Buscar

aula_4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sintaxe e discurso
Apresentação
Seja bem-vindo! 
O discurso é uma crença, prática ou conhecimento que constrói a realidade e fornece uma maneira 
comum de compreender o mundo pelos indivíduos. Pragmaticamente, é a linguagem em uso e seus 
efeitos em diferentes contextos sociais. Os atos de falar ou escrever são formas de ação da 
linguagem, orientadas para algum fim dentro de um contexto, que interagem de maneira linguística, 
cognitiva e sociocultural. Assim, essas ações da linguagem são o que se admite como as formas de 
comunicação e de representação do mundo, sejam reais ou imaginárias. Portanto, analisar os atos 
de fala corresponde a fazer uma análise do discurso.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre os conceitos de atos de fala e de discurso 
para relacioná-los à sintaxe do espanhol e a seu uso coloquial. Além disso, você poderá ver que a 
língua perpassa o texto escrito e é fundamental para um estudioso da linguagem.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir fala e discurso.•
Relacionar a análise do discurso com a sintaxe. •
Analisar a sintaxe coloquial no discurso.•
Infográfico
Searle (1990) recomeçou e aperfeiçoou a classificação dos atos de fala de Austin (1962), 
estabelecendo uma classificação de cinco categorias gerais baseadas nos atos ilocutórios de fala. O 
que caracteriza essas categorias são os verbos performativos, os quais você deve reconhecer.
Veja o seguinte Infográfico, com o qual será mais fácil entender as classificações dos atos 
ilocutórios de fala.
Conteúdo do livro
Sabe-se que a linguagem tem um significado poderoso nas relações sociais e representa, em grande 
parte, os fundamentos do comportamento social e da interação humana. Por essa razão, as 
perspectivas do conhecimento pós-moderno, da teoria crítica e do construtivismo social abordaram 
a linguagem a partir de sua perspectiva pragmática e seu papel na constituição do mundo social.
O discurso constrói a realidade e fornece uma maneira comum de compreender o mundo pelos 
indivíduos, e pragmaticamente é a linguagem em uso e seus efeitos em diferentes contextos 
sociais.
Os atos de falar ou escrever são formas de ação da linguagem orientadas para algum fim dentro de 
um contexto. Assim, essas ações da linguagem são admitidas como formas de comunicação e de 
representação do mundo. 
 
No capítulo Sintaxe e discurso, da obra Sintaxe da língua espanhola, você verá inicialmente uma 
abordagem dos conceitos de atos de fala e de discurso. Numa segunda etapa, você entenderá a 
relação desses atos com a abordagem sintática.
 
SINTAXE DA 
LÍNGUA ESPANHOLA
Roberta Spessato
Revisão técnica:
Marina Leivas Waquil
Doutora e Mestra em Letras – Teorias Linguísticas do Léxico 
Bacharel em Letras – Português/Espanhol 
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin - CRB -10/2147
S749s Spessatto, Roberta.
Sintaxe da língua espanhola / Roberta Spessatto, 
Aline Bizello; [revisão técnica: Marina Leivas Waquil] . – 
Porto Alegre: SAGAH, 2018.
249 p. : il. ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-495-3
1. Língua espanhola – Sintaxe. I. Bizello, Aline. II.Título.
CDU 811.134.3’367
Sintaxe_lingua_espanhola_Book.indb 2 20/07/2018 11:28:59
Sintaxe e discurso
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir fala e discurso.
  Relacionar a análise do discurso com a sintaxe.
  Analisar a sintaxe coloquial no discurso.
Introdução
O discurso é uma crença, prática ou conhecimento que constrói a rea-
lidade e fornece uma maneira comum de compreender o mundo. Do 
ponto de vista pragmático, é a linguagem em uso e seus efeitos em 
diferentes contextos sociais. Os atos de falar ou escrever são formas de 
ação da linguagem orientadas para algum fim dentro de um contexto, 
e que interagem de maneira linguística, cognitiva e sociocultural. Assim, 
essas ações da linguagem são o que admitimos como as formas de 
comunicação e de representação do mundo, sejam reais ou imaginárias. 
Portanto, analisar os atos de fala corresponde a fazer uma análise do 
discurso. Da mesma forma, compreender que a língua perpassa o texto 
escrito é fundamental para um estudioso da linguagem.
Neste capítulo, você aprenderá sobre os conceitos de atos de fala e 
de discurso. Em seguida, estudará sobre como relacioná-los à sintaxe do 
espanhol e ao seu uso coloquial.
Atos de fala e discurso: uma breve análise
Sabe-se que a linguagem tem um signifi cado poderoso nas relações sociais e 
representa, em grande parte, os fundamentos do comportamento social e da in-
teração humana. Por essa razão, as perspectivas do conhecimento pós-moderno, 
U N I D A D E 2 
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 1 10/07/2018 14:47:06
da teoria crítica e do construtivismo social abordaram a linguagem a partir 
do ponto de vista pragmático e do seu papel na constituição do mundo social.
Discurso
Os atos de falar ou escrever são formas de ação da linguagem orientadas 
para algum fi m dentro de um contexto, e que interagem de maneira linguís-
tica, cognitiva e sociocultural. Assim, essas ações da linguagem são o que 
admitimos como as formas de comunicação e de representação do mundo, 
sejam reais ou imaginárias. Segundo Calsamaglia e Tuson (2008), falar de 
discurso é, acima de tudo, falar de uma prática social, uma forma de ação 
entre as pessoas, que é articulada a partir do uso linguístico contextualizado, 
oral ou escrito. Trata-se de uma representação do mundo real ou imaginário. 
Em outras palavras, o mundo é compreendido linguisticamente por meio de 
processos de intersubjetividade localizados em contextos sociais específi cos.
Desse modo, segundo Calsamaglia e Tuson (2008), o mundo pode ser 
entendido de maneira contextual e situacional dos sujeitos como geradores de 
realidades — e a linguagem revela as suas mensagens. Agora, se a linguagem 
e a forma de comunicação e representação do mundo são canalizadas em 
pedaços textuais, então as suas declarações não são apenas uma combinação 
de palavras. O discurso é uma interação entre o falante e o ouvinte, ou o 
originador de uma mensagem e os seus destinatários.
Além disso, todo texto deve ser entendido como um evento comunicativo 
— que ocorre em um tempo e espaço com interação que integra aspectos 
verbais e não verbais — em uma dada situação sociocultural. Portanto, para 
que um evento comunicativo seja transmitido e compreendido, é necessário 
um contexto; nessa contextualização de cenário, estão emanando os conceitos 
de discurso e de análise do discurso.
