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Direito de Propriedade Industrial: Conceito de Invenção

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
Centro de Ciências Jurídicas.
Departamento de Direito Privado. 
Professor: CARLOS ALBERTO DE BRITO: 
Disciplina: DIREITO 
EMPRESARIAL I 
PARTE. DIREITO DE PROPRIEDADE 
INDUSTRIAL
2. BENS PROTEGIDOS; INVENÇÃO E 
MODELO DE UTILIDADE
II. INVENÇÃO.
1. Conceito de Invenção. Em 
termos gerais a invenção tem por base a existência de um 
problema; dele decorre a necessidade de buscar a 
solução existindo, portanto, uma invenção em potencial. A 
lei não contempla um conceito sobre a invenção, mas é 
possível estabelecer que é:
Criação original do espírito humano; ampliação do 
domínio do homem que o exerce sobre a natureza etc. 
Ato humano de criação original, lícito, não compreendido 
no estado da técnica e suscetível de aplicação industrial.
 Resultado de uma atuação criativa do espírito 
humano, consistente em novo produto, ou um novo 
processo ou meio técnico para obtenção de produtos. 
(Código de Propriedade Industrial português).
Pasqualina. Máquina de 
calcular (Pascal 1641);
Eniac: 1º computador com 
sistema eletrônico
Face à dificuldade de delimitar o conceito de 
invenção o art. 10 da LPI prefere determinar o que 
não é invenção nem modelo de utilidade:descobertas, 
teorias científicas e métodos matemáticos; concepções 
puramente abstratas; esquemas, planos, princípios ou 
métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, 
publicitários, de sorteio e de fiscalização; as obras literárias, 
arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação 
estética; programas de computador em si; apresentação de 
informações; regras de jogo; técnicas e métodos operatórios 
ou cirúrgicos, bem como métodos terapeuticos ou de 
diagnósticos, para aplicação no corpo humano ou animal e o 
todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos 
encontrados na natureza, ou ainda dela isolados, inclusive o 
genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os 
processos biológicos naturais.
2. Requisitos:
O autor de invenção tem o direito de obter 
uma patente que garanta a propriedade de seu 
invento. Para tanto, deverá depositar o pedido no 
Instituto Nacional de Propriedade Industrial que 
investigará se os requisitos exigidos (art. 8) de 
novidade, atividade inventiva e aplicação industrial e 
licitude estão presentes.
Novidade:nova é a invenção não compreendida no 
estado da técnica (art. 11). 
Inventividade: fruto de atividade inventiva. (art. 13) É 
inventiva se para um técnico no assunto não decorra 
de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.
Industriabilidade:(art. 15) Suscetíveis de aplicação 
industrial, isto é, deve ter utilidade. 
Licitude. Estabelece o inciso I do art. 18 que não são 
patenteáveis o que for contrário à moral, aos bons 
costumes e à segurança, à ordem e a saúde públicas
O parágrafo 1º do art. 11 da LPI estabelece 
que: o estado da técnica é constituído por tudo 
aquilo tornado acessível ao público antes da data de 
depósito do pedido de patente, por descrição escrita 
ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou 
no exterior. 
Portanto, o requisito da novidade, no Direito 
brasileiro, é determinado em termos absoluto, isto é, 
fundamentado no conhecimento que se tem de algo 
que serve para atender as necessidades humanas a 
partir da divulgação. No dizer de Requião (2006:315), “o 
que não foi revelado ou usado não se integra no estado 
da técnica, constituindo, por conseguinte, novidade”
Parâmetros para se aferir, delimitar o 
estado da técnica e, por conseguinte, preencher o 
requisito da novidade são determinados a partir da: 
a data de depósito ou da prioridade reivindicada, desde 
que tenha havido a publicação do pedido (art. 11, §2º).
Ex. Um inventor divulga inteiramente sua invenção 
em 01/01/2005, vindo a depositar o respectivo pedido 
de patente brasileiro apenas em 01/05/2005. Para 
efeitos de aferição de novidade, qual a relevância 
dessa divulgação para o pedido de patente?
R. Nenhuma, pois tal divulgação não é considerada como 
estado da técnica.
Comentário. O Estado da técnica é composto por tudo 
aquilo tornado acessível ao público antes da data do 
depósito do pedido (art. 11, §1º e art. 96, § 1º) com 
algumas exceções. E o modo como o enunciado relata ter 
acontecido a divulgação (pelo próprio inventor) da criação 
está enquadrado exatamente em uma delas.
Tanto para as invenções e modelos de utilidade (art. 12, 
I), quanto para os desenhos industriais (art. 96, §3º), há 
previsão de um prazo dentro do qual a criação, ainda que 
divulgada pelo criador, não perde a novidade (não 
ingressa no estado da técnica). Trata-se de um prazo de 
12 meses para a invenção e modelo de utilidade, e 180 
dias para desenhos industriais.
