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CARL ROGERS - PROCESSOS GRUPAIS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
CAMILA DO COUTO, DANIEL BARRETO, DANIELLE FLORA, EDUARDA 
CÂMERA, FANNY SAMERSON, GABRIEL FELIPE, IGOR DE OLIVEIRA, JULIANA 
QUINTES, JOÃO GABRIEL MIRANDA, LUCAS SALLES, MICHEL MAMEDE, 
NIKOLE LOUISE, PEDRO LUCAS BARROSO, VANILDA FÉLIX, YASMIN REIS. 
 
 
 
 
 
 
CARL ROGERS 
 
 
 
 
 
 
 
 
CABO FRIO – RJ 
2022 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
CAMILA DO COUTO, DANIEL BARRETO, DANIELLE FLORA, EDUARDA 
CÂMERA, FANNY SAMERSON, GABRIEL FELIPE, IGOR DE OLIVEIRA, JULIANA 
QUINTES, JOÃO GABRIEL MIRANDA, LUCAS SALLES, MICHEL MAMEDE, 
NIKOLE LOUISE, PEDRO LUCAS BARROSO, VANILDA FÉLIX, YASMIN REIS. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado a Universidade Estácio de 
Sá, com objetivo de apresentar a vida e a obra de 
Carl Rogers, e suas grandes contribuições para a 
psicologia. 
 
Professor(a): Karla Jessyka Mello de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
CABO FRIO – RJ 
2022 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1 
2. BIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 2 
1.1. De onde veio o jeito de ser de Rogers? .................................................................................. 2 
1.1.1. O que Rogers descobriu na prática profissional? ............................................................ 3 
3. ÁREA DE ATUAÇÃO ......................................................................................................................... 5 
1.2. Onde trabalhou ...................................................................................................................... 5 
1.2.1. Rogers e o Humanismo ................................................................................................... 6 
1.2.2. A teoria de Carl Rogers ................................................................................................... 7 
1.2.3. A importância da abordagem de Carl Rogers ................................................................. 9 
1.2.4. Principais obras ............................................................................................................ 10 
4. ACP ............................................................................................................................................... 12 
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 16 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................... 17 
 
 
 
1 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Carl Rogers, um dos principais precursores da Psicologia Humanista ou 
também chamada Terceira Força da Psicologia, foi um renomado psicólogo, sempre 
envolvido em causas políticas em busca pela paz, além de ter sido um grande 
questionador da Psicologia Behaviorista e da Psicanálise Tradicional de sua época, 
pois se recusava a identificar alguém como “doente”. Ele contribuiu com importantes 
trabalhos, sendo o mais importante entre eles, a Terapia Centrada na Pessoa, 
abordagem que visa a autonomia do cliente. 
 
 
2 
 
2. BIOGRAFIA 
 
1.1. De onde veio o jeito de ser de Rogers? 
Rogers nasceu em Illinois em 1902. Era o irmão do meio de uma família de 
tradição protestante, que educou os filhos com valores como a importância do 
trabalho. Aos 12 anos mudou-se com a família para uma fazenda, onde descobriu o 
fascínio pela agricultura e pelos métodos científicos. Desde esse período, Rogers 
catalogava as espécies que encontrava e fazia experimentos científicos. Era um 
promissor autodidata. 
 
No entanto, sua vida social não caminhava da mesma forma. Rogers era 
tímido, morava distante dos colegas, além de ter mudado de escola muitas vezes. 
Embora esta ainda não fosse uma questão que desejasse entender, ele aplicava a 
observação científica a tudo, e suas memórias, desse período, mais tarde foram muito 
importantes para compor sua visão de ser humano. 
 