Em linhas gerais, de acordo com Jaworski e Coupland (2006), um discurso 
refere-se ao uso da linguagem relacionado à formação cultural, social e política 
dos indivíduos, determinado por suas interações na sociedade. Desse modo, 
discursos emanam de interações sociais compartilhadas entre grupos sociais 
e estruturas complexas da sociedade nas quais eles são capturados, e vão 
além da própria linguagem para incluir as ações e os comportamentos das 
pessoas. Mais especificamente, de acordo com Parker (1990), o discurso faz 
diferença na concepção de linguagem, uma vez que os seus efeitos só podem 
ser compreendidos no contexto em que são formados. Portanto, o discurso não 
se refere a textos em si, mas implica padrões e comunidades de conhecimento 
e de estruturas, nas quais um texto é uma realização única de um discurso.
Sintaxe e discurso2
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 2 10/07/2018 14:47:06
O discurso é uma crença, prática ou um conhecimento que constrói a 
realidade e fornece uma maneira comum de compreender o mundo. Pragmati-
camente, é a linguagem em uso e seus efeitos em diferentes contextos sociais. 
Vários autores que buscam a sua compreensão: Iñiguez (2003) refere-se ao 
discurso como um conjunto de práticas linguísticas que mantêm e promovem 
certas relações sociais; Mills (2007) analisa os significados do discurso em 
várias definições existentes (linguística, teoria culturale psicologia social), 
sintetizando o discurso como um idioma do sistema para a comunicação e 
afirmando que certas declarações causam algum efeito no mundo real; Wodak 
e Krzizanowski (2008) descreve o discurso como uma ação linguística de 
comunicação escrita, visual ou oral, assumida pelos atores sociais em um lugar 
específico, determinado por regras, normas e convenções sociais.
Consequentemente, o discurso fornece um quadro de referência para o 
debate de valores na forma de conversas sobre a realidade de outros. Portanto, 
não apenas descreve o mundo social, mas também o categoriza, pois captura o 
fenômeno em sua revelação. Por um lado, as práticas habituais de conversação 
e escrita são entendidas na forma de textos que estão inter-relacionados; por 
outro lado, referem-se à prática de sua produção, disseminação e recepção ou 
consumo, que envolve a inclusão de objetos dentro delas.
Atos de fala
A teoria dos atos de fala é uma teoria pragmática que se originou a partir da 
hipótese de que a unidade mínima de linguagem não tem apenas como função 
ser uma afi rmação ou uma expressão, mas também realizar determinados atos ou 
ações, como enunciar, fazer perguntas, dar ordens, descrever, explicar, desculpar, 
agradecer, parabenizar. O primeiro pesquisador a apresentar essa hipótese e propor 
uma teoria dos atos de fala, de acordo com Geis (1995), foi Austin (1962). Com 
seu livro How to do things with words, tornou-se o pai da teoria dos atos de fala, 
pois foi o primeiro a estabelecer que, ao se dizer uma coisa, também se fazia outra 
(além do simples ato de dizer), como perguntar ou prometer. Isso signifi ca que, 
por trás de cada transmissão, há uma intenção. Em outras palavras, quando um 
falante pronuncia uma sentença, ela não apenas descreve ou informa algo, mas 
representa uma ação por conta própria. Em sua teoria, Austin (1962) identifi cou 
que três atos diferentes são realizados no momento da emissão de uma sentença.
1. Ato locutório: é a ideia ou o conceito da frase — o que é dito. Corres-
ponde ao conteúdo da declaração, ou seja, ao significado do que foi dito 
ou ainda à informação que a declaração entrega. Por exemplo, ao dizer 
3Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 3 10/07/2018 14:47:06
“dame tu bolígrafo”, o ato de sucesso corresponde aos significados das 
palavras que compõem a frase. Em resumo, é o simples ato de dizer 
alguma coisa.
2. Ato ilocutório: é a intenção ou o propósito concreto do ato de falar. 
Refere-se à intenção do emissor e à ação realizada por meio do extrato, 
por exemplo, pedir desculpas, aconselhar, repreender. É a parte da ação 
realizada pelo orador por meio de sua declaração. No exemplo “dame 
tu bolígrafo”, o que o remetente faz é um pedido: dar a caneta. Em 
resumo, é a intenção do que foi dito.
3. Ato perlocutório: é o efeito que a declaração produz no receptor em 
determinada circunstância. É o efeito que o ato ilocutório produz no 
mundo, a consequência que tem sobre quem o recebe. Esse ato perlocu-
tório pode ser mais ou menos ativo: por exemplo, se um padre abençoa 
uma pessoa, o ato perlocutório deve ser abençoado, o que não implica 
nenhuma ação por parte do receptor. Por outro lado, se o ato ilocutório 
é uma petição, o ato perlocutório será o cumprimento desse pedido. 
Mais tarde, Searle (1990) retomou e aperfeiçoou a teoria dos atos de fala de 
Austin, fazendo uma extensão da análise. Nela, ele propõe atos de fala, atos 
linguísticos ou atos de linguagem para estudar alguns problemas da filosofia 
da linguagem. Com isso, estabelece que é importante estudá-los, pois falar uma 
língua consiste em realizar atos de fala, como fazer declarações, dar ordens, 
fazer perguntas. Segundo Searle (1990), os atos de fala são divididos em três:
1. ato de emissão — a emissão de palavras, morfemas ou sentenças;
2. ato proposicional — o ato de referir e pregar;
3. ato ilocutório — o ato de perguntar, enviar, prometer, entre outros.
Vale ressaltar que, para Searle (1990), esses atos não são realizados sepa-
radamente: ao realizar atos ilocutórios, os atos proposicionais e de emissão 
também são realizados. O autor também se refere à forma gramatical desses 
atos. A esse respeito, aponta que a forma gramatical característica do ato ilo-
cutório é a sentença completa (pode ser uma frase que consiste em uma única 
palavra), e as formas gramaticais características dos atos proposicionais são 
partes de sentenças — predicados gramaticais para o ato de pregar, e nomes 
próprios, pronomes e certas frases para referência.
Sintaxe e discurso4
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 4 10/07/2018 14:47:06
Atos ilocutórios
Primeiramente, devemos estabelecer que os atos ilocutórios, como Searle (1990) 
aponta, não são feitos por palavras, mas por falantes, ao emitir palavras. O falante é 
aquele que determina a força ilocutória, isto é, a força comunicativa da afi rmação.
Os dispositivos de força ilocutória são importantes, pois, para o autor, 
mostram como a proposição deve ser tomada ou, em outras palavras, qual 
a força ilocutória que a emissão deve ter — que ato ilocutório o orador está 
fazendo ao emitir a sentença. Segundo Searle (1990), alguns dispositivos da 
força ilocutória, em espanhol, são o contexto, a ordem das palavras, a ênfase, 
a curva de entonação, a pontuação, o modo verbal e os chamados verbos 
realizadores (aqueles que explicitam o ato de falar que é realizado). Searle 
(1990) divide atos ilocutórios em diretos e indiretos.
Os atos ilocutórios diretos são aqueles em que o falante emite uma oração, 
e a oração significa explícita e literalmente o que ela expressa em si mesma. 
