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1
Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Curso Bacharelado Em Serviço Social
Maria Carolina Josefino
SES-0783
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
 VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES TRANSEXUAIS EM SITUAÇÃO DE RUA
CRICIÚMA
2022
Maria Carolina Josefino
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
 VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES TRANSEXUAIS EM SITUAÇÃO DE RUA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de TCC- do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Nome do Tutor: Samara Corrêa Demétrio Bihl 
CRESS: 5117 12ª Região
CRICIÚMA 
2022
VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES TRANSEXUAIS EM SITUAÇÃO DE RUA 
POR
MARIA CAROLINA JOSEFINO
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à nota “______” (_____________________________), pela banca examinadora formada por:
____________________________________________
Presidente: Prof. Samara Corrêa Demétrio Bihl – Orientador Local 
____________________________________________
 Membro: Leila Cristina Rezende Ferrari- Supervisor de Campo 
____________________________________________
 Membro: Cassia Milene Casagrande Cardoso
Criciúma
2022
DEDICATÓRIA
Dedico o presente trabalho primeiramente a Deus e a mim mesma, aos meus filhos, marido e familiares. Além de dedicar a professora Samara Correa Demétrio Bihl e a supervisora de campo de estágio Leila Cristina Rezende Ferrari. E a todos que me ajudaram a trilhar por esta caminhada.
AGRADECIMENTOS 
Meus Agradecimentos serão primeiro a Deus, que me permitiu chegar até este momento e me deu forças para continuar. Agradeço a mim, por não ter desistido nos momentos difíceis e exaustivos, e por ter continuado diante de todos eles. Agradeço aos meus filhos, marido e familiares, pelo auxílio e incentivo nesta jornada. Agradeço a professora Samara Corrêa Demétrio Bihl, por ter dado todas a ferramentas, suporte e incentivo para fazer de mim uma boa e qualificada profissional, e por ter passado diversos conhecimentos importantes. Agradecimentos aos profissionais e usuários do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, pela oportunidade de realizar o estágio no local e por todo apoio concedido. Agradecimento especial a Leila Cristina Rezende Ferrari por ter repassado seus conhecimentos e convívios, e por ter confiado e acreditado em mim.
Agradeço a todos que passaram por mim nesta caminhada, e de alguma forma me auxiliaram.
Gratidão!
“O conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las.”
Mario Sérgio Cortella
RESUMO
Este Trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo trazer explicações sobre o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua do Município de Criciúma, deixa claro os serviços prestados, a população a qual recebe esse serviço, dentre outras características do local. Além disso, tem como principal meta trazer a realidade vivida pelas mulheres transexuais em situação de rua, tornando-se com ele, favorável uma discussão sobre o assunto e tentando trazer resultados duradouros. Ademais, traz a participação do Assistente Social e de outras políticas públicas em busca da resolução do problema. A efetuação deste trabalho foi possível pela realização dos Estágios Obrigatórios feitos no local citado acima, além das pesquisas bibliográficas realizadas pela acadêmica.
ABSTRACT
This Course Completion Work aims to bring to the Population in Situation the Reference Center of Specialized Resources for Services served, the population that attends this service, among the places. In addition, its main goal is to bring the reality experienced on the streets by women, discussing with him a favorable issue on the subject and bringing beneficial results. In addition, it brings the participation of the Social Worker and other public policies in search of solving the problem. The accomplishment of this work was made possible by the accomplishment of the Mandatory Internships carried out in the place mentioned above, in addition to the bibliographic research carried out by the academic.
LISTA DE ABREVIATURAS
ACB: Ação Católica brasileira 
CBCISS: Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social 
CRESS: Conselho Regional de Serviço Social 
LOAS: Lei Orgânica de Assistência Social 
CFESS: Conselho Federal de Serviço Social 
CF: Constituição Federal 
PNAS: Política Nacional de Assistência Social 
SUAS: Sistema Único de Assistência Social 
PAIF: Serviço de Proteção e Atendimento Integral às famílias 
PAEFI: Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos LA: Liberdade Assistida 
CREAS: Centro de Referência Especializado em Assistência social 
ONU: Organização das Nações Unidas 
CECF: Conselho Estadual da Condição Feminina 
SUS: Sistema Único de Saúde 
ONGs: Organizações Não Governamentais 
ODS: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
OEA: Organização dos Estados Americanos 
DPCAMI: Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à mulher e ao idoso. CAPS: Centro de Atenção Psicossocial 
OMS: Organização Mundial de Saúde
pag ou pg: Página 
art.: artigo
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------11
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA-------------------------------------------------------------------12
2.1 A TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL-----------------------------------12
2.2 O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO-------------------------------------------------13
2.3 A LEI DA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO---------------------------------------15
2.4 CÓDIGO DE ÉTICA------------------------------------------------------------------------------16
2.5 LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL-LOAS-------------------------------------17
2.6 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-PNAS E O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-SUAS----------------------------------------------------------------19
2.7 TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAS----------------20
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO SOCIAL----------------------------22
3.1 CARACTERIZAÇÕES---------------------------------------------------------------------------23
3.1.1 Centro POP-------------------------------------------------------------------------------------23
3.1.2 O que é ser mulher transexual-----------------------------------------------------------24 
3.1.3 Violências mais frequentemente sofridas--------------------------------------------25
3.1.4 Meios de denúncia e meios de auxílio ------------------------------------------------26
3.1.5 Direitos sociais garantidos pela Constituição Federal de 1988---------------27
3.1.6 Consequências físicas e psicológicas------------------------------------------------29
3.1.7 A responsabilidade do Assistente Social--------------------------------------------30
4 JUSTIFICATIVA-------------------------------------------------------------------------------------31
5 OBJETIVOS DA PESQUISA--------------------------------------------------------------------32
5.1 OBJETIVO GERAL-------------------------------------------------------------------------------32
5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO-----------------------------------------------------------------------32
6 METODOLOGIA DE PESQUISA---------------------------------------------------------------33
7 DADOS DE PESQUISA---------------------------------------------------------------------------33
7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS-------------------------------------------------------------35
7.2 ANÁLISE DOS DADOS-------------------------------------------------------------------------35
7.3 RESULTADOS------------------------------------------------------------------------------------35
7.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES-------------------------------------------------------------368 CONCLUSÃO----------------------------------------------------------------------------------------37
REFERÊNCIAS----------------------------------------------------------------------------------------38
ANEXOS-------------------------------------------------------------------------------------------------42
INTRODUÇÃO
	O presente projeto foi realizado no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – CENTRO POP, que oferta serviços e programas especificamente voltados à população em situação de rua, que busca garantir o espaço para o convívio grupal, social e para o desenvolvimento de relações de sociabilidade, afetividade e respeito, objetivando proporcionar vivências para o alcance da autonomia, visando a organização, a mobilização e a participação social.