Na Universidade de Wisconsin, dedicou-se inicialmente a aprofundar as 
ciências físicas e biológicas. Logo após se formar em 1924, enfrentando as 
expectativas de sua família, ele começou a frequentar o Union Theological Seminary 
em Nova York, onde abraçou uma visão liberal da filosofia religiosa. 
Rogers estudou ciências físicas e biológicas até se graduar em 1924. Fez uma 
pequena passagem pelo Seminário Teológico Unido, em Nova Iorque, onde se 
destacou e recebeu como prêmio uma viagem à China. Seu contato com a cultura 
oriental foi decisivo para que ele percebesse que seu desenvolvimento filosófico e 
científico trazia outros interesses. Então se transferiu para o Teachers College da 
Columbia University, para estudar Psicologia, até receber o seu mestrado em 1928 e 
se tornar Doutor em 1931. 
 
 
 
3 
 
1.1.1. O que Rogers descobriu na prática profissional? 
Suas primeiras experiências clínicas foram no interno do Institute for Child 
Guidance, onde começou sua trajetória, e foi trabalhar com orientações a crianças 
com dificuldades educacionais e psicológicas. E foi na prática profissional que 
percebeu que as práticas tradicionais de Psicologia na época, tanto a perspectiva 
behaviorista, quanto psicanalítica tradicional, pareciam não atingir os objetivos clínicos 
esperados. Nesse período passou a compor a equipe do Rochester Center 
desenvolvendo uma série de pesquisas empíricas em busca de novas compreensões 
sobre o processo psicoterapêutico. 
 
 
 
Foi em 1940 que se deu conta de que estava desenvolvendo uma nova 
perspectiva original, que invertia a lógica da clínica psicológica tradicional. Rogers foi 
audacioso e manteve seu espírito científico para fundamentar que a prática da 
psicoterapia era área de domínio da Psicologia e não apenas na medicina, como 
acontecia até então. 
Rogers nunca parou de crescer profissionalmente e seguir em frente com 
diferentes estudos. Em 1956, tornou-se presidente da Academia Americana de 
Psicoterapeutas e, em 1957, obteve a cadeira de Psicologia e Psiquiatria da 
Universidade de Wisconsin, publicando On Becoming a Person. 
 
Em 1964, ele abandonou o ensino para se mudar para o Western 
Behavioral Science Institute, na Califórnia. Três anos depois, publicaria o resultado de 
sua experiência em seu departamento de psiquiatria com o livro O relacionamento 
terapêutico e seu impacto: um estudo da esquizofrenia. Ele também fundaria o Centro 
para o Estudo da Pessoa e o Instituto da Paz, focado na resolução de conflitos. 
Durante seus últimos anos, ele viveu em San Diego (Califórnia), 
intercalando terapias com conferências e atividades sociais. Ele aplicou suas teorias 
em situações como opressão política e conflitos nacionais, o que o levou a criar 
4 
 
oficinas de abordagem focadas em comunicações interculturais, reunidas com 
protestantes em todo o mundo. 
 
Finalmente, ele morreu repentinamente em 4 de fevereiro de 1987 aos 85 
anos de idade. 
A importância do trabalho na vida de Carl Rogers serviu para ele ter vários 
continuadores de seus estudos de Psicologia Humanística. 
 
 
 
 
5 
 
3. ÁREA DE ATUAÇÃO 
 
Psicólogo atuante e desenvolvedor da Psicologia Humanista, também 
chamada de Terceira Força da Psicologia. Desenvolvendo também a ACP 
(Abordagem Centrada na Pessoa). Foi um dos principais responsáveis pelo acesso e 
reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes dominado pela psiquiatria 
médica e pela psicanálise. Sua postura enquanto terapeuta sempre esteve apoiada 
em sólidas pesquisas e observações clínicas. 
 
