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O enfermeiro no serviço de emergência

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O enfermeiro no serviço de emergência 
psiquiátrica: intervenções em crise	
APRESENTAÇÃO
Os cuidados de enfermagem nos transtornos mentais são decisivos no tratamento dos pacientes, 
devendo ser baseados na sintomatologia apresentada.
Nas condições de emergências psiquiátricas, o raciocínio clínico e o pensamento rápido e crítico 
são preponderantes no planejamento e na implementação da assistência, visto que as manifestaç
ões que requerem atendimento emergencial, quando controladas precocemente e de maneira ade
quada, podem ser revertidas de modo a causar menos danos ao paciente e a terceiros.
Uma equipe de Enfermagem bem treinada, capaz de reconhecer o paciente em situação de crise, 
pode otimizar o atendimento e oferecer uma assistência integral, individualizada e de qualidade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre as emergências psiquiátricas e suas difer
entes manifestações. Ainda, você verá como se dá a atuação do enfermeiro nos serviços que faze
m esse tipo de atendimento.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar as fases da crise psiquiátrica.•
Descrever a emergência psiquiátrica e as principais situações que a caracterizam.•
Distinguir agitação e agressividade a partir do parecer do Conselho de Classe da Enfermag
em em relação à atuação em casos de contenção.
•
DESAFIO
Sabe-se que a ocorrência de grandes desastres repercute em toda a sociedade, além de causar víti
mas direta e indiretamente. Em muitos desses desastres, as sequelas que ficam transformam-se e
m transtornos mentais capazes de desestabilizar o indivíduo.
Você é enfermeiro da cidade de Brumadinho, a qual foi afetada pelo rompimento de uma barrag
em de minério de ferro, causando centenas de mortes. Dentre os afetado, estava Jandira, de 52 a
nos, que perdeu sua casa, seu filho e seu esposo, que trabalhavam na mineradora local.
Após esse episódio, ela tem apresentado frequentes episódios de pânico e aumentou o consumo 
de bebidas alcoólicas. Todos os dias, após anoitecer, ela bebe três garrafas de cerveja dizendo qu
e é para esquecer o que viveu. Jandira está morando na casa de uma sobrinha até receber a inden
ização pela perda de seus bens e familiares.
Devido a todo esse histórico, Jandira foi encaminhada pelo médico da Unidade Básica de Saúde 
(UBS) para uma avaliação pelos profissionais do Centro de Atenção Psicossocial. O primeiro at
endimento dela no serviço será realizado por você.
Como você abordaria Jandira? Quais estratégias você utilizaria para auxiliá-la no enfrentamento 
desses problemas?
INFOGRÁFICO
A crise psiquiátrica, com frequência, advém de um processo envolvendo fatores capazes de aum
entar o nível de ansiedade do indivíduo, cuja capacidade de resposta depende do seu preparo em
ocional para lidar com tal situação.
Quando familiares e profissionais (re)conhecem esse processo, torna-se muito mais fácil control
ar a ocorrência de fatores que predispõem o indivíduo à situações de ansiedade capazes de culmi
narem em um episódio de crise. Ninguém conhece melhor o portador de transtorno mental do qu
e sua família e os profissionais que o acompanham.
Neste Infográfico, você conhecerá as etapas do processo que envolve o desencadeamento da cris
e psiquiátrica, bem como as tentativas do indivíduo para lidar com tal situação.
CONTEÚDO DO LIVRO
A atuação do enfermeiro em serviços de urgência e emergência deve ser pautada no conhecimen
to prévio das situações que são demandadas, pois, desse modo, pode-se garantir uma assistência 
integral e individualizada, além de colaborar para a tomada de decisão.
Em situações de emergência envolvendo transtornos psiquiátricos, muitos profissionais não apre
sentam conhecimento necessário para abordar o paciente.
No capítulo O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crise, da obra 
Saúde mental e cuidado de Enfermagem em Psiquiatria, você vai aprender sobre as situações de 
crise, os principais transtornos encontrados em emergências e as formas de atuação do enfermeir
o.
Boa leitura.
SAÚDE MENTAL 
E CUIDADO DE 
ENFERMAGEM EM 
PSIQUIATRIA 
Marcus Luciano de Oliveira Tavares
O enfermeiro no serviço de 
emergência psiquiátrica: 
intervenções em crises
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explicar as fases da crise psiquiátrica.
 � Descrever a emergência psiquiátrica e as principais situações que a 
caracterizam.
 � Distinguir agitação e agressividade a partir do parecer do conselho de 
classe da enfermagem em relação à atuação em casos de contenção.
Introdução
A constante carga de situações e eventos negativos aos quais as pessoas 
são expostas diariamente gera forte impacto sobre a saúde mental, o que 
as leva a sofrer por medo, insegurança e sentimentos de ansiedade. Em 
indivíduos que sofrem com algum transtorno psiquiátrico, tais situações 
e eventos podem ser o ponto de partida para o desenvolvimento de 
episódios de crise, os quais prejudicam o indivíduo e sua capacidade de 
se relacionar em família e sociedade, pois geram desconforto em quem 
não compreende o complexo processo envolvendo o mecanismo da 
crise, o que acaba por reforçar o estigma que recai sobre os portadores 
de transtornos mentais.
