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99 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Unidade III 7 AS REDES SOCIAIS Uma rede social é uma estrutura composta de pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns. Tais redes possibilitam relacionamentos horizontais não hierárquicos entre os usuários, caracterizando um meio de se conectar com outras pessoas na internet. Os sites de redes sociais funcionam tendo como princípio de base os perfis de usuário, a partir de uma coleção de fatos sobre o que um usuário gosta ou não gosta, seus interesses, hobbies, sua escolaridade, profissão ou qualquer outra informação que ele queira compartilhar. As redes sociais têm como função principal compartilhar informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns, tais como redes de relacionamentos, profissionais, comunitárias e políticas, fortalecendo a sociedade em um contexto de maior participação democrática e de mobilização social. Por meio dessas redes, é possível fazer campanha política e organizar manifestações comunicando as pessoas de forma mais rápida e abrangente; as empresas podem vender e divulgar produtos; e, principalmente, os usuários das redes podem estreitar relações por meio de conhecidos ou de pessoas com gostos em comum. Träsel (2008) define redes sociais como “o conjunto de dois elementos: atores e conexões entre esses atores”. Em seus estudos, o professor explica a formação das conexões entre os atores mediante laços sociais relacionais e associativos. Os relacionais são resultado das interações sociais, e os associativos, gerados pela associação do ator a um determinado ambiente. No contexto tecnológico, a compreensão sobre redes sociais proposta por Lins (2010) define-as como “sistemas que buscam conectar pessoas, possibilitando a comunicação entre elas”. As redes sociais permitem a criação personalizada de perfis, que armazenam dados de diversos tipos e informações. Com isso, permitiu-se uma nova forma de comunicação social, em que as pessoas passaram a prover conteúdos e divulgá-los nas redes. Nas condições de provedor de conteúdo, os usuários das redes sociais passam a despertar o interesse dos outros usuários. A informação e as características definidas no perfil disponível na rede passam a caracterizar o capital social, ou seja, “um conjunto de recursos (conhecimento, fama etc.) compartilhado por uma rede social”, como define Träsel (2008). Neime Realce 100 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Segundo Nepomuceno (2009), as redes sociais na internet não são pioneiras na colaboração mundial no compartilhamento de conhecimento. Ele afirma que a internet é somente uma evolução das redes de conhecimento anteriores – da fala, impressa, do som e da imagem – , porém com maior potencial em proporcionar velocidade e alternativas, constituindo a mais complexa rede já criada. Para Nepomuceno (2009), a rede social da escrita, do livro impresso, a partir de 1500 nos possibilitou inventar a academia. Por exemplo, naquela época, também tinha seus links que eram as citações, e o somatório de experiências era um grande Orkut do papel, que mudou o mundo com ideias e, depois, produtos. Dias (2009), por sua vez, declara que o conceito de redes sociais é a base de sites como Facebook, LinkedIn, MySpace, Orkut entre outros. Esses sites oferecem aos usuários a capacidade de se conectarem com outros para formação, por exemplo, de redes de amigos, redes de profissionais, grupos de interesse, grupos de discussão etc. Vamos explanar algumas redes sociais, umas que existiram e foram muito populares, e outras que ainda estão em uso e são soberanas há décadas. Saiba mais Para entender sobre o comportamento preventivo e o comportamento ostentativo do usuário nas mídias sociais, leia os Capítulos 2 e 3 do livro: QUALMAN, E. Socialnomics: como as mídias sociais estão transformando a forma como vivemos e fazemos negócios. São Paulo: Saraiva, 2011. • Orkut Desativada há poucos anos, essa rede foi muito popular até que o Facebook tomasse seu lugar entre as maiores redes sociais da internet. Pioneira na comunicação interpessoal, a rede Orkut também era famosa quando o assunto era de postagens e apresentação de fotografias. O Orkut não teria surgido se não fosse a prática do Google de permitir, e muitas vezes estimular, que 20% do tempo de trabalho de cada funcionário fosse utilizado para desenvolvimento de projetos pessoais. Um desses funcionários, o turco Orkut Büyükkokten, desenhista de interface com o usuário (sua função) na empresa, e que fazia pós-doutorado em Ciência da Computação em Stanford, desenvolveu um projeto de serviço de redes sociais em que muitos internautas podiam reencontram amigos, se apaixonar ou até mesmo arrumar emprego. Desenvolveu o embrião do Orkut nos bancos da universidade californiana. Neime Realce 101 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE O resultado do projeto, batizado com seu sobrenome, foi ao ar na internet em 24 de janeiro de 2004, com o objetivo de ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos. O alvo inicial do Orkut foram os Estados Unidos, mas a maioria dos usuários era do Brasil e da Índia. Apesar de Orkut ser um nome próprio, na programação visual do site (títulos e logos) a palavra está em minúscula (orkut). O website da rede era <http://www.orkut.com>. Na década de 2010, o sistema possuía mais de 70 milhões de usuários cadastrados. Por muito tempo, até meados de 2011, o Brasil foi o país com o maior número de membros, cerca de 40 milhões de usuários. A Índia vinha em segundo lugar, e em seguida vinham os Estados Unidos. Aproximadamente 59,41% dos participantes tinham entre 18 e 25 anos. O Orkut era uma comunidade on-line criada para estimular uma interação na vida social com amigos e profissionais, por meio de fotos e mensagens. O site possibilitava a criação e a participação de comunidades on-line, visando ao compartilhamento de interesses e hobbies, à discussão de temas etc. As comunidades on-line podiam ser aproveitadas também para relacionamentos profissionais. A fácil administração das comunidades e o maior controle permitiam que as adesões fossem mais criteriosas e a moderação no uso fosse mais eficiente, podendo controlar o acesso ao conteúdo e disponibilizando as informações somente a membros. Segundo Recuero (2006), o Orkut funcionava basicamente por meio de perfis e comunidades. Os perfis eram criados pelas pessoas ao se cadastrar e indicar quem eram seus amigos. As comunidades eram criadas pelos indivíduos e podiam agregar grupos, funcionando como fóruns, com tópicos (nova pasta de assunto) e mensagens (que ficavam dentro da pasta do assunto). No entanto, conforme relatório divulgado em 11 de fevereiro de 2011 pelo site iG (Cardozo, 2014), os usuários passaram a migrar do Orkut para o Facebook. Era o começo do fim de uma das redes sociais mais famosas da década de 2010. A pesquisa aponta que aos poucos os internautas foram deixando o Orkut, migrando para o site criado por Mark Zuckerberg, rede social mais acessada do mundo. Apesar da tendência, o Orkut ainda lidera entre as redes mais acessadas no Brasil. Já em 2016, o Facebook atinge a marca de 1 bilhão de usuários. Todos os dias a rede social triplica o lucro trimestral e o número e vê a receita subir 51%. Já o Messenger, aplicativo de bate-papo, chega a 900 milhões de usuários. 