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Paisagismo: Conceitos e Práticas

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Prévia do material em texto

Indaial – 2020
Paisagismo
Prof. Thiago Costa Ferreira
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Thiago Costa Ferreira
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
F383p
Ferreira, Thiago Costa
Paisagismo. / Thiago Costa Ferreira. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
184 p.; il
ISBN 978-65-5663-070-0
1. Arquitetura paisagística. – Brasil. Centro Universitário Leonardo 
Da Vinci.
CDD 712
aPresentação
Prezado acadêmico! Este livro didático servirá para a construção de 
conhecimentos que servirão para basear ideias, projetos e entendimentos em 
relação à produção paisagística, em virtude das necessidades reais para a 
construção de um conhecimento claro, com base teórica e com aportes de 
trabalhos práticos.
Assim, este livro foi dividido em três partes: uma primeira mais 
conceitual, que serão descritos os conhecimentos base para a formação de um 
bom profissional em paisagismo; a segunda ligando esses conhecimentos a 
estilos e modos de paisagismo e a terceira conceituando, assim, a necessidade 
técnica desta disciplina.
Para tal, são apresentados materiais escritos neste livro e, também, 
ligados a ele, com a perspectiva da expansão das ideias e argumentos em 
paisagismo. Tenham, portanto, este livro como uma porta aberta a vocês, 
em que a entrada por esta será necessária para vislumbrar muitas ações e 
necessidades que o trabalho em Paisagismo, na atualidade, merece e necessita 
ser observado. Atente as informações, sugestões e indicações contidas neste 
livro. Embarque conosco nessa viagem!
 
Prof. Thiago Costa Ferreira
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA ...................................................................... 1
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO ........................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 JARDINS: CONCEITUAÇÃO ........................................................................................................... 7
3 PAISAGISMO COMO ÁREA PROFISSIONAL ......................................................................... 11
4 PRODUÇÃO PAISAGÍSTICA ........................................................................................................ 14
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 21
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 22
TÓPICO 2 —ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL ............................................ 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23
2 LEGISLAÇÕES E INFORMAÇÕES PRÁTICAS SOBRE O PAISAGISMO .......................... 23
3 AGENTES NATURAIS E O PAISAGISMO ................................................................................. 24
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 44
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 45
TÓPICO 3 — ARBORIZAÇÃO EM ESPAÇOS URBANOS ......................................................... 47
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 47
2 PAISAGISMO URBANO ................................................................................................................. 47
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 57
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 59
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 60
UNIDADE 2 — PAISAGISMO, ÉPOCAS E ESTILOS .................................................................. 63
TÓPICO 1 — PAISAGISMO EUROPEU E ASIÁTICO ................................................................. 65
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 65
2 BREVE RESUMO HISTÓRICO E PAISAGÍSTICO: MUNDO ANTIGO ATÉ ÉPOCA 
ATUAL (VISÃO INDO, ÁRABE E EUROPEIA) .......................................................................... 66
3 BREVE RESUMO HISTÓRICO E PAISAGÍSTICO: MUNDO ANTIGO ATÉ ÉPOCA 
ATUAL (VISÃO DO EXTREMO E SUL ORIENTAL)................................................................. 81
4 TIPOS E ESTILOS DE JARDINS EUROPEUS E ASIÁTICOS (ATUALIDADE) ................. 85
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 95
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 96
TÓPICO 2 — PAISAGISMO EM AMBIENTES ÁRIDOS E TROPICAIS E NO BRASIL ..... 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 99
2 JARDINS EM ÁREAS ÁRIDAS ...................................................................................................... 99
2.1 JARDINS ÁRABES ...................................................................................................................... 102
2.2 JARDINS TROPICAIS ................................................................................................................104
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 108
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 109
TÓPICO 3 — JARDINS BRASILEIROS......................................................................................... 111
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 111
2 BREVE HISTÓRICO DO PAISAGISMO BRASILEIRO ......................................................... 111
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 117
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 120
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 121
UNIDADE 3 — PAISAGISMO, VEGETAIS E PROJETOS ........................................................ 125
TÓPICO 1 — PRODUÇÃO E MANEJO VEGETAL PARA PROJETOS PAISAGÍSTICOS ....... 125
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 125
2 VEGETAIS: SERES VIVOS E SUAS NECESSIDADES ........................................................... 126
2.1 PRINCIPAIS GRUPOS VEGETAIS USADOS EM PROJETOS DE PAISAGISMO ............ 142
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 148
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 149
TÓPICO 2 — PROJETO PAISAGÍSTICO I ................................................................................... 151
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 151
2 LEMBRETES DE ARQUITETURA, DESENHO E PROJEÇÃO .............................................. 153
3 ELEMENTOS BÁSICOS DE PROJETOS PAISAGÍSTICOS .................................................. 157
4 CONSTRUÇÕES ............................................................................................................................. 159
4.1 ELEMENTOS ASSESSÓRIOS A PROJETOS DE PAISAGISMO INTERNO ...................... 160
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 163
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 164
TÓPICO 3 — PROJETO PAISAGÍSTICO II ................................................................................. 167
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 167
2 CONCEITOS ..................................................................................................................................... 167
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 179
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 180
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 181
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 183
1
UNIDADE 1 — 
CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conceituar as ideias do paisagismo;
• descrever ideias de trabalho e ocupação em paisagismo;
• apresentar saberes sobre os recursos naturais que interferem no paisagismo;
• dialogar sobre o paisagismo na atualidade.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
TÓPICO 2 – ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
TÓPICO 3 – ARBORIZAÇÃO EM ESPAÇOS URBANOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS DO 
PAISAGISMO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, aprenderemos como melhor entender a constituição da 
paisagem, com suas nuances da natureza e da sociedade. Fique atento às indicações 
de leitura, procure ver os links assinalados e mergulhe nessa importante junção 
de conhecimentos.
A paisagem é uma das mais importantes e conceituais bases referentes à 
identidade de um local. Quando pensamos em uma cidade como, por exemplo, o Rio 
de Janeiro (RJ), imaginamos determinados pontos da paisagem que são seus marcos, 
como: as montanhas, o Cristo Redentor, as praias, as festas, o povo, entre outros 
(Figura 1). O homem pode ser um dos principais fatores de influenciam a construção 
da paisagem de acordo com suas necessidades de vida (SAUER, 1998).
FIGURA 1 – PAISAGEM DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (RJ) 
FONTE: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/images/Diversas/RJ_Rio_de_Janeiro/01_
RJ__Isabella_Atayde_25.jpg>. Acesso em: 25 out. 2019. 
É interessante, senão imprescindível, dissertar que a paisagem, de modo 
geral, apresenta diversos caracteres: construções, acidentes geográficos, seres 
vivos, identidades sociais e outros pontos. Nesse sentido, tratando deste material, 
serão descritos conhecimentos que revelem a importância, peculiaridades e 
necessidades da organização paisagística. 
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
4
Outrossim, muito importante, é a descrição que a paisagem natural se 
formou pelas ações da natureza e a paisagem humanizada surge a partir da 
intervenção humana nessa paisagem natural. Sendo assim, pode-se descrever 
que o conceito de Paisagismo, pode ser: 
 