Os enfermeiros atuam em todos os níveis de atenção à saúde, dentre 
eles, os serviços de urgência e emergência são os que normalmente rece-
bem pacientes em situação de crise em um primeiro momento. Portanto, 
os profissionais que atuam nesses serviços devem saber reconhecer esse 
tipo de situação e entender como ela ocorre para que seu atendimento 
seja realizado de modo a acolher e compreender o sofrimento desse 
indivíduo e, ainda, evitar o julgamento prévio baseado em crenças sobre 
essa condição.
Neste capítulo, você vai conhecer como ocorrem os episódios de 
crise, bem como os fatores a ela relacionados, além de reconhecer situ-
ações que se caracterizam como emergência psiquiátrica e aprender a 
diferenciar agitação e agressividade. 
Situações de crise psiquiátrica e suas fases
A Reforma Psiquiátrica brasileira, iniciada na década de 70, está em constante 
evolução e compreende um conjunto de práticas, saberes, valores culturais e 
sociais que consideram, acima de tudo, a integralidade e a individualidade do 
portador de transtorno mental. Após quase duas décadas da aprovação da Lei 
Nacional da Reforma Psiquiátrica (BRASIL, 2001), o cenário envolvendo a 
temática da saúde mental no Brasil ainda se encontra em construção, apesar 
de lenta, seus avanços são inegáveis, visto que a substituição dos hospitais 
psiquiátricos por dispositivos terapêuticos como os Centros de Atenção Psi-
cossocial (CAPSs) tem se expandido pelo país e promovido a ressocialização 
desses indivíduos (SILVA; DIMENSTEIN, 2014). Isso mostra que a Reforma 
Psiquiátrica brasileira está constituída em bases sólidas e diretrizes pautadas 
nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
A caracterização dos portadores de transtornos mentais como pessoas 
perigosas e violentas advém do desconhecimento sobre esses transtornos 
que permeava a sociedade em tempos passados, sempre alinhada à ideia de 
que o ser humano tem “medo do que é diferente” (SILVA; MARCOLAN, 
2018). O modo com que os pacientes eram tratados contribuía mais com a sua 
exclusão e a piora do seu quadro do que com a sua recuperação. No entanto, 
com a Reforma Psiquiátrica e sua proposta de desinstitucionalização, a visão 
sobre a doença mental começou a modificar e os profissionais passaram a 
perceber que fora dos momentos de crise, os riscos oferecidos por pacientes 
com transtornos mentais não são diferentes dos riscos daqueles tidos como 
“normais”, afinal, todos temos momentos em que agimos impulsivamente em 
razão de emoções extremas.
Com a substituição dos serviços hospitalares com características asilares 
(hospícios/manicômios)por dispositivos como os CAPS, cuja estratégia utili-
zada baseia-se na permanência do indivíduo durante o dia, de modo a instigar 
sua ressocialização, foi necessário que se estabelecesse uma rede de atenção 
com serviços capazes de atender às diferentes necessidades do indivíduo, 
inclusive nos momentos de crise (DIMENSTEIN et al., 2012).
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises2
O conceito de crise envolve “[...] momento perigoso ou difícil de uma 
evolução ou de um processo” ou ainda um “[...] período de desordem acom-
panhado de busca penosa de uma solução” (FERREIRA, 2010, documento 
on-line). Embora o conceito geral de crise seja considerado como um momento 
de turbulências, ela é capaz de abrir espaços para possibilidades, uma vez que 
retira o indivíduo da sua rotina, do seu estado de ordem, e o coloca em uma 
situação na qual é necessário uma tomada de decisão, o que gera sofrimento, 
insegurança e dor (BICHUETTI, 2000, apud MARTINS, 2017).
Na psiquiatria, o conceito geral de crise se associa às condições de saúde 
do indivíduo. Zeferino, Rodrigues e Assis (2015a, p. 57) trazem o seguinte 
conceito:
A crise significa de fato a emergência de um componente “negativo”, o qual 
implica, de fato, sofrimento, conflito, desorganização ou ruptura de modos de 
reprodução social, de certas formas do laço social, muitas vezes insatisfatórias 
e frágeis. A crise pode representar, assim, a possibilidade de reorganização em 
novas bases, novas formas e articulações do laço social e do sujeito, tomada 
como travessia, como navegação, cujo desfecho é imponderável. A crise pode 
ser, às vezes, a única forma de superar um estado de coisas que se mostrou 
incapaz de responder às exigências da vida de um sujeito e de sua rede social.
Por muito tempo, as situações de crise eram respondidas de maneiras não 
resolutivas, envolvendo punição e violência, o que acabava por fortalecer 
conceitos e estigmas capazes de tonar indispensável a dependência do hospital 
psiquiátrico no tratamento dos transtornos mentais. No entanto, a partir do 
momento que se entende a crise como uma oportunidade para (re)conhecê-
-la como uma resposta a um momento de intenso sofrimento psíquico, os 
profissionais de saúde são capazes de buscar alternativas capazes de prevenir 
os episódios ou outras maneiras de lidar com sua ocorrência (ZEFERINO; 
RODRIGUES; ASSIS, 2015a).