No caso em tela, por força dos dispositivos supra citados, 
ao ser depositada a invenção não teria ingressado no 
estado da técnica, sendo, assim, ainda novo
A Lei 9.279/96 procurando proteger o inventor 
de atos que possam desconfigurar o requisito de 
novidade, elastece o estado da técnica com as seguintes 
exceções:
Obediência ao lapso temporal (art. 12): trata-se do 
denominado estado da graça que não considera 
estado da técnica a divulgação de invenção ou modelo 
de utilidade ocorrida nos 12 meses precedentes a data 
de depósito ou da prioridade do pedido de patente se 
promovida:
pelo inventor, nos 12 meses anteriores ao depósito do 
pedido de patente;
pelo INPI, através de publicação oficial do pedido de 
patente depositado sem o consentimento do inventor, 
baseado em informações deste obtidas ou em 
decorrência de atos por ele realizados; ou
por terceiros, com base em informações deste obtidas 
em decorrência de atos por ele realizados
Obediência ao princípio de prioridade (art. 16): 
quem faz pedido de patente em país que mantenha 
acordo com o Brasil, ou em organização internacional, 
deve reinvidicar a prioridade no ato do depósito; não o 
fazendo nesse momento, o prazo se elastece por até 
180. 
Obediência ao princípio da prioridade interna (art. 
17). O pedido de patente de invenção ou de modelo de 
utilidade depositado originalmente no Brasil, sem 
reivindicação de prioridade e não publicado, terá 
assegurado o direito de prioridade ao pedido posterior 
sobre a mesma matéria depositado no Brasil pelo mesmo 
requerente ou sucessores, dentro do prazo de 1 (hum) 
ano.
3. Vigência: 
Privilégio exclusivo pelo prazo máximo de 20 anos a partir 
da data do depósito (art. 40) 
ou mínimo de 10 anos, a contar da data de concessão, 
ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder 
ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial 
comprovada ou por motivo de força maior. (§único do art.40). 
(Revogado pela Lei nº 14.195, de 2021)
II. MODELO DE UTILIDADE
1. Conceito: 
Trata-se de objeto de uso prático, ou parte deste, 
suscetível de aplicação industrial, que apresente nova 
forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm
resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua 
fabricação (art. 9º). 
É um aperfeiçoamento da invenção. 
Pequena invenção. Recursos agregados às 
invenções, para, de um modo não evidente a um 
técnico no assunto, ampliar as possibilidades de sua 
utilização.
No Agravo de Instrumento 325.640/SP, a Ministra 
Nancy Andriighi se pronunciou: “o modelo de utilidade 
pressupõe a existência de invenção, já do domínio 
público, que vem a ser apresentado como nova forma 
ou disposição”.
 Modelos de utilidade - são representados pelas 
modificações de forma e/ou disposição de objeto de 
uso comum já existente, resultando melhoria funcional 
no uso ou fabricação. Pode ser traduzida como 
aperfeiçoamento de bem ou processo já existentes. 
Pressupõe inovação de forma, de disposição, de 
fabricação, de industrialização, de atividade inventiva. 
Na verdade, o modelo de utilidade parte de 
uma invenção, é dependente dela, um acessório. 
Nesse sentido, deverá preencher os mesmos 
requisitos daquela: novidade, engenhosidade e 
aplicação industrial (art. 8º).São exemplos de modelo 
de utilidade:
-o grampo para cabelos, onde foram colocados, em 
suas extremidades, protetores para não machucar o 
usuário;
 - o canudo, onde, em sua parte média superior, 
foram criadas dobras em forma de sanfona, que 
permitem uma curvatura em vários ângulos, 
propiciando ao usuário uma maior comodidade na 
ingestão de líquidos.
2. Requisitos: Novidade; Inventividade, 
Aplicabilidade e Licitude.
3. Características: 
Presença de engenhosidade;
Aperfeiçoamento deverá revelar a atividade inventiva 
do seu criador;
Deve representar um avanço tecnológico;
Deve ter o caráter de acessoriedade, isto é, 
dependência em relação a uma invenção.
3. Vigência: 
Privilégio exclusivo pelo prazo máximo de de 15 anos a 
partir da data do depósito (art. 40) ou 
mínimo de 7 anos, a contar da data de concessão, ressalvada 
a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao exame de 
mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por 
motivo de força maior (§único do art.40). (Revogado pela Lei 
nº 14.195, de 2021)
 1. Conceito: 
Documento representativo do 
privilégio de exploração. 
É um título de propriedade 
temporária (um monopólio) 
sobre uma invenção ou modelo de utilidade outorgado 
pelo Estado ao autor ou outras pessoas físicas ou 
jurídicas detentores de direito sobre a criação.