Ou “é uma ciência e uma arte que estuda o ordenamento do espaço 
exterior em função das necessidades atuais e futuras, e dos desejos estéticos do 
homem” (LIMBERGEER; SANTOS, 2000, p. 1).“Paisagismo é o meio de se obter 
de volta a natureza para o homem através da recriação ou proteção da mesma” 
(LIMBERGEER; SANTOS, 2000, p. 1).
Logo a paisagem faz parte da vida e da identidade de um povo, podendo 
ser preparada e alterada, conforme a sociedade for sendo moldada pelos 
estímulos sociais que podem ocorrer perante o passar dos anos. Também se 
refere à paisagem coletiva, aquela encontrada nos ambientes externos, como em 
logradouros públicos, planejados ou não, servindo de cenário para o cotidiano de 
uma sociedade (SAUER, 1998).
Logradouro: localidade geográfica criada pelo homem ou natural, serve para 
orientação geográfica (IBGE, 2002).
NOTA
Assim podemos também citar a paisagem como sendo algo descrito 
pela Arte, sendo parte dela, de modo íntimo e muito particular, como pode-se 
vislumbrar nos textos abaixo descritos:
Subi a alta colina
Para encontrar a tarde
Entre os rios cativos
A sombra sepultava o silêncio.
Assim entrei no pensamento
Da morte minha amiga
Ao pé da grande montanha
Do outro lado do poente.
Como tudo nesse momento
Me pareceu plácido e sem memória
Foi quando de repente uma menina
De vermelho surgiu no vale correndo, correndo…
(Vinicius de Moraes – Paisagem) – Companhia das Letras (2019, p. 25).
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
5
“É a paragem formosíssima dos campos gerais, expandida em chapadões 
ondulantes –grandes tablados onde campeia a sociedade rude dos vaqueiros... 
[...]” (Euclides da Cunha – Os Sertões, 1901, p. 35). 
São doistrechos escritos provenientes de obras de dois grandes escritores 
brasileiros, o Vinicius de Moraes e o Euclides da Cunha, que dissertam de maneira 
diferenciada paisagens do Brasil, com citações ao seu relevo, construções e povo. 
Assim, um importante marco da historiografia do país ao descrer com minucias 
as sutilezas da paisagem brasileira. 
A paisagem pode ser modificada pelo homem dentro da perspectiva do 
Paisagismo, que trata de uma organização de um espaço, podendo este ser interno 
ou externo, ou conjugado (sem limites entre esses ambientes) que busquem, de 
maneira harmoniosa, coerente e, na atualidade, sustentáveis uma ligação com a 
natureza (IBGE, 2002). Sendo esta representada por seus elementos naturais, com 
ênfase na vegetação e suas potencialidades. 
Quando tratarmos de um projeto paisagístico, nas próximas unidades, as 
propostas devem atender a anseios, perspectivas, exigências e necessidades dos 
seus usuários. Pois, voltando aos exercícios mentais que fizemos a pouco: imagine 
que estão ao seu alcance as possibilidades de montar locais em que as percepções 
que você teve aflorem e consiga ver no local projetado uma parte importante do 
seu eu pessoal, sua intimidade e necessidades! Que maravilha, você não acha? 
Chegamos no ponto-chave e mais importante deste segmento de 
conhecimento: o homem pode transitar em ambientes que sejam visualmente 
atrativos a sentimentos, sensações e ideias altruístas que levem os indivíduos a 
um estado de felicidade. O Paisagismo é uma disciplina inter e transdisciplinar, 
presentes em cursos diversos de todas as áreas do conhecimento humano, pode 
ser uma ponte de ligação de uma população com seus anseios mais íntimos, como 
já fora dito.
FIGURA 2 – QUARTO DE DORMIR
FONTE: <https://lar-natural.com.br/5-plantas-no-seu-quarto-para-dormir-melhor/>. 
Acesso em: 25 out. 2019.
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
6
FIGURA 3 – QUARTO DE DORMIR COM VISTA PARA MONTANHAS
FONTE: <https://s2.glbimg.com/FQ-NEEd5J8qlea66sqmbXnodjxg=/smart/e.glbimg.com/og/
ed/f/original/2016/03/15/lazer-starlight-room_9.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2020. 
Consegue perceber que as paisagens apresentadas demonstram locais 
com conforto e funcionalidade, com a utilização de elementos como os vegetais? 
É disso que a disciplina de Paisagismo disserta, a paisagem externa pode ser parte 
constituinte do visual interno de um ambiente, ou vice-versa, possibilitando que 
haja harmonia e conforto aos usuários desse ambiente. 
Pensando sobre a perspectiva da profissão de Designer de Interiores, 
este livro tem por objetivo principal instigar a criatividade, a observação e a 
sensibilidade de seus leitores a fim de estarem aptos a produzirem projetos de 
paisagismo. Vamos lá, ainda há um belo e harmonioso caminho a ser seguido.
Lembre-se que a construção de conhecimentos e sua aplicabilidade em 
projetos com o uso do Paisagismo depende muito do banco de informações e referências 
que estão presentes na memória do projetista. Assim, explore o máximo possível de 
possibilidades visuais por meio de canais diferentes. Mergulhe nesse oceano!
NOTA
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
7
2 JARDINS: CONCEITUAÇÃO
O conceito de jardim tem sua gênese na língua hebraica e remota aos 
jardins como um local agradável e protegido. Com o passar dos anos, esse conceito 
vem mudando e se aprimorando, acompanhando a mudança das sociedades em 
geral. Em épocas antigas, esses locais eram ligados a processos religiosos, com 
a produção de cerimônias diversas, tendo em vista a simbologia já apresentada 
anteriormente, podendo ser visualizadas espécies vegetais como: pinheiros, 
oliveiras, figueiras, entre outras (SAUER, 1998).
Esse conceito também passou a ser um marcador de status social, em que 
os grupos mais abastados e, provavelmente, influentes construiriam tais locais 
para demonstrar suas posses em meio à sociedade que estavam ligados. Como 
exemplo, visualize a imagem a seguir, com a demonstração de um jardim de 
estilo grego (Figura 4) (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002).
FIGURA 4 – JARDIM DE ESTILO GREGO ANTIGO
FONTE: < https://i.pinimg.com/236x/54/28/a8/5428a8416ac3110e91a9a80ef687c387.jpg>.
Acesso em: 24 jun. 2020.
Atualmente, o paisagismo e a construção de jardins estão ligados ao 
conceito de coletividade, com estímulo às ligações dentro das sociedades, 
visando, principalmente, a convivência de grupos sociais que os buscam, 
priorizando sua harmonia. 
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
8
Segundo Gatto et al. (2002), temos:
- Harmonia: condição ou propriedade de alguma coisa que seja concordante ou coeso.
- Convivência: grupos sociais ou pessoas interagindo em um mesmo ambiente.
NOTA
Assim, ainda tratando sobre os tempos atuais, pode-se afirmar que esse 
paisagismo urbano, ou rural, tem servido para a produção de eventos de cunho 
religioso, cultural e político (SAUER, 1998). Veja a importância dentro de uma 
sociedade. Uma paisagem pode ser composta de locais com poucas ou muitas 
ações humanas. Veja o exemplo de uma área coletiva trabalhada com o uso de 
conceitos paisagísticos, visualize as ligações entre o natural e o construído e sua 
harmonia. Observe, na figura a seguir, um local harmônico em que foi trabalhada 
a perspectiva do paisagismo.
FIGURA 5 – PARQUE INHOTIM, BRASIL
FONTE: <https://magazine.zarpo.com.br/wp-content/uploads/2013/07/inhotim-770x450.jpg>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
Jardins também são a extensão das residências, englobando o conceito de 
lar, local onde seres vivem e se sentem bem, no qual seus atores principais são os 
seus usuários que podem vir a contratar serviços Outro fator importante referente 
ao Paisagismo está relacionado ao (re)equilíbrio de localidades antropizadas, ou 
seja, locais em que o homem deixou sua marca. Nesse sentido, a degradação do 
meio ambiente pode ser a causa também de riscos sociais diversos, como doenças 
e pobreza (SAUER, 1998). 
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
9
Funcionando assim, de modo um tanto diferente da sua gênese e também 
no período de tempo que estava em degradação. As áreas geográficas podem ser 
reorganizadas e estruturadas de modo que sirvam como fatores de promoção de 
qualidade de vida das populações que estão em seu entrono (GATTO et al., 2002).
Uma área urbana que foi revitalizada e pode ser citada como um 
importante marco no país é a área que era ocupada outrora pelo presídio do 
Carandiru, em São Paulo (SP). Nessa área havia um dos maiores presídios da 
América Latina no século passado, local em que diversos problemas sociais 
afloravam de maneira vertiginosa e era um fator preocupante para a sociedade 
brasileira, principalmente no final do século passado. 
Assim que o local foi desativado e ocorreu a construção do parque, 
biblioteca e escola técnica nas imediações, a sociedade pode entender a grandeza 
que o trabalho paisagístico pode assumir ao revitalizar áreas. Este promoveu 
ações de união e harmonia entre populações (GATTO; et al., 2002). Veja as imagens 
a seguir e compare o ganho que a região do entorno e a sociedade em geral teve 
com a mudança (Figuras 6 e 7).
FIGURA 6 – PRESIDIO DO CARANDIRU, MEADOS DO FINAL DO SÉCULO PASSADO, SÃO PAULO (SP)
FONTE: <https://acessajuventude.webnode.com.br/_files/200000688-474b54844f/carandiru.jpg>. 
Acesso em: 22 jun. 2020. 
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
10
FIGURA 7 – PARQUE DA JUVENTUDE, ANTIGO PRESÍDIO DO CARANDIRU, MEADOS DO FINAL 
DO SÉCULO PASSADO, SÃO PAULO (SP)
FONTE: <http://www.guiaonde.com.br/GetFile.ashx?id=3812&local=parque-da-juventude>. 
Acesso em: 22 jun. 2020. 
Para melhor esclarecer sobre as mudanças ocorridas na região do Carandiru, 
São Paulo (SP), sugerimos a vista ao documentário Visita ao Parque da Juventude, no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=GltRLj8Zpms.
DICAS
Pode ser percebido que o paisagismo, como função de trabalho, é útil no 
espaço geográfico para revitalizar ou reconstruir uma determinada paisagem, 
levando em consideração que muitas cidades não foram devidamenteplanejadas. 
Essa falta de planejamento é notória a partir da construção desordenada, da falta 
de áreas verdes e das muitas sobreposições de construção. Também comum em 
áreas não planejadas é a demolição de estruturas e dispositivos para a construção 
de outro, com função de promover deslocamento de tráfego, energia e afins 
(SAUER, 1998).
Na atualidade, os grupos sociais têm procurado melhorar a sua utilização 
de áreas com acesso a projetos de paisagismo sustentáveis. Levando em 
consideração que o paisagismo tem a função de organizar os espaços (abertos ou 
fechados) com áreas de recreação e fluxo de pessoas, com estruturas que sejam 
funcionais e coerentes quanto a suas dimensões com o uso da cobertura vegetal 
para complementar a construção (SAUER, 1998)
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
11
O paisagismo, como parte integrante em diversos processos de trabalho, 
principalmente à Arquitetura, pode ser muito útil para a produção de lugares 
confortáveis. Permitindo o acesso à prática de esportes, arte e convivência entre 
pessoas de grupos sociais diferentes, colocando cores e formas ao concreto 
acinzentado presente nas cidades. Essas áreas verdes podem ser construídas em 
locais públicos ou privados, com o intuito de estabelecer uma agradável recepção 
para o público em um determinado local. 
 
