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APG-S13P1- 5ºPeríodo| Ilana Maia Maia S. A gestação é mantida por hormônios peptídicos e esteroides provenientes dos ovários maternos e da placenta. Primeiro hormônio produzido resultante da atividade trofoblástica no processo de formação da placenta, é o hormônio que positiva no BCG; É uma glicoproteína semelhante ao hormônio luteinizante produzido pela adenohipófise e age por meio de receptores com afinidade elevada, que se expressam em células do corpo lúteo. (1) manter a gestação, especialmente no primeiro trimestre quando a placenta não está completamente desenvolvida, por meio da ação luteotrófica e subsequente promoção do aumento da secreção de estrogênios e progesterona (hormônios indispensáveis para manter as condições adequadas no endométrio para implantação e manutenção do futuro embrião); (2) regular o desenvolvimento da adrenal fetal no primeiro trimestre; e, (3) estimular as células de Leydig em embrião masculino (XY), responsáveis pela secreção de testosterona, que em parte é convertida pela ação da enzima 5α-redutase em diidrotestosterona (DHT). Proteína similar ao GH e a prolactina com evidências de que ter ações metabólicas semelhantes a estes dois hormônios hipofisários. Começa a ser produzida por volta da sexta semana de aumenta com o maior desenvolvimento da placenta e alcança sua concentração máxima na segunda metade da gestação Faz alterações no metabolismo glicídico da mãe, que incluem: (1) aumento da lipólise, (2) redução da utilização de glicose pela mãe, (3) maior secreção de Produzida a partir da 8ª semana, aumenta durante a gestação. Não é regulada, sendo proporcional ao suprimento de colesterol e atividade CYP 11. Facilita a manutenção do embrião no útero, impedindo as contrações uterinas para evitar o aborto espontâneo e contribui para o estado de quiescência da placenta, por relaxar miométrio. Também tem ação significativa nas glândulas mamárias, principalmente no crescimento e desenvolvimento dos alvéolos, onde ocorre a produção do leite por ação estimuladora da prolactina. Inicialmente são produzidos pelo corpo lúteo sob estimulo da hCG e posteriormente pela placenta, bem como a progesterona. Estrogênios tem como principais ações: aumento do útero materno pelo aumento do miométrio (estímulo da síntese de proteínas), acúmulo de líquido (retenção de água e eletrólitos) e aumento da vascularização (indução de angiogênese). Além disso, tem efeitos nas glândulas mamárias, principalmente no crescimento e desenvolvimento do sistema de ductos, preparando-as para a lactação pósparto. A gestação produz alterações no organismo materno com o objetivo fundamental de adequá-lo às necessidades orgânicas próprias do complexo materno- fetal e do parto. Inicialmente estas alterações se devem às ações hormonais provenientes do corpo lúteo e da placenta e a partir do segundo trimestre, também ao crescimento uterino. Tamanho e posição do coração: O coração está aumentado na gravidez, devido à hipertrofia do músculo cardíaco e ao aumento do volume das câmaras. Nos últimos estágios da gestação, o crescimento uterino eleva o diafragma, deslocando o miocárdio para cima e rodando-o lateralmente. FC: nas primeiras semanas de gestação tem um aumento gradativo da frequência cardíaca que atinge seu máximo entre as 28 e 36 semanas e depois volta a valores menores. APG-S13P1- 5ºPeríodo| Ilana Maia Maia S. Débito cardíaco: aumento partir do segundo mês de gestação observa-se uma elevação do débito cardíaco que atinge um máximo de 30 - 40% entre a 28ª e 36ª semana, quando se estabiliza até o parto. Resistência vascular periférica total: Está reduzida em até 30% a partir da 8ª-12ª semana de gestação, mantendo-se nestes níveis até o termo. Esta alteração é decorrente tanto da ação hormonal como das prostaciclinas, resultando num aumento do fluxo sangüíneo renal, uterino e das extremidades. Tal modificação fisiológica aumenta a oferta de oxigênio e dissipa o calor gerado pelo aumento do metabolismo materno e fetal. Pressão arterial: Alteram-se muito pouco durante a gravidez. A pressão sistólica usualmente esta diminuída até a metade da gravidez e depois eleva-se novamente atingindo níveis pré gravidez. A pressão diastólica mostra-se bastante diminuída no início da gravidez, mas retorna a níveis pré gravidez nos últimos meses Pressão Venosa: é normal durante a gestação, com exceção das porções mais inferiores do corpo que tendem a