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Erisipela suína

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Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de aves e suínos 
 
É uma enfermidade do tipo hemorrágica apresentando lesões 
cutâneas, articulares, cardíacas ou septicêmicas, além de 
abortos em fêmeas em gestação 
Agente etiológico: Erysipelothrix rhusiopathie – Gram +, 
alongadas e filamentosas 28 tipos antigênicos 1 e 2 mais 
comuns para septicemia 
Bovinos, ovinos, equinos, galinhas, perus, cães e gatos também 
podem se infectar, mas é mais importante nos suínos 
Fontes de infecção: suíno portador 
O erysipelothrix rhusiopathie se aloja nas amígdalas ou outros 
tecidos linfoides e podem eliminar bactérias nas fezes 
Suínos na fase aguda eliminam o agente nas fezes, urina, 
saliva e secreções nasais, contaminando solo, água, cama e 
alimentos = são fontes de infecções 
Roedores e aves também podem funcionar como fontes de 
infecção 
PATOGENIA 
Quanto mais grave a cianose nos animais significa que a 
enfermidade também é mais grave 
 
Adquiri o agente: 
 Pela ingestão de água e alimentos contaminados 
 Através de ferimentos de pele 
 Parece provável a penetração do agente através 
das amígdalas ou tecido linfoide 
 
 
 
Os eritemas losangulares pode ser que diminuam ou pode ser 
que fique mais escuro ainda 
A articulação pode chegar a uma anquilose (perde o efeito de 
mobilidade da articulação) 
SINTOMAS 
Periodo de incubação: 1 a 7 dias 
Forma hiperaguda – morte súbita 
Forma aguda – febre alta, prostração, andar cambaleante, 
anorexia, conjuntivite. Podem ocorrer mortes 
Lesões cutâneas: em forma de eritema, urticária ou 
lembrando contornos em losango – As lesões são visíveis no 
2º dia de infecção. São áreas salientes com coloração 
púrpura-escura, facilmente visíveis em animais de pele clara 
As lesões podem desaparecer em 4 a 7 dias, ou dar origem 
a necrose persistente por várias semanas, devido a infecção 
secundária. Porcas prenhes e machos apresentam 
infertilidade temporária 
FORMA CRÔNICA: sinais de artrite, com engrossamento das 
articulações e líquido serossanguinolento turvo podendo evoluir 
Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de aves e suínos 
 
para fibrose e insuficiência cardíaca devido a proliferação de 
tecido granular nas válvulas (endocardite vegetativa) 
Suínos de todas as idades são susceptíveis, mas os leitões 
jovens são os mais resistentes, pois adquire imunidade pelo 
colostro. 
Na ocasião do abate observam-se as lesões cutâneas pois o 
transporte causa a agudização da doença 
No BR tem sido mais observada a forma septicêmica 
(caracterizada por toxemia, hipertermia e aumento do 
numero de microrganismos circulantes no sangue) em porcas 
em gestação ou lactação 
DIAGNÓSTICO 
Testes laboratoriais: isolamento e classificação do agente 
obtidos das amígdalas e baço 
Sinais clínicos, fazer diferencial: 
- Salmonella sp e Cholerae suis = septicemia 
- Streptococcus sp = artrites e endocardites 
CONTROLE 
Praticamente impossível erradiar a doença 
Penicilina durante 3 a 5 dias nas formas agudas ou uma única 
dose de 20.000 UI/kg de peso vivo nos suínos doentes 
Tetraciclina na agua (1g/10L) durante 5 dias para o rebanho 
Oxitetraciclina – Ceftiofur, quinolona, macrolídeos 
Casos de artrite e endocardite não respondem bem ao 
tratamento 
Além do tratamento deve-se instituir medidas higiênicas e 
desinfecção das instalações (desinfetantes fenólicos ou 
cresóis) 
VACINAÇÃO 
Em leitões com 6 a 10 semanas de idade, com revacinação 
após 1 mês 
Leitoas e porcas vacinados antes da cobertura 
Machos adultos a cada 6 meses 
Leitões (filhos de porcas já vacinadas) devem receber a 
vacina nos 90 dias de idade 
Existe uma associação de agentes em fetos suínos, tanto que 
algumas vacinas associam 3 (lepto, parvo e erisipela)

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