Este trabalho apresenta e descreve as ações e discussões relacionadas junto a pessoas em situação de rua vinculadas ao Centro POP de Criciúma. O mesmo trará os desafios enfrentados pelas mulheres transexuais em situação de rua, possibilitando uma reflexão crítica a cerca delas, tendo por objetivo analisar a exclusão e a vulnerabilidade social, bem como identificar os conflitos presentes em uma realidade de luta pela garantia de uma vida digna para essa população. Trabalhando potencialmente garantias de integração social e rompimento com uma posição marginal, através das políticas públicas da assistência social no Município de Criciúma. 
Precisando-se reconhecer o trabalho enquanto função constituinte da vida subjetiva e do vínculo social, garantindo como de direito à cidadania, ações assistenciais, humanitárias e terapêuticas.
Ressaltando a importância do Assistente social junto às ações desenvolvidas pelo centro Pop, tendo em vista a tamanha valia desse profissional, no qual é agente defensor e garantidor de direitos dos seus usuários realizando todos os encaminhamentos necessários, resgatando a cidadania deles.
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA
A importância para o desenvolvimento das estratégias de intervenção adotada pelo acadêmico surgiu a partir do acompanhamento e observação realizados no estágio I, II e III, onde a concentração foi direcionada na demanda pertinente da instituição no que se refere a “Prevenção da Violência Contra Mulheres Transsexuais em Situação de Rua”.
Este Trabalho de Conclusão de Curso tem a intenção de mostrar a importância e a valia do assistente social realizando auxílio à população em situação de rua, mais especificamente às mulheres transsexuais em situação de rua. 
Além de já se depararem com as vulnerabilidades sociais, como fome, desemprego, problemas de saúde, falta de higiene, drogas lícitas e ilícitas, baixa ou nenhuma renda, abandono, negligência, desigualdade e exclusão social.
O assistente social, em sua generalidade tem o dever de analisar, elaborar, coordenar e executar planos, programas e projetos para viabilizar os direitos da população e seu acesso às políticas sociais, como a saúde, a educação, a prevenção social, a habitação, a assistência social e a cultura, não sendo diferente no Centro POP.
2.1 A TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL 
Entre os anos 1930 e 1940, o Estado Brasileiro vivia um redirecionamento da transferência do capital, passando de concorrência para uma fase monopólica, com o aumento do processo capitalista que causava alterações na econômica. Nessa nova fase, os interesses da burguesia eram uma prioridade para o Estado, que tinha que manter a ordem do Capital para controle dos conflitos de classes e movimentos operários. 
Devido a situação em que se encontrava a classe trabalhadora e sua passagem para a política, na luta pelos direitos trabalhistas e por reconhecimento no meio social, a Igreja Católica iniciou uma intervenção em busca da reforma social, buscando conseguir novamente áreas e direitos que já eram garantidos anteriormente e que por conta do novo Estado foram perdidos, em face da sociedade sendo secularizada e das tensões entre Igreja e Estado (IAMAMOTO,  2011, p. 18).
A busca pela superioridade de ideologia da Igreja se dá pelo fortalecimento da ação católica brasileira (ACB), em relação às questões sociais. Segundo Aguiar (2011), em busca da reforma social, a missão do ACB é divulgar a doutrina da Igreja. Conforme IAMAMOTO (1998, p. 213), o serviço social começa a surgir como um departamento especializado para a Ação Social e Ação Católica, num momento em que se torna importante a prevalência e definição da Igreja Católica dentro da sociedade, visualizando as novas características aderidas a ela. O começo do Serviço Social no Brasil se dá pela contradição entre Capital X Trabalho, numa fase marcada pelo desenvolvimento do modelo capitalista, conflitos sociais, crescimento da classe trabalhista que buscavam melhorias e lutavam contra a exploração do trabalho.
A junção entre Estado e Igreja permitiu a este um grande avanço em seus projetos, conseguindo implementar, assim, a primeira escola de Serviço Social no Brasil em 1936, na cidade de São Paulo, influenciando diretamente na luta pela garantia dos direitos constitucionais.
O Assistente social tinha seus Serviços denominados como Serviço Social Tradicional, pelo fato de em seus primeiros anos de prestação de trabalho no Brasil, possuir caráter assistencialista, realizava os serviços na sociedade de forma a privilegiar a burguesia, influenciado pela Igreja Católica. Na época, não havia ainda uma legislação trabalhista que amparasse a classe operária, fazendo existir conflitos constantes na luta por direitos básicos trabalhistas, como redução da jornada de trabalho, salários melhores, condições melhores no ambiente de trabalho, amparo a saúde ocupacional, dentre outros.
2.2 O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO
Na América Latina, o movimento de Reconceituação começou com o sentimento de insatisfação e inconformação dos profissionais de serviço social, entre o final de 1960 e começo de 1970, diante da influência que o imperialismo norteamericano exercia sobre este local.
"Mesmo contida e pressionada nos limites de uma década, a Reconceituação marcou o Serviço Social latino-americano." José Paulo Netto
Historicamente, os profissionais de assistência social surgiram a partir das problemáticas que tangiam a contradição do capital, como trabalho e questões sociais, surgiu como uma forma de resolução e auxílio a esses problemas.
Esta profissão se transformou em um instrumento a serviço da acumulação capitalista, primeiro na posição de submissão com relação ao capital, permitindo assim a soberania das classes dominantes sobre a classe operária e, posteriormente, assumindo uma postura crítica com relação às mazelas sociais decorrentes da apropriação privada dos meios de produção. Diante da repressão em que a população estava sofrendo, por parte do Estado, sendo frequentemente reprimida e controlada, a execução do trabalho continuava tradicionalista e conservadora, parecendo ignorar as questões sociais que se tornavam cada vez mais um problema na sociedade.
A orientação teórico-metodológica que sustenta a emergência e profissionalização do Serviço Social é denominada na categoria como Serviço Social tradicional, considera que a profissão representa um reforço dos mecanismos do poder econômico, político e ideológico, no sentido de subordinar a população trabalhadora às diretrizes das classes dominantes em contraposição à sua organização livre e independente. (IAMAMOTO E CARVALHO, p.96, 1982).
