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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
SiStema de Comando de inCidenteS
Elaboração
Rodrigo Caselli Belém
Atualização
Marco Aurélio Rocha
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PRINCÍPIOS E CONCEITOS ................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
PRINCÍPIOS DO SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES (SCI) ................................................. 11
CAPÍTULO 2
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES NO BRASIL E SUAS CARACTERÍSTICAS ........................ 20
CAPÍTULO 3
COMANDO UNIFICADO, CADEIA DE COMANDO E UNIDADES ................................................ 33
UNIDADE II
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO .................................................................. 39
CAPÍTULO 1
FUNÇÕES E ESTRUTURA .......................................................................................................... 39
CAPÍTULO 2
DESCRIÇÃO DAS ÁREAS FUNCIONAIS DO SCI ........................................................................ 43
CAPÍTULO 3
ESTRUTURA DETALHADA DO SCI .............................................................................................. 49
UNIDADE III
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI .................................................................................................... 52
CAPÍTULO 1
SEÇÕES DO SCI ..................................................................................................................... 52
CAPÍTULO 2
ESTABELECENDO O SCI E TRANSFERINDO O COMANDO ........................................................ 78
UNIDADE IV
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO ............................................................................. 82
CAPÍTULO 1
DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES E ZONAS DE ATENDIMENTO .................................................... 82
CAPÍTULO 2
RECURSOS A SEREM EMPREGADOS NOS INCIDENTES ............................................................. 94
CAPÍTULO 3
TREINAMENTO E AVALIAÇÃO .................................................................................................. 97
CAPÍTULO 4
FORMULÁRIOS UTILIZADOS NO SCI ....................................................................................... 104
PARA (NÃO) FINALIZAR ................................................................................................................... 110
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 111
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
O conceito de Sistema de Comando de Incidentes (SCI) nasceu da real necessidade 
de padronização e uniformização de posturas de coordenação e comando em 
situações de crise, que, via de regra, possui algumas características comuns 
que tornam esse tipo de ação cansativa, critica e, na maioria das vezes, não 
exitosas. 
Dentre tantos fatores, cabe destacar:
 » Atuação de diferentes agências e/ou órgãos de atendimento.
 » Terminologias diferentes adotadas e utilizadas por cada um dos 
presentes.
 » Planos de ação diferentes e, usualmente, muitos não consolidados.
 » Ruído e dificuldade de entendimento nas comunicações.
 » Dificuldade de adaptação das estruturas e em situações variantes.
 » Ausência de instalações com localização, disposição e denominação 
claras.
A presença desses fatores pode acarretar atendimento desordenado, geralmente 
ocasionando dispêndio desnecessário de recursos e, até certo ponto, com eficácia 
questionável por parte das agências de resposta e dos órgãos públicos responsáveis.
Como forma de tornarem efetivos o atendimento e a resposta, por meio da 
otimização e do adequado uso de recursos disponíveis (humanos e materiais), 
foi criado, na década de 1970, pelos bombeiros americanos, esse conceito 
de Sistema de Comando de Incidentes, que tem por essência a criação de 
ordenamento organizacional pré-definido, comum a todos os participantes e 
capaz de se adaptar aos mais variados tipos de ocorrências e porte de evento.
Dessa forma podemos dizer que o SCI aplica-se às mais diversas situações e 
eventos, tais como:
 » incêndios e explosões;
 » emergências químicas e ocorrências com armas de destruição em 
massa (QBN);
 » emergências no modal de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, 
aquaviário e metroviário;
9
 » acidentes em plantas industriais e alto risco;
 » desastres naturais e ambientais;
 » situações de crise;
 » distúrbios civis e atentados terroristas;
 » operações e paradas militares;
 » visita de dignitários;
 » competições esportivas;
 » situações de calamidade pública.
Embora possua uma estrutura básica, esse modelo desistema permite adaptação 
a qualquer característica de serviço e tipo de operação, de forma a ser uma 
ferramenta gerencial útil e adaptável, não apenas um padrão rígido a ser seguido.
Objetivos
 » Entender os conceitos que tratam e definem o Sistema de Comando de 
Incidentes.
 » Entender a real importância do tema no Gerenciamento de Crises e 
Emergências.
 » Apresentar conceitos e instrumentos de utilização do Sistema de 
Comando de Incidentes.
 » Realizar estudo de caso de aplicação do Sistema de Comando de 
Incidentes em atendimento a incidentes e emergências.
 » Tratar do plano de ação de incidentes. 
 » Descrever as áreas funcionais e a estrutura do SCI.
 » Apresentar e tratar os recursos a serem empregados em incidentes e 
emergências.
 » Apresentar os Formulários SCI 201 e 202.
10
11
UNIDADE IPRINCÍPIOS E 
CONCEITOS
CAPÍTULO 1
Princípios do Sistema de Comando de 
Incidentes (SCI)
O que é, por que foi criado, quais são a sua 
finalidade e os seus benefícios e como é 
desenvolvido no Brasil?
O Sistema de Comando de Incidentes (SCI, em português e ICS em inglês) é 
um sistema de coordenação integrada de recursos, voltado para a resposta em 
situações críticas. 
Esse sistema – mundialmente utilizado – faz uso de adequada combinação de 
recursos humanos e material, procedimentos padronizados, comunicações 
uníssonas e instalações. Ademais, opera sempre por meios de metodologias e 
particularidades próprias, com o objetivo de administrar eficaz e corretamente 
os recursos disponíveis para obtenção de resposta efetiva ao evento, 
incidente ou operação que seja objeto do acionamento.
Podemos dizer que ele se baseia em princípios que permitem assegurar um início 
de ação rápido, coordenado e efetivo dos recursos disponíveis, evitando-se a 
alteração das funções e dos procedimentos operacionais próprios das 
instituições envolvidas.
Apresenta como princípios básicos:
 » comando unificado;
 » unidade de comando;
 » alcance de controle;
12
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » organização modular;
 » comunicações integradas;
 » terminologia comum;
 » instalações com localização determinada, denominação precisa e bem 
sinalizadas;
 » Planos de Ação de Incidente (PAI) integrados;
 » manejo integral dos recursos.
Podemos dessa forma definir o SCI como ferramenta de gerenciamento 
de incidentes padronizada, para os mais diversos tipos de incidentes e 
sinistros, e que permite adotar estrutura organizacional integrada visando 
suprir as diversas e complexas demandas de incidentes únicos ou múltiplos, 
independentemente das barreiras jurisdicionais. 
Veremos durante a disciplina que existem, em nosso país, outras denominações 
de sistemas de comando correlatos ao SCI. Esses sistemas diferem entre si 
no que se refere às especificidades e necessidades peculiares de cada região, 
ente ou órgão. Entretanto, todos mantêm a essência da doutrina e do padrão 
preconizados pelos diversos entes de atendimento e resposta a emergências e 
desastres dos Estados Unidos da América (EUA).
Como e por que o ICS foi criado?
Tudo aconteceu no início na década de 1970, logo após o acontecimento 
de uma série de incêndios florestais nos EUA, incêndio estes que quase 
destruíram o sudoeste da Califórnia. Depois de resultados não muito 
exitosos no que tange às questões de atuação integrada, foi identificado que 
o problema raiz estava relacionado à notória dificuldade dos órgãos que 
estavam atuando em terem coordenação única bem como desenvolverem 
ações uniformes quando envolviam diferentes órgãos e jurisdições. 
Após esse evento, foi então criado Firefighting Resources of Southern 
California Organized for Pontential Emergencies (FIRESCOPE) para 
identificar os problemas que estavam acontecendo. Com isso, foi constatado 
que o problema havia na dificuldade em coordenar as ações de diferentes 
órgãos e jurisdições de maneira articulada e eficiente, tais como:
13
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
 » Falta de estrutura de um comando claro, definido e adaptável às situações.
 » Dificuldade em estabelecer prioridades e objetivos comuns.
 » Falta de aplicação e utilização de terminologia comum entre as agências 
envolvidas.
 » Falta de integração e padronização das comunicações.
 » Falta de planos e ordens consolidados.
A partir de esforços comuns foram sanadas essas dificuldades, resultando 
no modelo original do SCI para gerenciamento de incidentes, sendo que 
o que fora desenvolvido para o combate a incêndios florestais, ganhou 
uma proporção bem maior, sendo emprego para todo e qualquer tipo de 
emergência, vindo a ter desta forma um resultado de aplicação diretamente 
de uma estrutura organizacional comum e princípios de gestão padronizados. 
Cronologia histórica do desenvolvimento do SCI:
 » 1970 – No decorrer de 13 dias, morreram 16 pessoas e cerca de 
700 edificações foram destruídas, além de quinhentos mil acres 
queimados.
 » 1971 – Foram destinados recursos específicos para a realização 
de pesquisas por meio do Serviço Florestal dos Estados Unidos 
(agência do Departamento de Agricultura dos EUA que administra 
as 154 florestas e 20 pradarias nacionais). Esses recursos 
foram disponibilizados no intuito de desenvolver um sistema 
que melhorasse a capacidade de resposta e gerenciamento das 
entidades de combate a incêndio do Sul da Califórnia, sobretudo 
no que se refere a coordenar ações interinstitucionais (entre 
agências) e alocar (disponibilizar e distribuir) de forma adequada 
os recursos em situações dinâmicas de múltiplos incêndios.