Permitindo, assim, a construção de imagens com evidências a objetos 
edificados (estátuas, sacadas entre outros), promover privacidade, produzir 
alimentos, também como uma forma de promover a cultura e, outrossim, sendo 
importante ser destacado que esse trabalho agrega valor econômico a imóveis ou 
regiões (GATTO et al., 2002). 
Para melhor esclarecer sobre a importância do paisagismo na construção de 
localidades com o uso de Paisagismo como forma de (re)estruturar locais com a presença de 
vulnerabilidade social, veja a matéria: https://www.youtube.com/watch?v=wGhweMkoWCU.
DICAS
3 PAISAGISMO COMO ÁREA PROFISSIONAL 
A ocupação de um determinado segmento da sociedade como profissão 
ou no sentido de troca de serviços por valores monetários pode ser encarada 
como parte do conceito de área profissional que, além disso, abrange ideias de 
mercado, função social entre outras. Assim, o paisagismo como área profissional 
permite que indivíduos capacitados para essa função exerçam a atividade em 
diferente viés (SAUER, 1998).
Diferente do que se pensa, o paisagismo é uma disciplina, obrigatória ou 
optativa, encontrada em grades curriculares de cursos diversos como: Agronomia, 
Agroecologia, Biologia, Engenharias (Civil, Agrícola e Florestal), Arquitetura, 
Designer de Interiores, História e Geografia, entre outros. Essa pluralidade 
que o Paisagismo pode assumir traz consigo uma grande responsabilidade ao 
profissional que se propõe a trabalhar com essa vertente, pois este deve ser 
detentor de conhecimentos provenientes de diversas fontes de diferentes áreas 
do saber humano (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002; GATTO et al., 2002).
 
Por exemplo, um profissional da área de Paisagismo deve entender, ou 
pelo menos ter noções, como dá-se o metabolismo de uma vegetal, como produzi-
los e manejá-los em ambientes (Ciências Biológicas e Agrárias); como estruturá-lo 
em um dado local (Engenharias, Arquitetura e Designer), e a função social que tal 
elemento possui (Ciências Sociais) (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002). 
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
12
O setor de arquitetura abarca os conhecimentos denominado de Paisagismo e 
apresenta expoentes que criaram obras geniais e que estas são de uma beleza única e 
singular. Dentre estes, com muito louvor, pode-se citar o célebre Roberto Burle Marx, 
ou simplesmente Burle Marx, um brasileiro pintor e paisagista com fama no mundo 
inteiro. Este nasceu em São Paulo, no ano de 1909, e quando garoto foi morar no Rio 
de Janeiro com sua família, onde ele, mesmo criança, iniciou a sua coleção particular 
de plantas (SAUER, 1998)
 
No início da sua vida adulta, por problemas de saúde, ele e sua família 
foram morar na Alemanha a fim de tratar-se, iniciando seus contatos e persecuções 
com jardins botânicos e afins. Fato que promoveu seu desenvolvimento ao ponto 
de instigá-lo a cursar a faculdade de Artes plásticas, pelo ateliê Degner Klein. 
Ao retornar ao Brasil, em 1930, este conviveu com muitos arquitetos modernos 
brasileiros, como: Oscar Niemeyaer, Hélio Uchôa e Milton Roberto (Figura 8) 
(GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002).
FIGURA 8 – BURLE MARX, UM DOS MAIS IMPORTANTES PAISAGISTAS BRASILEIROS
FONTE: <http://www.saopauloinfoco.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Roberto-Burle-
-Marx.jpeg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
Como obras, podem ser destacadas as seguintes no Brasil: Praça 
Casa Forte, Parque Ecológico e outros jardins e praças (Recife, PE); Parque 
Generalíssimo Francisco de Miranda (Caracas, Venezuela); Jardins da Cidade 
Universitária, Museu de Arte Moderna e Aterro do Flamengo (Rio de Janeiro, RJ); 
Eixo Monumental (Brasília, DF) e Parque Ibirapuera (São Paulo, SP).
Veja, a seguir, exemplos das obras feitas por Burle Marx, no Brasil e no 
mundo (Figuras 9 a 11).
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
13
FIGURA 9 – JARDIM BOTÂNICO NO BRONX (NOVA YORK, USA)
FONTE: <https://culturaalternativa.com.br/wp-content/uploads/2019/06/New-York-Botanical-Garden-
-Roberto-Burle-Marx-Brazilian-Landascape-Artist-Bronx-NYC-4.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
FIGURA 10 – RESIDÊNCIA DE BURLE MARX (PETRÓPOLIS, RJ)
FONTE: <https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2017/07/Roberto-Bur-
le-Marx-Jardins-Pampulha.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
14
FIGURA 11 – JARDIM DO DERBY (RECIFE, PE)
FONTE: <https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2017/07/Roberto-Burle-Marx-
-Pra%C3%A7a-Derby-1.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
4 PRODUÇÃO PAISAGÍSTICA
A seguir, descreveremos como um Paisagista pode trabalhar. Por meio do 
esclarecimento dos processos inerentes à produção de Paisagismo:
• Produção de mudas e plantas: etapa inicial e crucial para a constituição do 
Paisagismo, pois, quando pensamos em organismos vivos, como os vegetais, 
ligamos à ideia que estes precisam de determinados fatores que são inerentes 
a sua constituição como ser vivo (água, ar, sol e nutrientes). Assim, a produção 
de plantas para este fim pode ser dinamizada de acordo com as necessidades 
dos projetos que este veja atender e ainda de acordo com as possibilidades dos 
recursos naturais e clima que podem ser encontrados nas regiões produtoras. 
Veja o esquema relacionado com os vegetais como seres vivos a seguir (Figura 
12) (SAUER, 1998).
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
15
FIGURA 12 – ESQUEMA DA FOTOSSÍNTESE
FONTE: <https://www.euquerobiologia.com.br/site/wp-content/uploads/2013/12/fotossintese.jpg>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
Essa fase deve ser acompanhada por um profissional da área de Agrárias 
ou Biológicas, a fim de dar suporte de conhecimentos que são importantes 
para construir e gerir um ambiente de produção de mudas. Projetos internos e 
externos podem ser complementares. Este, por sua vez, tem um viveiro instalado 
em uma área tropical, porventura, essa demanda poderia ser atendida? Existem 
apontamentos sociais e econômicos que podem servir para a estruturação de 
projetos de paisagismo em função da sustentabilidade dos empreendimentos. 
Tendo como exemplos: o reuso de recursos naturais e sintéticos, a (re)invenção 
dos processos de uso e geografia de uma localidade. Pense na importância desse 
conteúdo para sua construção profissional (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002; 
GATTO et al., 2002).
Muito provavelmente, não poderia em sua totalidade e qualidade, uma vez 
que plantas provenientes de clima temperado podem até vegetar em ambientes de 
clima tropical, porém sem apresentarem seu vigor e qualidade esperado. Assim 
se tornaria inviável tal projeto, isso é algo importante e que deve ser levado em 
consideração quando forem projetados viveiros e projetos de paisagismo (Figura 13) 
(GATTOet al., 2002b).
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
16
FIGURA 13 – VIVEIRO DE MUDAS PARA PAISAGISMO
FONTE: <http://www.mudasnativaslof.com.br/images/frontend/about/o_viveiro_lof.png>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
A equiparação dos seres vivos, vegetais, que serão usados nos projetos 
de paisagismo deve obedecer a critérios e a objetivos de trabalho que melhor se 
adequem ao processo, a fim de permitir que os vegetais consigam sobreviver de 
maneira normal em ambientes projetados (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002). 
Os vegetais em ambientes projetados são passíveis de serem cultivados 
por um bom tempo, sendo integrados e desligados da paisagem, de acordo com suas 
condições e necessidades biológicas, a fim de compor a paisagem de modo harmônico. 
Assim, procure dar mais uma olhada criteriosa na Unidade 3 deste livro, desse modo, ficará 
mais esclarecido sobre as necessidades descritas neste tópico.
ESTUDOS FU
TUROS
• Produção de materiais de construção e ambientação: aqui são elencados 
desejos e anseios do projeto de paisagens por meio de tecnologias e artigos 
sustentáveis, duráveis e de baixo custo para a composição de projetos de 
paisagismo. O ambiente pode ser projetado para suprir as necessidades dos 
seus usuários (SAUER, 1998). 
Visualize, a seguir, os locais de produção de artigos que podem ser usados 
em ambientes paisagísticos (Figuras 14 e 15). 
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
17
FIGURA 14 – PRODUÇÃO DE BANCOS PRÉ-MOLDADOS
FONTE: <https://www.piramidesc.com.br/wp-content/uploads/2018/01/como-e-o-processo-
-de-fabricacao-dos-blocos-de-concreto.png>. Acesso em: 22 jun. 2020.
A seguir, visualize um exemplo de produção de móveis que podem ser 
usados para a composição de ambientes paisagísticos. 
FIGURA 15 – PRODUÇÃO DE MÓVEIS
FONTE: <http://www.megamoveleiros.com.br/wp-content/uploads/2015/05/mdf-madeira.jpg>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
Por exemplo, uma peça de palha se for usada em um ambiente externo 
pode vir a se degradar com facilidade, deixando o ambiente desalinhado com o 
projeto, também é preciso pensar na possibilidade de manutenção que, muitas 
vezes, não fica por conta do projetista e, que, por conta disso, pode ser feita por 
outro grupo de trabalho que utilize materiais que não condizem com o projeto, 
descaracterizando-o (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002). 
 