Porém, esse movimento foi de suma importância para o Serviço Social, pelo fato de ter grande influência na construção de um perfil questionador, diante da realidade, ao profissional que o exerce e impulsionando-o a ser mais crítico e interventivo. Ainda com traços de tradicionalismo, mas se renovando aos poucos. 
O movimento de Reconceituação, iniciou-se no Brasil com um seminário que acontecia na cidade de Porto Alegre, em 1965, no auge da ditadura militar, o que gerava uma certa tensão por conta das posturas críticas e rígidas que esses seminários assumiam, onde era mais evidente a exploração da população porparte do capital sustentado por um governo influenciado pelo imperialismo norteamericano. Nos anos seguintes ocorrem outros seminários, com destaque em dois: o seminário de Araxá, em 1967, e o de Teresópolis, em 1970, os dois foram organizados pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social e que trazem projetos inovadores de modernização, repaginação do conservadorismo, além da ruptura com o tradicionalismo.
“A existência deste ‘Serviço Social crítico’ – que hoje implementa o chamado projeto ético político – é a prova conclusiva da permanente atualidade da Reconceituação como ponto de partida da crítica ao tradicionalismo: é a prova de que, quarenta anos depois, a Reconceituação continua viva” (NETTO, 2005 p. 18)
Com isso, o Movimento de Reconceituação marca um trajeto de luta e conquistas ao Serviço Social e a população, sempre em busca de evolução e na luta pelos direitos da sociedade, isso leva a profissão a adotar uma postura em que a sua luta coincide com a luta trabalhistas pelos seus direitos, não deixando de lutar pelos direitos e melhorias a quem foi vitimizado com as mudanças no capital da época, os quais têm poucas condições de lutarem por uma vida mais digna e de terem seus valores respeitados. Precisando continuar, ainda nos tempos atuais, a Reconceituação do Serviço Social, para a melhoria dos direitos civis igualitários a todos e lutar pelas questões sociais, promovendo a autonomia e melhores condições de vida.
2.3 A LEI DA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
Após um período de lutas que vinham acontecendo desde os movimentos no início do século XX, quando a profissão e a população vinha sofrendo diversas mudanças, o dia 7 de junho de 1993 foi marcado como ponto de virada para a profissão, pela promulgação de uma Lei, que disponha sobre a profissão de Assistente Social e seus órgãos representativos, obrigando que a profissão deve ser exercida somente por um profissional que possua formação em Serviço Social e que seja, obrigatoriamente, registrado no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS). Isso se deve as competências e as atribuições que somente um graduado em Serviço Social está preparado para executá-las.
Seguindo a exposição da Lei, segue abaixo algumas das atribuições estabelecidas pela Lei nº 8.662/93 como privativas do Serviço Social:
“I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; 
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social; 
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social; 
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social; 
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social; 
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço Social; XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais; 
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; 
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.”
Já em 2010, seguindo o quadro de lutas, a fim de melhorias e benefícios para os profissionais que exercem esses serviços à sociedade, a profissão conquistou um passo de grande valia na Lei de Regulamentação, com a definição da carga horário de 30 horas semanais.
2.4 CÓDIGO DE ÉTICA
A ética profissional é o relacionamento do profissional com seu campo de atuação, visando à dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sócio-cultural. O Código de Ética Profissional se refere às normas que regulamentam determinada profissão com estatutos e códigos específicos.
Assim como os valores e fundamentos que legitimaram código, o Código de Ética do Assistente Social sofreu diversas mudanças ao longo dos anos. Os Códigos de Ética de 1947, 1965, 1975 e 1986 serviram como parâmetros metodológicos para visualização do cenário atual, de predominância dos valores do Código de Ética de 1993, destacando a liberdade e como é a constituição do projeto profissional contemporâneo do Serviço Social. O Código de Ética atual reafirma os valores fundamentados pautados na justiça social e na liberdade, consolidados a partir da democracia. 
Os 11 Principais Fundamentos do Código de Ética de 1993 são:
1º. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais. 2º. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo. 
3º. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras. 4°. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida. 
5º. Posicionamento em defesa da equidade e da justiça social, que assegure a universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como a sua gestão democrática. 
6º. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças. 
7º. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual. 8º. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero.
9º. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as.10º. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional. 
11º. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física.
De acordo com uma publicação do CFESS (2009, p.2) o atual código de ética foi o resultado de amadurecimento das reflexões iniciadas na elaboração do código de 1986, fruto de ampla e democrática construção coletiva da categoria em nível local, regional e nacional. Isso, por conta de à necessidade de um novo perfil profissional, que ultrapassava a ética da neutralidade e exigia uma competência teórica, técnica e política para a profissão (CFESS, 2011, p.20). Com isso, pode-se perceber a importância de diversos elementos na ideia teórica-política da sociedade e dos profissionais de assistência social, para a democratização e igualdade.
2.5 LEI ORGÂNICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS):
Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, a Assistência social passou a cumprir papel de serviço de assistência à população, como responsabilidade do Estado e direitos dos cidadãos brasileiros, junto à duas políticas públicas já existentes: saúde e previdência social, formando assim o tripé da seguridade social. 
Surgindo, então, um novo modelo de Estado e Serviço Social, com novas formas de proteção e Seguridadesocial, dando bem-estar a todos. Dentre essas novas formas, tem-se o sistema de proteção social, no qual, cabe como sendo responsabilidade do Estado ações universais e conjuntas na área da Assistência, Saúde e Previdência Social. Assim, a Assistência Social passa a ser um direito fundamental e universal a todos, como afirmado pelo art. 6° CF, que diz que são direitos sociais a educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados (CONSTITUIÇÃO DE 1988).
No dia 7 de dezembro de 1993, foi sancionada a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que dispõe a profissão como uma política pública e estabelece normas e critérios para ela, que passa a ser um direito especificado e detalhado. A Lei foi criada com a intenção de amparar as pessoas marginalizadas pela sociedade, que não possuem sustentos ou que não possuem ajuda da família. 
Como afirma em seu artigo 1°:
A assistência social como ―direito do cidadão e dever do Estado, Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas‖. (BRASIL, 2007, p.1).