1.2. Onde trabalhou 
 
 Por ter passado muito tempo envolvido diretamente com a clínica, ficou 
claro que, durante seutrabalho ativo com clientes, Carl Rogers tinha atingido novas 
formas de pensar a prática psicoterapêutica. 
 Nesse período, desenvolveu o polêmico método não-diretivo, que 
recebeu diversas críticas, porém, sua teoria despertou interesse dos estudantes o que 
o levou a explanar melhor seus pontos de vista, resultando uma série de livros, entre 
eles, “Aconselhamento e Psicoterapia” (1942) 
 Em 1945, Carl Rogers tornou-se professor de Psicologia na 
Universidade de Chicago e secretário executivo do Centro de Aconselhamento 
Terapêutico, quando elaborou e definiu ainda mais seu método de terapia centrada 
no cliente, a partir do legado de outros teóricos, principalmente Kurt Goldstein. 
 Carl Rogers formulou uma teoria da personalidade e conduziu pesquisas 
sobre a psicoterapia, o que muito pouco era feito com relação à abordagem do 
momento, a Psicanálise. 
Carl levou suas ideias à prática, com bons resultados e combinou essas 
conclusões com novas abordagens teóricas que publicou em: “Terapia Centrada no 
Cliente” (1951) e “Psicoterapia e Alteração na Personalidade” (1954). 
 Em 1957, Rogers passou a lecionar na Universidade de Wisconsin, onde 
permaneceu até 1963. Durante esses anos, ele liderou um grupo de pesquisadores 
que realizou um brilhante estudo intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia 
centrada com pacientes esquizofrênicos. Foi o início de uma abordagem mais humana 
junto aos pacientes hospitalares 
6 
 
Em 1964, Rogers associou-se ao Centro de Estudos da Pessoa, em La 
Jolla, Califórnia, entrando em contato com outros teóricos humanistas, como Maslow, 
e filósofos, como Buber e outros. 
 A partir de 1972, dedicou-se principalmente à reflexão sobre aspectos 
sociais e políticos, explorando as possibilidades criativas oferecidas pelos grupos de 
encontro. Dessas reflexões surgiu o livro “Poder Pessoal”, publicado em 1977. 
 Em 1985, Carl Rogers atuou como facilitador de um workshop na 
Áustria, com 50 líderes internacionais para discutir, segundo o modelo dos grupos de 
encontro, as tensões políticas na América Central. 
 Nos últimos anos de sua vida, Rogers investiu cada vez mais em 
workshops de esforço pela paz, tanto que seu nome foi indicado em 1987 para o 
Prêmio Nobel da Paz. 
 
1.2.1. Rogers e o Humanismo 
 Rogers é um dos representantes mais influentes do movimento 
Humanista. Tal movimento teve início com Abraham Maslow, em contraposição à 
maneira como o homem era visto pelas outras abordagens acadêmicas 
convencionais. A corrente de Rogers ficou conhecida como humanista, porque, em 
acentuado contraste com a teoria freudiana, ela se baseia numa visão otimista do 
homem. 
 O Humanismo diferenciava-se das demais teorias, devido à sua maneira 
holística de enxergar o homem, com foco na sua experiência subjetiva e na sua 
capacidade de autodesenvolvimento. O homem não era visto como aquele regido por 
um inconsciente, tão pouco como alguém suscetível e controlado por fatores externos. 
O homem era visto como senhor de si mesmo e responsável por suas atitudes e 
escolhas. 
 Ao contrário de outros estudiosos que focavam sua atenção no ser 
humano “doente”, Rogers concentrava-se no estudo do homem sadio, não daquele 
indivíduo passivo à espera de uma “cura”, mas de um homem agente do seu processo 
de mudança. A esse indivíduo dominou cliente, surgindo, assim, o seu novo conceito 
de psicoterapia, a Terapia Centrada na Pessoa. 
 