Episódios de crise, comumente, não ocorrem de imediato. Eles advêm de 
todo um processo que envolve tentativas contínuas para a resolução de um 
problema. Para compreender o processo que envolve a crise, os profissionais 
de saúde devem entender que a ocorrência desta, muitas vezes, é a única forma 
do indivíduo de responder às exigências da sua vida ou de sua rede social. 
O processo envolvendo a crise pode envolver, resumidamente, as seguintes 
etapas (STEFANELLI; FUKUDA; ARANTES, 2008):
3O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises
1. Aumento da ansiedade diante de um fator estressante que ameaça o 
autoconceito, o que desequilibra seu estado emocional e psíquico. Há 
sempre algum “gatilho” capaz de desencadear essa ansiedade.
2. Naturalmente, o indivíduo busca maneiras para contornar a situação e se 
reequilibrar, no entanto, tentativas frustradas de restabelecer esse equi-
líbrio fazem com que o indivíduo aumente o sentimento de ansiedade.
3. As falhas nas diversas tentativas aumentam ainda mais a ansiedade, 
isso faz com que o indivíduo busque alívio imediato no isolamento e/
ou na fuga.
4. Quando não há uma redução da ansiedade, pode ocorrer uma desor-
ganização da personalidade, além de episódios de pânico, confusão e 
violência conta si e os outros, o que caracteriza a crise.
Para a identificação das situações de crise, os profissionais de saúde devem 
reconhecer sinais e sintomas capazes de caracterizá-la. Dell’Acqua e Mezzina 
(1991, apud ZEFERINO; RODRIGUES; ASSIS, 2015b, p. 32) sugerem que 
sejam identificados pelo menos três dos seguintes parâmetros:
 � Grave sintomatologia psiquiátrica aguda.
 � Grave ruptura de relações familiares e/ou sociais.
 � Recusa das intervenções, mas aceitação do contato com a equipe.
 � Recusa de qualquer forma de contato.
 � Situações emergenciais no contexto familiar e/ou social ou, ainda, 
impossibilidades pessoais de enfrentá-las.
Diante disso, percebe-se que os profissionais de saúde, especialmente 
os enfermeiros, apresentam atribuições fundamentais na prevenção e no 
manejo das situações de crise, as quais iniciam antes mesmo de os episódios 
ocorrerem. A prevenção é sempre a primeira opção no manejo da crise e 
pode ser realizada nos diferentes níveis e dispositivos de atenção à saúde, seja 
nas Unidades Básicas de Saúde, na Atenção Domiciliar ou nos CAPSs, que 
são os serviços responsáveis pela construção do projeto terapêutico desses 
pacientes. O estabelecimento de vínculo com o paciente e sua família oferece 
aos profissionais subsídios necessários para reconhecer potenciais gatilhos 
capazes de desencadear quadros de ansiedade precursores de episódios de crise.
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises4
Cabe ainda aos enfermeiros a responsabilidade por treinar sua equipe no 
manejo da crise. Estudos apontam que os profissionais de enfermagem atuantes 
em serviços de urgência e emergência sentem-se despreparados para lidar 
com pacientes apresentando quadros de crise psiquiátrica, além do seu nível 
de conhecimento acerca da temática ser embasado no senso comum, o que 
é permeado por estigmas e preconceitos (CARVALHO et al., 2012; IKUTA 
et al., 2013). Esse despreparo advém desde a graduação, em que o conteúdo 
envolvendo os transtornos mentais e suas situações de emergência é considerado 
incipiente (MORAIS FILHO et al., 2017). Em sua essência, a enfermagem tem 
o cuidado como atributo principal, entretanto, para que ele seja exercido com 
excelência, os profissionais devem considerar a singularidade do ser humano 
por meio da compreensão dos seus sofrimentos. No entanto, por vezes, em 
serviços de urgência e emergência, esses profissionais reproduzem ações 
que reforçam o estigma que acompanha os portadores de transtorno mental. 
É preocupante saber que há profissionais que apresentam dificuldades em 
aceitar o transtorno mental como acontecimento natural dentro do contexto 
do adoecimento psíquico (KONDO et al., 2011).
Para que situações de crise sejam prevenidas ou, nos casos em que ela 
está instalada, o atendimento ocorra com excelência, os enfermeiros e de-
mais profissionais de saúde envolvidos devem se apropriar do conhecimento 
acerca da temática, lembrando que, fora da situação de crise, o paciente com 
transtorno mental deverá ser acompanhado pelos dispositivos que compõem 
a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), para que ele possa se restabelecer e 
ser reinserido no convívio social.
A RAPS foi instituída como estratégia de atenção à saúde mental no âmbito do SUS, 
cuja finalidade é “[...] a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde 
para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes 
do uso de crack, álcool e outras drogas” (BRASIL, 2011, documento on-line). O Quadro 1 
a seguir mostra os diversos dispositivos que compõem a RAPS.
5O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises
Fonte: Adaptado de Brasil (2011, apud ZEFERINO; RODRIGUES; ASSIS, 2015a).
Caracterização das situações de emergência 
psiquiátrica
As emergências psiquiátricas podem ser definidas como qualquer alteração 
de natureza psiquiátrica em que ocorram mudanças do estado mental, que 
resultam em risco atual e significativo de morte ou injúria grave, tanto para o 
paciente como para outras pessoas, necessitando de intervenção terapêutica 
imediata (QUEVEDO; SCHMITT; KAPCZINSKI, 2008). 