102 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Facebook atinge marca de 1 bilhão de usuários todos os dias O Facebook anunciou nessa quarta-feira (27) que a rede social é acessada por um bilhão de usuários de todo o mundo todos os dias. Os dados sãoreferentes ao primeiro trimestre de 2016 e constam do balanço financeiro da empresa, que também aponta o número de adeptos de outros aplicativos, como os serviços de bate-papo WhatsApp e Messenger, além da rede social de fotos Instagram. O número de usuários diários do Facebook aumentou 16%, com a adesão das pessoas aos aparelhos móveis. No ano passado, a rede social comemorou ter conectado mais de bilhão de usuários em um único dia, mas somente neste trimestre esse nível de acesso foi constante. Por mês, a média de usuários ativos chegou a 1,65 bilhão, aumento anual de 15%. Lucro Além de aumentar a base de pessoas dentro do site, a empresa ampliou também seus ganhos. Entre janeiro e março deste ano, o lucro da empresa triplicou em relação ao mesmo período de 2015. Chegou a US$ 1,5 bilhão. A receita disparou 51,9%, para US$ 5,4 bilhões, ante US$ 3,5 bilhões do primeiro trimestre de 2015. “Tivemos um grande começo de ano”, disse o cofundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg. Novo tipo de ação O Facebook anunciou também que seu conselho de administração aprovou um plano para criar um tipo de ação sem direito a voto, com o objetivo de captar capital, mas deixando Zuckerberg no controle da estratégia e da direção da companhia. Os acionistas votarão sobre a proposta na reunião anual de 20 de junho, segundo o Facebook. Instagram, WhatsApp e Messenger Além das informações de acesso ao Facebook, a rede social informou também a quantidade de usuários de seus outros serviços conectados. O WhatsApp chegou a 1 bilhão de usuários, conforme antecipado em fevereiro. Com 900 milhões de usuários, o Messenger está próximo de se tornar a terceira ferramenta do Facebook a chegar a um bilhão de membros. Já o Instagram tem 400 milhões de pessoas abastecendo o app com fotos. Fonte: Facebook... (2016). 103 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE • Twitter Rede social conhecida como microblogging, ou seja, um blog ou site de publicações que permite no máximo 140 caracteres, portanto as informações devem ser curtas, como uma forma rápida de comunicação. Os usuários podem enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos, conhecidas como tweets, por meio do website, de SMS e de softwares específicos de gerenciamento. Sua criação aconteceu em março de 2006, por Jack Dorsey, por meio da Obvius Corporate de São Francisco. O nome Twitter é inspirado em um pássaro que se tornou o símbolo ou logo do site. O Twitter tem uma média de seguidores na faixa etária dos 20 aos 40, e seu uso tornou-se um costume entre os jornalistas brasileiros, pois serve como fonte de inspiração para a notícia, bem como permite transmitir informação com agilidade, medir o interesse por determinado assunto, sinalizar ou visualizar conflitos, entrar em contato com os bastidores de alguma personalidade, atualizar-se sobre eventos e fazer coberturas. O poder das redes sociais ou mídias sociais está em quantos interlocutores interagem ao mesmo tempo. Nesse aspecto a internet permite reunir um número maior de pessoas conectadas e passando informações ao mesmo tempo com maior agilidade; já as demais mídias não são integradas com tanta rapidez. • Facebook Rede social com recursos de mural, fotos, vídeos, calendários de eventos, entre outros serviços e aplicativos. Criada em 2004 pelo norte-americano Mark Zuckerberg, com o objetivo inicial de conquistar os jovens do mundo acadêmico de algumas universidades americanas, permaneceu com essa finalidade durante os dois primeiros anos. Em 2006, o Facebook foi liberado para o grande público e cresceu no mercado norte-americano; mas veio a ser conhecido no Brasil apenas recentemente (meados de 2009-2010), uma vez que o mercado nacional até então era dominado pelo Twitter. • WikiLeaks O termo WikiLeaks é designado para denominar um website, pertencente a uma entidade sem fins lucrativos, sediada na Suécia, quem tem como objetivo divulgar documentos secretos e estratégicos de diversos setores da sociedade, das esferas pública, governamental, privada e militar, em geral controversos e polêmicos, relatando erros, indícios de corrupção, intenções privadas em setores públicos, incidentes diplomáticos e crimes de guerra. WikiLeaks é a soma de duas palavras. Neime Realce Neime Realce Neime Realce 104 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III A palavra wiki, na língua havaiana, significa “rápido” e é comumente usada no ambiente de internet para designar um sistema de websites colaborativos, ou seja, a construção do conhecimento e da informação é coletiva, gratuita e democrática, por exemplo, na Wikipedia. O termo leaks, traduzido do inglês, significa vazamento, fazendo referência a um jargão jornalístico utilizado quando há obtenção de informações protegidas ou confidencias de um determinado setor da sociedade. A rede de informantes e colaboradores do WikiLeaks conta com pessoas infiltradas em diversos setores do governo, da mídia e de grandes empresas, atuando em mais de 50 países. Entre os principais documentos secretos divulgados estão os relatórios de atrocidades cometidas pelo Exército americano contra civis nas guerras do Iraque e do Afeganistão. No ano de 2011, o site possuía mais de 4 milhões de informações disponíveis. O WikiLeaks foi fundado em 2006 pelo principal colaborador e membro fundador, o australiano Julian Assange, um ex-hacker e atual jornalista. Julian foi acusado, pelo governo americano, de crimes de conspiração e traição, e pelo governo sueco, de crimes sexuais. Atualmente consta na lista de criminosos em observação pela Interpol. Há um paradoxo primário entre o nome WikiLeaks e propriamente o seu funcionamento. O site em si é organizado e administrado apenas pelos seus colaboradores, que cumprem a função de receber, selecionar e publicar as informações recebidas de sua rede de informantes e do público comum, não permitindo, assim, a função de ambiente colaborativo na produção ou na organização das informações. Essa situação foi contestada por diversas outras entidades ativistas e formadores de opinião, que criticavam o caráter totalitário na plataforma WikiLeaks e também alegavam a utilização do prefixo wiki como manobra de publicidade, sugerindo que a plataforma utilizasse um nome mais adequado condizente com as suas atividades. A alimentação das informações