 
 
7 
 
 
1.2.2. A teoria de Carl Rogers 
 
 A terapia rogeriana se define como não-diretiva e centrada no cliente 
(palavra que Rogers preferia a paciente), porque cabe a ele a responsabilidade pela 
condução e pelo sucesso do tratamento. Para Rogers, o terapeuta apenas facilita o 
processo. 
 De acordo com Rogers, a sanidade mental e o desenvolvimento pleno 
das potencialidades pessoais são tendências naturais da evolução humana. 
Removidos eventuais obstáculos nesse processo, as pessoas retomam a progressão 
construtiva. 
 Suas ideias básicas e originais deram origem, como ocorre com todas 
as novas contribuições, a uma ponderável polêmica sobre o conteúdo e a direção das 
técnicas de terapia psicológica. Embora, como diz o próprio Rogers, seus conceitos 
tenham sido, em parte, influenciados pelo pensamento psicanalítico, sua posição 
como ser humano e como terapeuta é diametralmente oposta à dos analistas 
ortodoxos. 
 Enquanto estes abrem à exploração psíquica os mais profundos 
sentimentos do cliente com relação à vida, à morte, ao sexo e a outros impulsos 
naturais ou culturalmente desenvolvidos, e enfatizam, no cliente, sua luta, seus 
temores e suas tendências sociais ou antissociais, construtivas ou destrutivas, 
principalmente estas últimas, a terapia rogeriana procura "facilitar" ao indivíduo a sua 
própria interpretação do "aqui e agora". 
 Os bloqueios, as resistências, os impulsos e a forma de sentir e de 
vivenciar os fatos da vida são discutidos no plano da realidade objetiva, muito no plano 
cognitivo, nos simbolismos comuns e na linguagem do dia a dia, sem qualquer 
interpretação que, muitas vezes, mais depende da imaginação e da criatividade dos 
analistas do que de uma realidade psíquica. 
 Uma das principais ideias da teoria de Carl Rogers é a da atualização 
humana. Ele acreditava que o ser humano, em especial, tem uma forte tendência a se 
atualizar e se esforçar de modo contínuo para que se sinta realizado. Desse modo, o 
ser humano constrói pouco a pouco quem realmente é. Segundo Rogers, o processo 
constante de atualização gerou a sociedade e a cultura, que se tornam forças 
8 
 
independentes dos indivíduos e podem trabalhar contra o desenvolvimento de suas 
potencialidades. 
 Uma crença básica de Rogers é que o organismo humano sabe o que é 
melhor para ele e para isso conta com sentidos aprimorados ao longo da evolução da 
espécie. Tato, olfato e paladar reconhecem como prazeroso (sabor e cheiro 
agradáveis, por exemplo) o que é saudável. Igualmente, nossos instintos estão 
prontos a valorizar a "consideração positiva", conceito rogeriano que engloba atitudes 
como cuidado, carinho, atenção etc. 
 Nesse sentido, para Rogers, o papel do terapeuta, ao aplicar um olhar 
positivo em relação ao paciente, é de ter consideração positiva em relação à pessoa 
simplesmente por ela ser quem é, por ela existir. Essa postura tem como objetivo e 
como base os conceitos de empatia e congruência. 
 Até aqui, tudo bem - as pessoas sabem o que é bom para elas e podem 
encontrar aquilo de que necessitam na natureza e na família. O problema, segundo 
Rogers, é que a sociedade e a cultura desenvolvem mecanismos que contrariam 
essas relações potencialmente harmoniosas. Entre os mais nocivos está a 
"valorização condicional", o hábito que a família, a escola e outras instituições sociais 
têm de apenas atender às necessidades do indivíduo se ele se provar merecedor. 
 Decorrem disso a "consideração positiva condicional" - cujo exemplo 
típico é o carinho dos pais dado como recompensa por bom comportamento - e a 
"autoconsideração positiva condicional" - originada pela tendência que as pessoas 
têm a absorver os valores culturais e utilizá-los como parâmetro para a valorização de 
si mesmas. 
 Pensando na prática clínica da Psicologia, a teoria de Rogers depende, 
em primeiro lugar, de um processo de autoconhecimento do próprio terapeuta, que 
deve agir como um professor, ao passo que deve facilitar o processo de 
autodescobrimento e de satisfação de desejos de seus pacientes. Esse 
direcionamento deve ser feito, no entanto, com a menor interferência possível. 
 Esse paralelo com a figura de um professor não é coincidência. Ao 
estipular essa aproximação, o estudioso constrói uma maneira de levar suas ideias 
também para o campo da educação. 
 No âmbito educacional, sua teoria, centradana empatia, isto é, na 
capacidade de se colocar no lugar do outro, ganhou o contorno de uma prática, mas 
não um método, cujo lugar principal é ocupado pelo aluno. 
9 
 