Para Quevedo e Carvalho (2014), nos serviços que atendem emergências 
psiquiátricas, podemos encontrar três tipos de situação, as quais envolvem 
aemergência, situação em que são encontrados distúrbios do pensamento 
e outras alterações psíquicas que envolvem o risco de morte ou risco social 
grave, o que requer intervenções imediatas e inadiáveis (episódios de violência, 
suicídio ou tentativa, automutilação, dentre outros); a urgência, a qual implica 
riscos menores do que nas emergência, no entanto requer intervenção em curto 
prazo (comportamento bizarro, quadro agudo de ansiedade, etc.); e a situação 
eletiva, na qual a rapidez da intervenção não depende de um risco iminente 
de morte ou situação de alto risco no momento (quadros de ansiedade leve, 
distúrbios de relacionamento interpessoal, etc.).
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises6
Assim como em qualquer outra modalidade de urgência e emergência, 
as prioridades do serviço compreendem as seguintes etapas (QUEVEDO; 
CARVALHO, 2014):
 � A estabilização do quadro, por meio do estabelecimento da injúria a 
ser abordada e controlada.
 � O estabelecimento de uma hipótese diagnóstica, etapa sob respon-
sabilidade do profissional médico, que serve para definir os critérios 
de avaliação da evolução do paciente.
 � A exclusão de uma causa orgânica, na qual é recomendável excluir 
potenciais causas orgânicas que expliquem as alterações do estado 
mental. Isso será realizado por meio de anamnese, exame físico e do 
estado mental, e o enfermeiro pode participar da construção dessa etapa, 
devendo estar sempre atento para a existência de sinais e sintomas de 
enfermidade orgânica que leve à ocorrência de sintomas mentais, de 
enfermidade orgânica que piore os distúrbios mentais já existentes e 
também de enfermidades mentais que possam desencadear enfermidades 
orgânicas. Munidos dessas informações, os profissionais podem, além 
de atuar na situação de emergência já instalada, colaborar na prevenção 
de novos casos.
 � O encaminhamento do paciente, que se dará após estabilização do 
quadro e manejo dos riscos imediatos, é a etapa na qual o indivíduo 
será encaminhado para dar continuidade ao tratamento do evento que 
desencadeou a situação de emergência.
As situações de emergência podem se originar em razão de episódios de 
crise não controlados ou de difícil manejo. Os desfechos de situações de crise 
dependem de diferentes fatores, dentre eles: o local destinado ao atendimento 
do paciente, o qual deve dispor de ambiente acolhedor, estrutura física, equi-
pamentos e insumos adequados para realização do atendimento e oferecer 
segurança e profissionais preparados para lidar com a diversidade das carac-
terísticas que o paciente com transtorno mental pode apresentar; a ausência 
de objetos potencialmente perigosos que poderiam oferecer algum risco para 
o paciente e a equipe; além de acesso facilitado a serviços de diagnóstico e 
profissionais de outras áreas e especialidades (MANTOVANI et al., 2010). 
Dentre as emergências psiquiátricas, as situações mais comuns nos serviços 
são: o suicídio; o uso, o abuso e a abstinência de substâncias psicoativas; a 
agitação psicomotora; os ataques de pânico; a psicose aguda; e o estresse agudo.
7O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises
Suicídio
O suicídio, ou o comportamento suicida, tem sido muito debatido nos últimos 
anos, pois trata-se de um tema muito polêmico que envolve questões de cunho 
ético, moral e religioso, além da autonomia do indivíduo em deliberar sobre 
questões relacionadas à sua própria morte (DEL-BEN et al., 2017; HUTZ, 2002).
A ideação suicida advém de um processo envolvendo uma diversidade 
de fatores, dentre eles a presença de doença física prévia (principalmente as 
mais graves ou com menor probabilidade de cura), transtornos mentais, sinais 
e sintomas psiquiátricos (como ansiedade, depressão, impulsividade, etc.), 
história psiquiátrica prévia (histórico de abuso físico ou sexual na infância, 
estressores psicossociais, etc.) e tentativas prévias de suicídio. Todos esses 
fatores, quando isolados ou combinados, produzem uma elevada carga de 
estresse a qual leva o indivíduo a não ver outra solução a não ser a própria 
morte (BERTOLOTE; MELLO-SANTOS; BOTEGA, 2010; VIDAL; GON-
TIJO; LIMA, 2013).
Em meio a esse processo, a família e os profissionais de saúde podem per-
ceber sinais de ideação suicida, no entanto, devido ao estigma e outros mitos 
que recaem sobre o indivíduo com comportamento suicida, a identificação 
desses fatores é dificultada. É responsabilidade dos profissionais de saúde 
desmistificar preconceitos e auxiliar o indivíduo e sua família a restabelecer 
sua funcionalidade mental por meio do diálogo, do respeito e do acolhimento. 
Também é muito importante nunca julgá-lo, atitude comumente encontrada 
nos serviços de emergência (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD 
- OMS, 2014).