É título de legitimação dado ao inventor. Ele 
materializa um direito outorgado pelo Estado a uma 
pessoa, conferindo exclusividade de exploração da 
invenção ou do modelo de utilidade durante certo 
período. De posse desse documento (a carta patente), 
o inventor poderá se proteger contra explorações 
indevidas da sua criação.
2. O pedido de patente. Processo administrativo 
que tem por objetivo verificar o atendimento dos 
requisitos de patenteabilidade e obedecerá as 
condições formais estabelecidas pelo INPI (art. 19):
O pedido de patente será mantido em sigilo 
durante 18 (dezoito) meses contados da data de 
depósito ou da prioridade mais antiga quando houver, 
após o que será publicado (art.30), na Revista de 
Propriedade Industrial (RPI), publicação oficial do 
INPI. Esse prazo para publicação não vale quando se 
tratar de pedido de patente de interesse à defesa 
nacional, que tramita em caráter sigiloso e não estará 
sujeito à publicação (art. 75).
O exame do pedido de patente poderá ser 
requerido pelo inventor-depositante ou por qualquer 
pessoa interessada, 
no prazo de 36 (trinta e seis) meses contados da data 
do depósito (art.33), 
será realizado após 60 dias da publicação do pedido 
(§ único art. 31)
será finalizado com a elaboração , pelos técnicos do 
INPI, do parecer deferindo ou indeferindo o pedido.
Diferido o pedido de patente, e comprovado o 
pagamento da retribuição, será concedida e expedida a 
carta-patente. Documento que comprova a existência 
do direito industrial sobre a invenção ou o modelo de 
utilidade. (art. 38),
Indeferido, o depositante será intimado para manifestar-
se no prazo de 90 (noventa) dias (art.36). 
3. Legitimados a requer a patente (art. 6º):
autor da invenção ou do modelo de utilidade (art. 6º);
herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou 
por aquele a quem a lei ou contrato de trabalho ou de 
prestação de serviços determinar que pertença a 
titularidade (§ 2º art. 6º);
todos os inventores se o invento foi realizado em 
conjunto ou por qualquer um deles, isoladamente, 
caso sejam nomeados e qualificados os demais, para 
a ressalva dos respectivos direitos (§ 3º art. 6º).
3.1.4. Patente decorrente da invenção ou Modelo 
de Utilidade:
Hipótese A. Realizada coletivamente art.7º: 
Tendo em vista que o ato de registro da patente é 
constitutivo, se dois ou mais autores tiverem realizado a 
mesma invenção ou modelo de utilidade de forma 
independente, o direito de obter patente será assegurado 
àquele que provar o depósito mais antigo, 
independentemente das datas de invenção ou criação.
Hipótese B. Realizado por empregado ou por 
prestador de serviço:
empregador: quando decorrente de contrato de 
trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha 
por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou 
resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi 
o empregado contratado (art. 88). 
Considera-se que a invenção ocorreu na vigência do 
contrato de trabalho se a patente foi requerida pelo 
empregado até 1 (um) ano após a extinção do vínculo 
empregatício (§2º, art. 88);
empregado: quando por ele desenvolvida 
obedecendo os pressupostos: desvinculada do 
contrato de trabalho e não decorrente da utilização de 
recursos, meios, dados, materiais, instalações ou 
equipamento do empregador (art. 90);
propriedade conjunta: quando resultar da 
contribuição pessoal do empregado e de recursos, 
dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos 
do empregados, ressalvada disposição contratual em 
contrário (art. 91).
Tratando-se de propriedade coletiva é 
garantido ao empregador o direito exclusivo de licença 
de exploração e assegurado ao empregado a justa 
remuneração (2§, art. 91). Inexistindo acordo entre 
ambos, o empregador deverá iniciar a exploração do 
objeto dentro do prazo de 1 (ano), contado da data da 
concessão, sob pena de passar à exclusiva 
propriedade do empregado a titularidade da patente, 
ressalvadas as hipótese de exploração por razões 
legítimas (3§, art. 91).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm
5. O Direito de Prioridade.
Atente-se que a regra geral é que o titular da 
patente é de quem primeiro realizar o depósito da 
invenção ou do modelo de utilidade. Mas é 
excepcionada pelo direito de prioridade, isto é, o 
direito assegurado ao inventor no caso de ele 
desejar realizar demonstração ou experiência 
pública, comunicação a entidade científica ou 
exibição em exposições oficiais ou oficialmente 
reconhecidas. Esse direito assegura o caráter de 
novidade à invenção. 
Esse direito de prioridade é estabelecido para o:
pedido de patente realizado no exterior: quando 
feito o pedido em país que mantenha acordo com o Brasil, 
ou em organização internacional, que produza efeito de 
depósito nacional, o autor do pedido poderá reivindicar o 
direito de prioridade e terá 12 meses para registrar a 
invenção e modelo de utilidade no país (art. 16 c/c art.12). 