Nesses casos, o falante pretende produzir um efeito ilocutório, que consiste 
simplesmente no receptor compreender a expressão do falante. Esse efeito é 
alcançado quando o receptor, a partir de seu conhecimento das regras que 
governam a emissão da sentença, reconhece a intenção do falante.
Os atos ilocutórios indiretos são aqueles em que o orador emite uma 
sentença que significa o que é dito, mas também significa outra coisa. Se-
gundo Searle (1990), a maioria das sentenças é emitida como atos ilocutórios 
indiretos, que consistem em atos primários e secundários. Os primários são 
o significado não literal da expressão vocal, enquanto os secundários são a 
emissão da sentença em seu sentido literal. Um falante realiza atos ilocutórios 
indiretos confiando no contexto ou no conhecimento que ele compartilha com 
o seu receptor (seja linguístico ou extralinguístico), bem como na capacidade 
de inferência do seu receptor.
Categorias de atos ilocutórios
Searle recomeçou e aperfeiçoou a classifi cação de Austin (1962). Para ele, a 
classifi cação austiniana não era uma classifi cação de atos ilocutórios, mas 
de verbos ilocutórios. Assim, sete anos após a publicação do pai dos atos de 
fala, Searle (1979) estabeleceu uma classifi cação de cinco categorias gerais 
baseadas nos atos ilocutórios de fala. Veja a seguir a classifi cação proposta 
pela Searle (1979).
5Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 5 10/07/2018 14:47:06
1. Atos afirmativos: a intenção do falante é expressar ao receptor como 
as coisas são. Mostram a crença do locutor em relação à verdade de 
uma proposição, como afirmar, dizer, etc., isto é, expressam o estado 
psicológico do falante na realização do ato de fala, acreditando que a 
proposição é verdadeira.
Hoy hace sol.
2. Atos diretivos: a intenção do falante é fazer com que o receptor faça 
alguma coisa. O endereço de correspondência é do mundo para as pa-
lavras; a condição de sinceridade é o desejo. Tentam levar o alocutário 
a fazer algo, como ordenar, pedir, mandar.
Haz las tareas de español.
3. Atos comissivos: a intenção do orador é comprometer-se a realizar um 
ato futuro. O endereço de correspondência é do mundo para as palavras, 
e a condição de sinceridade é a intenção. Comprometem o locutor com 
uma ação futura, como prometer, garantir.
Prometo que estudiaré más.
4.Atos expressivos: a intenção do falante é expressar os seus sentimentos 
e atitudes. Não há endereço de correspondência, uma vez que, ao realizar 
um ato desse tipo, o falante tentará fazer o endereço de correspondência 
do mundo para as palavras, ou vice-versa. Expressam sentimentos como 
desculpar, agradecer, dar boas-vindas.
Te felicito por tu éxito como actor.
5. Atos declarativos: a intenção do falante é provocar uma mudança 
no mundo por meio de suas declarações. Esses atos criam um novo 
estado de coisas no mundo por meio da palavra, por exemplo, quando 
os sacerdotes abençoam ou casam duas pessoas, e quando os juízes 
sentenciam. Requer certo nível de autoridade por parte daquele que as 
emite, por exemplo, o de um professor, ao expulsar um aluno da classe. 
Estás suspendido de esta clase.
Sintaxe e discurso6
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 6 10/07/2018 14:47:06
A partir do panorama geral da teoria dos atos de fala que foi estabelecido 
aqui, pode-se concluir que falar uma língua consiste em realizar atos de fala. 
Consequentemente, por trás de cada transmissão, há sempre uma intenção 
que se reflete na força ilocutória. Portanto, o significado de uma frase ou um 
discurso não é completo se apenas o significado proposicional é interpretado 
e a força ilocutória que o acompanha é ignorada. Da mesma forma, os atos 
de fala, quando são emitidos, não são feitos por palavras, mas por falantes. 
Logo, é necessário que o receptor considere a ordem das palavras, as pausas, 
a ênfase, a entonação, o modo verbal e os verbos executados, entre outros 
elementos, para transmitir a força ilocutória da mensagem. 
A omissão de qualquer um desses elementos pode fazer com que a inten-
cionalidade da fala não ocorra. Por exemplo, ao se tratar de um trabalho de 
tradução simultânea, é importante que o intérprete conheça a teoria dos atos 
de fala e os conceitos nela contemplados. Assim, ao interpretar, poderá iden-
tificar mais facilmente o ato do orador, já que é possível levar a interpretação 
para além das palavras. A reflexão e a teorização sobre atos de fala permitem 
melhorar a qualidade da interpretação: conhecer os tipos de atos de fala que 
são mencionados na classificação possibilita identificar as suas características, 
que se referem à intenção, à condição de sinceridade do falante e à fala. Dessa 
forma, o intérprete pode facilmente concentrar-se nesses elementos e, assim, 
evitar alterar a intencionalidade do discurso.
Em determinado texto, de acordo com Fairclough (1989), o vocabulário pode ser 
ideologicamente significativo em relação aos itens lexicais em si ou à colocação das 
palavras — pode até ser que algumas palavras sejam marcadas ideologicamente. Para 
o autor, as palavras possuem um valor experimental correspondente à relação com o 
conhecimento e/ou com as crenças que carregam o seu conteúdo. 
A escolha de palavras em um texto depende das relações sociais entre os participan-
tes, ajudando a criar esses relacionamentos. Isso significa que as palavras tendem a ter 
valores relacionais simultâneos a outros valores. Dois tipos discursivos semelhantes, 
mas com palavras diferentes, não conterão necessariamente o mesmo valor ideológico, 
porque um orador expressa as suas avaliações individuais de acordo com o vocabulário 
e a entonação decididos para as suas crenças. 
7Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 7 10/07/2018 14:47:06
A interface da análise do discurso com a sintaxe
O discurso é a expressão formal de um ato comunicativo, que é apresentado 
sob diversas manifestações (oral e escrita, por exemplo). Do ponto de vista 
formal, o discurso geralmente consiste em uma série de sentenças; do ponto 
de vista da signifi cação, tem uma natureza dinâmica. Portanto, não é possível 
descrevê-lo em termos de regras (como no caso da oração), mas de regulari-
dades. Em essência, o discurso não é um produto, mas sim um processo, cujo 
aspecto mais proeminente é o seu propósito comunicativo. 
Já a sintaxe lida com a estrutura interna das sentenças, isto é, a combinação 
das palavras que as compõem. A oração é a sua unidade máxima; portanto, é 
necessária uma definição geral dessa noção fundamental. Com efeito, existem 
centenas de definições, com base em critérios variados, nos quais a semântica 
predomina. Lembre-se de algumas das definições propostas pelos gramáticos:
“La oración es la unidad más pequeña de sentido completo en 
sí misma en que se divide el habla real.”
(REAL ACADE MIA ESPAÑOLA, 1973, p. 351-352)
“Expresión verbal de un juicio.” (GILI Y GAYA, 1964, p. 22)
“Una oración expresa la unidad en la intención del hablante.”