 » 1972 – Integram-se às pesquisas o Departamento do Meio Ambiente 
e Proteção contra Incêndio da Califórnia, o Centro de Operações de 
Emergência do governo da Califórnia, os Corpos de Bombeiros dos 
condados de Santa Bárbara e Ventura e o Corpo de Bombeiros da 
Cidade de Los Angeles.
 » 1973 – É finalizada a primeira versão do Incident Command System 
(ICS).
14
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » 1976 – Os diversos integrantes do Firefighting Resources of Southern 
California Organized for Pontential Emergencies (FIRESCOPE) 
concordam, formalmente, em adotar definições, denominações, 
procedimentos bem como funções do Incident Command System, 
sendo, posteriormente, realizadas aplicações práticas em campo.
 » 1978 – O Incident Command System é empregado com êxito no 
atendimento a diversos incêndios florestais, passando então a ser 
adotado para incêndios urbanos.
 » 1980 – O ICS mostra-se eficiente no combate a incêndios florestais e 
urbanos, começa a ser amplamente utilizado por outros condados e 
cidades da Califórnia e passa a ser adotado também por instituições 
de todas as esferas governamentais.
 » 1981 – O ICS é modificado e desenvolvido para atender os padrões 
norte-americanos de atendimento e resposta a emergências e desastres.
 » 1982 – Revisa-se toda a documentação sobre o Incident 
Command System de acordo com a terminologia e a organização 
do National Interagency Incident Management System (NIIMS), 
que é o Sistema Nacional de Gerenciamento Interinstitucional 
de Incidentes. Esse sistema é utilizado para integrar os níveis 
federal, estadual e municipal na resposta aos desastres nos EUA. 
Após aprovação, começou a ser empregado de forma padrão em 
todo o território norte-americano.
No ano de 2003, o Sistema de Comando de Incidentes foi adotado e ampliado aos 
poucos para outros tipos de eventos (incidentes), tendo sido padronizado pela 
Federal Emergency Management Agency (FEMA) e pelo Homeland Security 
Department, agências que têm a missão de zelar pela segurança interna dos 
Estados Unidos da América.
Com o sucesso das agências de resposta e gerenciamento de incidentes, os órgãos 
governamentais de emergência começaram a utilizar o Sistema de Comando de 
Incidentes no gerenciamento de emergências. 
O então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, expediu, dia 28 
de fevereiro de 2003, a Diretiva Presidencial de no 5 (Homeland Security 
Presidential Directive no 5 – HSPD 5), que instituiuo Incident Command System 
(SCI), estabelecendo, a partir de então definido o estabelecimento do Sistema 
15
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Nacional de Gerenciamento de Emergências (National Incident Management 
System – NIMS) e do Sistema de Comando de Incidentes (Incident Command 
System – ICS) como sistemas oficiais a serem utilizados para o gerenciamento 
de emergências e desastres em território norte-americano. Podemos dizer, 
dessa forma, que o SCI se tornou a ferramenta de gerenciamento de emergências 
oficialmente a ser utilizada, independentemente da causa, magnitude ou 
complexidade do evento (ocorrência, emergências e/ou desastre).
O SCI foi testado e validado em resposta aos mais diversos tipos de eventos e 
incidentes, incluindo situações não emergenciais, que vão eventos propagados 
e planejados com celebrações, paradas militares, shows, concertos etc. até o 
atendimento e resposta a desastre naturais, emergências com produtos perigosos, 
acidentes com múltiplas vítimas, dentre outros.
O SCI foi também testado em operações policiais envolvendo outros órgãos 
e agências, retomada de reféns, atentados terroristas, catástrofes, incêndios 
industriais e urbanos, missões de busca e salvamento, programas de vacinação 
em massa e controle de epidemias. Além dos tipos de incidentes citados, temos 
ainda:
 » Tremores de terra.
 » Explosões.
 » Incêndios em edificações com grande densidade de usuários (eventos 
públicos).
 » Incêndios em instalações e depósitos inflamáveis e combustíveis.
 » Incêndios florestais em áreas de relevante interesse ecológico e que 
fujam ao controle dos órgãos que têm atribuições específicas para 
combatê-los.
 » Acidentes no transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, aquático e 
metroviário.
 » Acidentes em estruturas industriais (plantas de alto risco).
 » Intoxicações coletivas (químicas e biológicas).
 » Acidentes e ocorrências relacionados a agentes químicos, biológicos e 
nucleares (QBN).
16
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » Desastres relacionados à contaminação de mananciais e sistemas de 
abastecimento de águas.
 » Desastres relacionados a riscos de colapso ou exaurimento de 
recursos energéticos.
 » Situação de pânico em eventos de grande porte planejados, 
como celebrações, desfiles, concertos, visitas de dignitários, 
competições esportivas, grandes aglomerações de público.
Desastres relacionados à construção civil, tais como patologias 
das edificações, desabamentos de prédios, viadutos, pontes, entre 
outros.
 » Rompimento de barragens.
 » Eventos naturais como: tufões, tornados, vendavais, tempestades, 
alagamentos e inundações, estiagem e quedas intensas da umidade 
do ar.
 » Escorregamentos e deslizamentos da terra e subsidências de solo.
 » Incidentes relativos a segurança e a ordem pública como 
desocupação de prédios e/ou de áreas públicas invadidas, além 
de situações envolvendo fugas e motins em estabelecimentos 
prisionais e, ainda, raptos, sequestros e atentados terroristas.
 » Ações individuais, de bandos ou quadrilhas organizadas que 
comprometam a segurança pública com capacidade para gerar pânico 
ou aterrorizar a população.
Quais são as vantagens do ICS/SCI?
Uma vantagem facilmente notada de se empregar o Sistema de Comando de 
Incidentes (SCI), diz respeito ao processo de planejamento utilizado para 
modificar uma resposta reativa inicial de um incidente para uma resposta 
proativa. Em uma ocorrência, nos deparamos com diversos atores no 
teatro das operações – agentes públicos, organizações não governamentais, 
indústrias e público em geral – o que exige respostas multidisciplinares 
como regra, pela qual o conhecimento e a habilidade dos respondedores 
envolvidos são absolutamente essenciais para minimizar a perda de vidas, os 
danos ao meio-ambiente bem como garantir a segurança global da população 
e da propriedade. Sabemos que os incidentes e as emergências podem até 
17
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
ser parecidos, mas nunca idênticas. Falamos, então, que cada emergência é 
uma nova emergência, de modo que, logo após serem as ações de resposta 
iniciadas, os respondedores envolvidos devem continuamente analisar a 
situação e adaptar estratégias e táticas para ir ao encontro da realidade do 
que estão enfrentando no campo. 
O SCI foi criado e projetado para auxiliar os entes a efetivamente cumprir tarefas e 
missões de forma rápida, padronizada e eficaz. Podemos, assim, afirmar que o 
sistema é uma ferramenta de gerenciamento, comando e coordenação de incidentes 
padronizada que pode se adaptar e ser utilizada em todos os tipos de sinistros, 
com a premissa de que seus usuários adotem estrutura organizacional integrada 
como forma de suprir as possíveis situações de complexidade e demandas de 
incidentes únicos ou múltiplos, independentemente das barreiras jurisdicionais 
e agências/órgãos envolvidos no evento. 
Podemos inclusive notar isso atentando para o significado das palavras que formam 
a expressão Sistema de Comando de Incidentes (SCI):
 » Sistema: é um conjunto de mecanismo, aparelhagem, equipamentos 
e pessoal dispostos de forma a interagir para o desempenho de 
determinada tarefa.
 » Comando: é relativo à ação e seus efeitos de impulsionar, designar, 
orientar e conduzir recursos para um dado objetivo/fim.
 » Incidente: é um evento (natural ou provocado pelo homem) que 
necessita de intervenção e reposta de equipes de respondedores 
(serviços de emergência) de forma a proteger a saúde e integridade 
física das pessoas, preservar o meio ambiente e proteger o patrimônio 
(bens materiais).
Benefícios do uso do Sistema de Comando de 
Incidentes
O adequado emprego do SCI, como ferramenta gerencial visando padronizar as 
ações de resposta em situações críticas, traz muitos benefícios, dentre eles podemos 
destacar:
 » Propiciar a utilização e aplicação de um modelo de gerenciamento 
padronizado para as diversas situações e eventos críticos de qualquer 
natureza, porte e complexidade.
18
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » Permitir que profissionais de diferentes agências e organizações se 
integrem de forma rápida e eficaz numa estrutura esquematizada de 
gerenciamento comum.
 » Facilitar a integração e fluidez das comunicações, os fluxos de 
informações, melhorando sobretudo os trabalhos de inteligência, 
compilação de dados e planejamento estratégico.
 » Fornecer adequado apoio logístico e administrativo para o pessoal 
operacional;
 » Melhorar e qualificar a articulação do comando com elementos 
envolvidos de forma direta e indireta na operação, facilitando as 
relações institucionais.
 » Agregar valor à operação – evitando a duplicação e o dispêndio de 
esforços – bem como ampliar as condicionantes de segurança aos 
envolvidos no evento.
O SCI como ferramenta de gestão
Podemos dizer que, do ponto de vista teórico, o SCI é uma ferramenta gerencial, 
que possui concepção sistêmica, contingencial e preconiza as ações de 
intervenção em incidentes de qualquer natureza, complexidade ou magnitude.