também é objeto de contestação, pois são colocadas em dúvida duas situações singulares: a primeira diz respeito à forma pela qual as informações são obtidas e fornecidas, muitas vezes se valendo de recursos ilícitos para tal fim. Embora qualquer cidadão possa enviar informações diretamente para o site, o WikiLeaks opera com uma grande rede de informantes infiltrados em diversos setores da sociedade de diversos países. A integridade das fontes, por consequência, é o segundo objeto de contestação: por atuarem de forma ilícita, essas pessoas estão sujeitas a serem responsabilizadas pelos tais atos caso sejam forem descobertas. Em países como os Estados Unidos, esse tipo de delito pode levar à execução. Quando não descobertas pelas entidades oficiais e governamentais, as fontes, caso detectadas, também estão sujeitas a retaliações e atos de vingança por setores de interesse. Neime Realce 105 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Outro paradoxo a ser observado é sobre a estrutura e a forma de acesso: pelo caráter ilícito classificado de acordo com a legislação de cada país, há censura de acesso ao site em países que o julgam ilegal, fazendo que o site possua diversos mirrors (servidores de redundância com efeito de espelhamento de informações – quando um servidor é desativado, outro logo assume o seu lugar), para facilitar ou burlar as formas de acesso em países com restrição. Diferentementedo conceito de redes sociais, em que há uma interação bidirecional entre seus participantes (canal direto entre emissor e receptor, desde que devidamente aceitos na plataforma em que a rede está instalada), o WikiLeaks constitui uma rede parcialmente social no âmbito da interação, recebendo e publicando informações de uma rede de fontes agindo de acordo com os interesses dos administradores do site, ou seja, não se constitui como rede social aberta, e sim como rede social dirigida e privada, em que o grande público não tem possibilidade de interação. Embora não possa ser rotulada na forma contemporânea de rede social, o WikiLeaks utiliza outras redes sociais, como Twitter e Facebook, com o objetivo de gerar visibilidade e mídia espontânea. 7.1 A relação das redes sociais versus a sociedade do espetáculo Debord (2003) afirma que a sociedade atual é a negação da própria humanidade, que em sua plenitude procura certo tipo de felicidade em meio ao esfacelamento da capacidade de liberdade de escolha totalmente preenchida no imaginário pela satisfação garantida, a partir de um real fabricado que irradia seus espectros num mundo cada vez mais saturado pelas imagens. O espetáculo – diz Debord – consiste na multiplicação de ícones e imagens, principalmente através dos meios de comunicação de massa, mas também dos rituais políticos, religiosos e hábitos de consumo, de tudo aquilo que falta à vida real do homem comum: celebridades, atores, políticos, personalidades, gurus, mensagens publicitárias – tudo transmite uma sensação de permanente aventura, felicidade, grandiosidade e ousadia. O espetáculo é a aparência que confere integridade e sentido a uma sociedade esfacelada e dividida. É a forma mais elaborada de uma sociedade que desenvolveu ao extremo o “fetichismo da mercadoria” (felicidade identifica-se a consumo). Os meios de comunicação de massa – diz Debord – são apenas “a manifestação superficial mais esmagadora da sociedade do espetáculo, que faz do indivíduo um ser infeliz, anônimo e solitário em meio à massa de consumidores” (DEBORD, 2003, p. 47). Nas redes sociais podemos perceber certa distorção de imagem e identidade de muitos usuários, pois no ambiente virtual qualquer um pode ser o que quiser e convencer através de ideias pré-estabelecidas pela mídia, padrões de beleza e comportamentos julgados como ideais (ou não) pela sociedade. Nesse quesito vale o uso de programas como o Photoshop, roupas de grife e artigos de luxo que aparentem poder e status, mesmo quando essa imagem não faz parte da realidade do indivíduo, além de outras inúmeras formas de chamar a atenção, como fotos, vídeos e ideias. 106 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Debord (2003) ainda afirma que o espetáculo não é um conjunto de imagens apenas, e sim uma relação social entre pessoas, mediada por imagens, ou seja, a partir do momento em que o mundo real se transforma em simples imagens, estas se tornam seres reais e motivações eficientes de um comportamento hipnótico. As novas tecnologias no campo da informação agem na capacidade de percepção dos indivíduos e dificultam a representação do mundo, transformando-se numa sociedade do espetáculo. A contínua reprodução da cultura é feita pela proliferação de imagens e mensagens dos mais variados tipos, trazendo como consequência uma vida superexposta e invadida pelas imagens, operacionalizando um novo tipo de experiência humana caracterizada por uma percepção cada vez mais difícil de separar a ficção da realidade, pois a negação da vida é visível, resumindo-se em aparência social. Com essa visão de Debord (2003) e fazendo um comparativo com os acontecimentos publicados em redes sociais, a rapidez das informações faz qualquer fato ser ampliado, tornando-se espetáculo para uma massa social, que acompanha as opiniões provindas, em alguns momentos, de símbolos e formadores de ideias e compartilha pelas redes sociais suas crenças. 7.1.1 Orkut e o espetáculo Pode-se exemplificar a cultura de massa no Orkut referindo-se às torcidas de times futebolísticos. Muitas torcidas organizadas utilizam o Orkut para registrarem as suas atividades. Algumas gangues inseridas nessas torcidas organizadas de times de futebol se agridem mutuamente e marcam local para seus confrontos. Tendo em vista que se trata de uma ação criminosa, a polícia pode rastrear os incitadores e prevenir os eventos. Esse processo violento de perdas de referências culturais será amenizado com o advento dos meios de comunicação de massa, que disponibilizam aquela cultura deixada em terras longínquas. Em um primeiro momento, a massa é anônima, amorfa e passiva, mas também constitui movimentos que pressionarão pela universalização dos bens e serviços coletivos. 7.1.2 Twitter e o espetáculo O exemplo terá como foco dois acontecimentos recentes envolvendo o Twitter. Um deles foi que a Arezzo, reconhecida marca de roupas e acessórios, resolveu divulgar, por meio da rede, sua coleção com peles de animais. O fato causou repercussão imediata, fazendo a empresa retirar de seu estoque e das lojas todos os produtos da campanha chamada Pelemania. 