(ALONSO Y UREÑA, 1938, p. 10)
Tais definições receberam diversas críticas, visando à vinculação da gra-
mática tradicional a noções intuitivas e não estritamente gramaticais. Embora 
seja correto destacar o fator intuitivamente mais relevante, é bastante complexo 
estabelecer o seu conceito. Como definir o que é o “sentido completo”? Por 
exemplo, para a expressão “¡Hola!”, falta significado completo para além do 
contexto apropriado?
De acordo com os gramáticos Alonso e Ureña (1938), o que se entende 
por tal exigência é que as intenções dos falantes se manifestam a partir dos 
atos de fala que eles realizam. Assim concebido, o significado completo está 
relacionado aos atos de fala, que podem ser realizados por meio de sentenças. 
A partir dessa perspectiva, a oração seria uma unidade comunicativa, ou seja, 
um ponto de vista compartilhado pela terceira definição. 
O problema é que os limites de um ato de fala nem sempre coincidem com 
os da oração. A segunda definição apela, por sua vez, a um critério lógico. 
Enquanto orações declarativas costumam expressar um julgamento, esse 
Sintaxe e discurso8
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 8 10/07/2018 14:47:07
critério não se aplica em frases interrogativas, imperativas e exclamativas. 
Como outras noções, Bloomfield (1964) propôs uma definição de oração em 
termos distributivos, em que a oração é um termo linguístico independente; 
sendo que as sentenças são caracterizadas pela sua autonomia gramatical. 
O que todas as definições examinadas têm em comum é que consideram 
a oração como uma unidade de comunicação, isto é, como a unidade na qual 
um texto pode ser dividido. Como tal, é definida em termos extragramaticais: 
semântico, pragmático e fonológico. Nesse sentido, a oração é uma unidade 
que corresponde à análise do discurso, e não à própria gramática. Assim 
consideradas, as orações podem ser perfeitamente compreensíveis e eficazes 
como partes de um texto (uma conversa, uma música ou uma letra), mas 
não permitem antecipadamente uma definição em termos dos componentes 
necessários de oração em seu sentido gramatical.
Assim, cabe afirmar que a oração constitui o limite entre o gramatical e 
o discursivo. Entendemos o termo discurso em seu sentido mais amplo (oral 
ou escrito), como uma sequência coerente de sentenças. Nessa perspectiva, 
mesmo sendo unidades da mesma natureza, a oração e o discurso se diferenciam 
nas suas respectivas dimensões. Inclusive, tentou-se aplicar procedimentos 
distribucionais ao domínio do discurso. Analise os exemplos abaixo:
Martín ha salido temprano de la tienda. Sin embargo, todavía 
no ha regresado a su casa.
Marta se pasó el día preparando las pruebas. 
La pobre todavía no las ha terminado.
É possível perceber que as segundas orações dos exemplos citados acima 
não poderiam iniciar o discurso, pois elas são dependentes do contexto prece-
dente. Em “Martín ha salido temprano de la tienda. Sin embargo, todavía no 
ha regresado a su casa”, a presença da conjunção sin embargo não representa 
apenas a oposição, manifestada pelo seu sentido, mas também carrega a omis-
são do sujeito e faz com que exista uma dependência dessa oração à anterior. 
Em “Marta se pasó el día preparando las pruebas. La pobre todavía no las 
ha terminado”, há duas expressões que se referem aos respectivos registros 
presentes na frase anterior:La pobre, ou seja, Marta; no las ha terminado, ou 
seja, o pronome de objeto direto las se refere a las pruebas. 
Ao discutirmos a relação entre sintaxe e discurso, devemos pensar na ora-
ção como uma unidade gramatical idealizada, muito distante dos enunciados 
9Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 9 10/07/2018 14:47:07
efetivos dos falantes. Se pensarmos apenas numa palavra (falada ou escrita), 
esta geralmente vai desencadear uma interpretação na pessoa que a escuta ou 
lê, em um processo muitas vezes inconsciente e automático. Nesse sentido, 
há muito tempo pensava-se que a linguagem era transparente, no sentido de 
que não havia opacidade entre o signo e o seu conteúdo, e que, portanto, era 
possível decifrar o que significava. Da mesma forma, o valor representativo 
das línguas estava enraizado em sua capacidade de analisar, duplicar, compor 
e ordenar as coisas representadas.
De fato, de acordo com Foucault (1969), também se acreditava que as ca-
tegorias de linguagem coincidiam com as categorias de pensamento — razão 
pela qual todas as línguas expressam diferentemente o desenho perfeito de uma 
linguagem comum e universal. No entanto, quando a palavra não responde à 
ordem de quem a escuta ou lê, a sua transparência se perde. A linguagem se 
torna opaca, e se manifesta uma diferença que afeta a interpretação não só 
do que é dito, mas também do que pode ser falado.
As diferenças no discurso entre interlocutores e processos interpretativos 
que são acionados nos levam a considerar, em primeiro lugar, que a estrutura 
linguística não é tão perfeita ou padronizada. Além disso, a relação entre 
pensamento e linguagem nem sempre é harmoniosa, pois, segundo Vygotsky 
(1995), o pensamento e a palavra nem sempre seguem o mesmo padrão. Em 
essência, nem sempre se pode pensar que a língua que falamos é a mesma 
estrutura organizada do pensamento. 
De acordo com Milner (1998), é impossível distinguir diferentes níveis 
de fala que a linguística tem estabelecido para estudar a língua. Esse objeto, 
por outro lado, tem sido recortado da linguagem em uma operação que se 
estabeleceu como ciência. Dessa forma, devemos considerar que o significado 
de uma palavra tem implicações para o estabelecimento da frase e do sentido 
de toda a construção discursiva. Ao mesmo tempo, o significante, uma vez 
conformado às afirmações em uso, não pode mais ser estudado na abstração 
de uma estrutura, mas em outra dimensão. Em outras palavras, ele apenas 
poderá ser analisado em uma estrutura de superfície da língua, e a relação 
com o significado será gerada em determinado campo discursivo, no qual o 
enunciado foi escrito ou proferido.
Portanto, sintaxe e análise do discurso não se opõem, mas se complemen-
tam. Há aspectos do discurso que dependem da organização das orações, e 
elementos dessa frase que transcendem as suas fronteiras. No entanto, não 
devemos esquecer que a oração (no sentido gramatical) e o discurso são dife-
rentes objetos de análise. Somente no contexto da frase podem ser formuladas 
regras que estabelecem a gramaticalidade. A presença de mecanismos formais 
Sintaxe e discurso10
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 10 10/07/2018 14:47:07
coesos não garante a coerência de um discurso. Por outro lado, para que uma 
sentença seja gramatical, é suficiente que as regras da gramática sejam cum-
pridas. Assim, por exemplo, a concordância entre sujeito e verbo em número 
e pessoa é uma condição necessária para que uma sentença seja gramatical; 
se a regra for violada, a sequência inevitavelmente será malformada.