Substâncias psicoativas
Os cuidados relacionados ao uso de substâncias psicoativas, quando em situa- 
ções de emergência, também devem ser isentos de qualquer pré-julgamento 
por parte dos profissionais, atitude que é vista com frequência (BARBOSA; 
SOUZA, 2013). Esses cuidados requerem avaliação completa do paciente, 
tratamento dos quadros diagnosticados (abstinência, intoxicação e quadros 
clínicos que caracterizem uma emergência) e motivação do paciente para 
iniciar o tratamento, além de elaborar o encaminhamento. Tais cuidados têm 
como objetivo o atendimento integral e sua continuidade. O manejo com pa-
cientes em uso de substâncias psicoativas é diferente de acordo com o quadro 
apresenta (VEDANA, 2016):
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises8
 � Intoxicação aguda: é caracterizada pelo uso recente e em grande quan-
tidade de substância. O tratamento da intoxicação aguda visa, quando 
possível, à desintoxicação, à amenização dos efeitos e à recuperação 
da homeostase do indivíduo. Vale ressaltar que o manejo dependerá, 
ainda, de qual substância foi utilizada.
 � Abstinência: se caracteriza pela suspensão do uso da substância. 
Quando o paciente apresenta uso crônico contínuo, seu sistema nervoso 
sofre alterações de modo que o organismo possa se adaptar aos efeitos 
da substância que, quando retirada, provoca um desequilíbrio abrupto 
com repercussões sistêmicas, dentre elas, destacam-se a síndrome da 
abstinência alcoólica, causada pela abstinência do álcool e o delirium 
tremens, sendo este uma forma mais severa da síndrome da abstinência 
alcoólica (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DO ESTADO DE MINAS 
GERAIS - FHEMIG, 2014).
Delirium tremens
Muitos não sabem, mas a suspensão do uso crônico de álcool sem o devido plane-
jamento ou acompanhamento profissional pode prejudicar a saúde dos pacientes, 
bem como o bem-estar físico e psicológico de familiares e equipes de atendimento 
(PONCE et al., 2016).
O delirium tremens é uma condição associada a riscos significativos de morbidade 
e mortalidade quando não controlado adequadamente, porém apresenta opções 
rápidas e eficazes de tratamento.
Se caracteriza como um estado confusional agudo, flutuante e autolimitado de-
sencadeado por diferentes motivos, dentre eles a abstinência do álcool. O quadro 
de delirium tremens em razão de abstinência alcoólica se inicia aproximadamente 72 
horas após o consumo da última dose (FHEMIG, 2014).
Durante os episódios, podemos identificar os seguintes sinais e sintomas (Quadro 2):
9O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises
Físicos Psíquicos
Tremor Estado confusional flutuante
Insônia Desorientação no tempo e espaço
Náuseas e vômitos Prejuízo da memória de fixação
Taquicardia Desagregação do pensamento
Hipertensão arterial Alucinações (visual, auditiva)
Sudorese Ilusões
Hipotensão ortostática Delírios
Febre Afeto lábil (ansiedade, pavor, depressão, raiva, euforia 
e apatia)
Fonte: Adaptado de Fhemig (2014).
É importante que os profissionais de serviços de urgência e emergência saibam 
reconhecer as manifestações clínicas causadas pelo delirium tremens, pois são atuantes 
da linha de frenteem que surgem, com frequência, esse tipo de agravo. Desse modo, 
podem prevenir potenciais complicações capazes de evoluir para quadros irreversíveis 
(PONCE et al., 2016).
Agitação psicomotora
Os quadros de agitação psicomotora são identificados em diferentes transtor-
nos mentais. Trata-se de um estado de excitação mental e atividade motora 
aumentada nos quais ocorre um estado de excitação mental e de atividade 
motora aumentado, além de alterações da psicomotricidade, desorganização 
psíquica e comprometimento da capacidade crítica do paciente. Nesses epi-
sódios, o paciente pode apresentar agressividade e comportamentos auto e/ou 
heterodestrutivos, mas isso não é sempre (BOTEGA, 2006).
Os profissionais de saúde devem atuar durante os quadros de agitação 
psicomotora com o intuito de promover a segurança do paciente e da equipe, 
controlar seus impulsos agressivos e evitar a progressão do episódio (DEL-
-BEN et al., 2017).
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises10
Ataques de pânico
Os ataques de pânico se destacam entre os transtornos de ansiedade como 
sensações de medo extremo. No entanto, esses ataques podem ser vistos em 
diferentes transtornos mentais, não sendo limitados aos transtornos de ansie-
dade (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA, 2014).
Dentre os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, além do medo 
extremo, este pode sofrer de despersonalização e sintomas físicos ocasionados 
pelo medo (sudorese, dispneia, taquicardia, sensação de sufocamento, etc.). 
Diante disso, os profissionais devem ficar atentos às manifestações físicas 
causadas pelos ataques e promover um ambiente livre de fatores que reforcem 
a situação de medo, além de estabelecer diálogo cooperativo e acolhedor com 
o paciente.
Psicose aguda
Nas emergências de psicose aguda, o paciente perde o contato com a realidade, 
tendo como característica principal a manifestação de alucinações e delírios. 
Alucinações estão ligadas aos órgãos do sentido e tratam-se de percepções 
causadas sem estímulo externo. Elas podem ser auditivas, visuais, olfativas, 
gustativas, etc. Já os delírios estão relacionados ao pensamento, uma falsa 
crença fundamentada em pensamentos irreais que não são compartilhadas 
por outras pessoas (APA, 2014).