107 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Outro acontecimento interessante foi a repercussão da entrevista do político Jair Bolsonaro, em que ele profere ideias racistas e preconceituosas para a cantora Preta Gil, e ela decide contestar as atitudes do deputado fazendo abaixo-assinado no Twitter. Fatos assim demonstram que a massa acompanha os acontecimentos, talvez, como dito por alguns pensadores, despersonalizando-se e acompanhando o espetáculo que a maioria produz, o que ajuda a ofuscar seus ideais particulares. Os novos meios de comunicação imediatistas podem ofuscar a alienação, já que a influência de um líder comunicativo tem o poder de direcionar seus receptores de formas consciente e inconsciente, transformando-os imediatamente em emissores. Longe de afirmar que frases e atos preconceituosos ou agressão à natureza não merecem ser repudiados e contestados, é necessário questionar quem permitiu que um deputado preconceituoso fosse eleito numa sociedade considerada democrática. Assim, tal político e essa sociedade estão cientes – de forma utópica – das opiniões ali expressadas. Da mesma forma que há público para comprar os produtos oferecidos pela Arezzo, porém não fica evidente, devido à lona da sociedade de massa. 7.1.3 Facebook e o tráfego de informações As redes sociais, em particular o Facebook, têm se mostrado cada vez mais poderosas fontes de tráfego para os sites de informação. Na verdade, podemos observar que o Facebook é hoje um dos principais geradores de tráfego nas páginas on-line dos jornais, dos anunciantes das grandes marcas, entre outros. As imagens que seguem exemplificam o que está sendo dito: a partir do momento em que se clica com o cursor na imagem do anunciante, é aberta uma nova janela com um site específico de um produto ou uma marca que dificilmente seriam acessados por outros meios. Figura 49 – A interatividade e o hiperlink na página do Facebook 108 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Esse efeito se deve ao fato de nos dias de hoje cada vez mais se abrir mão da realidade, em nome da aparência e do consumo compulsivo de informações e mercadorias. Nesse aspecto, o Facebook se apresenta como mais uma fonte de mídia esmagadora de uma sociedade superficial, em que o indivíduo acredita ser o que quiser e estar integrado a um grupo que o faz especial, ainda que a realidade seja a mais total solidão. 7.1.4 WikiLeaks e sociedade do espetáculo Em tempos de cultura de massa, o grande público tem preferência pela imagem em relação à experiência em si. Constata-se uma tendência nesse mesmo sentido no que tange à imagem do WikiLeaks, casosejam somadas as características atribuídas e autoatribuídas ao seu principal membro, Julian Assange, como o atual “messias” portador de supostos poderes. Os que defendem Assange dizem que ele pode causar uma revolução mundial. Com a apatia do grande público em relação ao grande volume de informações, temos uma situação em que Julian, embora criticado duramente pelos demais membros fundadores por assumir essas características, começa a exercer um papel de showman, um operador midiático tendencioso, avalizado pelo grau de importância atribuído a ele num passado próximo. O grande público passa a assistir, de forma apática, a um espetáculo entre o autointitulado “messias” e as grandes “vítimas” desse messias (governos e setores privados da sociedade mundial), dando ao efeito contestador do WikiLeaks um papel secundário. 7.2 As redes de relacionamento e a massificação na mídia social A massa é sem atributo, e sem predicado, sem qualidade, sem referência. Aí está sua definição, ou sua indefinição radical. Ela não tem “realidade” sociológica. Ela não tem nada a ver com alguma população real, com algum corpo, com algum agregado social específico. Qualquer tentativa de qualificá-la é somente um esforço para transferi- la para a sociologia e arrancá-la dessa indistinção que não é sequer a da equivalência (soma ilimitada de indivíduos equivalentes: 1 + 1 + 1 + 1 – tal é a definição sociológica), mas a do neutro, isto é, nem um nem outro (ne-uter). Na massa desaparece a polaridade do um e do outro. Essa é a causa desse vácuo e da força de desagregação que ela exerce sobre todos os sistemas, que vivem da disjunção e da distinção dos polos (dois, ou múltiplos, nos sistemas mais complexos). 109 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE É o que nela produz a impossibilidade de circulação de sentido: na massa ele se dispersa instantaneamente, como os átomos no vácuo (BAUDRILLARD, 1985, p. 6-7). Lembrete “Os meios de comunicação de massa constituíam uma espécie de sistema nervoso simples, que se estende para tocar cada olho e cada ouvido, numa sociedade caracterizada pela escassez de relações interpessoais e por uma organização social amorfa” (KATZ; LAZARSFELD, 1955, p .4). Não há como definir o indivíduo na massa, pois não há indivíduo, perde-se a identidade, não há como dizer sobre a massa de trabalhadores ou caracterizar determinado grupo, já que estamos falando de um todo que não quer ser identificado, que se esconde atrás da multidão. A cultura de massas, como o próprio nome indica, pela sua simplicidade, é acessível a toda a população. O conceito de cultura de massa é originário da sociedade de massa. 7.2.1 Orkut e a massificação Sociedade de massa generaliza uma coisa, é quando todos têm acesso ao mesmo objeto, à mesma cultura, aos mesmos programas, às mesmas músicas. A pirataria ajuda na divulgação da cultura de massa e na formação da sociedade de massa. A alta cultura é produzida por uma elite cultural, com base na estética, sem intenções de mercado. A cultura de massa é produzida para o mercado, para atender ao gosto médio do público consumidor. No Orkut, a maior comunidade de discografias, para troca de músicas, que continha mais de 921 mil usuários registrados, foi desativada em março de 2009. Na comunidade, os usuários compartilhavam links para álbuns musicais inteiros, sem pagamento, o que gerou uma série de ameaças judiciais por parte de associações de defesa de direitos autorais. A comunidade era acessada por mais de 1milhão de pessoas e era considerada uma das principais plataformas da internet no Brasil para quem buscava seu conteúdo. 7.2.2 Twitter e a massificação Atualmente o acesso a novas culturas obteve mais agilidade, permitindo trocar e divulgar pela rede global de comunicação, pois por meio do Twitter há como publicar vídeos e música, bem como divulgar eventos culturais que ocorrem no mundo inteiro; o público tem acesso aos seus ídolos. 110 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Como uma expressão direta do sistema de mídia resultante do controle da nova tecnologia de comunicação eletrônica, faz-se a analogia da Sociedade de Massas, que se refere às relações interpessoais e à sociedade em rede mass media, sendo as redes sociais e os mecanismos de busca. O conceito de rede social é um tipo de relacionamento entre pessoas com objetivo comum, fortalecido pela identidade entre os membros desse grupo social, formado e efetivado num ambiente virtual. Cabe ressaltar que apesar de as pessoas cadastradas no site terem suas identidades e se afiliarem a um grupo do seu meio social, trocando informações dentro desse meio, ao expressar opiniões, elas se misturam ao grupo, ao todo, daí a relação com a massa social e a sociedade midiática. O presidente dos Estados Unidos obteve força na sua campanha com auxílio da internet, assim como a rede ampliou para os seus usuários o conhecimento sobre fatores ambientais e sociais importantes. A publicidade encontrou um meio de divulgar, o marketing, de vender, e os consumidores, de obter mercadorias e saciar seus desejos de forma instantânea. O capitalismo aumentou seu alcance aos seus receptores, os lucros são incessantes e os benefícios são explícitos. A sociedade de massa é consequência da industrialização. 