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DERMATITES FÚNGICAS

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DERMATOPATIAS FÚNGICAS
Dermatofitose
INTRODUÇÃO
· Sinonímias: tinha, pelada ou peladura (nomes populares)
· Gênero: Mycrosporum sp e Tricophyton sp
· Principal agente: Microsporum canis 
· É um sinal de imunossupressão do animal 
Doença causada por um grupo de fungos que vivem de queratina, ou seja, tecidos queratinizados ou semi-queratinizados, como pelos, unhas e garras
TRANSMISSÃO
· Contato direto ou por fômites e ambiente contaminados com esporos
· Zoonose
PREDISPOSIÇÃO
· Gatos: persas
· Cães: Yorkshire
· Idosos e filhotes (imunossuprimidos)
ANAMNESE
· 25% dos felinos são portadores do M. canis
· Prurido moderado em 50% dos cães e 10% dos gatos (resposta inflamatória)
· Animais recém-adquiridos -> até 3 semanas (incubação) -> lesão 
· Vacina pode imunossuprimir animal
· Lesões são anulares (“ringworm”), eritema, alopecia, crostas e escamas
ASPECTO LESIONAL: GATOS
· Lesão alopécica de conformação circular associada ao eritema, escamas e crostas 
· Lesões alopécicas de conformação irregular geográfica
ASPECTO LESIONAL: HUMANO
· NÃO TRATAR! Orientar para tutor procurar um médico.
DIAGNÓSTICO
· Identificação, anamnese, exame físico (lesões)
· Exame direto: presença de esporos
· Histopatológicos: lesões nodulares
· Cultivo micológico do pelame: método de eleição
· Pelame: avulsão manual na borda da região com alopecia (com lesão)
· Método do carpete: para avaliar gatos e Yorkshire assintomáticos
· Ágar Saboureaud–dextrose (Mycosel) a 25ºC por no mínimo 3 semanas
· Lâmpada de Wood: positiva em 50% casos M. canis (falsos-positivos e negativos)
· A lâmpada deve ser ligada 5 minutos antes do exame
· Realizar em sala escura
· Triptofano
· Falsos positivos: halogenados (iodo brilha com a lâmpada)
Realizar função hepática antes e depois do tratamento pois antifúngicos podem ser tóxicos
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Demodiciose para lesões em cabeça e patas
· Reação vacinal 
· Foliculite bacteriana
· Seborreia
· DAAP
· Verificar se animal tem contato com humano imunossuprimido, pois pode ser transmitido
TRATAMENTO
Desinfecção do ambiente:
· Esporos até 18 meses no ambiente) com hipoclorito de sódio 1:10 ou amônia quaternária 0,3% (ex: cloreto de benzalcônio = Hysteril® ou Herbalvet®) 
Tópico: 
· 2x/dia, até 2 semanas após cura lesões 
· Soluções iodadas (PVP Iodo, fórmula de Straunard) 
· Banhos (2 a 3 x/sem): enxofre, sulfeto de selênio (Selsum®), cetoconazol (Nizoral®) ou miconazol 2% (Cloresten®) 
· Sprays/loções/cremes antifúngicos imidazólicos: miconazol, cetoconazol, etc...(Daktarin®, Vodol®, Canesten®, Nizoral®, Micolytic spray® ...)
