SEMIOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA - YARLLA CRUZ

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Semiologia da insuficiência hepática 
• Síndrome clínica que se caracteriza por 
uma série de sinais e sintomas 
característicos de falência hepática 
 
Etiologias 
• Causas – etilismo, obesidade (esteatose 
hepática), medicamentos 
 • Está associada com a doença hepática 
crônica (cirrose) 
• Agudas – medicamentosa, hepatite A 
(benigna e autolimitada) 
 • Infecção pelo vírus da hepatite A e 
hepatite medicamentosa são as principais 
causas de insuficiencia hepática aguda 
• Crônica – álcool, vírus da hepatite C, 
esteatose hepática não alcoólica 
 
Fisiopatologia 
• Cirrose - é o resultado patológico de 
agressões hepáticas crônicas 
 • Uma vez cirrótico, sempre cirrótico – o 
tecido não cicatriza 
 • Causa hipertensão portal – ascite e 
varizes esofágicas 
 • Insuficiência hepática 
• Funções do fígado 
 • Síntese proteica – albumina, proteínas 
plasmáticas como fatores de coagulação, 
proteínas de transporte de hormônios 
(hipogonadismo) 
 • Produção de glicose no período de 
jejum (o paciente pode cursar com 
distúrbio de hipoglicemia) 
 • Síntese de lipídios e lipoproteínas 
plasmáticas 
 • Biotransformação (metabolização) de 
inúmeras substâncias endógenas (amônia, 
hormônios esteroides, bilirrubinas) e 
exógenas (drogas e toxinas) 
 
Cirrose 
• Cirrose compensada – queda do estado 
geral, anorexia, perda de peso, astenia, 
dispepsia ou desconforto na porção 
superior do abdome (a dor é provocada 
pela distensão da cápsula fibrosa 
hepática) 
• Cirrose descompensada – icterícia 
(frênulo lingual), ascite (com ou sem 
peritonite bacteriana espontânea), 
encefalopatia hepática (excesso de 
amônio), sangramento varicoso 
(hipertensão portal), síndrome hepatorrenal 
 
Sinais clínicos 
• Icterícia, circulação colateral, 
hepatomegalia e esplenomegalia 
Eritema palmar - eritema simétrico com 
discreto aumento de temperatura que 
aparece nas eminências tenares (ou 
tenares) e hipotenares das palmas das 
mãos 
 • É causado pelo aumento da perfusão 
das mãos que possui como etiologia o 
aumento nos níveis de estrogênio e da 
relação estrogênio-testosterona 
 • RV + de 5 
 
Ginecomastia - ocorre em situações com 
aumento da atividade estrogênica 
(hipogonadismo, drogas, cirrose hepática) 
 • RV+ variando de 6-35 
 
	
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Atrofia testicular – causada pelo 
hipogonadismo 
 • Redução da secreção pulsátil do LH 
 • Conversão periférica do excesso de 
androstenediona (precursor da 
testosterona) em estradiol 
 
Asterixis (flapping) - é um sinal 
associado a doenca hepática avançada e 
a encefalopatia hepática 
 • Trata-se de um tipo de mioclônus 
negativo 
 • Solicita-se ao paciente que mantenha 
os braços estendidos com as mãos em 
dorsiflexão e os dedos afastados (como se 
estivesse empurrando uma parede) e um 
breve tremor (flap), arrítmico e de baixa 
frequência aparece 
 
Aranhas vasculares (teleangiectasias) – 
são lesões cutâneas que consistem em uma 
arteríola central e vasos saindo radialmente 
do centro como se fossem pernas de uma 
aranha 
 • Ao apertar no centro (o fluxo some e 
depois reaparece) 
 • RV+ de 4,3 
 • Equimose na pele (fragilidade de veias 
e artérias) 
 
Encefalopatia hepática - é definida como 
uma síndrome neuropsiquiátrica complexa 
caracterizada por mudanças de 
personalidade, comprometimento 
intelectual/cognitivo, alterações de 
memória e de atenção, irritabilidade, 
asterixis, alterações do ciclo sono-vigília e 
alterações do nível de consciência, 
chegando até o coma hepático 
 • Substâncias nitrogenadas afetam a 
função cerebral 
 • RV+ de 10 
 
Ascite – é o acúmulo de líquido na 
cavidade abdominal 
 • Peritonite bacteriana espontânea 
(translocação bacteriana do intestino para 
o local da ascite) 
 • O paciente com ascite apresenta 
dispneia (dificuldade de expandir a caixa 
torácica) 
Exames complementares 
• 1 - Dosagem de albumina 
• 2 - Fatores/provas de coagulação 
sanguínea – INR (até 2 é normal, acima 
disso a coagulação do sangue está 
afetada) 
• 3 – Bilirrubina 
• 4 - TGO e TGP avaliam a inflamação 
hepática, mas não são referências para o 
diagnóstico 
 • AST e ALT, fosfatase alcalina (vias 
biliares) e gama-GT (vias biliares) 
• Alfa-feto proteína – suspeita de câncer de 
fígado 
• Dosagem de hormônios esteroidais 
(hipogonadismo) 
• Classificação de Child 
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Exame de imagem 
• Ultrassonografia de abdome – textura, 
tamanho e bordos do fígado 
 • Volume do fígado diminuído – 
associado a atrofia (hepatopatia crônica – 
falência hepática), bordos serrilhados 
 • Pode evidenciar sinais indiretos de 
hipertensão portal - diâmetro da veia porta 
e esplenomegalia 
 • Presença de ascite 
• Esteatose crônica – em um estágio 
anterior a cirrose, causa insuficiência 
hepática 
• Tomografia e ressonância 
 
Tratamento 
• Depende da classificação de Child 
• Grave – transplante 
• Ascite de difícil controle (faz a 
paracentese várias vezes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Yarlla Cruz