Por outro lado, deve-se pensar na sustentabilidade da produção e 
reciclagem desse componente da paisagem, pois se tratando de uma peça 
de pedra esta terá uma durabilidade muito dilatada, mas o processo de 
produção dessa peça leva em consideração os aportes de sustentabilidade 
(GATTO et al., 2002b). 
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
18
Afinal, o que seria Sustentabilidade? O conceito de sustentabilidade é descrito 
de várias formas, mas pode ser resumido em produzir um presente confortável levando em 
consideração que gerações futuras possam também viver em conforto com os recursos 
naturais presentes nesse planeta. Tarefa importante em todos os campos das diversas 
atividades humanas (SAUHER, 1998).
IMPORTANT
E
• Engajamento social: os projetos de paisagismo devem ser pensados para atender 
às necessidades do público a qual este será ligado, levando em consideração 
todo o contexto social da localidade a ser trabalhada. Por exemplo, Burle Marx 
conseguia extrair informações e projetar ambientes com necessidade de uma 
sociedade que habitava na área geográfica que seus projetos iriam ser inseridos 
(GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002; GATTO et al., 2002).
 
Um importante projeto de paisagismo que foi recentemente terminado e 
inaugurado seria o mirante denominado de Skywalk, situado no Grand Canyon 
(USA). Nesse projeto, a imponente paisagem da localidade serviu de inspiração 
para um projeto ousado em todas as suas partes que buscava a integração da 
construção na paisagem, sem degradá-la e de modo que seja passível de ligar 
os três conceitos anteriormente descritos a fim de melhorar a questão turística e 
permitir que houve mais uma opção de apoio aos visitantes deste parque (Figura 
16) (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002).
FIGURA 16 – SKYWALK DO GRAND CANYON
FONTE: <https://estherferreira.com/wp-content/uploads/2019/03/skywalk-do-grand-canyon-es-
ther-ferreira-1024x576.jpeg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
Outrossim, falando agora da questão financeira, pode ser citado que a 
produção de um processo paisagístico deve ser pensada para otimizar um 
determinado local e em um espaço de tempo a de um ambiente de maneira 
rentável. Na qual sua manutenção seja simples e com preço acessível (GATTO; 
PAIVA; GONÇALVES, 2002). 
TÓPICO 1 — CONCEITOS BÁSICOS DO PAISAGISMO
19
O paisagista deve estar alinhado com a equipe que construirá um dado 
local para que sejam alinhadas às necessidades de trabalho a fim de compreender 
como os projetos podem ser moldados em conjunto, levando em consideração 
os conhecimentos sobre os pontos apresentados anteriormente neste tópico. 
Evitando, assim, que problemas maiores ocorram, como: árvores colocadas 
próximo a fiações, pouca drenagem e obstrução de vias por vegetais (GATTO; 
PAIVA; GONÇALVES, 2002; GATTO et al., 2002).
Segundo o Guia da Carreira (20[--]), as funções do profissional de 
paisagismo vão além da jardinagem e se relacionam com as áreas de Biológicas, 
Artes e Engenharia, sendo interessantes que os profissionais também podem 
trabalhar com recursos humanos e meio ambiente, cuidando da iluminação, 
caminhos e pavimentações, além dos mais famosos itens, os jardins. 
 
Ainda segundo esse mesmo portal, não existe um curso de graduação 
de Paisagismo, somente disciplinas inseridas nos cursos já referidos. Porém, 
existem pós-graduação pelo país que ministram este curso em caráter diverso e 
principalmente ligado à arquitetura. Outrossim, descrito neste mesmo veículo de 
comutação são as possibilidades de trabalho de um profissional de paisagismo, 
sendo elas:
• Design de Interiores, usando tecnologias de composição de ambientes.
• Arquitetura da paisagem, pensando numa composição de ambientes em 
escalas maiores, mesmo tendo em referência ambientes internos.
• Paisagismo de locais públicos e privados, por meio de ações que melhorem 
utilização social.
A seguir, visualize um layout de um jardim projetado. Aproveite para iniciar 
o treinamento em função do desenho de ambientes, por meio dessa observação.
FIGURA 17 – ANTEPROJETO DE PAISAGISMO
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/ba/cf/b3/bacfb38a4422a3e59ae120253f78e21e--landscape-
-plans-diabetes.jpg>. Acesso em: 24 jun. 2020.
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
20
Assim o profissional estará capacitado para a produção de um tão almejado 
projeto, que, por sua vez, é traçado levando em consideração parâmetros de outras 
disciplinas da área, por meio de desenhos técnicos e criativos com a descrição das 
nuances de formar uma paisagem de uma determinada área. Com a agregação 
de informações de volumetria, textura, estruturas de modo geral e circulação de 
seres vivos (GATTO et al., 2002).
Maiores informações sobre a profissão de paisagista podem ser vistas no 
vídeo Profissão Paisagista, da TV Trabalho, por meio do link: https://www.youtube.com/
watch?v=m-ix1qql9u0.
DICAS
21
Neste tópico, você aprendeu que: 
• O trabalho como paisagista abarca uma infinidade de saberes e processos que são 
úteis para a produção de uma paisagem harmoniosa, confortável e sustentável. 
• O dever de um bom paisagista é pensar sobre esses aspectos sempre que for 
projetar algum projeto e assim permitir que tais processos possam ser a marca 
de seu trabalho.
• A concretização de um projeto de paisagismo deve atender à necessidade dos 
seus usuários da melhor maneira possível e cabível em relação aos fatores 
formativos desse projeto.
• Burle Marx, nosso maior mestre, deixou muitas boas impressões, ideias e 
projetos pelo nosso país e mundo.
• A concepção pedagógica de um ambiente paisagístico deve ser compreendida 
a fim de melhorar a relação do ambiente construído para melhor ser útil aos 
seustranseuntes.
RESUMO DO TÓPICO 1
22
1 Visualize um ambiente de sua cidade que precisaria de uma melhoria 
paisagística. Faça um esboço da área e sugira possíveis mudanças no 
ambiente. Tenha como exemplo o resultado que foi feito no local onde 
estava construído o Presídio do Carandiru, atual Parque da Liberdade (São 
Paulo – SP), apresentado anteriormente.
2 Na perspectiva de uma ação paisagística, em relação principalmente à 
arborização urbana, deve ser levada em consideração que: 
a) ( ) As plantas são seres vivos rústicos que não precisam de maiores 
cuidados e manejo quando usadas em projetos de arborização urbana, 
principalmente quando são usadas espécies vegetais exóticas a região 
em que está inserido um dado projeto de paisagismo.
b) ( ) O manejo coerente de espaços com áreas verdes públicas somente deve 
ser feito por populares e que não precisam ser trabalhadas nenhuma 
ação de entendimento sobre a importância destes vegetais. 
c) ( ) O manejo coerente de espaços com áreas verdes públicas deve ser 
feito por todas as esferas da população e que são necessárias ações de 
capacitação e entendimento sobre a importância deste ato meramente 
para a construção de ambientes com beleza visual.
d) ( ) O manejo coerente de espaços com áreas verdes públicas ou privadas 
deve ser feito por todas as esferas da população e que são necessárias 
ações de capacitação e entendimento sobre a importância deste ato 
social e ambiental.
e) ( ) O manejo coerente de espaços com áreas verdes públicas deve ser feito 
somente pelas universidades que atentem uma determinada população 
e que não são necessárias ações de capacitação e entendimento sobre a 
importância deste ato meramente para a construção de ambientes com 
beleza visual.
AUTOATIVIDADE
23
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
ÁREAS VERDES NO ESPAÇO 
URBANO E RURAL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, conversaremos sobre ambientes rurais e urbanos e 
a constituição de suas paisagens. Para isso, verificaremos seus conceitos 
apresentados por meio de informação descritas na literatura e compiladas 
neste escrito.
Caro acadêmico, comece agora a imaginar um ambiente rural e um 
ambiente urbano. Quais as principais mudanças e diferenças entre eles? Eram 
semelhantes ou não? Quais os conceitos que preexistiam em seu ser? 
2 LEGISLAÇÕES E INFORMAÇÕES PRÁTICAS 
SOBRE O PAISAGISMO 
Logo, faz-se necessário descrever os conceitos de rural e urbano. Assim, 
essas duas regiões são descritas no espaço geográfico, compreendidas em 
dinâmicas sociais, culturais e econômicas distintas pelo país, porém, a grosso 
modo, temos esta definição na atualidade, composta pelo Estatuto da Cidade, 
promulgado por meio da Lei Federal n° 10287, de 10 de julho de 2001 (GATTO; 
PAIVA; GONÇALVES, 2002). A lei afirma que os limites entre o rural e o urbano 
são atribuídos pelo governo deste próprio município a fim de abarcar áreas que 
estejam com uma dada funcionalidade dentro de um território específico.
Maiores informações sobre a Lei Federal n° 10287, de 10 de julho de 2001, 
e outros documentos oficiais brasileiros que informam sobre a temática deste tópico 
podem ser encontrados no site Portal da Câmara Federal, disponível no site: https://
www2.camara.leg.br/.
DICAS
24
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
O espaço urbano tende a ser conceituado como uma área geográfica em 
que pode ser encontrado um nível avançado de urbanização, ou seja, construções 
e dispositivos populacionais que produzem a aglomeração de pessoas para sua 
sobrevivência, trabalho, educação e bem-estar. Já o espaço rural tem sido descrito 
como um local em que não existe tal adensamento e as atividades sociais são 
prioritariamente voltadas para o primeiro setor da economia (CARLOS, 2004). 
Porém, é necessário esclarecer que tais informações anteriormente 
descritas podem variar de acordo com as necessidades e anseios de uma dada 
população que vive em uma dada região geográfica. Havendo também, por 
exemplo, áreas com agricultura e pecuária em ambientes urbanos ou áreas 
industriais e com aglomerados com uma roupagem urbanizada em locais tidos 
como essencialmente rurais (IBGE, 2017).
No site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está disponível 
um livro base que pode servir para melhor explicar as nuances do questionamento desta 
dualidade: onde iniciam e terminam os limites do rural e urbano no Brasil. 
Confira o link: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv100643.pdf.
DICAS
Nessas duas áreas, rural e urbano, há particularidades que se sobrepõem 
além do contexto social, uma das mais importantes é a constituição da paisagem. 
Conceito que surge com a vida do homem com os acidentes geográficos e sua 
posterior transformação em prol de atividades que geraram fixação em ambientes 
por meio da produção de alimentos, construção de dispositivos de trânsito e 
locais de moradia. Levando em consideração que a paisagem pode ser referida 
por meio de um viés geográfico e, também, como um ajuste de acordo com o 
aporte relacionado com cultural local (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002; 
SAUER, 1998)
3 AGENTES NATURAIS E O PAISAGISMO 
Segundo Gatto, Paiva e Gonçalves (2002), a descrição da paisagem, em 
meados do século XIX, assume caracteres básicos a partir de noções e funções 
estético-descritivas, ou seja, entender a localidade por meio da silhueta que é 
descrita, e sua ligação teve como ação a presença de jardins. Ganhando significado 
diferenciado nas seguintes escolas: germânica – com a presença de ideias 
cartográficas, sociais e naturais; francesa – sendo construído o conhecimento 
por meio de dados físico, climáticos e sociais; soviéticos – semelhante a francesa 
também com o estudo das interações do relevo e anglo-americana – a evolução 
do relevo. Segundo estes mesmos autores, a paisagem pode ser descrita pela 
descrição dos fatores que podem ser visualizados na figura a seguir.
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
25
FIGURA 18 – PAISAGEM
FONTE: Adaptado de Maciel e Lima (2011)
Podendo ser entendida a paisagem de acordo com o que escreveu Sauer 
(1998, p. 13): 
Uma área composta por associação distinta de formas, ao 
mesmo tempo físicas e culturais, onde sua estrutura e função 
são determinadas por formas integrantes e dependentes, ou 
seja, a paisagem corresponde a um organismo complexo, feito 
pela associação especifica de formas e apreendido pela análise 
morfológica, ressaltando que se trata de uma interdependência 
entre esses diversos constituintes, e não de uma simples adição, e 
que se torna conveniente considerar o papel do tempo.
Um bom entendimento sobre as particularidades da paisagem é a seguinte: 
o geossistema (relevo, clima e outros recursos naturais abióticos), recursos 
naturais bióticos e suas interações e a ação antrópica. Esses conceitos referentes 
à Paisagem podem ser divididos e estudados por meio de saberes advindos da 
Geografia, segundo os escritos de Maciel e Lima (2011), podemos afirmar que: 
• Geografia Geral e Teórica pode ser dividida em:
◦ Sistema ecológico (interações ocorrentes entre os recursos bióticos e 
abióticos presentes numa determinada região, sem a atuação do homem 
como principal interventor do processo); pode ser delimitado com respeito 
aos fatores de elementos:
■ Geologia: constituição e organização das rochas e minerais presentes no 
ambiente.
■ Geomorfologia: morfologia das formas de relevo, sua caracterização de 
contornos.
■ Solos: processos de formação dos solos e suas dinâmicas.
■ Cobertura Vegetal: disseminação no tempo e espaço de vegetais.
■ Uso do solo: medidas que atestam como essa localidade é usada para 
diversos fins.
26
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
◦ Sistemas e suas interfaces: que são como os recursos naturais interagem 
entre si, sendo divididos em:
■ Bióticos: intervenção dos seres vivos no interim dos recursos naturais.
■ Socioeconômico: como as sociedades se comportam e fazem suas riquezas.
◦ Geografia Física: unidade que descreve a paisagem comuma roupagem que 
mais está próxima a matemática, com as divisões de:
■ Classificação e tipologia: levando em consideração as porções de 
qualidade, tio e uso dos recursos.
■ Organização do espaço: como as unidades se estabelecem em relação à 
ocupação espacial.
■ Organização temporal: como as unidades se sucedem de acordo com 
o tempo.
Maiores informações sobre o processo natural de formação da paisagem 
podem ser vistas no documentário denominado de Paisagem: formação pelo clima. 
Disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=7W0hz-k1q9I.
DICAS
Outrossim, a paisagem, tratada sobre as áreas verdes em ambientes rurais 
e urbanos, é extremamente ligada ao relevo que a forma, sendo importante sua 
observação. Pois, por meio dessa, a paisagem pode ser moldada e ajustada de 
acordo com as necessidades humanas. 
 
