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CASO 1 - EMPRESARIAL (Doutrina e Jurisprudencia)

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CASO CONCRETO 1 - EMPRESARIAL APLICADO II
JOÃO MARCOS DORNELLAS BEZERRA
Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através de 
diversos endossos até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o portador decidiu 
executar um dos endossantes, tendo em vista que o título não foi pago pelo devedor 
original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou em sua defesa que não poderia 
ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual não teria capacidade 
civil, e o que tornaria nula a cadeia de endossos. Diante dessa situação hipotética, 
pergunta-se: 
a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante? 
R= O fundamento da defesa não é cabível, não havendo fundamento legal. conforme o 
Princípio da Autonomia as obrigações são independentes.
Fábio Ulhoa Coelho, define o princípio da autonomia como sendo: Pelo princípio da 
autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma 
relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais relações 
abrangidas no mesmo documento.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 1: direito de empresa. 18º ed. 
São Paulo: Saraiva, 2014. Pág. 449.
Tribunal de Justiça de Goiás TJ-GO - Apelação (CPC) : 0471591-68.2017.8.09.0091
EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. INCABÍVEL. 
CHEQUE. ENDOSSO. CIRCULAÇÃO. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS TÍTULOS DE 
CRÉDITO. ABSTRAÇÃO. EMPENHO. DESNECESSIDADE. 
1. A denunciação da lide, segundo o Código de Processo Civil (art. 125), é possível nas 
seguintes circunstâncias: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo 
domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da 
evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, 
em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. Não sendo, portanto, 
cabível quando se tratar de responsabilidade indireta. 2. O cheque, como espécie de 
título de crédito, submete-se aos princípios que integram o regime jurídico cambial, 
dentre os quais o da autonomia. Ao portador de cheque recebido de boa-fé por meio de 
endosso não poderão ser opostas questões ligadas à relação que lhe deu origem, sob 
pena de ofensa ao princípio da inoponibilidade de exceções pessoais a terceiro de boa-
fé. 3. Mesmo que não tenha ocorrido o empenho, não há como afastar o direito existente 
sobre a cártula. A eventual inexistência de empenho deve ser discutida e dirimida em 
outra seara, inclusive no que tange à responsabilidade fiscal e improbidade 
administrativa. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA.
(TJ-GO - Apelação (CPC): 04715916820178090091, Relator: MARCUS DA 
COSTA FERREIRA, Data de Julgamento: 01/10/2019, 5ª Câmara Cível, Data de 
Publicação: DJ de 01/10/2019)
b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela?
R= Princípio da autonomia, em que cada obrigação é autônoma com relação às demais, 
independentemente da situação ( art. 7 e 17 LUG 57663/1966). também cabendo o 
subprincipio da inopolibilidade das exceções pessoais de terceiros de boa-fé.
QUESTÃO OBJETIVA 1: 
São princípios gerais dos títulos de crédito: 
a) literalidade, forma e causa. 
b) forma, causa e abstração. 
c) negociabilidade, anterioridade e literalidade. 
d) modelo, cártula e autonomia 
(X) e) cartularidade, literalidade e autonomia
QUESTÃO OBJETIVA 2: 
Quanto à classificação dos títulos de crédito, é incorreto afirmar: 
a) Quanto ao modelo, os títulos podem ser classificados como livres (letra de câmbio e 
nota promissória) e vinculados (cheque e duplicata). 
b) quanto à estrutura, os títulos se classificam como ordem de pagamento ou promessa 
de pagamento.
 c) como exemplo de ordem de pagamento, temos a letra de câmbio, e como promessa 
de pagamento a nota promissória. 
d) quanto às hipóteses de emissão, os títulos de créditos podem ser classificados em 
causais e não causais. 
(X) e) todos os títulos de crédito existentes no Brasil podem ser considerados não 
causais, visto que não dependem de causa específica para serem emitidos.

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