As psicoses que se configuram como sendo emergenciais são aquelas po-
tencialmente causadoras de danos ao paciente ou a terceiros, como nos casos 
em que o indivíduo afirma ouvir vozes que o obrigam a fazer algum mal a si 
próprio ou a alguém próximo. Nesses casos, os profissionais devem garantir 
a segurança e, novamente, identificar problemas orgânicos que podem causar 
os sintomas de psicose (VEDANA, 2016).
Agitação e agressividade: diferenças e atuação 
em casos de contenção baseadas no parecer do 
conselho de classe da enfermagem
A literatura científica explica os episódios de agitação como sendo um excesso 
de atividade motora frequentemente associada a uma experiência de ansiedade 
ou tensão exacerbados, ocorrendo durante os episódios de crise de diferentes 
transtornos psiquiátricos. Trata-se de manifestações que fazem parte de uma 
11O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises
realidade frequente em serviços de emergência, bem como podem ocorrer 
em unidades de internação ou mesmo em serviços ambulatoriais e de atenção 
primária à saúde (STEFANELLI; FUKUDA; ARANTES, 2008). A presença 
de pacientes com essas manifestações pode causar desconforto, principalmente 
quando afeta, de forma adversa, a equipe de profissionais que o atende ou, até 
mesmo, outras pessoas presentes no local (CASTRO, 2013).
Vedana (2016) esclarece que é importante diferenciar agitação psicomotora 
e agressividade, pois tratam-se de manifestações diferentes, cuja confusão 
nos conceitos pode gerar interpretações equivocadas desses quadros e com-
prometer a assistência ao paciente. Os episódios de agitação psicomotora são 
caracterizados pela atividade motora e cognitiva excessivas decorrentes de 
tensões internas não resolvidas. Já o comportamento agressivo é definido 
pela intenção ou o ato de causar dano físico a alguém. Embora a agitação 
psicomotora possa evoluir para a agressividade, não é sempre que isso ocorre.
O comportamento agressivo é difícil de prever, no entanto, existem alguns 
sinais que podem indicar sua intenção, dentre eles: 
[...] agitação motora, violência dirigida a objetos, dentes e punhos cerrados, 
ameaças, exigências e discussões em tom de voz elevado, afeto desafiador e 
hostil e alterações do exame do estado mental, sintomas psiquiátricos especí-
ficos (como, por exemplo: impulsividade, pensamento desorganizado, baixa 
tolerância a frustrações, persecutoriedade) (VEDANA, 2016, p. 6).
Com frequência, pacientes agitados e/ou agressivos apresentam baixo juízo 
crítico da realidade e, por tal motivo, têm dificuldade em reconhecer que seu 
quadro decorre de uma doença. Como consequência, podem não reconhecer 
que precisam de tratamento ou mesmo de alguma ajuda externa.
A avaliação e o manejo de pacientes agitados e/ou agressivos são tarefas 
complexas, as quais requerem habilidades diversas, dentre elas, pensamento 
rápido, raciocínio clínico, julgamento crítico e capacidade de trabalho em 
equipe (MANTOVANI et al., 2010). Para que seja feita uma abordagem ade-
quada, deve-se estabelecer prioridades e maneiras de conter ou restringir esse 
paciente. As quais incluem a contenção verbal, farmacológica e, em último 
caso, as contenções física e mecânica. Vale destacar que, no passado, as tenta-
tivas para lidar com “[...] situações de crise ou de ‘emergências psiquiátricas’, 
além de não demonstrarem resolutividade, acabaram por transformar-se em 
instrumento de normalização e de violência, fortalecendo a dependência 
em relação ao hospital psiquiátrico” (COSTA, 2007, apud ZEFERINO; RO-
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises12
DRIGUES; ASSIS, 2015b, p. 36), caracterizando todo paciente portador de 
transtorno mental como agressivo ou violento, o que colaborou para reforçar 
esse estigma. Portanto, é importante que os profissionais de enfermagem 
saibam diferenciar agressividade e agitação de modo a prestar uma assistência 
livre de preconceitos.
Nos casos de agitação ou agressividade que comprometam a segurança do 
paciente ou a de terceiros, primeiramente deve-se estabelecer um diálogo na 
tentativa de restabelecer seu estado emocional, caso não haja sucesso nessa 
abordagem, a farmacologia é uma segunda opção, devendo ser prescrita por 
profissional médico. Em último caso, em razão da diversidade de sinais e 
sintomas apresentados nos episódios, o uso da contenção física ou mecânica é 
uma opção, no entanto, é considerado motivo de muita discussão, uma vez que 
pacientes, familiares e sociedade consideram esse tipo de intervenção como 
uma violação dos direitos de liberdade e até mesmo um abuso físico, embora 
ela tenha como objetivo a proteção do paciente contra lesões e traumas e a 
proteção de terceiros (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO 
ESTADO DE SÃO PAULO - COREN-SP, 2009). 
A contenção física refere-se à imobilização do paciente realizada por profis-
sionais, sem o uso de dispositivos. Já na contenção mecânica são usadas faixas 
ou lençóis. Não devem ser realizadas de maneira assistemática e dependem de 
um treinamento para que não sejam causados danos ao paciente. Além disso, 
as contenções física ou mecânica só devem ser realizadas mediante situações 
de agressividade ou outras que prejudicam a integridade e a segurança do 
paciente ou de terceiros (COREN-SP, 2009; MANTOVANI et al., 2010).
