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Farmacologia Aplicada - GLICOPEPTIDEOS

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FARMACOLOGIA APLICADA Bruna Pitanga - MED 104
GLICOPEPTÍDEOS
É um antibiótico com grande indicação, muito utilizado para o gênero bacteriano estafilo e também
para o estrepto resistente, mas é o grande antibiótico prescrito para o estafilococo.
#Introdução
Temos dois no mercado, sendo antibióticos produzidos por bactérias.
● Vancomicina⇒ produzido por Streptococcus orientalis
● Teicoplamina⇒ produzido por Actinoplanes teichomyethius
Tanto a vanco quanto a teico são
moléculas com formas estruturais
muito grandes. Esse tamanho da
molécula antibiótica já traz uma
característica dos glicopeptídeos que
é a incapacidade de atravessar a
parede celular dos gram-negativos,
não conseguindo atravessar pelos
canais de porina e com isso só terão
espectro de ação para bactérias
gram-positivas.
⇒ A vancomicina só via intravenosa; aquela vanco que fazemos oral para a colite
pseudomembranosa é a mesma vanco ampola, apenas faz o paciente deglutir; feito de 6 em 6 horas
⇒ A teicoplamina tem via intravenosa e via intramuscular; isso nos permite a administração
ambulatorial; só tem um problema o custo (custa 400 reais a dose); se faz 1x ao dia, tendo uma
meia-vida bem maior permitindo a administração diária
#Mecanismo de ação
● Não penetram a membrana externa dos gram-negativos⇒ são antibióticos muito grandes para
atravessar os canais de porina
● Inibem a síntese da parede celular ⇒ seu sítio de modificação da bactéria é a parede celular,
sendo inibidores da síntese da parede celular; o efeito dele é físico
● Ligação com alta afinidade à extremidade terminal D-alanil-D-alanina de unidades
precursoras da parede celular (peptideoglicano) ⇒ revestem essa terminação e impedem que
uma molécula se ancore sobre a outra, não é uma ação enzimática como era os betalactâmicos,
é uma ação física
● Bactericidas, exceto enterococos ⇒ por inibir e levar a ruptura da parede celular são
bactericidas; exceto o enterococo que tratamos com vanco ou teico e ainda associamos
aminoglicosídeos, dada a sua dificuldade de tratamento; a infecção por enterococos que nos
preocupa no dia-a-dia é endocardite infecciosa (vanco + genta, empírica - e faz a cultura)
Sendo o principal mecanismo de resistência das bactérias aos glicopeptídeos é a modificação da
sequência aminoácido terminal do peptideoglicano.
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FARMACOLOGIA APLICADA Bruna Pitanga - MED 104
#Espectro de Ação
Os glicopeptídeos atuam contra
apenas microrganismo gram-positivo
(qualquer um gram-positivo),
incluindo e é como tratamos as
infecções por estafilococos resistentes
à meticilina.
Não serve por não ter capacidade de penetração pelos canais de porina em nenhum gram-negativo.
Serve para anaeróbio desde que seja gram-positivo.
● Gram-positivo ⇒ servindo ainda para o estrepto, é uma boa opção para o pneumococo
resistente à cefalosporina; empírico para meningite a gente faz: ceftriaxone (pneumococo não
resistente, meningococo, hemófilos resistente) + vanco (pneumococo se resistente à
cefalosporina) + aciclovir (viral, principalmente os vírus da família herpes)
● Estafilococos MRSA
● Enterococos⇒ associado aos aminoglicosídeos (vanco/teico + genta/amicacina)
● Clostridiums⇒ anaeróbios; é oral e ainda associado a metronidazol
#Resistência
● Enterococos
● Alteração no alvo ⇒ D-anil-D-alanina para D-alanil-D-lactato ou D-alanil-D-serina ⇒
modificação no sítio de ação, trocando o final por outro, com isso não consegue se ligar ao seu
sítio de ação
#Farmacocinética
● Vancomicina IV ⇒ mesmo a que fazemos a oral é a ampola IV que vai passar no intestino sem
absorção e vai matar o clostridium lá no cólon
● Teicoplamina IM e IV
● Vancomicina se liga pouco a proteína, Teicoplamina se liga muito
● Concentram bem no LCS ⇒ tanto que é a nossa opção terapêutica empírica inicial para
meningite (meningoencefalites)
● Meia-vida
○ Vancomicina = 6 horas⇒ se faz de 6 em 6 horas
○ Teicoplamina = 100 horas⇒ se faz 1x/dia
● Excretados por filtração glomerular ⇒ a vancomicina tem alguma nefrotoxicidade, inclusive,
que já foi maior no passado, mas atualmente é bem menor, principalmente pela pureza da
droga; usamos ela pura, só a molécula mesmo
#Indicações
● Infecções por estafilococos, estreptococos e enterococos sensíveis ou resistentes à meticilina
● Infecções cutâneas (pele), tecidos moles, osso e articulações
● PNM quando há suspeita de MRSA ⇒ com muitos infiltrados alveolares; pneumonia
hospitalar ou pneumonia associada à ventilação mecânica
● Infecções do SNC por pneumococo resistente à penicilina ⇒ medo dos pneumococo
resistentes; tratamento empírico
● Endocardite⇒ tratamento empírico; sempre associado a aminoglicosídeo
● Infecção por cateter (vascular) ⇒ retira o cateter, troca o local de acesso, solicita a cultura,
solicita hemocultura e inicia vancomicina
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FARMACOLOGIA APLICADA Bruna Pitanga - MED 104
● Colite pseudomembranosa (associada) ⇒ vancomicina (VO) + metronidazol-IV (associação
com aerobicida)
#Efeitos adversos
● Exantema cutâneo⇒ IgE mediada - reação alérgica
● Anafilaxia⇒ IgE mediada - reação alérgica
● Síndrome do homem vermelho ⇒ a pessoa fica pintada toda com placas vermelhas e ocorre
com relação direta à velocidade de infusão da vancomicina, não tem relação alérgica; quando a
vancomicina infundida muito rapidamente leva a degranulação de mastócitos causando grande
liberação histamínica e com isso formação dessas placas na chamada síndrome do homem
vermelho
● Ototoxicidade⇒ transitoriamente durante o uso
obs.: São 3 antibióticos que causam ototoxicidade:
○ Glicopeptídeo e macrolídeo – transitória;
○ Aminoglicosídeo – definitiva.
● Nefrotoxicidade (pureza) ⇒ pode ocorrer com a vanco, mas é bem menor que no passado, tem
relação direta com a pureza da droga
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