elevar-se, sobretudo a partir do segundo trimestre pela ação do volume uterino sobre as veias pélvicas e cava inferior . Caixa Torácica: O crescimento uterino eleva o diafragma, determinando, a partir do último trimestre, uma diminuição do diâmetro vertical da caixa torácica de até 4 cm; isto é contrabalançado com o aumento de 2 cm no diâmetro ântero-posterior e transverso. Conseqüentemente ocorre um aumento de 5 a 7 cm da circunferência da caixa torácica. Não se observam modificações dos volumes pulmonares até o 5º mês de gestação, após o que nota- se uma diminuição gradativa do volume de reserva expiratório (VRE), volume residual (VR) e da capacidade residual funcional (CRF) . Ao termo, a VRE está de 100- 150 ml menor e o VR também esta diminuído em aproximadamente 200 ml. Conseqüentemente, a CRF está 20% mais baixa que a da não grávida. Estas alterações se acentuam nos decúbitos, na obesidade e nas patologias da válvula mitral. A partir da 8ª semana de gestação ocorre um rápido aumento do volume sangüíneo materno. Ao termo, observa-se um aumento de aproximadamente 1.500 ml, o que representa um aumento proporcional de 35 a 40% dos valores iniciais. O volume plasmático aumenta de 40 ml.kg-1 para 70 ml.kg-1 no final da gestação e o volume das hemácias também aumentam passando de 25 para 30 ml.kg-1 1 . O aumento do volume plasmático é relativamente maior que o das hemácias o que leva a hemodiluição com aparente diminuição dos eritrócitos e hemoglobina. Produz-se a chamada anemia fisiológica da gravidez ou pseudo-anemia da gravidez , que pode ser profilaticamente evitada administrando- se ferro a mãe. Muito embora esta anemia dilucional possa diminuir o transporte de oxigênio, outros fatores como a hiperventilação materna e conseqüentemente o aumento da PO2 arterial, a diminuição da viscosidade sangüínea, resultante da hemodiluição a vasodilatação e o aumento do fluxo sangüíneo atuam melhorando a oferta de oxigênio O aumento do volume uterino contribui para um deslocamento cefálico do estômago, modificando o ângulo da junção gastroesofágica, em prejuízo da função do esfíncter esofágico. A diminuição da função do cárdia, acompanhada do aumento da secreção do suco gástrico observado na gravidez20, propiciam a ocorrência de refluxo gastroesofágico que leva a um quadro de pirose e até mesmo de esofagite. Devido a ação da progesterona e do aumento uterino que desloca o piloro para cima e para trás, o esvaziamento gástrico é mais lento. Esta situação se agrava durante o trabalho de parto devido à dor, à ansiedade, e ao uso de opióides. A pressão intragástrica está aumentada durante a última semana de gestação atingindo valores de até 40 cm H2O 21 . O volume do suco gástrico pode estar aumentado em até 25 ml com um pH inferior a 2,5 21 . Como a pressão do esfíncter esofágico inferior está diminuída22 e a pressão intragástrica está muito elevada, a possibilidade de regurgitação é muito grande, principalmente quando o decúbito dorsal for adotado Por ocasião da gravidez, a administração por via raquidiana ou epidural de um anestésico local deve ser menor que aquela habitualmente utilizada para obter- se o mesmo nível de bloqueio sensitivo na não grávida. Acreditava-seque esta redução se devia a um aumento da pressão intra-abdominal, que dificultava o retorno venoso via cava inferior, levando indiretamente ao ingurgitamento das veias epidurais e conseqüentemente à redução do volume do espaço epidural e subaracnóideo. APG-S13P1- 5ºPeríodo| Ilana Maia Maia S. O fluxo plasmático renal e a filtração glomerular elevam-se rapidamente durante o primeiro trimestre de gestação, atingindo no quarto mês valores de até 50% daqueles observados nas não grávidas. Durante o último trimestre, estes valores decrescem lentamente em direção aos valores normais.O "clearance" da creatinina usualmente está aumentado, e portanto, o limite superior dos valores normais sangüíneos da uréia e creatinina estão mais baixos na mulher grávida. Nos últimos meses, observa-se uma dilatação dos cálices renais, pelve e ureteres, devida a ação da progesterona. A atividade da colinesterase sérica está reduzida em torno de 24% antes do parto e de até 33% nos três primeiros dias do puerpério28. Apesar disto, a constatação de um prolongamento do bloqueio neuromuscular é rara após o uso adequado de succinilcolina. Observa-se, durante a gestação, uma elevação dos níveis séricos das transaminases e do colesterol e em 80% das gestantes ocorre uma alteração