A análise crítica do discurso (ACD), de acordo com Van Dijk (2016), é um tipo de pesquisa 
que enfoca a análise discursiva e estuda, principalmente, a maneira como o abuso de 
poder e a desigualdade social são representados, reproduzidos, legitimados e resistidos 
no texto. Essa análise apresenta contextos sociais e políticos. Com essa pesquisa, os 
analistas críticos do discurso tomam uma posição explícita e, assim, procuram com-
preender, expor e desafiar o abuso de poder e a desigualdade social. Essa é também 
a razão pela qual essa análise pode ser caracterizada como um movimento social de 
analistas discursivos politicamente engajados.
Como prática analítica, os estudos sobre essa análise — conhecidos como estudos 
críticos do discurso — seguem uma perspectiva crítica, que pode ser encontrada 
em todas as áreas dos estudos do discurso, incluindo a gramática discursiva, a 
análise conversacional, a pragmática do discurso, a retórica, a estilística, a análise 
narrativa, a análise de argumentação, a análise da semiótica social, a sociolinguística 
e a etnografia da comunicação ou a psicologia do processamento do discurso, 
entre outros. Em outras palavras, esses estudos representam o estudo do discurso 
com uma atitude.
A pesquisa crítica do discurso tem, entre outras, as seguintes propriedades gerais.
  Concentra-se, principalmente, nos problemas sociais e nas questões políticas, em vez 
de apenas estudar as estruturas discursivas fora de seus contextos sociais e políticos.
  É geralmente uma análise crítica multidisciplinar dos problemas sociais.
  Em vez de meramente descrever estruturas discursivas, tenta explicá-las em termos 
de suas propriedades de interação social e, especialmente, de estrutura social.
  Mais especificamente, enfoca os modos pelos quais as estruturas discursivas re-
presentam, confirmam, legitimam, reproduzem ou desafiam as relações de abuso 
de poder (dominação) na sociedade.
Fairclough e Wodak (1997 apud DIJK, 2016) resumiram as principais características 
da ACD da seguinte forma.
  A ACD aborda problemas sociais.
  Relações de poder são discursivas.
  O discurso constitui sociedade e cultura.
  O discurso tem implicações ideológicas.
  O discurso é histórico.
  A relação entre texto e sociedade é mediada.
  A análise discursiva é interpretativa e explicativa.
  O discurso é uma forma de ação social.
11Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 11 10/07/2018 14:47:07
A sintaxe coloquial e a sua função discursiva
A análise do discurso se preocupa em relacionar a linguagem e o contexto 
em que ela é usada, ou seja, o discurso é um fenômeno linguístico e social. 
Um dos pontos a ser estudado na análise do discurso é a “ideologia”, que 
Gee (1990) defi ne como uma teoria tácita do que é visto como normal e das 
formas corretas de pensar, sentir e agir em uma sociedade. Contudo, por mais 
que existam muitos estudos acerca dessa disciplina, segundo Charaudeau 
(2000), a palavra “discurso” ainda mantém um caráter polissêmico e uma 
ambiguidade referencial, já que não é unânime a sua noção em relação aos 
limites desse tema — denominado análise do discurso ou linguística discursiva. 
No entanto, mesmo que haja diversas abordagens sobre o caráter discursivo 
da linguagem, um ponto é convergente: existem atos de fala que podem ser 
tanto formais quanto informais, os quais devem ser expostos e analisados nos 
estudos linguísticos.
As línguas naturais
Por mais que tentemos descrever o espanhol linguisticamente, não podemos 
visualizá-lo como parte de uma ciência intacta, que segue um modelo espe-
cífi co. Segundo Franchi (1977), a linguagem natural permanece um instru-
mento de uma prática primitiva, que se estrutura a partir de experiências e 
de reformulação constante. Em outras palavras, estudar uma língua natural 
representa estudar as constantes modifi cações que ela sofre e estar apto a 
concebê-las não como erros, mas como reestruturações que representam a 
sociedade na qual ela se insere.
Sabendo que a língua é viva e que o seu uso não necessariamente corres-
ponde à norma culta, imposta (principalmente) pelas gramáticas escolares, cabe 
ressaltar que o uso cotidiano da língua espanhola é conhecido como “espanhol 
coloquial”, o qual varia muito de acordo com a comunidade linguística em 
questão. Temos, assim, características específicas do espanhol rio-platense 
(localizado no Uruguaie na Argentina), do espanhol chileno, do colombiano, 
do mexicano, do madrileno, etc., de acordo com os países e as regiões em que 
o idioma é falado.
O espanhol coloquial
O espanhol coloquial é uma variante diafásica da língua, isto é, não depende 
da educação ou do nível sociocultural do falante, mas deriva das circunstân-
Sintaxe e discurso12
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 12 10/07/2018 14:47:07
cias que favorecem a aparência do seu uso. Em resumo, ele é uma variedade 
fundamentalmente oral, embora o surgimento de mídias como chat ou e-mail 
tenha favorecido o desenvolvimento de uma comunicação coloquial escrita. 
Segundo Briz (1998), a linguagem varia no tempo (variedade diacrônica), no 
espaço (variedade diatópica), de acordo com as características dos usuários 
(variedade diastrática) e com as diferentes situações comunicativas (variedade 
diafásica). Essas variedades são, respectivamente, diferentes estados sincrô-
nicos ao longo da história da língua, dialetos, socioletos e registros. Estes 
últimos são, portanto, modos de uso determinados pelo contexto comunicativo. 
Para Briz (1998), a gramática coloquial do espanhol é uma “gramática de 
interação”: estudar o discurso representa uma relação de produção e recepção 
em uma situação comunicativa, a qual reflete planos e metas entre os falantes 
e os ouvintes. Assim, podemos nos referir à mesma pessoa ou pensar em nós 
mesmos: nosso comportamento linguístico depende principalmente da situação 
em que estamos inseridos. A forma como falamos com os nossos amigos em 
um parque, por exemplo, é muito diferente da maneira como falaremos com 
os pais de nossos alunos.
De acordo com Briz (1998), é o contexto de comunicação que regula os 
comportamentos linguísticos e extralinguísticos dos falantes, que geralmente 
se esforçam para acomodar os seus atos cotidianos de comunicação à situação 
em que ocorrem. Assim, o espanhol coloquial não representa apenas o estudo 
do espanhol informal, mas também o estudo da língua espanhola em uso. 
Segundo Briz (1998, p. 36), o espanhol coloquial sistematicamente é a: 
[...] manifestação de uso da linguagem em que a situação conversacional é 
um objeto — mesmo que dinâmico e heterogêneo — sistematizado de acordo 
com o contexto situacional (e social) e se caracteriza de acordo com o tipo de 
discurso que condiciona o seu emprego.