Não sendo efetuado o pedido no ato do depósito, será 
concedido um prazo máximo de 180 dias para realizá-lo 
sob pena de perder a prioridade (§ 3º art. 16);
pedido de patente realizado internamente: tendo 
sido o pedido realizado no país e o autor não requereu 
prioridade, caso não tenha havido a divulgação, lhe será 
assegurado o direito de prioridade ao pedido posterior 
sobre a mesma matéria depositado no Brasil pelo mesmo 
requerente ou sucessores, dentro de um prazo de um 
ano. (art. 17 c/c art.12). 
6. Proteção da patente em relação a terceiros.
Art. 42. A aquisição da patente dará ao seu titular o 
direito de explorar econômicamente o objeto 
patenteado e de impedir que terceiros, sem o seu 
consentimento, produzam, usem, vendam ou 
importem: produto objeto de patente, processo ou 
produto obtido diretamente por processo patenteado.
O impedimento acima mencionado não será 
aplicado nas hipótese elencadas no art. 43: 
 atos praticados por terceiros não autorizados, em caráter 
privado e sem finalidade comercial, desde que não acarretem 
prejuízo ao interesse econômico do titular da patente;
atos praticados por terceiros não autorizados, com finalidade 
experimental, relacionados a estudos ou pesquisas científicas 
ou tecnológicas;
 à preparação de medicamento de acordo com prescriçao 
médica para casos individuais, executada por profissional 
habiliatado, bem como ao medicamento assim preparado;
a produto fabricado de acordo com patente de processo ou de 
produto que tiver sido colocado no mercado interno 
diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento;
 a terceiros que, no caso de patente realcinadas com 
matéria viva,utilizem, sem finalidade econômica, o produto 
patenteado como fonte inicial de variação ou propagação 
obter outros produtos;
 a terceiros que, no caso de patentes realacionadas com 
matéria viva, utilizem, ponham em circulação ou 
comercializem um produto patenteado que haja sido 
introduzido licitamente no comércio pelo detentor da patente 
ou por detentor de licença, desde que o produto patenteado 
não seja utilizado para multiplicação ou propagação comercial 
da matéria viva em causa;
 atos praticados por terceiros não autorizados, relacionados 
à invenção protegida por patente, destinados exclusivamente 
à produção de informçações, dados e resultados de testes, 
visando à obtenção do registro de comercialização, no Brasil 
ou em outro país para a exploração e comercialização do 
produto objeto da patente aós a expirações dos prazos 
estipulados no art. 40.
Exploração Indevida. 
Autor da patente pode requerer indenização, inclusive em 
relação à exploração ocorrida entre a data da publicação 
do pedido e a da concessão da patente (art. 44).
Usuário anterior.
A exploração por terceiro, sem expresso 
consentimento do proprietário da patente, será 
possível quando se tratar de usuário anterior, isto é, 
terceiro de boa-fé: aquele que, antes da data de 
depósito ou de prioridade de pedido de patente, 
explorava seu objeto no Pais, a ele estará assegurado 
o direito de continuar a exploração, sem ônus, na 
forma e condição anterior. (art. 45). 
Não será considerado de boa-fé a pessoa que 
tenha tido conhecimento do objeto da patente através de 
divulgação pelo inventor, pelo INPI ou por terceiros, com 
base em informações obtidas direta ou indiretamente do 
inventor ou em decorrência de atos por este realizados, 
desde que o pedido tenha sido depositado no prazo de 
1(um) ano, contado da divulgação (§2º art. 45).
7. Transmissibilidade. 
Sendo a carta-patente o único documento 
admissível como prova do direito de uso de 
exploração exclusiva da invenção ou do modelo de 
utilidade, é possível a sua transferência mediante:
Cessão.(arts. 58-59)  Propriedade do privilégio é 
transferível por ato inter vivos ou sucessão, devendo 
ser averbado no INPI para que produza efeitos legais 
erga omnes).
Licença (arts. 61 a 74) .
Voluntária: O titular da patente ou o depositante 
do pedido de patente poderá celebrar contrato para 
exploração, sujeita às condições previstas no contrato 
(art. 61). Para que produza efeitos em relação a 
terceiros, exige-se a sua averbação no INPI e a 
respectiva publicação.