Por isso, entendermos que ele representa uma ferramenta adequada para 
gerenciamento de incidentes é muito importante, pois, quando devidamente 
empregado, esse sistema aumenta a eficácia das atividades de coordenação e 
comando, ampliando as condicionantes de segurança e reduzindo – e muito – a perda 
de vidas e de bens materiais, além de minimizar e/ou mitigar possíveis impactos e 
danos ambientais.
Só que o uso de um sistema padronizado, visando o comando, o controle e a 
coordenação de ações de resposta em situações complexas e críticas, trará junto 
dificuldades decorrentes do próprio dinamismo e da complexidade relativos a 
tais eventos.
Sabemos que o SCI já está consolidado como modelo padrão para a administração 
e o gerenciamento de incidentes, emergências e resposta a desastres em vários 
países, mas ainda é visível alguma resistência ao seu emprego ou até mesmo 
desconhecimento de seus benefícios como ferramenta de gestão.
19
PRINCÍPIOS E CONCEITOS│ UNIDADE I
Por isso, apenas conhecer os princípios norteadores do SCI não garante o seu 
adequado uso e funcionamento. É fundamental que quem escolher o SCI 
como ferramenta de gestão para atendimento a eventos críticos o utilize 
desde os primeiros minutos da situação crítica – de forma sistemática – e 
partindo das três grandes etapas, que são:
 » etapa de resposta imediata;
 » etapa de elaboração do Plano de Ação do Incidente (PAI); e
 » etapa final de desmobilização e retorno à normalidade.
Embora não exista uma sequência linear de caráter obrigatório para ser aplicável 
a todos os tipos de incidentes, via de regra, sugere-se que a etapa inicial de 
resposta imediata ao incidente crítico siga a ordem hierárquica descrita a seguir: 
 » Instalação do Sistema de Comando de Incidente.
 » Assunção formal do comando do incidente, podendo ser único 
(quando assumido por uma pessoa) ou unificado (quando 
representantes de várias agências e organizações o assumem de 
forma colegiada).
 » Instalação do Posto de Comando (PC).
 » Após a instalação do PC, deve ser identificado pelo CI um local 
apropriado para instalação da Área de Espera (AE), devendo ser 
designado alguém para assumir a função de encarregado dessa 
área.
 » Após a instalação da área de espera e a designação do seu 
encarregado, o CI passará a buscar informações – obtidas mediante 
relato de vítimas, testemunhas, integrantes das equipes de resposta 
etc. – sobre o incidente. É baseado nessas informações que o CI irá 
implementar o Plano de Ação Inicial (PAI), visando estabelecer 
objetivos e prioridades, conforme situação e recursos disponíveis 
e considerando um dado período operacional.
20
CAPÍTULO 2
Sistema de comando de incidentes no 
Brasil e suas características
Sistema de Comando de Incidentes no Brasil
Até o momento, não existe nenhuma legislação nacional que torne o Sistema 
de Comando de Incidentes (SCI) oficial e único para gerenciamento e 
coordenação de incidentes e emergências. Contudo, atualmente, profissionais 
de diferentes organizações que trabalham com emergências têm participado 
de treinamentos sobre o tema, e muitas instituições e corporações já estão 
adotando e introduzindo essa ferramenta tão importante para resolver os 
problemas de coordenação de ações e resposta em diversos desastres no 
Brasil. 
Alguns estados da Federação já usam o SCI e outros já iniciaram o processo de 
estudo para elaboração e implantação.
Mesmo que os sistemas de comando possam ter denominações (nomenclatura) 
diferentes, como será apresentado a seguir, eles devem manter os princípios 
básicos do SCI americano, de forma que, colocados em operação, os sistemas 
constituem ferramentas adequadas para coordenar, em situações diversas, 
a atuação de forma integrada de múltiplos entes (bombeiros, SAMU, 
concessionárias, polícias, órgãos federais, estaduais e municipais de proteção 
ambiental, dentre outros). Por isso, é importante destacar que o SCI é muito 
mais do que um organograma demonstrando as funções de cada um dos 
participantes.
Um dos estados que se destacou foi Santa Catarina, no qual, mediante união 
de esforço entre a Defesa Civil Estadual e a Universidade de Santa Catarina, 
iniciaram-se o estudo e o processo de implantação utilizando princípios 
do SCI, mas com outra denominação, qual seja, Sistema de Comando de 
Operações (SCO), denominação também seguida pelo Estado do Paraná. 
No Estado de São Paulo, após estudo e análise do SCI, o Corpo de Bombeiro 
também aderiu aos princípios, mas, da mesma forma que outros estados, o 
fez usando outra denominação: Sistema de Coordenação de Operações de 
Emergência (Sicoe). Podemos salientar que o Estado de São Paulo realiza, 
21
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
periodicamente, exercícios e simulados objetivando a aplicação constante da 
ferramenta e a melhoria contínua dos processos. Ademais, importa ressaltar 
que esse é o nosso maior estado em termos populacionais.
O Estado do Rio de Janeiro também adotou os princípios do SCI e ainda manteve 
a mesma nomenclatura dos Estados Unidos, isto é, Sistema de Comando de 
Incidentes. Nesse estado, foram alinhados as premissas e padrões básicos do 
SCI como também feito a customização para atendimento das necessidades 
específicas da região e atividades.
O Distrito Federal (DF), local de integração entre os órgãos que compõem 
o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social, estabeleceu um sistema de 
gerenciamento unificado, coordenado pela Secretaria de Segurança Pública 
do DF (SSP/DF) para situações críticas com envolvimento de órgão diverso 
para a sua resolução. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, em 2011, 
publicou o Manual de Sistema de Comando de Incidentes (SCI), para ser 
usado como referência e ferramenta de resposta. 
Foi também criado em 2018, pelo governo de Brasília, o Centro Integrado 
de Operações de Brasília (Ciob). As atividades desenvolvidas para as 
operações e eventos ordinários e extraordinários compreendem a execução, 
o acompanhamento e a avaliação de atividades de prevenção e respostas 
às ameaças ou aos incidentes ocorridos no Distrito Federal, cujos locais 
possam caracterizar Áreas de Interesse Operacional (AIO) e Áreas 
Impactadas (AI). 
No Estado de Goiás, em 2008, formou-se, no Curso de Sistema de Comando 
de Incidentes em parceria com o CMBDF, a primeira turma de Oficiais da 
Corporação. Com esta turma de formandos, a ferramenta começou a ser 
difundida e empregada em diversas ocorrências, criando dessa forma um 
elo positivo para o crescimento do SCI nas outras cidades do estado. 
O CBMGO, ao longo dos últimos anos, tem colocado em pratica o SCI nas 
principais operações institucionais de eventos planejados e de grande 
emprego de recursos – como a Operação Férias (nos meses de julho), 
Operação Cerrado Vivo (de junho a novembro/período de estiagem), Operação 
Carnaval, Operação Romaria do Divino Pai Eterno e, mais recentemente, 
a Operação Goiás contra o Aedes (com quase dois anos ininterruptos 
de duração) –, nas quais o sucesso acontece pelo gerenciamento e pelo 
conhecimento do SCI. 
22
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
A corporação já teve, ao empregar a ferramenta em situações de operações 
não planejadas em incêndios, experiência em: unidade de processamento 
de carnes e derivados de aves e suínos na cidade de Rio Verde, em uma 
atacadista da região de campinas da cidade de Goiânia, uma indústria 
farmoquímica na cidade de Anápolis, incêndios florestais no Parque 
Nacional das Emas e no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas.
Vemos então, com isso, a importância do SCI para nossos agentes de 
prevenção e resposta, bem como a todos os envolvidos no que diz respeito 
à Segurança Pública, ficando claro que a união entre todos os órgãos com 
um objetivo comum e único – sem vaidades e interesses difusos – faz com 
que o trabalho de salvar vidas, preservar o meio ambiente e proteger o 
patrimônio público ou privado não se transforme em uma catástrofe.
Características básicas do ICS: terminologia 
comum, organização modular, Plano de Ação de 
Incidentes (PAI) e manejo dos recursos
Considerando-se as particularidades dos órgãos e das entidades envolvidas no 
atendimento a um incidente, faz-se necessário o alinhamento e entendimento 
entres os responsáveis, uma vez que é complexa e dinâmica a natureza do 
desastre começando pela origem. Dessa forma, o SCI adota nove princípios 
que permitem assegurar um desfecho rápido, padronizado, coordenado e 
efetivo dos recursos disponíveis e utilizáveis, minimizando, assim, ruídos de 
comunicação e alteração de políticas e procedimentos operacionais dos entes 
envolvidos, visando solucionar e/ou mitigar os efeitos dos eventos adversos 
sobre as pessoas atingidas por eles. 
Terminologia comum
Terminologia comum significa utilizar os mesmos nomes e termos para todas 
as operações, de forma a evitar confusões, uma vez que no ICS há várias 
organizações atuando em conjunto. Visa, portanto, a comunicação eficaz entre 
os diferentesórgãos e o manejo eficiente dos recursos disponíveis. São exemplos 
da terminologia comum:
 » nomes comuns para recursos materiais e humanos;
 » instalações com denominações comuns e precisas;
 » funções e níveis de organização comuns e precisos.