Não podemos negar que existem construções frequentemente utilizadas 
de forma coloquial e que representam esse espanhol, mas cabe reafirmar que 
falar um idioma representa ter inúmeras possibilidades de expressões, falas, 
jargões ou pensamentos inusitados à nossa disposição. O falante opta por 
uma maneira que melhor se adapta às necessidades expressivas do momento 
e às características especiais do espanhol coloquial (imediatismo em tempo 
e espaço, igualdade entre os parceiros, situação pouco institucionalizada, 
questões cotidianas, etc.). O discurso coloquial representa as possibilidades 
gramaticais de que se dispõe para expressar em todos os momentos a mani-
festação da interação entre o transmissor e o receptor.
13Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 13 10/07/2018 14:47:07
Sabendo que o discurso se insere não só na fala, mas também na escrita, 
Briz (1998) afirma que o indivíduo na fala pode usar um registro coloquial ou 
um registro formal, ou se adequar à situação discursiva necessária. Da mesma 
forma, ao escrever, adapta-se às necessidades em questão: pode ser tanto um 
e-mail formal quanto um recado em uma rede social.
Portanto, quando estudamos o espanhol, devemos nos dedicar ao máximo 
às suas diferentes abordagens. Nesse sentido, é legítimo ensinar de forma 
consciente em relação à diversidade no espanhol coloquial, como as variedades 
que podem ser analisadas nas seguintes conversas:
— ¿Cómo ha estado? — Pues ahí la llevo, con mucha 
chamba, ¿y tú pendejo? — Pues dos que tres de chamba, no 
me quejo, la neta. (México)
— Parce, estás muy jincho. No sea concha y levántese. 
Necesito que traiga ese televisor que aguanta muy bien en mi 
habitación. (Colômbia)
— ¡Habla pe causa! Bienvenido. ¡Asu madre!, que buena 
mica. Tú sí que te has vuelto pituco desde que vives en 
Europa. (Peru)
Nos exemplos anteriores, encontramos conversas pertencentes ao espanhol 
coloquial de diferentes áreas de língua espanhola. Essas estruturas, por mais 
que se tratem do mesmo idioma, provavelmente criariam confusão e falta de 
compreensão, caso fossem reproduzidas fora de suas zonas específicas. No 
entanto, se ensinarmos aos alunos a existência dessa complexidade, impedi-
remos que pensem que o espanhol coloquial que aprenderam em sala de aula 
é único, uma vez que, se mudarem de país, mesmo que seja falante de língua 
espanhola, terão de se adaptar à nova forma discursiva.
O espanhol coloquial e o ensino
Quando o professor de espanhol assume o papel de ensinar a língua tanto na 
escola quanto num curso de idiomas, ele assume o papel de demonstrar que, 
ainda que exista um espanhol padrão, a língua espanhola é constituída por 21 
países hispano-falantes. Portanto, isso indica que o ensino da língua espanhola 
não deve permanecer apenas dentro da gramática normativa, pois estudar o 
idioma representa compreender novas culturas.
Sintaxe e discurso14
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 14 10/07/2018 14:47:08
Sem dúvida, ensinar espanhol coloquial aos alunos de espanhol como 
segunda língua (EL2) é importante. A apresentação desse registo da língua 
deve ser feita tendo em conta que, em espanhol, não existe uma separação nítida 
entre a variedade formal e a coloquial. Não devemos esquecer a complexidade 
do espanhol coloquial, cujas particularidades se misturam com características 
marcadas geográfica, social e culturalmente, e que refletem convenções sociais 
e culturais específicas em diferentes contextos comunicativos. 
Em primeiro lugar, a influência da pragmática na metodologia de ensino de 
segundas línguas levou a estruturar as unidades de aprendizagem em torno das 
funções comunicativas. Por exemplo, livros de EL2 são organizados a partir de 
falas cotidianas, como cumprimentar, apresentar-se, pedir informações ou fazer 
convites, enquanto o conteúdo das gramáticas escolares aparece em segundo 
plano. Assim, a preparação se dá, antes de tudo, na consciência linguística 
do aluno em relação ao espanhol como uma língua pluri: plurilinguística, 
pluricultural e pluridiscursiva.
Em segundo lugar, a abordagem escolar, mesmo que se detenha a modelos 
normativos, é obrigada a acompanhar os modelos avaliativos do Brasil. O 
Enem, por exemplo, aborda a gramática de forma instrumental: o candidato 
não apenas decora a gramática em si, mas a utiliza como mecanismo de leitura 
e de comunicação, abordando principalmente aspectos sociolinguísticos. 
Como exemplo, veja o texto a seguir, do Enem 2013, o qual abordou a diversidade 
da língua espanhola.
Pensar la lengua del siglo XXI
Aceptada la dicotomía entre “español general” académico y “español periférico” 
americano, la capacidad financiera de la Real Academia, apoyada por la corona y las 
grandes empresas transnacionales españolas, no promueve la conservación de la 
unidad, sino la unificación del español, dirigida e impuesta desde España (la Fundación 
Español Urgente: Fundeu). Unidad y unificación no son lo mismo: la unidad ha existido 
siempre y con ella la variedad de la lengua, riqueza suprema de nuestras culturas 
nacionales; la unificación lleva a la pérdida de las diferencias culturales, que nutren al 
ser humano y son tan importantes como la diversidad biológica de la Tierra.
Culturas nacionales: desde que nacieron los primeros criollos, mestizos y mulatos 
en el continente hispanoamericano, las diferencias de colonización, las improntas que 
dejaron en las nacientes sociedades americanas los pueblos aborígenes, la explotación 
de las riquezas naturales, las redes comerciales coloniales fueron creando culturas 
propias, diferentes entre sí, aunque con el fondo común dela tradición española. 
15Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 15 10/07/2018 14:47:08
O modelo teórico subjacente aos métodos de ensino da língua espanhola, 
segundo Gutiérrez Ordóñez (1996), obriga-se a relacionar a pragmática, 
juntamente à análise do discurso, à análise de conversação e à linguística 
cognitiva. Podemos chamar este de modelo de linguística de comunicação, 
em comparação com os modelos tradicionais e a estrutura gerativista, os 
quais também abordam a variação linguística, refletindo-se no registro 
coloquial. 
A proposta de aprendizagem consciente das formas linguísticas colo-
quiais que devem ser explicadas de acordo com o seu valor no sistema não 
deve ignorar a gramática. Pelo contrário, ela deve se basear nas normas 
cultas, para que se estabeleça a concepção de que de fato existem variantes 
que não são incorretas para a comunicação, mas que também existe uma 
gramática normativa, a qual consegue unificar todas as variantes desse 
idioma, composto por 21 países diferentes, com características específicas 
e culturas únicas.
Acesse o link a seguir para conhecer a Asociación Lingüística del Discurso na Espanha.
https://goo.gl/tKQnih
Después de las independencias, cuando se instituyeron nuestras naciones, bajo di-
ferentes influencias, ya francesas, ya inglesas; cuando los inmigrantes italianos, sobre 
todo, dieron su pauta a Argentina, Uruguay o Venezuela, esas culturas nacionales se 
consolidaron y con ellas su español, pues la lengua es, ante todo, constituyente. Así, 
el español actual de España no es sino una más de las lenguas nacionales del mundo 
hispánico. El español actual es el conjunto de veintidós españoles nacionales, que 
tienen sus propias características; ninguno vale más que otro. La lengua del siglo XXI 
es, por eso, una lengua pluricéntrica (LARA, 2013). 