Compulsória: O pedido de licença é assegurado 
a qualquer um mediante processo especial, provando-
se que o titular da patente (art. 68):
H1. Exerce os direitos decorrentes da patente de forma 
abusiva; 
H2. Pratica, por meio dela, abuso de poder econômico;
H3. Inviabiliza ou dificulta a exploração de outra patente 
(art. 70). Nessa hipótese, exige-se, cumulativamente, que 
se prove: 
a. a situação de dependência de uma patente à outra 
b. que o objeto da patente dependente (aquela cuja 
exploração depende obrigatoriamente da utilização do 
objeto da patente anterior) constitui substancial progresso 
técnico em relação à patente anterior e, finalmente, 
c. que o titular não deseja realizar acordo com o titular da 
patente dependente para exploração da patente anterior
H4. Não explora o objeto da patente no território 
brasileiro por ausência de fabricação ou fabricação 
incompleta do produto, ou ainda, a falta de uso integral do 
processo patenteado. Inércia por falta de uso;
H5. Não comercializa de modo a satisfizer às 
necessidades do mercado.
H6. Não atende, nos casos de emergência nacional, 
internacional ou interesse público, declarados em ato do 
Poder Executivo Federal ou estado de calamidade 
pública de âmbito nacional reconhecido pelo 
Congresso Nacional desde que seu titular ou seu 
licenciado não atenda a essa necessidade. (art. 71).
H7. Por razões humanitárias e nos termos de tratado 
internacional do qual a República Federativa do Brasil 
seja parte, patentes de produtos destinados à exportação 
a países com insuficiente ou nenhuma capacidade de 
fabricação no setor farmacêutico para atendimento de sua 
população. (Incluído pela Lei nº 14.200, de 2021)
Ex. Licenciamento Compulsório de Respiradores.
Legitimado. (§ 2º art. 68). A licença compulsória só 
poderá ser requerida por pessoa com legítimo 
interesse e que tenha capacidade técnica e 
econômica para realizar a exploração eficiente do 
objeto da patente, que deverá destinar-se, 
predominantemente, ao mercado interno 
Apresentado o pedido de licença ao INPI, o 
titular será intimado para manifestar-se no prazo de 60 
(sessenta) dias. Instruído o processo, o órgão dará a 
decisão sobre a concessão e condições da licença 
compulsória no prazo de 60(sessenta) dias. No caso 
de concedê-la, arbitrará a remuneração a ser paga ao 
titular da patente. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14200.htm
Exploração. O licenciado, salvo razões legítimas, 
deverá iniciar a exploração do objeto da patente no 
prazo de 1 (um) ano da concessão da licença, 
admitida a interrupção por igual prazo (art. 74). 
Desobedecer a esses prazos, possibilitará ao titular da 
patente requerer a cassação da licença (§1º art.71);
8. Nulidade da Patente. 
É nula a patente concedida contrariando as 
disposições da Lei de Propriedade Industrial (art. 45). 
A nulidade pode ser pleiteada 
administrativamente, de ofício pelo INPI ou mediante 
requerimento de qualquer interessado, no prazo de 6 
(seis) meses contados da concessão da patente. A teor 
do art. 50, o pedido deverá estar ancorado nos seguintes 
tópicos:
o não atendimento de qualquer dos requisitos legais;
o relatório e as reivindicações não atenderam ao disposto 
nos arts. 24 e 25, respectivamente;
o objeto da patente se estendeu além do conteúdo do 
pedido originalmente depositado, ou
no seu processamento, foram omitidas formalidades 
essenciais, indispensáveis à concessão.
No prazo de 60 (sessenta) dias o titular deverá 
ser intimado para se manifestar sobre o pedido que 
instaurou o processo administrativo de nulidade (art. 52). 
Havendo ou não manifestação, decorrido o prazo acima, o 
INPI emitirá parecer, intimando o titular e o requerente 
para se manifestarem no prazo comum de 60 (sessenta) 
dias (art. 53). Decorrido o prazo fixado anteriormente, 
mesmo que não sejam apresentadas as manifestações, o
processo será decidido pelo presidente do INPI, 
encerrando-se a etapa administrativa (Art.54).
judicialmente, a qualquer tempo, pelo INPI ou por 
qualquer interessado (art. 56). A ação de nulidade de 
patente será ajuizada no foro da Justiça Federal e o INPI, 
quando não for autor, intervirá no feito (Art. 57). O prazo 
de resposta do réu titular da patente será de 60(sessenta) 
dias.
A declaração de nulidade da patente produzirá 
efeitos a partir da data do deposito do pedido (art.48).
9. Extinção do Privilégio (art. 78). Causas: 
Pela expiração do prazo de vigência;
Pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de 
terceiros;
Pela caducidade (art. 80). Caducará a patente:
a requerimento de qualquer pessoa com legítimo 
interesse ou de ofício pelo INPI, se, decorridos 2 (dois) 
anos da concessão da primeira licença compulsória, 
esse prazo não tiver sido suficiente para prevenir ou 
sanar o abuso ou desuso;
quando, na data do requerimento da caducidade ou da 
instauração de ofício do respectivo processo, não tiver 
sido iniciada a exploração.