A LOAS vem com o objetivo de proporcionar as necessidades básicas à população, objetivando proteger a vida, a redução de danos e a prevenção da incidência de riscos, proteção a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice, amparando as crianças e os adolescentes carentes, auxiliando pessoas com deficiência e a proporcionando a integração à vida comunitária. Mas embora venha apresentando mudanças nas perspectivas, ainda segue afetada pela prioridade dos interesses capitalistas, onde o mercado sai vencendo, tornando-se, na prática, um favor, e não um direito da população. 
O acesso às políticas públicas e aos direitos garantidos por lei é obrigatoriedade do Estado proporcionar a toda população, para que a mesma possa se nivelar e tornar o convívio algo melhor, garantindo a sobrevivência de todos.
2.6 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – PNAS E O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS
No dia 15 de outubro de 2004, ocorreu a aprovação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), êxito de vários anseios coletivos que aborda novos horizontes a respeito da gestão da assistência social, superando padrões que até o momento estavam presentes no oferecimento dos serviços, que se realizavam-se de forma assistencialista. Com a seguridade da Assistência Social sendo política de direito da população, a PNAS quebra as características de caridade e improviso dos serviços, que haviam antes de sua aprovação. 
Essa política tem como proposta implementar um Sistema Único de Assistência Social (SUAS), afim de dar efetividade e qualificação à Assistência Social. Com sua criação no ano de 2005, o SUAS define e organiza elementos importantes para a realização da Política de Assistência Social, sendo um sistema articulado e integrado de ações com direção para a Proteção Social Especial. De acordo com esta política, a proteção social deve garantir três formas de segurança aos seus usuários, segundo consta no texto da PNAS.
· Segurança de sobrevivência: “a garantia de que todos tenham uma forma monetária de garantir sua sobrevivência, independente de suas limitações para o trabalho ou do desemprego.” (BRASIL, 2005 p. 31)
· Segurança de acolhida: fornecer à todos um ambiente seguro e a garantia dos direitos humanos (alimentação, roupas e abrigo), além de promover o desenvolvimento da autonomia ao indivíduo para que possa ter condições de suprir suas necessidades, sabendo que ao conquistar a autonomia ela pode ser prejudicada pelo ciclo de vida da pessoa ou por ocasião, prevendo a acolhida em situações de abandono, velhice, uso de drogas, entre outros.
Resumindo, há três grandes objetivos que regulam a PNAS:
Promover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitem; contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural. Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 2005, p. 33). 350 Gomes, m. A.; DOS SANTOS, C. m
A proteção social é dividida em duas estruturas:
· Proteção Social Básica:  tem por objetivo desenvolver ações de prevenção à ocorrência ou agravamento de situações de riscos e/ou vulnerabilidade social.
· Proteção Social Especial: atendimento de indivíduos e/ou grupos que tiveram seus direitos violados e/ou vínculos familiares rompidos.
Segundo a PNAS “as linhas de atuação com as famílias em situação de riscos devem abranger desde o provimento de seu acesso a serviços de apoio e sobrevivência, até a inclusão em redes sociais de atendimento e de solidariedade” (BRASIL, 2005 p. 37).
A PNAS atribui responsabilidade ao estado e instituições de assistência social em auxiliar às famílias no que compete a sua função protetiva, que diz respeito a “prover a proteção e a socialização dos seus membros; constituir-se como referências morais, de vínculos afetivos e sociais; de identificação grupal, além de ser mediadora das relações dos seus membros com outras instituições e com o Estado” (BRASIL, 2005, p. 35).
2.7 TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAS
O Conselho Nacional de Assistência Social, no dia 11 de novembro de 2009, aprovou a resolução n° 109: Tipificação Nacional de Serviços Socioassistencias. Um livro que explica o processo de padronização da nomenclatura relacionada aos serviços utilizados para a política nacional dos serviços socioassistenciais. O livro organiza os Serviços Socioassistenciais disponíveis no Brasil por nível de complexidade do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que são: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, para que se possa oferecer diferentes serviços em equipamentos públicos específicos, de acordo com o risco e a vulnerabilidade de cada pessoa que o utiliza.
· Serviço de Proteção Social Básica: tem caráter protetivo e preventivo, visando o fortalecimento da proteção às famílias, membros e indivíduos e trabalhando na prevenção de rupturas de vínculos familiares e comunitários. Trabalha com a prevenção do risco social, e no desenvolvimento de alternativas para o enfrentamento da vulnerabilidade social. Os serviços ofertados são: Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF); Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosa.
· Serviço de Proteção Social Especial de Média Complexidade, os atendimentos acontecem com famílias, membros e indivíduos que tiveram seus direitos violados, mas cujos vínculos familiares e comunitários ainda não foram rompidos. Esse serviço requer estrutura que permita atenção especializada e/ou acompanhamento sistemático e monitorado. São eles: Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduo (PAEFI); Serviço Especializado em Abordagem Social; Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA), e de Prestação de Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias; Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.
· Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade é quando se tem todos os direitos violados e os vínculos familiares e comunitários rompidos. Dirigem-se às famílias, seus membros e indivíduos que se encontram sem referência e/ou ameaçados e necessitam ser retirados de seu núcleo familiar e comunitário. O serviço garante a proteção integral, como moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido. Os serviços para esse nível de proteção se classificam como:
1. Serviçode Acolhimento Institucional, nas seguintes modalidades: 
- Abrigo institucional; 
- Casa-Lar; 
- Casa de Passagem; 
- Residência Inclusiva;
2. Serviço de Acolhimento em República;
3. Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; 
4. Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências”. (BRASIL, 2009, p. 5-6).
De acordo com a resolução Nº 109, de novembro de 2009, a Tipificação dos serviços socioassistenciais conceitua, define conteúdos, público e formas de acesso, gerando, com seus atendimentos, objetivos e resultados esperados, sempre respeitando o perfil de cada usuário, as condições e formas de acesso, trabalho social a ser desenvolvido, período de funcionamento, seguranças afiançadas, dentre outros aspectos; com isso, ressignificando a oferta e representando uma importante conquista para a garantia do direito socioassistencial a todos os cidadãos que dela precisar.
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL
A ideia do Trabalho de Conclusão de Curso veio após a vivência com uma mulher que havia sofrido violência, pelo fato de sua identidade de gênero (maneira/gênero o qual o indivíduo se identifica).
Além de já se depararem com as vulnerabilidades sociais, como fome, desemprego, problemas de saúde, falta de habitação, drogas lícitas e ilícitas, baixa ou nenhuma renda, abandono, negligência, desigualdade e exclusão social. 
