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Clinica Médica de Pequenos Animais COLAPSO DE TRAQUÉIA O colapso de traqueia é uma deficiência na cartilagem do anel traqueal, causando o estreitamente do lúmen traqueal. Sua etiologia ainda é desconhecida, mas pode ter origem hereditária. FISIOPATOGENIA O colapso de traqueia pode acontecer por haver uma deficiência na produção ou ausência do sulfato de condroitina e glicosaminoglicanos, levando a uma flacidez da cartilagem fazendo com que o lúmen se estreite durante os movimentos respiratórios. FATORES QUE PODEM PREDISPOR: ° Compressão extriseca ° Inflamação crônica ° Traumatismo traqueal Geralmente ocorre estreitamento das estruturas de forma dorsoventral. Os brônquios principais também podem estar envolvidos ocasionando a traqueobroncomalacia, reduzindo a capacidade de eliminar secreções. A DOENÇA PODE ESTAR ASSOCIADA A OUTRAS CONDIÇOES COMO: ° Bronquite crônica ° doenças cardíacas ° obesidade ° massas torácicas ASPECTOS CLINICOS É bastante comum em raças de pequeno porte, meia idade a idosos. É caracterizada por uma tosse alta e não produtiva, que geralmente se evidencia em situações de estresse/ansiedade, os animais podem chegar a ficar cianóticos. Durante a ausculta traqueal é possível auscultar estridores. É importante avaliar a temperatura corporal do paciente, pois animais com dificuldade respiratória podem ter dificuldades em regular a temperatura corporal ocasionando hipertermia grave. POSSIVEIS DIAGOSTICOS DIFERENCIAIS: ° espirro reverso ° síndrome das vias aéreas dos braquicéfalicos ° tonsilite ° paralisia da laringe ° estenose de narinas, traqueia ° prolongamento d palato mole ° corpo estranho traqueal IMPORTANTE! ° Colapso traqueal cervical: dificuldade na inspiração ° Colapso traqueal intratorácico: esforço expiratório. Pacientes com colapso traqueal frequentemente apresentam doença cardíaca esquerda concomitante. FATORES DE RISCO: ° obesidade ° cardiomegalia ° intubação endotraqueal ° infc. Respiratória DIAGNOSTICOS: ° Sinais clínicos: tosse seca/engasgo ° Histórico do paciente/achados de anamnese: quanto tempo? Depende de agitação? Temperatura, obesidade? Cansa fácil durante Esforço físico? Período do dia? ° Exame físico: avaliação da traqueia, palpação ° Exmes complementares: raios-X (estudo toraco/cervical) durante as fases de inspiração e expiração, pois na expiração a traqueia tende a colapsar. Traqueoscopia/broncoscopia, fluoroscopia Em casos de colapso na porção mais cervical é mais complicado de estabilizar o paciente. TRATAMENTO NA CRISE AGUDA ° oxigeioterapia ° controle da temperatura ° sedação/ tranquilização (acepromazina 0,01 a 0,1mg/kg) ° opioides agonistas/antagonista: (butorfanol 0,05 a 0,1mg/kg) ° AIE (dexametasona 1mg/kg u prednisona 0,5mg/kg) TERAPIA DE MANUTENÇÃO ° antitussígenos (hidrocortisona 0,22mg/kg codeína 0,5mg/kg) ° broncodilatadores (teofilina 10 a 20mg/kg aminofilina 6 a 10mg/kg) ° ansiolíticos (passiflora incarnata 5 a 10mg/kg) ° antibióticos (se necessário doxiciclina 5mg/kg) PASSO A PASSO EM CASOS DE PACIENTES COM COLAPSO TRAQUEAL EM INSUFICIENCIA RESPIRATORIA Caráter de EMERGENCIA ° sedação: butorfanol, podendo associar com acepromazina ° oxigenação ° acesso venoso ° intubação endotraqueal ° refrigeração do paciente ° antiinflamatorio 1
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