Pela falta de pagamento da retribuição anual. 
Pagamento feito ao INPI, pelo titular da patente, a 
partir do início do início do terceiro ano da data do 
depósito (art. 84);
Pela inobservância do art 217.  a pessoa 
domiciliada no exterior deverá constituir e manter 
procurador devidamente qualificado e domiciliado no 
País, com poderes para representá-lo.
Pela nulidade da concessão do privilégio. Requer 
decisão da Justiça Federal.
O titular da patente deverá ser intimado 
mediante publicação para se manifestar,no prazo de 
60 (sessenta) dias, cabendo-lhe o ônus da prova (art. 
81)
Extinta a patente, o seu objeto cai em 
domínio púbico (§ único do art. 78).
"Em 1959, Nils Bohlin, engenheiro da Volvo, 
desenvolveu o moderno cinto de segurança de três 
pontos". Apesar de o design ter sido patenteado com 
o nº 3043625, em julho de 1962, pelo United States 
Patent Office, a empresa decidiu, anos mais tarde, 
"disponibilizar a patente de forma gratuita a todos 
os fabricantes de automóveis".
"Esta decisão pouco convencional foi feita pelo 
interesse maior da segurança pública, para garantir 
que todos, independentemente de conduzirem um 
Volvo ou não, pudessem estar mais seguros no 
trânsito
Justiça: o Bina é, finalmente, reconhecido como 
invenção totalmente brasileira! 10/09/2012
Em uma jornada de 20 anos de 
disputa judicial com operadoras de 
telefonia, o mineiro Nélio Nicolai, 
72 anos, finalmente consegue 
provar oficialmente que a invenção 
do Bina, sistema que identifica 
chamadas telefônicas, é uma 
patente exclusivamente sua. Este é 
o segundo invento brasileiro universalizado 
efetivamente. O primeiro foi o avião, de Santos 
Dumont.
Segundo o jornal o Estado de S. Paulo, a Bina custa 
no Brasil cerca de R$ 10 para cada assinante. Como 
existem aproximadamente 256 milhões de celulares 
utilizando esse serviço em todo o país, o 
faturamento mensal chega à casa dos R$ 2,56 
bilhões.
A 2ª Vara Cível de Brasília determina que a Vivo 
pague em juízo "o correspondente a 25% do valor 
cobrado pela ré por conta do serviço de identificação 
de chamadas para cada usuário e em cada 
aparelho".
Além do Bina, Nélio inventou quatro outros sistemas 
amplamente utilizados em telefonia: o Salto, que é o 
recurso de sinalização sonora que indica quando a 
pessoa está em outra ligação; o sistema de 
Mensagens de Instituições Financeiras para Celular, 
que permite ao cliente controlar suas operações 
bancárias utilizando o telefone celular; o telefone 
fixo celular; e o Bina-Lo, que é o serviço de 
identificação de chamadas não atendidas.
As invenções de Nélio estão difundidas por todo o 
planeta. Em qualquer lugar do mundo é possível 
encontrá-las na grande maioria dos aparelhos. E 
como as invenções são patenteadas, seu uso precisa 
ser remunerado, seja como royalty ou transferência 
de tecnologia.
Apesar de tudo, as invenções não foram 
remuneradas. Mesmo tendo sido premiado pelas 
ideias postas em prática (um Certificado, um selo da 
série Invenções Brasileiras e uma Medalha de Ouro 
do World Intellectual Property Organization - WIPO), 
Nélio não conseguiu os royalties relacionados a elas. 
Depois de 20 anos, exatamente ao término da 
vigência da patente de seu invento, Nélio conseguiu 
chegar ao acordo. Foi uma longa jornada de 
resistência judicial, ameaças e constrangimentos. O 
inventor não desistiu de lutar por seus direitos, 
afinal, o mundo inteiro utiliza suas invenções sem 
pagar nada.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Nélio revelou 
que perdeu a conta de quantos advogados contratou 
e disse que chegou a desacreditar da possibilidade 
de vitória nos tribunais. A primeira tecnologia Bina 
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,justica-reconhece-a-patente-brasileira-do-bina,125963,0.htm
foi inventada em 1977, quando o inventor 
trabalhava na Telebrasília. Ele patenteou a segunda 
tecnologia Bina em 1992. Um ano depois, a Telebrás 
padronizou seu uso. Nélio chegou a fechar parceria e 
assinar contratos de transferência com várias 
empresas, como Ericsson, Intelbras e Telemar. Em 
1997, o novo sistema Bina ganhou repercussões 
mundiais, também em telefonia celular. Tudo sem 
respeito algum à patente. O inventor não teve outra 
alternativa, senão recorrer ao Judiciário.