O assistente social está diretamente ligado ao contexto do país, pois as políticas públicas as quais trabalham esses profissionais cumprem na sociedade capitalista função social, política e econômica, variando seu agir profissional. Este profissional deve sempre buscar alternativas que possam contribuir com a melhoria das condições de vida dos usuários, conhecendo e entendendo a situação em que estas vivem, para assim, poder buscar junto as políticas públicas a resolução dos problemas sociais. Para isto é necessário que o profissional esteja pautado no projeto ético político da profissão e no seu Código de Ética.
Ao alterarem o cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes, e os convertendo em condições, meios e instrumentos para o alcance dos objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando instrumentalidade às suas ações. (GUERRA,2007,p.2).
A questão social é um dos desafios do Assistente Social na sociedade contemporânea, onde o mesmo precisa analisar e desenvolver novas técnicas para agir com eficácia nesse universo capitalista, onde o ser humano se tornou alienado a si mesmo e ao capital/trabalho.
Quando os profissionais utilizam, criam, modificam e ajustam as condições já existentes, na observação das intencionalidades, transforma todo seu agir profissional na garantia e efetivação dos direitos sociais.
3.1 CARACTERIZAÇÕES
 3.1.1 Centro POP
O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua de Criciúma, onde foi efetuado os estágios supervisionados do curso de Bacharelado em Serviço Social, é uma unidade pública de Média Complexidade, voltada ao atendimento especializado a essa população. Tem como objetivo principal contribuindo para restaurar e preservar a integridade e a autonomia da população em situação de rua, com isso assegurar o acompanhamento especializado com as atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidade, resgate, fortalecimento da construção de novos vínculos interpessoais e / ou familiares, tendo em vista a construção de novos projetos e trajetórias de vida. Este local deve ofertar, obrigatoriamente, o serviço especializado a essas pessoas realizando atendimentos individuais e coletivos, oficinas e atividades de convívio e socialização. 
“O Centro Pop representa o espaço de referência para o convívio grupal, social e para o desenvolvimento de relações de solidariedade, afetividade e respeito. Na atenção ofertada no Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua deve-se proporcionar vivências para o alcance da autonomia, estimulando, além disso, a organização, a mobilização e a participação social.”
Estes locais são como uma estratégia do estado para responder as necessidades e dar visibilidade à população em situação de rua, que passa a considerar que essa situação não é uma opção do indivíduo, mas fruto da extrema pobreza existente e como uma forma de necessidade, sendo, então, responsabilidade do poder público.
No dia 19 de dezembro de 2012, foi inaugurada esta unidade em Criciúma, que comporta serviços, como: serviços especializados para População em Situação de Rua e abordagem social. Este local foi instalado com o objetivo de aperfeiçoar e auxiliar o atendimento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), por parte do Governo do Município e da Secretaria de Assistência Social de Criciúma.
Este local, deve integrar-se às demais políticas públicas- saúde, educação, previdência social, trabalho, moradia, cultura, esporte, lazer, segurança e alimentação, de modo a compor um conjunto de ações públicas para promover os direitos, para que possam conduzir a impactos mais efetivos no fortalecimento da autonomia e potencialidade dessa população, visando à construção de novas trajetórias de vida.
O Centro POP atua no âmbito da assistência social pública, objetivando assegurar o acesso amplo, seguro e simplificado aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde, educação, previdência e Assistência social. Deve ofertar os serviços à alimentação, higienização, encaminhar para documentação, passagens, tratamentos de saúde, oportunidades de trabalho, dentre outros.
3.1.2 O que é ser mulher transexual
Quando se nasce, os gêneros são denominados pelo sexo. Ou seja, determinadas partes do corpo as quais são designadas como femininas ou masculinas, como as genitais. Porém, algumas pessoas, ao passar dos anos, percebem que se identificam com outro gênero e passam a viver da forma que se identificam. O termo trans é utilizado para se referir a uma pessoa que não se identifica com o gênero ao qual foi designado em seu nascimento. 
Pensando-se no significado etimológico, o prefixo trans- (oriundo do latim) significa “além de”, “para além de”, “o outro lado” ou “o lado oposto”. O termo é utilizado como um “termo guarda-chuva” e se refere a todas as pessoas com identidades trans: transexuais, transgêneros, travestis, pessoas não binárias, etc.
Dessa forma, pode-se utilizar “mulher trans” ou “pessoa transfeminina” para se referir a alguém que foi designado homem, mas se entende como uma figura feminina. Esta identidade de gênero, está dentro da sigla LGBTQIA+, com o T de transexual.
O caminho da pluralidade da existência humana se fragiliza na perspectiva anterior, inclusive na forma de experienciar a transgeneridade. Como meio de existir e resistir, os estudos transviados emergem, assim, com novos paradigmas:
Nos estudos transviados os discursos médicos passam a ser analisados como engrenagens discursivas que limitam a existência da diversidade dos desejos, dos gêneros, das sexualidades ao âmbito das estruturas fixas corpóreas. E assim se estabelece uma disputa epistemológica onde o corpo passa a ser um significante com múltiplos significados, uma estrutura estruturante em permanente processo de transformação (Bento, 2014, p. 49).
3.1.3 Violências mais frequentemente sofridas
A violência contra a mulher transexual começa através da negação de direitos a elas, a não inclusão política e educacional, dentre alguns outros motivos. A falta de leis e de direitos convincentes e comprovados deixam-nos mais propensos e vulneráveis a violências gerais.
Direitos como nome social e requalificação civil, foram conseguidos depois de muitos anos de lutas e ainda não são totalmente aceitos pela população. Segundo dados do Sinan, as mulheres transexuais são 80% do total de vítimas trans que procuraram o sistema público de saúde entre 2014 e 2017.
Apesar das lutas constantes com o objetivo de garantir direitos à essas mulheres, o apoiodo STJ e do governo do país é de fundamental importância para não haver desmonte de políticas públicas voltadas a garantia dos direitos dessa parte da população. Diante da ausência do Estado na e combate à violência, iniciativas de movimentos sociais e organizações da sociedade civil tentam suprir as demandas de quem fica desprotegido. 