7.2.3 Facebook e a massificação A filosofia das redes sociais é voltada para a possibilidade de que cada pessoa encontre sua forma de expressão e deixe sua marca individual, ao mesmo tempo que se sente parte de determinados grupos, transcendendo seu mundo individualizado e se inserindo em um contexto globalizado. Com o Facebook não é diferente. Obviamente, tal definição nos leva a encarar o Facebook e as demais redes sociais como uma forma de entretenimento coletivo. Essa informação não deixa de ser verdadeira, uma vez que, em sua concepção, o entretenimento é uma indústria de informação e diversão. Uma vez que aceitamos o caráter de entretenimento do Facebook, temos de pensar em como esse entretenimento é alavancado, em um contexto global. Nesse momento é que o Facebook apresenta seus aspectos midiáticos. A mídia exerce papel operacional no ambiente globalizado dessa rede social, mediante uma interação tecnológica e on-line, dentro da própria rede. Um exemplo de empresa que se aproveita dessa operacionalização do Facebook como canal midiático e à Microsoft: por meio do recurso Xbox Live de seu console de video game Xbox360, permite a interação dos jogadores, via Facebook, inclusive indicando dentro da rede social as amizades de cada indivíduo que também acessa o Xbox Live. 111 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Figura 50 – Propagandas na página do Facebook Embora não seja um anunciante direto no ambiente do Facebook, a Microsoft consegue gerar mídia do Xbox 360 por meio dos usuários que participam de um grupo específico que troca informações entre os jogos e demais novidades do console. Isso sem falar na receita que a empresa gera com o próprio acesso ao Facebook, uma vez que para ter acesso aos conteúdos da rede social via Xbox 360 os usuários do Brasil, por exemplo, devem ser assinantes do Xbox Live Gold, ao custo de R$15,00 mensais. 7.2.4 WikiLeaks e a massificação O WikiLeaks possui características de um veículo de comunicação de massas, aspecto divergente em relação às redes sociais que operam em vias bilaterais nesse processo. Essa rede é configurada como uma rotina de processo de comunicação, em que ocorrem inputs, que passam por triagem, publicação e apreciação do consumidor, não permitindo que este possa construir ou interagir no que tange ao conteúdo comunicado. A premissa inicial do WikiLeaks é ter caráter libertário no que tange à guarda da informação, assumindo que, dessa forma, estácontribuindo com a democratização da informação, “vendendo” uma ideologia de liberdade de informação. Se relacionarmos o seu público com o público das demais mídias sociais, encontraremos um receptor de baixa interatividade e pouco interesse, pois apenas é constatado que um nicho específico do grupo 112 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III geral (outros ativistas, jornalistas, artistas, formadores de opinião) opera ou produz informações, ações ou novos conteúdos baseados nas informações do WikiLeaks. 7.2.4.1 WikiLeaks e a cultura de massas no banco dos réus As possíveis “queixas” observadas em relação ao WikiLeaks dizem respeito à falsa sensação de liberdade em si, pois ao mesmo tempo que informa sobre questões dadas como estratégicas e confidenciais, a falta de atitude do grande público diante dessas questões as torna uma massa homogênea e já sem o apelo da novidade, atribuindo ao site um status de “fábrica de polêmicas” para gerar atenção. As verdadeiras atitudes diante das informações são geradas a partir de um pequeno nicho específico que não necessariamente representa a opinião e a vontade da maioria. É importante também colocar outra questão pertinente em perspectiva – o caráter lícito ou ilícito na obtenção de informações, colocando em dúvida a ética do WikiLeaks. Até que ponto é moralmente aceito se usar meios ilícitos para obter dados de que supostos governantes ou atores sociais são cobrados por atitudes também tidas como ilícitas? Qual o limite, para a ética, entre terminar a justiça e começar um ato de vingança, movido por supostos procuradores dos anseios e desejos sociais? Observação WikiLeaks é uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia, que publica, em sua página (site), postagens (posts) de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis. A página foi construída com base em vários pacotes de programas (softwares), incluindo MediaWiki, Freenet, Tor e PGP. Apesar do seu nome, a WikiLeaks não é uma wiki, ou seja, os leitores que não têm as permissões adequadas não podem editar o seu conteúdo. 8 AS REDES SOCIAIS NA ATUALIDADE Este tópico será desenvolvido de forma interativa com dicas e curiosidades desse mundo que você deve conhecer muito bem. Iniciamos compartilhando uma informação bem interessante. Você sabia que o primeiro computador foi o Eniac, produzido nos anos 1940, e pesava várias toneladas? Ele ocupava o andar inteiro em um grande prédio, e para programá-lo era preciso conectar diretamente os circuitos, por intermédio de cabos, em um painel inspirado nos padrões telefônicos. Com o passar do tempo, foi possível agregar outras tecnologias, como o som, a imagem e diferentes programas. Hoje em dia, temos um mundo que evoluiu muito em relação às tecnologias. 113 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Lembrete “Não precisamos de muito para entender o verdadeiro poder das mídias sociais. É um mundo completamente novo e é melhor que indivíduos e empresas façam sua adesão nas mídias sociais antes que sejam esmagadas por ela. Cometer múltiplos erros nas mídias sociais é muito melhor do que ficar sentado sem fazer nada. Empresas não têm escolha se participam ou não das mídias sociais, a escolha é em torno do quão bem irão participar” (QUALMAN, 2011, p. 303). Quanto mais digitais forem as mensagens, maior será o despertar para o interesse da população. Quanto mais chamativas forem as imagens, quanto mais os computadores as sintetizarem, mais receberão o apreço dos usuários, principalmente quem trabalha com Artes Visuais e necessita de equipamentos que proporcionem boa resolução de imagem. Quanto mais são capazes de processar os dados, mais rapidamente as máquinas são produzidas e, consequentemente, descartadas. O mundo está ligado às mídias sociais e às novas tendências dinâmicas. Todas essas formas de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens e com o trabalho estão ligadas a dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada (LÉVY, 1993). Com o avanço de todas as tecnologias, crescem também as mídias sociais como espaços de interação dos usuários e de desenvolvimento de criações e sua divulgação. Cada dia surgem novos recursos e, rapidamente, ganham espaço no crescente mercado consumidor. São muitos os exemplos considerados como mídias sociais e que se tornam aliados dos profissionais da área de Artes Visuais. Não perca tempo: convidamos você a usar as redes sociais a seu favor e a se tornar um profissional mais visível no mercado de trabalho. Já se tornou comum falar ou ouvir sobre os amigos do Facebook. Os usuários criam perfis em que podem colocar fotos e listas de interesses pessoais. Esses perfis são muito usados, inclusive, como currículo e repositório de informações profissionais. 