no teste de excreção da bromosulfaleína, o que não indica necessariamente doença hepática. O nível plasmático das bilirrubinas e o fluxo sangüíneo hepático permanecem inalterados. Há uma diminuição sérica das taxas de proteínas totais e da relação albumina/globulina. Anemia; Diabetes gestacional; Abortamento; Infecção urinária; Doenças hipertensivas e hemorragias na gestação das adolescentese aumento da mortalidade materna infantil. Principalmente estética, que ocorre o aumento de peso, o aparecimento das estrias, o inchaço dos pés, o crescimento do nariz e seios e a falta de apoio da família e parceiro acarretando problemas emocionais. É um outro problema que dificulta na pega na hora de amamentar o bebê, o que dificulta o melhor desenvolvimento do bebê e com a falta de instrução acabam desistindo do aleitamento materno. As mães usuárias de drogas têm depressão, estresse e ansiedade, com isso não procuram ajuda e vivem nervosas. Quando estão grávidas, não fazem o pré-natal e os bebês correm riscos ao nascer com peso baixo, anomalias, atraso do crescimento, defeito do tubo neural, microcefalia, alteração de humor, tremores, espirros e bocejos como sinais de abstinência experimentados pelos recém-nascidos. Esse cenário pode causar comorbidades sistemáticas ou focais navida uterina do feto. É muito importante que a família ofereça apoio para evitar que a adolescente desenvolva transtornos psicossociais. Quando ocorrer esse problema, é possível buscar apoio de psicólogos, tanto para a gestante, quando para a família e o pai da criança, no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf- AB), nas UBSs. Nesse período de grandes mudanças na rotina, o apoio da família é essencial. Para os avós, a chegada do bebê também gera alterações em sua rotina de vida, pois auxiliam nos cuidados da criança e percebem a importância de doar carinho, amor, atenção e educação ao neto. Para eles ter a família como suporte no cuidado desde o nascimento tornará aquela criança um adulto responsável e de boa índole. Métodos comportamentais: Também conhecidos como métodos naturais de anticoncepção, ou, ainda, como métodos baseados no reconhecimento do período fértil; Abstinência de sexo durante o período fértil; Métodos de tabelinha; Avaliação do muco cervical (Método Ogino – Knaus); Avaliação da curva térmica (Método de Billings); Praticas em que o esperma não é depositado na vagina. Métodos de barreira: APG-S13P1- 5ºPeríodo| Ilana Maia Maia S. Consistem na utilização de aparelhos que impedem a ascensão do espermatozóide no trato genital feminino. Tais aparelhos podem ser de utilização pelo homem ou pela mulher e agem como obstáculos mecânicos. Condom (preservativo) masculino; Condom (preservativo) feminino; Espermicidas: substâncias químicas introduzidas na vagina que servem como barreira ao acesso dos espermatozóides ao trato genital superior e são apresentadas de diversas formas, sendo as mais usadas: Cremes; - Geleias; - Comprimidos; Diafragma ; Capuz cervical; Difere do diafragma apenas no tamanho e no local em que é colocado, devendo recobrir a cérvix, fixando-se firmemente a ela. Dispositivos intra-uterinos; (DIU) é um método anticoncepcional constituído por um aparelho pequeno e flexível que é colocado dentro do útero, onde exerce ações que culminam por evitar a gestação. Métodos hormonais: Entende-se por anticoncepção hormonal a utilização de drogas classificadas como hormônios em dose e modo adequados para impedir a ocorrência de uma gravidez não desejada ou não programada, sem qualquer restrição às relações sexuais. Oral: Contraceptivos orais combinados monofásicos; Contraceptivos orais combinados fásicos; Contraceptivos orais trifásicos; Contraceptivos orais só com progestágenos Injetável: Combinados mensais; Só de progestágeno trimestral. Implantes; Pílulas vaginais; Anéis vaginais; Adesivos cutâneos com hormônios; DIU com progestágeno. Métodos de emergência: Não raramente ocorrem pequenos acidentes no uso de métodos contraceptivos de barreira ou comportamentais que expõem a mulher ao risco de uma gravidez não desejada. Consiste na utilização de medicamentos ou dispositivos após uma relação desprotegida Esterilização cirúrgica feminina: Esterilização cirúrgica masculina. Baixa escolaridade da adolescente; História materna de gestação na adolescência; Ausência de consultas ginecológicas prévias; Falta de acesso aos métodos anticoncepcionais;
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