Entre as agressões que vitimizaram mulheres trans e travestis, 60% foram violência física e 25% violência psicológica. 67% das agressões partiram de homens, mostrando-se ainda o machismo enraizado na sociedade. 54% das mulheres que sofreram essas agressões são transexuais e travestis negras, enfatizando-se, também o racismo presente. Enquanto mulheres são vítimas de 67% das agressões físicas no Brasil, o cenário é de maior vulnerabilidade para as mulheres transexuais. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), compilados pelo Mapa da Violência de Gêneros, 49% das agressões sofridas por elas foram na própria residência, entre 2014 e 2017. De acordo com dados do Sinan, as mesmas são 80% do total de vítimas trans que procuraram o sistema público de saúde nesses mesmos anos.
3.1.4 Meios de denúncia e meios de auxílio 
Para a contenção dos danos causados pelas violências e como forma de ajudar as vítimas existem alguns meios aos quais elas podem pedir apoio.
Dentre alguns meios auxílio do Município de Criciúma, que existem como forma de primeiras procedências e para sair de perto do agressor, pode-se citar:
· Centro POP- Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua;
· Consultório na Rua;
· CAPS II AD- Centro de Atenção Psicossocial ll Álcool e Outras Drogas;
· CAPS lll- Centro de Atenção Psicossocial;
· CREAS- Centro de Referência Especializado em Assistência Social;
· Casa de Passagem.
Porém esta cidade ainda não possui um meio de auxílio específico para essas mulheres. 
Já, como meios de denúncia e meios mais qualificados para seguir após a ocorrência, apesar da mazela existente no poder Judiciário Brasileiro. Tem-se os seguintes:
· LIGUE 180- Central de atendimento à mulher;
· LIGUE 190- Polícia Militar;
· (48)3403-1717- DPCAMI- Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso
3.1.5 Direitos sociais garantidos pela Constituição Federal de 1988 e pelos Direitos Humanos 
O dia 29 de janeiro é dedicado às discussões sobre a visibilidade de pessoas transexuais e travestis no Brasil. Nesta data, em 2004, lideranças do movimento pelos direitos de pessoas transexuais se reuniram no Congresso Nacional, em Brasília, para lançar a campanha “Travesti e Respeito”. Promovida em parceria com o Ministério da Saúde, tinha como objetivo incentivar a inclusão social desse grupo. Desde então, tiveram-se avanços na garantia de direitos a essa população, mas muitos ainda encontram desafios para acessá-los.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. Além desses, pode-se citar:
· Nome social: O nome social é aquele pelo qual uma pessoa se apresenta e quer ser reconhecida socialmente, ainda que não tenha retificado os documentos civis. Desde abril de 2016, o decreto nº 8.727 passou a reconhecer que, nas repartições e órgãos públicos federais, pessoas travestis e transexuais tenham sua identidade de gênero garantida e sejam tratadas pelo nome social. Existem também outras legislações sobre esse direito em estados e municípios. No Rio de Janeiro, por exemplo, é possível emitir uma carteira de identidade reconhecida oficialmente com o nome social. Ele também pode ser incluído em documentos como CPF, cartão do SUS e título eleitoral.
· Requalificação civil: é quando a pessoa altera nome e gênero na certidão de nascimento e, portanto, em todos os outros documentos. Em março de 2018, uma decisão do STF (Ação Direta de Inconstitucionalidade 4275) passou a garantir que essa alteração seja feita administrativamente em um cartório de registro de pessoas naturais, sem a necessidade de ação judicial
· Desde agosto de 2008, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza a cirurgia de redesignação sexual para mulheres trans. Em junho de 2019, a portaria nº 1.370 passou a permitir o procedimento também para homens trans. No entanto, acessar esse direito ainda é um desafio.
· No dia 9 de janeiro deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução nº 2.265/2019, que atualiza as regras para o atendimento médico às pessoas transexuais. Entre as principais mudanças está a alteração na idade para a cirurgia, que foi reduzida de 21 para 18 anos. Já as terapias hormonais passam a ser liberadas a partir dos 16 anos. A nova resolução também contempla questões como o bloqueio puberal, “interrupção da produção de hormônios sexuais”, e a hormonioterapia cruzada, “forma de reposição hormonal na qual os hormônios sexuais e outras medicações hormonais são administradas ao transgênero para feminização ou masculinização”, e regulamenta os processos cirúrgicos.
· Em junho de 2019, o STF se manifestou em relação a falta de leis para a proteção da população LGBT e criminalizou a homotransfobia. De acordo com a decisão do STF, enquanto não houver legislação específica, atos de homofobia ou transfobia podem ser tipificados como crimes de racismo.
· Em um dos casos de violência doméstica contra mulheres transexuais, que foi a julgamento para conseguir medidas protetivas, o Ministério Público, juntamente ao STJ, decidiram aplicar o texto da Lei Maria da Penha, na resolução do caso de violência sofrida, em abril de 2022.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento que delimita os direitos fundamentais do ser humano. Foi estabelecida em 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), à época composta por 58 Estados-membros, entre eles o Brasil. De acordo com os Direitos Humanos “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. ... Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.”
3.1.6 Consequências físicas e psicológicas
Os sintomas físicos de agressões sofridas podem ser agudas, como inflamações, contusões, hematomas, ou crônicas, que deixam sequelas para a vida toda. Já as psicológicas frequentemente encontradas são insônia, pesadelos, falta de concentração, irritabilidade, dentre outros. Até o aparecimento de casos mais graves, como ansiedade, depressão, estresse pós traumático, síndrome de pânico, etc. Além de vícios, tais como: uso de álcool e drogas
Dentre as principais consequências, pode-se citar também a tristeza e a agressividade, na qual prejudica o convívio com outros indivíduos. Para mulheres transexuais em situação de rua as circunstâncias podem ser ainda piores, pelo fato de não possuírem um grupo de apoio tão presente, como o familiar, e terem como único auxílio os centros de apoio, além de já sofrerem com a sua orientação sexual e ter o preconceito da sociedade presente frequentemente na vida delas.
Além da dor física de sofrer uma agressão, as vítimas também estão propensas a distúrbios emocionais em decorrência do que aconteceu.
3.1.7 O Assistente Social como responsável 
A importância para o desenvolvimento das estratégias de intervenção adotada pelo acadêmico surgiu a partir do acompanhamento e observação realizados no estágio I, II e III, onde a concentração foi direcionada na demanda  pertinente da instituição no que se refere a “Prevenção da Violência Contra Mulheres Transsexuais em Situação de Rua”.
