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Farmacologia Aplicada - POLIMIXINA

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FARMACOLOGIA APLICADA Bruna Pitanga - MED 104
POLIMIXINA
É nomeada por letra, a que usamos no Brasil é a polimixina B, em outros países usa-se a polimixina
E. É um antibiótico antigo.
#Introdução
● Descoberta em 1947 ⇒ sendo muito utilizada até a década de 80; da década de 1980 até os
anos 2000/2010 a polimixina sistêmica ficou em desuso, porque é muito tóxica
● Elaborados a partir de cepas de Bacillus polymyxa
● São detergentes catiônicos ⇒ quebra gordura, quebra lipídeos, dissolve a membrana lipídica
da bactéria e isso faz com que seja muito tóxica, faz perder eletrólitos, extremamente
nefrotóxica, hepatotóxica, neurotóxica; serve para bactérias gram-negativos; nos anos 80
surgiram os carbapenêmicos e aí se abandonou as polimixinas por sua toxicidade; nessas
últimas décadas, 2000/2010 começaram a surgir bactérias gram-negativos resistente aos
carbapenêmicos, como a KPC, e aí tivemos que ressuscitar o uso sistêmicos das polimixinas
● São peptídeos bem simples
#Mecanismo de ação
● Interagem com os fosfolipídeos e desorganizam a estrutura da membrana (externa e interna)
gram-negativo ⇒ formam grande buracos na membrana; permitindo a saída de substâncias e
com isso a bactéria é morta
● A permeabilidade da membrana celular é imediatamente modificada em contato com o
fármaco
#Resistência
● Rara ⇒ hoje em dia já existem bactérias resistentes às polimixinas por mecanismo não bem
explicados, mas é raro
● Provavelmente graças ao uso sistêmico mínimo ⇒ e pelo fato de termos ficado uns 30 anos
sem usar e hoje ainda se usa muito pouco, sendo apenas usado para o gram-negativo de
origem hospitalar ou um gram-negativo em um paciente imunossuprimido grave que não se
tenha outra coisa para se utilizar; as polimixinas nunca serão o primeiro esquema antibiótico, é
mais a terceira opção, é uma terapia de resgate nas infecções de microrganismos por
gram-negativos
#Espectro de ação
Normalmente nessas infecções graves
a gente faz uma terapia antibiótica e
final do paciente vanco + poli B.
A polimixina cobre qualquer tipo de
microrganismo gram-negativo, seja de
origem comunitária ou hospitalar,
ficando mais restrito para os de origem hospitalar que não possam utilizar outros antibióticos.
● Gram-negativos
● Enterobacter, E. coli, Klebsiella, Salmonella, Pasteurella, Bordetella, Shigella
● Pseudomonas e Acinetobacter⇒ de origem hospitalar
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FARMACOLOGIA APLICADA Bruna Pitanga - MED 104
#Farmacocinética
São fármacos de uso tópico, foi continuado o uso, mesmo com o abandono do uso sistêmico; IV
● Não tem absorção VO
● Meia-vida de 4 a 6 horas
● Eliminação de 6 a 12 horas
● Não atravessa barreira meníngea
● Eliminação renal, mas não por filtração⇒ é por secreção tubular, por isso é muito nefrotóxico
#Indicações
● Uso tópico - sempre existiu:
○ úlceras de córnea
○ infecções de pele
○ otite externa maligna ⇒ é uma otite causada por pseudomonas, normalmente em
pacientes imunossuprimidos
○ irrigação de bexiga⇒ em pós operatório, por exemplo, o cateter lava a bexiga
O uso tópico não tem absorção, tem efeito antibiótico no local e não tem efeito sistêmico (não tem a
toxicidade.
● Uso sistêmico - muito tóxico:
○ terapia de salvamento nas infecções causadas por microrganismos
multirresistentes; sempre último antibiótico a ser utilizado; sempre associado a
vancomicina/teicoplanina
#Efeito adverso
● Não provoca reações sistêmicas quando aplicado tópico
● Neurotóxicos ⇒ interferem na transmissão neuromuscular, fraqueza muscular, apneia,
parestesia, vertigem e fala arrastada⇒ quando feita sistêmica
● Nefrotóxicas ⇒ hepatotóxica; depleta eletrólito, principalmente potássio e magnésio, podendo
levar hipopotassemia, hipomagnesemia, arritmias cardíacas, podendo levar o paciente ao óbito
pelo uso do antibiótico, por isso é utilizada num ambiente de terapia intensiva, em paciente
sob vigilância dado a sua toxicidade, ainda pigmenta a pele deixando o cara meio
cinza/azulado no uso por longo período
#Referências
● Goodman⇒ capítulo 55
● Walter Tavares⇒ capítulos 20, 18,15 e 31
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