23
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
O SCI adota linguagem única para os nomes, evitando dificuldades logísticas e de 
comando, promover comunicação clara e eficiente, facilitar o desencadeamento de 
ações e, consequentemente, a resposta rápida, efetiva e precisa por parte dos entes 
envolvidos.
A terminologia comum ajuda a definir ainda:
 » as instalações do incidente;
 » as descrições dos recursos;
 » os títulos de posições e a execução das ordens.
Por isso durante o processo de comunicação (interno e externo) deve ser 
feito de forma simples, objetiva e clara, propiciando o entendimento de 
todos os que estejam envolvidos – direta e/ou indiretamente, evitando o 
uso dos códigos de rádio (código Q) ou jargões específicos de dada agência, 
facilitando, assim, a compreensão por parte de todos os envolvidos. 
O processo de comunicação é de suma importância para o atendimento e a 
resposta a qualquer tipo de evento. A correta comunicação pode facilitar as 
diversas fases da resposta, assim como uma má comunicação pode gerar 
prejuízos notórios para o controle do evento e, até mesmo, uma situação 
catastrófica.
USA – Unidade de Suporte Avançado (Samu)
USB – Unidade de Suporte Básico (Samu)
UTE – Unidade Tática de Emergência (Bombeiro)
VIR – Veículo de Intervenção Rápida (Samu)
URSA – Unidade de Resgate e Salvamento Avançado (Bombeiro)
Qual a diferença entre os tipos de viaturas acima? Será que são 
os mesmos tipos de viaturas com nomes diferentes ou possuem 
efetivamente funções distintas? Além disso, há várias abreviaturas 
que podem ter diferentes significados. Uma IRA pode ser Insuficiência 
Renal Aguda, como também pode ser Insuficiência Respiratória Aguda.
Por isso conforme exposto, não devemos utilizar abreviaturas nem 
códigos de rádio (código Q, código 10) para não gerar margem de 
24
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
dúvidas quanto à mensagem a ser enviada. Esta deve ser clara, objetiva, 
curta, falada de forma pausada, sem abreviaturas ou códigos e em 
português normal (sem gírias e regionalismos). 
Organização modular
O ICS possui uma organização modular, ou seja, uma estrutura baseada em 
posições de comando e chefia, como será explicado posteriormente.
Esse modelo permite que as posições de trabalho (funções), possam somar-se 
(expansão do sistema) ou serem retiradas (retração) com facilidade.
O organograma (figura 1) mostra o exemplo de uma estrutura básica na qual o 
comandante do incidente preencheu toda a estrutura (funções do SCI), e o 
quantitativo de recursos humanos e materiais ainda não é o ideal.
Sempre partimos da premissa básica de que a primeira agência que chegar 
ao local do evento e que possua capacidade operacional deve assumir 
inicialmente o comando do incidente bem como desempenhar as tarefas de 
todas as funções previstas no SCI até que cheguem efetivo suficiente para 
delegar e distribuir as tarefas.
Figura 1. Organização modular.
 
Comandante 
do incidente
Grupo
Força-tarefa 
Equipe de int.
Recurso único
Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
25
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Essa organização modular do SCI está alicerçada e projetada de acordo com o 
tipo, o porte e a complexidade do evento, de modo que a sua expansão ocorrerá 
verticalmente (de baixo para cima) à medida que os recursos são designados 
na cena, e estabelecida de cima para baixo, de acordo com as necessidades 
determinadas pelo comandante de incidentes. 
Dessa forma, é possível que as posições de trabalho possam somar-se (expansão) 
ou serem reduzidas (contração) com mais facilidade/agilidade, estar em 
consonância com o que chamamos de concepção contingencial, em que a 
estrutura organizacional de resposta aos incidentes tem que ser capaz de se 
adaptar (expandindo ou retraindo) de acordo com cada situação.
A sua distribuição obedecerá aos seguintes princípios:
 » tipo de evento, porte (magnitude) e complexidade;
 » planejamento de cima para baixo, de acordo com as necessidades ou o 
tipo de ação;
 » operacionalização de baixo para cima, em função dos recursos 
disponíveis e do alcance de controle.
Figura 2. Exemplo de estrutura de gerenciamento de resposta médica.
Coordenador Médico Geral 
(CMG)
Coordenador de 
Logística Médica
Coordenador do Posto 
Médico Avançado
Coordenador Apoio 
Psicologia
Coordenador Zona 
Vermelha
Coordenador Zona 
Amarela
Coordenador Zona 
Verde
Coordenador 
Regulador de Campo
Fonte: Adaptado pelo autor.
26
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Podemos dizer que o organograma do SCI nada mais é que a representação 
gráfica das funções estabelecidas na Estrutura Organizacional de Resposta 
(EOR), identificando de forma objetiva e clara quem é que está como 
responsável, naquele momento, por uma determinada função.
[Fim Atenção]
Tais princípios devem ser rigorosamente observados para se evitar o 
desenvolvimento de estrutura esteticamente adequada, mas operacionalmente 
ineficaz, de forma que as funções de assistência devem ser assumidas 
inicialmente, evoluindo, à medida que recursos humanos forem sendo 
disponibilizados para as funções de comando.
O Sistema de Comando de Incidentes, como vimos, foi desenvolvido e projetado 
para identificar as funções e atividades principais e primárias a serem ativadas 
para efetivamente responder ao evento. O modelo clássico e mais simplificado 
de estrutura do SCI é o apresentado abaixo, mas não podemos nos esquecer de 
que, a depender do sistema adotado – e como forma de garantir a manutenção 
da terminologia comum usual em cada nível da organização –, as funções e os 
responsáveis por elas possuem títulos diferentes que devem ser conhecidos e 
entendidos por todos que trabalham nesse dado sistema de gerenciamento.
Figura 3. Modelo do SCI.
COMANDO DO INCIDENTE
PLANEJAMENTOOPERAÇÕESLOGISTICAFINANÇAS
Assessoria 
Segurança
Porta-voz
Contatos 
Fonte: Adaptado pelo autor.
Na estrutura acima, temos o comando do incidente sendo assessorado por um 
porta-voz (Public Information Officer), uma pessoa responsável por fazer os 
27
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
contatos com outros órgãos (Liaison Officer) e um assessor de segurança (Safety 
Officer), este com a finalidade de verificar se há possibilidades de acidentes ou 
outras situações que possam colocar em risco a vida dos respondedores. 
Observem que o termo utilizado em inglês é Safety Officer, nomenclatura de 
segurança mais voltada para a prevenção de acidentes.
O comando é representado pelo comandante do incidente (Incident Commander) 
ou comandantes do incidente, quando o comando é unificado (explicado mais 
a frente), as funções de assessoria juntamente com o comandante do incidente 
formam o staff de comando.
Abaixo dessa estrutura de comando, vemos quatro seções (Finanças, Logística, 
Operações e Planejamento). Cada uma delas (explicadas mais a frente) é 
gerenciada por um chefe que,dependendo da complexidade da emergência e do 
tamanho da estrutura de resposta, pode ser um oficial, coordenador ou diretor.
Se prosseguirmos nessa estrutura, veremos níveis abaixo das seções, conforme a 
necessidade.
Planos de Ação de Incidentes (PAI) consolidados e 
integrados
Podemos defini-los como um planejamento operacional direcionado para a 
resposta a um dado incidente. Esses planos são elaborados no momento da 
resposta e consolidados em um só. 
A maioria dos incidentes não necessita de um PAI escrito, mas sim mental, uma 
vez que, para o período inicial (fase reativa), ou seja, as primeiras quatro horas 
do incidente, ele não se faz necessário, e se estrutura nos seguintes tópicos: 
objetivos, estratégias, organização e recursos requeridos. O plano de ação deve 
corresponder a cada período operacional. 
Os períodos operacionaisde qualquer evento quase nunca são superiores a 
24 horas. Pode-se dizer que, a partir do momento em que as ações se tornam 
ordinárias e rotineiras, os períodos operacionais podem ser prolongados, 
podendo perdurar até uma semana. Para a implementação do PAI, é importante 
realizar um briefing com a equipe de trabalho e repassar objetivos, estratégias, 
táticas e recursos requeridos.
O Plano de Ação de Incidente escrito caracteriza a fase proativa de resposta ao 
incidente.
28
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Considerações importantes para definição dos objetivos:
 » Inicialmente o comandante de incidente estabelece os objetivos.
 » Os objetivos devem ser atingíveis, mensuráveis e flexíveis.
 » Todo trabalho deve ser conduzido com base no resultado desejado.
 » Após definidos os objetivos, as estratégias e táticas são implementadas 
e trabalhadas pelo staff.
Considerações importantes para a definição das estratégias:
 » A estratégia nada mais é do que como chegar ao resultado esperado.
 » São determinadas pelo chefe de Seção de Operações.
 » Considere estratégias alternativas baseadas em considerações das 
prioridades e limitações.
 » Considere sempre a possibilidade: “E se...”.
Considerações para se atentar no estabelecimento das táticas:
 » As táticas que serão empregadas no evento devem ser estabelecidas 
pelo Chefe da Seção de Operações (CSO) com o devido suporte da 
Seção de Planejamento (SP).
 » Perguntas a serem feitas: Quem? O quê? Onde e quando?