[...] a autoimagem de uma profissão, elege os valores que a legitimam socialmente, delimitam e priorizam seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, práticos e institucionais) para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e estabelecem as bases das suas relaçõescom os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais privadas e públicas (NETTO, 1999, p. 144).
Os profissionais de Serviço Social estudam a realidade social brasileira e trabalham diretamente com a população. Atuam em situações de violação dos direitos humanos. Analisam, elaboram, coordenam e executam planos, programas e projetos a fim de viabilizar os direitos da população e seu acesso às políticas públicas. Na prática, trabalham com planejamento, organização e administração dos programas e benefícios sociais fornecidos pelo governo, bem como na assessoria de órgãos públicos, privados, organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais e no terceiro setor de forma geral.
O Assistente Social do Centro Pop desenvolve alguns instrumentos técnico-operacionais, no amparo dessas situações, iniciando pelo processo de acolhida da usuária, realização de uma entrevista e escuta qualificada, priorizando a atenção à vítima. Em alguns casos, visita ao local em que a pessoa se encontra (quando a mesma possui casa ou algum lugar para ficar, precisando apenas dos benefícios cedidos pelo centro de apoio, como acesso a higiene, alimentação, entre outros). E ajuda no processo de realização de Boletim de Ocorrência ou acesso às suas documentações, quando necessário. Dentre algumas dificuldades sofridas pelo Assistente Social, está a busca de ajudas, por parte governamental, no que tange abrigo seguro à essas pessoas. 
Segundo Sarmento:
[...] o assistente social entra em contato com um cliente ele estabelece uma dada relação, a qual é sempre consequência das relações sociais de produção. O relacionamento é esta ação profissional intencional na relação, isto é, processo de meditação de relações sociais [...] (1994:264).
O Assistente Social tem o dever de auxiliar essas mulheres a encontrarem uma solução, além de promoverem a proteção social delas, principalmente de mulheres transexuais em situação de rua, que já não possuem o amparo familiar necessário e sofrem com diversas formas de preconceito, precisando, ainda mais, da ajuda destes profissionais, que visam a integridade física, social e mental dessas pessoas, por meio de orientação, discussão de estratégias e encaminhamento das vítimas para locais que elas possam receber atendimento qualificado e ter seus direitos garantidos. Estes profissionais devem agir em locais que possuem estreita relação com o Poder Jurídico, Ministério Público, Defensoria Pública e outras organizações de defesa.
4 JUSTIFICATIVA 
Diariamente sofre-se com mudanças significativas que influenciam diretamente nas relações sociais que se constrói e desconstrói o tempo todo. 
Por consequência disso, novos desafios vão sendo lançados constantemente para todas as profissões, em maior ou menor grau. De acordo com este cenário, tem sido exigido do assistente social maior atenção no desvelamento dos reais determinantes das demandas que chegam até ele, uma vez que estas são complexas e muitas vezes mascaradas. Esta postura tem possibilitado demarcar concretamente o espaço profissional (LOPES, 2008. pg. 45). 
O profissional da assistência social também deverá assumir um papel importante a frente da Rede de Proteção Social, executando suas habilidades, potencializando o trabalho intersetorial junto a outros profissionais e membros que interagem na articulação da rede. 
Diante do cenário apresentado atualmente, buscou-se apresentar e reforçar às usuárias transexuais os meios de denúncias capazes de auxiliá-las a cerca das violências sofridas por elas, além de mostrá-las quais os tipos de violências possíveis. E apresentar à elas individualmente seus direitos e deveres. 
Além de sofrerem com a escolha da orientação sexual, sofrem também com o fardo de se encontrarem em situação de rua.
5 OBJETIVOS DA PESQUISA
Com a realização do estágio, surgiram várias reflexões direcionando a pesquisar sobre a conscientização e a orientação dos direitos das mulheres transexuais na identificação e acesso das usuárias aos benefícios sociais e na efetivação de políticas públicas.
5.1 OBJETIVO GERAL
Proporcionar às mulheres conhecimento sobre as formas de violências sofridas e conscientizando-as sobre os meios de denúncia. Além de, por meio deste projeto, lembrar de que não estão sozinhas e que possuem equipamentos que podem ajudá-las.
Promover uma reflexão sobre a violência contra as mulheres transexuais em situação de rua, com auxílio do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua e as demais políticas públicas. 
Ademais, o projeto teria como objetivo promover reuniões e rodas de conversa à essas mulheres, porém, com a pandemia de covid-19 nos anos de 2020 e 2021 e as medidas protetivas pela OMS declaradas, não foi possível efetua-las, optando, então, pela proposta de fazer um banner explicativo e ilustrativo com as formas de violência e número para denúncia.
5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
· Contribuir através de um banner e questionário sobre as possíveis violências sofridas no cotidiano;
· Promover conhecimento dos meios de violência;
· Conscientizar a importância da denúncia.
Fonte: Acadêmica Maria Carolina Josefino
6 METODOLOGIA DE PESQUISA
Durante o Estágio foram realizadas as atividades por meio de pesquisa bibliográfica; cronograma das atividades; coleta de dados; formação de pesquisa qualitativa; aplicação de questionário; pesquisa de campo e documental de estudo. As atividades foram desenvolvidas no campo de estágio, organizadas através de um cronograma de atividades com a orientação e acompanhamento da supervisora de campo.
7 ANÁLISE DOS DADOS DE PESQUISA
Uma pesquisa é um processo sistemático que permite a construção de novos conhecimentos humanos. São essas expectativas e necessidades do mercado. Permitindo, ainda mais, a autonomia de quem a efetua.
Pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de processos científico.(GIL, 1996, p. 19).
Pesquisa Quantitativa:
Segundo Oliveira (1999), o método quantitativo deve-se calcular e medir 
opiniões, informações, resultantes de levantamento de dados por meio de uma coleta de informações referente ao assunto a ser estudado, utilizando-se de técnicas estatísticas. Além disso, Oliveira (1999, p. 16) defende que, método quantitativo [ “também é empregado no desenvolvimento das pesquisas de âmbito local, econômico”...] Administração, representando, em linhas gerais, uma forma de garantir a precisão dos resultados, e evitando com isso distorções de análise e interpretações”.
Pesquisa Qualitativa:
Para Melhora (2001, p. 155), pesquisa qualitativa é “metodologia de pesquisa 
não estruturada, exploratória; baseada em pequenas amostras, que proporciona insights e compreensão do contexto do problema”. Ou seja, pesquisa qualitativa é metodologia de pesquisa não estruturada, exploratória, fundamentada em amostras de contexto do problema.