 As teorias que desenvolveu como psicólogo serviram de base para sua 
atuação na área educacional, e tanto na clínica psicológica quanto no ambiente 
escolar, Carl Rogers trabalhou ideias originais, que, na maior parte das vezes, 
opunham-se às práticas tradicionais dessas áreas. 
 
1.2.3. A importância da abordagem de Carl Rogers 
 
Carl Rogers criou um modelo diferente de atendimento psicoterapêutico. O 
seu objetivo era estimular uma relação transparente entre profissional e paciente. 
Deste modo, a própria pessoa seria capaz de encontrar soluções para os seus 
incômodos emocionais. 
Para isso, ele também estudou o “clima” apropriado para o atendimento. 
Rogers acreditava que o paciente se sentiria livre para se expressar em um ambiente 
caloroso. Ele compartilharia os seus sentimentos sem preocupações, não importando 
quão absurdos ou não-convencionais fossem, contanto que estivesse inserido em um 
clima permissivo. 
 O psicólogo é capaz de produzir tais sentimentos no paciente ao 
construir uma relação de compreensão e de segurança com ele. Não importa o que é 
dito durante as sessões, o psicólogo o aceita como ele é. 
 Assim, o paciente consegue abandonar as suas defesas pessoais e 
se colocar à disposição da autoexpressão sincera e da busca por autoconhecimento. 
 A abordagem de Carl Rogers segue, ainda, o conceito que de todas 
as pessoas buscam o crescimento e a atualização de si mesmas. Essa inclinação 
natural ao desenvolvimento pessoal tem como intenção compreender as vivências e 
o impacto delas na construção de sua personalidade, crenças e comportamentos. 
 A partir desse processo de descobrimento, o paciente pode 
ressignificar experiências e fazer as modificações necessárias em sua vida para 
encontrar a felicidade. Essas muitas vezes englobam a elevação da autoestima e da 
autoconfiança, assim como o fortalecimento da inteligência emocional. 
 
 
 
10 
 
1.2.4. Principais obras 
 
 Além de sua carreira como psicólogo clínico, Carl Rogers passou 
grande parte de sua vida escrevendo numerosos livros nos quais compartilhou suas 
descobertas e teorias. Abaixo, veremos uma lista de algumas de suas publicações 
mais importantes. 
 
– O Tratamento Clínico da Criança-problema (The clinical treatment of the 
problem child) - 1939 
– Psicoterapia e Consulta Psicológica: novos conceitos na prática 
(Counseling and Psychotherapy) - 1942 
– Uma investigação coordenada em psicoterapia - 1949, em conjunto NJ 
Raskin 
– Terapia Centrada no Cliente: sua prática atual, implicações e teoria 
(Client-Centered Therapy) - 1951 
– As condições necessárias e suficientes da personalidade terapêutica 
mudam - 1957 
– Uma teoria da terapia, personalidade e relacionamentos interpessoais, 
desenvolvida na estrutura centrada no cliente - 1959 
– Tornar-se Pessoa: a visão de um terapeuta sobre psicoterapia (On 
Becoming a Person) - 1961 
– De pessoa para pessoa: o problema de ser humano (1967). 
– Liberdade de aprender: uma visão do que a educação pode se tornar 
(Freedom to Learn) - 1969 
– Grupos de Encontro (On Encounter Groups) - 1970 
– Sobre o Poder Pessoal: força interior e seu impacto revolucionário (On 
Personal Power) - 1977 
– A Pessoa Como Centro - 1977 
– Carl Rogers no poder pessoal - 1978 
11 
 