O texto aborda a questão da língua espanhola no século XXI e tem como função 
apontar que:
  as especificidades culturais rompem com a unidade hispânica;
  as variedades do espanhol têm igual relevância linguística e cultural;
  a unidade linguística do espanhol fortalece a identidade cultural hispânica;
  a consolidação das diferenças da língua prejudica a sua projeção mundial;
  a unificação da língua enriquece a competência linguística dos falantes.
Sintaxe e discurso16
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 16 10/07/2018 14:47:08
1. Sobre a teoria dos atos de fala, 
assinale a alternativa correta.
a) Trata-se de uma teoria 
textual que se originou com 
a hipótese de que a unidade 
mínima de linguagem realiza 
determinados atos ou ações, 
como enunciar e perguntar.
b) Os atos de fala correspondem 
a falácias, normalmente sem 
uma intenção específica.
c) Quando um falante pronuncia 
uma sentença, ela simplesmente 
descreve ou informa algo, pois 
o papel da intencionalidade 
é determinado apenas pela 
análise do discurso.
d) Ela vai além do simples ato 
de dizer, pois, ao se dizer 
uma coisa, também pode-se 
estar fazendo outra.
e) Trata-se da ideia ou do conceito 
da frase antes de proferida, isto 
é, representa o pensamento.
2. Searle recomeçou e aperfeiçoou 
a classificação de Austin (1962), 
estabelecendo uma classificação 
de cinco categorias gerais 
baseadas nos atos ilocutórios 
de fala. De acordo com a sua 
análise, o único exemplo que não 
corresponde ao ato ilocutório é:
a) os atos afirmativos: Llueve mucho.
b) os atos diretivos: María, 
trae mis ropas.
c) os atos comissivos: Te lo juro 
que te visitaré mañana.
d) os atos expressivos: ¡Bienvenido!
e) os atos declarativos: 
Tengo hambre.
3. A análise crítica do discurso tem 
algumas características específicas. 
A única característica que não 
compete a essa teoria é que:
a) a relação entre texto e 
sociedade é mediada.
b) a análise discursiva é impositiva.
c) relações de poder são discursivas.
d) o discurso é histórico.
e) o discurso possui 
implicações ideológicas.
4. Existe uma relação entre a sintaxe 
e a análise do discurso. Sobre essa 
afirmação, assinale a alternativa correta.
a) A sintaxe e a análise do 
discurso se opõem e, com 
isso, complementam-se. 
b) Há aspectos do discurso que 
dependem da organização 
das orações e dos elementos 
da frase que transcendem 
as suas fronteiras.
c) A oração (no sentido 
gramatical) e o discurso são 
os mesmos objetos de análise 
no parâmetro linguístico.
d) A presença de mecanismos 
formais coesos garante a 
coerência de um discurso. 
e) A concordância entre sujeito e 
verbo em número e pessoa é 
uma condição necessária para 
que o discurso seja gramatical.
5. Segundo Vygotsky (1995), o 
pensamento e a palavra nem 
sempre seguem o mesmo padrão. 
Em relação ao assunto abordado, 
essa afirmação relata que:
a) as semelhanças no discurso 
entre interlocutores e 
processos interpretativos 
17Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 17 10/07/2018 14:47:08
ALONSO, A.; UREÑA, P. H. Gramática castellana. Buenos Aires: Losada, 1938.
AUSTIN, J. L. How to do things with words. Nueva York: Oxford University Press, 1962.
BLOOMFIELD, L. Lenguaje. Lima: Universidad Mayor de San Mar cos, 1964.
BRIZ, A. El español coloquial en la conversación. Madrid: Ariel, 1998.
CALSAMAGLIA, B.; TUSON, A. Las cosas del decir: manual de análisis del discurso. 2. ed. 
Barcelona: Ariel, 2008. 
CHARAUDEAU, P. La problemática de base de una lingüística del discurso. In: BUSTOS, 
J. de. et al. (Ed.). Lengua, discurso y texto. Madrid: Visor, 2000.
DIJK, T. A. V. Análisis crítico del discurso: critical discourse analysis. Revista Austral de 
Ciencias Sociales, v. 30, p. 203-222, 2016. Disponível em: <http://mingaonline.uach.cl/
pdf/racs/n30/art10.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2018.
FAIRCLOUGH, N. Language and power. Londres: Longman, 1989.
FOUCAULT, M. Las palabras y las cosas. México: Siglo XXI, 1969.
FRANCHI, C. Linguagem- atividade constitutiva. In: ALMANAQUE. São Paulo: Brasiliense, 
1977. v. 5.
GEE, J. Social linguistics and literacies: ideology in discourses. London: Routledge, 1990.
GEIS, M. Speech acts and conversational interaction. Gran Bretaña: Cambridge University 
Press, 1995.
GILI Y GAYA, S. Curso superior de sintaxis española. Barcelona: Vox, 1964.
GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ, S. Sintaxis y enseñanza del español como lengua extranjera: tenden-
cias actuales en la enseñanza del español como lengua extranjera. 1996. Disponível em: 
<https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=892072>. Acesso em: 28 jun. 2018.
organizam a língua de forma 
aleatória e convicta.
b) a relação entre pensamento 
e linguagem é imperfeita, 
pois trata-se de funções 
da linguagem.
c) a língua falada é organizada 
na mente humana antes 
de ser proferida.
d) a estrutura linguística é caótica, 
sem regras e baseada apenas 
na intuição dos seus falantes.
e) a estrutura linguística não é tão 
perfeita, pois a relação entre 
pensamento e linguagem 
nem sempre é harmoniosa.
Sintaxe e discurso18
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 18 10/07/2018 14:47:09
IÑIGUEZ, L. Análisis de discurso: manual para las ciencias sociales. Barcelona: DUOC, 2003. 
JAWORSKI, A; COUPLAND, N. Introduction: perspectives in discourse analysis. In: JA-
WORSKI, A; COUPLAND, N. (Ed.). The discourse reader. 2. ed. London: Routledge, 2006.
LARA, L. F. Pensar la lengua del siglo XXI. 2013. Disponível em: <http://educacao.globo.
com/provas/enem-2013/questoes/95-espanhol.html>. Acesso em: 28 jun. 2013.
MILLS, S. Discourse. London: Routledge, 2007.
MILNER, J.–C. El amor por la lengua. Madrid: Visor, 1998. 
PARKER, I. Discourse: definitions and contradictions. Philosophical Psychology, v. 3, 1990. 
Disponível em: <https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/09515089008572998?
needAccess=true>. Acesso em: 28 jun. 2018.