Assim, inicie a vistoria pelo espelho de água apresentados que corresponde 
à Baia da Guanabara (Figura 1), as montanhas, as praias e as construções humanas 
que formam um conjunto com uma beleza diferenciada e são parte da memória 
da cidade. Assim, quando se referimos a um lugar geográfico, para aqueles que o 
conhecem, uma imagem já avistada é projetada na sua memória e para os que não o 
conhecem a imaginação é livre e aberta para construir tais conjunturas. 
 
É possível, também, construir impressões e ideias sobre locais que o 
homem modifica com a perspectiva do paisagismo, utilizando os artifícios que 
fazem a silhueta deste relevo se valorizar ao ponto de serem mais belas e vistosas.
Logo se faz importante o reconhecimento das particularidades do relevo, 
com respeito a sua morfologia externa. Em geral, temos o relevo sobre a perspectiva 
das altitudes e formas que o relevo assume ao logo dos tempos por meio dos agentes 
que o formaram. Sendo interessante conceituar que o relevo seria o aspecto que a 
natureza (o homem está incluído nessa ideia) constitui no espaço físico e que exerce 
um papel importante na constituição da paisagem e éreas verdes, por conseguinte 
(GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002; SAUER, 1998). 
Esse relevo é constituído de minerais, decompostos ou não, que são 
divididos em rochas de natureza (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002; 
GATTO et al., 2002):
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
27
Grosso modo, pode-se afirmar que os solos são constituídos de areia, siltre 
e argila, materiais provenientes de tais processos de erosão que se justapõem em 
camadas, quantidades e ajustes espaciais que formam o perfil do solo de uma 
região. Também pelos constituintes orgânicos e seres vivos (SAUER, 1998). Esse 
perfil de solo é composto por camadas, denominadas de horizontes, que estão 
correspondidas entre a camada superficial e a camada rochosa que constitui o 
perfil do solo, para uma melhor compreensão visualize a figura a seguir:
FIGURA 19 – PERFIL DO SOLO
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/f9/2f/68/f92f68bc4cf29e9b7280c04d007c1f7d.jpg>. 
Acesso em: 24 jun. 2020.
• Cristalinas: rochas provenientes da atividade vulcânica.
• Metamórficas: rochas provenientes de materiais minerais que sofrem com 
agentes como temperatura e pressão e tomaram formas diferenciadas de 
sua origem.
• Sedimentares: rochas que resultaram da desagregação destas duas matrizes 
assinaladas anteriormente.
 