114 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Figura 51 – Exemplo de perfil no Facebook Trata-se de um espaço virtual interativo em que existe uma linha do tempo para atualizações e postagens de fotos, textos, vídeos e compartilhamentos. As pessoas podem curtir as publicações e realizar comentários. Muitas informações podem ser profissionais e ajudam pessoas a ficar por dentro de eventos culturais, cursos e até oportunidades de emprego. Figura 52 – Divulgação de trabalho com arte visual O usuário determina a visualização e a privacidade do seu perfil. Geralmente a interação é restrita a membros de uma mesma rede ou a amigos confirmados, podendo ser livre para qualquer pessoa, dependendo da configuração escolhida. Os membros podem mandar e receber mensagens privadas e públicas entre si e envolvendo participantes de grupos de amigos. Além disso, é possível divulgar seu trabalho e atividades que têm desenvolvido nos últimos dias. 115 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Figura 53 – Fotografias do álbum do Facebook A rede também possui aplicativos, com os mais diversos assuntos, e agenda de eventos, por meio da qual a pessoa pode convidar todos seus amigos para um determinado evento. Essas ocasiões podem ser cursos e atividades profissionais que você poderá desenvolver, criando uma rede de convidados. Figura 54 – Folder do curso de Fotografia Além do perfil pessoal, existe a página profissional. Ambas representam um grande potencial de divulgação profissional. 116 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Figura 55 – Página do Facebook 8.1 Facebook, MySpace, WhatsApp, YouTube, websites, Twitter, Flickr, LinkedIn, Snapchat, blogs e wikis No Facebook você pode criar álbuns para organização de suas fotografias, compartilhamento de imagens e melhor aproveitamento da divulgação. Figura 56 – Álbum da página do Facebook 117 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Pedir o compartilhamento do MySpace tem sido cada vez mais comum. O MySpace é um espaço interativo em que o usuário pode criar um perfil para postar fotos e textos, além de participar de grupos e fóruns. Pelo fato de ser muito popular, muitos renomados artistas de fama nacional e internacional, tais como músicos, atores, diretores de cinema, apresentadores, modelos, esportistas e empresas, converteram seus perfis em uma forma de manter os fãs informados de suas notícias. O MySpace é uma mídia social que traz benefícios para quem atua com Artes Visuais, pois poderá divulgar seu trabalho e conheceroutros trabalhos e artistas semelhantes. Já os microblogs possuem até o verbo “twittar”, referente ao mundo no Twitter em 140 caracteres. Muitos internautas publicam textos pessoais, expondo suas opiniões, dicas, curiosidades e polêmicas para sua rede de contatos. Além de postar, é possível receber mensagens na conta de usuário. Os membros também usam o Twitter para organizar reuniões e para manter uma conversa em grupo. Constitui uma forma bem útil de divulgação de trabalhos de Artes Visuais. No YouTube, é possível curtir canais de vídeo, bem como assistir a reportagens, videoclipes musicais, documentários, vídeos e até filmes. Os temas são variados, e os vídeos são postados pelos próprios usuários. Figura 57 – Vídeo sobre exposição fotográfica no canal do YouTube O YouTube permite produzir vídeos e documentos sobre trabalhos e divulgá-los. Existem, ainda, outros sites de compartilhamento de conteúdo multimídia, como o SlideShare e o Vimeo. 118 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III O Flickr permite pesquisar e apreciar as imagens, possibilitando ainda hospedar, gerenciar e compartilhar fotografias de maneira interativa, podendo-se colocar título, descrição e tags em cada imagem. Figura 58 – Perfil no Flickr Para quem trabalha com imagens, é um bom recurso profissional, pois geralmente o Flickr é usado como um portfólio de trabalho. Criar uma página com perfil profissional no LinkedIn é algo que vem se popularizando cada vez mais. Esse é um espaço em que o usuário pode se apresentar ao mercado de trabalho, por ser um site que tem como característica principal exibir um currículo on-line acessível a amigos e empresas. 119 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Figura 59 – Perfil no LinkedIn Com o uso do LinkedIn você poderá compartilhar atualizações profissionais, carregar fotos, escrever artigos e criar uma boa rede de profissionais e amigos. Pode-se até mesmo utilizar o WhatsApp como rede de trabalho, estudos, círculos familiares e mensagens rápidas. Trata-se de um aplicativo que permite a troca de mensagens on-line sem custos com tarifas de operadoras telefônicas. Figura 60 – Mensagens no WhatsApp 120 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Além das mensagens contendo vídeos, áudios e animações gráficas (emoticons), o aplicativo permite, inclusive, a realização de chamadas telefônicas por meio de conexão da internet. Entre outras funcionalidades do WhatsApp está a criação de perfil com foto e status. Pode-se utilizá-lo como ferramenta para criação de grupos de estudos e de trabalho. Constitui uma forma muito prática e útil de reunir muitas pessoas e proporcionar ótimos resultados por meio de conversas e compartilhamento de arquivos, vídeos e áudios. Figura 61 – Mensagem no grupo do WhatsApp Observação Muitos estão adotando recursos interativos como ferramenta de trabalho para poupar tempo e reduzir gastos. Um exemplo é o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que utiliza aplicativo de mensagem instantânea (WhatsApp) para intimação de partes em processos judiciais. Temos ainda o Snapchat, um aplicativo que envia mensagens para seu contato e depois de algum tempo apaga essas mensagens automaticamente. Isso garante ao usuário que as mensagens serão apagadas, pois se quem recebeu tentar copiá-las o emissor será notificado. Os blogs têm sido usados tanto por empresas quanto por profissionais liberais como uma forma de divulgar suas ideias de um modo simples e rápido, por meio de mensagens curtas ou longas que são conhecidas como posts. Essas mensagens são apresentadas em ordem decrescente de data da postagem. 