– Um Jeito de Ser (A Way of Being) - 1980 
– Quando fala o coração: a essência da Psicoterapia Centrada na Pessoa 
– 2004 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4. ACP 
A abordagem centrada na pessoa (ACP) é uma abordagem existencial, visando trazer 
uma autonomia para o sujeito perante as suas adversidades, ela busca dar 
capacidade para que a pessoa tenha forças suficiente para procurar seu caminho e 
achar suas próprias respostas, para que a o indivíduo consiga eliminar os sentimentos 
de angústia, aumentar a autoestima e aumentar toda a compreensão constituída do 
sujeito sobre si mesmo, criando a sua autonomia. 
“Todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver todas as 
suas potencialidades e para desenvolvê-las de maneira a favorecer o seu 
enriquecimento”. (ROGERS, 1959). 
Carl Rogers procura uma abordagem que constituía em trazer uma autoaceitação ao 
indivíduo, tendo um auxílio do seu psicólogo, fazendo o cliente a chegar em todo seu 
potencial oferecendo suporte e orientação necessário para que isso ocorra. 
“Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e 
quando posso ser eu mesmo…. Julgo que aprendi isto com meus clientes, bem como 
através da minha experiência pessoal - não podemos mudar, não podemos nos 
afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos”. 
(ROGERS, 1961 – Tornar-se pessoa). É a partir dessa frase que fica evidente que 
nessa abordagem é o cliente que faz o seu próprio caminho à autoaceitação junto do 
seu psicólogo. 
Rogers tinha como objetivo criar uma relação mais transparente entre profissional e 
cliente e passou a estudar o clima apropriado para um atendimento acreditando que 
com um ambiente mais caloroso/receptivo, ele se sentiria mais acolhido, sentindo-se 
livre para se expressar. Conforme a pessoa fosse se sentindo em um clima permissivo 
e sem julgamentos, o psicólogo seria capaz de criar uma relação de compreensão e 
confiança junto do seu cliente, fazendo com que ele deixe suas “defesas pessoais” de 
lado e se colocando à disposição em sua busca por autoconhecimento. 
Nessa abordagem, a intenção é compreender as vivencias e o impacto delas na 
construção da personalidade, crenças e comportamentos. Após esse descobrimento, 
o cliente pode ressignificar experiencias e fazer modificações necessárias para poder 
encontrar a felicidade, elevando a autoestima, autoconfiança e fortalecendo sua 
inteligência emocional, fazendo com que ele tenha facilidade em reconhecer e lidar 
13 
 
com suas emoções e compreender os sentimentos alheios, criando relacionamentos 
saudáveis com quem o cerca. 
Rogers acreditava que existem três condições básicas para que as pessoas consigam 
percorrer o caminho de autodescobrimento, também podendo ser chamada de três 
pilares da abordagem. 
Esses pilares / condições consistem em elementos essenciais para o sucesso do 
autodescobrimento e redescobrimento. A ausência deles resulta em um processo 
frustrante para o cliente, já que suas dúvidas não são esclarecidas. Eles apontam a 
solução natural dos problemas, sendo encorajado pelo psicólogo. 
O primeiro é a empatia, isso por si já é indispensável para qualquer psicólogo. Sem 
ela, tanto o indivíduo quanto o psicólogo não conseguem se entender. Mas na 
abordagem de Rogers, ela é fundamental, criando uma atmosfera calorosa idealizada 
pelo psicólogo. O psicólogo deve tentar compreender as questões do cliente pela 
percepção, indo além de se colocar no lugar do outro, assim ele vai se sentir 
compreendido, relaxado e acolhido, compartilhando suas preocupações, frustrações 
e assuntos do seu íntimo, onde ele mesmo vai trazer as questões que deseja trabalhar 
na terapia. 
Congruência é o segundo pilar podendo também ser descrita como coerência entre 
os pensamentos, palavras, emoções e ações. A pessoa que está em congruência não 
tem motivos para disfarçar seus sentimentos. Na abordagem de Rogers, é 
compreendido a importância de se aceitar para além de viver com autenticidade e 
para aceitar os outros. Durante o acompanhamento o paciente consegue a aceitação 
de si mesmo e dos outros, aceitando-se como é, ele passa a compreender que como 
ele comete erros e é ignorante em diversos assuntos, os outros ao se redor também. 
O terceiro pilar é a Aceitação Incondicional Positiva que é a aceitação da 
personalidade. O psicólogo aceita os clientes comoeles são e recebe com afetividade, 
independentemente de suas queixas emocionais, não cabendo julgamentos ou 
críticas a respeito deles, mesma forma eles precisam ter essa postura consigo 
mesmos e com os outros. 
Rogers visava que os três pilares trabalhavam de forma em que facilitava o 
relacionamento interpessoal do indivíduo cujo seu objetivo era focalizado no 
14 
 