Também parte desse conjunto de fatores que formam as áreas verdes 
em ambientes rurais e urbanos está o solo. Este é formado pela degradação do 
material geológico por processos denominados de intemperismo e são parte 
importante da construção dos ambientes paisagísticos (GATTO et al., 2002b). 
Maiores informações sobre os tipos de solos brasileiros podem ser encontradas 
no documento Solos do Brasil (EMBRAPA), no link: https://www.agrolink.com.br/downloads/
sistema-brasileiro-de-classificacao-dos-solos2006.pdf.
DICAS
28
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
Esses padrões descritos anteriormente são compartimentalizados 
em formações de relevo que, por sua vez, são importantes para o homem por 
dinamizarem a forma de utilização do espaço. 
Maiores informações sobre os tipos de solo e obras de construção podem 
ser vistas no material didático denominado de Solos e Construção (UFRN), disponível no 
link: https://docente.ifrn.edu.br/johngurgel/disciplinas/2.2051.1v-mecanica-dos-solos-1/
apostila%20de%20solos.pdf.
DICAS
Esta silhueta é formada por processos de erosão, com natureza 
interna (vulcanismo e dobramentos modernos de placas tectônicas) e externa 
(temperatura, vento, chuva e biológicos) ao planeta Terra, formando os ambientes 
terrestres designados a seguir (GATTO et al., 2002). 
A seguir, segundo os escritos de Gatto et al. (2002), podem ser descritos os 
seguintes acidentes geográficos:
• Planalto: áreas elevadas com a presença marcante de processos erosivos e 
sedimentação, com topos um tanto aplainados e bordas bem pronunciadas.
• Planícies: locais aplanados com baixa altitude formados por processos 
de sedimentação.
• Montanhas: formas elevadas de relevo com altitude destacada.
• Depressões: regiões em que processos erosivos são proeminentes e que estão 
ao lado dos planaltos.
• Escarpa: área com acentuada declividade.
• Cuesta: forma de relevo com uma escapa com declive menos acentuado e outra 
com um declive bem acentuado.
• Chapada: planalto com topo aplainado e encostas escarpadas.
• Morro: pequena elevação de uma localidade em relação a outra.
• Serra: conjunto de formações de relevo que apresenta altitude elevada e 
diversas das formações anteriormente apresentas.
• Inselberg: saliência abrupta formada em uma área com a presença de um material 
que não foi erodido pelos fatores que influenciaram a região que o circunda.
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
29
Maiores informações sobre os tipos de relevo encontrados no país podem ser 
vistas no material didático denominado de Relevo Brasileiro (UFRN). Disponível no link: 
http://docente.ifrn.edu.br/jordanacosta/disciplinas/geografia-2-2.8401.2m/relevo-brasileiro.
DICAS
Você já observou algum mapa de relevo de uma determinada localidade? 
Observe a figura a seguir que trata sobre o relevo na cidade do Rio de Janeiro 
(RJ), analisando como a cidade se organiza em torno da perspectiva de relevo 
apresentada na localidade.
FIGURA 20 – RELEVO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
FONTE: <https://3.bp.blogspot.com/-J1-jpVxi3nE/TatEEuH7-II/AAAAAAAAEMI/t-nEjQxGhPA/
s1600/mapa_rio.jpg>. Acesso em: 24. jun. 2020.
Por meio dessa figura percebe-se que a cidade se expandiu a partir dos 
locais onde o relevo era menos acidentado. Porém, como sabemos, existem 
aglomerados urbanos nessa cidade que foram construídos nas encostas dos 
morros, próximo aos bairros descritos na Figura 20. Porém, ainda existem áreas 
de declive com maior inclinação e/ou com uma grande quantidade de áreas 
verdes, ponderando significativamente a paisagem da região (SAUER, 1998).
30
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
Outrossim, muito importante de ser visto e trabalhado, é a formação 
do relevo litorâneo, com as seguintes unidades de relevo (GATTO et al., 2002b; 
SAUER, 1998):
• Plataforma continental: porção submersa pelo mar com pouca diferença ao 
nível do mar.
• Praia: localidade onde a linha da correte marítima faz sua divisão entre áreas 
submersas e não submersas.
• Restingas: faixa de material sedimentar depositado através dos períodos 
de tempo que servem de uma barreia para delimitar recursos hídricos do 
continente e seu encontro com o mar em uma determina área geográfica.
• Falésias: paredões que são formados pela decomposição de rochas por 
agentes marítimos.
• Barra: local de saída de um curso de água do continente para o mar em que 
existe um acúmulo de detritos.
• Baía: acidente geográfico causado pela entrada do mar dentro do continente, 
protegido por uma restinga.
• Península: formação de relevo que avança sobre o mar.
• Enseada: praia com forma de arco.
• Recife: formação próxima a praia de natureza diversa que diminui a força 
das ondas.
• Fiordes: locais escavados por geleirasem um local próximo ao litoral.
Verifique, na figura a seguir, uma melhor ilustração das formas de relevo 
apresentadas neste tópico.
FIGURA 21 – PRINCIPAIS FORMAS DE RELEVO
FONTE: <https://1.bp.blogspot.com/-wfcpoNS55a0/VGIWhk2_hhI/AAAAAAAABGs/cO5OO7fr3tI/
s640/Tipos-de-Relevos.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
31
O ambiente rural, em sua gênese, como descrito no começo deste tópico, 
é tido como um local bucólico, com uma presença marcante da natureza e com 
opções de trabalho, moradia e lazer mais singelas. Sobre o conceito de ambiente 
rural de ser afirmado que existe um equívoco muito acentuado, pois as áreas 
rurais não necessariamente são tomadas por tais características, mas tendem a tê-
las com maior ênfase. Assim, de maneira geral, pode-se descrever as áreas verdes 
inseridas no contexto de áreas rurais de acordo com os seguintes conceitos e 
premissas, a grosso modo, referentes aos imóveis (SAUER, 1998): 
• Fazenda: localidade de grande produção agropecuária ou agroindustrial, com 
muitas funções sociais e grande extensão territorial.
• Sítio: localidade produtiva de menor tamanho que a fazenda.
• Chácara: localidade que também pode ser produtiva, mas apresenta um caráter 
mais voltado ao lazer.
• Plantações: locais onde são cultivados vegetais para o consumo humano 
ou animal.
• Criações animais: estabelecimentos ou unidades de criação animal.
• Condomínios: locais de moradia, que podem apresentar um conforto social e 
aglomeração urbanizada de maneira mais efetiva.
• Áreas de proteção ambiental: local onde são preservados os recursos naturais, 
de acordo com a legislação vigente.
Observe as figuras a seguir para compreender melhor os elementos que 
compõem a paisagem rural. 
FIGURA 22 – SISTEMA PRODUTIVO AGROPECUÁRIO E INDUSTRIAL NO CAMPO
FONTE: <http://www.correiogoianotv.com.br/redim/400x1000/0/arquivos/capas/tbarti-
gos/4880a63703f93c9ed62ae8e39bf21ff6.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
32
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
FIGURA 23 – AMBIENTE RURAL REFERENTE A UMA ÁREA COM OPÇÕES DE LAZER
FONTE: <http://lecanton.com.br/fazenda-suica-conheca-o-incrivel-hotel-fazenda-do-le-canton>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
Maiores informações sobre a paisagem rural brasileira podem ser vistas no 
material didático denominado de Temáticas Rurais (UFRGS), disponível no link: http://www.
ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad004.pdf.
DICAS
O ambiente urbano, como fora descrito no início deste tópico, tende a 
ser mais populoso, aglomerado, com dispositivos de moradia, trabalho e lazer 
mais apurados e modernizados. Sua disposição espacial deve ter como base o 
entendimento geral que as populações envolvidas em tais regiões geográficas são 
dependentes de localidades com funcionabilidades diversas e que sua disposição 
deve ser planejada para estes fins.
Além disso, as áreas urbanas que são pensadas para terem a função de áreas 
verdes são um contraponto ao conjunto arquitetônico do cinza promovido pelo 
concreto, que é a base da construção das grandes e modernas cidades. Perfazendo 
muitas vezes uma realidade que não tem utópica, tendo em vista que as áreas verdes 
produzem uma satisfação e calmaria aos seus frequentadores (SAUER, 1998). 
Tais processos de urbanização sustentável com áreas geográficas 
recortadas pela presença do verde e conceitos de paisagismo serão esclarecidos 
no tópico Arborização em espaços urbanos inserido nesta mesma unidade.
Vislumbre essas duas imagens e pense como podem ser pensadas e 
construídas áreas de trabalho, moradia e lazer em áreas rurais tendo em vista a 
perspectiva da presença paisagistica de maneira marcante e sustentável. 
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
33
Interligando as informações descritas neste tópico, pode-se afirmar que 
a paisagem composta pelo relevo e solo são encontrados em áreas urbanas e 
rurais sem distinção alguma. Podendo também serem modificadas pela ação 
do homem para que sejam melhor utilizadas e que essa utilização possa gerar 
conforto ao público que faz contato com tal área. É essencial o entendimento 
que a sustentabilidade deve ser um importante ponto a ser trabalhado e visto 
em qualquer projeto humano, não sendo diferente com o paisagismo para áreas 
urbanas e rurais. Pois somente assim poderão ser pensadas ações de trabalho que 
gerem conforto na atualidade, além de permitir a futuras gerações o acesso aos 
recursos naturais existentes no planeta. Pense nisso!
Maiores informações sobre a paisagem rural e urbana brasileira podem ser vistas 
no material didático denominado de Paisagens do Brasil (IBGE), disponível no link: https://
biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/paisagensdobrasil.pdf.
DICAS
Áreas verdes, naturalmete, são dependentes do clima que é predominante 
na região perfazendo que haja sucessões ecológicas entre as populações vegetais 
com a inserção de espécies que são adaptadas a esse clima e que, por conta disso, as 
espécies vegetais encontradas em algumas regiões são únicas e não são encontradas 
em qualquer outro lugar (SAUER, 1998).
 