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Esbozo de una nueva gramática de la lengua española. 
Madrid: Espasa, 1973.
SEARLE, J. Actos de habla: ensayo de filosofía del lenguaje. Madrid: Cátedra, 1990. 
SEARLE, J. Expression and meaning. Nueva York: Cambridge University Press, 1979.WODAK, R.; KRZIZANOWSKI, M. Qualitative discourse analysis in the social science. Hamp-
shire: Palgrave, 2008. 
VYGOTSKY, L. Pensamiento y lenguaje. Barcelona: Paidós, 1995.
Leituras recomendadas
ASOCIACIÓN DE LINGÜÍSTICA DEL DISCURSO. Presentación. [200-?]. Disponível em: 
<http://lingdiscurso.org/?page_id=247>. Acesso em: 28 jun. 2018.
BRIZ, A. El español coloquial: situación y uso. Madrid: Arco Libros, 1996. 
BROWN, G.; YULE, G. Análisis del discurso. Madrid: Visor, 1993.
GALLEGO, Á. Cartografía sintáctica. Revista Española de Lingüística, v. 41, n. 2, 2011.
GARRIDO, J.; RODRIGUEZ RAMALLE, T. M. Relaciones de constituyentes en el discurso. 
COLOQUIO DE INVESTIGADORES EN ESTUDIOS DEL DISCURSO, 6. 2013. Actas... Buenos 
Aires, 2013.
LEVINSON, J. Pragmática. Barcelona: Teide, 1989.
PRINCE, E. El análisis del discurso: una parte de la competencia linguística. In: NEWMEYER, 
F. (Ed.). Panorama de la lingüística moderna. Madrid: Visor, 1988.
SILVA-CORVALÁN, C. The pragmastylistics of hypothetical discourse. In: HICKEY, L. (Ed.). 
The pragmatics of style. Abingdon: Taylor & Francis, 1989.
SMITH, C. S. Modes of discourse. Cambridge: Cambridge University Press. 2003.
19Sintaxe e discurso
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 19 10/07/2018 14:47:09
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
C04_Sintaxe_da_Lingua_Espanhola.indd 20 10/07/2018 14:47:09
Conteúdo:
Dica do professor
Ao estudar o espanhol coloquial, é inviável ignorar o processo responsável pelo mesmo: o processo 
comunicativo. Para que exista comunicação, usa-se a língua diariamente com inúmeras finalidades. 
No entanto, o processo de comunicação não depende apenas de uma mensagem para que ele 
ocorra. Ou seja, para que a comunicação ocorra, é necessário que exista entendimento entre o 
emissor e o receptor.
Veja, na Dica do Professor, os principais conceitos que envolvem a comunicação e fatores que 
podem interferir nesse processo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/4e2e1755254b06b6a4e4dc357b51fd6e
Exercícios
1) Sobre a teoria dos atos de fala, é correto afirmar que: 
A) se trata de uma teoria textual que se originou com a hipótese de que a unidade mínima de 
linguagem realiza determinados atos ou ações, como enunciar e perguntar.
B) os atos de fala correspondem a falácias, normalmente, sem uma intenção específica.
C) quando um falante pronuncia uma sentença, ela simplesmente descreve ou informa algo, pois 
o papel da intencionalidade é determinado apenas pela análise do discurso.
D) vai além do simples ato de dizer, pois, ao se dizer uma coisa, também se pode estar fazendo 
outra.
E) é a ideia ou conceito da frase antes de proferida, isto é, representa o pensamento.
2) Searle recomeçou e aperfeiçoou a classificação de Austin (1962), estabelecendo uma 
classificação de cinco categorias gerais baseadas nos atos ilocutórios de fala. De acordo com 
a sua análise, o único exemplo correto correspondente ao seu respectivo ato ilocutório é:
A) Atos afirmativos: María, trae mis ropas .
B) Atos diretivos: Llueve mucho.
C) Atos comissivos: Te lo juro que te visitaré mañana.
D) Atos expressivos: Te bautizo. 
 
E) Atos declarativos: ¡Bienvenido!
3) A Análise Crítica do Discurso tem algumas características específicas. Marque a alternativa 
com a única característica que compete a essa teoria.
A) A relação entre texto e sociedade é mediada.
B) A análise discursiva é impositiva.
C) Relações de poder não são discursivas.
D) O discurso é pérfido.
E) O discurso possui implicações ideológicas utópicas.
4) Existe uma relação entre a sintaxe e a análise do discurso. Sobre essa afirmação, é coerente 
afirmar que:
A) a sintaxe e a análise do discurso se opõem e, com isso, se complementam.
B) há aspectos do discurso que dependem de organizar orações e elementos da frase que 
transcendem as fronteiras.
C) a oração (no sentido gramatical) e o discurso são os mesmos objetos de análise no parâmetro 
linguístico.
D) a presença de mecanismos formais coesos garante a coerência de um discurso.
 
E) a concordância entre sujeito e verbo em número e pessoa é uma condição necessária para 
que o discurso seja gramatical.
5) Segundo Vygotsky (1995), o pensamento e a palavra nem sempre seguem o mesmo padrão. 
Em relação ao assunto abordado, essa afirmação relata que: 
A) as semelhanças no discurso entre interlocutores e processos interpretativos organizam a 
língua de forma aleatória e convicta.
B) a relação entre pensamento e linguagem é imperfeita, pois se trata de funções da linguagem.
C) a língua falada é organizada na mente humana antes de ser proferida.
D) a estrutura linguística é caótica, sem regras e baseada apenas na intuição dos seus falantes.
E) a estrutura linguística não é tão perfeita, pois a relação entre pensamento e linguagem nem 
sempre é harmoniosa.
Na prática
Um discurso não é, necessariamente, falado. Um discurso pode ser também escrito, ou um 
simples desenho. O importante é que ele seja compreendido. Você precisa explicar aos alunos que 
um discurso sempre transmite alguma informação, a qual é proporcional ao conhecimento de 
mundo e àquilo que o indivíduo acredita.
Veja a seguir como uma professora preparou sua aula sobre Análise do Discurso.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Sintaxis y el discurso
Neste artigo, “Sintaxis y el discurso”, você se aprofundará nos problemas sintáticos que ocorrem 
em relação à variação linguística.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Sintaxis del español coloquial
Assista a uma entrevista com o autor do livro “Sintaxis y análisis del discurso hablado en español”: 
Antonio Narbona.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Análisis del discurso
Neste vídeo, você terá uma visão geral sobre a análise do discurso, com sua definição e tipos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Análisis del discurso - Resumo
Visite o site indicado e leia um breve resumo sobre análise do discurso.
http://www.bibliodigitalcaroycuervo.gov.co/806/1/TH_51_002_050_0.pdf
https://www.youtube.com/embed/EdAe1uWkfZs
https://www.youtube.com/embed/spnKfjA3I5Y
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
https://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/diccio_ele/diccionario/analisisdiscurso.htm

Continue navegando