Já que o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) pressupõe a participação 
de vários entes e instituições atuando de forma conjunta num mesmo cenário 
acidental (teatro das operações), torna-se necessário que cada um dos 
participantes (respeitadas as atribuições, a autonomia e a jurisdição) possua 
um Plano de Ação de Incidentes (PAI) próprio, de forma consolidada, e que seja 
capaz de se integrar aos outros planos. Caso contrário, a tarefa de equacionar 
as diferenças e unificar os planos durante a ocorrência do evento será difícil 
e demandará tempo e esforço do comando do incidente, acarretando retardo 
nas ações e ineficiência na resposta. Para alcançar esse objetivo, tornam-se 
necessárias a atualização constante desses planos por parte de cada órgão, 
mediante exercícios próprios, e a avaliação permanente deles, por meio de 
exercícios conjuntos, visando a integração e articulação.
Muitas vezes, em função de diferentes cenários e situações, o PAI será definido 
durante a ação, mas será planejado e difundido a todos os participantes antes de 
sua execução.
29
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Como regra geral, cada plano deverá conter, em sua essência, as definições a 
cerca de:
 » objetivos do plano;
 » mecanismos de acionamento;
 » organização da estrutura;
 » estratégias de ação;
 » recursos a serem utilizados.
Podemos dizer dessa forma que o PAI é a expressão escrita dos objetivos, das 
estratégias operacionais, das táticas, dos recursos e das estruturas a serem 
cumpridos durante um período operacional visando controlar um incidente, um 
evento ou uma operação.
Componentes do Plano de Ação de Incidentes (PAI)
Todo Plano de Ação de Incidentes considera quatro aspectos fundamentais:
 » objetivos;
 » estratégias e táticas; 
 » alocação de recursos;
 » estrutura organizacional esperada.
Considerações que devemos ponderar para elaborar 
o PAI
Objetivos
Os objetivos do incidente devem ser:
 » específicos;
 » observáveis;
 » alcançáveis;
 » avaliável, baseado no tempo e nos recursos.
30
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Recursos
Deverá ser desenvolvida lista de recursos disponíveis e necessários (pessoal, 
veículos, equipamentos de comunicação etc.) de acordo com as estratégias e 
táticas propostas.
Estratégias
As boas estratégias devem:
 » Ser específicas.
 » Fornecer orientação geral. 
 » Ser viáveis, com a possibilidade de alcançar o resultado desejado.
 » Cumprir com os padrões de saúde e segurança estabelecidos.
 » Ser rentáveis e considerar os padrões de proteção ambiental, se aplicável.
Táticas
As táticas descrevem o que, onde e quando implementar ações específicas para 
atender os objetivos e implementar as estratégias. Dessa forma, podemos dizer 
que as táticas descrevem e direcionam a implantação e a direção dos recursos 
como meio de atender uma atribuição específica. 
Deverá ser desenvolvida lista descrevendo as equipes, as ferramentas e os 
acessórios que farão parte do PAI.
Período inicial
Período estabelecido variando de 1 a 4 horas, lembrando-se de que sempre haverá 
um período inicial.
Período operacional
É um espaço de tempo programado para executar um conjunto de objetivos e 
ações operacionais, conforme especificado no PAI. Os períodos operacionais 
variam de 12 a 24 horas.
Fatores para definir um período operacional
 » Condições de segurança.
 » Condição de recursos.
31
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
 » Estabelecer o período de tempo necessário ou disponível para cumprir 
as tarefas táticas.
 » Disponibilidade de pessoal de atendimento de urgência (socorro).
 » Envolvimento futuro de outras jurisdições ou instituições/agências 
adicionais.
 » Condições ambientais.
 » Resolução de problemas com enfoque analítico.
Para os períodos operacionais, faz-se necessário processo de planejamento 
operacional prévio, devendo ser preparado no PAI e registrado no Formulário 
específico (SCI-202), fazendo uso e apoio dos Formulários SCI-205 e SCI-206.
Figura 4. Fluxograma analítico.
Identificar o 
problema
Explorar as 
alternativas
Selecionar 
uma alternativa
Implementar a 
alternativa 
Avaliar a 
situação
Fonte: Adaptado pelo autor.
O Plano de Ação Inicial (PAI) tem que conter informações sobre o cenário 
acidental ou crítico (mapas, cartas topográficas, croquis), os objetivos 
estratégicos e táticos da operação, as principais atividades e operações a serem 
desenvolvidas, a estrutura organizacional de resposta do SCI, a descrição dos 
recursos humanos e materiais disponíveis, os dados relativos aos riscos e a 
estrutura de comunicações do SCI.
32
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Com base no PAI, o CI acompanha os trabalhos e continua reunindo 
informações, sendo que, do interior do PC, ele irá permanecer controlando 
as informações, os recursos, o organograma, os mapas e croquis e o plano de 
ação inicial, ou seja, a operação como um todo.
Quando o período operacional estipulado estiver chegando a fase final, o CI 
deve reunir-se com os integrantes do staff de comando visando avaliar os 
resultados obtidos e elaborar um novo plano de ação para mais um período. 
Cada período requer um novo PAI.
Matriz de análise de trabalho
Essa matriz serve de apoio e visa facilitar o estabelecimento dos objetivos, das 
estratégias e das táticas para a elaboração do Plano de Ação de Incidentes. 
Podemos dizer ainda que ela deve ser elaborada/confeccionada, em conjunto, 
pelos Chefes das Seções de Operações (CSO) e Planejamento (CSSP), devendo 
estar afixada em local visível, normalmente no posto de comando, já que ela 
será o foco permanente da operação, pois ali estarão estabelecidos os objetivos, 
as estratégias e as táticas.
Tabela 1. Modelo de Matriz de Análise de Trabalho.
Objetivo da operação Estratégia operacional
(Como?)
Tática
(Quem? O quê? Onde? Quando?
Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
Manejo Integral dos recursos
Finalmente, como objetivo maior e final do Sistema de Comando de Incidentes, o 
manejo eficaz e integral de todos os recursos disponíveis (humanos e materiais), 
gerará uma resposta adequada e eficiente ao evento. Tal manejo permitirá ainda:
 » Otimizar o uso dos recursos.
 » Garantir a segurança do pessoal envolvido.
 » Contabilizar e controlar o uso de recursos humanos e materiais.
 » Unificar e reduzir a dispersão no fluxo de comunicações.
 » Reduzir as influências externas e dispersão dos comandos.
33
CAPÍTULO 3
Comando unificado, cadeia de 
comando e unidades
No Sistema de Comando de Incidentes (SCI), cadamembro da estrutura responde 
e informa somente a um designado (comandante do incidente, oficial, chefe, 
encarregado, coordenador, líder, supervisor), de forma a proporcionar o cumprimento 
das ordens de maneira eficaz e hierarquizada.
Comando unificado
Mesmo que um único comandante consiga desempenhar as funções de comando 
de modo eficaz e assertivo, a organização e emprego do SCI pode expandir para 
um sistema de comando unificado.
O comando unificado nada mais é que uma estrutura de gerenciamento que 
envolve todos os “Comandantes de Incidente” das agências e organizações 
envolvidas em um único evento, visando garantir a coordenação efetiva da 
resposta e do atendimento, ao passo que cada um dos comandantes cumpre 
com suas responsabilidades e atribuições funcionais e/ou jurisdicionais.
Assim, podemos dizer que o comando unificado se aplica quando várias 
instituições/agências com competências técnica e jurisdicional promovem 
acordos conjuntos visando atender e gerenciar um evento no qual cada 
inst i tuição conserva sua autoridade, responsabi l idade e obrigação 
institucional.
A definição do comando geral de um incidente é uma tarefa muitas vezes 
confusa, cujo desempenho esbarra em obstáculos de ordem político-
operacional das instituições envolvidas na ação. Será formado por 
instituições e órgãos com competências técnica, legal e jurisdicional 
diferentes. Uma definição prévia e precisa acerca dos papéis desenvolvidos 
por cada comando individualmente e da forma de trabalho conjunto, 
visando objetivos e estratégias comuns, é fundamental. 
34
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Depois de definido o comando unificado, levando em consideração o tipo de 
evento/incidente, as estratégias deverão ser baseadas em alguns princípios, a 
saber: 
 » Planejamento conjunto das atividades de atendimento e resposta.
 » Identificação e determinação dos objetivos em conformidade com o 
período operacional previsto.
 » Condução das atividades operacionais de forma integrada e efetiva.
 » Otimização e aproveitamento dos recursos disponíveis.
Embora todas as decisões sejam tomadas em conjunto, e cada instituição 
mantenha sua autoridade e responsabilidade institucional, somente uma 
pessoa deve assumir a função de comandante-geral do evento, com suas 
ordens passadas adiante e respeitadas por todos. A decisão sobre qual órgão 
ou instituição representará esse comando dependerá do tipo de evento e qual 
a instituição de maior pertinência ou competência legal está presente naquele 
momento.
Eventualmente, e a partir de planos de atendimento específicos bem como da 
magnitude do evento, pode-se ter como comando-gera, um comando único, e não 
unificado. Todas as decisões são tomadas em conjunto, mas somente um único 
comandante – representante da instituição – terá pertinência ou competência 
legal de acordo com o evento. 
Características principais do comando unificado:
 » Instalações compartilhadas.
 » Um posto de Comando de Incidente (PC).
 » Operações, planejamento, logísticas e administração e finanças 
compartilhadas.
 » Um processo coordenado/padronizado para solicitação de recursos.