Sendo assim, pode-se afirmar que o clima é um dos fatores que mais 
importa para a segregação da cobertura vegetal natural, pois uma planta que pode 
ser encontrada na área geográfica da linha do Equador pode ser naturalmente 
encontrada próximo ao Polo Sul. E, ainda, faz-se necessário esclarecer que o 
relevo e o solo são fatores que são facilmente encontrados em simultâneo em 
várias localidades, por exemplo, uma montanha pode ser encontrada próximo 
a zona costeira, a áreas tropicais e na Antártida com constituições de solo que 
podem ser semelhantes (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002).
Portanto, adentremos agora no conjunto de informações que são 
relacionadas com clima no mundo. 
34
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
Segundo o IBGE (2002), temos:
Tempo: fatos meteorológicos que ocorrem em determinado momento. Exemplos: chuvas, 
raios, ventanias, céu aberto, entre outros.
Clima: estados de tempo que se repetem com o passar das épocas, formando climas frios 
e quentes por exemplo.
NOTA
Veja, a seguir, alguns conceitos importantes para a climatologia.
Então, os acontecimentos estudados pela Meteorologia devem ser levados 
em consideração para a construção de projetos de paisagismo, pois os problemas 
com a adaptação, cultivo e arranjo de projetos em paisagismo. Assim, veja a 
seguir os principais acontecimentos meteorológicos que são relacionados ao 
tempo (INMET, 2019):
• Chuva: precipitação atmosférica (queda) da água condensada.
• Calor: energia transferida na forma de alta temperatura.
• Céu claro: estado em que o céu está sem nuvens.
• Evaporação: perda da água do estado líquido para o vapor por meio de um 
aporte de calor.
• Frente: deslocamento de massas de ar, que pode ser quente ou fria.
• Frio: ausência de calor.
• Geada: condensação do orvalho na superfície do planeta.
• Granizo: precipitação tipo a chuva com a formação de cristais de gelo de 
tamanho variado que precipitam na superfície terrestre.
• Latitude: distância em graus dos polos.
• Longitude: distância em graus do meridiano principal terrestre.
• Neve: precipitação cristais em forma de flocos, ocorrente em ambientes frios.
• Névoa: pequenas gotas de água em suspensão na atmosfera.
• Nublado: presença de nuvens, antônimo de céu claro.
• Orvalho: condensação de água na superfície do solo.
• Raio: descarga elétrica na atmosfera.
• Vento: ar em deslocamento.
• Temperatura: quantidade de calor no ar.
• Umidade: quantidade de água disponível no ar atmosférico.
Projetos de paisagismo devem ser pensados de acordo com o clima de 
cada localidade, pois temos espécies que se adaptam melhor a lugares quentes, 
úmidos ou secos, também a lugares frios, algumas não podem tocar rajadas de 
vento, não toleram geadas ou granizo. Maiores informações sobre tais processos 
serão elucidados a seguir e na unidade que trata sobre os vegetais.
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL35
Para melhor fixar tais conceitos e outros relacionados aos acontecimentos 
meteorológicos, relacionados ao tempo, visualize o glossário do INMET (Instituto 
Nacional de Meteorologia), no link: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=home/
page&page=glossario.
DICAS
Logo, o clima é um fator importantíssimo para a tipificação da vegetação 
natural ou manejada pelo homem e o entendimento de como essa pode ser 
compreendida e arrumada para promover a construção de uma paisagem 
(GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002).
A seguir, conheceremos um pouco mais sobre clima e sua importância 
para a formação vegetal, para isso, primeiro observe a figura a seguir.
FIGURA 24 – RELEVO E LATITUDE INFLUENCIANDO A VEGETAÇÃO
FONTE: <http://www.coladaweb.com/files/biomas-terrestres.jpg>. Acesso em: 24 jun. 2020.
Perceba que, ao passo em que a altitude aumenta, a vegetação muda 
de fisionomia e isso também ocorre em direção ao Polo, perceba a gradação da 
vegetação, as formas gerais que as espécies vegetais apresentam e reflita sobre 
como o paisagismo pode ser trabalhado usando espécies que são adaptadas a 
região a qual um dado projeto esteja sendo pensado. Imagine que muitas são 
as possibilidades de montagem de projetos de arquitetura que sejam coerentes 
com a região a qual estão sendo dirigidos, levando em consideração a tipificação 
da paisagem, o clima e os vegetais escolhidos para tal função (GATTO; PAIVA; 
GONÇALVES, 2002). 
36
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
Muitas vezes pode ser percebido que existe uma tendência a repetição de 
modelos de trabalho utilizados em uma dada região, estabelecendo que seriam 
mais refinados e conceituais, tudo tem seu valor no mundo, inclusive uma erva, 
uma árvore, um arbusto que é natural da região que você mora. Reflita sobre as 
possibilidades sociais, aromas, cores, sabores e texturas que circulam a sua região 
de moradia e que são produzidos pelos vegetais, comece a identificar elementos 
que melhor poderiam se encaixar com projetos revolucionários e sustentáveis. 
Este livro servirá como uma base de apoio para a mudança de concepções 
e de visão sobre as tipificações da vegetação, para que sua criatividade seja 
aguçada. Juntos, embarcaremos nessa aventura cheia de conhecimentos (GATTO 
et al., 2002b).
 