Durante o procedimento, o paciente deve ser esclarecido a todo momento 
que a contenção é para sua própria segurança. Segundo o Conselho Federal 
de Enfermagem (COFEN) (2012), é dever dos profissionais de enfermagem 
zelar pela segurança, integridade e assistência contínua ao paciente contido:
Art. 4º Todo paciente em contenção mecânica deve ser monitorado atentamentepela equipe de Enfermagem, para prevenir a ocorrência de eventos adversos 
ou para identificá-los precocemente.
§ 1º Quando em contenção mecânica, há necessidade de monitoramento clínico 
do nível de consciência, de dados vitais e de condições de pele e circulação 
nos locais e membros contidos do paciente, verificados com regularidade 
nunca superior a 1 (uma) hora.
§ 2º Maior rigor no monitoramento deve ser observado em pacientes sob 
sedação, sonolentos ou com algum problema clínico, e em idosos, crianças e 
adolescentes” (COFEN, 2012, p. 176).
13O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises
O rigor na segurança do paciente contido é, em grande parte, para evitar 
iatrogenias. Por tal motivo, os materiais utilizados nas contenções não podem 
oferecer riscos ao paciente, bem como seu posicionamento no leito, por exem-
plo, deve ser anatômico, de modo a facilitar o exame físico e a realização de 
procedimentos. A técnica utilizada para imobilização dos membros deve ser 
realizada de modo a evitar garroteamento (COREN-SP, 2009).
Quanto à decisão pela contenção mecânica, o Conselho Federal de Medicina 
(CFM), por meio da Resolução nº 1.598, de 9 de agosto de 2000 (CFM, 2000, 
documento on-line), em seu art. 11, define que “[...] um paciente em tratamento 
em estabelecimento psiquiátrico só deve ser submetido à contenção física por 
prescrição médica, devendo ser diretamente acompanhado por um auxiliar do 
corpo de enfermagem durante todo o tempo que estiver contido”. Já o COFEN 
normatiza, por meio da Resolução nº 427/2012 (COFEN, 2012), como deve 
atuar a enfermagem nos casos de contenção mecânica de pacientes. Em seu 
art. 1º, a Resolução define:
Art. 1º Os profissionais da Enfermagem, excetuando-se as situações de 
urgência e emergência, somente poderão empregar a contenção mecânica 
do paciente sob supervisão direta do enfermeiro e, preferencialmente, em 
conformidade com protocolos estabelecidos pelas instituições de saúde, 
públicas ou privadas, a que estejam vinculados (COFEN, 2012, p. 176). 
Não fica claro, nessa Resolução, se o enfermeiro está legalmente respaldado 
na prescrição da contenção mecânica, no entanto, existem pareceres técnicos 
emitidos por sessões regionais que autorizam o enfermeiro a fazer essa pres-
crição, por exemplo o Parecer nº 19/2012 (COREN-SP, 2012), que fundamenta 
a prescrição realizada por enfermeiros da seguinte maneira: 
Inexiste legislação específica no Brasil que trate da prescrição de contenção 
mecânica como ato exclusivamente médico, estando, portanto, [...] o Enfer-
meiro autorizado a prescrever o procedimento mediante aplicação do Processo 
de Enfermagem previsto na Resolução COFEN nº 358/2009 (COFEN, 2009, 
apud COREN-SP, 2012, p. 5).
A qualidade da assistência ao paciente agitado ou agressivo depende de di-
ferentes fatores, dentre eles a instituição de protocolos, a educação continuada, 
as discussões e as construções coletivas (CASTRO, 2013). É importante que as 
instituições de saúde adotem protocolos que orientem os profissionais sobre 
sua atuação em casos de emergência psiquiátrica. Ainda sobre a Resolução 
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises14
nº 427/2012, o COFEN deixa claro que o emprego de contenção mecânica de 
pacientes nunca deve ser realizado com caráter punitivo ou disciplinató-
rio, nem mesmo por conveniência da instituição ou equipe (COFEN, 2012). 
Portanto, o uso de contenção é limitado somente a garantir a segurança do 
paciente e de terceiros, até que ele se restabeleça.
Diante disso, percebe-se que as diferenças entre agitação e agressividade 
são claras e cabe aos profissionais de saúde capacitarem e conscientizarem a 
população de que o respeito e a reinserção social dos pacientes com transtornos 
mentais são fundamentais para que o estigma de violência seja vencido pelo 
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-Crise_20152-Corrigido-4.pdf. Acesso em: 22 maio 2019.
O enfermeiro no serviço de emergência psiquiátrica: intervenções em crises18
DICA DO PROFESSOR
Os profisisonais que atuam em serviços de urgência e emergência devem estar preparados para a
tuar em qualquer tipo de ocorrência. Dentre os chamados comumente recebidos por essas equipe
s, estão os relacionados à situação de crise devido a algum transtorno mental.