Pesquisa bibliográfica:
 A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências publicado em documentos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existente sobre um assunto determinado, tema ou problema. A pesquisa bibliográfica está relacionada ao conhecimento literário. Iniciando a partir da literatura, seleção, organização, elaboração de fichas e arquivamento de temas referentes ao assunto estudado.
7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS:
A partir da realização dos Estágios Obrigatórios e com a ideia do Trabalho, pelo fato de ter-se visualizado esta problemática e pela convivência com usuárias vítimas dessas violências, teve-se a ideia de confeccionar banners explicativos, rodas de conversa e questionários.
7.2 ANÁLISE DOS DADOS 
Por conta das medidas protetivas tomadas para conter a propagação do vírus Covid-19, no ano da realização dos Estágios, não conseguiu-se efetuar as rodas de conversa. 
Porém, com o auxílio e apoio dos profissionaisdo centro pop e da Secretaria de Assistência social, foi possível confeccionar e aplicar os banners explicativos em alguns locais. Além da aplicação do questionário.
7.3 RESULTADO
Com a confecção do questionário, conseguiu-se  ter respostas congruentes e assertivas sobre algumas questões existentes no problema, e as possíveis soluções, de acordo com uma usuária, para erradica-lo. 
Dois banners foram confeccionados e aplicados, um foi colocado na recepção do Centro POP e o outro na Secretaria de Assistência social de Criciúma. Para melhor visualização dos profissionais e dos usuários.
7.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Considera-se que com as medidas tomadas e com a metodologia oferecida, consiga-se bons resultados a longo prazo sobre a conscientização dos tipos de violência e dos meios de denúncia, a fim de diminuir ao máximo essa problemática e o preconceito existente, pelo fato de o banner ser uma ótima ferramenta de divulgação e visualização.
Diante dos estágio I, II e III não foi possível aplicar o projeto inicial, que era uma roda de conversa, pelo fato de ser difícil juntar todo o pessoal trans do local, pois elas vinham alguns dias e sozinhas, e também pela pandemia de covid-19, então o banner foi uma forma de repassar as informações que seriam passada às usuárias nas rodas de conversa, sendo até mais eficaz e impactante.
Acredita-se que foi de tamanha importância a confecção do banner sendo que cada usuário ao chegar no equipamento se deparou com ele, chamando assim a atenção dessas pessoas, principalmente das mulheres transexuais, pois eram falas e informações pertinentes à elas.
	 
CONCLUSÃO:
Com a experiência vivenciada nessa fase, trouxe ao acadêmico diversos conhecimentos e aplicação de metodologias, tendo sido prevalência a relação de confiança entre o usuário e o profissional, além da grande resolução das demandas. 
A partir da realização da pesquisa e da convivência ofertada pelo estágio, trouxeram saberes de uma parte da população não tão escutada e auxiliada, que o tornarão um profissional mais qualificado. 
Portanto, percebeu-se assim a importância de auxiliar essas mulheres a saber seus direitos, conscientizando-as a cerca de meios de denúncias e de auxílio, além de informar as pessoas sobre seus direitos e deveres, e a importância de respeitar essas pessoas. Desta forma, cabe a Assistência Social, como política pública executada e modificada pelos profissionais, concentrando seus esforços na promoção dos sujeitos em direção a sua ação social rompendo com a forma descontinuada das variadas expressões da questão social. Surge a necessidade de trazer essa temática ao centro dos debates acadêmicos e profissionais, cujo intuito seja compreender e melhor qualificar essa categoria de benefícios socioassistenciais tratados à margem da LOAS e das legislações, no sentido de caminhar rumo à sua regulamentação, entendida como o fortalecimento do SUAS e acesso a política pública de assistência social na perspectiva do direito.
REFERÊNCIAS
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Filho, José Monteiro. Serviço social e sua atuação nas múltiplas expressões da questão social: Violência doméstica contra a mulher e suas consequências. Disponível em: < https://www.passeidireto.com/arquivo/61775936?utm_medium=mobile&utm_campaign=android >. Acesso em: 9 de março de 2022. 
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Autor desconhecido. LEI Nº 12.845, DE 1º DE AGOSTO DE 2013. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12845.htm >. Acesso em: 12 de março de 2022. 
Autor desconhecido. LEI Nº 12.650, DE 17 DE MAIO DE 2012. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12650.htm >. Acesso em: 12 de março de 2022. 
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CANNONE, Laís Araújo Roseira. Historicizando a Transexualidade em Direção a uma Psicologia Comprometida. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/pcp/a/MgsxScRgNWtdkrmkptwDwBC/?lang=pt >. Acesso em: 23 de maio de 2022.
APÊNDICE A
O EXPOSTO TRABALHO TEM POR OBJETIVO FALAR SOBRE O TCC COM A TEMÁTICA: VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES TRANSEXUAIS EM SITUAÇÃO DE RUA- DO ESTÁGIO II E III, REALIZADO NO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO PARA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA- CENTRO POP; COM UMA EQUIPE COMPOSTA POR UM COORDENADOR, DUAS ASSISTENTES SOCIAIS, UM TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR, UMA EM SEVIÇO GERAIS, DUAS ESTAGIÁRIAS, E QUATRO PROFISSIONAIS COM NÍVEL SUPERIOR OU MÉDIO QUE SERÃO RESPONSÁVEIS PELA ABORDAGEM SOCIAL.
APÊNDICE B
O TEMA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO É: A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES TRANSEXUAIS EM SITUAÇÃO DE RUA.
APÊNDICE C
A GESTÃO DA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO, TRABALHO E RENDA CONTA COM UMA EQUIPE MUTIDISCIPLINAR DE: UM COORDENADOR, DUAS ASSISTENTES SOCIAIS, UM TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR, QUATRO PROFISSIONAIS COM NÍVEL SUPERIOR OU MÉDIO QUE SERÃO RESPONSÁVEIS PELA ABORDAGEM SOCIAL, E/OU DESENVOLVIMENTO DE OFICINAS SOCIOEDUCATIVAS.
ANEXOS
FIGURA 1- VIOLÊNCIA CONTRAMULHERES TRANSEXUAIS
FIGURA 2- BANNER ELABORADO PARA O PROJETO.
FIGURA 3- QUESTIONÁRIO

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