Uma maneira importantíssima de conhecer a tipificação da vegetação 
é juntar os acontecimentos meteorológicos em um dado período de tempo, 
caracterizando assim o clima de uma dada região. Para tal, são realizados testes 
diversos, em um período de pelo menos trinta anos, sem interrupções, visando o 
entendimento de fatores como: temperatura, regime de chuvas e umidade do ar, 
entre outros. Esclarecendo assim como poderá ser caracterizado o clima de uma 
região. Para o mundo inteiro, tratando de uma escala maximizada existem climas 
diversos (GATTO et al., 2002).
FIGURA 25 – CLIMAS PELO MUNDO
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_LvbGAizH9cE/RwPLTyJ4VnI/AAAAAAAAAFc/h4K-qIzgWMk/
s400/climas+do+mundo.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2020.
O clima pelo mundo pode ser pensado da seguinte maneira: quanto 
mais próximo aos polos e quanto mais alta a altitude as paisagens se parecem, 
também próximo ao Equador e em altitudes baixas. Isso demonstra que a latitude 
e a altitude são fatores muito importantes para a tipificação climática e, por 
conseguinte, para a vegetação. 
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
37
Como principais climas pelo mundo temos (GATTO et al., 2002):
• Quentes: locais com altas temperaturas médias anuais, acima de 20 °C.
• Frios: locais com temperaturas médias anuais abaixo de 10 °C.
• Temperados: locais com médias entre 10 e 20 ºC.
• De altitude: variantes em suas características, com predominância de serem 
mais frios que regiões de entorno por conta da altitude.
Dentro de cada clima desses existem gradações em função da unidade 
do ar e da precipitação anuais ocorrentes nessas regiões, assim, temos (GATTO 
et al., 2002):
• Úmidos: com altas pluviosidade e umidade anuais, estes, por sua vez, 
podem ser Equatorial (perto da Linha do Equador), tropicais (mais afastados 
do Equador), marítimo (próximo ao mar), subtropical ou mediterrâneo 
(dependente da latitude).
• Desérticos: com baixas pluviosidade e umidade anuais, que, por sua vez, são 
frios ou quentes, dependendo da latitude ou altitude que ocorrem.
Acadêmico, sobre os climas presentes no Brasil, o que você sabe? Em 
correspondência ao que foi esclarecido para os climas presentes no mundo, 
com as nomenclaturas regidas por convenções internacionais, pode ser 
elencada com estas características, segundo o IBGE (2002), vide as informações 
e a figura a seguir. 
• Equatorial: altas temperatura, umidade e precipitação com posição geográfica 
próxima ao Equador.
• Tropical: condições menos atenuadas que as equatoriais, podendo ser ligado 
aos fatores de proximidade ao litoral e latitude.
• Semiárido: local encontrado no interior da região Nordeste e Norte do estado 
de Minas Gerais, com incidência de períodos acentuados períodos de falta de 
chuvas e temperaturas altas.
• Subtropical: locais com temperaturas mais amenas, situados abaixo do Trópico 
de Capricórnio.
38
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
FIGURA 26 – CLIMAS DO BRASIL
FONTE: <http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/5/normal_1110brasilclimas.jpg>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
Intimamente ligado ao clima está a disseminação da vegetação em sua 
forma natural. Assim, temos como fisionomias pelo mundo as seguintes formações 
vegetais (GATTO et al., 2002): 
• Florestas: locais com a presença de grandes árvores, diversidade de espécies, 
conformidades morfológicas que mudam de acordo com a latitude.
• Mediterrânea: locais com uma vegetação mais diversa e adaptada a sua 
sazonalidade climática, com formações vegetais abertas.
• Estepes: áreas com ocorrência de plantas adaptadas à escassez de água.
• Deserto: áreas com pouca vegetação em virtude do clima inóspito.
• Pradarias: locais com campos abertos e poucas árvores.
• Tundra: vegetação com uma conformidade reduzida em seu tamanho, adaptada 
ao clima frio.
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
39
FIGURA 27 – FORMAÇÕES VEGETAIS NO MUNDO
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_DVEIWAjF544/TDkerznMHZI/AAAAAAAAAIg/PLSJtKEaDV4/
s400/mdmave.gif>. Acesso em: 22 jun. 2020.
Para melhor fixar tais conceitos e outros relacionados ao clima no mundo e 
Brasil), visualize o documento didático Climatologia Aplicada, no link: http://www.uepb.
edu.br/download/ebooks/Climatologia-Aplicada-aCC80-Geografia.pdf.
DICAS
No Brasil, a conformidade da vegetação pode ser referida como (IBGE, 2002): 
• Bioma Amazônico: vegetação densa, com árvores de grande porta, situado 
próximo à linha do Equador, com uma lata diversidade.
• Bioma Atlântico: vegetação semelhante ao amazônico com espécies de menor 
tamanho, em geral, e que fica próximo à vertente do litoral.
• Bioma Cerrado: ocupa a parte central do Brasil e é constituído como uma 
savana com espécies arbóreas que se segregam com um maior espaço entre si, 
presença marcante de gramíneas.
40
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
• Bioma Caatinga: vegetação com resistência a seca, presença marcante de cactáceas.
• Bioma Pantanal: uma miscelânea de espécies encontradas em outras localidades 
com a presença marcante de adaptações às inundações periódicas ocorrentes 
na região.
• Bioma Pampa: são campos abertos, presentes em locais mais ao sul do país.
Veja, a seguir, o mapa com a delimitação dos grandes domínios 
morfológicos da vegetação encontrada no país, na natureza. 
FIGURA 28 – BIOMAS BRASILEIROS
FONTE: <https://static.todamateria.com.br/upload/bi/om/biomasbrasileiros-cke.jpg>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
Observe a figura a seguir e, de acordo com seus conceitos, vislumbre 
a paisagem de cada localidade do Brasil por meio das imagens. Lembrando a 
necessidade de entendimento da dinâmica e tipificação da paisagem em função 
das localidades brasileiras em destaque. Veja como a sua memória pode ser 
aguçada e sua criatividade aflorada ao passo que você visualiza a figura. Pense 
que essas formações vegetais podem muito nos ensinar um designe arrojado, 
sustentável e que pode ser útil para a formação de belos projetos de paisagismo. 
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
41
FIGURA 29 – BIOMAS BRASILEIROS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-mhIuWfOePfw/UP6b1pL9-CI/AAAAAAAAAC4/qQ21xu-
ZxuKw/s320/form+veg.png>. Acesso em: 22 jun. 2020.
Assim temos, na figura anterior – iniciando do lado de cima esquerdo 
e terminando no lado de baixo direito – os biomas: amazônica, atlântico (mata 
de araucárias), pampa, cerrado, cerrado (mata dos cocais), caatinga, atlântico 
(formação de manguezais), pantanal e atlântico (mata litorânea) (GATTO; PAIVA; 
GONÇALVES, 2002). 
Outrossim, muito importante, está relacionado com a ação humana em 
uma localidade em virtude da diversidade de espécies vegetais, pois o homem 
pode modificar a paisagem inserindo, assim, espécies vegetais ao sabor das suas 
necessidades de trabalho e ação. Assim temos prontamente os conceitos a seguir 
em relação à vegetação (GATTO; PAIVA; GONÇALVES, 2002; GATTO et al., 2002):
• Antrópica: com modificação pelo homem.
• Natural: sem a modificação humana.
• Nativa: vegetais presentes naturalmente em uma determinada região.
• Exóticos: vegetais que são trazidos pelos homens e não são nativos a uma 
dada região.
Veja, a seguir, as localidades em que a paisagem foi mudada pelo homem, 
promovendo uma tipificação diferenciada da paisagem a partir da inserção de 
espécies vegetais.
42
UNIDADE 1 — CONCEITUAÇÃO PAISAGÍSTICA
FIGURA 30 – PLANTIO DE MILHO
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/38/4b/39/384b39d1c4af81e394b2a91ad358d37a.jpg>. 
Acesso em: 25. jun. 2020.
FIGURA 31 – JARDIM INTERNO
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/15/12/27/15122731e5a8f7ffbeb80f774e045239.jpg>. 
Acesso em: 22 jun. 2020.
Ambas as paisagens são áreas inseridas no bioma atlântico, com a intenção 
de trabalho humano de formar áreas para seu proveito, modificando, assim, a 
paisagem, em prol da produção agrícola de milho (Figura 30) e do embelezamento 
de uma propriedade (Figura 31). Exemplos estes que podem servir de base para 
afirmar quanto o homem pode modificar uma mesma região com o uso de ações 
de trabalho diferenciadas, usando vegetais para tal mudança, perfazendo, assim, 
uma considerável e notória modificação da paisagem.
TÓPICO 2 — ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO E RURAL
43
Caro acadêmico, você consegue agora perceber que não poderíamos apenas 
falar de tipos de vegetais sem esclarecer os motivos pelos quais a vegetação muda com a 
região a qual é referida? Pois bem, qual a sua lembrança de uma paisagem que está inserida 
próximo a uma praia ou a uma alta montanha?
IMPORTANT
E
Comece a pensar que algumas espécies se repetem e outras não, assim, 
essas diversidades podem ser trabalhadas de maneira em que os inúmeros projetos, 
que você poderá produzir, assumam um arrojado design que seja harmônico com 
o ambiente. Respeitando todos os componentes e parcelas ambientais, sociais, 
econômicas e históricas de uma localidade em prol da produção de um projeto 
harmonioso em todas as suas vertentes. Veja a importância de construir uma base 
de conhecimentos sobre a temática apresentada neste segmento! 
44
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O relevo e o clima são importantes para a construção de uma ambientes paisagísticos. 
• Os climas são a mais importante porção a ser vista para a concepção de um 
produto paisagístico.
• A vegetação acompanha a modificação do clima.
• O Binômio clima e vegetação deve ser referenciado antes do processo produtivo 
de qualquer projeto de paisagismo.
• No Brasil existem diversos climas e vegetações.
• Particularidades que cercam os principais: climas, vegetação e biomas do país 
e do mundo.
• A consultoria e projetos em paisagismo deve ser inerente as possibilidades 
climatológicas da região a ser trabalhada.
45
1 Procure em livros, jornais e outros veículos de comunicação informações 
sobre o clima e a vegetação da localidade onde moras. Compare com o 
clima e vegetação da cidade como São Paulo (SP) (vide as informações 
descritas neste tópico).
2 Leia o texto a seguir:
Planejar a arborização é indispensável para o desenvolvimento urbano, para não 
trazer prejuízos para o meio ambiente. Considerando que a arborização é fator 
determinante da salubridade ambiental, por ter influência direta sobre o bem estar do 
homem, em virtude dos múltiplos benefícios que proporciona ao meio, em que além 
de contribuir à estabilização climática, embeleza pelo variado colorido que exibe, 
fornece abrigo e alimento à fauna e proporciona sombra e lazer nas praças, parques 
e jardins, ruas e avenidas de nossas cidades. É essencial o uso correto das plantas 
em arborização, uma vez que o uso indevido de espécimes poderá acarretar uma 
série de prejuízos tanto para o usuário e Empresas prestadora de serviços de rede 
elétrica, telefonia e esgotos. A arborização urbana vem merecendo uma atenção cada 
vez maior em função dos benefícios e até mesmo dos problemas que se apresentam 
em função da presença da árvore no contexto da cidade. O Desenho Urbano, ao 
estruturar a cidade e suas parcelas, maneja os componentes da paisagem construída 
e entre eles o elemento vegetal.
FONTE: Adaptado de <http://joaootavio.com.br/bioterra/workspace/uploads/artigos/
arborizaurbana-515646a391755.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2020.
Na sua concepção, com suas ideias pessoais, quais as contribuições que você 
poderia dar em prol da composição urbanística para o reflorestamento de 
áreas da sua cidade, em virtude dos componentes ambientais descritos no 
trecho apresentado anteriormente?
AUTOATIVIDADE
A seguir, estudaremos as áreas de espaços urbanizados, com a presença de 
paisagens modificadas pelo homem, sugerimos que você, antes de prosseguir, revise todo 
o conteúdo que demonstramos a fim de conceituar a ação paisagística e firmar melhor 
os conceitos em prol de uma construção holística e funcional dos conhecidos até então 
absorvidos por você.
ESTUDOS FU
TUROS
46
47
TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
ARBORIZAÇÃO EM ESPAÇOS 
URBANOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, aprenderemos sobre a produção de ambientes com 
arborização, para tal empreitada serão descritos os principais pontos e ações de 
trabalho necessários para essa condição de paisagismo, substancial à elaboração 
de projetos de paisagismo e arquitetura fundamentados na perspectiva da 
sustentabilidade e da funcionabilidade.
Seja proativo em averiguar as informações descritas neste livro, assim 
como as leituras indicadas. Seu crescimento e diferenciação profissional é fruto de 
um emprenho conjunto, entre nós e você, tenha sempre isso em mente. Logo, seja 
curioso, experimentador e coerente em sua vida acadêmica, a fim de melhorar 
esses processos de aprendizagem. Confiamos em você, caro acadêmico, nesse 
caminho rumo ao conhecimento. 
A arborização urbana é uma das principais funções e necessidades 
paisagísticas em relação aos centros urbanos, seus serviços vão além de sombra 
e beleza, muitas outras funções podem ser exploradas a partir dessa iniciativa de 
trabalho e de ação.
Compreender melhor este ponto de trabalho é basilar para crescer 
profissionalmente e ser um paisagista com renome e com projetos verdadeiramente 
funcionais, aposte nesse segmento apresentado neste tópico como um diferencial 
para sua carreira. A seguir, serão exemplificados e explicados os pontos e tarefas 
necessários para essa produção.
2 PAISAGISMO URBANO
A mais expressiva ação de paisagismo e que é uma base conceitual 
importante para os estudantes e trabalhadores do paisagismo são as ações de 
projeto, formação, implementação, manutenção e uso de espaços urbanos. Assim, 
faz-se necessário esclarecer esse importante segmento da área do paisagismo 
antes de passar para a frente, realizando, assim, a demonstração e explicação

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