 » Um processo padronizado de planejamento do Plano do Incidente ou de 
Emergência (PAI/PRE).
35
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Unidade de comando
Durante resposta a situações de crise, um dos grandes fatores de incertezas e 
dificuldades no seu manejo refere-se a situação em que, no desempenho de sua 
função, o indivíduo recebe ordens de diferentes fontes, tornando dispendiosa e 
ineficaz a sua ação, uma vez que tais ordens, geralmente, podem apresentar-se 
superpostas, gerando desperdício de recursos ou pessoal, ou ainda se apresentar 
contraditórias, gerando ações antagônicas que comprometem a eficácia da ação.
Um dos princípios mais importantes, do qual depende toda a dinâmica envolvida 
no SCI, é o que define que cada pessoa responde e informa somente a uma 
pessoa designada em função hierarquicamente superior. De forma clara, 
cada pessoa imbuída de função só pode receber ordem de uma única pessoa, 
entretanto, pode emitir ordens para mais de uma (alcance de controle).
Alcance de controle
Juntamente com a unidade de comando, o alcance de controle forma um 
processo dinâmico de atuação do Sistema de Comando de Incidentes. Podemos 
dizer, então, que o alcance de controle refere-se basicamente a quantidade de 
membros que são coordenados/comandados por uma única pessoa. 
Quando o sistema foi desenvolvido concluiu-se que o número de pessoas 
que deveriam se reportar a um líder, supervisor, coordenador e assim 
sucessivamente, teria que ter um limite. Portanto, esse princípio preconiza 
que o número de subordinados a cada indivíduo deve ser algo entre três e sete 
pessoas, e considera-se como valor ideal o número de cinco.
De acordo com os diversos Sistemas de Comando de Operações (SCO) 
existentes no Brasil, é recomendado o número de pessoas ou recursos sob 
a responsabilidade de um determinado coordenador, encarregado ou líder, 
compatível com a sua capacidade gerencial, logo, não deve ser inferior a 
três nem superior a sete.
Em função desses valores, serão avaliadas as reais necessidades de expansão 
ou retração da estrutura de comando definida para o evento, por isso sempre 
devemos atentar para que, à medida que os recursos forem chegando ao local 
da ocorrência, haja a necessária promoção da expansão da estrutura do Sistema 
de Comando de Incidentes (SCI), ficando, dessa forma, o alcance de controle 
sempre mantido com a mesma quantidade de pessoas. 
36
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Devemos lembrar ainda de que durante o atendimento a incidentes, em especial 
as emergências, a chegada de informações bem como a tomada de decisões 
geralmente ocorrem de maneira rápida, intensa e sob pressão, motivo pelo 
qual podem facilmente não saírem como programadas.
Figura 5. Alcance e controle ideal.
Líder
1 2 3 4 5
Fonte: Adaptada pelo autor.
Podemos dizer que a amplitude de controle é influenciada por vários fatores, tais 
como: 
 » Natureza e porte da emergência ou da situação crítica.
 » Natureza e complexidade das tarefas, riscos específicos e fatores de 
segurança atribuídos.
 » Complexidade e especificidade dos cenários acidentais.
 » Número de membros participantes de cada seção.
 » Distância entre os recursos humanos e materiais etc. 
Figura 6. Amplitude de Controle – Inadequada.
Recurso Recurso Recurso Recurso 
Recurso 
 
Recurso 
 
Recurso 
 
Recurso 
Operações 
Fonte: Manual Gestão de Gerenciamento de Desastres, SNDC (2010).
37
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Figura 7. Amplitude de Controle – Adequada.
Operações 
Grupo A Grupo B 
Recurso Recurso 
Recurso Recurso 
Recurso Recurso 
Recurso Recurso 
Fonte: Manual Gestão de Gerenciamento de Desastres, SNDC (2010).
Comunicações integradas
No desenvolvimento de uma estrutura de SCI, as comunicações representam 
um ponto crítico, cujo desempenho poderá determinar o fracasso ou sucesso da 
operação. Influenciada por uma série de fatores, seus mecanismos e sua tecnologia 
estão em constante aprimoramento, sendo uma ferramenta que deve estar em 
constante avaliação e aperfeiçoamento, por meio de exercícios e checagens 
constantes.
Por isso, na estrutura do SCI, as comunicações devem ser estabelecidas em um 
único plano, no qual é utilizada a mesma terminologia, os canais e as frequências 
devem ser comuns ou interconectados e as redes de comunicação devem ser 
estabelecidas dependendo do tamanho e da complexidade do incidente. Dessa 
forma, torna-se vital que o SCI processe um plano de comunicações no qual deverá 
prever uma série de condições operacionais, administrativas e outras que forem 
necessárias. Deve-se estar previsto quem falará com quem, como, quando, por 
meio de que etc. 
No plano de comunicação também devem estar previstas e estabelecidas as 
diferentes redes de comunicação que possam ser necessárias e que sejam 
exequíveis, visando evitarpossível congestionamento nas transmissões que 
atrapalham e dificultam o desenvolvimento da adequada resposta ao evento. As 
redes de comunicação geralmente são estabelecidas levando em consideração o 
porte, a especificidade e a complexidade do evento ou incidente.
Alguns princípios básicos devem ser seguidos:
 » Estabelecimento das comunicações em um único plano.
 » Formas e meio de comunicação simples, objetivo e direto.
38
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » Verificação da forma de recepção dos informes e informações.
 » Utilização de fraseologia única e uníssona.
 » Garantia da segurança das comunicações durante todas as fases do 
atendimento e da resposta ao evento.
 » Utilização de canais e frequências comuns ou com possibilidade de 
interconexão.
 » Determinação e dimensionamento do sistema de comunicação levando 
em consideração o porte, a criticidade e a complexidade do cenário 
acidental do evento e/ou incidente.
 » Não utilização de códigos que não sejam do conhecimento de todos os 
envolvidos.
 » Previsão de sistemas de contingência para fatos fortuitos ou eventos 
não previstos.
Instalações com localização determinada, 
denominação precisa e sinalizada
Logo após a instalação do Comando do Incidente e da identificação, reconhecimento e 
avaliação da cena, deverão ser definidas e delimitadas as áreas e os locais onde serão 
alocados e dispostos os recursos e desenvolvidas as atividades durante as fases de 
duração do atendimento e da resposta ao incidente. Essas definições e delimitações 
são importantes para evitar a dispersão ou a distribuição desordenada dos recursos, 
impedindo sua utilização efetiva e prejudicando o controle da ação pelo comando do 
incidente.
Além disso, tais áreas devem ter denominação comum e sinalização própria, 
facilitando a sua identificação e localização por todos os componentes do SCI.
Lembrando-se de que durante um desastre, essas instalações podem ter suas 
localizações alteradas em função de mudanças dinâmicas no cenário, devendo 
ser prevista a necessidade de retirada rápida de equipamentos e pessoal. Dessa 
forma, devemos sempre atentar para as condicionantes meteorológicas que estão 
presentes e/ou possam a vir estar presentes durante as fases do atendimento e 
da resposta ao evento, bem como observar e atentar para a geografia do local.
39
UNIDADE II
ÁREAS FUNCIONAIS E 
FUNÇÕES DO STAFF DE 
COMANDO
CAPÍTULO 1
Funções e estrutura
Organização funcional do SCI
O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) é uma forma de organização funcional, 
na qual suas funções, atribuições e estrutura são desenhadas e definidas levando em 
consideração o porte, o tipo e a natureza do evento acidental envolvido, como, por 
exemplo, um evento complexo envolvendo tarefas e funções para um cenário de 
grande porte.
Cada ocorrência ou evento possui certas especificidades ou funções que devem 
ser desenvolvidas de modo a permitir a resolução desse evento. Assim, se o 
incidente é de pequeno porte, talvez uma única pessoa possa desenvolver todas 
as ações bem como assumir todas as funções para gerenciá-lo. No entanto, se o 
evento for de grande porte ou de alta complexidade, serão necessários mais 
membros, objetivando o desenvolvimento de todas as ações previstas no 
PAI/PRE, de maneira que cada uma dessas pessoas deverá compreender o 
papel que ela irá desempenhar naquela Estrutura Organizacional de Resposta 
(EOR) ou organograma funcional. Como já dissemos, a organização e o 
dimensionamento do SCI poderão se expandir ou contrair para atender às 
demandas relativas ao evento que está sendo atendido.
Durante o atendimento a uma emergência e/ou ocorrência, o Comandante do 
Incidente (CI) inicialmente desempenha todas as funções previstas no SCI, 
mas à medida que o evento aumenta e torna-se mais complexo ou que se tenha 
necessidade de pessoal, o CI poderá ativar seções e designar responsáveis 
para dirigi-las. Essa necessidade não depende dos limites institucionais 
dos respondedores, reforçando a importância do trabalho integrado das 
instituições.
40
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
As funções básicas de comando e assessoria ao comando são distribuídas e descritas 
na seguinte forma:
 » Comando do incidente: é a mais alta função no SCI e consiste em 
administrar, coordenar, dirigir e controlar os recursos na cena, seja 
por competência legal, institucional, hierárquica ou técnica. Pode ser 
exercido por um comandante ou por um comando unificado.