O processo foi longo: as empresas nacionais e 
multinacionais se uniram para anular a patente do 
Bina, o que transformou Nélio, que antes era a 
vítima, em réu. Todos os direitos relativos ao seu 
próprio invento foram suspensos, à revelia, pelo 
advogado da Ericsson (e presidente da Associação 
Brasileira de Propriedade Intelectual - ABPI) e o 
inventor se viu em uma situação em que não recebia 
por seu próprio invento e nem poderia se dispor do 
que, de fato, lhe pertencia. Seu advogado, Luís Felipe 
Belmonte, conseguiu mostrar o absurdo da situação 
e ingressou com um embargo de declaração contra 
este parecer final da justiça, o que legitimou o uso 
do Bina sem ônus, até a resolução do litígio.
Suas tentativas de recorrência ao Conselho 
Antipirataria foram em vão. Apesar de ter tentado 
ser reconhecido primeiramente no Brasil, Nélio 
conquistou seu primeiro reconhecimento no 
exterior. Em 1998, o U.S. Patent and Trademark 
Office, escritório federal americano que registra as 
marcas e patentes, foi surpreendido com a 
informação de que o Bina e o Salto foram inventados 
por Nélio. E ainda disseram que, se ele tivesse 
nascido nos Estados Unidos, teria se tornado uma 
celebridade e bilionário. 
De acordo com Nélio, nos Estados Unidos existem 65 
milhões de Binas fixos, custando a cada usuário a 
quantia mensal de US$ 4 (cerca de R$ 8,10). É função 
do governo defender este patrimônio dos brasileiros. 
FG Propriedade Intelectual > Patente > 
Patentes Famosas: conheça a polêmica 
história da bina . Por Franklin Gomes 08/04/2020
Talvez você não conheça muitos casos brasileiros 
de patentes famosas, mas a verdade é que o Brasil 
teria potencial para ser um dos mais destacados 
países no campo das invenções. Aqui nasceram 
algumas criações que são utilizadas no mundo inteiro.
Uma delas é a bina, famoso sistema identificador de 
chamadas presente em telefones fixos e móveis. Essa 
tecnologia foi criada por um brasileiro que lutou até a 
sua morte para ter seus direitos reconhecidos.
Conheça abaixo essa polêmica história e entenda 
os riscos e prejuízos de não proteger devidamente as 
suas criações!
A história da invenção da bina.
Hoje em dia, com os celulares, em basicamente toda 
ligação é possível identificar quem está realizando a 
chamada, exceto nos casos de números 
protegidos/não identificados. Porém, nos anos 1980 e 
1990, quando os celulares ainda não eram populares 
e a comunicação telefônica se dava por meio de 
aparelhos fixos, não era possível saber quem estava 
ligando.
Isso até 1977, quando o eletrotécnico mineiro Nélio José 
Nicolai desenvolveu um sistema chamado de “bina”, 
acrônimo cujo significado é “B identifica número de A”.
À época, Nicolai trabalhava na empresa Telebrasília, 
antiga operadora local da Telebrás, e percebia que a 
ocorrência de trotes telefônicos era muito grande, 
principalmente nas chamadas de socorro. Buscando 
diminuir os trotes, Nicolai criou um identificador de 
chamadas telefônicas.
Até então, o sistema era operado por meio de um 
aparelho acoplado ao telefone. A invenção foi acusada 
de ser inovadora, mas negativa, por invadir a 
privacidade das pessoas. Porém, quando Nicolai 
resolveu testá-la com um grupo de bombeiros de seu 
prédio, a bina foi extremamente elogiada.
No ano de 1980, Nicolai participou de um seminário 
promovido pelo extinto Ministério da 
Desburocratização, no qual sua invenção foi exposta. 
Em seguida, ele requereu a patente; mas já era tarde: 
sua ideia havia sido adotada por uma série de 
empresas e se alastrou pelo mundo.
As polêmicas da patente
A segunda versão da bina criada por Nicolai foi 
patenteada em 1992. Cinco anos depois, ele assinou 
contratos de transferência de tecnologia para 
empresas como Ericsson, Telemar e Intelbras. Porém, 
em um curto período de tempo, a nova tecnologia da 
bina começou a ser largamente difundida, por várias 
empresas no Brasil e no mundo, sem o pagamento de 
royalties ao inventor.
Nicolai acionou o Poder Judiciário para receber seus 
direitos. Passou por reviravoltas em ações movidas 
contra várias empresas, ganhando em primeira 
instância para depois vir a perder. Multinacionais 
brasileiras de telefonia conseguiram anular a patente.
Mesmo assim, sua criação foi reconhecida pela 
Organização Mundial da PropriedadeIntelectual 
(OMPI), que lhe deu um certificado e uma medalha. 
Ele também foi homenageado pelo Ministério das 
Comunicações, ganhando um selo próprio da série 
Invenções Brasileiras.