desenvolvimento pessoal do sujeito, já por outro viés, o psicoterapeuta constituía a 
abordagem de forma que valoriza todas e quaisquer condições especificadas durante 
a terapia, pois tudo há um valor a ser trabalhado, trabalhando o acolhimento 
autenticidade e aceitação, crendo no potencial do seu paciente, tomando as devidas 
precauções para que não ocorra uma barreira delimitadora diante a relação terapeuta 
e cliente, mesmo que se a abordagem centrada na pessoa se abstêm de qualquer tipo 
de métodos e técnicas, criando uma terapia de confiabilidade entre os dois indivíduos 
um como o cliente a ser permeado e outro como o facilitador do desenvolvimento 
pessoal do sujeito. 
Uma conexão terapeuta e cliente deverá ser realizada para que não ocorra barreiras 
que dividam os dois, sem aplicação de métodos e metas, pois a própria pessoa deverá 
perceber e traçar essas metas por si só, tal forma é constituída essa abordagem livre 
do mecanicismo idealizado por outras abordagens, pois Rogers acreditava que o ser 
humano era mais do que um simples objeto e era constituído pelo seu meio em sua 
totalidade, livrando-se da manipulação e condicionamento para que sua terapia ocorra 
de forma mais humanizada. 
A abordagem centrada na pessoa utilizada por Carl Rogers, originalizou-se por 
influências de uma psicologia fenomenológica Organísmica desenvolvida por Kurt 
Goldstein, baseava-se na capacidade do ser humano de se potencializar pare ter 
autorregulação e autoatualização. O “ACP” começou a ser desenvolvida como uma 
psicologia em âmbito grupal nos Estados Unidos, logo no pós-guerra, pois com a 
abrangência de diversos métodos dessa abordagem, ela começou a ter influências 
aos múltiplos métodos existentes nos anos sessenta, ocasionando uma grande 
evolução na abordagem, a partir de 1974, foi constituída a ACP focalizada numa 
psicologia grupal, trabalhando todo o grupo, suas autorrealizações e vivências em 
âmbito grupal. O terapeuta agora focalizado nas relações, comunicações, 
considerações e compreensões dos participantes individuais no meio grupal, 
interessando-se pelo funcionamento do coletivo e da participação do indivíduo na 
terapia, tendo a consciência do valor que os participantes traziam para a comunicação 
terapêutica, constituindo uma valorização natural para enriquecer os estímulos 
existenciais, para os processos de transformação, assim o facilitador permite que os 
participantes da terapia consigam ter a participação ativa no grupo, mas para o 
terapeuta o que mais importa é o envolvimento de uma pessoa no grupo, assim 
15 
 
mostrando os fenômenos existenciais na terapia, mesmo envolvendo um 
agrupamento, pode-se tratar um indivíduo de forma com que se potencialize a mostrar 
as suas espontaneidade dialógica, pensando assim o terapeuta foca nas partes 
pontuais que a pessoa demonstra, trazendo seus aspectos fenomenológicos e a 
vivência das lacunas nas realidades terapêuticas, um grupo acaba sendo dotado de 
si mesmo de se potencializar e ter sua autorrealizações, sendo um lugar em que as 
pessoas tenham a capacidade de entender os fenômenos e suas capacidades, por 
motivações, interesses e motivações, valorizando as expressões e experiências de 
cada pessoa para o desenvolvimento dos processos grupais, pois a partir de um 
momento o terapeuta abre mão de seus diversos títulos e começa a agir apenas como 
um administrador do grupo, para que se desenvolva, assim descentralizando a si 
mesmo para que centralize nos participantes para que seja feito a autonomia dessas 
pessoas. 
 