121 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Os wikis são sites que servem como enciclopédias livres, porém todos os artigos são criados e editados por uma grande comunidade virtual, e frequentemente são revisados por administradores do site. Figura 62 – Perfil no WikiAves Alguns wikis também servem como comunidades virtuais e reúnem somente um tipo de assunto, que é abordado exclusivamente por pessoas com o mesmo interesse. Trata-se de um meio interativo que tem como objetivo a busca de conhecimentos e informações. A informática intervém não apenas na ecologia cognitiva, mas também nos processos de subjetivação individuais e coletivos. Algumas pessoas ou alguns grupos construíram uma parte de suas vidas ao redor de sistemas de trocas de mensagens, de certos programas de ajuda gráfica, da programação nas redes (LÉVY, 1993, p. 56). Website, também conhecido como site, é o local na internet que possui um identificador por nome de domínio, constituído por uma ou mais páginas de hipertexto, que podem conter textos, gráficos e informações em multimídia. 122 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Figura 63 – Página de website Os sites são ótimas ferramentas de divulgação de trabalhos. Por meio deles você poderá divulgar muitas informações, apresentando suas criações, suas experiências, seus contatos e muitos outros aspectos referentes ao seu trabalho. As máquinas são feitas por homens e contribuem para formar e estruturar o funcionamento da sociedade e as aptidões das pessoas, muitas vezes efetuando um trabalho que poderia ser feito por pessoas como você ou eu. Erik Qualman elencou algumas curiosidades, mais precisamente 40 fatos dentro de uma estatística, para defender como as mídias sociais estão transformando a forma de vivermos e fazermos negócios. Sem dúvida, são estatísticas que abrem os olhos. 1. Mais de 50% da população mundial tem menos de trinta anos de idade. 2. 96% dela entraram em uma rede social. 3. O Facebook já bateu o Google em tráfego semanal em alguns países. 4. As mídias sociais ultrapassaram a pornografia como a atividade número 1 da internet. 5. Um de cada oito casais casados no último ano nos Estados Unidos se conheceram pelas mídias sociais. 123 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE 6. Anos para atingir 50 milhões de usuários: rádio (38 anos), televisão (13 anos), internet (4 anos), iPod (3 anos)... 7. O Facebook aumentou em 200 milhões de usuários em menos de um ano. 8. Aplicativos para IPhone chegam a 1 bilhão em nove meses. 9. Não temos escolha de participar ou não nas mídias sociais, a escolha é o quão bem participaremos. 10. Se o Facebook fosse um país, seria o terceiro maior do mundo, atrás apenas da China e da Índia. 11. Ainda assim, QQ e RenRen dominam a China. 12. Estudos revelam que, em média, estudantes on-line tinham melhor desempenho do que os presenciais. 13. 80% das empresas usam mídias sociais para recrutamento, 95% delas usam o LinkedIn. 14. O segmento que mais cresce no Facebook é o de mulheres de 55 a 65 anos. 15. Ashton Kutcher e Lady Gaga (juntos) têm mais seguidores no Twitter do que a população da Irlanda, Suécia, Israel, Noruega, ou Panamá. 16. 50% do tráfego móvel da internet no Reino Unido é do Facebook... pessoas atualizam de qualquer lugar, a qualquer momento... imagine o que isto representa para experiências negativas de consumo! 17. As gerações Y e Z consideram o e-mail como “ultrapassado”. Algumas universidades pararam de distribuir contas de e-mail. 18. O e-mail perde espaço na comunicação entre os alunos e algumas instituições de ensino já distribuem eReaders, iPad ou Tablets. 19. O que acontece em Vegas fica no YouTube, Flickr, Twitter, Facebook... 20. O mecanismo de busca número 2 do mundo é o YouTube. 21. A cada minuto, 24 horas de vídeo são carregadas para dentro do YouTube. 22. A Wikipédia tem mais de 15 milhões de artigos... estudos mostram que é tão precisaquanto a Encyclopedia Britannica... 78% dos artigos não são em inglês. 124 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III 23. Existem mais de 200 milhões de Blogs. 24. Com a velocidade com que as mídias sociais possibilitam a comunicação, o boca a boca se torna um por a boca no mundo. 25. Se você ganhasse $ 1 para cada artigo postado na Wikipédia, ganharia $ 1.712,32 por hora. 26. 25% dos resultados de busca para as vinte maiores marcas do mundo são links para conteúdo gerado por usuários. 27. 34% dos bloggers postam opiniões sobre produtos e marcas. 28. Você gosta do que estão falando sobre sua marca? Você deveria. 29. Pessoas estão mais interessadas no ranking dado por seu universo social a marcas e produtos do que no ranking do Google. 30. 78% dos consumidores confiam em recomendações de outros usuários. 31. Apenas 14% confiam em anunciantes. 32. Somente 18% de campanhas tradicionais de televisão geram ROI positivo. 33. 90% das pessoas que podem pular anúncios com o TiVo fazem isso. 34. Os eBooks da Kindle vendem mais do que livros impressos. 35. 24 dos 25 maiores jornais estão vivenciando um declínio recorde em circulação. 36. 60 milhões de atualizações de status acontecem no Facebook diariamente. 37. Não buscamos mais as notícias, elas nos encontram. 38. Não buscaremos mais produtos e serviços, eles nos encontrarão via mídias sociais. 39. As mídias sociais não são uma moda passageira, são uma mudança fundamental na maneira como nos comunicamos. 40. Empresas com sucesso em mídias sociais agem mais como Dale Carnegie e menos como Mad Man, isto é, ouvindo primeiro, vendendo depois (QUALMAN, 2011, p. 283-5). 125 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Saiba mais Para saber mais sobre mídias sociais, estratégias das empresas, criadores de conteúdo, comportamento do consumidor, integração dos editores com o negócio, visão do futuro das mídias sociais, entre outras dúvidas ou perguntas, leia o Capítulo 9 do livro: QUALMAN, E. Socialnomics: como as mídias sociais estão transformando a forma como vivemos e fazemos negócios. São Paulo: Saraiva, 2011. Resumo Nesta unidade, abordamos que as redes sociais foram criadas pelos homens como forma de contribuir no funcionamento da informação de forma interativa e com mais rapidez. Elas influenciam e apresentam a vida das pessoas, as empresas, as instituições, os trabalhos, os profissionais, enfim, como o nome diz, manifestam-se de diferentes formas de acordo com as tecnologias presentes em cada aplicativo. Destacamos algumas que podem ser grandes aliadas para você que está se formando em Artes Visuais. Elencamos as principais redes sociais de ontem e, hoje, bem como as potencialidades do amanhã. Descrevemos suas funções, a serviço da modernidade e da globalização, na ciência, na história, na cultura, na sociedade e nas artes, favorecendo a comunicação individual e coletiva, ajudando na difusão da informação e no conhecimento universal. Por fim, destacamos o Facebook, o MySpace, o WhatsApp, o YouTube, os websites, o Twitter, o Flickr, o LinkedIn, o Snapchat, os blogs e os wikis, que podem ser instrumentos úteis para divulgação do artista e das Artes Visuais. Exercícios Questão 1. Considere os quadrinhos e as afirmativas a seguir. 