 » Funções de segurança: tem como missão apoiar o Comando do 
Incidente na avaliação de situações de risco, perigosas e/ou inseguras, 
elaborar, especificar e desenvolver medidas de segurança de acordo 
com os riscos específicos das tarefas versus cenário emergencial, bem 
como deve prevenir atitudes comportamentais inseguras por meio da 
cadeia normal de comando e alertar as questões de segurança durante 
a execução do Plano de Resposta à Emergência (PRE).
 » Funções de informação pública (porta-voz): serão desenvolvidas 
mediante contato com os meios de imprensa e o público em geral. São 
responsáveis pelo manejo dos dados acerca do incidente. Atua mediante 
um centro único de informações e comunicados periódicos à imprensa. 
 » Funções de ligação: auxiliam o comando-geral do incidente nas ações 
de contato com os representantes de instituições de ajuda e cooperação.
 » Funções de planejamento: promovem ações de previsão de 
necessidades; recolhimento, avaliação e difusão das informações sobre 
o andamento das ações no âmbito interno; realizar o controle dos 
recursos; compilar toda informação escrita do incidente, elaborar 
o plano de ação para o próximo período operacional (normalmente 
em 24 horas); e planejar a desmobilização de todos os recursos do 
incidente.
 » Funções de operações: executam todas as operações de resposta; 
implementam e desempenham o PRE; determinam as necessidades; e 
solicitam recursos adicionais que se façam necessários.
 » Funções de logística: proporcionam instalações, serviços e materiais 
para apoio durante o evento, operação ou incidente; e asseguram o bem-
estar de todo o pessoal, por meio de mantimentos e suprimentos às 
necessidades básicas das equipes.
 » Funções de administração/finanças: administram e justificam para 
as autoridades competentes os gastos e as necessidades que se façam 
necessários durante o evento.
41
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Responsabilidades do comandante do incidente
O Comandante do Incidente (CI) é o membro da EOR que possui a maior 
autoridade do Sistema de Comando e deve estar plenamente qualificado 
para conduzir a resposta ao incidente, tendo como responsabilidades:
 » Assumir o comando da ocorrência e estabelecer o Posto de Comando 
(PC).
 » Zelar pela segurança dos respondedores e da segurança pública.
 » Avaliar as prioridades da ocorrência.
 » Determinar os objetivos operacionais.
 » Desenvolver e executar planos de atendimento (PRE, PAI, PEI etc.).
 » Desenvolver Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) adequada.
 » Manter o Alcance de Controle;
 » Coordenar os recursos (humanos e materiais).
 » Realizar a coordenação geral das atividades.
 » Coordenar as ações das demais agências e instituições que façam parte 
do SCI ou que estejam presentes no Teatro das Operações (TO).
 » Atualizar a divulgação das informações pelos meios de comunicação 
apropriada.
 » Manter o quadro de situação para assegurar a gestão do estado e a 
aplicação dos recursos empregados.
 » Encarregar-se da documentação e dos controles dos gastos bem como 
apresentar o relatório final.
Perfil do comandante do incidente
 » Ter poder de decisão.
 » Ser seguro, objetivo e calmo.
 » Possuir resiliência (adaptação ao meio físico), raciocínio ágil e flexível. 
42
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
 » Conhecer suas limitações.
 » Ter capacidade de delegar funções de forma clara, apropriada e oportuna 
visando manter o controle da situação.Todos os eventos, independentemente de porte, especificidade ou nível 
de complexidade, devem contar com apenas um Comandante do Incidente 
(CI). Ele é o responsável por, na chegada ao Teatro das Operações (TO), 
assumir a responsabilidade das ações até que a autoridade de comando 
seja transferida e instituída a outra pessoa ou ente.
43
CAPÍTULO 2
Descrição das áreas funcionais do SCI
Staff de comando
Conforme o evento e/ou incidente tome proporções maiores ou haja o acréscimo 
de recursos (humanos e/ou materiais), o Comando do Incidente (CI) pode atribuir 
(delegar) autoridade a outros membros para o desenvolvimento de algumas 
atividades específicas. É válido salientar que sempre que a expansão da 
estrutura do SCI se faça necessária, em termos de segurança, relacionamento 
com a imprensa e/ou articulação com outros agentes/instituições, deverão 
ser estabelecidas pelo comando as posições do staff de comando.
O CI pode designar, de acordo com o porte (magnitude) e a complexidade do 
incidente, qualquer uma de suas três áreas de apoio, que constituem a equipe de 
comando.
As designações dos ocupantes das funções descritas podem variar em função da 
magnitude do evento e de características próprias de cada instituição. 
De maneira didática apresentaremos no organograma abaixo a cadeia de comando 
básica entre o CI e seu staff:
Figura 8. Staff de Comando.
C
O
M
AN
D
O
 D
O
 IN
C
ID
EN
TE
Segurança
Porta-voz
Ligação
Fonte: Adaptado pelo autor.
44
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
Oficial de Segurança (OFS)
O oficial de segurança faz parte da equipe de comando. Ele é responsável por assessorar 
e apoiar o Comando do Incidente (CI) nas questões que envolvam o gerenciamento 
das ações de segurança associadas ao pessoal envolvido e aos recursos da estrutura de 
comando de incidentes, bem como quanto aos riscos inerentes aos cenários acidentais 
e às tarefas associados ao incidente e à área de operações.
A ele cabe ser o guardião e zelar pela segurança das operações em todas as suas fases, 
bem como avaliar situações perigosas e inseguras, tendo, assim, a responsabilidade 
pelo desenvolvimento de medidas para a segurança do pessoal envolvido no incidente. 
Tem ainda, dentro de suas atribuições e responsabilidades, o poder para prevenir 
ações inseguras quando a criticidade da situação exigir ações imediatas, 
geralmente faz as correções das ações com desvio ou condições inseguras por 
meio da cadeia de comando normal, respeitando a hierarquia estabelecida. O 
Oficial de Segurança (OFS) mantém-se inteirado e conhecedor de todas as 
ações e operações desenvolvidas.
Demais responsabilidades:
 » Obter relato do Comandante do Incidente (CI).
 » Apoiar o CI na reunião de objetivos e estratégias no que corresponde aos 
aspectos de segurança;
 » Identificar e reconhecer situações perigosas e de risco associados ao 
incidente e/ou à resposta à ocorrência.
 » Participar das reuniões de planejamento e auxiliar na revisão do Plano de 
Ação do Incidente (PIA).
 » Identificar situações potencialmente inseguras durante a execução de 
operações táticas e/ou ações de resposta. 
 » Fazer valer sua autoridade para prevenir e/ou neutralizar ações perigosas.
 » Investigar e analisar os incidentes e acidentes ocorridos no teatro das 
operações durante as ações de resposta.
 » Auxiliar na revisão do Plano Médico (SCI-206) e do Plano de Ação do 
Incidente.
 » Definir mensagens de segurança para o PAI.
45
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Oficial de informação pública (porta-voz)
O Oficial de Informações Públicas (OIP) é um membro da equipe de comando 
que ficará responsável pelo fluxo de informações entre o evento e a parte externa, 
ficando, dessa forma, responsável pelo contato com os meios de comunicação ou 
outras organizações/instituições que busquem informação direta sobre o evento. 
Ainda que todos os órgãos que estejam respondendo ao incidente possam 
designar membros de seu pessoal como oficiais de informação pública, durante 
o evento haverá somente um “porta-voz”.
Os demais poderão servir como auxiliares e apoiar as fases do processo de 
comunicação, mas as informações partem, obrigatoriamente, do “porta-voz” e 
para ele convergem, uma vez que ele é o responsável formal por elas. 
Lembrando-se de que toda informação que vá ser emitida ou passada, deverá 
ser anteriormente validada e aprovada pelo Comando do Incidente (CI).
O oficial de informação tem, dentre várias responsabilidades, que:
 » Receber do comandante do incidente os relatos iniciais.
 » Coordenar todas as atividades de informação pública do incidente.
 » Atuar de acordo com protocolos locais levando em consideração a 
estrutura legal que se aplica (se houver).
 » Estabelecer contato com a instituição jurisdicional para coordenar as 
atividades de informações.
 » Preparar comunicados à imprensa e enviá-los ao CI para análise e 
aprovação.
 » Coordenar e preparar o terreno para as coletivas de imprensa de 
CI bem como preparar os relatórios de status para as autoridades, 
conforme solicitado pelo CI.
 » Coordenar, com a Seção de Logística, a organização do espaço de 
trabalho do pessoal, dos materiais, dos equipamentos e dos suprimentos 
necessários.
 » Garantir que informações consolidadas e consistentes sejam mantidas 
a fim de fornecer informes aos atores externos ao incidente bem 
como à comunidade em geral.
46
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
 » Manter e/ou consolidar o registro fotográfico do incidente, se solicitado 
pelo CI.
 » Estabelecer um centro único de informações, sempre que possível.
 » Receber cópias atualizadas dos Formulários SCI-201 e 211.
 » Preparar resumo inicial de informações depois de chegar ao teatro 
das operações.
 » Respeitar as limitações para a emissão de informação que imponha o 
CI e obter aprovação deste para a emissão de qualquer informação bem 
como emitir notícias aos meios de imprensa e enviá-las ao Posto de 
Comando e a outras instâncias relevantes.
 » Estar presente nas reuniões visando atualizar as notas de imprensa.
 » Sempre que acionado, responder às solicitações de informes e informações.
