoto do mecanismo que veio a transformar-se no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Com relação aos aspectos ambientais, o país destaca-se como o de maior biodiversidade do planeta (Amazônia), matriz energética baseada em geração por hidroelétricas e existência de alternativas energéticas menos poluentes, como o álcool, e enorme potencial para geração de energia renovável, dentre outros. Em 20 de junho de 2001, foi estabelecido por decreto o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, presidido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Este Fórum pretendia atuar como interface e consolidar a interlocução do governo com múltiplos atores, incluindo-se a sociedade civil, em busca de subsídios e informações sobre iniciativas em curso, promovendo uma troca dinâmica de informações entre diversos atores sociais relevantes na questão do clima. Seu objetivo primordial era conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e a tomada de posição sobre os problemas decorrentes da mudança do clima por gases de efeito estufa. Como facilitador, o Fórum é a interface entre o governo e a sociedade civil. Sua efetiva implementação dependia da articulação dos setores envolvidos e serviria para inserir na agenda nacional um tema extremamente relevante da agenda global. 32 15. CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando o progresso sustentável, ao longo das décadas, percebemos que, até a década de 60, o homem apenas usufruía dos recursos naturais, sem preocupação com a conservação deles, e que o termo desenvolvimento sustentável surge, duas décadas depois, pela preocupação com o uso indiscriminado da natureza finita. O conceito de educação ambiental surge como um processo em que indivíduos e coletividade constroem atitudes e práticas essenciais para qualidade de vida e sustentabilidade. A educação ambiental se encontra intimamente relacionada à educação como um todo, e deve ser trabalhada com crianças na escola, de forma transversal, levando, desde cedo, ao paradigma de cuidado com o meio em que vive. As práticas de permacultura são bem complexas para viver e atingir o ápice da sustentabilidade. O esquema da flor da permacultura norteia todas as áreas para atitudes mais saudáveis e agridam o menos possível o meio em que vivemos. Desenvolver a sustentabilidade de fato se inicia modificando atitudes e práticas pessoais, e a própria constituição federal rediz isso em lei, afirmando que é de responsabilidade também da sociedade defender e preservar nosso ambiente. Além de ações pessoais, para se construir uma sociedade sustentável, é necessárias ações regionais e globais, unindo todos os povos em prol da gestão correta e minimização de danos ambientais. Em todo o processo de desenvolvimento, é preciso envolver o respeito e cuidado com as demais comunidades de seres vivos, enxergando seu papel no equilíbrio dos ecossistemas. Alcançar condições sociais de paridade econômica é algo que melhora a qualidade de vida humana e acende o desejo de uma sociedade justa e viável ambientalmente para as pessoas. Integrar desenvolvimento econômico a conservação é um desafio constante no Brasil e no restante do globo. Temos várias barreiras que impedem um modo de consumo mais sustentável, sendo o sistema capitalista o principal vilão para um mundo em constante crescimento ambiental que garanta qualidade de vida a gerações futuras. 33 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, R. L. Desenvolvimento Rural sustentável no Brasil: Perspectivas a partir da integração de ações públicas e privadas com base na agroecologia. Economia Aplicada, 10 (1): 75-89, 2006. BARBOSA, G. S. O desafio do desenvolvimento sustentável. Revista Visões, v:1, n°4, 2008. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. ______. Câmara dos Deputados. 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