126 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III Disponível em: <https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-redacao/exercicios-sobre-charges.htm>. Acesso em: 7 jun. 2018. I – Os quadrinhos têm por objetivo mostrar que as redes sociais permitiram ao ser humano realizar o sonho da onipresença. II – Os quadrinhos criticam o comportamento de quem vive nas redes sociais e se esquece das relações “na vida real”. III – Os quadrinhos mostram a massificação, que consiste no processo de integração promovido pelas redes sociais, permitindo, paradoxalmente, que cada um mantenha sua identidade preservada. É correto apenas o que se destaca na(s) afirmativa(s): A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) II e III. Resposta correta: alternativa B. 127 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 ARTES VISUAIS NA REDE Análise das afirmativas I) Afirmativa incorreta. Justificativa: as redes sociais não tornam o ser humano onipresente e os quadrinhos levantam uma crítica à perda do “mundo real”. II) Afirmativa correta. Justificativa: o objetivo dos quadrinhos é criticar a presença nas redes sociais e a “ausência no mundo real”. III) Afirmativa incorreta. Justificativa: a massificação não permite a preservação da identidade. Além disso, essa é uma questão que não é abordada nos quadrinhos. Questão 2. (Enade 2015, adaptada) O desenvolvimento da internet e das tecnologias da comunicação suscitou uma série de discussões sobre como a rede alterou as relações sociais e as formas de construção do conhecimento. Jean Baudrillard e Pierre Lévy são dois nomes de destaque na área. Os trechos a seguir foram retirados de obras desses pensadores. Leia-os e analise as afirmativas. Texto I Há no ciberespaço a possibilidade de realmente descobrir alguma coisa? Internet apenas simula um espaço de liberdade e de descoberta. Não oferece, em verdade, mais do que um espaço fragmentado, mas convencional, no qual o operador interage com elementos conhecidos, sites estabelecidos, códigos instituídos. Nada existe para além desses parâmetros de busca. Toda pergunta encontra-se atrelada a uma resposta preestabelecida. Encarnamos, ao mesmo tempo, a interrogação automática e a resposta automática da máquina. BAUDRILLARD, J. Tela total. Campinas: Porto Alegre, 1997, p. 148. Texto II O ciberespaço abriga milhares de grupos de discussão (os news groups). O conjunto desses fóruns eletrônicos constitui a paisagem movediça das competências e das paixões, permitindo assim atingir outras pessoas, não com base no nome, no endereço geográfico ou na filiação institucional, mas segundo um mapa semântico ou subjetivo dos centros de interesse. O endereçamento por centro de interesse e a comunicação todos-todos são condições favoráveis ao desenvolvimento de processos de inteligência coletiva. LÉVY, P. A revolução contemporânea em matéria de comunicação. Revista Famecos, Porto Alegre, dez. 2008, p. 44. 128 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Unidade III A) Lévy considera que a inteligência coletiva é construída quando a internet é controlada por centros de ensino e de pesquisa. B) Os dois autores exaltam a rede como espaço democrático e livre de troca de informações e produção de conhecimento. C) Os dois autores levantam problemas ocasionados pela internet na sociedade atual, como o isolamento, a automação e o enfraquecimento das relações pessoais. D) Baudrillard mostra uma visão crítica do ciberespaço, considerando que a rede condiciona o ser humano à mecanização da busca de perguntas e respostas, que dão a ilusão de liberdade e de conhecimento. E) Lévy assume posição otimista em relação ao ciberespaço, considerando-o como cenário de troca de informações, que são controladas por centros emissores e disseminadas a todos os receptores passivos. Resposta desta questão na plataforma. 129 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 268. Figura 2 1.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/mike/10657/1.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 3 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 277. Figura 4 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007.p. 275. Figura 5 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 278. Figura 6 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 279. Figura 7 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/mike/5386/2.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 8 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/stg/21709/2.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 10 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 286. Figura 11 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 287. Figura 12 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 290. 130 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Figura 13 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 290. Figura 14 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/vlibre/9140/2.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 15 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 293. Figura 16 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 294. Figura 17 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/mike/27298/2.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 18 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 301. Figura 19 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/mike/28416/2.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 20 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 307. Figura 21 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/gallery/image/view/30136>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 22 SIQUEIRA, E. Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 310. Figura 24 2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/sizes/stg/29787/2.jpg>. Acesso em: 1º ago. 2016. 131 AR TV - R ev isã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 08 /2 01 6 Figura 25 1459267464DKEAH.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/ BonnieHenderson/03/l/1459267464dkeah.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 26 1414756343P8WTJ.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/f/FidlerJan/10/ l/1414756343p8wtj.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. Figura 27 1400583654SQOQP.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/p/Prawny/05/ l/1400583654sqoqp. jpg>. Acesso em: 25 jul. 2016. REFERÊNCIAS Audiovisuais AS PONTES de Madison. Dir. Clint Eastwood, EUA: Malpaso, 1995. 135 minutos. COSMOS: uma viagem pessoal. Dir. Adrian Malone. EUA, 1980. 7 DVDs. FOTÓGRAFOS Brasileiros – Caçadores da alma – Fotografia e emoção. Realização: Sílvio Tendler. Brasília: TV Brasil – EBC, 2012. PIRATAS da informática. Direção: Martyn Burke. Roteiro: Martyn Burke, Paul Freiberger e Michael Swaine. 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