Formato resumido de comunicado de imprensa
 » nome do incidente, evento ou operação; 
 » número da declaração;
 » data e hora do lançamento;
 » breve descrição do incidente, evento ou operação;
 » ações realizadas até o momento;
 » resultados durante o período operacional;
 » instituições participantes;
 » recursos disponíveis;
 » evolução esperada;
 » assinatura do CI;
 » data e hora do próximo comunicado;
 » assinatura de quem preparou o comunicado.
47
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Oficial de Ligação (OFL)
Podemos dizer que o oficial de ligação é o membro da equipe de comando responsável 
por articular as informações relativas às necessidades de gerenciamento do incidente 
com os atores externos do incidente e vice-versa.
É o ponto de contato entre os representantes das agências e órgãos públicos que 
estejam atuando na ocorrência ou que possam ser convocados para atuação. Isso 
inclui instituições e órgãos de primeira resposta, saúde, obras, energia elétrica, 
instituições públicas e privadas entre outras organizações no teatro das operações. 
Toda a informação deverá ser aprovada pelo Comando do Incidente (CI).
O oficial de ligação tem como responsabilidades principais:
 » Receber com o comandante do incidente o relato do evento.
 » Proporcionar um ponto de contato para os representantes de todas 
as agências e instituições presentes bem como manter atualização de 
referências por instituição/agências.
 » Atuar de acordo com protocolos locais e levando em consideração a 
estrutura legal que se aplica (se houver).
 » Fornecer um ponto de contato para representantes de instituições de 
ajuda e cooperação.
 » Desenvolver ações para resolver requisitos de gerenciamento de 
incidentes.
 » Monitorar operações para identificarproblemas atuais ou potenciais 
que possam vir a ocorrer entre as várias organizações presentes no 
teatro das operações.
 » Identificar os representantes de cada uma das instituições, incluindo 
sua localização e linhas de comunicação.
Decisão de expandir ou contrair a estrutura e os 
níveis de estrutura 
Sabemos que a flexibilidade atribuída à ferramenta SCI permite que ela tenha a 
prerrogativa de se expandir ou contrair visando atingir as diferentes necessidades 
impostas pelo incidente ao qual se está atendendo. Por isso, essa possibilidade de 
48
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
flexibilização torna o método de gerenciamento de incidentes mais assertivo 
e efetivo para qualquer tipo de evento, desde as complexas e críticas, as mais 
simples e comuns, tanto do ponto de vista financeiro (custo operacional) quanto 
da eficiência da abordagem do ponto de vista gerencial.
Em um evento, a decisão de expandir ou contrair a estrutura do SCI será 
fundamentada levando em consideração:
 » Proteção à vida. Esta é a prioridade para a decisão mais assertiva, na 
escala hierarquizada de tomada de decisão, essa é a principal. Por isso 
a prioridade zero deve ser sempre relativa à proteção da vida dos que 
respondem ao evento bem como da comunidade.
 » Estabilização do evento. O comando do incidente é o responsável por 
definir e estabelecer estratégia de tal forma que minimize os efeitos do 
sinistro sobre a área circundante e intensifique a resposta utilizando de 
forma racional e eficiente os recursos. Na ocorrência de um evento de 
pequeno porte, pode ser necessária a expansão diante da complexidade 
que se apresente (nível de exigência e de especificidade da resposta). 
 » Assertividade nas ações. Por exemplo: um incêndio em um pequeno 
depósito de produtos químicos agropecuários necessitará de uma 
estrutura expandida com posições especializadas (inflamáveis, tóxicos, 
venenos, explosivos). Já um incidente de grande magnitude, como um 
incêndio em uma grande madeireira, pode ser que se requeira estrutura 
simples de manejo de fogo e nada mais.
 » Preservação de bens patrimoniais. O Comando do Incidente tem sob 
sua guarda a responsabilidade de minimizar e/ou mitigar os danos 
patrimoniais, da mesma forma que cumpre com os objetivos de 
atendimento do evento.
Sempre que se necessitar de um tipo específico ou de uma quantidade de 
recursos que superam seu alcance de controle, outras seções poderão ser ativadas 
(Planejamento, Operações, Logística e Administração e Finanças) ou outras 
posições, conforme necessidade da demanda. Cada chefe de seção tem a liberdade 
e a autoridade para expandir ou retrair sua organização interna.
49
CAPÍTULO 3
Estrutura detalhada do SCI
Títulos e posições no SCI
As designações dos ocupantes das funções do Sistema de Comando de Incidentes 
(SCI) podem variar em função da magnitude (porte) do evento e de características 
próprias de cada instituição/agência envolvida no atendimento. De maneira didática, 
as designações seguem a seguinte terminologia:
 » Gerentes – também chamados de staffs de comando, assumem as 
funções de segurança, informação e ligação.
 » Chefes de seção – responsáveis por uma área funcional principal no 
incidente – planejamento, operações, logística e administração.
 » Encarregados – responsáveis pelo manejo de todas as atividades em 
uma instalação – por exemplo, a área de espera, a base.
 » Coordenadores, líderes ou supervisores – responsáveis por funções de 
apoio específicos a cada uma das funções anteriores.
Visando a execução coordenada e sistematizada das atividades desenvolvidas, deverá 
ser mantida uma organização, uma vez que, para que cada nível da organização e 
estrutura do SCI, existem posições específicas, e os responsáveis de cada estrutura 
têm títulos diferentes, os quais devem ser de conhecimento de todos que trabalham 
com esse sistema. Devemos observar e atentar a descrição abaixo:
 » Comando: comandante/oficiais
 » Seções: chefes
 » Setor: coordenador
 » Divisão/grupo: supervisores
 » Unidades: líderes
 » Instalações: encarregado
50
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
Setor
Nível da estrutura com responsabilidade funcional ou geográfica designada pelo 
CI, sob direção de um chefe de seção.
O CI pode implementar setores funcionais (operações aéreas, controle de 
trânsito). Também podem ser setores geográficos que conduzirão operações em 
áreas geográficas delimitadas. Na estrutura do SCI os setores são encontrados 
nas seções de operações e logística.
Unidade
Nível da estrutura que tem a função de apoiar as atividades de planejamento, 
logística e administração e finanças.
Por exemplo, a Seção de Planejamento tem a Unidade de Documentação que recolhe 
e mantém todos os documentos do incidente; a Seção de Logística possui a Unidade 
Médica, a Unidade de Alimentos e outras.
Divisão
Nível da estrutura que tem a responsabilidade de atuar dentro de uma área geográfica 
definida. As divisões cobrem operações em áreas geográficas delimitadas quando o 
número de divisões ou grupos excede os cinco recomendados para o alcance de 
controle do chefe de seção. Caso existam várias instituições com competência 
no incidente, convém que os recursos sejam administrados sob suas linhas de 
subordinação.
Grupo
Nível da estrutura que tem a responsabilidade de uma designação funcional 
específica. Os grupos cobrem funções específicas de operação.
O primeiro nível da estrutura se define com recursos únicos, forças-tarefa e equipes 
de intervenção.
A divisão e o grupo são níveis organizacionais que se encontram entre força-tarefa, 
equipe de intervenção, recursos únicos e o nível de setor (caso este tenha sido 
implementado).
51
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Note-se que, a partir de grupo, as posições que seguem indicam níveis dentro da 
estrutura. Esses níveis serão estabelecidos à medida que o alcance de controle 
se faça necessário. Podem ter responsabilidades funcionais específicas (grupo) 
ou desempenhar funções em uma área geográfica delimitada (divisão). Em uma 
divisão poderão funcionar vários grupos.
Excedendo o alcance de controle no nível de grupo e divisão implementa-se 
setores para garantir esse princípio.
Essas mudanças ocorrem exclusivamente na seção de operações e está diretamente 
relacionada com o princípio do alcance de controle.
Excedendo o alcance de controle no nível de grupo e divisão implementam-se 
setores para garantir o princípio.
52
UNIDADE IIIFUNÇÕES DO STAFF 
GERAL DO SCI
CAPÍTULO 1
Seções do SCI
Seções da Estrutura Organizacional de 
Resposta (EOR) do organograma do SCI
As seções são níveis da estrutura de resposta que têm a responsabilidade de uma 
área funcional principal no incidente/evento (Planejamento, Operações, Logística, 
Administração e Finanças).
As seções são posições subordinadas diretamente ao comando do incidente, estão sob a 
responsabilidade de um chefe e contêm unidades específicas.
Figura 9. Staff Geral (Seções).
Comando do 
incidente
Planejamento Operações Logistica Finanças
Fonte: Adaptado pelo autor.
Cargos e responsabilidades da Seção de 
Planejamento
As funções dessa seção incluem recolher, avaliar, difundir e usar a informação 
acerca do desenvolvimento do incidente e manter um controle dos recursos. 
Ela elabora o Plano de Ação do Incidente (PAI), o qual define as atividades de 
resposta e o uso dos recursos durante um período operacional. Sob sua direção, 
53
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
estão os líderes das Unidades de Recursos, de Situação, de Documentação, de 
Desmobilização e Unidades Técnicas.
O chefe da Seção de Planejamento está subordinado diretamente ao comandante do 
incidente. É ele quem determina a estrutura interna da seção e é responsável por:
 » Obter diretamente com o Comando do Incidente (CI) as informações 
sobre o evento.
 » Acionar e ativar as unidades da Seção de Planejamento.
 » Designar, de forma apropriada,

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