Sistêmico (oral):
· Itraconazol 5 a 10 mg/kg/SID (Itranax®, ITL®) - hepatotóxico 
· Griseofulvina 50 mg/kg/SID (Fulcin®, Sporostatin®, Dufulvin®) - lipossolúvel / teratogênica/ mielotóxica em gatos se usar > 6 sem
· Terbinafina 10 a 20 mg/kg SID (Lamisil®) – hepatotóxico
· Cetoconazol 5 a 10 mg/kg/SID – hepatotóxico
*Até a negativação do cultivo micológico
Vacina (inativada):
· Biocanis M: 3 doses a partir de 3 meses de idade (dias 0, 14 e 38) e reforço anual 
· Coadjuvante
MALASSEZIOSE OTOTEGUMENTAR
INTRODUÇÃO
· Malassezia pachydermatis
· Fungo comensal, está normalmente na pele de inúmeras espécies
· É uma levedura lipofílica
· Não é zoonose
· Predisposição hereditária
· Geralmente são secundárias a uma umidade ou dermatite inflamatória crônica (atopia, seborréia)
· Malasseiziose – quantidade em excesso de Malassezia
· Acomete meatos acústicos hirsutos (com pelos) ou pavilhões auriculares pendentes (orelhas caídas)
· Pode ocorrer infecções mistas
PREDISPOSIÇÃO
Raças predispostas:
· Cocker Spaniel 
· Pastor Alemão 
· Poodle 
Malasseziose primária: West highland white terrier 
Causas de base: 
· Doenças alérgicas
· Disqueratinizações 
· Endocrinopatias (hipotireoidismo)
· Ectoparasitas
ASPECTO LESIONAL
· Prurido intenso: animais com atopia
· Não cedem à corticoideterapia
· Pele untuosa de odor rançoso
· Lesões escamatocrostosas, discrômicas, lesões irisadas ou em “alvo”
· Alopecia, eritema, hiperqueratose, hiperpigmentação e lignificação 
MALASSEZIOSE ÓTICA
· Atópicos
· Otite: meneios cefálicos, otorreia, odor cético
· Cerúmen castanho escuro 
· Prurido intenso 
· Hiperplasia e até estenose do ramo vertical (pode levar a ablação de conduto)
DIAGNÓSTICO
· Citologia: exame quantitativo
· > de 3 levedura/campo (avaliar mais de 10 campos)
· Utiliza cotonete, lâmina de vidro e corante (diff-quick ou panótipo rápido)
· Formato de pegadas em microscópio
· Método de colheita: fita adesiva (se pele untuosa), raspado (lesões secas) ou swab (pododermatite)
· Ótica: otoscopoa e citologia (>10 leveduras/campo)
DIAGNÓSTICO DIFERNCIAL
· Enfermidades agrupadas na sigla MALECN 
· M: Micobacteriose 
· A: Algose 
· L: Leishmaniose 
· E: Esporotricose 
· C: Criptococose 
· N: Neoplasia ou nocardiose
TRATAMENTO
Tópico:
· Banhos cada 7 dias com antifúngico
· Sulfeto de selênio (Selsum azul®) 
· Cetoconazol / miconazol a 2% (Cloresten®) 
· Clorexidina 2% (Clorexiderm®, Hexadene®)
Ótica:
· Higienização do meato –cerimunolíticos – ex. Cerumin® , Epiotic ® 
· Lavagem ótica 
· Tópico: Nistatina, Clotrimazol e Tiabendazol – SID/21 dias
Sistêmico (se necessário):
· Itraconazol SID V.O. / 30 dias
Obs.: limpeza do conduto de 3 a 5 dias com ceruminolítico antes de entrar com princípio ativo pois o cerúmen e até mesmo o ceruminulítico inativam o princípio ativo.
ESPOROTRICOSE
INTRODUÇÃO 
· É de notificação obrigatória no munícipio de SP 
· Zoonose e ergodermatose
DIAGNÓSTICO
· Biópsia de pele
· Cultivo micológico
· Citologia exsudato nasal
TRATAMENTO
Antifúngicos imidazólicos (itraconazol):
· Cão: 10 mg/kg/VO/SID – 6 a 18 meses 
· Gato: 10 a 20 mg/kg/VO/SID OU 50mg/gato/VO/SID – 6 a 18 meses
· Monitorar perfil hepático
CRIPTOCOCOSE
CARACTERÍSTICAS
· Criptococcus neoformans
· Transmissão: inalação dos esporos das fezes de aves
· Zoonose (imunossuprimidos) 
· Sinais clínicos: febre baixa, apatia, hiporexia 
· Lesões em trato respiratório superior (“nariz de palhaço”), pulmão e SNC 
· 40% lesões cutâneas
· Associada às doenças imunossupressoras, como FIV e FeLV 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Formações sólidas (pápula, nódulo, goma), erosão, ulceração, fístulas e crostas
· Linfoadenomegalia, manifestações neurológicas o oftálmicas 
· Respiratório: esternutação, corrimento nasal, oclusão naricular, dispneia
Medidas de controle populacional de pombos e outras aves devem ser implementadas para ajudar na precenção da doença.
DIAGNÓSTICO
· Biópsia de pele
· Cultivo micológico
· Citologia exsudato nasal
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Enfermidades agrupadas na sigla LECMN
· L: Leishmaniose 
· E: Esporotricose 
· C: Criptococose 
· M: Micobacteriose 
· N: Neoplasia
TRATAMENTO
Antifúngicos imidazólicos (itraconazol):
· Cão: 10 mg/kg/VO/SID – 6 a 18 meses 
· Gato: 10 a 20 mg/kg/VO/SID OU 50mg/gato/VO/SID – 6 a 18 meses
· Monitorar perfil hepático
RESUMO
Superficiais:
· Dermatofitose: não coça, zoonose, exame carpete, Luz de Wood
· Malasseziose: coça, pele e meatos acústicos, citologia (>3 e >10)
Subcutâneas: esporotricose: unha de gato, zoonose
Profundas: criptococose: fezes de aves

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