 
 
 
16 
 
5. CONCLUSÃO 
 
QUAIS PORTAS SE ABRIRAM COM O DESENVOLVIMENTO DESSA 
ABORDAGEM, SEUS BENEFÍCIOS 
A terapia em grupo baseada na abordagem ACP passou a ser conhecida 
como abordagem de ambiente do trabalho, escolar, em resolução de conflitos, entre 
outros. 
 Na década de 40, com a visão de tratar os indivíduos, mesmo que em 
grupo, de forma individual. A partir da década de 70, a abordagem começou a olhar 
de forma mais grupal, com o coletivo, pois o grupo em si é distinto da relação diádica, 
diferenciando dos anos anteriores em que a ACP tinha uma visão de terapia em grupo. 
Com esta forma de aplicação olhando o todo em grupo, houve uma 
evolução da abordagem. Dentre os benefícios desta podemos destacar: a melhora 
nas relações interpessoais dos participantes em várias áreas da sua vida; 
estimulação da capacidade de auto regulação e auto realização; espontaneidade é 
estimulada, ou seja, criando mais repertório comportamental e cognitivo para a vida 
do participante; estimulação da expressão de emoções; consideração do fator 
biopsíquico, ou seja, olhar com totalidade para as questões e suas influencias, o 
cliente é ativo durante o processo de terapia; o próprio cliente decide quais os 
objetivos durante as sessões. 
Frases de Carl Rogers: 
“É sempre altamente enriquecedor poder aceitar outra pessoa.” 
“Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo 
prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que eu não sou.” 
“Os fatos são sempre amigos. O mínimo esclarecimento que consigamos 
obter, seja em que domínio for, aproxima-nos muita mais do que é a verdade.” 
“A vida, no que tem de melhor, é um processo que flui, que se altera e onde 
nada está fixado” 
 
 
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6. BIBLIOGRAFIA 
https://escolaeducacao.com.br/carl-rogers/ 
https://www.espacoviverpsicologia.com/single-post/quem-foi-carl-rogers 
https://www.youtube.com/watch?v=t7tRPWHEz6s&ab_channel=MinutosPsi-
SeuCanaldePsicologia 
https://www.ebiografia.com/carl_rogers/amp/ 
https://novaescola.org.br/conteudo/1453/carl-rogers-um-psicologo-a-servico-do-
estudante 
https://querobolsa.com.br/enem/biografias/carl-rogers 
https://www.scielo.br/j/pcp/a/QWVbzGJDjy4DM94GjPjRkbS/?lang=pt 
https://www.cphb.com.br/abordagem-centrada-na-pessoa/ 
https://psicologiaacessivel.net/2018/03/21/carl-rogers-e-o-surgimento-da-
abordagem-centrada-na-pessoa/ 
https://www.vittude.com/blog/abordagem-de-carl-rogers-conheca-a-terapia-centrada-
na-pessoa/amp/ 
https://maestrovirtuale.com/carl-rogers-biografia-teorias-contribuicoes-e-obras/ 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/carl-rogers/amp 
https://encontroacp.com.br/conheca/ 
https://apacp.org.br/o-que-e-a-acp/ 
https://apacp.org.br/diversos/artigos/terapia-de-grupo-4a-fase-da-abordagem-
centrada-na-pessoa/?amp 
https://encontroacp.com.br/conheca/ 
https://apacp.org.br/o-que-e-a-acp/

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