Para auxiliar no trabalho desses profissionais, foi desenvolvido o método A.C.E.N.A., constituí
do por etapas capazes de avaliar o local da ocorrência e servir como subsídios na tomada de deci
são e, até mesmo, na continuidade do cuidado nos demais dispositivos da rede de atenção.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer um pouco mais sobre esse método.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) Para alguns autores, os serviços de urgência e de emergência devem realizar o atendi
mento dos transtornos mentais priorizando algumas ações que podem auxiliar no ma
nejo imediato. Dentre as alternativas a seguir, qual compreende uma prioridade no at
endimento de emergência psiquiátrica? 
A) 
Investigação da renda individual e familiar.
B) 
Identificação da quantidade de cômodos da casa do paciente.
C) 
Investifação da quantidade de familiares vivos do paciente.
D) 
Investigação do nível de escolaridade do paciente.
E) 
Investigação de sinais e sintomas envolvendo o uso de substâncias piscoativas.
A crise psiquiátrica decorre de um processo cujo ápice é caracterizado como um perí2) 
odo de desordem emocional do indivíduo, que repercute em sinais e sintomas capazes 
de comprometer sua saúde. Sobre a prevenção das crises psiquiátricas, assinale a alte
rnativa correta.
A) 
As crises psiquiátricas não podem ser prevenidas, pois advêm de fatores químicos que se d
esajustam inesperadamente.
B) 
As crises psiquiátricas não podem ser prevenidas, pois apresentam origem congênita, pode
ndo se manifestar a qualquer momento da vida do indivíduo.
C) 
As crises psiquiátricas podem ser prevenidas por meio do controle de fatores capazes de ge
rar estresse e ansiedade no indivíduo.
D) 
As crises psiquiátricas podem ser prevenidas por meio de medicamentos capazes de sedaro indivíduo, sendo este considerado um dos melhores métodos de prevenção.
E) 
As crises psiquiátricas não podem ser prevenidas, pois dependem de inúmeros fatores de di
fícil controle.
3) A contenção mecânica do paciente é uma forma de evitar que ele cause danos a si ou 
a terceiros, devendo ser realizada pelos profissionais que o assistem. Diante disso, assi
nale a alternativa correta.
A) 
A contenção mecânica sempre será a primeira opção para o manejo de pacientes agitados o
u agressivos.
B) 
A contenção mecânica pode ser realizada por profissionais de Enfermagem sob supervisão 
direta do enfermeiro.
C) 
A contenção mecânica tem como objetivo imobilizar o paciente para que ele aprenda que n
ão deve agredir as pessoas.
D) 
A contenção mecânica é a única maneira de evitar que o paciente seja agressivo ou perman
eça em um quadro de agitação psicomotora.
E) 
A contenção mecânica pode ser realizada somente por profissionais médicos e/ou psicólog
os.
4) 
Para alguns autores, a caracterização da crise psiquiátrica depende de diferentes fato
res. Dentre as alternativas a seguir, assinale a que representa um dos indícios de situa
ção de crise.
A) 
Disposição para realizar atividades da vida diária.
B) 
Discussão pontual com o parceiro.
C) 
Planejamento de viagem em família.
D) 
Diálogo com familiares.
E) 
Isolamento social. 
5) O delirium tremens é um quadro grave associado à Síndrome de Abstinência Alcoólic
a, sendo caracterizado pela presença de sintomas físicos e psíquicos. Dentre as alterna
tivas a seguir, assinale a que sugere ser um quadro de delirium tremens.
A) 
Paciente com 42 anos de idade, usuário crônico de álcool, abstinente há 12 horas.
B) 
Paciente usuário crônico de álcool, abstinente há 20 anos.
C) 
Paciente em uso social de álcool; procurou o serviço após ingestão de dose elevada na noit
e anterior.
D) 
Paciente usuário crônico de álcool, abstinente há 72 horas.
E) 
Paciente em uso social de álcool; no entanto o último uso foi há 12 meses.
NA PRÁTICA
O conhecimento, o pensamento rápido, o raciocínio clínico e uma boa avaliação são um diferenc
ial no atendimento à emergência relacionada à crise, uma vez que esse tipo de situação é permea
da por surpresas. Em muitas situações, o SAMU é acionado. Espera-se que os profissionais atua
ntes nesse serviço estejam preparados para o atendimento de emergência, especialmente, quando 
se trata de transtornos mentais.
Muitas vezes, devido ao estigma, pode ocorrer um pré-julgamento da situação encontrada, o que 
compromete todo o processo de atendimento, influenciando, inclusive, no momento após o aten
dimento, pois o paciente que percebe atitudes preconceituosas sobre sua condição pode se tornar 
resistente ao tratamento.
Neste Na prática, você vai acompanhar o atendimento de emergência realizado pela enfermeira J
uliana, profisisonal do SAMU, a um paciente em situação de crise.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
Os CAPS e a atenção à crise em saúde mental
Os CAPS têm como um dos objetivos a reinserção do indivíduo portador de transtorno mental n
o convívio social e, ao mesmo tempo, é capaz de atuar no manejo da crise em saúde mental. Nes
te vídeo, de autoria do Núcleo Telessaúde de Goiás, você conhecerá o papel dos CAPS na atenç
ão à crise.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Atendimento na crise psiquiátrica
O atendimento na crise psiquiátrica, quando feito por profissionais bem preparados, capazes de r
econhecer seus sinais e sintomas, favorece todo processo de assistência. Neste vídeo, você verá 
o programa Saúde Mental em Foco: conversando sobre o enigma e os desafios na atenção à lou
cura.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
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