Em alguns dos processos judiciais, Nicolai já teve 
seus direitos reconhecidos; outros seguem tramitando, 
sem resultado.
Nicolai morreu em outubro de 2017.
Por que a justiça negou a patente?
Quando Nélio Nicolai solicitou a patente de sua 
invenção, ela já estava sendo usada no mercado. Em 
alguns casos, inclusive, foram feitos melhoramentos 
sobre ela.
Por isso, em alguns dos processos, o Judiciário 
entendeu que não houve atividade inventiva nem 
suficiência descritiva na elaboração da bina.
A atividade inventiva é um dos três requisitos 
necessários para o reconhecimento de uma 
patente. De acordo com a LPI, a invenção é dotada de 
atividade inventiva sempre que, para um técnico no 
assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do 
estado da técnica.Expert no assunto é aquele 
profissional que conhece todo o estado da técnica.
 Em resumo, a invenção não pode ser óbvia para um 
técnico especializado no assunto, ou seja, não podem 
ser resultantes de uma mera combinação de fatores já 
pertencentes ao estado da técnica sem que haja um 
efeito técnico novo e inesperado, nem uma simples 
substituição de meios ou materiais conhecidos.
Já a suficiência descritiva é uma descrição de como 
funciona o sistema a ser patenteado. No caso, o 
Judiciário entendeu que o pedido de patente não 
descrevia suficientemente a bina.
Alguns processos ficaram paralisados por muitos 
anos, dependendo de laudos periciais e outros 
documentos técnicos para averiguar se realmente 
havia condições de atribuir um autor à bina.
A difusão da bina no Brasil e no mundo
A bina se tornou o invento brasileiro mais utilizado em 
todo o mundo.
Pouco tempo após sua criação, Nélio Nicolai foi 
sondado por várias empresas internacionais de países 
https://www.fgpi.com.br
https://www.fgpi.com.br/category/patente/
http://fgmarcas.com.br/historias-de-sucesso-de-patentes-que-revolucionaram-a-industria-2/
http://fgmarcas.com.br/riscos-de-empreender-quais-os-principais-cuidados-a-se-tomar-e-como-evitar-problemas/
http://fgmarcas.com.br/ideias-inovadoras-toda-invencao-comeca-com-uma/
como Canadá, Estados Unidos e Hong Kong, 
interessadas em adquirir essa tecnologia.
Porém, antes que a situação da patente fosse 
regularizada, o uso da bina se espalhou pelo mundo, 
de forma que o inventor não tinha mais como ter 
controle sobre o uso que estava sendo feito de sua 
criação.
Outras criações do inventor da bina que poderiam ter 
sido patentes famosas
Além da bina, Nélio Nicolai criou o Salto (Sinal de 
Advertência para Linha Telefônica Ocupada), que é 
aquele pequeno toque que ouvimos no fundo da 
chamada quando outra pessoa está ligando ao 
mesmo tempo.
Ele também desenvolveu a tecnologia que permite o 
registro de chamadas perdidas.
Antes de falecer, Nélio Nicolai deu várias entrevistas 
nas quais afirmava que tinha muitas outras invenções 
não patenteadas, inclusive algumas que chegaram a 
ser usadas, também sem o devido crédito.
O que aprender com a polêmica história da 
bina. A bina é considerada uma funcionalidade 
básica, mas na verdade, ela é um serviço entre tantos 
que adquirimos ao contratar serviços telefônicos. 
Empresas de telefonia usam o serviço da bina e 
embutem seu valor na cobrança das faturas.
Se levarmos em consideração que atualmente há 
mais de 7 bilhões de celulares no mundo, não fica 
difícil concluir que, se a bina tivesse sido devidamente 
protegida, Nicolai teria sido um dos homens mais ricos 
do mundo.
Tudo isso levando em consideração apenas os 
serviços de telefonia móvel! Contabilizando todos os 
serviços de telefonia fixa, inclusive retroativamente, 
desde a época em que a bina foi lançada, a soma 
devida a Nélio Nicolai pelo uso de sua invenção se 
torna astronômica.
Mas o que Nélio Nicolai costumava dizer 
em entrevistas era que seu maior desgosto não tinha 
relação com o dinheiro. Na verdade, ele ressentia que 
sua criação fosse usada no mundo inteiro sem que o 
Brasil levasse o devido crédito por isso.
Podemos concluir, então, quão grandes são os 
prejuízos de uma invenção que não é devidamente 
protegida. Felizmente, ainda existe a possibilidade de 
a história da bina terminar bem. Porém, Nicolai não 
mais verá os resultados.
Este foi um dos casos de patentes famosas brasileiras 
mais conhecidos.
https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2016/08/14/interna_nacional,793824/inventor-luta-ha-18-anos-para-provar-que-e-o-criador-da-bina.shtml

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